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UNIDADE I EDUCAÇÃO, TECNOLÓGICA E A APRENDIZAGEM Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professora Mestre Fabiane Fantacholi Guimarães Professora Mestre Greicy Juliana Moreira Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você, acadêmico(a), estudará nesta unidade: ● Contextualizando a história da tecnologia na educação no Brasil. ● Evolução tecnológica e a educação. ● O aprendizado com o apoio de computadores e da internet. ● Implantação de um sistema articulado entre educação, comunicação e tecnologia. Objetivos de Aprendizagem: ● Conceituar e contextualizar a história da tecnologia na educação no Brasil. ● Conhecer a evolução tecnológica e a educação. ● Estabelecer a importância do aprendizado com o apoio de computadores e da internet. ● Analisar a implantação de um sistema articulado entre educação, comunicação e tecnologia. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Aqui iniciamos a primeira unidade desta apostila e esperamos que esteja motivado para adquirir novos conhecimentos relacionados à Educação e as Novas Tecnologias. Nesta unidade, você vai conhecer a história, o processo de evolução da educação e a introdução da tecnologia como instrumento de transmissão do conhecimento. A contextualização histórica da educação no Brasil se faz necessária para que você entenda como foi a articulação entre tecnologia e educação, assim como ocorreu o processo de aprendizado com o apoio de computadores e da internet. Além disso, na unidade I, vamos abordar também os aspectos relacionados à implantação de um sistema articulado entre educação, comunicação e tecnologia. Agora que você já sabe o que vai aprender nesta unidade, convido você, querido acadêmico(a), para embarcar nessa viagem da inserção de tecnologia no ambiente educacional. Vamos lá?! Bons estudos! 1. CONTEXTUALIZANDO A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO NO BRASIL Caro(a) acadêmico(a), nesse tópico conceituaremos e contextualizaremos a história da tecnologia na educação no Brasil, que começou lá nas civilizações antigas, antes mesmo da aplicação das tecnologias de comunicação e da informação. Ficou curioso para compreender um pouco mais da história da tecnologia na educação? Então, continue a leitura e fique por dentro desse assunto sobre a evolução da tecnologia na educação, em especial no Brasil. O conceito-chave de tecnologia refere-se a um produto da ciência que envolve um conjunto de instrumentos, métodos e técnicas, cujo objetivo é a resolução de problemas. A definição da palavra tecnologia tem origem grega (techne — "técnica, arte, ofício" e lógica — "estudo"). A partir das acepções da palavra tecnologia, evidencia-se que ela envolve o conhecimento técnico e científico, além das ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento (POCHO et al., 2003). Acadêmico(a), estamos muito acostumados a nos referir às tecnologias como equipamentos e aparelhos. Na verdade, a expressão “tecnologia” vai além da utilização de máquinas. “O conceito de tecnologia engloba a totalidade de coisas que a engenhosidade do cérebro humano conseguiu criar em todas as épocas, suas formas de uso, suas aplicações”. (KENSKI, 2015, p. 23). Caminhando para o conceito de tecnologia, ela é a ciência da técnica que estuda a materialização da realidade objetiva do ser humano em instrumentos e máquinas. (VIEIRA PINTO, 2005). Sempre um bem, pelo simples fato de constituir um acréscimo ao conhecimento humano, a expansão da cultura, na verdade um aspecto da manobra da hominização, mesmo quando impiedosa na aplicação, em virtude das condições sociais ou dos interesses dos agentes a que serve. Em princípio, a tecnologia, sendo propriedade social, em sentido econômico e ético, representará um benefício para o homem se a sociedade que a engendra e utiliza for, ela própria, um bem para o homem. (VIEIRA PINTO, 2005, p. 702). Diante do exposto, infere-se que tecnologia refere-se a tudo o que é construído pelo homem a partir da utilização de diversos recursos naturais, tornando-se um meio pelo qual realizam-se atividades com objetivo de criar ferramentas instrumentais e simbólicas, para transpor barreiras impostas pela natureza, estabelecer uma vantagem, diferenciar-se dos demais seres irracionais (ARAÚJO, et.al. 2017). Assim, caro(a) acadêmico(a), identificamos que a palavra tecnologia é “[...] um conjunto de conhecimentos e princípios científicos que aplicam-se ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade”, ou seja, a tecnologia não está restrita apenas aos aparelhos e equipamentos. Isto demonstra que a expressão tecnologia possui inúmeras definições que vão além de máquinas. (OLIVEIRA; CASAGRANDE; GALERANI, 2013, p. 24). Dessa forma, é possível perceber que a tecnologia apresenta-se como uma solução para determinados problemas e, a partir dessa solução, é que outras novas soluções são criadas, com a finalidade de melhoria de qualidade de vida e modernização da humanidade. Mas, caro(a) acadêmico(a), você sabe como foi a evolução tecnológica ao longo do tempo e como o homem utilizou essas tecnologias de conhecimento e benefícios ao seu favor e a toda sociedade? Para se aprofundar nesse conhecimento utilizaremos o texto de Kenski (2015) e de outros autores. Na origem da espécie, “[...] o homem contava apenas com o conhecimento natural de seu corpo como as pernas, cabeças, braços, músculos e cérebro”. Na realidade, podemos considerar o corpo humano, e com maior relevância e importância “[...] o cérebro, a mais diferenciada e aperfeiçoada das tecnologias, pela sua capacidade de armazenar informações, raciocinar e usar os conhecimentos de acordo com as necessidades do momento”. (KENSKI, 2015, p. 20). As tecnologias só existem devido ao raciocínio humano, através do qual se cria e inova as ideias ao longo do tempo. Assim, são os conhecimentos derivados da inteligência humana que, quando colocados em prática, dão origem aos diferentes equipamentos, instrumentos, processos, ferramentas e recursos. As tecnologias são tão antigas como a espécie humana e se apresentam como uma engenhosidade humana que norteou o desenvolvimento. Desde o começo da humanidade, o homem convive com o surgimento das tecnologias como forma de melhoria da sua sobrevivência. Com o passar do tempo, as tecnologias evoluem e se adéquam a cada sociedade e em diferentes épocas (KENSKI, 2015). Na modernidade, o uso das tecnologias possibilitou ao homem criar máquinas e diferentes formas de energia como o carvão mineral, responsável pela energia à vapor, o gás e, posteriormente, a eletricidade (esta última já no século XIX). A criação de máquinas contribuiu com a Revolução Industrial, tendo como resultado a construção de cidades e obras públicas. (OLIVEIRA; CASAGRANDE; GALERANI, 2013). O uso tecnológico e das fontes de energia somados à criação da roda resultaram na construção de meios de transporte como a locomotiva movida à vapor. Destaca-se também, outra importante descoberta: o uso dos telégrafos, aperfeiçoando o sistema de comunicação entre longas distâncias. (MEDEIROS J.; MEDEIROS L., 1993). Muitas foram as tecnologias desenvolvidas na contemporaneidade, dentre as quais destaca-se a descoberta do petróleo como combustível, o uso de seus derivados e sua utilização para a fabricação de plástico. No século XX, surgiram as grandes produções em massa: máquinas cada vez mais modernas, produzindo os robôs. (CUNHA, 2001). Na Idade Contemporânea, foi descoberta a energia solar como forma de energia importante, bem como a energia nuclear. Além de todas essas descobertas, surgiram, também, os aparelhos eletrônicos como a televisão e o rádio. Após estas inovações, surgiu o computador e,com este, a evolução da tecnologia da informação. Assim, o final do século XX ficou marcado como o avanço tecnológico - os aparelhos eletrônicos começaram a ganhar o mundo, ficando cada vez menores a exemplo, os telefones celulares, as câmeras digitais, os tablets e diversos outros aparelhos (CUNHA, 2001). Em resumo, na década de 40, em meio a segunda guerra mundial, os computadores modernos surgiram. Nos Estados Unidos, na década de 60, popularizou o microcomputador e este se tornou a principal ferramenta de trabalho. Na década de 90, a internet promoveu grandes mudanças nas esferas sociais e econômicas. Estas mudanças alteraram também a dinâmica escolar. Em 1970, houve um movimento da informática na educação, tanto no setor administrativo quanto em sistemas eletrônicos de informação. E no Brasil, a década de 80 foi marcada por grandes investimentos governamentais de informática na educação. