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Derme e Epiderme - Tegumento Comum

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Tegumento Comum
O tegumento comum é composto por pele, pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas, unhas e receptores sensitivos.
Funções:
1. Regula a temperatura corporal.
2. Armazena sangue.
3. Protege o corpo do ambiente externo.
4. Detecta sensações cutâneas.
5. Excreta e absorve substâncias.
6. Sintetiza a vitamina D.
Estruturas da pele
A pele, também conhecida como cútis, cobre a superfície externa do corpo e é o maior órgão do corpo em peso. Nos adultos, a pele cobre uma área de cerca de 2 m2 e pesa entre 4,5 a 5 kg, cerca de 7% do peso corporal total. Sua espessura varia de 0,5 mm nas pálpebras até 4,0 mm nos calcanhares. 
Na maior parte do corpo ela tem entre 1 e 2 mm de espessura. 
A pele é formada por duas partes principais:
1. Epiderme: parte superficial e mais fina, que é composta por tecido epitelial, avascular.
2. Derme: parte mais profunda e espessa de tecido conjuntivo. É vascularizada.
EPIDERME
A epiderme é composta por epitélio pavimentoso estratificado queratinizado. 
Ela contém quatro tipos principais de células: 
1. Queratinócitos;
2. melanócitos;
3. macrófagos intraepidérmicos;
4. células táteis epiteliais
Queratinócitos
Cerca de 90% das células epidérmicas são queratinócitos, que são organizados em quatro ou cinco camadas e que produzem a proteína queratina.
Os queratinócitos também produzem grânulos lamelares, que liberam uma substância que repele a água, diminuindo a entrada e a perda de água e inibindo a entrada de material estranho.
A queratina é uma proteína fibrosa rígida que ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes de abrasões, calor, microrganismos e substâncias químicas.
Melanócitos
Cerca de 8% das células epidérmicas são melanócitos, que se desenvolvem a partir do ectoderma do embrião em desenvolvimento e que produzem o pigmento melanina.
Suas projeções longas e delgadas se estendem entre os queratinócitos e transferem grânulos de melanina para eles. 
A melanina é um pigmento amarelo avermelhado ou castanho-escuro que contribui para a cor da pele e absorve os raios ultravioleta (UV) perigosa.
Dentro dos queratinócitos, os grânulos de melanina se agrupam, formando um véu protetor sobre o núcleo, no lado voltado para a superfície da pele. Desse modo, eles protegem o DNA nuclear do dano causado pelos raios UV. Embora seus grânulos de melanina protejam efetivamente os queratinócitos, os melanócitos em si são particularmente suscetíveis aos danos causados pelos raios UV.
Células de Langerhan
Os macrófagos intraepidérmicos ou células de Langerhans surgem da medula óssea vermelha e migram para a epiderme, onde constituem uma pequena fração das células epidérmicas. 
Eles participam das respostas imunes contra microrganismos que invadem a pele e são facilmente danificados pela luz UV. Seu papel na resposta imunológica é ajudar outras células do sistema imunológico a reconhecer o microrganismo invasor e destruí-lo.
Células de Merkel
As células epiteliais táteis, ou células de Merkel, são as células epidérmicas menos numerosas. 
Elas se localizam na camada mais profunda da epiderme, onde entram em contato com os processos achatados de um neurônio sensorial (célula nervosa), uma estrutura chamada de disco tátil ou disco de Merkel.
As células epiteliais táteis e seus discos táteis associados detectam as sensações de toque.
Divisão da epiderme
Na maior parte das regiões do corpo, a epiderme tem quatro camadas ou estratos – camada basal, camada espinhosa, camada granulosa e uma fina camada córnea. Essa é a chamada pele fina. 
Onde a exposição ao atrito é maior, como nas pontas dos dedos, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, a epiderme tem cinco camadas – camada basal, camada espinhosa, camada granulosa, camada lúcida e uma camada córnea espessa. Essa é a chamada pele espessa.
Camada basal
A camada mais profunda da epiderme é a camada basal, composta por um único conjunto de queratinócitos cúbicos ou colunares. 
Algumas células dessa camada são células-tronco, que sofrem divisão celular para produzir continuamente novos queratinócitos. 
Os núcleos dos queratinócitos na camada basal são grandes e seus citoplasmas contêm muitos ribossomos, um pequeno complexo de Golgi, poucas mitocôndrias e alguns retículos endoplasmáticos rugosos. 
