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Tecido muscular 
É caracterizado por apresentar células alongadas especializadas na atividade 
contrátil usando o ATP (moléc. responsável pelo armazenamento de energia); e 
pela sua excitabilidade (capacidade de responder a um estímulo nervoso). 
São caracterizadas pelo seu formato alongado, uma especialização é a função de 
contração e distensão das fibras musculares, formadas por numerosos filamentos 
proteicos de actina e miosina. 
O grau de contração muscular segue dois fatores: 
 Intensidade do estímulo; 
 Quantidade de fibras estimuladas. 
Dessa forma, só ocorrerá contração quando o estímulo nervoso tiver intensidade 
suficiente para desencadear em um número significativo de fibras, uma ação de 
contração mediada por substâncias neurotransmissoras, emitidas nas sinapses 
neuromusculares, sinalizando o deslizamento dos miofilamentos finos sobre os 
grossos. 
As células musculares tb podem ser chamados de miócitos/fibras musculares 
(origem embrionária mesodérmica). São classificadas em: estriadas esqueléticas, 
estriadas cardíacas e lisas. 
 
 
Funções do tecido muscular: 
 Movimento do corpo: depende do funcionamento integrado de ossos, 
articulações e músculo esquelético; 
 Movimento de substâncias dentro do corpo: sangue, alimentos, etc; 
 Estabilização das posições do corpo e regulação do volume dos órgãos: os 
músculos do pescoço parcialmente contraídos mantém a cabeça ereta; 
contrações sustentadas dos músculos lisos impedem o refluxo do 
conteúdo de um órgão oco; 
 Produção de calor: Quando o músculo esquelético se contrai pra realizar 
trabalho, um subproduto é o calor. 
Nomenclatura do tecido muscular: 
 Retículo sarcoplasmático: RE liso; 
 Sarcoplasma: citoplasma/citosol; 
 Sarcolema: membrana plasmática; 
 Miofibrilas: fibrilas contráteis (actina e miosina). 
Organização do tecido muscular estriado esquelético: 
As fibras musculares estão organizadas em grupos de feixes, sendo o conjunto de 
feixes envolvidos por tecido conjuntivo denso: 
 Epimísio: é uma membrana de tecido conjuntivo que envolve o músculo. 
 Perimísio: membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe de 
fibras. 
 Endomísio: membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra 
(célula) muscular. 
 
 
 
Tipos de tecido muscular liso 
O tecido muscular liso é formado pela associação entre miócitos ou células 
musculares fusiformes de comprimento variado, com núcleo central alongado, 
citoplasma perinuclear rico em ribossomos, RER, complexo de Golgi, mitocôndrias 
e glicogênio. 
Os miócitos tem pouco REL, o qual armazena cálcio nesse tecido. Suas miofibrilas 
(filamentos contráteis) estão 
dispostas em diferentes 
planos. Os corpos densos são 
especializações desse tecido 
que sustentam as Miofibrilas 
de actina e miosina, em forma 
de redes no citoplasma e no 
sarcolema. 
 
Classificação do tecido muscular liso 
O tecido muscular liso pode ser dividido em: 
 Músculo liso multiunitário: composto por fibras musculares separadas e 
discretas. Essa separação garante que cada fibra se contraia de forma 
independente, sendo cada uma inervada por uma única terminação 
nervosa. Ex: musculo ciliar do olho, íris, músculos eretores dos pelos, etc; 
 Músculo liso unitário: formado por milhares de fibras musculares que se 
encontram numa única estrutura. Essas estão agrupadas em folhas ou 
fascículos que são revestidos pela lâmina basal e fibras reticulares da 
MEC. Nesse tecido, os corpos densos são formados por filamentos de 
actina, miosina e desmina que cruzam a célula e se ancoram em 
diferentes pontos do citoplasma ou da membrana celular. A contração de 
todo o tecido ocorre mesmo que apenas algumas células tenham sido 
estimuladas, simultaneamente. Pode ser encontrado na parede da 
maioria dos órgãos, como intestino, útero e ductos biliares. 
Contração muscular 
As miofibrilas dos músculos estriados contêm quatro proteínas principais: 
miosina, actina, tropomiosina e troponina. Os filamentos grossos são formados de 
miosina e as outras 3 proteínas são encontradas nos filamentos finos. O estímulo 
para contração muscular é um impulso nervoso através de um nervo. A contração 
da fibra muscular é regulada pelo sistema nervoso. A área de “contato sináptico” 
entre a extremidade da membrana do axônio e a membrana da fibra muscular é a 
placa motora, onde são liberados mediadores químicos (neurotransmissores) 
pelos neurônios. O impulso nervoso propaga-se pela membrana das fibras 
musculares (sarcolema) e atinge o Retículo sarcoplasmático, liberando o Ca no 
citosol. O Ca atua sobre a troponina, mudando a configuração das três unidades 
de troponina e deixando exposto o sítio de ligação da actina com a miosina, 
ocorrendo a interação das cabeças da miosina com a actina, iniciando a contração 
muscular. Assim que cessa o estímulo, o Ca é imediatamente rebombeado para o 
interior do RS, cessando a contração. A actina e a miosina são cadeias protéicas 
que se deslizam para encurtar e alongar a fibra muscular, podendo diminuir cerca 
de 2/3 do seu comprimento, ou até mesmo à metade. O período de recuperação 
do músculo esquelético é tão curto que o músculo pode responder a um 
2°estímulo quando ainda perdura a contração correspondente ao 1º. 
 
Inervação do músculo liso 
O músculo liso é inervado pelo sistema nervoso autônomo simpático e 
parassimpático sendo, portanto, de contração involuntário. Não apresenta placa 
motora; os axônios em contato com o tecido formam dilatações que liberam os 
neurotransmissores acetilcolina ou norepinefrina que estimulam ou inibem a 
atividade contrátil. Essas dilatações podem ser mais proximais ao tecido ou 
estarem mais afastadas, estimulando mais miócitos ao mesmo tempo. A presença 
de junções comunicantes garante a transmissão da despolarização entre as 
células, sendo responsável pela sincronicidade da contração. 
 
Tecido e sistema nervoso 
O sistema nervoso é o principal regulador de nossas funções, exercendo controle 
sobre quase todas as atividades ou eventos que ocorrem a cada momento no 
nosso corpo. Tal controle é feito através da transmissão de impulsos que 
percorrem os diversos circuitos neuronais e liberação de mediadores químicos 
através das numerosas terminações encontradas nas células. 
O sistema nervoso é anatomicamente dividido em Sistema Nervoso Central (SNC), 
formado pelo encéfalo e pela medula espinhal e Sistema Nervoso Periférico 
(SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos. Tais tecidos são compostos 
pelos neurônios e células da glia. É composto também pelo cérebro e cerebelo. 
 
