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APG 10 - SISTEMA TEGUMENTAR

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APG 10 - SISTEMA 
TEGUMENTAR 
Objetivos: 
1- Compreender a morfofiosiologia do 
Sistema tegumentar e seus anexos. 
O tegumento comum é composto por pele, 
pelos, glândulas sebáceas e sudoríferas, unhas 
e receptores sensitivos. 
A pele, também conhecida como cútis, cobre a 
superfície externa do corpo e é o maior órgão 
do corpo em peso. Nos adultos, a pele cobre 
uma área de cerca de 2 m2. 
A parte superficial e mais fina, que é composta 
por tecido epitelial, é a epiderme. A parte mais 
profunda e espessa de tecido conjuntivo é a 
derme. 
Abaixo da derme, mas sem fazer parte da pele, 
encontra-se a tela subcutânea. Também 
chamada de hipoderme, essa camada consiste 
nos tecidos areolar e adiposo. Fibras que se 
estendem a partir da derme ancoram a pele na 
tela subcutânea, que, por sua vez, se liga à 
fáscia subjacente, o tecido conjuntivo ao redor 
de músculos e ossos. Na tela subcutânea é 
armazenada gordura e existem grandes vasos 
sanguíneos que nutrem a pele. Essa região (e, 
algumas vezes, a derme) também contém 
terminações nervosas chamadas de 
corpúsculos lamelares ou corpúsculos de Pacini, 
que são sensíveis à pressão. 
EPIDERME 
Epitélio pavimentoso estratificado 
queratinizado. 
 Células da epiderme: 
Queranócitos - 90% das células da epiderme, 
são organizados em quatro ou cinco camadas 
e produzem a proteína queratina (proteína 
fibrosa rígida que ajuda a proteger a pele e 
os tecidos subjacentes de abrasões, calor, 
microrganismos e substâncias químicas), 
produzem grânulos lamelares, que liberam uma 
substância que repele a água, diminuindo a 
entrada e a perda de água e inibindo a 
entrada de material estranho. 
 
Melanócitos - 8%, se desenvolve a partir do 
ectoderma do embrião e produzem o pigmento 
melanina. Suas projeções longas e delgadas se 
estendem entre os queratinócitos e transferem 
grânulos de melanina para eles. A melanina é 
um pigmento amarelo avermelhado ou 
castanho-escuro que contribui para a cor da 
pele e absorve os raios ultravioleta (UV) 
perigosa. Dentro dos queratinócitos os grânulos 
de melanina se agrupam e dormam um véu 
protetor sobre o núcleo, no lado voltado para 
a superficie da pele, para proteger o DNA 
nuclear dos danos causados pelos raios UV. 
Macrófagos intraepidermicos ou células de 
Langerhans - surgem da medula ossea 
vermelha. participam de respostas imunes 
contra microorganismos que invadem a pele e 
são facilmente danificados pela luz UV. Seu 
papel na resposta imunológica é ajudar outras 
células do sistema imunológico a reconhecer o 
microrganismo invasor e destruí-lo. 
Células epiteliais táteis, ou células de Merke - 
menos numerosas. Elas se localizam na camada 
mais profunda da epiderme, onde entram em 
contato com os processos achatados de um 
neurônio sensorial (célula nervosa), uma 
estrutura chamada de disco tátil ou disco de 
Merkel. Detectam as sensações de toque. 
 Camadas da epiderme: 
Várias camadas de queranócitos em diversos 
estágios formam a epiderme. 
Pele fina - possui quatro camadas: camada 
basal, camada espinhosa, camada granulosa e 
uma fina camada córnea. Ex: maior parte do 
corpo. 
Pele espessa- possui cinco camadas: camada 
basal, camada espinhosa, camada granulosa, 
camada lúcida e uma camada córnea 
espessa. Ex: como nas pontas dos dedos, nas 
palmas das mãos e nas plantas dos pés, a 
epiderme tem cinco camadas. 