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015). Em 1982, o Ministério da Educação - MEC traçou medidas, para estabelecer a política da informática no setor da educação cultura e desporto, a quarta diretriz estipula: "Desenvolvimento e utilização da tecnologia da Informática na Educação, respeitando os valores culturais e sócio-políticos sobre os quais assentaram-se os objetivos do sistema educacional". Em janeiro de 1983, o secretário de informática baixou a portaria número 1/83, criando a Comissão Especial n. 11/83 - Informática na Educação. No Brasil, o governo federal lançou o “Programa um computador por aluno - PROUCA”, que teve por objetivo, segundo eles, ser um projeto Educacional utilizando tecnologia, inclusão digital e adensamento da cadeia produtiva comercial no Brasil. SAIBA MAIS Você sabia que o Prouca foi um registro de preços (RPN) do FNDE para que os estados e municípios pudessem comprar com recursos próprios ou com financiamento do BNDES? Instituído pela Lei nº 12.249, de 14 de junho de 2010, o Prouca teve por objetivo promover a inclusão digital pedagógica e o desenvolvimento dos processos de https://www.fnde.gov.br/fndelegis/action/UrlPublicasAction.php?acao=abrirAtoPublico&sgl_tipo=LEI&num_ato=00012249&seq_ato=000&vlr_ano=2010&sgl_orgao=NI ensino e aprendizagem de alunos e professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis denominados laptops educacionais. O equipamento adquirido contém sistema operacional específico e características físicas que facilitam o uso e garantem a segurança dos estudantes e foi desenvolvido especialmente para uso no ambiente escolar. O FNDE facilita a aquisição desses equipamentos com recursos dos próprios estados e municípios por meio da adesão ao pregão eletrônico disponível em https://www.fnde.gov.br/sigarpweb/ Perguntas frequentes 1. Como adquirir os computadores do PROUCA? É necessário aguardar novo pregão ser divulgado no site do FNDE. 2. Como ter acesso ao Pregão de 2012 PROUCA? O Programa PROUCA não existe mais e as prefeituras têm que fazer a adesão ao ProInfo. 3. Fiz a adesão ao PROUCA, mas o MEC ainda não liberou o financiamento, como proceder nesse caso? O FNDE não está mais fazendo convênios, nem liberação de recursos para o PROUCA. Fonte: BRASIL. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 2021. Disponível em: https://www.fnde.gov.br/ . Acesso em 25 de março de 2021. #SAIBA MAIS# O projeto começou no Brasil por intermédio Nicholas Negroponte, Seymour Papert e Mary Lou Jepsen que vieram ao Brasil especialmente para conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e expor a ideia com detalhes, o presidente apoiou a ideia e formou uma comissão para analisar o projeto e colocá-lo em prática, esse projeto também utiliza como modelo o Projeto Ceibal do Uruguai, o projeto atua diretamente na integração social, na democratização do conhecimento. https://www.fnde.gov.br/sigarpweb/ https://www.fnde.gov.br/ Em 2007, cinco escolas foram beneficiadas, agora já temos o UCA total que tem como objetivo inclusão social, voltada para a incorporação de conhecimento através do uso intensivo das novas tecnologias de informação - TICs no processo de aprendizado de crianças e jovens do ensino fundamental e médio. Seis municípios brasileiros já foram beneficiados e assim terão todas as suas escolas atendidas pelo programa, são elas: Barra dos Coqueiros/SE, Caetés/PE, Santa Cecília do Pavão/PR, São João da Ponta/PA, Terenos/MS e Tiradentes/MG. Estudos publicados sobre a implementação do Projeto, apontam que tal ação teve um baixo nível de aproveitamento e um padrão de funcionamento bastante divergente, que reflete forças e debilidades locais. Seu enorme potencial não foi até hoje completamente aproveitado. Contudo, vale destacar que mesmo sendo um processo de implementação marcado por fortes déficits na cadeia de transmissão e elevado grau de descoordenação, teve saldo positivo no que tange o resultado da distribuição de laptops aos alunos dos municípios contemplados(LAVINAS,VEIGA, 2013). Diante do exposto, infere-se que o projeto teve saldo positivo, pois possibilitou aos alunos público-alvo do UCA-Total - em especial aqueles oriundos de famílias pobres - a descoberta da informática e também, da internet. Assim, conheceram, entenderam e utilizaram esses novos recursos tecnológicos. E a escola, por sua vez, foi a grande responsável pela disseminação dessa inovação (LAVINAS; VEIGA, 2013). Acadêmico(a), no próximo tópico vamos ampliar nossos conhecimentos sobre assunto. Então, venha conosco, embarque nessa viagem pelo mundo da tecnologia. 2. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA E A EDUCAÇÃO Caro(a) acadêmico(a), nesse tópico conheceremos a evolução tecnológica na área da educação, porque, assim como a guerra, a tecnologia também é essencial para a educação, ou melhor, a educação e tecnologias são indissociáveis. Segundo o dicionário Aurélio (FERREIRA, 2010, p. 271), a educação diz respeito: “1. Ato ou efeito de educar(-se). 2. Processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual e moral do ser humano. 3. Civilidade, polidez. [...]”, no qual visa à sua melhor integração individual e social. Para que ocorra essa integração, é preciso que sejam compartilhados conhecimentos, habilidades, atitudes e valores aos educandos, ou seja, “que se utilize a educação para ensinar sobre as tecnologias que estão na base da identidade e da ação do grupo e que se faça uso delas para ensinar as bases dessa educação”. (KENSKI, 2015, p. 43). Podemos também, caro(a) acadêmico(a), entender a relação entre educação e tecnologias de um outro ângulo, o da socialização da inovação. Para ser assumida e utilizada pelas demais pessoas, além do seu criador. Diante disso, infere-se que a nova descoberta precisa ser ensinada. Nesse sentido, a forma de utilização de alguma inovação, seja ela um tipo novo de processo, produto, serviço ou comportamento, precisa ser informada e aprendida. Todos nós sabemos que a simples divulgação de um produto novo pelos meios publicitários não mostra como o usuário deve fazer para utilizar plenamente seus recursos e é nesse momento que entra o papel da escola, como também do educador inserido no contexto educacional. (KENSKI, 2015). Para ilustrar a afirmativa anterior, tomemos como exemplo a compra de um computador por uma pessoa leiga no quesito informática. Considerando tal contexto, os especialistas na área asseveram que não basta para essa pessoa adquirir a máquina, ela precisa aprender a utilizá-la, precisa descobrir as melhores maneiras de obter da máquina auxílio para suas necessidades. Infere-se, portanto, que é preciso buscar informações, realizar cursos, pedir ajuda aos mais experientes, enfim, “utilizar os mais diferentes meios para aprender a se relacionar com inovação e ir além”, começar a criar novas formas de uso e, dessemodo, gerar outras utilizações. Nesse sentido, os estudiosos sobre o assunto destacam que “Essas novas aprendizagens, quando colocadas em prática, reorientam, todos os nossos processos de descobertas, relações, valores e comportamentos”. (KENSKI, 2015, p. 44). A maioria das tecnologias é utilizada como auxiliar no processo educativo. Não são nem o objeto, nem a sua substância, nem a sua finalidade. Elas estão presentes em todos os momentos do processo pedagógico, desde o planejamento das disciplinas, a elaboração da proposta curricular até a certificação dos alunos que concluíram um curso. A presença de uma determinada tecnologia pode induzir profundas mudanças na maneira de organizar o ensino. “Um pequeno exemplo disso é o ensino de um idioma baseado exclusivamente nos livros didáticos e na pronúncia da professora, em aulas expositivas”. (KENSKI, 2015, p. 44). Assim, a organização do espaço, do tempo, o número de alunos que compõem cada turma e os objetivos do ensino podem trazer mudanças significativas para as maneiras como professores e alunos irão utilizar as tecnologias em suas aulas. A escolha de determinado tipo de tecnologia altera profundamente a natureza do processo educacional e comunicação entre os participantes. Uma sala de aula cheia de alunos, a aula dada em anfiteatros exigem alguns recursos tecnológicos, como microfones, projetores, entre outras tecnologias, muito diferente dos utilizados para o ensino dos mesmos conteúdos para grupos pequenos, em interação permanente. (KENSKI, 2015). Aluno(a), para que você entenda melhor esse contexto educacional atual, faz-se necessário dialogarmos sobre a linha do tempo, ou seja, recordamos alguns momentos históricos relacionados à educação e à tecnologia: ● Educação 1.0: Meados do século XVIII, elitizada, tradicionalista, individualista, foco no educador e, os recursos utilizados eram lousa, livros e cadernos. ● Educação 2.0: Depois da Revolução Industrial até mais ou menos meados do século XX, o foco era a sala de aula e a memorização. A dinâmica das aulas passeava entre o coletivo e o individual. A utilização de recursos tecnológicos era pouca e centralizada nos laboratórios de informática e/ou ciências. ● Educação 3.0: Era da internet e tecnologia, que integrava as pessoas. As aulas eram mais participativas e sobretudo, colaborativas, desenvolvendo o trabalho em equipe. Nesse momento, teve início o ensino híbrido (presencial e à distância). ● Educação 4.0 - E4: automaticamente nossos conhecimentos nos remetem a outra expressão” Indústria 4.0 e/ou 4ª Revolução Industrial”, ou seja, um mundo totalmente automatizado, imerso em uma revolução tecnológica: a linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT), entre outras. Diante do exposto, infere-se que as mudanças sócio-políticas do mundo contemporâneo requerem que a educação acompanhe as evoluções tecnológicas e ainda, que possibilite aprendizado significativo sobre o assunto para os educandos. Por isso, tornam-se necessárias também algumas mudanças no enfoque metodológico da Educação, adequando-os às novas exigências da sociedade em que vivemos. Sociedade essa que necessita urgentemente de ações inovadoras. É importante ressaltar, que os estudantes brasileiros, apresentam baixo rendimento escolar e índices de reprovação