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Indaial – 2020
Educação E Novas 
TEcNologias aplicadas 
ao ENsiNo Na ÁrEa dE 
líNgua EspaNhola
Prof.ª Gabriela Marçal Nunes
Prof.ª Kadhiny Mendonça de Souza Policarpo
Prof.ª Mariane Eggert de Figueiredo
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2020
Elaboração:
Profª. Gabriela Marçal Nunes
Profª. Kadhiny Mendonça de Souza Policarpo
Profª. Mariane Eggert de Figueiredo
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 N972e 
Nunes, Gabriela Marçal
Educação e novas tecnologias aplicadas ao ensino na área de língua 
espanhola. / Gabriela Marçal Nunes; Kadhiny Mendonça de Souza Policarpo; 
Mariane Eggert de Figueiredo. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 227 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-100-4
 1. Língua espanhola - Estudo e ensino. - Brasil. 2. Tecnologias 
digitais de informação. – Brasil. I. Nunes, Gabriela Marçal. II. Policarpo, Kadhiny 
Mendonça de Souza. III. Figueiredo, Mariane Eggert de. IV. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
CDD 370
III
aprEsENTação
Acadêmico, na Unidade 1 veremos que a sociedade atual conhece 
um novo modelo de funcionamento e estágio evolutivo: a era virtual, em 
que as tecnologias digitais de informação e comunicação predominam 
e alteram padrões, muitos estabelecidos há séculos. Vimos o contexto de 
aparição das tecnologias e sua evolução, bem como as implicações nos 
processos de ensino e aprendizagem, mudanças de comportamentos, perfis 
e escopo das alterações. As abordagens, nesta unidade, concentraram-se no 
plano diacrônico, tendo em vista que imperava introduzir o fenômeno e 
situá-lo, antes de, verdadeiramente, abordá-lo de forma analítica.
Na Unidade 2, em contrapartida, as TDIC serão abordadas no plano 
sincrônico, através do estudo das teorias do ensino e aprendizagem mediados 
pelas tecnologias e suas implicações no processo. Serão abordadas as 
linguagens do contexto digital, a distinção entre os processos de alfabetização 
e letramento e o letramento digital. Apoiados na multiplicidade de gêneros 
e semioses, terminaremos com a discussão dos “multiletramentos” que as 
novas perspectivas implicam. Depois, o estudo se concentra nos sujeitos e 
contextos, os novos fazeres do ensino e aprendizagem mediados pelas TDIC. 
Buscaremos respostas para interrogações sobre os desafios da educação 
neste novo paradigma educacional – e social – do século XXI. Em seguida, 
abordaremos a Educação no cruzamento com a Comunicação, por meio 
do conceito de “educomunicação” e suas implicações, interrogando-nos 
sobre as necessidades de uma educação voltada para as mídias. Veremos, 
em particular, as políticas públicas voltadas à questão. Para completar a 
reflexão, trataremos do papel do professor como mediador no processo de 
ensino-aprendizagem, bem como a aprendizagem colaborativa. Fechando 
a unidade, por fim, nos dedicamos ao estudo dos recursos destinados ao 
ensino e aprendizagem: os REA (Recursos Educacionais Abertos), OA 
(Objetos de Aprendizagem) e AVEAs (Ambientes Virtuais de Ensino e 
Aprendizagem). Também nos questionaremos quanto aos procedimentos a 
serem privilegiados nos diferentes processos. 
A era digital revolucionou e vem mudando de forma significativa 
a forma como agimos, interagimos e aprendemos. Com a ajuda dos novos 
dispositivos móveis – smartphones, tablets – podemos desenvolver diversas 
tarefas cotidianas e, além disso, explorar todas as suas potencialidades para 
auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Por essa razão, a Unidade 
3 tem como objetivo apresentar um pouco mais sobre essas tecnologias e as 
potencialidades que elas possuem para serem exploradas como possíveis 
recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem da língua espanhola. 
Embora você conheça diversos recursos, a Unidade 3 não se 
debruçará apenas na apresentação deles, mas, também, serão levantados 
pontos críticos relacionados ao momento de planejar a aula até sua 
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
utilização em sala nos diferentes níveis de ensino, pois é ali que podemos 
estimular o espírito crítico e analítico dos alunos, para que se construa de 
maneira coletiva a compreensão dos limites, desafios e potencialidades do 
digital (BERGMANN et al., 2019) para que, a partir disso, haja uma utilização 
consciente, crítica e racional dessas novas tecnologias 
Desta forma, conheceremos mais sobre plataformas on-line e 
aplicativos móveis que, dentro de sala de aula, podem tornar-se recursos 
didáticos digitais (NUNES et al., 2019) e potencializar o ensino de língua, 
de maneira que ocorra a partir da integração efetiva das tecnologias com as 
atividades planejadas pelo professor e dentro de uma metodologia que atrele 
o potencial dos recursos didáticos junto aos objetivos de aprendizagem para 
determinado grupo (BERGMANN et al., 2019). 
Bons estudos!
Profᵃ. Gabriela Marçal Nunes
Profᵃ. Kadhiny Mendonça de Souza Policarpo
Profᵃ. Mariane Eggert de Figueiredo
V
Olá acadêmico! Para melhorar a qualidade dos 
materiais ofertados a você e dinamizar ainda mais 
os seus estudos, a Uniasselvi disponibiliza materiais 
que possuem o código QR Code, que é um código 
que permite que você acesse um conteúdo interativo 
relacionado ao tema que você está estudando. Para 
utilizar essa ferramenta, acesse as lojas de aplicativos 
e baixe um leitor de QR Code. Depois, é só aproveitar 
mais essa facilidade para aprimorar seus estudos!
UNI
VI
VII
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer teu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em tuas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela terás 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar teu crescimento.
Acesse o QR Code, que te levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para teu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nessa caminhada!
LEMBRETE
VIII
IX
UNIDADE 1 – TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI .......................................................1
TÓPICO 1 – TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO ................................3
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................3
2 CONCEITO E EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS .......................................................................32.1 TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TDICs) .............4
2.2 HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO (TICs) .....9
2.3 EVOLUÇÃO DAS TICs NO CONTEXTO EDUCATIVO ..........................................................13
3 TECNOLOGIAS E MODALIDADES EDUCACIONAIS: PRESENCIAL, A 
 DISTÂNCIA E HÍBRIDO....................................................................................................................15
3.1 A ERA DO CONHECIMENTO .....................................................................................................15
3.1.1 Ensino presencial ..................................................................................................................21
3.1.2 Ensino a distância ...................................................................................................................23
3.1.2.1 Definição ............................................................................................................................24
3.1.2.2 Evolução do ensino a distância ......................................................................................26
3.1.2.3 Ensino a distância e autoaprendizagem .......................................................................26
3.1.3 Ensino híbrido (blended learning) .........................................................................................28
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................31
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................32
TÓPICO 2 – EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: SOCIEDADE E O ALUNO DIGITAL .............35
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................35
2 SÉCULO XXI: SOCIEDADE, TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO ..............................................36
3 CARACTERÍSTICAS DAS GERAÇÕES DIGITAIS .....................................................................41
3.1 O EFEITO DAS MÍDIAS ................................................................................................................41
4 EDUCAÇÃO NA ERA DIGITAL E OS ALUNOS 3.0 E 4.0 ..........................................................45
4.1 MÉTODOS DE APRENDIZAGEM PARA AS GERAÇÕES .....................................................45
4.2 O ALUNO DAS GERAÇÕES 3.0 E 4.0 ..........................................................................................47
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................50
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................51
TÓPICO 3 – ACESSO ÀS TECNOLOGIAS EM MEIO DIGITAL .................................................53
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................53
2 EQUIDADES E DESIGUALDADES NO ACESSO ÀS TECNOLOGIAS NA 
 EDUCAÇÃO .................................................................................................................................... 53
3 INTEGRAÇÃO, INCLUSÃO, EXCLUSÃO E INVASÃO DIGITAL ...........................................56
4 AS TDICS NAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS PREVISTAS NA BNCC 
 (BASE NACIONAL CURRICULAR COMUM) ..............................................................................64
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................67
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................68
sumÁrio
X
UNIDADE 2 – TEORIAS DE APRENDIZAGEM E TECNOLOGIAS DIGITAIS ......................69
TÓPICO 1 – LINGUAGENS E TECNOLOGIAS DIGITAIS ..........................................................71
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................71
2 LINGUAGENS .....................................................................................................................................71
2.1 ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS .................................................................................72
2.2 LINGUAGENS HÍBRIDAS E AS TDIC ........................................................................................76
2.3 O HIPERTEXTO ...............................................................................................................................81
3 ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO .............................................................................................83
4 LETRAMENTO DIGITAL E MULTILETRAMENTOS ................................................................84
4.1 CONCEITOS DE LETRAMENTO DIGITAL E MULTILETRAMENTOS ................................85
4.2 MULTICULTURALIDADE E MULTIMODALIDADE ..............................................................87
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................89
AUTOATIVIDADE .................................................................................................................................90
TÓPICO 2 – SUJEITOS E CONTEXTOS: “NOVOS” FAZERES PEDAGÓGICOS ....................93
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................93
2 DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI ..................................................................93
2.1 DESAFIOS PARA A EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI ................................................................95
2.2 HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA A INCLUSÃO DIGITAL ..................................96
3 EDUCOMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO PARA AS MÍDIAS: PRECISAMOS 