Camada basal: 
 Único conjunto de queratinócitos cúbicos ou 
colunares; 
Algumas células dessa camada são células-
tronco, que sofrem divisão celular para produzir 
continuamente novos queratinócitos; 
Núcleos grandes, citoplasma possui muitos 
ribossomos, pequeno complexo de golgi, 
poucas mitocondrias e alguns REG. 
Citoesqueleto incluem filamentos intermediários 
esparsos ou filamentos intermediários de 
queratina (tonofilamentos) que formam a 
proteína rígida queratina nas camadas 
epidérmicas mais superficiais. A queratina 
protege as camadas mais profundas contra 
lesões. Os filamentos intermediários de 
queratina se ligam aos desmossosmos, que 
ligam as células da camada basal umas às 
outras e às células da camada espinhoso 
adjacente, além dos hemidesmossomos, que 
ligam os queratinócitos à membrana basal 
posicionada entre a epiderme e a derme. 
Melanócitos e células epiteliais táteis (Merkel) 
com seus discos táteis associados estão 
espalhados entre os queratinócitos da camada 
basal. A camada basal também é conhecido 
como camada germinativa, indicando seu 
papel na formação de novas células. 
Camada espinhosa: 
Abaixo da camada basal, composta 
principalmente por numerosos queranócitos (8-
10 camadas). 
As células superficiais são achatadas, células 
dessa camada algumas possuem capacidade 
de se dividir. 
Os queratinócitos produzem feixes mais grossos 
de queratina nos filamentos intermediários do 
que aquelas na camada basal. 
Embora elas sejam redondas e maiores no 
tecido vivo, as células da camada espinhosa 
se encolhem e se soltam quando preparadas 
para avaliações microscópicas, de modo que 
elas parecem estar cobertas por espinhos. 
 Em cada projeção semelhante a um espinho, 
feixes de filamentos intermediários de queratina 
se inserem nos desmossomos, que unem 
firmemente as células umas às outras. Essa 
organização confere força e flexibilidade à 
pele. Também estão presentes na camada 
espinhosa macrófagos intraepidérmicos e 
projeções de melanócitos. 
Camada granulosa: 
Abaixo da camada espinhosa, no meio da 
epiderme; 
Três a cinco camadas de queratinócitos 
achatados sofrendo apoptose, Os núcleos e 
outras organelas dessas células começam a se 
degenerar conforme elas se afastam da fonte 
de nutrição (os vasos sanguíneos dérmicos); 
Presença de grânulos escuros de uma proteína 
chamada de querato-hialina, que une os 
filamentos intermediários de queratina. Também 
estão presentes nos queratinócitos os grânulos 
lamelares revestidos por membrana, que se 
fundem com a membrana plasmática e liberam 
uma secreção rica em lipídios. Essa secreção é 
depositada nos espaços entre as células da 
camada granulosa, da camada lúcida e da 
camada córnea. A secreção rica em lipídios 
age como impermeabilizante que repele a 
água, retardando a perda e a entrada de 
água e de material estranho. Conforme seus 
núcleos se fragmentam durante a apoptose, os 
queratinócitos da camada gra0nulosa não 
conseguem mais realizar as funções 
metabólicas vitais e, então, morrem. 
Camada lúcida: 
Apenas na pele espessa, confere mais rigides a 
essas regiões (ponta dos dedos, palmda da 
mao e planta dos pés); 
Ele consiste entre quatro a seis camadas de 
queratinócitos achatados, claros e mortos, que 
contêm muita queratina e membranas 
plasmáticas espessas. 
Camada córnea: 
A camada córnea consiste em cerca de 25 a 
30 camadas de queratinócitos achatados e 
mortos, mas pode variar em espessura desde 
algumas células na pele fina até 50 ou mais 
camadas de células na pele espessa. 
As células são envelopes de queratina 
revestidos por membrana plasmática, 
extremamente finos e achatados, que não 
contêm mais um núcleo ou qualquer organela 
interna. 
Elas são o produto final do processo de 
diferenciação dos queratinócitos. 
