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Formação de Quadros Partidários

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Questão 1/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Os institutos ou fundações partidárias são por definição organizações paralelas aos partidos políticos que se incumbem de desenvolver pesquisa política e fomentar a educação política segundo os valores e projetos defendidos pelo partido a quem está associado. Nas palavras de Prado (2009), as fundações partidárias são antes de mais nada os organismos de capacitação e formação ideológica que auxiliam o estudo de bases programáticas, filosóficas e que atuam em conjunto com a proposta política do partido que as mantém, cabendo às fundações discutir a democracia, a história e os ideais do partido, além de também preparar novas lideranças que serão no futuro próximo porta-vozes de suas ideias.”
Fonte: FERNANDES, Ivan Filipe de Almeida Lopes; DANTAS, Humberto. Fundações partidárias no Brasil e no mundo: funções legais, ações formativas e análise em perspectiva comparada. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 8., 2012, Gramado, RS. Anais eletrônicos. Rio de Janeiro: ABCP, 2012. p. 1-36. Disponível em https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/6454
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta a respeito das Fundações partidárias:
Nota: 0.0
	
	A
	Elas são facultativas aos partidos.
	
	B
	Elas são obrigatórias aos partidos.
A legislação política brasileira criou como obrigatório para os partidos políticos a manutenção de uma estrutura que tem por finalidade a formação doutrinária de seus quadros e a difusão das ideias dos partidos. Gomes (2020, p. 214) descreve: Por determinação legal, o partido deve criar e manter uma fundação ou instituto “destinado ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política”. Para tanto, deve aplicar “no mínimo, vinte por cento do total recebido” do fundo partidário.
Esse regramento está na lei 9.096/1995. Com a criação dessas fundações, o legislador quis que os partidos mantivessem institutos ou fundações com a finalidade de promover estudos justamente para que exista o espraio e a formação das pessoas na doutrina, nos princípios e nas diretrizes dos partidos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2 tema 5, “O papel das fundações e institutos”.
	
	C
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada candidato
	
	D
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo filiado
	
	E
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo militante.
Questão 2/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“A cultura organizacional tem sido colocada por diversos estudiosos como importante aspecto da análise organizacional, capaz de oferecer parâmetros úteis para uma compreensão ampliada do comportamento da organização. A construção de análises baseadas em tal perspectiva possibilita uma visão diversa do que normalmente tem sido feito na administração, pois considera a influência de elementos não objetivos, que têm sua influência ofuscada pelo pragmatismo predominante na literatura da área.”
Fonte: SARAIVA, Luiz Alex Silva. Cultura organizacional em ambiente burocrático. Revista de Administração Contemporânea, v. 6, p. 187-207, 2002.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de Cultura Organizacional:
Nota: 0.0
	
	A
	A cultura existente em uma sociedade.
	
	B
	A forma de pensar e agir de um determinado povo.
	
	C
	As regras formais colocadas em um estatuto partidário e na Constituição Federal.
	
	D
	As regras formais impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral as quais obrigam a militância partidária.
	
	E
	Os padrões simbólicos e de comportamento (informais) que condicionam a organização incentivando ou não determinados comportamentos.
Na ciência da administração, a cultura organizacional pode ser definida como uma série de padrões simbólicos e de comportamento, em sua maioria não-escritos, que condicionam a organização no sentido de permitir ou incentivar determinados tipos de comportamento. A autonomia das pessoas e do poder dentro da organização é, em boa medida, derivada da cultura organizacional.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 1 – “Quadros Partidários”.
Questão 3/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“A montagem de governos de coalizão é uma estratégia recorrente dos presidentes brasileiros. A cooperação entre Executivo e Legislativo, na forma de coalizões multipartidárias, assegura patamares elevados de sucesso do Executivo na aprovação de sua agenda. Para alguns analistas, essas coalizões organizam a interação entre os poderes a partir de uma dinâmica similar àquela observada em sistemas parlamentaristas: fortes poderes de agenda do Executivo e partidos legislativos integrados ao gabinete, que dão suporte à coordenação coletiva da coalizão no parlamento. Assim, o sucesso legislativo do Executivo, com baixas taxas de atropelamento no Congresso, é visto como resultado desse arranjo.”
Fonte: INACIO, Magna; REZENDE, Daniela. Partidos legislativos e governo de coalizão: controle horizontal das políticas públicas. Opinião Pública. 2015, vol. 21, n. 2, pp.296-335. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762015000200296&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos na Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe a explicação do conceito de esquerda e direita de Bobbio:
Nota: 0.0
	