 EDUCAR PARA AS MÍDIAS? ..........................................................................................................97
3.1 EDUCOMUNICAÇÃO: CONCEITOS ..........................................................................................97
3.2 PRECISAMOS EDUCAR PARA AS MÍDIAS?...........................................................................100
3.3 EDUCAÇÃO PARA AS MÍDIAS: O QUE DIZ A BNCC .........................................................102
4 O PROFESSOR MEDIADOR ..........................................................................................................106
4.1 SOBRE O PREPARO DO PROFESSOR MEDIADOR ...............................................................107
4.2 PROFESSOR MEDIADOR NA PRÁTICA .................................................................................108
5 APRENDIZAGEM COLABORATIVA (AC) ..................................................................................110
5.1 CONCEITO .....................................................................................................................................110
5.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA AC ..............................................................................................112
5.3 APRENDIZAGEM COLABORATIVA NA PRÁTICA ..............................................................115
5.4 VANTAGENS DA AC ...................................................................................................................123
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................124
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................125
TÓPICO 3 – RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS, OBJETOS DE APRENDIZAGEM 
 E AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM...............................127
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................127
2 O QUE SÃO OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OA), RECURSOS EDUCACIONAIS 
 ABERTOS (REA) E AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO-APRENDIZAGEM (AVEA)? .....127
2.1 OBJETOS DE APRENDIZAGEM (OA) .......................................................................................128
2.2 RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS (REA) ......................................................................133
2.3 AMBIENTES VIRTUAIS DE ENSINO E APRENDIZAGEM (AVEA) ....................................139
3 PESQUISAR E/OU CRIAR? ..............................................................................................................142
3.1 POR QUE PESQUISAR E POR QUE CRIAR MATERIAIS EDUCACIONAIS .....................142
3.2 DA PESQUISA E SELEÇÃO AO REUSO DE MATERIAIS .....................................................144
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................145
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................148
XI
UNIDADE 3 – TECNOLOGIAS DIGITAIS E O ENSINO DE LÍNGUA E LITERATURA 
 ESPANHOLA ...............................................................................................................151
TÓPICO 1 – AS TECNOLOGIAS PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DO 
 ESPANHOL NO ENSINO FORMAL ..........................................................................153
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................153
2 GLOSSÁRIO ........................................................................................................................................153
3 O MUNDO DIGITAL NO ENSINO FORMAL ...........................................................................155
4 NOVO PERFIL DO ALUNO ............................................................................................................156
5 A TECNOLOGIA DENTRO DA SALA DE AULA .....................................................................158
6 AS DIFERENTES ABORDAGENS PARA O ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA .......160
7 O PLANEJAMENTO E A SELEÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS ......................................163
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................167
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................168
TÓPICO 2 – RECURSOS DIGITAIS ..................................................................................................171
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................171
2 MATERIAIS ON-LINE ......................................................................................................................172
3 PLATAFORMAS DIGITAIS ............................................................................................................173
4 APLICATIVOS ....................................................................................................................................176
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................185
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................186
TÓPICO 3 – AS CONTRIBUIÇÕES DA TECNOLOGIA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM 
 DO ESPANHOL NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ......................................189
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................189
2 O PERFIL DO ALUNO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (VANTAGENS 
 E OBSTÁCULOS) ...............................................................................................................................190
3 CONTEÚDOS PERTINENTES PARA O ENSINO DE ESPANHOL .......................................191
4 A PERSPECTIVA DOS NOVOS LETRAMENTOS PERANTE O ENSINO DE 
 LÍNGUA PARA ALUNOS DA EJA .................................................................................................193
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................196
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................197
TÓPICO 4 – EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: É POSSÍVEL APRENDER LÍNGUAS? ................199
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................199
2 OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 DA LÍNGUA ESPANHOLA .............................................................................................................200
2.1 O QUE MUDA NA MANEIRA DE ENSINAR A LÍNGUA ESPANHOLA NA EAD? .......201
3 O USO DE TECNOLOGIAS NO PROCESSO DE IMERSÃO .................................................202
4 A INTERAÇÃO DO PROFESSOR E ALUNO POR MEIO DAS PLATAFORMAS 
 DIGITAIS ............................................................................................................................................203
5 O CURRÍCULO DO CURSO DE ESPANHOL NA EAD ...........................................................205
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................213
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................214
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................217
XII
1
UNIDADE 1
TECNOLOGIAS DIGITAIS NO 
SÉCULO XXI
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• compreender os antecedentes históricos das novas tecnologias aplicadas 
ao ensino;
• entender as diferentes concepções das tecnologias (TICs e TDICs, TACs e 
TEPs); 
• conhecer as características da educação e dos alunos na era digital;
• refletir sobre o acesso às novas tecnologias no contexto educacional em 
aspectos relacionados à integração, inclusão e exclusão e competências da 
BNCC (Base Nacional Comum Curricular).
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você 
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
TÓPICO 2 – EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: SOCIEDADE E O ALUNO 
DIGITAL
TÓPICO 3 – ACESSO ÀS TECNOLOGIAS EM MEIO DIGITAL
Preparado para ampliar teus conhecimentos? Respire e 
vamos em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim 
absorverás melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM 
BREVE HISTÓRICO
1 INTRODUÇÃO
Vivemos a era da comunicação e das tecnologias digitais que permitem 
acessar a todo tipo de informação e conhecimento depositados em algum lugar 
que não nos é palpável, mas de que nos servimos o tempo todo, nas mais variadas 
esferas da vida em sociedade. Estamos falando da internet e das facilidades 
que nos proporciona, das tecnologias e tecnologias digitais da informação e 
comunicação, as TDICs. Esse será o tema deste tópico: o uso das tecnologiasem 
contexto educacional.
De início, discutiremos o conceito de tecnologias e as tecnologias 
digitais, que serão situadas numa perspectiva diacrônica, visitando os principais 
acontecimentos até os dias de hoje. Depois, abordaremos detalhadamente o 
papel das tecnologias digitais no contexto da educação e suas possibilidades nos 
processos de ensino e aprendizagem. Adiante, trataremos das novas modalidades 
de ensino e aprendizagem que se desenvolveram mediante o recurso às TDICs: 
além do ensino presencial, o ensino a distância que proporciona maior autonomia 
do aluno, e o ensino híbrido, mediando autonomia e encontros presenciais. 
Dessa maneira, sua trajetória englobará os principais aspectos ligados às 
tecnologias digitais aplicadas ao campo da educação.
Bons estudos!
2 CONCEITO E EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS 
Nesta seção, abordaremos os conceitos de tecnologias e buscaremos 
compreender a trajetória percorrida pela humanidade desde os primórdios, até 
chegar à atualidade. Dessa forma, será possível apreender os conceitos, bem como 
as transformações que levaram à cultura tecnológica digital.
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
4
2.1 TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO (TDICs) 
Antes de iniciar, responda a estas três perguntas:
• Quais são, em sua opinião, as duas melhores tecnologias?
• Você consegue imaginar sua vida sem tecnologia? 
• O que é, afinal, “tecnologia”?
Você pensou em aparelhos, equipamentos, dispositivos que facilitam sua 
vida no dia a dia? Celular, computador? Pensou na mobilidade, em facilidades 
como automóveis, energia e alimentos? Pois bem, geralmente, consideramos 
“tecnológicos” os produtos resultantes dos progressos da ciência e da indústria, 
frutos do conhecimento colocado a serviço da sociedade. Veja, a seguir, alguns 
resultados para “tecnologia” representado nos ícones da Figura 1.
FIGURA 1 – EXEMPLOS REPRESENTATIVOS DE “TECNOLOGIA”
FONTE: <https://image.shutterstock.com/image-vector/100-technology-icons-
600w-253729207.jpg>. Acesso em: 31 jul. 2019.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
5
O conceito de tecnologia vai além dessa noção particular. Segundo Kenski 
(2007, p. 18), tecnologia é o “conjunto de conhecimentos e princípios científicos 
que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento 
em um determinado tipo de atividade”. Já para Carvalho e Ivanoff (2009, p. 3) 
é o “conjunto de técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou 
mais domínios da atividade humana”. Junto a esse conceito está o conceito de 
técnica: maneira, jeito, habilidade especial de lidar com as tecnologias, executar 
ou fazer algo.
As técnicas (do grego techné, arte, modo de fazer) estão presentes na vida 
cotidiana na maneira de executar algo. Exemplo: na gastronomia, técnicas de 
preparo de um determinado prato. A tecnologia, em contrapartida, corresponde 
ao conjunto de elementos envolvidos nesse preparo: utensílios, fogão, modos de 
processamento dos ingredientes.
Tecnologia envolve, portanto, aspectos diacrônicos (ao longo do tempo) e 
sincrônicos (num determinado momento). Em que: 
• As tecnologias acompanham a trajetória humana desde que o primeiro 
hominídeo fez uso de um recurso para facilitar seu dia a dia. 
• O uso da voz (urros) ou da pedra lascada e outros recursos são formas de 
tecnologia.