As camadas vizinhas de células também formam 
conexões fortes entre si. As membranas 
plasmáticas das células adjacentes estão 
organizadas em dobras complexas e 
onduladas que são unidas como fragmentos de 
um quebra-cabeças serrilhado que mantém as 
camadas unidas. Nessa camada mais externa 
da epiderme, as células são continuamente 
perdidas e repostas por outras das camadas 
mais profundas. 
 Suas múltiplas camadas de células mortas 
ajudam a camada córnea a proteger as 
camadas mais profundas contra lesões e 
invasões microbianas. 
 A exposição constante da pele ao 
atrito estimula o aumento da produção celular 
e da produção de queratina, resultando na 
formação de umcalo, 
um espessamento 
anormal da camada 
córnea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DERME: 
Composta por um tecido conjuntivo denso não 
modelado contendo fibras elásticas e 
colágenas. 
a rede enovelada de fibras possui grande 
resistência elástica (retrair e esticar); 
Contem uma pequena quantidade de células: 
fibroblastos macrófagos e adipócitos. 
Vasos sanguíneos, nervos, glândulas e folículos 
pilosos (invaginações epiteliais da epiderme) se 
encontram inseridos na camada dérmica. 
Composta por duas camadas: camada papilar 
e camada reticular 
Camada papilar: 
 1/5 da derme, mais estreita; 
 Composto por papilas de tecido 
conjuntivo frouxo, rico em fibras elásticas 
e colágenas, que fixam a derme com a 
epiderme. 
 Cada papila, contem uma intensa 
vascularização -> plexo subpapilar, 
dão suprimento de nutrientes e oxigênio 
para a epiderme; 
 
 Todas as papilas dérmicas contêm alças 
capilares (vasos sanguíneos). Algumas 
também contêm receptores táteis 
chamados de corpúsculos táteis ou 
corpúsculos de Meissner, terminações 
nervosas sensíveis ao toque. Outras 
papilas dérmicas também contêm 
terminações nervosas livres, dendritos 
que não possuem especialização 
estrutural aparente 
Camada reticular: 
 Tecido conjuntivo denso não modelado; 
 Contém feixes de fibras colágenas 
espessas, fibroblastos espalhados e 
várias células móveis (como os 
macrófagos). 
 Contém feixes de fibras colágenas 
espessas, fibroblastos espalhados e 
várias células móveis (como os 
macrófagos). 
 A orientação mais regular das fibras 
colágenas ajuda a pele a resistir ao 
estiramento. 
 Vasos sanguíneos, nervos, folículos 
pilosos, glândulas sebáceas e 
sudoríferas ocupam os espaços entre as 
fibras 
 Plexo cutâneo, nutre a derme e 
epiderme e regulação da temperatura 
corpora, regula a quantidade de 
sangue que vai para a pele. 
 A combinação entre fibras colágenas e 
elásticas na região reticular fornece à 
pele força, extensibilidade, a 
capacidade de sofrer estiramento, e 
elasticidade, a capacidade de retornar 
ao formato original após o estiramento. 
A derme é inervada e possui muito receptores 
especializados. 
Corpúsculos de meissner- derme papilar, 
responsável pela sensação de tato. 
Corpúsculos de ruffini – derme reticular, 
sensação de distenção 
Corpusculo de pattini – derme reticular, 
sensação de vibração. 
Terminações nervosas livres – captam as 
sensações mecânicas, térmicas e de dor. 
As superfícies das palmas das mãos, dos dedos 
das mãos e das plantas dos pés possuem uma 
série de cristas e sulcos. 
As cristas epidérmicas criam uma ligação forte 
entre a epiderme e a derme em uma região de 
grande estresse mecânico, aumentam a área 
superficial da epiderme, aumentando assim a 
aderência das mãos ou dos pés, por causa do 
aumento do atrito e como as cristas 
epidérmicas aumentam muito a área de 
superfície, há também aumento do número de 
corpúsculos táteis e do tato. 
Como os ductos das glândulas sudoríferas se 
abrem no topo das cristas epidérmicas como 
poros, o suor e as cristas produzem as 
impressões digitais quando se toca um objeto 
liso. O padrão epidérmico é determinado em 
parte geneticamente e é único para cada 
indivíduo. 
