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Trabalho - D P PENAL I (Causas de Extinção da Punibilidade)

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Causas de Extinção da Punibilidade
(TRABALHO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL I)
MODALIDADES DE EXTINÇÃO DE PUNIBILIDADE
 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I - pela morte do agente;
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
VII – (Revogado pela Lei n.º 11.106, de 2005).
VIII – (Revogado pela Lei n.º 11.106, de 2005).
 IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
A punibilidade vem como resultado da responsabilidade penal do réu pelo crime que cometeu, dela decorre o direito de o Estado fazer cumprir a pena. A punição é a consequência natural da realização da ação típica, antijurídica e culpável. Porém, após a prática do fato delituoso podem ocorrer as chamadas causas extintivas, que impedem a aplicação ou execução da sanção respectiva.
Em consequência a isso, a extinção da punibilidade resulta na supressão do direito do Estado de impor a pena, não havendo como ele querer vê-la cumprida. As circunstâncias mais relevantes para tanto estão condensadas no artigo 107 do Código Penal, mas a legislação pode criar outras.
INCISO I – MORTE DO AGENTE
A morte é causa extintiva da punibilidade porque a pena é personalíssima, não se transmitindo aos herdeiros do condenado. Falecendo o autor do fato, não há espaço à aplicação da pena. É importante destacar que os efeitos civis da sentença condenatória (notadamente o dever de indenizar) não se extinguem com a morte do agente, alcançando limite das forças de seu espólio. A prova da morte se dá mediante certidão de óbito.
O falecimento do agente está previsto como causa de extinção de punibilidade elencada no art. 107, I do CP e no art. 62 do CPP e fundamenta-se no princípio mors omnia solvit, ou seja, a morte apaga tudo, faz desaparecer.
Conforme o art. 62, CPP, o juiz só declarará extinta a punibilidade se tiver vista da certidão de óbito. Contudo, em detrimento da natureza pública do documento, comuns são os casos de falsificação da certidão a ensejar discussões doutrinarias e jurisprudências quanto à manutenção da declaração de extinção de punibilidade. 
INCISO II – ANISTIA, GRAÇA OU INDULTO
A anistia é identificada pela doutrina como um esquecimento jurídico da infração penal, que se dá através de lei e extingue a punibilidade em face de determinados fatos. Contudo, ela não alcança o dever da indenização civil, por só abranger os efeitos penais. Compete ao Congresso Nacional concedê-la (artigo 48, inciso VIII, da Constituição Federal);
– A graça é ato do Presidente da República, que tem o objetivo de favorecer pessoa determinada;
– O indulto também é atribuição do Presidente da República, mas se volta a um número interminado de pessoas, ele se difere da graça por sua impessoalidade. A graça e o indulto servem para extinguir ou comutar penas.
A graça e o indulto são prerrogativas do Presidente da República (artigo 84, inciso XII, da Constituição Federal).
INCISO III – ABOLÍTIO CRIMINIS
Ao deixar de considerar criminosa uma conduta prevista em lei como tal, o delito já não existe mais no mundo jurídico. Assim também não haverá razão à punição do autor do fato. Essa modalidade extintiva de punibilidade encontra-se prevista no Art. 107, inciso III, do CP, e tem como escopo a “descriminalização do fato” em virtude da desconsideração de ilícito por Lei posterior, sob o argumento de que o Estado já não a considera como contrária aos interesses societários. 
A superveniência de lei que não mais tipifica como crime conduta anteriormente qualificada como tal implica na retroação da lei mais benéfica para alcançar fatos que sejam ou tenham sido objeto de ação penal, inclusive os casos de sentença condenatória transitada em julgado.
É o que preceitua o art. 2º, CP, caput, ao asseverar que “ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória”. Por derradeiro, se a alteração legal ocorrer antes da denúncia, não mais poderá ser instaurada a Ação Penal, pois não haveria objeto; se no momento o processo estiver em andamento, deverá ser trancado; nos casos de sentença condenatória transitada em julgado com agente cumprindo pena, este deverá ser posto em liberdade.
INCISO IV – PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA OU PEREMPÇÃO
A PRESCRIÇÃO
A prescrição trata-se uma garantida do autor do fato, que não pode ser obrigado a aguardar indefinidamente uma resposta estatal ao delito que praticou. O dever de punir do estado (jus puniendi) tem um limite temporal, chamado de prescrição.
Prescrição da pretensão punitiva
	Nesta espécie de prescrição, “o decurso do tempo faz com que o Estado perca o direito de punir no tocante à pretensão de o Poder Judiciário julgar a lide e aplicar a sanção abstrata (aspiração de punição)”.
	O art. 109, CP, ao dispor que o período prescricional é aferido a partir da pena em abstrato (considerando a sanção máxima aplicável ao ilícito), inclusive à pena restritiva de direito (parágrafo único), conquanto tratar-se de circunstância verificada antes de sentença irrecorrível; e ao estabelecer o lapso prescricional:
	Sob a pena abstrata, com o fito de cômputo para prescrição, incidem as causas de aumento e diminuição de pena, bem como a qualificação pela exacerbação do delito. Contudo, as hipóteses de aumento de pena decorrente de pluralidade delitiva e agravantes ou atenuantes não interferem no prazo prescricional, excetuado, contudo, conforme art. 115, CP, a redução ou aumento de pena em decorrência da idade.
	Oportuno frisar que o prazo prescricional da pretensão punitiva do Estado é suscetível à suspensão e interrupção, conforme arts. 116 e 117, CP, cujas circunstâncias elencadas estão reguladas em diversos dispositivos do diploma processual penal. Dentre as causas de suspensão, cita-se a existência de questão prejudicial (art. 116, I e arts. 92 a 94, CPP). Quanto as causas interruptivas, as circunstancias referidas no art. 107: o recebimento da denúncia , a pronúncia e a decisão confirmatória de denúncia e a publicação de sentença ou acórdãos condenatórios irrecorríveis.
 