• A humanidade ao longo dos séculos desenvolveu habilidades, gerando novas 
expectativas. As respostas a essas expectativas trouxeram e foram trazidas por 
novas tecnologias. 
• De um processo gradativo de acumulação e transmissão dos conhecimentos 
– técnicas – resultaram máquinas, dispositivos complexos, modos de ser das 
sociedades milênios mais tarde. 
• Da roda ao computador, tudo é tecnologia (KENSKI, 2007 apud GEWEHR, 
2016), pois ela envolve o saber-fazer da humanidade, desde ferramentas pré-
históricas às últimas invenções da pós-modernidade.
Veja na tirinha Pra que serve o tablet, de William R. Silva e Fernanda Siwiec, 
um exemplo de confronto de tecnologias de períodos distintos. Você pode aproveitar 
o momento para realizar uma pesquisa sobre tecnologias empregadas no ensino e 
aprendizagem da língua espanhola em seu meio (escola, família, trabalho). Observe, por 
exemplo, quais recursos são empregados: smartphones, computadores, videoprojetores, 
lousas interativas, datashows, livros e cadernos.
IMPORTANT
E
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
6
Na Unidade 2, aprofundaremos o tema e o que prevê a BNCC (Base Nacional 
Comum Curricular). Você também já pode pesquisar a respeito em: Competências Gerais 
da Nova BNCC. Disponível em: http://inep80anos.inep.gov.br/inep80anos/futuro/novas-
competencias-da-base-nacional-comum-curricular-bncc/79.
ESTUDOS FU
TUROS
A língua, assim como as tecnologias, vai se moldando à medida que os 
dispositivos surgem. Veja mais em: https://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/o-tablet-o-
tablete-e-a-tabuleta/.
DICAS
FIGURA 2 – PRA QUE SERVE O TABLET?
FONTE: Adaptado de <https://www.humorcomciencia.com/wp-content/uploads/2015/08/
tirinha-Pra-que-serve-o-tablet.jpg>. Acesso em: 16 ago. 2019.
 ¿Para qué sirve la tableta?
— Mami, compre los trés 
libros que deseabas.
— Pobrecito, Él no sabe lo 
que es un libro.
— humm, esas figuritas 
estorban un poco”. 
Agora que você já compreendeu o conceito de tecnologia, retomaremos 
aquelas três perguntas do início, com a finalidade de ampliar a sua reflexão para 
três outros aspectos: 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
7
• As tecnologias que realmente mais importam em sua vida.
• As tecnologias que mais influenciam e/ou influenciarão sua trajetória como 
profissional do ensino de língua espanhola.
• O conceito de Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação, as TDICs. 
Que tal você se servir de uma tecnologia da atualidade e refletir sobre esse 
tema instigante, enquanto aprecia o vídeo de Adriana D. Pucci, Sociologia: tecnologia, 
disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kUBqBSadWrk. Esse vídeo apresenta 
alguns conceitos que serão aprofundados ao longo da unidade.
DICAS
Acadêmico, após assistir ao vídeo, responda às seguintes perguntas:
1 De que maneira acessou ao vídeo? 
2 Quais tipos de informações obteve? 
3 Quais dispositivos observou na apresentação que mobilizaram os seus 
sentidos (visão, audição...), tornando a comunicação mais sofisticada, 
envolvente ou eficaz? 
4 A experiência ampliou o seu conhecimento sobre o que significam as TDICs?
AUTOATIVIDADE
Muito bem, acadêmico. Em primeiro lugar, você acessou ao vídeo através 
de um canal oferecido no Youtube, através de um serviço conhecido como rede. 
Você, muito provavelmente, acessou ao vídeo através de um serviço móvel 
acessível em seu telefone celular, certo? Um smartphone. 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
8
Smartphone: termo de origem inglesa que significa telefone inteligente, é um 
telefone celular com tecnologias avançadas, o que inclui programas executados com um 
sistema operacional, equivalentes aos computadores. 
FONTE: <https://www.significados.com.br/smartphone>. Acesso em: 19 ago. 2019. 
NOTA
Esses recursos disponibilizados ao público permitem que se acesse a um 
número infinito de possibilidades de comunicação, lazer, informação e troca de 
informação. Isso tudo permitiu a você acessar ao documento indicado. 
A partir dessa reflexão, vamos à elucidação de dois conceitos fundamentais 
para a compreensão do que são TDICs:
• Tecnologia da Informação e da Comunicação: conjunto de tecnologias 
(hardware, software e telecomunicações) que favorecem a automação e a 
comunicação, seja em processos comerciais, pesquisa, ensino ou na vida 
cotidiana das pessoas (BELINI, 2014). São exemplos de suportes: telefone, 
computador, rádio, televisão, as mídias em geral.
• Tecnologia digital: permite a transformação de qualquer linguagem ou dado 
em números (0 e 1). Imagens, sons, textos, que percebemos através dos sentidos 
(visão, audição), sãotransformados em sequências de números (binárias) 
e lidas por dispositivos variados chamados de maneira geral computadores 
(RIBEIRO, 2019). 
A partir dessas duas tecnologias, as Tecnologias da Informação e 
Comunicação (TICs), aliadas à Tecnologia Digital (TD), surge o conceito de TDICs:
• Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs): o processo 
de digitalização permite um maior fluxo e troca de informações e dados, o 
que torna o processo cada vez mais presente. Como já citado, TICs e TDs 
distinguem-se por sua natureza – as TICs são ferramentas analógicas – e 
pela anterioridade, pois surgiram antes no tempo. Novas Tecnologias, Novas 
Tecnologias da (Informação) e Comunicação são denominações adotadas. 
Atualmente, são Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação, as TDICs 
(GEWEHR, 2016). 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
9
O adjetivo digital: [Etimol.] dedo, corresponde aos números de 0 a 9 (os 10 
dedos das mãos). A engenharia informática adotou o sistema binário de 0 a 1, dando 
origem ao sistema digital: redução a números, por exemplo, de imagens transformadas em 
um número finito de pontos expressos por combinações binárias (0 a 1). 
FONTE: <https://patrialais.blogspot.com /2011/07/digital-arts-magazine-cover-september.
html>. Acesso em: 31 jul. 2019.
NOTA
As TICs e TDICs não são apenas os dispositivos ou ferramentas 
empregadas na troca de informações e/ou comunicação. Mecanismos 
internalizados ou “tecnologias da inteligência” (LEVY, 1999) tais como a 
linguagem, desenvolvidos para progredir, também são TICs. 
Já vimos no início da unidade que, ao longo das épocas, as diferentes 
sociedades desenvolveram tecnologias ao mesmo tempo em que foram por 
elas moldadas em seus modos de organização, funcionamento e pensamento. 
O desenvolvimento tecnológico moderno e, sobretudo as mídias, ampliaram 
esse movimento a ponto de fazer surgir uma nova cultura de informação e da 
comunicação (LEVY, 1999; KENSKI, 2007). Trataremos destes aspectos mais 
detalhadamente no Tópico 2, ao falarmos das tecnologias e da educação para a 
geração do século XXI.
Na próxima etapa, veremos a trajetória das tecnologias como ferramentas 
de ensino e aprendizagem e poderemos, ao mesmo tempo, refletir sobre as 
transformações operadas na sociedade ao longo dessa trajetória.
2.2 HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA 
COMUNICAÇÃO (TICs) 
Você já sabe o que são e para que servem as TDICs, certo? Nesta etapa, 
antes de iniciarmos a nossa reflexão, convidamos você a assistir ao vídeo A história 
da tecnologia na educação (https://www.youtube.com/watch?v=uXdus7X-E9s). 
Nele, você embarcará em uma viagem através do tempo e do espaço e poderá 
aprofundar seus conhecimentos sobre o recurso às tecnologias na educação desde 
tempos remotos até a atualidade. 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
10
Como você pôde ver, comunicar e transmitir conhecimento sempre 
foram atividades integradas ao fazer humano desde os primórdios. Cada época, 
porém, segundo o estágio de aprimoramento civilizatório em que se encontra 
a humanidade, apresenta suas peculiaridades. À medida que as sociedades 
evoluem e os conhecimentos se transmitem, as técnicas se aprimoram ao longo 
do tempo, aumentando em grau de complexidade. Uma visão dessas passagens 
é dada pela divisão das revoluções industriais ou de sociedade em ponto zero 
(.0).
• Sociedade 1.0 – Caça e coleta: é o início de tudo, ocorrem os primeiros 
contatos do ser humano com a natureza.
• Sociedade 2.0 – Agricultura: abandono do nomadismo e adoção do 
sedentarismo; surgem pequenas cidades e começam descobertas e trocas 
entre os indivíduos.
• Sociedade 3.0 – Indústria: surgimento de máquinas e indústrias. Predomina 
o poder, as cidades aumentam com a demandas de mão de obra para a 
indústria; há necessidade de formação dessa mão de obra; Revolução na 
vida dos cidadãos.
• Sociedade 4.0 – Informação: é a atualidade, em que as informações circulam 
livre e rapidamente pelos meios de comunicação em massa e a Internet. Alto 
impacto da tecnologia com Inteligência Artificial, Robótica, a sociedade gira 
em torno da tecnologia e do compartilhamento de experiências e informações, 
agregando conhecimento.