As papilas dérmicas aumentam muito a 
superfície de contato entre a derme e a 
epiderme. Esse aumento da superfície de 
contato dérmica com sua rede extensa de 
pequenos vasos sanguíneos, proporciona uma 
fonte importante de nutrição para a epiderme 
sobrejacente. As moléculas se difundem a partir 
dos pequenos capilares sanguíneos nas 
papilas dérmicas até as células do extrato 
basal, permitindo que as células tronco 
epiteliais basais se dividam e que os 
queratinócitos cresçam e se desenvolvam. 
Conforme os queratinócitos são empurrados 
para a superfície e para longe da fonte 
sanguínea dérmica, eles não são mais capazes 
de obter a nutrição necessária, levando a uma 
clivagem eventual de suas organelas. 
Cor da pele 
Melanina, hemoglobina e caroteno são os três 
pigmentos que contribuem para uma grande 
variedade de tons de pele. 
 A diferença entre os dois tipos de melanina, a 
feomelanina (amarela a vermelha) e a 
eumelanina (marrom a preta) é mais aparente 
nos pelos. 
Os melanócitos, as células produtoras de 
melanina, são mais abundantes na epiderme do 
pênis, nos mamilos, na área ao redor dos 
mamilos (aréolas), na face e nos membros. Eles 
também são encontrados nas membranas 
mucosas. 
O número de melanócitos é aproximadamente 
o mesmo em todas as pessoas, as diferenças 
nos tons de pele se devem principalmente à 
quantidade de pigmento que os melanócitos 
produzem e transferem para os queratinócitos. 
Uma área redonda, achatada ou em relevo 
que representa um crescimento localizado 
benigno de melanócitos e se desenvolve em 
geral na infância ou na adolescência é 
chamada de nevo ou verruga. 
Os melanócitos sintetizam melanina a partir do 
aminoácido tirosina na presença de uma 
enzima chamada de tirosinase. 
A síntese ocorre em uma organela chamada de 
melanossomo. 
A exposição aos raios ultravioleta (UV) 
aumenta a atividade enzimática dentro dos 
melanossomos, aumentando a produção de 
melanina. Tanto a quantidade quanto a cor 
da melanina aumentam com a exposição à luz 
UV, dando à pele uma aparência bronzeada e 
ajudando a proteger o corpo contra 
radiações UV adicionais. 
 A melanina absorve os raios UV, evita danos 
ao DNA nas células epidérmicas e neutraliza 
radicais livres que se formam na pele após os 
danos causados pelos raios UV. 
 Desse modo, dentro de limites, a melanina 
desempenha uma função protetora. Em 
resposta a danos ao DNA, a produção de 
melanina aumenta. 
Nnecessária para que a pele comece o 
processo de síntese de vitamina D. Entretanto, a 
exposição repetida e exagerada da pele aos 
raios UV pode causar câncer de pele. O 
bronzeado é perdido quando os 
queratinócitos contendo melanina se soltam da 
camada córnea. 
Indivíduos com pele escura possuem muita 
melanina na epiderme, de modo que a cor da 
pele varia desde o amarelo até o vermelho-
amarronzado e o preto. Indivíduos com pele 
clara possuem pouca melanina na epiderme. 
Desse modo, a epiderme parece translúcida e 
a cor da pele varia de rosa a vermelho 
dependendo do teor de oxigênio no sangue 
que flui nos capilares na derme. A cor 
avermelhada se deve à hemoglobina, o 
pigmento carreador de oxigênio nos eritrócitos. 
O caroteno é um pigmento amareloalaranjado 
que fornece às gemas dos ovos e às cenouras 
suas cores. Esse precursor da vitamina A, que é 
utilizada para a síntese de pigmentos 
necessários para a visão, é armazenada no 
camada córnea e nas áreas adiposas da 
derme e da tela subcutânea em resposta a um 
consumo dietético excessivo. De fato, pode ser 
depositado tanto caroteno na pele após a 
ingestão de grandes quantidades de alimentos 
ricos em caroteno que a pele acaba se 
tornando laranja, o que é especialmente visível 
em indivíduos com pele clara. A diminuição da 
ingestão de caroteno elimina o problema. 