Células do tecido nervoso 
 Neurônios: responsáveis pelas funções receptivas; 
 Células da glia ou neuroglia: responsáveis pela sustentação e proteção 
dos neurônios. 
Neurônios 
Os neurônios são as células responsáveis pela recepção e transmissão dos 
estímulos do meio (int e ext), possibilitando ao organismo a execução de 
respostas adequadas para a manutenção da homeostase. Para exercerem tais 
funções, contam com duas propriedades fundamentais: 
 Excitabilidade: capacidade que permite a uma célula responder a 
estímulos; logo, a excitabilidade não é uma resposta, mas sim a 
propriedade que torna a célula apta a responder; 
 Condutibilidade: assemelha-se a uma corrente elétrica transmitida ao 
longo de um fio condutor – uma vez excitados pelos estímulos, os 
neurônios transmitem essa onda de excitação (impulso nervoso) por toda 
sua extensão em grande velocidade e em curto espaço de tempo. 
Os neurônios são consideramos a unidade básica do sistema nervoso. Estas são as 
verdadeiras células condutoras do tecido nervoso, responsáveis pela recepção e 
transmissão dos impulsos nervosos sob a forma de sinais elétricos, e não tem a 
capacidade de se regenerar. São compostos por: 
 Pericário ou corpo celular: síntese proteica e convergência das correntes 
elétricas geradas na árvore dendrítica. Cada corpo celular neural possui 
apenas UM núcleo que se encontra no centro da célula; 
 Dendritos: prolongamentos especializadosem receber e transportar os 
estímulos das células sensoriais dos axônios e de outros neurônios; 
 Axônios: prolongamentos únicos especializados na condução de impulsos 
que transmitem informações do neurônio para outras células., 
 
Funções dos neurônios 
 Motores (eferentes): controlam órgãos efetores, como glândulas e 
fibras musculares; 
 Sensoriais (aferentes): recebem estímulos do organismo ou do 
ambiente. 
 
 
 
 
Células da Glia 
Possuem a função de evolver e nutrir os neurônios, mantendo-os unidos. Os 
principais tipos de células esta natureza são: 
 Astrócitos: apresentam-se sob duas formas: astrócitos protoplasmáticos, 
localizados na substância cinzenta; e astrócitos fibrosos localizados na 
substância branca. Têm como funções sustentação, participam da 
composição iônica e molecular do ambiente extracelular dos neurônios; 
 Oligodendrócitos: produzem as bainhas de mielina que servem de 
isolantes elétricos para os neurônios do SNC; 
 Microglia: pequenas células fagocitárias e derivam de precursores 
trazidos da medula óssea pelo sangue, representando o sistema 
mononuclear fagocitário no sistema nervoso central; 
 
 Células de Schwann: as células de Schwann têm a mesma função dos 
oligodendrócitos, porém se localizam em volta do sistema nervoso 
periférico. Cada célula de Schwann forma uma bainha de mielina em 
torno de um segmento de um único axônio. Essa bainha de mielina atua 
como isolante elétrico e contribui para o aumento da velocidade de 
propagação do impulso nervoso ao longo do axônio, porém, não é 
contínua. 
Sistema Nervoso Central (SNC) 
Composto pelo cérebro, cerebelo e medula espinal. Não possui tecido conjuntivo, 
por isso tem a consistência de uma massa mole. Possuem duas regiões: 
 Região branca (subst. branca): formada por axônios mielinizados, 
oligodendrócitos produtores de mielina e algumas células da glia; 
predominante nas partes centrais; 
 Região acinzentada (subst. cinzenta): formada por corpos de neurônios, 
dendritos, porção NÂO mielinizadas dos axônios e células da glia; 
predominante na superfície do cérebro e cerebelo. 
Proteção do SNC – Meninges: 
O SNC é composto por 3 meninges formadas por tecido conjuntivo denso: 
 Pia-máter: camada mais interna, altamente 
vascularizada; 
 Aracnóide: localizada entre a pia e a dura-
máter; 
 Dura-máter: camada mais externa, constituída 
de tecido conjuntivo denso. A dura-máter que envolve a medula espinhal 
é separada do periósteo das vértebras, formando-se entre os dois, o 
espaço peridural. 
Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
Os componentes do SNP são os nervos, gânglios e terminações nervosas. Os 
nervos são feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. 
Fibras nervosas 
São constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias. O tecido conjuntivo 
que reveste um axônio e suas bainhas envoltórias é chamado de endoneuro. 
As fibras nervosas organizam-se em feixes e cada feixe é envolvido por uma 
bainha conjuntiva denominada perineuro. O nervo também é envolvido por uma 
bainha de tecido conjuntivo, chamada epineuro. 
Os nervos não contêm os corpos celulares 
dos neurônios; esses corpos celulares 
localizam-se no sistema nervoso central ou 
nos gânglios nervosos, que podem ser 
observados próximos à medula espinhal. 
Quando partem do encéfalo, são chamados 
de cranianos; quando partem da medula 
espinhal, denominam raquidianos. 
Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos 
receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas). 
De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem 
ser: 
 Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos 
órgãos receptores até o sistema nervoso central; 
 Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do 
sistema nervoso central para os órgãos efetores; 
 Misto: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. 
São os mais comuns no organismo. 
Nervos 
São agrupamentos de fibras nervosas em forma de feixes. Devido à mielina e aos 
colágenos, são esbranquiçados. 
Eles fazem conexão entre os centros nervosos, os órgãos de sensibilidade e as 
células efetoras, presentes em músculos e glândulas. As fibras aferentes são 
aquelas que levam a informação a partir da periferia, e as eferentes trazem a 
informação do SNC. Nervos que só apresentam fibras aferentes são conhecidos 
como sensoriais, enquanto aqueles com fibras eferentes são os motores. No 
entanto, a maioria dos nervos apresenta fibras de ambos os tipos, sendo 
chamados de mistos. 
O tecido de sustentação dos nervos é composto de uma camada fibrosa externa, 
formada por tecido conjuntivo denso não modelado, o epineuro. Além da função 
de revestimento, suas fibras estão orientadas de forma a suportar o estiramento 
do nervo; ele também preenche o espaço entre feixes subjacentes. 
Cada um dos feixes é revestido pelo perineuro, composto de várias camadas 
concêntricas de fibroblastos modificados. Essas células apresentam lâmina basal 
associada e junções de oclusão, que protegem os axônios e contêm substâncias 
químicas nocivas, auxiliando no isolamento iônico. Além disso, há fibrilas 
colágenas e elásticas esparsas. 
Mais internamente, há o endoneuro, que envolve cada fibra nervosa. É formado 
por fibras reticulares, fibrilas colágenas, glicosaminoglicanas e poucos 
fibroblastos. Podem apresentar macrófagos e mastócitos. 
Gânglios 
São acúmulos de neurônios localizados fora do SNC. Em sua maior parte são 
órgãos esféricos, protegidos por cápsulas de tecido conjuntivo e associados a 
nervos. 
Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios 
podem ser: 
 Sensoriais (aferentes); 
 Gânglios do sistema nervoso autônomo 
(eferentes). 
Medula espinal 
Situada dentro do canal vertebral e apresenta uma estrutura achatada de tecido 
neural. A substância branca encontra-se externamente, e a substância cinzenta 
encontra-se na porção central/interna (semelhante com a letra H). 
Ela pode ser dividida em porções ou cornos, sendo que os cornos anteriores 
encontram-se neurônios motores, enquanto nos cornos posteriores recebem 
fibras sensitivas dos neurônios ganglionares. No meio dessa estrutura, encontra-
se o canal medular revestido por células ependimárias. 
 