• Sociedade 5.0 – Superinteligente: iniciou no Japão e ramifica-se através 
do planeta. Toda informação chega aos usuários pela simples vontade, 
interconexão global de humanos e tecnologias, cidades inteligentes, uma 
forma totalmente nova de conceber a existência.
FONTE: <http://activa-id.com.br/blog/uma-revolucao-silenciosa-conheca-a-sociedade-5.0>. 
Acesso em: 29 ago. 2019. 
A sociedade 4.0 tornou-se extremamente complexa. O conhecimento 
gerado desde os fins da era 2.0, início da era 3.0, tornou-se extremamente 
complexo e segmentado. Esse modelo de conhecimento segmentado só pode ser 
gerido através das tecnologias, pois é humanamente impossível. As interações 
passaram a ocorrer de forma instantânea apagando as fronteiras do tempo e do 
espaço, mais que conhecer, impera saber como agir, despertar para uma nova 
forma de sociedade do terceiro milênio. Esse tema será aprofundado no Tópico 2 
desta unidade.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
11
Você quer enriquecer a sua cultura? Leia a obra de Edgar Morin: Os sete 
saberes necessários à educação do futuro, de 2005. Nela, o pesquisador francês dá uma 
visão englobante da realidade mundial e dos percalços da sociedade, educação, ciência na 
entrada do terceiro milênio.
DICAS
Na Sociedade da Informação, as tecnologias (computadores e sistemas 
de telecomunicações) ocupam um lugar de destaque para todas as áreas, pois é 
preciso estar conectado, em tempo real, para poder existir. 
Veja, no quadro apresentado a seguir, uma visão de conjunto da trajetória 
das tecnologias da informação e da comunicação ao longo das épocas, os suportes 
predominantes e a finalidade associada.
Acadêmico, você gosta de ler? Que tal percorrer a trajetória da humanidade? 
Leia o livro Uma breve história da humanidade: sapiens, de Yuval Noah Harary.
DICAS
QUADRO 1 – EVOLUÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO
TIC/DIC SUPORTE ÉPOCA FINALIDADE
Era da oralidade Voz Pré-história Comunicação
Cultura oral Pinturas rupestres Há 30 mil anos Comunicação
Cultura oral – escrita Placas cuneiformes 2 mil a.C. Alfabeto e comunicação
Escrita Invenção do papel 105 d.C. Registros e comunicação
Cultura oral escrita Manuscritos, copistas, leitura oral coletiva
Até a Idade 
Média
Produção e difusão 
da informação
Era da escrita Início do texto impresso, leitura silenciosa
Fim da Idade 
Média
Ensino, 
comunicação e 
lazer
Cultura oral/escrita – 
Imprensa Guttenberg Manuscritos e livros Séc. XV
Difusão do 
conhecimento
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
12
Primeiras 
universidades de 
Educação Pública
Textos escritos Séc. XVII-XIX Conhecimento/saber
Imprensa: 1ª mídia – 
Nova prática
Texto escrito: livro 
(hábito de leitura 
individual silenciosa)
Séc. XVII, 
XVIII...
Informação, 
conhecimento e 
lazer
Jornal: profissão/
internac. Texto escrito e gráfico Séc. XIX-XX
Informação, 
conhecimento e 
lazer
Telégrafo Fio/cabo 1840 Ensino, notícia e lazer
Era audiovisual Ondas/som/imagem Século XX Ensino, notícia e lazer
Rádio (EUA) Ondas/voz/música 1920 – em seguida
Notícia de guerra, 
publicidade, 
notícias e 
entretenimento
Televisão (EUA e 
Europa)
Ondas/Imagem em 
movimento 1940-1950
Informação com
imagens
Computador 
(Alemanha, 
Inglaterra e EUA)
Princípios 
eletromecânicos 
transistores
1940-1950
Realizar operações 
e
cálculos
Era da informação Gravador/Computador/TV 1960
Comunicação, 
conhecimento e 
lazer
Internet (EUA) Rede 1960 Comunicação a distância
Era da informática Computador/lousa interativa Anos 1990
Ensino e 
comunicação
Macintosh 128
REVOLUÇÃO 
TEXTOS
Informática, mouse, 
Interface gráfica 1984
PC para uso 
pessoal
Era digital Internet 1995 Interconexão
World Wide Web Inteligência artificialeconexão entre aparelhos Séc. XXI
Ensino, 
comunicação e 
lazer
Tecnologia digital Smartphones 2000 Comunicação e lazer
Redes sociais, 
Google Smartphones, PC, I.A. 2000... Sociedade 4.0-5.0
FONTE: Adaptado de Kohn e Moraes (2007)
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
13
A partir desta amostragem das tecnologias e sua evolução ao longo do 
tempo, aprofundaremos o raciocínio para características e implicações dessa 
evolução na sociedade e, mais especificamente, na educação.
2.3 EVOLUÇÃO DAS TICs NO CONTEXTO EDUCATIVO 
Quando falamos de TICs na área de ensino, é preciso lembrar que as 
tecnologias englobam aspectos técnicos e pedagógicos. 
• Aspectos técnicos das tecnologias: correspondem às ferramentas utilizadas 
no processo ensino-aprendizagem, tais como: aplicativos, programas e o seu 
modo de uso.
• Aspectos pedagógicos das tecnologias: correspondem ao desenvolvimento de 
competências e habilidades sociolinguísticas ligadas ao recurso às tecnologias 
no campo do ensino.
• O uso das TDICs na área da educação implica, portanto, de um lado, o 
letramento em tecnologias e, de outro, a finalidade para a qual as tecnologias 
são empregadas, ou seja, o ensino (KENSKI, 2007). 
Leia o texto A história da tecnologia na educação: do uso da madeira à 
tecnologia digital, no link: https://www.ambersistemas.com.br/historia-da-tecnologia-na-
educacao/.
DICAS
Veja, a seguir, a evolução das principais TICs no contexto educativo:
• Século XIX-início Séc. XX: a metodologia de ensino privilegia o papel do 
professor como transmissor do conhecimento; recursos: quadro, giz, livros, 
lousa/caderno, lápis, borracha, caneta tinteiro.
• A partir de 1940: primeiras utilizações das TICs (projeção de imagens e som) 
com finalidades educativas nos centros militares norte-americanos. No contexto 
histórico da Segunda Guerra Mundial, cursos ministrados aos oficiais são 
apoiados em técnicas audiovisuais de memorização e aprendizagem (PORTAL 
EDUCAÇÃO, 2019). 
• Década de 1950: a revolução tecnológica (rádio, projetor de filmes, retroprojetor 
e televisão) introduz novas perspectivas e valores na sociedade. Os meios de 
comunicação em massa chegam à escola, através da implantação de novas 
metodologias, mais dinâmicas.
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
14
• Anos 1960: desenvolvimento da linguagem de programação LOGO, no 
Instituto de Tecnologia de Massachussets, o MIT, por Seymour Papert 
(PAPERT, 1994 apud GREISSE, 2017). Nesse método, as crianças extrapolariam 
a aprendizagem baseada em exercício e prática mediante o acesso à própria 
programação informática para que pudessem “pensar sobre o modo como 
pensavam”. Recurso a diferentes mídias em sala de aula: projetor, televisão, 
gravador de voz, vídeo k-7.
• Anos 1970: desenvolvimento das aplicações informáticas para a educação, 
o Ensino Assistido por Computador (EAC) Implantação de laboratórios de 
informática, mediatecas.
• Anos 1980: relatório da UNESCO — prescreve a necessidade de uma educação 
crítica para as mídias (BELLONI, 2001 apud GREISSE, 2017).
• Anos 1990: salas de aula dotadas de multimídia: lousa interativa no ensino de 
línguas estrangeiras. Aumentam as necessidades de definição de tecnologias 
educacionais pelas e para as instituições.
• Anos 2000: acesso ao worl wide web (www) e a euforia da Internet em salas de 
aula. Rapidez, globalização, autonomia dos dispositivos, as TDICs conduzem 
à definição de novas tendências metodológicas para as gerações digitais que 
comunicam através de smartphones e vivem conectadas às redes sociais.
• Web 1.0 x Web 2.0 e Web 3.0: na Web 1.0 o utilizador era consumidor da 
informação. Com a Web 2.0, torna-se produtor e consumidor da informação. 
A programação e criação e edição de páginas on-line torna-se acessível e fácil 
na Web 2.0 e 3.0, enquanto oferecia grande dificuldade na era 1.0. Quanto 
às ferramentas e possibilidades, tornam-se praticamente ilimitadas na Web 
3.0, inteligente e em que os conteúdos são organizados (PORTO, 2017), em 
comparação ao número reduzido na Web 1.0.
Como você pôde ver, conforme a sociedade foi se transformando e 
desenvolvendo novos recursos, as tecnologias foram se diversificando e tornando 
mais complexas as formas de ação e interação, transformando não apenas sua 
estrutura social, mas também sua forma de pensar, agir, de ser “humanos”. A 
educação reflete as transformações operadas na sociedade. 
Atualmente, as tecnologias se diversificaram e, conforme os modelos e 
situações, encontram-se também as denominações:
• Tecnologias da Aprendizagem e do Conhecimento (TACs): assim como as 
TICs, servem para motivar os alunos a buscarem o aprendizado, potencializar 
sua criatividade e incrementar suas capacidades nas diferentes áreas do 
conhecimento.