Estruturas acessórias da pele 
As estruturas acessórias da pele – pelos, 
glândulas cutâneas e unhas – se desenvolvem 
a partir da epiderme embrionária. 
Pelos 
Influências genéticas e hormonais determinam 
fortemente a espessura e o padrão da 
distribuição dos pelos. 
Funções: os pelos na cabeça protegem a pele 
das lesões e dos raios solares. Eles também 
diminuem a perda de calor pela cabeça. 
Sobrancelhas e cílios protegem os olhos contra 
partículas estranhas, assim como os pelos nas 
narinas e no meato acústico externo protegem 
essas estruturas. Receptores táteis (os plexos 
das raízes pilosas) associados aos folículos 
pilosos são ativados sempre que um pelo é 
movido, mesmo que levemente. Assim, os pelos 
também agem na percepção dos toques leves. 
Anatomia do pelo: 
Um pelo consiste em uma haste,cuja maior 
parte se encontra acima da superfície da pele, 
uma raiz que penetra na derme e, algumas 
vezes, na tela subcutânea e um folículo piloso. 
Associada a cada folículo piloso encontra-se 
uma glândula sebácea, um músculo eretor do 
pelo e um plexo da raiz do pelo. Novos pelos 
se desenvolvem a partir da divisão das células 
da matriz pilosa no bulbo; a reposição e o 
crescimento dos pelos ocorrem em um padrão 
cíclico que consiste em estágios de 
crescimento, regressão e repouso. 
Os pelos conferem proteção limitada – contra 
o sol, a perda de calor e a penetração de 
partículas estranhas nos olhos, no nariz e nas 
orelhas. Eles também agem na sensação de 
tato fino. 
Os pelos são crescimentos da epiderme 
compostos por células epidérmicas 
queratinizadas mortas. 
 
A cor dos pelos é influenciada principalmente 
pela quantidade e pelo tipo de melanina em 
suas células queratinizadas. A melanina é 
sintetizada por melanócitos espalhados na 
matriz do bulbo e passa para as células no 
córtex e na medula do pelo. Os pelos escuros 
contêm principalmente eumelanina (entre 
marrom e preto); pelos louros e ruivos contêm 
variantes da feomelanina (entre amarelo e 
vermelho). Os pelos se tornam cinza por causa 
do declínio progressivo na produção de 
melanina; os pelos cinza contêm poucos 
grânulos de melanina. Os pelos brancos são 
resultado da ausência de melanina e do 
acúmulo de bolhas de ar. 
Glândulas da pele 
As glândulas são células epiteliais que 
secretam uma substância. Vários tipos de 
glândulas exócrinas estão associados à pele: 
glândulas sebáceas, glândulas sudoríferas (que 
produzem suor) e glândulas ceruminosas. 
Glândulas sebáceas: 
Principalmente nos lábios, glande peniana, nos 
lábios menores do pudendo e nas glândulas 
do tarso; são pequenas no tronco e nos 
membros, ausentes nas palmas das mãos e nas 
plantas dos pés; 
Localização da porção secretória: derme; 
Termino do ducto excretor: conectado 
principalmente ao folículo piloso. 
Secreção: Sebo (mistura de triglicerídios, 
colesterol, proteínas e sais inorgânicos); 
Função: Evita que os pelos ressequem, evita 
perda de água pela pele, mantém a pele 
macia e inibe o crescimento de algumas 
bactérias. 
Relativamente inativa durante a infância; ativa 
durante a puberdade. 
Glândulas sudoríferas écrinas: 
 Pele da maior parte das regiões do corpo, 
especialmente na fronte, nas palmas das mãos 
e nas plantas dos pés. 
Localização da porção secretória: derme 
profunda (algumas vezes na camada superior 
da tela subcutânea); 
Termino do ducto excretor: superfície da 
epiderme. 
Secreção: transpiração, que formada por 
água, íons (Na, Cl), ureia, ácido úrico, amônia, 
amicoácidos, glicose e ácido lático. 