 
 
 
 
Sistema circulatório 
Transporta o sangue pelos tecidos, levando oxigênio, nutrientes, hormônios, 
fatores de coagulação, células de defesa e calor. CO2 e catabólitos produzidos 
pelas células são recolhidos e conduzidos aos locais onde são eliminados. Assim, 
contribui para a homeostase e o funcionamento do organismo. 
 Coração: órgão cuja função é bombear o sangue. 
 Artérias: vasos grande calibre eferentes do coração que se ramificam e 
tornam-se menores conforme distanciam dele. Levam nutrientes e 
oxigênio para os tecidos. 
 Capilares: vasos muito delgaldos que constituem uma rede complexa, 
cuja parede (endotélio) permite o intercâmbio de substâncias entre o 
sangue e os tecidos 
 Veias: resultam da confluencia de vários capilarde es, tornando-se canais 
vasculares cada vez mais amplos conforme se aproximam do coração, 
desembocam numa veia de grande calibre denominada de Veia cava. 
 
Características gerais do tecido sanguíneo 
É um tipo especial de tecido conjuntivo, sendo considerado um “tecido líquido”. 
Está dividido em duas partes: plasma, parte líquida em que estão suspensos os 
componentes celulares, representados por glóbulos vermelhos, brancos e 
plaquetas. Todos eles são derivados de células hematopoiéticas que constituem a 
medula óssea. 
A principal função do sangue é transportar células de defesa, nutrientes, 
metabólitos e moléculas, conectando células ou sistemas que realizam a absorção 
e/ou síntese com aqueles que farão a recepção e/ou excreção. Dentre as subst. 
transportadas pelo sangue, estão: oxigênio, CO2, hormônios, aminoácidos e 
proteínas, lipídeos e açúcares. Além disso, o sangue atua como regulador da 
distribuiçãode calor e no equilíbrio ácido-básico e osmótico dos tecidos. 
Constituintes do tecido sanguíneo 
 Plasma sanguíneo 
É a porção aquosa do sangue, onde estão imersas proteínas plasmáticas, sais 
inorgânicos e compostos orgânicos diversos, como hormônios, vesículas lipídicas, 
aminoácidos, vitaminas e glicose. 
As proteínas presentes no plasma em maior quantidade são: albuminas, alfa, beta 
e gamaglobulinas, lipoproteínas e proteínas de coagulação protrombina e 
fibrinogênio. As albuminas são importantes para a manutenção da pressão 
osmótica do sangue e uma redução na sua concentração sanguínea gera edema 
generalizado. 
 Eritrócitos (hemácias ou glóbulos vermelhos) 
São células anucleadas, com grande quantidade de hemoglobina, proteína com 
alfa afinidade ao O2, responsável pelo seu transporte no plasma. São discos em 
formato bicôncavo, que lhes proporcionam uma relação favorável de 
área/volume para as trocas gasosas. São células flexíveis devido à intensa 
polarização e à despolarização dos filamentos de actina do citoesqueleto. Porém, 
em condições normais, não deixam o sistema circulatório, como os leucócitos. 
Originados a partir de células hematopoiéticas da medula óssea. 
 Leucócitos (glóbulos brancos) 
São células esféricas, incolores e com função de defesa contra infecções por 
microrganismos. Assim como os eritrócitos, são produzidos a partir das células 
hematopoiéticas pluripotentes da medula óssea, sendo também produzidos em 
tecidos linfoides. São transportados no sangue até seu local de ação, onde sofrem 
diapedese – passagem por meio das paredes dos capilares. 
 
 
 Neutrófilos 
Conhecidos como polimorfonucleares, apresentam núcleo formado por dois a 
cinco lóbulos unidos por finas pontes de cromatina. Os polimorfonucleares 
imaturos apresentam núcleo não segmentado, em forma de bastão curvo, por 
isso, são conhecidos como bastonetes. Sua principal função é a desgranulação de 
seu conteúdo em locais de infecção, no combate a microrganismos invasores. 
● Eosinófilos 
Apresentam núcleo bilobulado, com RE, mitocôndrias e complexo de Golgi pouco 
desenvolvidos. Suas granulações ovóides se coram pela eosina, sendo, portanto, 
acidófilas. Dentre as substâncias secretadas pelos grânulos, estão citocinas, 
leucotrienos, peroxidase e neurotoxina. Além de atuarem no ataque a 
microrganismos, os eosinófilos induzem a desgranulação de mastócitos e 
basófilos e apresentam antígenos contra os linfócitos, modulando negativamente 
a atividade dessas células. 
● Basófilos 
Apresentam núcleo volumoso, irregular, semelhante à letra “S”. Os grânulos são 
grandes e abundantes, podendo obscurecer o núcleo durante a análise 
histológica. Esses grânulos são bastante elétron-densos e metacromáticos. 
Contêm histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos e neutrófilos e 
heparina. Além disso, representam cerca de 2% do total de leucócitos no sangue 
de difícil visualização. 
● Linfócitos 
Constituem uma família de células esféricas, de tamanho variável, com núcleos 
esféricos, cromatina em grumos grosseiros e nucléolo pouco visível. O citoplasma 
é escasso, pobre em organelas, com discreta basofilia. São responsáveis pela 
defesa imunológica do organismo, por meio da síntese e liberação de 
imunoglobulinas (linfócitos B) e da resposta citotóxica mediada por células 
(linfócitos T). Diferentemente dos outros leucócitos, os linfócitos voltam dos 
tecidos para o sangue, recirculando continuamente. 
● Monócitos 
São as maiores células do sangue e apresentam núcleo excêntrico, em forma de 
rim ou ferradura, conforme seu amadurecimento. Contêm dois ou três nucléolos, 
que podem ser visualizados no esfregaço comum. A superfície da célula contém 
muitas microvilosidades e vesículas de pinocitose. Eles se originam das células 
mononucleares fagocitárias da medula óssea e dão origem aos macrófagos, 
células fagocíticas mais desenvolvidas. 
● Plaquetas 
Resultam da fragmentação do citoplasma dos megacariócitos, células poliploides 
presentes na medula óssea. Apresentam forma de disco e são anucleadas, 
promovendo a coagulação do sangue a auxiliando na reparação da parede de 
vasos sanguíneos. Nos esfregaços de sangue, as plaquetas tendem a aparecer em 
grupos (aglutinação). 
Em sua superfície, as plaquetas possuem glicocálix espesso, com moléculas 
adesivas e invaginações que aumentam a área e otimizam a liberação de 
substâncias contidas em seus grânulos. Dentre essas substâncias, estão: ADP, 
ATP, cálcio, histamina, fatores de coagulação, fatores de crescimento derivado de 
plaquetas e serotonina. 
 