consideráveis. Consequentemente, não adquiriram eficazmente conhecimentos relevantes para a vida em sociedade, como saber ler e escrever de forma competente, habilidades essenciais para o exercício da cidadania e atuação no mundo corporativo. Além disso, muitos não dominam as inovações tecnológicas, que são imprescindíveis para qualquer área do conhecimento. Assim sendo, o papel do professor, num contexto de ensino-aprendizagem, é investigar o que está dando certo ou errado e acompanhar as tendências sociais. Além disso, diagnosticar o que precisa ser modificado ou acrescentado, e também, intervir nos problemas identificados com intuito de resolvê-los (BORTONI –RICARDO , 2006, p. 31). Considerando o exposto, diante dessa nova perspectiva educacional, cabe ao professor, por meio de sua intervenção pedagógica, propiciar situações significativas de aprendizagem, em que o saber prévio dos alunos seja resgatado e reelaborado, contextualizando-se o conhecimento formal e ampliando-os. Coaduna-se a essa proposta, o papel da escola básica, que tem por função principal desenvolver trabalhos, considerando as vivências sociais dos alunos, mas também propiciar conhecimentos necessários para o desenvolvimento acadêmico, social e profissional. Conforme aponta os dizeres das DCEs do Paraná, subsidiadas pela teoria bakhtiniana e seu círculo (PARANÁ, 2008). Estudante, portanto, a tecnologia é uma realidade e está ativamente inserida em nossas vidas, seja no contexto pessoal, social e/ou acadêmico e o uso dos mais variados recursos tecnológicos têm se multiplicado, pois somos cidadãos 4.0. Por esses motivos, foi considerada essencial a implementação de um modelo que torne o ensino mais atraente e aderente à realidade do século XIX, porque as mudanças da educação do Brasil buscam resultados na conexão dos jovens ao que é ofertado no ensino e maior inserção desses jovens ao mercado de trabalho. No próximo tópico, ampliaremos as informações sobre o assunto. Vamos lá! 3. O APRENDIZADO COM O APOIO DE COMPUTADORES E DA INTERNET Caro(a) acadêmico(a), nesse tópico estabeleceremos a importância da aprendizagem com o apoio de computadores e da internet. Para isso, iremos realizar um resgate sobre a história do computador. Os primeiros computadores da era moderna eram eletromecânicos, construídos com dispositivos magnéticos chamados “relés”. “Era a mesma tecnologia usada nas centrais telefônicas. Esses computadores tiveram vida curta, sendo logo substituídos pelos eletrônicos”. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 62). O primeiro computador eletrônico, o Eniac, foi construído em 1946, nos Estados Unidos, ele tinha 19 mil válvulas e consumia 200 quilowatts de potência elétrica (o equivalente à energia necessária para o consumo de 100 casas), funcionava por poucas horas, até que algumas válvulas falhavam e tinham de ser substituídas. Nessa época, para programar um computador, era preciso saber detalhes de sua construção, e, em geral, quem trabalhava nessas máquinas eram as próprias pessoas que as projetavam, por isso, esses computadores acabavam ficando nos laboratórios em que eram construídos. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015). No final da década de 1940, foi inventado o transistor, que era menor, mais rápido e falhava menos que a válvula. Além disso, os computadores com transistores consumiam menos energia, em torno de 5 quilowatts (o equivalente à energia necessária para o consumo de 2 casas). Como eram mais acessíveis que os primeiros computadores, máquinas com transistores foram instaladas em algumas empresas e podiam ser operadas por profissionais especializados, e não só por seus projetistas. Na década de 1960, os Estados Unidos revelaram ao mundo uma nova invenção: os circuitos integrados. Os transistores foram deixados de lado e a eletrônica miniaturizada permitiu a construção de computadores menores, surpreendentemente mais rápidos, baratos e eficientes que os anteriores. Cada vez mais essas máquinas passaram a ser úteis nas empresas. Foram desenvolvidos programas de computadores capazes de zelar pelo funcionamento do próprio computador. Conhecidos como “sistemas operacionais”, eles tornaram as operações das máquinas mais seguras e possibilitaram que fossem usadas por um número maior de pessoas. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 62). A essa altura, as empresas já dependiam muito dessas máquinas para funcionar. Os programas de computador emitem faturas, fazem cobranças, preparam folhas de pagamento, cadastrar clientes emuito mais. Até que surgiu o microcomputador, sem que ninguém imaginasse a mudança que ele iria provocar no dia a dia das empresas e das pessoas. O primeiro passo foi dado no início da década de 1970 pela Intel Corporation, uma pequena empresa norte-americana, eles inventaram um dispositivo chamado de “microprocessador” para máquinas de calcular e, depois, modificaram esse componente para que fosse usado em computadores. A ideia deu certo e, no início da década de 1980, os microcomputadores chegaram ao mercado. Desde o primeiro momento, parecia uma “epidemia”, todo mundo queria ter um. Hoje, há milhões de computadores em operação. Cada uma dessas máquinas é milhares de vezes mais poderosas que seus “bisavôs”da década de 1940. Na década de 1990, a grande inovação foi a internet. “Ela promoveu grandes mudanças, interferindo na estrutura dos diferentes sistemas e transformando as relações e as comunicações globais”. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 63). Agora caro(a) acadêmico(a) iremos apresentar um resumo do desenvolvimento dos computadores, o qual pode ser dividido em cinco gerações. Vide o quadro abaixo: Quadro 1 - Gerações de computadores Primeira geração (1945-1959) Uso de válvulas eletrônicas e quilômetros de fios; os computadores eram lentos, enormes e esquentavam muito. Segunda geração (1959-1964) Substituição das válvulas eletrônicas por transistores e dos fios de ligação por circuitos impressos; isto tornou os computadores mais rápidos, menores e de custo mais baixo. Terceira geração (1964-1970) Criação dos circuitos integrados que proporcionaram maior compactação, redução dos custos e velocidade de processamento da ordem de microssegundos; tem início a utilização de avançados sistemas operacionais. Quarta geração (1970-1990) Aperfeiçoamento da tecnologia já existente, proporcionando uma otimização da máquina para os problemas do usuário, maior grau de miniaturização, confiabilidade e velocidade maior, na ordem de nanossegundos (bilionésima parte do segundo). Quinta geração (1990 em diante) Surgimento da inteligência artificial e dispositivos cada vez menores e mais potentes conectados à rede internet. Fonte: (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015, p. 63 - 64). SAIBA MAIS Para saber mais sobre a História do computador e da internet. Acesse “A história dos computadores e da internet e o acesso à informação” do canal Khan Academy Brasil. Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=o1FiPSv60aY #SAIBA MAIS# Dando continuidade a nossa temática, caro(a) acadêmico(a) o computador como tecnologia educacional apresenta uma característica específica: com frequência, o aluno domina muito mais essa tecnologia do que o seu professor e, também, passa a manipulá- la sem medo e sem restrições. Essa característica já começa a exigir do professor, uma mudança de postura em sala de aula, em que a interação com seus alunos passará a ser uma atitude necessária para o bom andamento do seu trabalho pedagógico. https://www.youtube.com/watch?v=o1FiPSv60aY Um olhar sobre o histórico da introdução da informática nas escolas brasileiras revela um percurso muito aproximado ao que ocorreu no restante da América Latina: ela tem sido utilizada tanto em uma perspectiva instrucional quanto em uma perspectiva construcionista. Na perspectiva instrucional, o computador é objeto de estudo. O conhecimento de hardware e software e seus mecanismos passam a ser o objetivo do trabalho de informática. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015). Na perspectiva construcionista, o computador é utilizado como recurso. O termo construcionista está diretamente relacionado à denominação construtivista. Dentro dessa perspectiva, os sujeitos que utilizam o computador podem representar suas ideias, resolver problemas, criar soluções, desenvolver algo. (BRITO; PURIFICAÇÃO, 2015). O computador é uma ferramenta valiosa para a nova geração cultural, pois a difusão da informática é primordial entre os indivíduos e entre os grupos sociais. (SILVA, 1996). A utilização do computador pode individualizar o estudo de comportamento dos sujeitos, tornar os alunos autônomos na gestão de sua aprendizagem, tratar em tempo real uma parte da avaliação, integrar numerosas informações multidimensionais, diminuir o efeito emocional da avaliação. (ALMOULOUD, 1997). Aqui, utilizamos dois autores para mostrar que, temos lado positivo e negativo, no entanto, na literatura existem vários autores que percebe que essa tecnologia, é bem- vinda, que a decantam nos seus grandes méritos, para alguns e mal vista por outros, que apontam seu lado restrito, muitas vezes provoca grandes polêmicas, as quais nem sempre abrem espaço para um confronto enriquecedor e frutífero de ideais. O uso do computador nas escolas traz inúmeras possibilidades e mudanças significativas para o processo de ensino e aprendizagem, pois oferece diversos recursos que exprimem diferentes atividades, principalmente quando conectados à Internet, uma vez que a Internet amplia as possibilidades, e concebe ao aluno as diferentes experiências e aprendizagens, fazendo-o interagir com diferentes formas de textos, imagens, sons e relações interpessoais, propondo a comunicação com pessoas geograficamente distantes e de culturas diferentes. (SOUZA, 2013). São muitas as vantagens que a Internet oferece para o processo de ensino e aprendizagem, como podemos verificar nas literaturas de autores que realizam esta pesquisa, quando utilizada de forma adequada, no entanto, existem alguns problemas e limitações quando sua utilização é feita de maneira incorreta e despreparada, podendo gerar alguns transtornos no processo educacional. A Internet é uma importante fonte de pesquisa e canal de comunicação, e as escolas precisam acompanhar essas mudanças adaptando-se às novas formas de atender a atual demanda social. (SOUZA, 2013). Sendo assim, torna-se necessário que as crianças tenham, desde cedo, o acesso a essa tecnologia. As escolas devem estimular o uso dos computadores e da Internet a fim de dinamizar o processo de ensino e aprendizagem, auxiliando o aluno na construção do seu próprio conhecimento de forma interativa, conforme observação da BNCC no eixo 5: “Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais” (BNCC, 2018). A vantagem de se utilizar as tecnologias como ferramentas didáticas, é a dinamização dos conteúdos que elas permitem, estimulando os alunos a trabalharem a autonomia e a criatividade. Isso faz com que a educação ultrapasse as paredes da sala de aula e contribua para a diminuição da exclusão digital. A Internet aproxima as pessoas e diminui os espaços, e muitos dos indivíduos que têm dificuldades de socializar, conseguem através dela se expressar e se comunicar melhor. (SOUZA, 2013). As tecnologias podem ajudar por um lado, mas também podem atrapalhar por outro. Nunca se viu tanta informação disponível, tantas tecnologias, mas nunca se teve tanta dificuldade de comunicação, quando se trata de interação, participação e qualidade da informação.(SOUZA, 2013). Algumas escolas utilizam os computadores para o simples ensino de informática, ensinando os alunos a mera digitação e pesquisas na Internet. Tais pesquisas, muitas vezes acontecem de forma superficial, na qual os alunos apenas copiam e imprimem os textos tais quais são encontrados nas páginas da Internet, contribuindo para o baixo desenvolvimento cognitivo dos mesmos. Além disso, existem professores que utilizam as novas tecnologias sem refletir muitas vezes sobre o seu papel pedagógico, que deveria estar direcionado para uma prática construtiva do conhecimento. (SOUZA, 2013). Outro problema é que a Internet oferece diversas possibilidades de busca, e as suas páginas muitas vezes encantam os alunos e tiram o foco principalque é a interpretação. Na realização de aulas com o uso da Internet, os alunos podem ficar dispersos navegando pelos sites, abrindo muitas páginas, confundindo qualidade com quantidade. Existe um deslumbramento com as imagens e sons encontrados na Internet, levando muitas vezes os alunos a não considerarem o conteúdo, consumindo a informação de modo rápido e superficial, sem internalizar e refletir sobre o conteúdo. (SOUZA, 2013). O uso dos computadores e Internet podem inovar, mas também podem reproduzir um ensino tradicional, pois o fato de usar as tecnologias não garante a qualidade do ensino, mas sim a forma como são utilizadas. SAIBA MAIS Você sabia que a Internet disponibiliza milhares de acessos a locais nunca antes imagináveis e, com isso, disponibiliza um amplo aprendizado? Segue alguns sites utilizados para a busca de conhecimentos, disponíveis no site Techtudo (apud VIANA, 2012): - YouTube: visitado por bilhões de usuários no mundo todo, o site reúne vídeos sobre os mais variados assuntos. Além disso, neste mês, o Google divulgou que existem mais de mil canais educativos na página. - Udutu: editor e publicador de cursos online, o site permite criar e organizar uma sequência de aulas, sem a necessidade de grandes conhecimentos sobre programação. Além disso, todo o arquivo gerado pela página pode ser salvo em um CD. - JClic: [...] Por meio dela, os professores podem desenvolver materiais de estudo, quebra-cabeças, palavras cruzadas e até testes e provas, tudo isso por um conjunto de ferramentas em Java. - Flash Page Flip: o site, que funciona em inglês, permite a criação de revistas digitais, com textos, fotos e até sons. - Toondoo: com comandos em inglês, o software explora o aprendizado da língua por meio da criação de histórias em quadrinhos feitas pelos próprios alunos. - Geogebra: O objetivo desta ferramenta é facilitar e aproximar os alunos da matemática. Por isso, o site reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas. - Selariam: um planetário na tela do computador. O programa permite mostrar planetas e constelações em 3D. O software pode ser visualizado nos sistemas operacionais Windows, Mac e Linux. - Pense +: com aplicativo, desenvolvido para Android, o professor pode trabalhar mais de 350 questões dos simulados do Ensino Nacional do Ensino Médio (ENEM) dos anos de 2009 e 2010. - Músculos Anatomia: com este aplicativo, gratuito para Android, é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana. - Google Maps: mapa virtual do Google repleto de interatividade, o Maps permite a navegação por escalas dos mais variados lugares do mundo. - Google Art Project: também desenvolvida pelo Google, a ferramenta permite que o professor crie uma visita virtual aos principais museus do mundo e tenha acesso às obras de arte consagradas. - Tríade: boa plataforma para professores de História ensinarem sobre a Revolução Francesa. O jogo, produzido no Brasil, e de download gratuito, faz uma viagem ilustrada ao século XVII, com gráficos em 3D, e permite ao aluno se aventurar pela história da revolução. - Voicethread: o site tem como sua principal funcionalidade auxiliar a prática do inglês e do espanhol. Para desfrutar da ferramenta, basta ter um microfone e se cadastrar. Na página é possível gravar áudio com a voz do aluno e associar a gravação a uma imagem de preferência do mesmo. Fonte: VIANA, G. A tecnologia invade a sala de aula: veja recursos que auxiliam o ensino. Techtudo, 2012. #SAIBA MAIS# 4. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA ARTICULADO ENTRE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E TECNOLOGIA Caro(a) acadêmico(a), nesse quarto e último tópico da Unidade I, nosso diálogo será sobre a “Implantação de um Sistema Articulado Entre Educação, Comunicação e Tecnologia” e sabe por quê? Porque tudo muda o tempo todo no mudo e com a educação não é diferente, pois ela não é obsoleta. Vivemos em constantes mudanças sociais e um docente do século XXI precisa estar preparado para o novo cenário educacional. É verdade, vivemos na era da Indústria 4.0 e/ou 4ª Revolução Industrial, ou seja, um mundo totalmente automatizado, imerso em uma revolução tecnológica: a linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT), entre outras. Por isso, a ênfase, aqui, será dialogar sobre os pilares da educação 4.0 que vão ao encontro desse contexto de inter-relação: Educação, Comunicação e Tecnologias alinhados à Base Nacional Comum Curricular - BNCC. Então venha conosco, vamos ampliar nossos horizontes sobre o tema. Educação 4.0, o que isso significa? Estamos na revolução 4.0, consequentemente em meio a uma Educação 4.0 E4, enfrentado diversos desafios, em virtude das velozes e profundas transformações da sociedade. Dessa forma, entramos numa disputa para conquistar a atenção dos nossos alunos, por isso, há necessidade urgente de uma exploração competente desses recursos digitais alinhada ao novo contexto educacional. Hoje, toda forma de comunicação é rápida e eficaz. Além disso, necessita-se de que as pessoas saibam resolver problemas de forma rápida, mas para que isso aconteça existe a necessidade de utilização de ferramentas e métodos inovadores que possibilitam a tomada de decisões rapidamente, utilizando reflexão, criticidade, como também a criatividade (CARVALHO NETO, 2017). Diante de tal contexto, não há mais espaço para aulas tradicionais com utilização de recursos que não desafiam os alunos e ainda, que não os preparam para esse cenário cada vez mais tecnológico. Infere-se, portanto, que todo profissional inserido no contexto educacional precisa adaptar-se às mudanças sociais e multiplicar isso em sala de aula, formando alunos competentes para participar ativamente dessa sociedade 4.0. Então, é por esse motivo, para ampliar seus horizontes que te convido a se aprofundar conosco nesse novo contexto educacional 4.0. A área da educação está diretamente ligada a esse novo normal tecnológico e em rede, pois as crianças e jovens vivenciam essa imersão cotidiana tecnológica. Eles estão cada vez mais conectados por meio de recursos inovadores e isso, justifica a utilização desse termo “E4” muito utilizado atualmente. Assim, faz-se necessária a adequação das metodologias educacionais. Então, para suprir tais necessidades oriundas desse contexto histórico-social, no século XXI, temos as acepções da Educação 4.0 - E4. Essa é uma abordagem teórico-prática objetiva ir além do comum, ultrapassar os conteúdos curriculares e