Prescrição superveniente e Prescrição retroativa
	Trata-se de modalidades de cessação da punibilidade em decorrência da perda de pretensão punitiva, em que cabe a excepcionalidade de computar-se o prazo prescricional a partir de pena em concreto.
	A prescrição retroativa, por sua vez, está regulada no art. 110, § 2º, CP, e refere-se à extinção de punibilidade por decurso de prazo, em que o termo inicial é retroativo, ou seja, no âmbito da ação penal, em fase recursal (inferência que se faz, posto que o dispositivo remete ao parágrafo anterior do mesmo artigo) é possível a verificação de prescrição ou entre a data de consumação do delito e o oferecimento de denuncia ou queixa, ou entre a data de recebimento da acusação e a publicação de sentença condenatória.
 
Prescrição da pretensão executória
	A prescrição da pretensão executória (ou da condenação), ilustra situação em que “o decurso do tempo sem o seu exercício faz com que o Estado perca o direito de executar a sanção imposta em sentença condenatória” 
	Nesta modalidade de prescrição também incidem causas de suspensão (art. 116, parágrafo único, CP) e interrupção, (art. 117, inc. V e VI), destacando-se como exemplo desta a cessação de evasão do detento, situação em o prazo prescricional então interrompido, reinicia-se regulado pelo tempo que resta de pena (art. 112, I e 113, CP). 
 
A DECADÊNCIA
A decadência é a extinção do direito de promover a ação penal privada, a representação nos crimes de ação penal condicionada a ela ou a denúncia substitutiva da ação penal pública. É a perda direito de ação privada ou de representação, em virtude de não ter sido exercido dentro do prazo estipulado por lei. Implica em uma limitação temporal ao ius persequendique não pode se eternizar, pois tanto a queixa quanto a representação, devem ser intentadas dentro do prazo decadencial, ou seja, antes que se esgote.
O prazo decadencial, segundo o art. 103 do CP é, salvo disposição em contrário, de seis meses, contado da data em que o ofendido tenha certeza ou quase certeza da autoria do crime, a simples dúvida ou suspeita não é suficiente, nos casos de ação privada subsidiária da pública, do dia em que o prazo para o oferecimento da denúncia tiver se esgotado (arts. 38 e 46 do CPP).
A PEREMPÇÃO
A perempção ocorre dentro da ação penal privada, quando a parte autora deixa de praticar determinado ato processual, em que sua desídia faz presumir o desinteresse na responsabilização do autor do fato.
O prazo decadencial é peremptório, ou seja, não se interrompe, nem se suspende, pois o direito de queixa ou de representação exaure-se pelo seu exercício. Dessa forma, o prazo não se interrompe pela instauração do inquérito policial ou pela remessa dos autos deste à juízo, bem como com a vista dos autos ao Ministério Público, o pedido de explicações ou a interpelação judicial. Nos casos em que o ofendido é menor de 18 anos, cabe ao seu representante legal (pai, mãe, tutor, curador) exercer o direito de queixa. 
A Perempção, prevista no art. 107, inciso IV do CP e art. 60 do CPP, advém da palavra perimir, que significa “extinguir” ou “pôr termo’ a alguma coisa. É a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, isto é, uma sanção jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia, ou seja, pelo mau uso da faculdade que o Poder Público lhe concedeu de agir, privativamente, na persecução de determinados crimes. Na perempção, o querelante, que já iniciou a ação de exclusiva iniciativa privada, deixa de realizar atos necessários ao seu prosseguimento, deixando de movimentar o processo, levando à presunção de desistência (art. 60 do CPP). 
Ressalta ainda, o autor, que a sanção não é automática, advindo do procedimento do querelante, e que não se configurará decadência se a demora ou paralisação da marcha processual se der em razão de outrem que não o querelante. Outra hipótese de perempção elencada no inciso II do mesmo artigo refere-se aos casos em que, havendo a morte do querelante ou sua incapacidade, não comparecendo em juízo pessoa incumbida de prosseguir o processo em 60 dias, ocorrerá a perempção.
A perempção se fará presente também quando for necessária a presença do querelante, e este não comparecer sem motivo justificado ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais, pois há atos em que o comparecimento do procurador não é suficiente. 
           