Hemocitopoese 
É o processo pelo qual as células sanguíneas que apresentam um ciclo de vida 
relativamente curto são renovadas. Todos os tipos celulares são derivados de 
uma célula do tipo pluripotente chamada de célula-tronco hemocitopoética 
multipotencial, as quais estão localizadas na medula óssea vermelha dos ossos 
curtos e chatos. 
Essas células-tronco sofrem divisões e se diferenciam nos mais variados tipos de 
células sanguíneas, como leucócitos, eritrócitos, plaquetas, dentre outros. 
 
Sistema respiratório 
Os pulmões e suas inúmeras vias aéreas compõem o sistema respiratório. As vias 
aéreas entram nos pulmões e lá se ramificam constituindo a árvore brônquica, 
essas ramificações atingem espaços aéreos pequenos, chamados alvéolos. 
As vias do trato respiratório dividem-se em: 
● porção condutora: constituída pelas cavidades nasais (durante a 
respiração forçada, a cavidade oral também faz parte dessa porção), 
faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos; 
● porção respiratória: formada pelos bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 
A porção condutora tem a função de acondicionar o ar, fazendo com que ele seja 
aquecido, umidificado, além disso, tem a função de retirar do ar as partículas 
indesejadas. Já a porção respiratória é aquele local onde ocorre a troca gasosa 
entre o ar e o sangue. 
A principal função do sistema respiratório é a troca gasosa nos pulmões. A base 
estrutural para a realização dessa função é a relação de organização estabelecida 
entre os capilares pulmonares e os alvéolos durante a irrigação pulmonar. 
A irrigação dos pulmões é feita por vasos sanguíneos que entram neles com os 
brônquios e ramificam-se em vasos cada vez menores que, finalmente, entram 
em íntimo contato com os alvéolos. 
Cada componente do sistema respiratório tem uma constituição histológica 
dependendo da função que será desempenhada por esse órgão. A seguir 
compreenderemos melhor essa formação. 
Cavidade nasal 
É dividida ao meio pelo septo nasal e revestida pela camada mucosa. 
Compreende o vestíbulo, a área olfatória e a área respiratória. 
 Vestíbulo 
Mucosa formada por epitélio estratificado, queratinizado na região contínua da 
pele, e apresenta uma lâmina de tecido conjuntivo denso. Possui pelos curtos e 
glândulas sebáceas e sudoríparas que protegem contra a entrada de partículas 
maiores; possui cartilagem hialina que dá sustentação. 
 Área olfatória 
O epitélio que compõe essa região é formado por 3 tipos de células: 
 1) Células de sustentação: prismáticas, com microvilos e possuem pigmento 
acastanhado que é responsável pela cor marrom da mucosa olfatória; 
 2) Células basais: pequenas e arredondadas/cônicas e formam uma camada 
única na região basal do epitélio; 
 3) Células olfatórias: são neurônios bipolares que se distribuem entre as 
células de sustentação. 
 Área respiratória 
Mucosa formada por epitélio pseudoestratificado ciliado, com muitas células 
caliciformes e também a lâmina basal que possui glândulas serosas e mucosas. 
Possui tecido conjuntivo bem vascularizado, o que permite a umidificação e 
aquecimento do ar. 
 
 
 
 
 
 
Faringe 
Serve como a passagem de ar e alimentos, além de servir como uma câmara de 
ressonância para a fala. 
A nasofaringe, primeira parte da faringe, é formada por epitélio respiratório 
(pseudoestratificado cilíndrico ciliado),e é parcialmente separada da porção oral 
pelo palato mole. Abaixo do epitélio, está a tonsila faríngea, tecido linfoide que 
desencadeia uma resposta imunológica quando ocorre a entrada de 
microrganismos. Na orofaringe o epitélio é pavimentoso estratificado. 
Laringe 
Tubo irregular que une a faringe à traqueia. Suas paredes são compostas por 
peças cartilaginosas irregulares, unidas por tecido conjuntivo fibroelástico (que 
mantém a laringe sempre aberta). 
As maiores peças cartilaginosas (tireóide, cricóide) 
são formadas por cartilagem do tipo hialina; as 
demais peças são cartilagens do tipo elástico. 
A mucosa da faringe forma dois pares de pregas 
que fazem saliência na luz; o primeiro par de 
pregas constitui as falsas cordas vocais ou pregas 
vestibulares; o segundo par de pregas constitui as 
cordas vocais verdadeiras. 
Traqueia 
A parede da traquéia é constituída das seguintes 
camadas: mucosa, submucosa, anel de cartilagem 
hialina e adventícia. Ela é revestida internamente por 
um epitélio do tipo respiratório que está sob uma 
lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo rico em 
fibras elásticas, caracterizando a camada mucosa. 
Contém glândulas seromucosas, cujos ductos se abrem na luz traqueal, na 
camada submucosa. 
Na sua estrutura apresenta um número variável de anéis cartilaginosos do tipo 
hialino, os quais são revestidos por pericôndrio que se continua com um tecido 
conjuntivo fibroso, unindo as cartilagens entre si. 
Externamente a traqueia é revestida por tecido conjuntivo frouxo, formando a 
camada adventícia, que liga o órgão aos tecidos vizinhos. 
A principal característica da mucosa traqueal é ser secretora. O muco produzido 
forma um tubo mucoso que funciona como uma barreira mucosa às partículas de 
pó que entram junto com o ar inspirado, nesse tubo o muco é transportado em 
direção à faringe pelo batimento ciliar, das células cilíndricas ciliadas. 
Outro sistema de defesa além da barreira mucosa é a barreira linfocitária, sua 
função é imune e ela é composta por linfócitos e por acúmulos linfocitários ricos 
em plasmócitos. 
Brônquios 
Os brônquios são ramificações da traqueia. Nos seus ramos maiores, a mucosa 
que reveste os brônquios é idêntica à da traqueia; já nos ramos menores o 
epitélio pode ser cilíndrico simples ciliado. 
A lâmina própria é rica em fibras elásticas. 
Abaixo da mucosa há uma camada 
muscular lisa que circunda completamente 
os brônquios, ela é constituída por feixes 
musculares dispostos em espiral. 
Apresenta placas de cartilagem hialina que são envolvidas por uma capa de tecido 
conjuntivo rica em fibras elásticas chamada de camada adventícia. 
Na camada adventícia e na mucosa podemos observar o acúmulo de linfócitos e 
de nódulos linfóides, principalmente nos pontos de ramificação da árvore 
brônquica. 
Bronquíolos 
Os bronquíolos são originados de divisões repetidas dos brônquios, não 
apresentam cartilagem, glândulas e nem nódulos linfáticos. O epitélio que reveste 
os bronquíolos na porção inicial, é do tipo cilíndrico simples ciliado, passando a 
cúbico simples, ciliado ou não, na porção final. 
No decorrer do trajeto dos bronquíolos, o número de células caliciformes diminui 
progressivamente. Apresenta também uma lâmina própria delgada e constituída 
de fibras elásticas. Os bronquíolos terminais são as últimas porções da árvore 
brônquica, eles possuem estruturas semelhantes aos demais, porém com paredes 
mais delgadas. 
Os bronquíolos terminais são a porção final da árvore brônquica. Apresentam 
uma parede mais fina, composta de duas camadas de células musculares lisas e 
epitélio simples, cúbico ciliado, com células de Clara: são células não ciliadas, com 
abundante sistema de organelas e ápice em forma de cúpula, produzem e 
secretam uma substância lipoproteica que reduzem a tensão superficial dos 
bronquíolos, evitando seu colabamento. 
 