Funções: regulação da temperatura corporal, 
remoção de resíduos é estimulada durante o 
estresse emocional. 
Inicia logo após o nascimento. 
Glândulas sudoríferas apócrinas 
Pele das axilas, da região inguinal, aréolas, 
região da face com barba, clitóris e lábios 
menores do pudendo. 
Localização da porção secretória: 
principalmente na derme profunda e na 
camada superior da tela subcutânea. 
Termino do ducto excretor: folículos pilosos 
Secreção: transpiração que consiste nos 
mesmos componentes da secreção das 
glândulas sudoríferas écrinas, além de lipídios e 
proteínas. 
Função: estimulada durante o estresse 
emocional e excitação sexual. 
Inicio na puberdade. 
Glândulas ceruminosas: 
Meato acústico externo; 
Localização da porção secretória: tela 
subcutânea. 
Termino do ducto excretor: superfície do meato 
acústico externo ou em ductos das glândulas 
sebáceas. 
Secreção: cerume, um material seroso. 
Funções: impede a entrada de corpos 
estranhos e de insetos no meado acústico 
externo, impermeabiliza o canal e evita que 
microorganismos entrem na célula. 
Inicia após o nascimento. 
Unhas 
As unhas são placas de células epidérmicas 
queratinizadas mortas, duras e firmemente 
compactadas que formam uma cobertura 
sólida e clara sobre as superfícies dorsais das 
porções distais dos dedos. 
As células das unhas surgem pela 
transformação das células superficiais da matriz 
das unhas. 
 
Funções: Protegem as porções distais dos 
dedos. Fornecem suporte e pressão contrária à 
superfície palmar dos dedos das mãos, 
aumentando a percepção de toque e de 
manipulação. Permitem apanhar e manipular 
pequenos objetos e podem ser utilizadas para 
coçar e arranhar o corpo de vários modos. 
Tipos de pele 
São reconhecidos dois tipos principais de pele 
com base em determinadas propriedades 
estruturais e funcionais: pele fina (peluda) e 
pele espessa (glabra, sem pelos). O fator que 
mais contribui para a espessura da epiderme é 
o aumento do número de camadas na camada 
córnea. Isso surge em resposta a maior estresse 
mecânico nas regiões de pele espessa. 
Funções da pele: 
As funções da pele incluem a regulação da 
temperatura corporal, o armazenamento de 
sangue, a proteção, a sensibilidade, a 
excreção e a absorção e a síntese de vitamina 
D. 
Termorregulação: 
A pele participa da termorregulação liberando 
suor em sua superfície e ajustando o fluxo de 
sangue na derme. Em resposta a uma elevada 
temperatura ambiental 
ou ao calor produzido 
pelo exercício, a 
produção de suor 
pelas glândulas 
sudoríferas écrinas 
aumenta; a 
evaporação do suor 
na superfície da pele 
ajuda a diminuir a 
temperatura corporal. 
Os vasos sanguíneos 
na derme dilatam; 
consequentemente, 
mais sangue flui pela 
derme, aumentando o 
calor perdido pelo corpo. Quando o corpo 
está com a temperatura baixa, acontece o 
contrário. 
Reservatório de sangue: 
A derme abriga uma rede extensa de vasos 
sanguíneos que carregam 8 a 10% do fluxo 
sanguíneo total em um adulto em repouso. Por 
esse motivo, a pele funciona como reservatório 
de sangue. 
Proteção: 
A queratina protege os tecidos subjacentes 
contra microrganismos, abrasão, calor e 
substâncias químicas e os queratinócitos 
altamente unidos resistem à invasão por 
microrganismos. Os lipídios liberados pelos 
grânulos lamelares inibem a evaporação de 
água a partir da superfície da pele, 
protegendo contra a desidratação; eles 
também retardam a entrada de água pela 
superfície da pele durante o banho ou a 
natação. O sebo gerado pelas glândulas 
sebáceas evita que pele e pelos se ressequem, 
além de conter substâncias químicas 
bactericidas (substâncias que matam 
bactérias). O pH ácido do suor retarda o 
crescimento de alguns microrganismos. O 
pigmento melanina ajuda a proteger contra os 
efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta. 