INCISO V – A RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA E O PERDÃO ACEITO
A renúncia ao direito de queixa vem antes de inaugurada a ação penal e demonstra o desinteresse da vítima em promovê-la. Já o perdão do ofendido ocorre no curso da ação penal e somente nesta hipótese se cogita possível que seja recusada pelo auto do fato.
Em atenção ao art. 107, inciso V, do CP, extingue-se também a punibilidade nos casos de “renúncia do direito de queixa”, situação restrita a casos que ensejariam ação penal privada, pois cabe ao ofendido ou seu representante legal exercer o direito de queixa.
A renúncia consiste em um ato unilateral, sendo expressa ou tácita. A primeira consiste em uma apresentação de documentos, por exemplo, a apresentação de petição inicial informando que desiste de agir contra o ofensor, ou através de ato em que fique nítida a intenção de renúncia (art. 50, CPP). A renúncia tácita ocorre de forma mais camuflada que consiste em uma atitude contraria ao desejo de processar alguém, cabendo, conforme art. 57, CPP, todos os meios de prova em contrário.
Conforme vasta doutrina, a renúncia é aplicável à casos de ação penal privada subsidiária da pública. A renúncia do titular da queixa substitutiva não impede que o órgão do Ministério Público ofereça a denúncia, iniciando a ação penal pública (CPP, art. 29). Corroborando com o entendimento, a possibilidade de renuncia neste caso a não proibição no art. 107, inciso V, alegando também que esta só será possível “enquanto não estiver extinta a punibilidade por qualquer outra coisa”.
Conforme art. 49, CPP, “a renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá”. Dessa forma, se “três são os autores do crime de ação penal privada, cumpre ao ofendido oferecer queixa contra todos ou nenhum. A exclusão importa renúncia tácita, estendendo-se aos demais”.
Cumpre mencionar que nos casos de morte do ofendido, a renúncia do seu cônjuge não importa na renúncia dos demais elencados no Art. 31, do CPP, podendo a queixa ser oferecida por qualquer um dos seus ascendentes, descendentes ou irmão.
Conforme o artigo 105, caput, do CP: “o perdão do ofendido, nos crimes em que somente se procede mediante queixa, obsta ao prosseguimento da ação”. Este dispositivo versa sobre o perdão do ofendido previsto no art. 107, inciso V, do CP, como outra modalidade de extinção de punibilidade, operando-se a partir da aceitação do querelado.
	O perdão do ofendido é a revogação do ato praticado pelo querelante que desiste do prosseguimento da ação penal(...) o perdão somente é possível na ação exclusivamente privada, como deixa claro o art. 105, não produzindo qualquer efeito na ação privada subsidiária ou na ação pública incondicionada ou condicionada. (...) ao contrario da renúncia o perdão é um ato bilateral. 
 
Da exegese do art. 106, CP, conclui-se que o perdão do ofendido pode ocorrer dentro ou fora do processo de forma expressa ou tácita e o querelante não poderá optar por excluir da ação penal apenas um dos querelados em co-autoria. Se concedido por um dos ofendidos, o perdão não obstará o direito dos demais em dar sequência ao processo.
Por fim, cumpre ressalvar que o perdão do ofendido não se confunde com o perdão judicial, pois, neste, o juiz terá a possibilidade de deixar de aplicar a pena independentemente de aceitação.
 