	A
	A esquerda e a direita são dois polos extremos que vão de encontro à democracia.
	
	B
	A esquerda é a ideologia que daria mais peso aos indivíduos enquanto a direita, aos coletivos e à igualdade social.
	
	C
	A esquerda e a direita possuem conteúdos iguais e, portanto, não faz mais sentido a utilização desses conceitos.
	
	D
	A esquerda é a ideologia que é considerada em suas políticas e ideias contra a liberdade enquanto a direita é contra a igualdade.
	
	E
	A esquerda é a ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam igualdade entre indivíduos e a direita, liberdade.
O autor sustenta que a chamada esquerda política é aquela ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam o estabelecimento de algum grau de igualdade entre os indivíduos, enquanto a direita privilegiaria a liberdade. É claro que isso é uma questão de grau, e não absoluta, pois os diversos grupos políticos vão “misturar” ideias de liberdade e igualdade em diferentes níveis. Contudo, se há mais igualdade, estaríamos falando de um programa, uma principiologia mais à esquerda.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 2, “Direita, esquerda, centro, princípios de políticas públicas e programas partidários”.
Questão 4/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Quando E. E. Schattschneider (1942, p. 1) escreveu que ‘os partidos políticos criaram a democracia’, estava principalmente a referir-se ao papel histórico dos mesmos na expansão da participação dos cidadãos. Na era anterior ao desenvolvimento dos partidos, o voto era, tipicamente, uma prerrogativa de uma pequena percentagem da população. Os partidos políticos lutaram pela expansão do sufrágio e animaram os novos recenseados a exercerem o seu direito de voto. Em contrapartida, ao longo da história, sempre que os partidos se mostraram incapazes de desempenharem as suas funções, verificou-se um declínio da participação eleitoral. Em suma, o estado dos partidos políticos, e do sistema partidário em geral, desempenhou um papel crucial na saga da participação eleitoral nos países industrializados avançados do Ocidente.”
Fonte: DALTON, R. J.; MCALLISTER,I.; WATTENBERG, M. P. Democracia e identificação partidária nas sociedades industriais avançadas. Analise Social, v. 38, n. 167, p. 295–320, 2003.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe, corretamente, o que são as políticas públicas, papel importante dos partidos políticos nas democracias:
Nota: 0.0
	
	A
	São ações do Poder Judiciário.
	
	B
	São ações do então mandatário para atender apenas os seus eleitores.
	
	C
	São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas públicos.
As políticas públicas são uma série de ações (e omissões) da parte do governo no sentido de resolver problemas públicos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 1, “O conceito de Política Pública e de Agenda”.
	
	D
	São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas privados.
	