ampliar os horizontes dos alunos. Esse novo método de ensino, vai muito além dos aspectos tecnológicos, contempla o termo learning by doing, que traduzindo significa “aprender por meio da experimentação”, e isso, caro(a) estudante, está diretamente relacionado ao desenvolvimento de projetos, aprender fazendo, vivências, que é o conteúdo específico desse tópico (CARVALHO NETO, 2017). Mas quais são os pilares que sustentam a E4? Os pilares que servem de apoio, ou seja, que direcionam para novas práticas pedagógicas, como por exemplo a utilização das metodologias ativas de aprendizagem, estão exemplificados na figura n. 1, para melhor entendimento: Figura 1: Os pilares da E4 Fonte:(GLASSER, 2017) Conforme podemos observar na figura 1, os pilares que sustentam a E4 apontam interconexões, que direcionam para novas práticas pedagógicas, como por exemplo a utilização das metodologias ativas de aprendizagem, no contexto educacional, pois são práticas pedagógicas que contemplam o processo de produção e dos saberes, por meio de participação ativa de professores e alunos. Agora, estudante, vamos entender as acepções de cada pilar, pois cada um tem um objetivo específico (GLASSER, 2017): ● Modelo sistêmico: avaliar o contexto atual e estabelecer estratégias para construir umplano de inovação efetivo. ● Mudança do senso comum: utilizar referenciais teóricos que abordem a educação de um ponto de vista científico e tecnológico, permitindo uma base concreta para aplicar em sala de aula. ● Engenharia e gestão do conhecimento: analisar as competências e habilidades dos alunos. ● Cibercultura: preparar o ambiente de aprendizagem para oferecer de forma eficaz o novo modelo de educação. Acadêmico(a), mas por que é preciso repensar o papel do professor no século XXI? E ainda, por que os pilares da E4 estão relacionados ao contexto desta unidade? O autor renomado, que publicou diversos artigos e livros sobre o assunto, assevera que houve mudanças significativas relacionadas à plasticidade cerebral de jovens (geração Y e Z) imersos na cultura digital, como por exemplo, o pouco tempo de atenção produtiva durante as aulas quando comparado aos alunos de outras gerações. Nesse sentido, os pilares que sustentam a E4 apontam interconexões, que direcionam para novas práticas pedagógicas, em especial, auxiliam o professor a desenvolver projetos que motivam os alunos e os conduzem para novos conhecimentos sociais como também científicos (CARVALHO NETO, 2017). Diante disso, para corroborar com as necessidades pedagógicas desse momento, entraram em cena as Metodologias Ativas de Aprendizagem. Então, para ampliar nossos conhecimentos sobre o assunto, na sequência, vamos entender o que são Metodologias Ativas e o porquê de utilizar essas novas metodologias em sala de aula, com essa geração 4.0. ➢ Metodologias Ativas No contexto atual da E4, o docente, no decorrer da sua prática pedagógica, precisa levar em consideração que aprendizagem não acontece simplesmente pelo ato de ouvir e/ou escutar, mas efetivamente quando os alunos elaboram o que recebem, porque trabalham cognitivamente com o meio que lhes oferecem. Infere-se, portanto, que a aprendizagem colaborativa é muito mais eficaz, conforme destaca o psiquiatra norte americano William Glasser ao apresentar a Pirâmide da Aprendizagem. Para ele, quando ensinamos alguma coisa a alguém (explicar, ilustrar, demonstrar, etc) retemos 95% e ainda, nossa retenção ao praticar (escrever, demonstrar, utilizar, etc) gira em torno dos 85%. Diferentemente, quando apenas lemos, nossa retenção fica na casa dos 10%. Então, para ele A boa educação é aquela em que o professor pede para que seus alunos pensem e se dediquem a promover um diálogo, que promova a compreensão e o crescimento deles (GLASSER, 2017). Infere-se, então, que as práticas pedagógicas precisam contemplar o processo de produção dos saberes por meio de participação ativa de professores e alunos, ou seja, ensinar e aprender a partir de projetos (VICKERY, 2016). Aluno(a), agora, para exemplificar, apresentaremos informações sobre algumas Metodologias Ativas de Aprendizagem, que são utilizadas como recurso tecnológico e didático nesse contexto de aprendizagem E4. As metodologias ativas enfatizam o desenvolvimento autônomo do aluno e estimulam o raciocínio e a busca do conhecimento, nesse contexto pedagógico, o estudante é o protagonista. Contudo, o sucesso de toda prática pedagógica depende muito da preparação e mediação do professor. Muitas são as formas de utilização dessas metodologias em sua sala de aula, mas todas, mesmo com suas especificidades e objetivos diferenciados, almejam o protagonismo do estudante. Acadêmico(a), conheça alguns exemplos (VICKERY, 2016): ● Resolução de problemas: A aprendizagem baseada em problemas objetiva a resolução colaborativa dos desafios propostos. Desenvolve a habilidade de investigação, reflexão e criatividade. A função do professor é incentivar o aluno a buscar uma solução. ● Entre times e Pares: Essa técnica prioriza o compartilhamento de ideias em pequenos grupos, como por exemplo, debater, refletir e construir pensamento crítico sobre um estudo de caso apresentado. A função do professor é mediar e orientar. ● Sala de aula invertida: A ideia é disponibilizar material de estudo, antecipadamente, por meio de recursos online e/ou impresso para que haja a leitura e estudo em home office. No decorrer da aula, o professor vai fazer considerações e questionamentos sobre o tema proposto, estimulando a troca de conhecimentos. ● Aprendizagem Cooperativa: Essa técnica prioriza o desenvolvimento de competências importantes propostas pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular, porque nessa técnica de aprendizagem as responsabilidades são distribuídas e isso desenvolve as habilidades de raciocínio e socioemocionais. Além disso, possui como referência quatro princípios básicos: participação equivalente; interdependência positiva; produção individual; alta Interação Simultânea. ● Projetos: Nessa técnica, um problema é apresentado ao grupo para que seja primeiramente avaliado, depois os alunos precisam encontrar a origem do problema para apresentar as possibilidades de soluções possíveis e viáveis. Essa atividade enfatiza o fazer, ou seja, o estudante precisa “colocar a mão na massa” e realizar a ação, diferentemente da técnica de “problemas”, na qual a resolução é apenas teórica. De acordo com o que foi exposto, as metodologias ativas fazem com que o aluno participe ativamente do seu processo de aprendizagem, desenvolva habilidades e características para a vida em sociedade e ainda, prepara-o para o mundo do trabalho. Soma-se a isso, o fato de que tal prática está alinhada às acepções da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo, que trata da implantação de uma política educacional, desenvolvida ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, que seja articulada e integrada, expressando seu compromisso com uma educação integral que visa o acolhimento, o reconhecimento dos estudantes, a fim de promover a equidade e a qualidade das aprendizagens dos estudantes brasileiros (BRASIL, 2018). ➢ Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar Estudante, para dialogarmos sobre o assunto, é primordial entender quais são as acepções da BNCC. A Base é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE) Além disso, ela integra a política nacional da Educação Básica e se constitui como referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes de ensino de todo o país, assim como para as propostas pedagógicas das escolas (BRASIL, 2018). A BNCC propõe o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas ao uso crítico e responsável das tecnologias digitais de forma transversal, ou seja, em todas as áreas do conhecimento, como também, direcionada, objetivando o desenvolvimento de competências relacionadas ao próprio uso das tecnologias, recursos e linguagens digitais, desenvolvendo as competências de compreensão, uso e criação de TICs em diversas práticas sociais, como destaca a competência geral 5. Considerando o exposto, para auxiliá-lo na sua formação profissional, na sequência, apresentamos sugestões de práticas pedagógicas que contemplam a utilização das TDICs nas escolas. Para tanto, buscamos as orientações do Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb), o qual prevê eixos, conceitos e habilidades alinhadas à BNCC e voltados exclusivamente para o desenvolvimento de competências de exploração e de uso das TDICs nas escolas (CIEB,online). Os eixos propostos pelo CIEB perpassam todas as etapas da educação básica e subdividem-se em: Cultura digital; Tecnologia digital; Pensamento computacional. Cada eixo está dividido em conceitos,os quais propõem o desenvolvimento de uma ou http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf mais habilidades, por meio de sugestões de práticas pedagógicas, avaliações e materiais de referência. Você pode conferir na figura n.2, que ilustra a etapa da Educação Infantil e do Ensino Fundamental I e II, como são divididos e organizados os eixos e os conceitos. Figura 2: Trilogia de Eixos - BNCC Fonte: (CIEB,online) Conforme exemplificado na figura n. 2, cada eixo está subdivido em conceitos, os quais objetivam o desenvolvimento de uma ou mais habilidades propostas pela BNCC (CIEB,online): 1. Cultura Digital: Refere-se às relações humanas mediadas por tecnologias e comunicações por meio digital, aproximando-se de outros conceitos como sociedade da informação, cibercultura e revolução digital. Diante disso, sugere- se que sejam trabalhados textos narrativos, em linguagem verbal e não-verbal, uma vez que, isso favorece a análise e interpretação das informações recebidas, bem como reconhecimento dos diferentes tipos de mídias envolvidas. Nesse sentido, os conceitos trabalhados são: Tecnologia e Sociedade; Cultura Digital (Refere-se ao uso responsável da tecnologia pelas pessoas (Trata dos avanços das TDICs e o significado disso para as pessoas.; Letramento Digital (Diz respeito aos modos de ler e escrever em contextos digitais). 