 
 
 
Ductos alveolares e alvéolo 
Os bronquíolos respiratórios ramificam-se em ductos alveolares, que são 
constituídos pelos alvéolos. Assim como esses, apresentam epitélio simples 
pavimentoso e feixes de fibras musculares lisas, fibras reticulares e elásticas na 
lâmina basal. As fibras elásticas são importantes para a distensão e contração 
alveolar, enquanto as reticulares dão suporte aos alvéolos e capilares sanguíneos. 
Cada ducto desemboca em um alvéolo único ou em dois ou três sacos alveolares, 
constituídos por muitos alvéolos. Os alvéolos representam a última porção da 
árvore brônquica, sendo formados por epitélio simples pavimentoso, uma fina 
camada de tecido conjuntivo que contém fibroblastos, mastócitos e macrófagos e 
inúmeros capilares. As células epiteliais são diferenciadas em pneumócitos tipo I, 
células achatadas, unidas por junções de oclusão. 
Os pneumócitos tipo II são células cúbicas, com citoplasma vacuolizado e núcleo 
maior e esférico. Apresentam abundante RER, corpos multilamelares e microvilos 
da superfície livre. São produtoras de surfactante, que evita o colabamento 
pulmonar durante a expiração. Localizam-se entre os pneumócitos tipo I e estão 
unidos a eles por desmossomos. 
O septo ou parede interalveolar é composto de pneumócitos de dois alvéolos 
adjacentes mais o tecido conjuntivo entre eles. Contém ainda poros alveolares, 
importantes para equilibrar a quantidade de ar nos alvéolos e permitir o fluxo de 
ar quando um deles está obstruído. 
 
 
 
 
 
Sistema digestório 
O sistema digestório é formado por um conjunto de componentes, tais como: 
cavidade oral, faringe, tubo digestivo, que vai desde o esôfago até o aparelho anal 
e as glândulas exócrinas acessórias. Sua função é a de obter os nutrientes 
necessários ao bom funcionamento do organismo, por meio de um processo 
prévio de digestão. Esse processo consiste na quebra de macromoléculas, como 
lipídeos, proteínas, ácidos nucléicos e carboidratos complexos em moléculas 
menores que podem ser facilmente transporta das ou absorvidas pelas células 
intestinais. Além da capacidade absortiva, os revesti mentos do trato digestivo 
têm propriedade secretória e funciona como uma barreira de proteção contra 
substâncias tóxicas e microrganismos patogênicos. 
 
Trato digestivo 
O trato digestivo consiste em um tubo oco de diâmetro variável, cuja parede é 
composta de quatro camadas, a saber: 
 Camada ou membrana mucosa: essa é a camada exposta ao lúmen do 
vaso. Apresenta um epitélio que varia de acordo com sua localização e 
lâmina basal, de tecido conjuntivo frouxo, que contém células 
musculares lisas e macrófagos, podendo apresentar também tecido 
linfoide. 
Entre ela e a submucosa, encontramos a muscular da mucosa, duas 
camadas de células musculares, sendo uma circular e a outra longitudinal. 
A função dessa musculatura é permitir o movimento da camada mucosa, 
independente das outras cama das, e aumentar seu contato com o 
alimento. 
 Camada submucosa: formada por tecido conjuntivo, contém o plexo de 
Meissner ou plexo submucoso – gânglio parassimpático – e pode conter 
glândulas e tecido linfoide. 
 Camada muscular: essa camada apresenta células musculares lisas 
orientadas de for ma circular, camada interna, e longitudinal, camada 
externa. Entre essas se encontram o plexo de Auerbach ou plexo 
mioentérico, outro gânglio parassimpático. 
 Camada serosa: camada formada por tecido conjuntivo frouxo e pelo 
mesotélio, epitélio simples pavimentoso. 
Cavidade oral 
A cavidade oral é onde se inicia o processo de digestão, por meio da ação dos 
dentes e da saliva. Essa cavidade encontra-se revestida por epitélio pavimentoso 
estratificado queratinizado na região do palato duro e da gengiva e não 
queratinizado no restante da cavidade que compreende o palato mole, lábios, 
bochechas e assoalho da boca. Nas regiões do palato duro e gengivas, a lâmina 
própria apresenta papilas e a ela se segue o periósteo. No tecido conjuntivo, 
abaixo do epitélio, encontram-se as glândulas salivares difusamente distribuídas 
que secretam fluidos seroso e mucoso. Ocentro do palato mole é formado por 
músculo estirado esquelético, que permite a movimentação do alimento, 
glândulas mucosas e nódulos linfoides. 
Língua 
A língua é uma estrutura formada de abundantes feixes musculares esqueléticos 
orientados em três planos e imersos em tecido conjuntivo. O epitélio de 
revestimento é pavimentoso estratificado queratinizado na sua porção dorsal e 
não queratinizado na ventral. 
Na parte dorsal da língua, encontramos uma grande quantidade de papilas – 
elevações do epitélio e lâmina próprias orais que apresentam diferentes formas e 
funções. Estas podem ser de vários tipos: 
 Papilas filiformes: ocupam a superfície anterior da boca, têm forma de 
cone, são queratinizadas e têm papel mecânico na alimentação. 
 Papilas fungiformes: têm forma de cogumelo, ficam entre as filiformes, 
são menos queratiniza das e ricamente vascularizadas e seus corpúsculos 
gustativos detectam os sabores doce, salgado e azedo. 
 Papilas foliadas: estão em menor quantidade, ficam nas bordas laterais 
entre os ductos das glândulas serosas, o epitélio é não queratinizado e 
apresentam muitos corpúsculos gustativos. 
 