	E
	São ações por parte de pessoas comuns no sentido de resolver problemas do Estado.
Questão 5/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o texto a seguir:
“Origem exterior dos partidos - Examinando a gênese dos partidos no quadro eleitoral e parlamentar, já se observou a intervenção de organismos externos nesse quadro: sociedades de pensamento, clubes populares, jornais, por exemplo. A distinção entre os partidos de criação externa e os partidos de criação eleitoral e parlamentar não é rigorosa: ela caracteriza antes tendências gerais do que tipos definidos, de forma que sua aplicação prática é às vezes difícil. Em um número bastante grande de casos, contudo, o conjunto de um partido é essencialmente estabelecido por uma instituição pré-existente, cuja própria atividade se situa fora das eleições e do parlamento: pode-se, portanto, falar adequadamente de criação exterior. Muito numerosos e variados são os agrupamentos e as associações que causam assim o advento de um partido político. Não é uma questão de elaborar uma relação limitativa dos mesmos: basta ater-se a alguns exemplos. O dos sindicatos é o mais conhecido: numerosos partidos socialistas foram diretamente criados por eles, conservando, aliás, durante mais ou menos longo tempo, o caráter de "braço secular" dos sindicatos em matéria eleitoral e parlamentar. O Partido Trabalhista britânico é o mais típico: surgiu após a decisão adotada pelo Congresso das Trade Unions, de 1899, de criar uma organização eleitoral e parlamentar (moção Holmes, votada por 548 000 contra 434 000).”
Fonte: DUVERGER, Maurice. Os Partidos Políticos. 6a. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1970, pp. 26 e 27.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como é a formação dos quadros em partidos de massas:
Nota: 0.0
	
	A
	A partir de familismo e contatos pessoais.
	
	B
	Com base em ideologia e doutrinas, já que sua origem é parlamentar.
	
	C
	A partir de uma formação profissional, com a especialização do trabalho.
	
	D
	Com base em conhecimentos sobre o parlamento, de acordo com a sua origem.
	