O citoesqueleto dos queratinócitos da camada basal inclui filamentos intermediários esparsos, chamados de filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos). Os filamentos intermediários de queratina formam a proteína rígida queratina nas camadas epidérmicas mais superficiais. A queratina protege as camadas mais profundas contra lesões. Os filamentos intermediários de queratina se ligam aos desmossosmos, que ligam as células da camada basal umas às outras e às células da camada espinhoso adjacente, além dos hemidesmossomos, que ligam os queratinócitos à membrana basal posicionada entre a epiderme e a derme. 
Melanócitos e células epiteliais táteis (Merkel) com seus discos táteis associados estão espalhados entre os queratinócitos da camada basal. A camada basal também é conhecido como camada germinativa, indicando seu papel na formação de novas células.
Camada espinhosa
Está abaixo da camada basal.
Essa camada é composta principalmente por numerosos queratinócitos organizados em 8 a 10 camadas. 
As células nas camadas mais superficiais se tornam achatadas. 
Os queratinócitos na camada espinhosa, que são produzidos pelas células-tronco na camada basal, possuem as mesmas organelas das células da camada basal e algumas delas conservam a capacidade de se dividir. Os queratinócitos dessa camada produzem feixes mais grossos de queratina nos filamentos intermediários do que aquelas na camada basal. 
Embora elas sejam redondas e maiores no tecido vivo, as células da camada espinhosa se encolhem e se soltam quando preparadas para avaliações microscópicas, de modo que elas parecem estar cobertas por espinhos.
Em cada projeção semelhante a um espinho, feixes de filamentos intermediários de queratina se inserem nos desmossomos, que unem firmemente as células umas às outras. Essa organização confere força e flexibilidade à pele. Também estão presentes na camada espinhosa macrófagos intraepidérmicos e projeções de melanócitos.
Camada granulosa
Aproximadamente no meio da epiderme se encontra a camada granulosa, que consiste entre três a cinco camadas de queratinócitos achatados sofrendo apoptose. 
Os núcleos e outras organelas dessas células começam a se degenerar conforme elas se afastam da fonte de nutrição (os vasos sanguíneos dérmicos). 
Embora os filamentos intermediários de queratina não estejam mais sendo produzidos por essas células, eles se tornam mais aparentes porque as organelas das células estão regredindo. 
Uma característica importante das células nessa camada é a presença de grânulos escuros de uma proteína chamada de querato-hialina, que une os filamentos intermediários de queratina. 
Também estão presentes nos queratinócitos os grânulos lamelares revestidos por membrana, que se fundem com a membrana plasmática e liberam uma secreção rica em lipídios. Essa secreção é depositada nos espaços entre as células da camada granulosa, da camada lúcida e da camada córnea. 
A secreção rica em lipídios age como impermeabilizante que repele a água, retardando a perda e a entrada de água e de material estranho. Conforme seus núcleos se fragmentam durante a apoptose, os queratinócitos da camada granulosa não conseguem mais realizar as funções metabólicas vitais e, então, morrem. 
A camada granulosa marca a transição entre as camadas mais profundas e metabolicamente ativas e as células mortas das camadas mais superficiais.
Camada Lúcida
A camada lúcida está presente apenas na pele espessa de áreas como as pontas dos dedos, as palmas das mãos e as plantas dos pés. 
Ele consiste entre quatro a seis camadas de queratinócitos achatados, claros e mortos, que contêm muita queratina e membranas plasmáticas espessas. Isso fornece um nível adicional de rigidez a essa região da pele espessa.
Camada córnea
A camada córnea consiste em cerca de 25 a 30 camadasde queratinócitos achatados e mortos, mas pode variar em espessura desde algumas células na pele fina até 50 ou mais camadas de células na pele espessa. 
As células são envelopes de queratina revestidos por membrana plasmática, extremamente finos e achatados, que não contêm mais um núcleo ou qualquer organela interna. Elas são o produto final do processo de diferenciação dos queratinócitos. 
As células em cada camada são sobrepostas como as escamas na pele de uma cobra. As camadas vizinhas de células também formam conexões fortes entre si. 
As membranas plasmáticas das células adjacentes estão organizadas em dobras complexas e onduladas que são unidas como fragmentos de um quebra-cabeças serrilhado que mantém as camadas unidas. 