• Tecnologias do Empoderamento e da Participação (TEPs): destinadas a alunos 
proativos, é a ferramenta da atualidade virtual e interativa. O aluno constrói o 
seu conhecimento (PLAZA, 2012).
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
15
No próximo tópico, essas formas de ação serão aprofundadas, e você 
conhecerá as tecnologias e modalidades educacionais: ensino presencial, a 
distância e híbrido, ou blended learning, como se tornou corrente nos meios 
relacionados. 
3 TECNOLOGIAS E MODALIDADES EDUCACIONAIS: 
PRESENCIAL, A DISTÂNCIA E HÍBRIDO
Terminamos a seção anterior falando das tecnologias da Aprendizagem 
e do Conhecimento e das tecnologias do Empoderamento e da Participação. 
Estudaremos, a seguir, Modalidades educacionais de ensino: presencial, a 
distância e híbrido, ou blended learning, que empregam essas tecnologias.
3.1 A ERA DO CONHECIMENTO 
Estamos vivendo a era do conhecimento. Todavia, o que é exatamente 
“era ou sociedade do conhecimento”? Você saberia dizer? 
Sociedade do conhecimento: “é uma sociedade que recorre predominantemente 
às novas Tecnologias de Informação e Comunicação para a troca de informação em 
formato digital”.
FONTE: <http://margarida-sociedadedo conhecimento.blogspot.com/2008/03/definio-de-
sociedade-do-conhecimento.html>. Acesso em: 13 ago. 2019.
IMPORTANT
E
Vimos, no tópico anterior, a passagem de uma sociedade marcada 
pela industrialização ao universo virtual da internet e do acesso à informação, 
ao conhecimento, os padrões nessa sociedade industrial, caracterizada pelos 
papéis e categorias sólidos, relativa consistência e homogeneidade, estabilidade 
e organização, regulada por mecanismos tradicionais oriundos de técnicas 
confirmadas e ligadas, em contexto brasileiro, ao espírito do pós-guerra. 
Junto a esse crescimento industrial, uma verdadeira explosão midiática 
se produziu de maneira exponencial em rapidez e amplitude. Todo um campo 
estava aberto ao desenvolvimento e oferecia à descoberta uma nova maneira 
de pensar das sociedades, que descobriam as tecnologias da informação e da 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
16
comunicação, e delas serviam-se a ponto de fazerem surgir uma “economia em 
rede”, a produção de riquezas fora do espaço concreto do objeto palpável. O 
conhecimento, através do espaço virtual, passou a gerar riquezas; a informação, a 
valer como produto palpável. Nascia a era do conhecimento, para a qual impera 
estabelecer regras, acordos bilaterais, contratos e parcerias universais, da mesma 
forma como ocorre com os mercados globais (BESSA; NERY; TERCI, 2003).
A revolução tecnológica levou a um novo paradigma educacional. 
Paradigma: 1. Exemplo ou padrão a ser seguido; 2. Padrão estabelecido, norma. 
FONTE: <https://www.dicio.com.br/paradigma/>. Acesso em: 7 ago. 2019.
NOTA
A sociedade inteira modificou-se. O ser humano passou a ser e agir de 
outra maneira. A primeira hipótese, então, é de que a escola também atravessou ou 
atravessa uma fase de questionamentos e redefinição de valores, em consequência 
das mudanças ocorridas nos outros setores da sociedade. 
Acadêmico, seguem algumas questões para você refletir: 
• A escola em que você realizou os primeiros anosde estudo e a escola de hoje são as 
mesmas?
• Como a escola pode(ria) atender às necessidades dos alunos das gerações atuais?
IMPORTANT
E
Assista ao filme La Educación Pohibida (A educação proibida) disponível no 
link: http://educacionprohibida.com/?p=descargas&l=es. Nesse filme são apresentados 
alguns dos questionamentos envolvendo educação, evolução dos currículos e dos alunos 
no cotidiano em contexto de atualidade.
DICAS
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
17
Na escola tradicional, o processo de ensino-aprendizagem enquadrava 
alguns parâmetros que convém retomar. Em primeiro lugar, há o tempo. Reflita, 
ou pergunte a seus pais e avós:
• Como era ou se repartia o “tempo” de estudar, de ir à aula?
• Como se relacionavam com a ideia de obrigatoriedade de se deslocar a um local 
específico (escola, faculdade) em um determinado momento, normalmente 
períodos fixos do dia, durante todo o ano letivo? 
Segundo Kenski (2007), o tempo e o espaço caracterizam o ensino 
tradicional. O aluno frequenta os bancos escolares, no local escola, havendo a 
obrigatoriedade de se deslocar até esse espaço, pois é aí que o conhecimento 
é transmitido. Esse conhecimento, finalmente, é “finito e determinado”. Ao 
final de um período pré-determinado, o indivíduo é considerado “formado” e 
está pronto e apto a iniciar outra jornada: a do mercado de trabalho. Falar em 
paradigmas educacionais significa, então, falar nesse processo educativo e na 
escola, pois “paradigma” corresponde ao “modelo”, à forma de atuação da escola 
e do professor em toda a trajetória de preparação da aprendizagem. 
Na nova sociedade da informação e do conhecimento, será que ainda é 
possível considerar um indivíduo “formado”, ou pelo menos, seu aprendizado 
totalmente terminado? Não. Segundo Kenski (2007, p. 24-25): “não existe mais 
a possibilidade de considerar a pessoa totalmente formada, independentemente 
do grau de escolarização alcançado”. Além disso, o ensino e a aprendizagem 
também se veem confrontados a uma complexidade de variáveis socioeconômicas 
do contexto atual, em que a competitividade, a produtividade e a competição 
ocupam lugar de destaque. 
Além disso, as mudanças provocadas na sociedade e as tecnologias 
mudaram a própria realidade: não é mais necessário deslocar-se até um espaço 
físico, a escola. A informação está disponível por todos os lugares e, para acessá-la, 
os caminhos são múltiplos e variados. As escolas são virtuais e “o que se desloca 
é a informação”. Como a informação surge e se desloca a grande velocidade, 
assim também se processa o aprendizado. O uso crescente da tecnologia móvel 
(smartphones, computadores portáveis, tablets etc.), bem como a incorporação 
das TDICs no processo, não apenas como um recurso a mais na prática diária do 
professor, mas como verdadeira tecnologia educacional, as TACs e as TEPs alteram 
o paradigma. Cabe, agora, à comunidade escolar implantar práticas orientadas à 
inclusão digital e favorecer o preparo dos professores para seu desempenho, a 
fim de tornar a função social da escola mais abrangente (SAMPAIO; LEITE, 1999).
 
O quadro a seguir contrapõe as características do velho paradigma 
educacional ao novo paradigma educacional de forma sintetizada. Nas Unidades 
2 e 3, veremos com mais detalhe os aspectos do novo paradigma educacional 
aplicados ao Ensino da Língua Espanhola. 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
18
QUADRO 2 – QUADRO COMPARATIVO ENTRE PARADIGMAS EDUCACIONAIS 
ANTERIOR-ATUAL
Velho paradigma educacional Novo paradigma educacional
O professor detém e transmite o saber, 
por isso, compete a ele: conhecer o 
conteúdo, repassá-lo ao aluno e avaliar 
o que foi aprendido. 
O professor conduz o processo ensino-
aprendizagem, por isso, as aulas 
concentram-se na figura do professor, 
com predomínio da aula expositiva. 
O professor atua como mediador entre 
o conhecimento e o aluno, por isso, ele 
envolve pesquisa, utiliza fontes variadas, 
promove o trânsito pelos saberes, orienta 
a aprendizagem, organiza situações às 
quais o aluno aprende e faz a ponte entre 
o saber o aluno. 
O aluno é receptor de conhecimentos 
prontos e selecionados pelo professor. 
Sua participação é passiva, apenas 
ouve as explicações e reproduz o que 
o professor repassa. 
O aluno é ativo e aprendente, ele é o agente 
de sua aprendizagem, é pesquisador, 
busca e deseja conhecer, e vai além 
daquilo que é colocado pelo professor. 
A aula acontece em um espaço 
presencial, organizado para tal fim, ou 
seja, em uma sala de aula. Permanece 
restrita a esse espaço, que é pensado e 
comandado pelo professor. 
A aula vai além da sala de aula presencial, 
ou seja, acontece em ambientes de 
aprendizagem colaborativa, como os 
ambientes virtuais. O espaço é pensado 
e organizado pelo professor em função 
do processo de ensino-aprendizagem. 
Porém, é construído em conjunto ao 
aprendente, a fim de que se construa 
a aprendizagem desejada. Nessa sala 
de aula, o conhecimento é construído e 
compartilhado por todos os envolvidos. 
A relação do professor-aluno ocorre de 
forma vertical, visto que o professor 
é detentor do saber e repassa sua 
experiência ao aluno. 
A relação professor-aluno ocorre de 
maneira horizontal, na qual todos 
compartilham, trocam informações e 
conhecimentos, ensinam e aprendem. As 
experiências acontecem entre professor e 
aluno, aluno e aluno, assim como entre 
aluno e professor. 