2. Tecnologia Digital: Representa o conjunto de conhecimentos relacionados a como funcionam os computadores e suas tecnologias, em especial as redes e a internet. Na maioria das vezes, os tais assuntos estão relacionados à área da computação, como hardware, software, internet, sistemas operacionais, bancos de dados, etc. Assim os conceitos trabalhados aqui são: Representação de Dados (diferentes formas de representar informações no mundo digital); Hardware e Software (Analisa os computadores quanto ao seu funcionamento e componentes; Comunicação e Redes (Trabalha os fundamentos conceituais para compreensão de redes e internet). 3. Pensamento Computacional: Está relacionado à capacidade de resolver problemas a partir de conhecimentos e práticas da computação, englobando sistematizar, representar, analisar e resolver problemas. Este é um dos pilares fundamentais do intelecto humano, junto a leitura, a escrita e a aritmética, porque também é aplicado para descrever, explicar e modelar o universo e seus processos complexos. Os conceitos trabalhados neste item são: Abstração (envolve filtragem e classificação de dados para resolução de problemas; Algoritmos (refere-se à construção de orientações claras para resolução de problemas); Decomposição (trata da divisão de problemas complexos em partes menores para a sua solução); Reconhecimento de Padrões (envolve a identificação de padrões entre problemas para a sua solução). SAIBA MAIS Para saber mais sobre o assunto e buscar novas informações sobre práticas pedagógicas que contemplam a tecnologia em sala de aula, dê um click: CIEB. Referências para Construção do seu Currículo em Tecnologia e Computação da Educação Básica. Disponível em: <https://curriculo.cieb.net.br/>. #SAIBA MAIS# https://curriculo.cieb.net.br/curriculo https://curriculo.cieb.net.br/curriculo https://curriculo.cieb.net.br/ Acadêmico(a), de acordo com o exposto nesta unidade I, a tecnologia é uma realidade e está ativamente inserida em nossas vidas, seja no contexto pessoal, social e/ou acadêmico e o uso dos mais variados recursos tecnológicos têm se multiplicado, pois somos cidadãos inseridos em um contexto 4.0. Assim, abordar questões relacionadas às estratégias metodológicas e meios tecnológicos em sala de aula é essencial, porque precisamos, enquanto educadores, aprender a desenvolver competências e habilidades ligadas à tecnologia com o intuito de ensinar os educandos a utilizarem e criarem tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva, como também ética nas diversas práticas sociais, sejam elas escolares, pessoais e/ou coletivas, conforme acepções do eixo 5 da BNCC. Na próxima unidade ampliaremos as discussões sobre o assunto. Venha conosco e embarque nessa trilha de novos conhecimentos. REFLITA Estudante, na sua opinião as tecnologias e mídias são oportunidade ou limitação? Nós, professores, conseguimos alcançar a todos com a tecnologia? Com aqueles que alcançamos, conseguimos promover laços de comunicação? Para contribuir com sua reflexão, sugiro a seguinte leitura: "Lives do Conhecimento: André Lemos dialoga sobre a relação entre Tecnologias Digitais e Pandemia”. Disponível em: <https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento- andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia>. Acesso em: 31 de março de 2021. “Planejamento, conectividade e tecnologia: quais são os principais desafios da educação em tempos de pandemia”. https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia Disponível em: <https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga- sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia>. Acesso em: 31 de março de 2021. # REFLITA# https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia https://www.unifor.br/-/-lives-do-conhecimento-andre-lemos-dialoga-sobre-a-relacao-entre-tecnologias-digitais-e-pandemia CONSIDERAÇÕES FINAIS Caro(a) estudante, a Unidade I chega ao fim e novamente aprendemos até aqui como foi o processo histórico da inserção da tecnologia no ambiente educacional no Brasil e como a sua utilização e evolução modificou o processo de ensino/aprendizagem. Aprendemos como adveio historicamente a utilização do computador no ambiente escolar e também, a maneira como essa tecnologia, juntamente com a chegada da internet, influenciou a relação do aluno com a aquisição do conhecimento científico. O uso do computador nas escolas possibilitou mudanças significativas para o processo de ensino e aprendizagem, oferecendo diversos recursos, principalmente quando conectados à Internet, pois oferece ao aluno diferentes experiências e inúmeras possibilidades de aprendizagens. Finalizamos esta primeira unidade da apostila estudando sobre a era tecnológica revolucionária que estamos vivendo e que não para de avançar em níveis surpreendentes, onde a educação precisa se adequar às necessidades impostas por tal realidade. Estudar sobre a implantação de um sistema que articula a tecnologia com a comunicação e a educação se faz necessário exatamente para compreendermos que não há como olhar para a educação sem acompanhar os avanços tecnológicos que podem ser utilizados como recursos no processo de ensino/aprendizagem. Esperamos que esta unidade tenha aguçado a sua curiosidade e te motivado a querer aprender mais sobre o assunto “Educação e Novas Tecnologias”. Tem muito mais conteúdo te aguardando na unidade II. Até lá!! LEITURA COMPLEMENTAR “Educação do Futuro” Um dos cofundadores do Projeto Escola do Futuro da USP, o professor José Moran, diz que as escolas precisam preparar os alunos para um mundo imprevisível, onde a criatividade vale mais do que o simples acúmulo de conhecimento, como ocorria no passado. Na era da tecnologia, a velocidade das transformações é cada vez maior. E os adultos do futuro precisam estar preparados para mudarem de carreira ao longo da vida, o que faz com que o papel das escolas tenha de ser reavaliado. Como a informação não é mais propriedade exclusiva dos professores, já que a tecnologia a coloca ao alcance de todos,cabe às escolas desenvolverem nos alunos competências socioemocionais e criativas para que eles aprendam a empreender e a lidar de forma cooperativa com os desafios do mercado. O professor José Moran, espanhol naturalizado brasileiro, mestre e doutor em Comunicação pela USP e professor aposentado da mesma universidade, é um estudioso do uso das tecnologias na educação e propõe mudanças significativas no modo de ensinar. Em recente passagem por Teresina, ele concedeu entrevista exclusiva à Revista Cidade Verde. Para ler na íntegra, dê um click: MORAN, José Moran. “Educação do Futuro”. REVISTA CIDADE VERDE 1º DE SETEMBRO, 2019. Disponível em: <educaçao_futuro.pdf (usp.br)>. http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2019/09/educa%C3%A7ao_futuro.pdf LIVRO • Título. Tecnologias na Educação: conceitos e práticas • Autor. Luana Priscila Wunsch Alvaro Martins Fernandes Junior • Editora. InterSaberes • Sinopse . Ao explorar os impactos que o avanço das tecnologias digitais teve sobre a educação, esta obra discute desde aspectos históricos do desenvolvimento dos meios de comunicação até a consolidação do ensino a distância. Além disso, analisa como o contexto educacional brasileiro tem se comportado frente a esses avanços tecnológicos e problematiza o papel do educador e das tecnologias educacionais. FILME/VÍDEO • Título. Piratas da Informática • Ano. 1999 • Sinopse. Até o surgimento de Steve Jobs e Bill Gates, a informática era algo distante, que não fazia parte do universo das pessoas comuns. Os dois, ainda estudantes, lideraram uma revolução que integrou os computadores ao nosso dia a dia. • Link do vídeo (se houver). REFERÊNCIAS ALMOULOUD, S. A. Informática e educação matemática. Revista de Inofmrática Aplicada. São Caetano, SP, ano 1, n. 1, P. 50-60, jan./jun, 2005. Disponível em: https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_informatica_aplicada/article/view/940 Acesso em: 25 de março de 2021. ARAUJO, S. P. de. et.al. Tecnologia na Educação: contexto histórico, papel e diversidade. IV Jornada de Didática III Seminário de Pesquisa do CEMAD, 31 de janeiro, 01 e 02 de fevereiro de 2017. ANDRADE, A. P. R. de. O Uso das Tecnologias na Educação: Computador e Internet. Monografia (graduação). Consórcio Setentrional de Educação a Distância, Universidade de Brasília e Universidade Estadual de Goiás, Brasília, 2011. FERREIRA, A. B. de H. Mini Aurélio - o Dicionário da Língua Portuguesa. Curitiba: Editora Positivo, 2010. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação, 2018. Disponível em:<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez- site.pdf>. Acesso em: 26 de março de 2021. BRITO, G. da S.; PURIFICAÇÃO, I. da. Educação e novas tecnologias: um (re)pensar. 