Nessa camada mais externa da epiderme, as células são continuamente perdidas e repostas por outras das camadas mais profundas. Suas múltiplas camadas de células mortas ajudam a camada córnea a proteger as camadas mais profundas contra lesões e invasões microbianas. A exposição constante da pele ao atrito estimula o aumento da produção celular e da produção de queratina, resultando na formação de um calo, um espessamento anormal da camada córnea.
DERME
A segunda porção mais profunda da pele, a derme, é composta por um tecido conjuntivo denso não modelado contendo fibras elásticas e colágenas. 
Essa rede enovelada de fibras possui grande resistência elástica (resiste às forças de tração ou de estiramento). A derme também tem a capacidade de se esticar e de retornar ao estado original facilmente. 
Ela é muito mais espessa que a epiderme e essa espessura varia em cada região do corpo, chegando às suas maiores espessuras nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. 
As poucas células presentes na derme incluem predominantemente fibroblastos, com alguns macrófagos e pouco adipócitos próximos à fronteira com a tela subcutânea. 
Vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos pilosos (invaginações epiteliais da epiderme) se encontram inseridos na camada dérmica. 
A derme é essencial para a sobrevivência da epiderme e essas camadas adjacentes formam muitas relações funcionais e estruturais importantes.
 Com base em sua estrutura tecidual, a derme pode ser dividida em uma região papilar superficial e fina e em uma região reticular profunda e espessa.
Divisão da Derme
Região papilar
A região papilar contribui em cerca de um quinto da espessura da camada total.
Ela contém fibras elásticas e colágenas finas. 
Sua área de superfície aumenta muito por causa das papilas dérmicas, pequenas estruturas com formato de mamilo que se projetam para a superfície abaixo da epiderme.
 Todas as papilas dérmicas contêm alças capilares (vasos sanguíneos). Algumas também contêm receptores táteis chamados de corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner, terminações nervosas sensíveis ao toque. Outras papilas dérmicas também contêm terminações nervosas livres, dendritos que não possuem especialização estrutural aparente.
 Diferentes terminações nervosas livres iniciam sinais que dão origem a sensações de calor, frio, dor, cócegas e prurido.
Região reticular
A região reticular, que se liga à tela subcutânea, contém feixes de fibras colágenas espessas, fibroblastos espalhados e várias células móveis (como os macrófagos). Alguns adipócitos podem ser encontrados na porção mais profunda da camada, junto com algumas fibras elásticas grossas.
As fibras colágenas na região reticular são organizadas de maneira semelhante a uma rede e exibem organização mais regular do que aquelas encontradas na região papilar. A orientação mais regular das fibras colágenas ajuda a pele a resistir ao estiramento. 
Vasos sanguíneos, nervos, folículos pilosos, glândulas sebáceas e sudoríferas ocupam os espaços entre as fibras.
A combinação entre fibras colágenas e elásticas na região reticular fornece à pele força, extensibilidade, a capacidade de sofrer estiramento, e elasticidade, a capacidade de retornar ao formato original após o estiramento. 
As superfícies das palmas das mãos, dos dedos das mãos e das plantas dos pés possuem uma série de cristas e sulcos. Eles aparecem como linhas retas ou como um padrão de alças e espirais, como nas pontas dos dedos.
 Essas cristas epidérmicas são produzidas durante o terceiro mês do desenvolvimento fetal como projeções voltadas para o interior da epiderme sobre a derme, entre as papilas dérmicas da região papilar.
As cristas epidérmicas criam uma ligação forte entre a epiderme e a derme em uma região de grande estresse mecânico. As cristas epidérmicas também aumentam a área superficial da epiderme, aumentando assim a aderência das mãos ou dos pés, por causa do aumento do atrito. Finalmente, como as cristas epidérmicas aumentam muito a área de superfície, há também aumento do número de corpúsculos táteis e do tato. Como os ductos das glândulas sudoríferas se abrem no topo das cristas epidérmicas como poros, o suor e as cristas produzem as impressões digitais quando se toca um objeto liso. 
O padrão epidérmico é determinado em parte geneticamente e é único para cada indivíduo. Mesmo gêmeos idênticos possuem padrões diferentes. Normalmente, o padrão de cristas não muda durante a vida, exceto pelo crescimento, e, desse modo, pode funcionar como uma base para a identificação. 