INCISO VI – A RETRATAÇÃO DO AGENTE
Nas hipóteses dos crimes de calúnia, difamação, falso testemunho e falsa perícia a retratação do autor do crime evita a imposição da pena, exime-o dela. Na injúria, contudo, não há espaço à retratação. É o ato jurídico pelo qual o agente do crime reconhece o erro praticado e o denuncia coram judicem. Deste feito, entende-se por retração o ato de se desdizer-se sobre o que foi dito, ou seja, admitir-se o erro.
Na legislação penal, admitir-se-á retratação apenas nos casos previstos em sua legislação, os conjeturados no art. 107, VI, CP, sendo eles: os crimes de calunia e difamação (art. 143, CP), os crimes de falso testemunho e falsa perícia (art.342, p 2, CP), bem como a Lei de Imprensa (Lei n 5.250/67, art.26).
Na prática, leva-se em consideração sua voluntariedade, possuindo certa irrelevância os motivos dos quais estas foram fundados, bem como sua espontaneidade ou até mesmo que ocorra aceitação por parte do individuo, ou seja, trata-se de ato unilateral. 
	Deste feito, nos crimes de calunia e difamação (art.143), por tratar-se de ato pessoal, a retratação feita por um dos querelados não se aplica aos demais, ou seja, não aproveita-se os co-autores, devendo ser prestada antes que a sentença seja proferida. Ocorre que, considerar-se-á valida como causa extintiva da punibilidade a irrestrita e incondicional, não sendo permitido deste feito causa de retratação ambígua, devendo esta ser terminante, exata, completa. 
	
	No que tange aos crimes de falso testemunho e falsa perícia, deve-se prestar a retratação antes da referida sentença, exigindo-se do mesmo modo que esta seja completa, terminativa. Ocorre que nessas hipóteses a retratação comunicar-se-á aos co-autores, nos casos em que essa ocorra antes da sentença em que o agente prestou falso testemunho ou ofereceu a falsa perícia, conforme supracitado.
	No mais, caber-se-á extinção da punibilidade em crimes através da imprensa, em sua referida lei supracitada, quando estes versarem sobre honra. Buscare guardar a verdade, bem como a primazia dada ao desagravo moral concedido a vitima pelo próprio agente no processo, abona as previsões legais para o caso da retratação.
INCISO IX - O PERDÃO JUDICIAL
É possível o delinquente ser perdoado do crime que cometeu quando, em determinadas hipóteses previstas em lei, o resultado de sua conduta lhe atingir de forma tão severa que a imposição da pena se mostra desnecessária e, até mesmo, demasiada.
Um bom exemplo de quando é possível o perdão judicial é o do homicídio culposo em que o autor do fato mata o próprio filho. Tal é o sofrimento que suporta por sua conduta desastrosa que o Juiz pode, neste caso, deixar de aplicar a pena (art.121, § 5.º, do CP).
	O Perdão judicial é o instituto pelo qual o juiz, não obstante comprovado a conduta delitiva, deixa de aplicar a pena em face de justificadas circunstâncias, denotando a extinção de punibilidade previsto no art. 107, IX, CP.
	
	De forma espaçada a lei prevê a aplicabilidade do perdão judicial, “admitindo-o toda vez que as consequências do fato afetem o respectivo autor de forma tão grave que a aplicação da pena não teria sentido, constituindo-se numa evidente desnecessidade”.
	As controvérsias acerca da natureza jurídica deste perdão são frequentes. Tratar-se o perdão judicial de mera faculdade do juiz, o perdão judicial é direito subjetivo do réu, e não mera faculdade do réu. A expressão “pode” empregada pelo CP nos dispositivos que disciplinam o perdão judicial, de acordo com a moderna doutrina penal, perdeu a natureza de simples faculdade judicial, no sentido do juiz poder sem fundamentação, aplicar ou não o privilégio. 
 
	Questão que também engendra controvérsias é a da natureza jurídica da sentença concessória do perdão judicial, mas cogente é a adoção da sumula 18 do STJ que qualifica a sentença concessiva do perdão é como declaratória, tornando ilesa a aplicação do art. 120, CP, que veda a consideração desse pronunciamento em termos de reincidência.
	
	Por fim, acerca da extensão do perdão, nos casos em que o Réu perdoado por um dos crimes cometidos, exemplo, pai que é condenado por homicídio culposo de descendente, bem como por crime de lesão corporal culposa à terceiro em decorrência da mesma ação, o benefício concedido ao réu quanto ao primeiro crime, será estendido ao crime de lesão corporal culposa a terceiro.

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