Dois tipos de células realizam funções 
protetoras de natureza imunológica. Os 
macrófagos intraepidérmicos alertam o sistema 
imune para a existência de invasores 
microbianos potencialmente perigosos por 
reconhecêlos e processálos e os macrófagos 
na derme fagocitam bactérias e vírus que 
conseguem passar pelos macrófagos 
intraepidérmicos na epiderme. 
Sensibilidade cutânea: 
Inclui tato, calor, frio e dor. Existe uma grande 
variedade de terminações nervosas e 
receptores distribuídos pela pele, incluindo os 
discos táteis da epiderme, os corpúsculos táteis 
na derme e os plexos das raízes pilosas ao 
redor de cada folículo piloso. 
Excreção e absorção: 
Desempenha um papel pequeno na excreção, 
a eliminação de substâncias do corpo, e na 
absorção, a passagem de material do 
ambiente externo para as células do corpo. O 
suor remove água do corpo e também excreta 
pequenas quantidade de de sais, dióxido de 
carbono e duas moléculas orgânicas 
resultantes do metabolismo de proteínas – 
amônia e ureia. Algumas vitaminas lipossolúveis 
penetram na pele, alguns fármacos e os gases 
oxigênio e dióxido de carbono. Material tóxico 
que pode ser absorvido pela pele inclui 
solventes orgânicos como acetona (em alguns 
removedores de esmalte) e tetracloretode 
carbono (um líquido de limpeza a seco); sais 
de metais pesados como chumbo, mercúrio e 
arsênico e as substâncias em urtiga (hera) e 
carvalho venenosos. Determinados fármacos 
absorvidos pela pele podem ser administrados 
pela aplicação de adesivos sobre a pele. 
Síntese de vitamina D 
A síntese de vitamina D requer a ativação na 
pele de uma molécula precursora pelos raios 
ultravioleta (UV) na luz do sol. As enzimas no 
fígado e nos rins modificam então a molécula 
ativada, produzindo finalmente o calcitriol, a 
forma mais ativa de vitamina D. O calcitriol é 
um hormônio que auxilia a absorção de cálcio 
dos alimentos do trato gastrintestinal para o 
sangue. Apenas uma exposição breve à luz UV 
(cerca de 10 a 15 min pelo menos 2 
vezes/semana) é necessária para a síntese de 
vitamina D. A maior parte das células do 
sistema imunológico tem receptores de vitamina 
D e elas ativam a vitamina D em resposta a 
uma infecção, especialmente uma infecção 
respiratória como a gripe. Acreditase que a 
vitamina D aumente a atividade fagocítica, 
aumente a produção de substâncias 
antimicrobianas nos fagócitos, regule as 
funções imunes e ajude a reduzir a inflamação. 
Manutenção da homeostasia | Cicatrização de 
feridas na pele 
Em uma ferida epidérmica, a porção central em 
geral se estende até a derme; as extremidades 
envolvem apenas danos superficiais às células 
epidérmicas. 
As feridas epidérmicas são reparadas pelo 
crescimento e migração de células basais, 
inibição por contato e divisão das células 
basais que migram e são estacionárias. 
Durante a fase inflamatória da cicatrização de 
uma ferida profunda, um coágulo sanguíneo 
une as extremidades da ferida, as células 
epiteliais migram através da ferida; a 
vasodilatação e o aumento da 
permeabilidade dos vasos sanguíneos 
aumentam a chegada de fagócitos; e as 
células mesenquimais desenvolvemse em 
fibroblastos. 
Durante a fase migratória, fibroblastos migram 
pelas redes de fibrina e começam a sintetizar 
fibras colágenas e glicoproteínas. 
 Durante a fase proliferativa, as células 
epiteliais crescem extensivamente. 
Durante a fase de maturação, a crosta se solta, 
a epiderme retorna à sua espessura normal, as 
fibras colágenas se tornam mais organizadas, 
os fibroblastos começam a desaparecer e os 
vasos sanguíneos retornam ao normal.

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