	E
	Com base em ideologia e doutrinas, já que a sua origem é externa, em movimentos fora da política institucional.
Os partidos de massa teriam seus quadros formados a partir de uma base ideológica e doutrinária, uma vez que sua origem estaria em movimentos fora da política dos parlamentos e dos executivos. Sua base estaria em movimentos sociais, ideológicos, intelectuais ou até mesmo religiosos.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 2 “As tipologias dos partidos políticos”.
Questão 6/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Criada pelos cientistas políticos Frank Baumgartner e Bryan Jones, a teoria do equilíbrio pontuado sustenta que os diversos assuntos das políticas públicas operam em uma lógica de estabilidade e “pontuação”, ou seja, de recebimento de atenção repentina. Como a atenção de governantes, dos principais atores políticos e mesmo da opinião pública é escassa, no sentido de não conseguir prestar atenção a diversos assuntos ao mesmo tempo, os assuntos diversos têm certa estabilidade na maior parte do tempo, sendo suas políticas objeto de pouca mudança ou de mudança apenas incremental. Entretanto, alguns fatores podem levar determinados assuntos a uma “pontuação”, isto é, ao recebimento de grande atenção repentina, entrando então para a maior prioridade por parte da opinião pública (agenda pública) ou dos governos (agenda institucional ou de governo).”
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?”
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, fatores que levam um assunto a despontar nas agendas:
I. Eventos de grande repercussão.
II. Atuação de um ator político muito relevante.
III. Atuação de um partido político irrelevante, em manifestações contra o mainstream.
IV. Mudanças drásticas nos indicadores, como a piora dos índices sociais, qualidade de vida, etc.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
- Eventos focalizadores: acontecimentos de grande repercussão que chamam a atenção para um problema público que não contava com tanta atenção. Exemplos: um acidente em uma usina nuclear ou o rompimento de uma barragem (meio-ambiente), atentado terrorista ou um homicídio de uma pessoa famosa (segurança pública), uma greve muito grande, como a de caminhoneiros (emprego, renda, transportes);
- Atuação de um ator político muito relevante: existem atores muito importantes que podem chamar a atenção para um problema público específico, ou até mesmo favorecer um determinado grupo, chamando a atenção dos grupos opositores para o assunto. Exemplo: a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito);
- Grande imprensa ou a mídia: sempre um ator muito relevante, o espaço dado nos noticiários, seja televisionado, seja escrito, sempre é um fator que chama a atenção para um assunto e tem o poder de colocar o assunto não só na agenda pública, mas na agenda de governo. Exemplo: a repercussão de casos de corrupção.
- Mudanças drásticas nos indicadores: quando há uma reversão ou uma piora grande em números que indicam problemas sociais como desemprego, mortalidade infantil, criminalidade, aumento de preços (inflação ou o encarecimento de um preço específico, como o da tarifa de transporte público), poluição, etc. Isso, geralmente, combinado com a atuação da mídia ou de atores políticos relevantes;
- Agendas globais e a atuação de líderes globais: uma concertação entre países, uma série de discursos em encontros de nações, o surgimento de lideranças nas áreas de meio-ambiente, pobreza, direitos das minorias também são poderosos catalisadores de assuntos que podem entrar para a agenda pública e de governo em várias partes do mundo. Exemplo: a agenda de meio-ambiente capitaneada por líderes com a jovem Greta Thunberg ou pelo ex-vice presidente norte-americano Al Gore; ou, então, a luta pelos direitos das mulheres levada a público pela voz de líderes como a jovem Malala Yousafzai.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?”.
Questão 7/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Este livro analisa os dados do levantamento que realizamos durante os anos 2003-2004 sobre as mudanças na composição socioprofissional na Câmara dos Deputados decorrentes das eleições de 1998 e de 2002. Como resultado dessas disputas, houve importante alteração no quadro político brasileiro. Mantendo a classificação ideológica convencional, naseleições de 1998, os partidos de centro-direita, representados basicamente pela coligação PSDB-PFL, foram amplamente vitoriosos. O PSDB foi o mais beneficiado. Mas, em outubro de 2002, reverteu-se a situação partidária que se estabelecera com a vitória de Fernando Henrique Cardoso e da coligação PSDB-PFL. Favorecidos principalmente pelo crescimento eleitoral da candidatura Lula e pela perda de prestígio do governo anterior, o PT e todos os partidos considerados de esquerda aumentaram seu espaço na Câmara de Deputados. A transformação do contexto político foi o aspecto que mais atraiu a atenção da opinião pública. Comparativamente, pouca preocupação houve em saber se, com as mudanças partidárias, ocorreram também alterações de natureza social, quer dizer, dos grupos sociais que ascenderam com o novo presidente e que passaram a controlar partes importantes da alta administração pública federal.”
Fonte: RODRIGUES, Leôncio Martins. Mudanças na classe política brasileira. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisas Sociais, 2009. Disponível em: https://books.scielo.org/id/h6kh6
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que exemplifica corretamente os perfis do recrutamento democrático e plutocrático:
Nota: 10.0
	
	A
	Democrático: classe alta; plutocrático: base partidária.
	
	B
	Democrático: empresários; plutocrático: líderes partidários.
	
	C
	Democrático: classes média e baixa; plutocrático: radialistas e operários.
	
	D
	Democrático: classes média e baixa; plutocrático: sindicalistas e operários.
	