Os conteúdos curriculares são verdades 
absolutas moldadas e transpostas 
em forma de conhecimento escolar, 
transcritas em livros organizados para 
esse fim. A estrutura é rígida, a fim de 
ser colocado às gerações mais novas 
o conhecimento já produzido pela 
sociedade. 
O s c o n t e ú d o s c u r r i c u l a r e s s ã o 
conhecimentos organizados em forma 
de conteúdos escolares com o objetivo 
de possibilitar o conhecimento necessário 
à formação do cidadão e ser humano. 
Contemplam a realidade e promovem o 
trânsito pelos saberes. 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
19
A m e t o d o l o g i a c o n s i s t e e m 
procedimentos rígidos e mecânicos, 
utilizados como meios para alcançar 
os fins pré-determinados. Consiste em 
um conjunto de técnicas adaptadas aos 
conteúdos e aos objetivos.
A metodologia consiste em um conjunto 
de meios utilizados para promoção da 
aprendizagem, que vão além das simples 
técnicas, propiciando o envolvimento 
ativo do aluno. A metodologia envolve 
pesquisa e outras formas de busca 
e colaboração na construção do 
conhecimento. 
Os recursos são estáticos, repetitivos e 
utilizados como complementação dos 
procedimentos de ensino. É o professor 
que seleciona, prepara e comanda a 
utilização dos recursos tecnológicos 
para repassar o conteúdo.
Os recursos são diversificados, inovadores 
e empregados como auxiliares no processo 
de aprendizagem. O professor envolve o 
aluno na seleção e escolha dos recursos 
tecnológicos que são utilizados para 
promover e estimular a aprendizagem 
individual e colaborativa.
A avaliação é utilizada como verificação 
da apropriação do conteúdo pelo 
aluno. É estática, repetitiva e mecânica, 
organizada em momentos estanques 
preparados com fins específicos. Tem 
a prova como principal instrumento 
para coletas do que o aluno aprendeu.
A avaliação é formativa, ou seja, possibilita 
intervenções durante o processo e o 
acompanhamento da aprendizagem do 
aluno. Os instrumentos são variados, 
selecionados e adequados aos conteúdos 
e procedimentos, utilizados com fim de 
coletar o que o aluno aprendeu e o que 
ainda precisa aprender.
As tecnologias são utilizadas apenas 
como recurso de ensino para tornar 
a aula mais atraente. O professor 
seleciona e utiliza as tecnologias 
como complementares no repasse 
do conteúdo e como auxiliares para 
fixação do conteúdo. A televisão, o 
computador, a internet e outros são 
utilizados para repassar conhecimentos 
e tornar a aula mais atrativa.
As tecnologias são utilizadas como meio 
de pesquisae fonte de informação para 
auxiliar o processo de aprendizagem. 
Complementam as ações do professor 
e do aluno, bem como possibilitam 
a troca de informações, experiências 
e comunicação, a fim de construir a 
aprendizagem de forma colaborativa. 
A televisão, o computador, a rede de 
internet e outros são colocados em favor 
da educação, como fonte de conhecimento 
e socialização do conhecimento. São 
usadas para tornar a aula mais dinâmica 
e produtiva.
FONTE: Adaptado de Rampazzo et al. (2014, p. 25-26)
As mudanças observadas na educação levam em conta e são influenciadas 
pelas tecnologias. A figura a seguir ilustra o desenvolvimento e possíveis 
prognósticos da evolução ainda a vir (ponto a ser tratado nos próximos tópicos e 
unidades): 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
20
FIGURA 3 – TECNOLOGIAS E ENVOLVIMENTO DO ALUNO NOS PROCESSOS DE 
APRENDIZAGEM
FONTE: <https://didactalia.net/pt/comunidade/ materialeducativo/recursotic-tac-tep-
tecnologias-para-aprender-y-para-toda/143e9989-1df0-44e2-9397-6423ca5bed7b>. Acesso em: 
7 out. 2019. 
No ensino atual, predominam o Ensino Presencial, o Ensino a Distância e o 
Ensino Híbrido ou Blended Learning, como também é conhecida essa modalidade. 
Nas etapas a seguir, aprofundaremos essas três modalidades de ensino e 
aprendizagem.
A Lei de Diretrizes de Bases n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamenta 
a educação brasileira e, em consequência, as modalidades de ensino.
IMPORTANT
E
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
21
3.1.1 Ensino presencial 
O ensino presencial é o modelo de educação tradicional que vigorou – e 
ainda vigora – nas sociedades desde épocas remotas. Nesse, prevalece a noção de 
escola: “[...] comunidade de mestres e discípulos irmanados na busca da verdade. 
[...] é tipicamente comunitária” (JULIATTO, 2013, p. 43). A Constituição Federal 
regulamenta o acesso ao ensino ao garantir: Art. 206, “I. igualdade de condições 
para o acesso e permanência na escola” (BRASIL, 1988). Ao referir a “ensino” e 
“educação”, refere-se ao ensino realizado em instituição escolar, o que se realiza 
entre um professor e um grupo de estudantes, no espaço físico da sala de aula, 
durante um determinado período, caracterizado pela “permanência”. 
O ensino presencial caracteriza-se por: 
• Presença física: professor e aluno encontram-se reunidos para o processo 
ensino-aprendizagem.
• Tempo, caracterizado pela simetria: duração das aulas, horários pré-
estabelecidos, intercalando disciplinas durante anos letivos. O tempo dos 
bancos de escola e seus blocos de ensino básico, médio, superior. O professor é 
responsável pelo agenciamento das atividades com os alunos em sala de aula, 
garantindo a progressão dos conteúdos, as aulas ocorrem ao mesmo tempo 
para todos os alunos.
• Pessoas do grupo: os integrantes de uma sala de aula, separados por idades, 
os professores, a equipe pedagógica e o corpo de funcionários necessário à 
organização e o funcionamento da instituição, os envolvidos no processo 
educativo.
• Ensino: recortado em conteúdos constantes do programa a ser estudado em 
cada período. 
• Espaço: o espaço da sala de aula, tradicionalmente fechado em uma sala 
destinada para as aulas, outra sala para a biblioteca, os corredores, o refeitório, 
o espaço da escola fechada em um pátio e sua teia de acontecimentos, o espaço 
físico da escola, normalmente dentro de muros representando ruptura com o 
mundo de fora e tecendo afetividades. “O espaço é uma das linguagens mais 
poderosas para dizer do fazer da escola” (KENSKI, 2007, p. 45). Dele nascem 
as inter-relações na sociedade, da convivência no espaço fechado das aulas, 
das salas, dos muros, em que as pessoas se tocam, se comunicam intenções 
e marcam a “coesão social”, indispensável à formação do indivíduo como 
cidadão, ser social integral. 
• Imagem: a escola presencial também se caracteriza pela imagem. Cores 
utilizadas, mobiliário conservado, sua disposição, tudo contribui à 
predisposição ao ensino e à aprendizagem dos alunos que os frequentam. Estes 
se comunicam pela imagem: dos corpos em movimento, das roupas, gestos, 
“os que ensinam e os que aprendem” (KENSKI, 2007, p. 46). Pela imagem se 
reconhecem, transmitem afetos e desafetos, criando elos e distâncias além do 
aprendizado. 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
22
• Comunicação: a situação em face a face permite o emprego de linguagem 
não verbal (entonação, gestos) e observância das reações dos interlocutores 
para ajustes na comunicação e transmissão dos conhecimentos por parte do 
professor. Através desses indicadores, fornecidos pelos alunos, o professor 
pode adaptar suas técnicas de ensino para motivar e despertar mais interesse 
(no caso dos alunos demonstrarem queda na motivação, por exemplo), 
ajustando continuamente suas estratégias ao grupo durante o processo.
No ensino presencial, o saber científico, transmitido pelo professor, chega 
ao aprendiz por diferentes canais e com auxílio de diferentes suportes: voz, escrita, 
aulas expositivas, livros didáticos, revistas, jornais, televisão, Internet e demais 
formas hipermidiáticas de comunicação. Ainda segundo Kenski (2007), esse 
saber reflete o contexto histórico em que se insere o momento do aprendizado: 
as escolas respeitam, organizam e trabalham com esses saberes através de seus 
programas, currículos e projetos pedagógicos. 
A figura apresentada a seguir permite observar componentes de uma 
situação ensino-aprendizagem no ensino presencial:
FIGURA 4 – ILUSTRAÇÃO DE SITUAÇÃO ENSINO-APRENDIZAGEM (ENSINO PRESENCIAL)
EDUCADOR
CONDIÇÕES 
ESCOLARES CRIADAS ESTÍMULOS
CLASSES
GRUPOS DE NÍVEL
SEM CLASSES
ENSINO MAGISTRAL
ANIMAÇÃO
NÃO DIRETIVIDADE
MATERIAL 
UTILIZADO
TÉCNICAS A.V.
COMPUTADOR
MODO DE 
TRANSMISSÃO
PALAVRA IMAGENS
OBJETOS
MODO DE TRABALHO
COLETIVO EQUIPE
INDIVIDUALIZADO
TRABALHO EXECUTADO 
PELO ALUNO
IMITAÇÃO, REPRODUÇÃO
DESCOBERTA
CRIATIVIDADE
ALUNO
FONTE: Adaptado de Mialaret (2013, p. 135)
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
23
A relação professor-aluno/ensino-aprendizagem sofreu mudanças ao 
longo do tempo, conforme a evolução sociedade e das correntes metodológicas. 