 Papilas circunvaladas: papilas grandes que se avolumam acima das outras 
papilas na porção posterior da língua, as quais são circundadas por 
invaginações do epitélio, que formam sulcos nos quais desembocam os 
ductos de glândulas 
salivares serosas, além 
de serem dorsalmente 
queratinizadas, porém 
sua porção lateral 
contém botões 
gustativos que 
percebem o sabor 
amargo. 
 
 
Dentes 
Os seres humanos possuem 32 dentes permanentes, os quais estão inseridos em 
fileira nos ossos maxilar e mandibular e estão divididos em: 8 incisivos, 4 caninos, 
8 pré-molares e 12 molares. Os dentes apresentam uma porção externa que fica 
acima da gengiva, conhecida como coroa, a qual está dividida em três partes: o 
esmalte, camada mais externa e dura, mineralizada; a dentina, camada 
intermediária, também mineralizada, que recobre a polpa, região mais interna 
composta de tecido conjuntivo frouxo, rica em vasos sanguíneos e terminações 
nervosas; e a raiz do dente que se refere à porção inserida no interior da gengiva 
e é formada externamente pelo cemento, tecido mineralizado que se une ao 
esmalte, pela dentina e pela polpa. O ligamento periodontal é formado por tecido 
conjuntivo rico em feixes de fibras colágenas que se insere no cemento e no osso 
alveolar, fixando o dente ao osso. 
Faringe 
É uma região de transição entre a cavidade oral e o tubo digestório, comum aos 
sistemas digestório e respiratório. Na camada mucosa, temos epitélio 
estratificado pavimentoso não queratinizado na sua porção oral e epitélio 
pseudoestratificado ciliado, com células caliciformes na região nasal. 
O tecido conjuntivo, que também compõe essa camada, apresenta pequenas 
glândulas salivares que produzem um muco lubrificante e as tonsilas faríngeas 
(adenoides) e palatinas (amídalas). Suas camadas apresentam músculos estriados 
esqueléticos longitudinais e constritores que promovem a deglutição dos 
alimentos. 
Esôfago 
O esôfago é um tubo oco que transporta o alimento da faringe ao estômago. É 
formado pela mucosa esofágica, com epitélio estratificado pavimentoso não 
queratinizado e lâmina própria. Na submucosa, encontram-se glândulas 
esofágicas tubuloacinosas que secretam muco lubrificante. Existem pregas 
longitudinais das mucosas e submucosas formadas pela contração da camada 
muscular circular e, durante a passagem do alimento, o esôfago se distende e as 
pregas desaparecem. 
A musculatura esofágica 
consiste de fibras estriadas 
esqueléticas na parte superior, 
as quais estão misturadas com 
fibras musculares lisas na 
porção medial. Já a porção 
inferior é formada pela 
musculatura lisa. A região do 
esôfago, inserida na cavidade 
peritoneal, apresenta um 
revestimento externo, formado 
por uma membrana serosa. 
Estômago 
O estômago é uma porção dilatada do tubo digestivo e está, histologicamente, 
dividido em três porções: cárdia, fundo e corpo e piloro. Sua função é a de 
converter o bolo alimentar triturado em quimo, realizar a digestão de proteínas e 
promover a separação dos alimentos em camadas, de acordo com a sua 
densidade, o que facilitará a digestão total, no duodeno. É responsável também 
pela produção de alguns hormônios digestivos e do fator intrínseco, necessário 
para a absorção de vitamina B12. Na ausência de alimentos, as camadas mucosa e 
submucosa formam pregas longitudinais que se distendem, quando o alimento 
chega ao estômago e ocorre a distensão de suas paredes. 
Com relação à composição histológica, ele tem um epitélio de revestimento 
simples colunar com células mucosas, produtoras de muco viscoso, rico em 
bicarbonato de sódio, que se adere ao glicocálix. Essas células apresentam 
citoplasma apical, com vesículas de glicoproteínas e núcleo oval e basal. São 
preferencialmente coradas com PAS. Há invaginações do epitélio que formam as 
fossetas gástricas, onde desembocam as glândulas características de cada porção 
do estômago. A lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo, no qual 
circulam vasos sanguíneos, células musculares e linfoides. A camada serosa 
delimita o estômago, exceto na região da cárdia, que é revestida pela adventícia. 
Principais características de cada porção do estômago: 
 Cárdia: porção do estômago que se estende de 2 a 3 cm a partir da junção 
gastroeso fágica. Apresenta fossetas mais rasas, com glândulas tubulares 
simples ou ramificadas. Apresenta muitas células mucosas e poucas 
parietais produtoras de H+ e Cl-. 
 Fundo e corpo: essas duas porções são semelhantes e, por isso, 
agrupadas aqui. Apresentam glândulas fúndicas tubulares ramificadas e 
estão divididas em três porções que variam em sua distribuição celular: 
istmo com células mucosas, células-tronco e parietais; colo, com células-
tronco, mucosas do colo, enteroendócrinas e parietais; e base, com 
células parietais, enteroendócrinas e zimogênicas. 
 Piloro: essa porção apresenta fossetas profundas, com glândulas pilóricas 
simples ou ramificadas, além de muitas células enteroendócrinas do tipo 
G, produtoras de gastrina, intercaladas com células mucosas. 
Intestino delgado 
Consiste num tubo longo dividido em três partes: duodeno, jejuno e íleo. Sua 
função é a de finalizar a digestão e absorver nutrientes e água. Apresenta 
camadas mucosa e submucosa que formam pregas, o epitélio e tecido conjuntivo 
formam vilos e as células epiteliais apresentam microvilosidades. Todas essas 
adaptações têm a função de aumentar a superfície de contato e facilitar a 
absorção. As pregas são mais abundantes no jejuno, enquanto no duodeno, os 
vilos são mais desenvolvidos, assumindo uma forma de folha. Entre esses se 
encontram as aberturas ou criptas de glândulas tubulares do intestino, conhecido 
como glândulas de Lieberkühn. 
O epitélio do intestino é simples e colunar, a porção dos vilos é composta de 
enterócitos e células caliciformes, enquanto as criptas contêm também células 
de Paneth, entero endócrinas e células-tronco. 
Os enterócitos, conhecidos também como células absortivas devido à sua função, 
têm forma colunar, apresentam microvilosidades, núcleo ovoide e basal e o 
glicocálix é com posto de enzimas digestivas. As células caliciformes, que estão 
entre os enterócitos, tornam-se mais 
abundantes na região do íleo. Elas 
produzem mucina, uma glicoproteína 
que compõe o muco que protege e 
lubrifica o intestino. As células de 
Paneth produzem substâncias 
bactericidas; são exócrinas, com 
grânulos de secreção eosinofílicos na 
porção apical do citoplasma e núcleo 
basal. Já as enteroendócrinas são 
células semelhantes às do estômago, 
que secretam vários hormônios, 
enquanto as células M são enterócitos modificados que recobrem as placas de 
Peyer, com forma cuboide, micropregas na superfície apical e invaginações na 
basal, que capturam antígenos por endocitose e transportam-no para os 
macrófagose linfócitos. 
A lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo, com capilares 
fenestrados, fibras nervosas, vasos linfáticos e fibras musculares lisas. Contém 
ainda células de defesa que, em algumas regiões, formam nódulos linfáticos 
conhecidos como placas de Peyer, visíveis a olho nu. 
Já a submucosa é composta de tecido conjuntivo denso não modelado. Apresenta 
vasos sanguíneos e linfáticos e o plexo de Meissner. Contêm, ainda, as glândulas 
de Brünner, glândulas tubulares ramificadas presentes no duodeno, cujos ductos 
se abrem entre as vilosidades, com a função de secretar um muco alcalino. O 
peristaltismo é controlado pelo plexo de Auerbach, entre as camadas musculares 
interna e externa. A adventícia reveste parte do duodeno, enquanto a serosa 
reveste o restante do intestino delgado. 
Intestino grosso e canal anal 
Assim como o intestino delgado, o grosso também está dividido em porções: 
ceco, apêndice (divertículo), cólon ascendente, cólon transverso, cólon 
descendente, cólon sigmoide, reto e ânus. Quanto à sua formação histológica, 
pode-se perceber que ele não apresenta pregas, exceto no reto, nem vilosidades, 
mas apresenta criptas intestinais, com células caliciformes e absortivas colunares 
com microvilosidades irregulares. 
Na região do ceco e apêndice, podemos encontrar ainda as células de Paneth. A 
lâmina própria contém muitas células e nódulos linfoides que são mais 
abundantes no apêndice de crianças. A camada muscular é formada pelas 
subcamadas circular e longitudinal, sendo que fibras longitudinais se unem na 
região do ceco e do cólon para formar feixes espessos, conhecidos como tênias 
do colo. Essas tênias apresentam um tônus constante, responsável pela formação 
de pregas na região. A porção inicial do intestino grosso é revestida pela camada 
serosa, enquanto a final é revestida pela adventícia. 
O canal anal transporta os resíduos alimentares do reto até o exterior. Sua porção 
superior apresenta as mesmas 
características do reto, porém 
a porção mais distal apresenta 
epitélio estratificado 
pavimentoso, com glândulas 
anais, que se abrem na região 
de transição entre o reto e o 
canal anal. A lâmina própria 
apresenta dois plexos de veias 
grandes: o hemorroidário 
interno e o externo que, 
quando dilatados e varicosos, 
podem gerar as hemorroidas. 
O ânus é delimitado pela 
adventícia e constituído de 
tecido muscular liso, na sua 
porção superior e estriado 
esquelético, na inferior. 
Estruturas anexas 
Existem ainda algumas estruturas que estão anexas ao trato digestivo e auxiliam 
no processo de digestão, a saber: glândulas salivares, pâncreas exócrino, vesícula 
biliar e fígado. Todas elas representam estruturas associadas ao sistema 
digestório, pois sintetizam e secretam moléculas e enzimas que atuam no 
processo digestivo. 
 