2 edição revista, atualizada e ampliada. Curitiba: Editora InterSaberes, 2015. https://plataforma.bvirtual.com.br/ BRUZZI, D. G. Uso da tecnologia na educação, da história à realidade atual. Revista Polyphonia, v. 27/1, jan/jun., 2016. CARVALHO NETO, C. Z. Educação 4.0: princípios e práticas de inovação em gestão e docência. São Paulo: Laborciencia editora, 2017. CIEB. 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VIEIRA PINTO, A. O conceito de tecnologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. VICKERY, A. et al. Aprendizagem Ativa: nos anos iniciais do ensino fundamental. Porto Alegre: Penso, 2016. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742013000200009 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742013000200009 http://dx.doi.org/10.1590/S0100-15742013000200009 UNIDADE II Ambiente Virtual e a Aprendizagem Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal Professora Mestre Fabiane Fantacholi Guimarães Professora Mestre Greicy Juliana Moreira Plano de Estudo: A seguir, apresentam-se os tópicos que você, acadêmico(a), estudará nesta unidade: ● A informática no processo de ensino/aprendizagem. ● Uso das tecnologias móveis e sem fio (TMSF) na educação a distância. ● Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). ● As principais tecnologias utilizadas na educação escolar. Objetivos de Aprendizagem: ● Aprender sobre a utilização da informática no processo de ensino/aprendizagem. ● Conhecer como é realizado o uso das tecnologias móveis e sem fio (TMSF) na educação a distância. ● Estudar sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). ● Conhecer as principais tecnologias utilizadas na educação escolar. INTRODUÇÃO Olá estudante, seja bem-vindo à segunda unidade da nossa apostila de “Educação e Novas Tecnologias”! Vocês já fizeram um resgate histórico na Unidade I, sobre a trajetória da tecnologia no Brasil, sua evolução e como se deu sua articulação com a educação, por meio do uso de computadores e da internet. Nesta unidade iremos avançar um pouco mais e abordaremos temas que vão desde a utilização da informática no processo de ensino/aprendizagem, passando pelos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, até podermos identificar quais são as principais tecnologias utilizadas na educação escolar. Convido vocês a embarcarem neste desafio de ampliar o conhecimento sobre as tecnologias relacionadas à educação escolar. Vamos lá?! Bons estudos! 1. A INFORMÁTICA NO PROCESSO DE ENSINO/APRENDIZAGEM Caro(a) acadêmico(a), nesse tópico aprenderemos sobre a utilização da informática no processo de ensino/aprendizagem. Com o avanço tecnológico, a utilização da informática no ambiente educacional no Brasil, se iniciou na década de 1970, em algumas universidades públicas e em áreas específicas do conhecimento como Química, Matemática e Física. Posteriormente, houve um engajamento do governo para a aquisição de computadores com o objetivo de implantar projetos e programas com o uso dessa tecnologia nas escolas públicas do país. Porém, a falta de planejamento,de infraestrutura básica para a realização de atividades voltadas ao uso da tecnologia, a diferença de realidades entre grandes centros e interior do país, possibilitou verificar que a inserção da informática no processo de ensino/aprendizagem, que visava contribuir para o desenvolvimento do processo educacional, estava aumentando o abismo já existente entre as classes sociais. Tendo em vista as questões econômicas e sociais, observa-se ainda hoje, dois problemas principais no que diz respeito a inclusão da informática no processo educacional: o primeiro é a falta de uma política unificada de inclusão da informática no ambiente educacional, uma vez que o acesso à internet e ao computador não pertence a toda população acadêmica, pois as desigualdades sociais tão evidentes em nosso país, também é visível neste aspecto, uma vez que, o uso das tecnologias é privilégio de uma parcela da população acadêmica. A segunda problemática a ser levantada é que, muitas vezes, há um apoio ao uso da informática no processo ensino/aprendizagem, porém, não há meios adequados para que isso aconteça. Portanto, a inclusão da informática como ferramenta de trabalho no processo educacional é uma realidade inevitável na atualidade, no entanto, ela necessita estar articulada com políticas de acessibilidade a um número cada vez maior de alunos juntamente a uma boa formação de professores, pois estes surgem como agentes neste processo. Tal formação requer conhecimentos que vão desde aquisição de habilidades metodológicas para uma utilização adequada do computador, bem como programas específicos que possam ser utilizados, ferramentas didáticas e conhecimentos científicos para produzir aulas dinâmicas, interativas e que resultam em conhecimento adquirido, pois segundo Pais (2002, p. 144) “Quanto mais interativa for essa relação, maiores serão as possibilidades de enriquecer as condições de elaboração do saber”. Tendo em vista a realidade educacional vivenciada pelos alunos na atualidade, se faz necessário que a informática esteja presente e faça parte do processo educacional, como Carneiro (2002) menciona “o computador e suas possibilidades de utilização como ferramenta pedagógica”. É importante também que os professores estejam sempre atualizados, quanto ao uso da referida ferramenta, bem como a utilização de novos recursos para fomentar a aquisição do conhecimento por parte dos alunos. A informática tornou-se uma necessidade no mundo em que vivemos, e a escola, na missão de preparar o indivíduo para a vida, sente a responsabilidade de não fechar os olhos para esta realidade [...] (WEISS, A; CRUZ, M., 2001, p. 14). Na atual conjuntura, com demandas por um processo educacional mais abrangente e com o desenvolvimento da qualidade de ensino, o uso da informática como ferramenta no processo de ensino/aprendizagem, pode proporcionar aos alunos o acesso e a aproximação de uma infinidade de conteúdos e conhecimentos. Tal possibilidade permite e contribui para o desenvolvimento de habilidades individuais objetivas e valores sociais importantes para a vivência em sociedade. Vale ressaltar que, a utilização cada vez maior da informática no universo educacional está centrada na lógica do mercado, que exige cada vez mais trabalhadores com conhecimento e formação tecnológica para a produção de bens e serviços, para a sociedade da informação, pois segundo Moreira (2004 apud NUNES, 2021), uma população alfabetizada tecnologicamente, tende a se tornar potencialmente consumidora desses bens e serviços. A informática inserida no processo de ensino/aprendizagem trouxe a possibilidade de ampliar o acesso a informações, conteúdos, formas de aprender e adquirir conhecimento. Educar através da internet e do computador, é chegar ao aluno por todos os caminhos possíveis, seja pela experiência, pela imagem, pelo som, pela representação, pela multimídia ou mesmo pelo desejo de aprender. Educar é estar mais atento às possibilidades do que aos limites. Estimular o desejo de aprender, de ampliar as formas de perceber, de sentir, de compreender, de comunicar-se. Apoiar o estado de prontidão dentro e fora da escola, em todos os espaços do nosso cotidiano, em todas as dimensões da vida. Estar atentos a tudo, relacionando tudo, integrando tudo. Conectar sempre o ensino com a pessoa do aluno, com a vida do aluno, com a sua experiência (MORAN, 1998, p. 88). Assim, percebemos caro(a) aluno(a) que a informática se tornou aliada a educação, a mesma está provida de muitas tecnologias no qual se utilizada com responsabilidade, pode servir como ferramentas fundamentais para o incentivo e suporte aos docentes e alunos em suas jornadas seja dentro do contexto escolar ou fora dele. 2. USO DAS TECNOLOGIAS MÓVEIS E SEM FIO (TMSF) NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA Caro(a) acadêmico(a), nesse tópico conheceremos como é realizado o uso das tecnologias móveis e sem fio (TMSF) na educação a distância. A sociedade contemporânea está atravessada pelo uso das tecnologias, em especial, as tecnologias móveis e sem fio, como celulares, smartphones, tablets e similares. Entre os estudantes não é diferente, o uso desse tipo de tecnologia faz parte da realidade de parte da população acadêmica, tanto para o uso do cotidiano e pessoal, quanto para contribuir com o processo de aprendizagem e a esse processo dá-se o nome de aprendizagem móvel, ou seja, aprendizagem apoiadas por tecnologias móveis e sem fio, os chamados mobile-learning ou somente, m-learning. O m-learning (aprendizagem móvel ou com mobilidade) se refere a processos de aprendizagem apoiados pelo uso de tecnologias da informação ou comunicação móveis e sem fio, cuja característica fundamental é a mobilidade dos aprendizes, que podem estar distantes uns dos outros e também de espaços formais de educação, tais como salas de aula, salas de formação, capacitação e treinamento ou local de trabalho. (SACCOL, BARBOSA, SCHLEMMER, 2013, p. 25). Com o objetivo de aliar a mobilidade do aluno às suas práticas pedagógicas, o m-learning proporciona aguçar o seu senso de observação tornando-o autor do seu processo de aprendizagem. A utilização dessas tecnologias promove não apenas o acesso à internet dos estudantes, mas servem como principal canal de comunicação eletrônica