No contexto brasileiro, sobretudo após a Constituição de 1988, que estabelece 
descentralização de poderes e integração de direitos no fazer educativo (MELLO, 
1987). Assim, de uma posição passiva no processo, o aluno passa a agente: 
• Na educação tradicional: o foco do processo é o ensino. O papel do professor 
em sua prática diária consiste em ser transmissor de conhecimentos a alunos 
receptivos dos conteúdos ministrados. O aluno, em consequência, “recebe” 
os conteúdos como se fosse um receptáculo. Para Paulo Freire (2002 apud 
JULIATTO, 2013, p. 116), são alunos “vasilhas e professores enchedores”. 
• Na educação contemporânea: o foco de atenção passa do ensino à aprendizagem; 
mudam os papéis. O estudante passa a ser sujeito de sua formação. Atualmente, 
é aceita a premissa de que “o aluno se educa e aprende melhor por si próprio” 
(JULIATTO, 2013, p. 117). O professor, então, de transmissor de conteúdos 
passa a facilitador da aprendizagem. Para Parker Palmer (1998 apud JULIATTO, 
2013), “[...] o ensino consiste em estudantes que aprendem e não professores 
que ensinam”.
Com a passagem a agente do processo de aprendizagem e as mudanças 
operadas no paradigma educacional dos finais do século XX, a tendência ao 
desenvolvimento de um ensino individualizado, centrado nas necessidades de 
cada um conduziu ao desenvolvimento de um novo tipo de metodologia ou 
forma de aquisição de conhecimentos, o “ensino a distância” (EaD). No próximo 
tópico, você verá esta modalidade de aprendizagem.
Antes de prosseguir, que tal assistir ao vídeo da Angélica Carvalho: EaD: 
Educação a Distância, disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=bxK9KtF4Dvk. 
Nele, você terá uma explicação global da Educação a Distância e poderá começar a refletir 
sobre a forma de aprendizagem corrente.DICAS
3.1.2 Ensino a distância
No tópico anterior, vimos as características do Ensino Presencial em seus 
diferentes processos e suportes de acesso ao conhecimento. Vimos o processo de 
individualização na busca pelo conhecimento. A velocidade com que a sociedade 
se transforma introduz novas metodologias e práticas de ensino-aprendizagem 
para alunos exigentes e desejosos de autonomia, rapidez de acesso à informação, 
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
24
flexibilidade e dinamismo. Essa passagem de um ensino centralizado em 
elementos sólidos e fixos (uma sala de aula, um horário definido, um professor 
e um conteúdo pré-determinado) para a aprendizagem segundo demandas do 
aluno é o que vai caracterizar este tópico, ou seja, o Ensino a distância (EaD), 
tendência crescente no contexto atual. 
Você já teve uma introdução ao ensino na modalidade EaD no vídeo 
citado anteriormente. Neste tópico, veremos o funcionamento do EaD e as 
implicações pedagógicas dessa modalidade. Os recursos específicos tais como: 
plataformas e Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), serão elucidados 
nas Unidades 2 e 3.
Você prestou atenção à música do vídeo EaD? Banda Larga Cordel, de Gilberto 
Gil. Ela também envolve a tecnologia da distância e do universo virtual e também identifica 
o tema do subtópico 2.2, a ser visto no Tópico 2, ainda nesta Unidade.
DICAS
3.1.2.1 Definição
O que é, afinal, o ensino a distância? Você saberia dizer? 
Educação a distância: “aprendizado planejado que ocorre normalmente em 
um lugar diferente do local de ensino exigindo técnicas especiais de criação do curso e de 
instrução, comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e 
administrativas especiais” (MOORE; KEARSLEY, 2008, p. 2).
IMPORTANT
E
Logo, a EaD constitui-se em uma modalidade de comunicação assíncrona, 
ou seja, que não ocorre ao mesmo, mas em momentos distintos, mediada através 
de TDICs.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
25
• Comunicação síncrona: comunicação realizada com presença simultânea 
dos interlocutores. Ex.: fala em face a face, a voz ao telefone, mensagens por 
Hangout, por WhatsApp.
• Comunicação assíncrona: “a transmissão de informação ocorre de modo 
diferido, não exigindo, por isso mesmo, a disponibilidade ou a presença 
simultânea dos interlocutores. Além de permitir a comunicação e colaboração 
em espaços e tempos diferentes, permite ainda uma maior reflexão sobre a 
informação e os conteúdos produzidos e/ou acedidos” (MARTINS; JUSTINO; 
GABRIEL, 2010). 
Dessa maneira, a EaD é uma forma de aprendizado que ocorre em 
momentos e processos distintos envolvendo atores que executam as suas ações 
também em momentos e lugares distintos, o que difere o ensino a distância do 
ensino presencial. Como você pôde ver no vídeo – e também pode perceber em 
sua vida na sociedade ao seu redor – as rotinas estão se transformando cada vez 
mais, as habilidades demandadas estão se tornando específicas e pontuais, de 
maneira que um ensino focado, individualizado que não exija permanências em 
salas de aulas – tempo e lugar definidos – tende a se generalizar. A web e a EaD 
rompem, na verdade, com o modelo clássico de instituição “escola” pautado no 
professor que é “incentivado a tornar-se animador da inteligência coletiva de seus 
grupos de alunos em vez de um fornecedor direto de conhecimentos” (LEVY, 
1999, p. 158). Surgem, com a EaD, o trabalho cooperativo por meio de groupwares 
– softwares coletivos para cooperação –, listas de discussão, chats e comunidades 
virtuais. 
São aspectos intrínsecos à modalidade de Educação ou Ensino a distância 
(EaD):
• Autonomia do aluno, que não se encontra presente em um mesmo espaço 
físico, juntamente com professor e um grupo de colegas aprendizes nem ao 
mesmo tempo.
• Construção planejada do conhecimento através de tecnologias disponibilizadas 
ao aluno e mediadas por uma equipe – professor e agentes para administração 
e organização do processo.
• Metodologia específica, integrando instrução e comunicação entre os agentes 
de ensino e os agentes de mediação – aluno e organização.
A EaD pode apresentar vários níveis (MOORE; KEARSLEY, 2008 apud 
GREISSE, 2017): 
• Instituições que se dedicam unicamente ao EaD.
• Instituições que mesclam a modalidade EaD com Ensino Presencial.
• Cursos de capacitação oferecidos pelos professores através da modalidade 
EaD.
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
26
3.1.2.2 Evolução do ensino a distância 
Embora pareça uma metodologia recente, tributo à revolução digital, as 
metodologias de EaD possuem uma longa trajetória, conforme Greisse (2017):
• Primeira geração de EaD: surgiu em fins dos anos 1800 e caracteriza-se pelo 
Ensino por Correspondência com a finalidade inclusiva (chegar àqueles que, 
de outro modo, não acessariam à formação). É intermediada pelos correios.
• Segunda geração de EaD: com o surgimento do rádio, no início do século 
XX, surgem as primeiras emissões educativas, seguidas mais tarde pelas 
transmissões televisivas do Serviço Fixo de Televisão Educativa, que transmitia 
programas educativos para escolas e a comunidade.
• Terceira geração de EaD: marcada pela abordagem sistêmica, agrupa várias 
tecnologias integradas a fim de oferecer um ensino de alta qualidade e custo 
reduzido (transmissões em rede – rádio e televisão –, material audiovisual 
acompanhados de material impresso – livro texto, caderno de exercícios 
etc.). O aluno também dispunha de um ambiente presencial para trocas e 
compartilhamento (dúvidas, aprofundamento) nas instituições. Neste período, 
surgem as primeiras Universidades Abertas (Open University).
• Quarta geração: inicia nos EUA em 1980 para atividades em grupo no EaD. 
Emprega o serviço de teleconferências entre professores e alunos que passam 
a interagir uns com os outros. Com o desenvolvimento da comunicação por 
satélite, as universidades primeiro, em seguida as escolas, passam a transmitir 
programas retransmitidos a diferentes públicos.
• Quinta geração: compreende aulas virtuais mediadas pelo computador e os 
softwares educativos.
 
Atualmente, a modalidade EaD dispõe do recurso da internet e as 
facilidades tecnológicas proporcionadas pelos novos dispositivos de comunicação, 
sobretudo smartphones e aplicativos. 
3.1.2.3 Ensino a distância e autoaprendizagem 
Como vimos nos tópicos precedentes, o EaD caracteriza-se pela 
autonomia e a individualidade dos aprendizes. Estes se tornam “protagonistas na 
aprendizagem e no processo de formação” (NEAD, 2013, p. 8). A autoaprendizagem 
apresenta duas modalidades: 
• Autônoma: como o próprio nome indica, o estudante exerce o controle sobre 
seu processo de conhecimento, escolhendo assuntos, materiais, pesquisas, sem 
necessidade de tutor para sua orientação. São exemplos famosos: Henry Ford 
e Bill Gates.
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
27
Que tal realizar uma pesquisa sobre autodidatas que foram bem-
sucedidos e observar as metodologias e caminhos adotados para alcançar os 
seus objetivos?