Além de formar as cristas epidérmicas, a superfície papilar complexa da derme possui outras propriedades funcionais. 
As papilas dérmicas aumentam muito a superfície de contato entre a derme e a epiderme. Esse aumento da superfície de contato dérmica com sua rede extensa de pequenos vasos sanguíneos, proporciona uma fonte importante de nutrição para a epiderme sobrejacente. 
As moléculas se difundem a partir dos pequenos capilares sanguíneos nas papilas dérmicas até as células do extrato basal, permitindo que as células-tronco epiteliais basais se dividam e que os queratinócitos cresçam e se desenvolvam. Conforme os queratinócitos são empurrados para a superfície e para longe da fonte sanguínea dérmica, eles não são mais capazes de obter a nutrição necessária, levando a uma clivagem eventual de suas organelas.
As papilas dérmicas são mantidas unidas com as cristas epidérmicas complementares, formando uma junção extremamente forte entre as duas camadas. Essa conexão serrilhada semelhante a um quebra-cabeça fortalece a pele contra as forças de cisalhamento (forças que se deslocam lateralmente uma em relação à outra), que tentam separar a epiderme da derme.
BASE ESTRUTURAL DA COR DA PELE
Melanina, hemoglobina e caroteno são os três pigmentos que contribuem para uma grande variedade de tons de pele. 
A quantidade de melanina faz com que a cor da pele varie de amarelo claro até vermelho-amarronzado e preto. 
A diferença entre os dois tipos de melanina, a feomelanina (amarela a vermelha) e a eumelanina (marrom a preta) é mais aparente nos pelos. 
Os melanócitos, as células produtoras de melanina, são mais abundantes na epiderme do pênis, nos mamilos, na área ao redor dos mamilos (aréolas), na face e nos membros. Eles também são encontrados nas membranas mucosas. C
omo o número de melanócitos é aproximadamente o mesmo em todas as pessoas, as diferenças nos tons de pele se devem principalmente à quantidade de pigmento que os melanócitos produzem e transferem para os queratinócitos. Em algumas pessoas que são predispostas geneticamente, a melanina se acumula na forma de sardas (efélides). As sardas tipicamente são avermelhadas ou amarronzadas e tendem a ser mais visíveis no verão do que no inverno. 
Os melanócitos sintetizam melanina a partir do aminoácido tirosina na presença de uma enzima chamada de tirosinase. A síntese ocorre em uma organela chamada de melanossomo. 
A exposição aos raios ultravioleta (UV) aumenta a atividade enzimática dentro dos melanossomos, aumentando a produção de melanina. Tanto a quantidade quanto a cor da melanina aumentam com a exposição à luz UV, dando à pele uma aparência bronzeada e ajudando a proteger o corpo contra radiações UV adicionais. 
A melanina absorve os raios UV, evita danos ao DNA nascélulas epidérmicas e neutraliza radicais livres que se formam na pele após os danos causados pelos raios UV. Desse modo, dentro de limites, a melanina desempenha uma função protetora. Em resposta a danos ao DNA, a produção de melanina aumenta. Como você verá adiante, a exposição discreta da pele a aos raios UV é, na realidade, necessária para que a pele comece o processo de síntese de vitamina D. 
Indivíduos com pele escura possuem muita melanina na epiderme, de modo que a cor da pele varia desde o amarelo até o vermelho-amarronzado e o preto. 
Indivíduos com pele clara possuem pouca melanina na epiderme. Desse modo, a epiderme parece translúcida e a cor da pele varia de rosa a vermelho dependendo do teor de oxigênio no sangue que flui nos capilares na derme. A cor avermelhada se deve à hemoglobina, o pigmento carreador de oxigênio nos eritrócitos.
HIPODERME
Abaixo da derme, mas sem fazer parte da pele, encontra-se a tela subcutânea (hipoderme), essa camada consiste nos tecidos areolar e adiposo.
Fibras que se estendem a partir da derme ancoram a pele na tela subcutânea, que, por sua vez, se liga à fáscia subjacente, o tecido conjuntivo ao redor de músculos e ossos. 
Na tela subcutânea é armazenada gordura e existem grandes vasos sanguíneos que nutrem a pele. Essa região (e, algumas vezes, a derme) também contém terminações nervosas chamadas de corpúsculos lamelares ou corpúsculos de Pacini, que são sensíveis à pressão.

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