 
 
 
Sistema urinário 
O sistema urinário contribui para a manutenção da homeostase do corpo 
humano, uma vez que tem a função de filtrar o sangue, retirando as substâncias 
que estão em excesso e os metabólitos do organismo, que são excretados na 
forma de urina. É constituído por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
 Rim 
Os rins são órgãos importantes ao corpo humano, uma vez que são responsáveis 
pela manutenção da homeostase interna, através da regulação da excreção de 
metabólitos, eletrólitos, não eletrólitos e água. 
Diferentes porções renais são responsáveis pelas funções de filtragem, absorção 
ativa, absorção passiva e secreção. Além disso, produzem hormônios que atuam 
na regulação da pressão arterial, como a renina e que estimulam a hematopoiese, 
como a eritro poietina, além de ativar a vitamina D3. 
Estão localizados na parede abdominal posterior, um em cada lado da coluna 
vertebral, sendo o rim direito um pouco mais inferior, devido à posição do fígado. 
Estão envolvidos por uma camada de tecido adiposo que lhes confere proteção. 
Abaixo dessa, encontra-se uma cápsula de tecido conjuntivo denso, com 
miofibroblastos na região interna, o córtex e a medula. Na sua porção côncava, 
situa-se o hilo, por onde entram e saem vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e 
pélvis renal. 
A unidade funcional do rim é conhecida como néfron e está dividida nas seguintes 
porções: corpúsculo de Malpighi (ou renal), túbulo contorcido proximal, alça de 
Henle e túbulo contorcido distal. Cada rim é dividido em lobos e cada lobo é 
formado por uma porção medular e região cortical adjacente. Na parte medular 
do lobo, temos estruturas em forma de pirâmides, com a base mais larga, 
localizada no limite corticomedular e seu ápice voltado para o hilo. Nessa região, 
tem-se o sistema de túbulos renais. No córtex, encontramos os corpúsculos de 
Malpighi (ou renais), que são estruturas intensamente vascularizadas, 
responsáveis pela filtragem do sangue. Parte dos túbulos proximais e distais 
também estão presentes na região cortical. 
 