AUTOATIVIDADE
• Dirigida: essa autoaprendizagem é organizada e sistemática. Geralmente 
dispensada por instituições de ensino que organizam conteúdos e materiais 
segundo objetivos e em etapas específicas, acompanhando o processo 
percorrido pelo aprendiz. Demanda uma infraestrutura particular: equipe 
multidisciplinar para produção e gestão de todas as áreas envolvidas nas 
diferentes etapas do processo.
A autoaprendizagem implica, então, uma responsabilização do aprendiz 
no processo de aprendizagem e constitui metodologia desafiadora à instituição:
• A instituição deve conduzir o aluno a “aprender a aprender”: não apenas 
aprender em contexto institucional, mas saber aprender nas situações da vida 
(MOORE; KEARSLEY, 2008). 
• O aluno deve estar ciente de que as tecnologias podem amplificar os seus 
resultados, e saber tirar o melhor proveito delas relacionando os conteúdos à 
realidade, mudando sua postura diantedos estudos – adoção de metodologia 
– e da vida – adoção de “postura proativa, cooperativa e aberta para diferentes 
situações da vida” (NEAD, 2013, p. 9).
Como vimos, a adoção de uma metodologia de estudo amplificará os 
resultados e permitirá ao aluno da modalidade EaD atingir os seus objetivos 
de maneira mais eficaz. Alguns passos para o estudo em modalidade EaD são: 
o gerenciamento do tempo de estudos, a formação de grupos para estudos 
(que podem ser virtuais ou presenciais), acesso regular ao ambiente virtual de 
aprendizagem (AVA) da plataforma EaD (NEAD, 2013).
No tópico a seguir, veremos a modalidade de ensino híbrido. Para 
aprofundamento no tema, sugerimos a leitura da obra: BACICH, L.; TANZI NETO, A.; 
TREVISANI, F. de M. (Orgs.). Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação. Porto 
Alegre: Penso, 2015.
DICAS
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
28
3.1.3 Ensino híbrido (blended learning) 
A modalidade de ensino híbrido é uma metodologia ativa centrada no 
aluno e suas habilidades e projeto de vida, que segue o processo de transformação 
pelo qual vem passando a sociedade em seus diversos setores produtivos: a 
passagem da disponibilização de serviços – e conteúdo – à individualização, o 
self-service de produtos e serviços a partir das necessidades individuais. Dessa 
forma, não se trata de modismo, mas de uma forma de ensino e aprendizagem 
que veio para ficar (BACICH; TANZI NETO; TREVISANI, 2015). Você já deve 
conhecer essa maneira de estudar, já que está na instituição e nós a praticamos!
A educação consiste na emergência de um aluno participativo e 
responsabilizado por seu processo de ensino e aprendizagem, através da adoção 
de metodologias que privilegiam a solução de problemas, o desenvolvimento de 
projetos, games, para a construção do conhecimento. Consiste na combinação 
de estudo on-line e off-line com encontro presencial em que há trocas e 
compartilhamento de conhecimentos e esclarecimentos de dúvidas com colegas 
e tutores. Como forma de ensino baseada em um ambiente virtual, formas de 
ensino e aprendizagem cooperativas são empregadas: buscas temáticas on-line, 
fóruns, chats, disponibilização prévia dos conteúdos, projetos e outros trabalhos 
tendo como meta, a interação e a comunicação entre todos os participantes do 
processo. Em uma instituição inserida na sociedade digital, todos os agentes 
encontram-se envolvidos no processo de aprendizagem. Assim, a instituição e 
os estudantes são levados a refletir sobre a trajetória de aprendizagem – com 
apresentação de objetivos a serem alcançados antes das etapas – e autoavaliação 
ao final de cada etapa (BACICH; TANZI NETO; TREVISANI, 2015).
Acadêmico, sugerimos a leitura do texto “O ensino híbrido é o futuro da 
educação”, diz especialista. Mas engane-se quem pensa que é só colocar um computador 
em sala — o chamado “blended learning” vai muito além, na íntegra em: 
https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/03/o-ensino-hibrido-e-o-
futuro-da-educacao-diz-especialista.html.
DICAS
As salas de aula estão prestes a mudar de forma drástica por causa da 
tecnologia. Todavia, diferentemente de muitos setores, essa transformação nada 
tem a ver com a ascensão de robôs superinteligentes que tomarão o lugar dos 
profissionais humanos. Professores continuarão sendo fundamentais. O que 
vai ser diferente, então? O papel que eles desempenham na escola e a própria 
TÓPICO 1 | TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: UM BREVE HISTÓRICO
29
atuação do aluno – que vai ter mais controle sobre o ritmo de aprendizagem. 
É o que defende Júlia Freeland Fisher, diretora para educação do “think tank” 
do Clayton Christensen Institute, uma entidade sem fins lucrativos que estuda a 
inovação em diversos setores. Segundo Fischer, o chamado ensino híbrido, ou 
blended learning, é o futuro da educação. Mas misturar on-line e off-line vai muito 
além de simplesmente colocar um computador na sala de aula. Veja trechos da 
entrevista de Fischer: 
Quando estamos falando sobre novos modelos de educação, ou 
inovação disruptiva nessa área, a que estamos nos referindo, por exemplo?
Acreditamos que o “blended learning” (ensino híbrido) é o futuro da 
educação. Ensino híbrido não é qualquer sala de aula que tenha tecnologia. 
Em vez disso, descreve especificamente a combinação de experiências de 
aprendizagem flexíveis e on-line dentro das escolas feitas de tijolo e argamassa 
que ainda contam com comunidades presenciais, interações sociais e cuidados 
para os estudantes [...].
Um modelo como tal pode ser implementado em qualquer lugar — 
como um país em desenvolvimento, caso do Brasil?
Certamente. O ensino híbrido está usando o poder da internet para 
escalar o aprendizado personalizado. Crucialmente, isso pode ser feito em um 
computador ou até mesmo em um celular. Com base em nossa pesquisa, podem 
existir alguns obstáculos adicionais nos países em desenvolvimento, como falta 
de uma internet potente ou mesmo número de professores suficientes — mas 
esses são desafios que podem ser definitivamente superados.
Quão diferente seria uma abordagem centrada no aluno do que a que 
as escolas promovem hoje?
Muito diferente do que a maioria das escolas têm hoje. Tradicionalmente, 
professores ficam na frente da sala de aula para dar a mesma aula a estudantes 
com diferentes níveis de compreensão. Além disso, nas salas de aula mais 
tradicionais o tempo é fixo e a aprendizagem é variável. Os alunos passam 
pelo conteúdo a um ritmo relativamente rígido, com pouca flexibilidade para 
avançar a algo mais elaborado ou passar mais tempo em tópicos com os quais 
estão tendo dificuldade. Uma abordagem centrada no aluno muda esse roteiro. 
A aprendizagem é entregue pensando em cada aluno para que o estudante 
receba a ajuda que precisa quando precisa. Fundamentalmente, muitos modelos 
centrados no aluno também passam um pouco do controle para os próprios 
alunos ao longo da aprendizagem; eles podem acessar o conteúdo on-line a 
qualquer momento, em qualquer lugar, em vez de depender exclusivamente 
de professores para instruções.
Com qualquer tipo de informação disponível na web, qual o papel 
dos professores na sala de aula?
UNIDADE 1 |TECNOLOGIAS DIGITAIS NO SÉCULO XXI
30
Nas salas de aula de ensino híbrido, os professores se transformam 
em facilitadores de aprendizagem. Ou seja, em vez de meramente conferir 
palestras, eles transferem parte desse trabalho à internet para que possam usar 
seu tempo de maneira mais produtiva: ao invés de avaliar provas ou falar por 
uma hora, um professor pode usar essa hora para analisar os dados das provas 
e identificar os pontos de maior dificuldade de seus alunos. E depois, dar uma 
explicação diferenciada para indivíduos específicos ou pequenos grupos [...].
FONTE: <https://epocanegocios.globo.com/Tecnologia/noticia/2018/03/o-ensino-hibrido-e-
o-futuro-da-educacao-diz-especialista.html>. Acesso em: 17 out. 2019. 
Você entendeu, então, a dimensão da modalidade híbrida no contexto 
atual? O que achou? Como você situa a sua postura, como futuro professor de 
língua estrangeira, em relação a essa modalidade?
Acadêmico, com base no exposto, indicamos o vídeo 5 passos para aplicar 
metodologias ativas – ensino híbrido ou blended learning, disponível no link: https://www.
youtube.com/watch?v=DsySTIu1rjw, pois, ao assistir, você descobrirá cinco passos para 
aplicar a metodologia híbrida utilizando TDICs com os alunos, escolhendo ferramentas 
que eles conhecem e usam em seu dia a dia. O vídeo é repleto de conselhos que vão 
enriquecer o seu aprendizado.
DICAS
31
Neste tópico, você aprendeu que: 
• As tecnologias acompanham a história da humanidade e com ela evoluem em 
grandes eras: oralidade, escrita e virtual.
• As Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação (TDICs) caracterizam 
a nova sociedade do conhecimento ou da informação, caracterizada pelo 
compartilhamento em rede virtual global de conhecimentos.
• As mudanças sociais levaram a novo paradigma na educação,

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