tais como, e-mails, mensagens instantâneas, entre outras. De acordo com SACCOL, BARBOSA, SCHLEMMER, (2010), a possibilidade de uso de um dispositivo móvel no processo de ensino/aprendizagem traz a reflexão de que sua importância vai além do tipo de tecnologia utilizada no ambiente acadêmico, mas também na mobilidade vinculada à aprendizagem. São diferentes mobilidades que fazem parte desse processo e que promovem ganhos significativos ao longo de todo o processo. Mobilidade física, diz respeito aos novos espaços de aprendizagem ocupados pelo estudante no seu deslocamento; a mobilidade tecnológica está relacionada aos diferentes dispositivos que estão disponíveis aos estudantes (tablets, celulares, notebook); a mobilidade conceitual que diz respeito à necessidade de aprendizagem sobre a própria mobilidade; a mobilidade sócio interacional que diz respeito à necessidade de aprendizagem decorrente da interação com diferentes grupos sociais, e por fim, a mobilidade temporal. A utilização de tecnologia móvel no processo de aprendizagem tem muitos benefícios e também alguns impasses. Entre os benefícios apontados por Pea e Maldonado (2006, p. 428), “estão o poder de inicialização imediata, uma ampla gama de aplicações, a tela pequena, portabilidade, as diversas redes de comunicação, o modo de entrada do dispositivo e ainda a sincronização de dados entre computadores”. No entanto, Kukulska-Hulme (2007) levanta pontos negativos do uso desses dispositivos móveis, tais como, as dificuldadesem utilizar um dispositivo móvel ao ar livre, a curta duração da bateria, memória insuficiente, limitação de conteúdos e aplicativos, dificuldades de algumas pessoas acessar e manipular estes dispositivos, entre outros. Os projetos pedagógicos, quando planejados antecipadamente, limitam ou até mesmo impedem que estas dificuldades ao uso dos dispositivos móveis na educação aconteçam. Precisa-se do empenho de gestores e professores para que o uso das tecnologias móveis tragam os benefícios esperados e possíveis para a educação, o acesso irrestrito de professores e alunos a tecnologias de suporte para o desenvolvimento de práticas pedagógicas é imprescindível, assim como o apoio de um profissional que seja capaz de garantir a comunicação entre os envolvidos neste processo de ensino/aprendizagem. Portanto, caro(a) acadêmico(a), a utilização das tecnologias móveis e sem fio, sozinha ou em conjunto com outras tecnologias, tornam possível a aprendizagem em qualquer tempo e lugar. Tendo em vista a educação a distância, Maia e Mattar (2007, p. 6) discorrem que “[...] a EaD é uma modalidade de educação em que professores e alunos estão separados, planejada por instituições e que utiliza diversas tecnologias da comunicação”, sendo os dispositivos móveis parte destas tecnologias. A educação a distância vem desempenhando um papel muito importante na sociedade, uma vez que tornou possível o acesso ao ensino profissional e tecnológico, por grande parte da população. Juntamente ao EaD, as tecnologias móveis e sem fio podem trazer o conteúdo estudado em sala de aula até o aluno, assim como notícias, informações, questionários relacionados ao objeto de estudo e as respostas podem ser dadas instantaneamente. O acesso às tecnologias móveis e sem fio no ambiente acadêmico ocorre tanto por parte dos professores quanto por parte dos alunos. Este uso envolve o acesso a materiais didáticos (leitura, imagem, vídeo, áudio), acesso a ambientes de interação (professor/professor, professor/aluno, aluno/aluno), compartilhamento de arquivos, bem como acesso a agenda de atividades. Com todas essas possibilidades apontadas, os recursos oferecidos pelas tecnologias móveis se configuram como uma metodologia adequada para o uso na educação a distância, uma vez que, quanto mais alternativas de mídias forem oferecidas aos alunos, mais eficaz o curso de educação a distância tem a possibilidade de ser. O contexto em que o processo educacional ocorre tem grande relevância na maneira como a aprendizagem acontece. Os elementos importantes a serem considerados neste contexto são os sociais, culturais, infraestrutura tecnológica, a qual propicia a prática da aprendizagem móvel. De acordo com Saccol, Barbosa, Schlemmer (2010, p. 61) “[...] a parte significativa e mais importante para a aprendizagem, para a educação é o contexto”. Isso porque “a aprendizagem acontece dentro de ambientes social e culturalmente complexos, por meio de atividades ricas em interação, o que pode ser potencializado a partir do uso inteligente da tecnologia”. [...] a compreensão de como o processo de aprendizagem ocorre, a identificação das potencialidades de determinada tecnologia a ser utilizada, o reconhecimento do contexto de aprendizagem e o conhecimento e a fluência que o professor tem no seu uso. É desse imbricamento que devem surgir as escolhas metodológicas e as práticas pedagógicas a serem adotadas. (SACCOL, SCHLEMMER e BARBOSA, 2010, p. 95). A luz do exposto, podemos inferir que, em um mundo que se conecta cada vez mais cedo com uma crescente popularização dos dispositivos móveis, é necessário que se aproveite desses recursos tão poderosos para um processo de ensino/aprendizagem motivador e eficaz para a construção do saber, das novas formas de se relacionar, de aprender e também de existir. Assim, o ensino à distância acontece em tempos e espaços distintos, por esse motivo, tanto os professores como também os alunos precisam de motivação para manterem-se conectados e ativos nesse contexto educacional. Corroborando com esse contexto a utilização de ferramentas síncronas e assíncronas de comunicação, favorecem as aulas no EAD, tornando-as mais interessantes. É válido ressaltar, que a definição de EaD não é mais como era antigamente, essa modalidade de ensino foi sendo transformada ao longo dos anos, atendendo às demandas sociais. Hoje, com esse novo normal, houve uma transformação significativa, por isso, justifica-se cada vez mais a utilização das tecnologias interativas. 3. AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM (AVA) Caro(a) acadêmico(a), neste tópico estudaremos sobre os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA). Para isso, avançando um pouco mais no conhecimento sobre as tecnologias e suas implicações no processo ensino/aprendizagem, observamos que a popularização do acesso à internet e de dispositivos tecnológicos, atende cada vez mais diferentes perfis de estudantes em diferentes modalidades de aprendizagem. A educação a distância, como modalidade de aprendizagem, é praticada no mundo desde o século 19 e desde lá, muitas transformações aconteceram e a evolução neste formato de transmissão do conhecimento é evidente. Com o avanço das tecnologias digitais, esta prática passou a ser também mediada por plataformas de software que funcionam na internet. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) é uma das categorias de software que utiliza as tecnologias digitais para mediar fenômenos de aprendizagem. Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e as novas tecnologias, segundo Peters (2001), possibilitam a criação de novas formas didáticas e aumentam o alcance do processo de ensino e aprendizagem na educação a distância de uma maneira inquestionável e sem precedentes. No processo de aprendizagem, o software AVA possibilita maior funcionalidade entre os elementos que nele estão envolvidos: o professor, os alunos, os conteúdos e a mediação da aprendizagem. Como todo software, um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) possui inúmeras funcionalidades que possibilitam duas formas de interações entre seus usuários: interações síncronas (em tempo real), como videoconferências, fóruns de discussão e interação assíncrona (tempo diferente), o que proporciona maior organização para produção de atividades, trabalhos. Por meio de uma sala virtual, as trocas entre alunos-alunos e alunos-professores, podem acontecer com o intuito de mediar o conhecimento, em qualquer hora e lugar. As funcionalidades básicas presentes em um AVA são: ● Registro, controle e monitoramento de todas as atividades e acessos realizados pelos usuários; quadro de notas; ● O acompanhamento e avaliação do processo ensino/aprendizagem através de diversos instrumentos; ● Gestão e administração dos diferentes tipos de usuários que acessam a plataforma, possibilitando diferentes permissões a administradores, alunos, professores, entre outros; ● Gestão da plataforma permitindo a criação de conteúdo, cursos e a organização de materiais, para facilitar o acesso dos usuários aos locais desejados; ● Proporcionar a interatividade dos usuários com as mídias e as demais pessoas se utilizando de diversos canais de comunicação; ● No que diz respeito a aprendizagem colaborativa, pode proporcionar ferramentas para que usuários com interesses em comuns possam participar das mesmas atividades, bem como se organizar em grupos para trabalhar, integrar e compartilhar conhecimentos; ● A personalização na forma de apresentação dos conteúdos com o intuito de adequar às necessidades de cada usuário. Atualmente, existem vários modelos de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no mercado, porém, o que tem sido mais adquirido por profissionais da educação em suas atividades de ensino/aprendizagem e também o mais utilizado no mercado mundial
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