 
 
 
 
 
 
Corpúsculo renal 
É formado pelo glomérulo renal e pela cápsula de Bowman. O primeiro constitui-
se de um emaranhado de capilares arteriais fenestrados, enquanto a cápsula que 
o circunda contém uma camada externa de epitélio simples pavimentoso e outra 
interna, formada por células epiteliais especializadas, os podócitos. Dentre as 
duas camadas, encontram-se os espaços capsulares, que recebem o líquido 
filtrado da parede dos capilares e da camada interna – visceral. Cada corpúsculo 
tem um polo vascular, por onde entram e saem as arteríolas e um polo urinário, 
que dá sequência ao túbulo contorcido proximal. 
Na porção glomerular, o epitélio vascular fenestrado repousa em uma lâmina 
basal espessa, que se une a fibras reticulares para constituir a membrana basal. 
Os podócitos que formam a camada externa apresentam grandes corpos 
celulares, de onde partem prolongamentos que se ancoram na lâmina basal, 
formando espaço denominado de fendas de filtração. 
A união entre as células endoteliais, a membrana basal e os podócitos forma uma 
barreira física e eletroquímica que filtra o sangue, formando um líquido de 
composição semelhante ao do plasma, conhecido como filtrado glomerular. 
Dentre os capilares, encontramos células mesangiais que sintetizam, dão suporte 
e regulam o fluxo sanguíneo por meio deles e sintetizam a matriz mesangial – 
matriz extracelular local. São células contráteis, responsivas à angiotensina II. São 
irregulares, com prolongamentos, núcleo esférico ou ovoide e contêm filamentos 
de miosina em seu citoplasma. 
 Túbulo contorcido proximal (TCP) 
É a porção mais longa do néfron, contínua ao polo urinário do corpúsculo renal. 
Constitui-se de um tubo incialmente tortuoso, com epitélio simples cúbico ou 
colunar, com microvilos. O citoplasma basal é acidófilo, há numerosas 
mitocôndrias e interdigitações entre as células. Na porção apical, encontramos 
canalículos que partem dos microvilos 
e aumentam a capacidade absortiva 
das células. Os túbulos proximais são 
circundados por muitos capilares 
sanguíneos e têm a função de 
absorver proteínas, aminoácidos, 
glicose, íons e água do filtrado. 
 
Alça de Henle 
Contínua ao Túbulo contorcido proximal, está a alça de Henle, uma estrutura em 
forma de U, com dois segmentos delgados, a porção descendente e a ascendente, 
interpostos a um segmento espesso. Na região descendente, o epitélio é simples 
pavimentoso, enquanto na porção mais espessa, ele se torna simples cúbico 
baixo. A parte ascendente tem estrutura semelhante à do túbulo contorcido 
distal. Os néfrons justaglomerulares têm alça de Henle bastante longas, 
estendendo-se até a medula renal, enquanto os corticais têm alças curtas. 
A maior parte dessa estrutura fica na região medular e é importante para a 
retenção da água no corpo, gerando um filtrado primeiramente hipertônico. A 
porção descendente é bastante permeável à água, enquanto a ascendente é 
impermeável. A saída de íons Cl- e Na+ e de ureia na porção ascendente torna o 
filtrado hipotônico. 
 Túbulo Contorcido Distal (TCD) 
Aporção distal da alça de Henle dá origem ao túbulo contorcido distal, revestido 
por epitélio simples cúbico, sem microvilos. Essa porção também é impermeável à 
água e apresenta pregas basolaterais e abundantes mitocôndrias. Diferentemente 
do TCP, ele apresenta luz tubular ampla e suas células são menores, com núcleos 
maiores e menos acidófilas. 
Em certa altura, o TCD se aproxima do corpúsculo renal e sua parede se modifica: 
o epitélio se torna colunar, com células mais finas e núcleos centrais e alongados. 
Ela aparece como uma porção mais escura do néfron nos cortes histológicos e 
corresponde à mácula densa. A mácula densa é sensível a alterações no volume 
de líquido do filtrado tubular e libera substâncias que atuam parácrinamente para 
a produção de renina pelas células justaglomerulares. 
 Ducto coletor 
O TCD desemboca no ducto coletor por meio do túbulo coletor. Ambos seguem 
um trajeto retilíneo. O epitélio é cúbico e contém células principais (claras), mais 
abundantes, e células intercaladas (escuras). As células claras são fracamente 
coradas com eosina, devido à pouca quantidade de organelas. Apresentam 
microvilosidades curtas e um cílio que atua como mecanorreceptor. As células 
escuras contêm muitas mitocôndrias 
e participam do transporte ativo de 
H+. Os ductos abrem-se na 
extremidade da papila – região do 
ápice das pirâmides medulares, 
voltadas para o hilo – formando a 
área crivosa. Cada papila desemboca 
em um cálice renal que, por sua vez, 
culminam na pelve renal. 
Bexiga e vias urinárias 
A pelve renal representa a porção expandida do ureter e apresenta a mesma 
estrutura histológica básica desse e da bexiga. A mucosa é formada por epitélio 
de transição, lâmina própria de tecido conjuntivo que se intercala entre frouxo e 
denso. 
As células variam de poliédricas a pavimentosas e as mais superficiais apresentam 
membrana plasmática especializada, composta de placas espessas, as quais são 
com postas de abundantes glicolipídeos e intercaladas com camadas delgadas da 
membrana. A presença dessas placas, aliadas às junções de oclusão entre as 
células superficiais, torna o tecido praticamente impermeável e resistente à 
osmolaridade acentuada da urina. Quando a bexiga está vazia, a membrana se 
dobra e as placas se invaginam, formando vesículas fusiformes próximas à 
superfície celular. Quando está cheia, sua parede se distende e as placas voltam a 
aparecer. 
A camada muscular lisa é composta de uma porção longitudinal, interna, e uma 
circular, externa, na região superior do ureter, além de mais uma camada 
longitudinal externa, na região inferior dos ureteres e da bexiga. O ureter entra 
obliquamente na bexiga, formando uma válvula que impede o refluxo da urina. O 
revestimento externo é feito pela adventícia na bexiga e na parte retroperitoneal 
do ureter. Na junção entre a bexiga e a uretra, há um esfíncter formado pelo 
espessamento da musculatura lisa. Quando esse relaxa, a urina entra na uretra e 
ocorre o reflexo da micção. 
A uretra é um tubo que direciona a urina da bexiga para o exterior. A masculina é 
dividida em porção prostática, membranosa e peniana ou cavernosa. A prostática 
situa-se próxima à bexiga e no interior da próstata e apresenta epitélio de 
transição. A membranosa é a mais curta, sendo revestida pelo epitélio 
pseudoestratificado. É nela que se situa o esfíncter externo da urina, formado por 
musculatura estriada esquelética. A uretra cavernosa encontra-se no corpo 
cavernoso do pênis e apresenta regiões de epitélio estratificado pavimentoso. 
Glândulas mucosas são encontradas em toda a extensão da uretra e conhecidas 
como glândulas de Littré. 
Já a uretra feminina é revestida por epitélio estratificado, com regiões de epitélio 
pseudoestratificado. Próximo ao orifício uretral encontra-se o esfíncter externo 
da uretra.