	E
	Democrático: classes média e baixa; plutocrático: aqueles que detêm grande poder financeiro como empresários, membros das classes alta e média-alta.
Você acertou!
O recrutamento plutocrático é entre aqueles que detêm grande poder financeiro, como grandes empresários, membros das classes alta e média-alta, representantes do setor financeiro e produtivo. Dificilmente esse recrutamento será para a base, mas geralmente é para a elite partidária, para a formação de lideranças que possam ocupar cargos eletivos, de caráter técnico, como uma secretaria ou um ministério, ou, ainda, apoiar financeira e logisticamente uma candidatura. Já na forma democrática, o recrutamento ocorre entre as classes média e baixa, entre trabalhadores manuais e de serviços, pequenos empresários e profissionais liberais. Essa forma, por exemplo, compreende o recrutamento de líderes de bairro e de comunidades, sindicalistas das profissões operárias e de serviços, pessoas de destaque entre movimentos sociais, etc. Podemos pensar, por exemplo, no recrutamento de grandes empresários e personalidades como do tipo plutocrático. Em 2020, por exemplo, o presidente do Cidadania, Roberto Freire, falava da entrada do apresentador Luciano Huck para seu partido (UOL, 2021). Já o recrutamento democrático é até mais comum, embora chame menos a atenção da mídia especializada. É bastante comum os partidos buscarem em lideranças comunitárias, sindicais e de pequenos empresários seus prováveis candidatos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “O recrutamento de quadros”.
Questão 8/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“O vocábulo stakeholder originou-se em 1963, em uma assessoria exercida pela Stanford Research Institute como meio de detalhar uma divisão de pessoas e organizações que não fossem acionistas, entretanto, que sem sua ajuda a corporação pudesse deixar de produzir ou até mesmo dificultar sua existência. Segundo PMI define-se por stakeholder pessoas, grupo de pessoas ou organizações que podem influenciar, ser influenciado ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, ação ou desfecho de um projeto.”
Fonte: RUAS, Camila Caldas; GUIMARÃES, Amanda Vieira. A atuação dos stakeholders e sua influência em projetos de grandes empresas. Boletim do Gerenciamento, [S.l.], v. 18, n. 18, p. 18-24, set. 2020. ISSN 2595-6531. Disponível em: <https://nppg.org.br/revistas/boletimdogerenciamento/article/view/391>.
Aplicando a ideia de stakeholder para o recrutamento político, visto na Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta sobre o que um partido político deve fazer diante da possibilidade de recrutar um líder de movimento social para a organização:
Nota: 0.0
	
	A
	Deve desprezar, já que pode haver disputa interna no partido.
	
	B
	Deve formar apenas, já que ele ainda não possui a formação partidária.
	
	C
	Deve ser passivo, aguardando o interesse das pessoas em se filiarem e militarem pelo partido.
	
	D
	Deve agir com parcimônia, já que o novo líder pode querer tomar espaço dos líderes atuais do partido.
	
	E
	Deve focar em uma estratégia de cooptação, já que esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança.
Esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança e bom alinhamento com o programa partidário. Por exemplo, esse pode ser um líder sindical com boa base eleitoral potencial entre os sindicalizados e trabalhadores, com bom alinhamento com as doutrinas de um partido trabalhista.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “Mapa de stakeholders como ferramenta para o recrutamento partidário”.
Questão 9/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o texto a seguir:
“O conceito de Liderança, normalmente, tem, hoje, uma acepção bastante diferente da que teve tradicionalmente na história do pensamento, desde Platão. Como exemplo de uma moderna formulação do conceito tradicional, podemos citar a definição de liderança dada por R.M. Mac Iver e C.H. Page (1937), que a consideram "a capacidade de persuadir ou dirigir os homens, resultado de qualidades pessoais, independentemente da função exercida".”
Fonte: Norberto Bobbio, Nicola Matteucci e Gianfranco Pasquino. Dicionário de política I – Editora Universidade de Brasília, 1 la ed., 1998.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, examine as afirmativas abaixo e assinale a alternativa que contém características de líderes políticos, segundo o cientista político Fred Greenstein:
I. Inteligência emocional, estilo cognitivo.
II. Habilidade política, organizativa e comunicativa.
III. Habilidade em fazer análises políticas e uma pesquisa quantitativa.
IV. Habilidade em saber escrever um projeto de lei e uma petição pública.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I e II estão corretas.
Inteligência emocional: capacidade de controlar as emoções; Estilo cognitivo: uma maneira especial de perceber, processar e lembrar informações importantes; Habilidade política: capacidade de gerar consenso e combinar interesses diversos na direção de uma decisão ou doutrina política; Habilidade organizativa: habilidade de organizar bem um partido, um sistema, uma organização qualquer; Habilidade comunicativa: capacidade de discursar bem, simplificar temas complexos, emocionar através de discursos, etc.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 3 “Liderança”
	
	E
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas.
Questão 10/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Tilly construiu sua teoria da mobilização política rechaçando explicações economicistas, deterministas e psicossociais da ação coletiva. Nesta conversa, apareceu a noção de “repertório de ações coletivas”. Foi em 1976, em Getting together in Burgundy – 1675-1975. Tilly então compilava conflitos na imprensa oitocentista, em busca de padrões de ação coletiva. O conceito os descrevia, mas sem definição precisa, reportando “meios definidos de ação coletiva” e repertório, segundo Charles Tilly: história de um conceito 23 “um repertório familiar de ações coletivas que estão à disposição das pessoas comuns” (Tilly, 1976: 22), numdado momento histórico.”
Fonte: Alonso, Angela. REPERTÓRIO, SEGUNDO CHARLES TILLY: HISTÓRIA DE UM CONCEITO. Sociologia & Antropologia [online]. 2012, v. 2, n. 3, pp. 21-41. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232>. ISSN 2238-3875. https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que dá exemplos corretos de repertórios de ação coletiva:
Nota: 10.0
	
	A
	Passeatas, greves, reuniões institucionais, comissão parlamentar.
	
	B
	Guerrilha, comissão parlamentar de inquérito, abaixo assinado e manifestações.
	
	C
	Greves, passeatas, ato institucional ditatorial, medida provisória e emenda parlamentar.
	
	D
	Bicicletadas, carreatas, greve de fome, projeto de lei, abaixo assinado e emenda parlamentar.
	
	E
	Greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias.
Você acertou!
Essas formas de ação podem ser: greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias e, até mesmo, ações mais violentas como invasões de terra e de imóveis (públicos ou privados), destruição de estoques ou mercadorias, guerrilhas, etc.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 3, “Repertórios de ação coletiva”.
2222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222222
Questão 1/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
-Leia o trecho abaixo:
“Os textos dos manifestos contêm informações sobre as preferências dos partidos e sobre a identidade que eles pretendem projetar, que não devem ser ignoradas se pretendemos compreender o sistema partidário brasileiro. O que os partidos dizem de si mesmos nos seus programas permite identificá-los, se não em termos ideológicos, em termos de ênfases programáticas e, portanto de preferências políticas.”
Fonte: DA SILVA TAROUCO, Gabriela; MADEIRA, Rafael Machado. Esquerda e direita no sistema partidário brasileiro: análise de conteúdo de documentos programáticos. Revista Debates (UFRGS), 2013.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a diferença entre estatuto e programa:
Nota: 0.0
	
	A
	O estatuto é obrigatório, enquanto o programa é optativo.
	
	B
	O estatuto é doutrinário enquanto o programa trata da organização do partido.
	
	C
	O estatuto tratará sobre as questões omissas, enquanto o programa não abordará.
	
	D
	O estatuto é a norma organizadora do partido e o programa tem caráter doutrinário.
Enquanto o estatuto é a norma organizadora do partido, o programa tem caráter doutrinário, com implicações, inclusive na definição legal de fidelidade partidária. A mesma lei 9.096/1995, em seu Art. 24, diz que os parlamentares devem subordinar sua ação parlamentar ao programa partidário, na forma do estatuto. Ter um programa bem estruturado, com claras definições político ideológicas, de princípios e de diretrizes deveria ser a regra no sistema partidário. O programa deveria ter importância para a adesão de quadros, de formação e mesmo para a identificação dos simpatizantes e eleitores.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 2.2, “Programa partidário”.
	
	E
	O estatuto trata sobre questões ideológicas e pode ser utilizado para a cobrança de posicionamento parlamentar, enquanto o estatuto não possui essa força legal.
Questão 2/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“O perfil do recrutamento corresponde às estratégias que cada tipo de organização, em face das circunstâncias ambientais, eleitorais e institucionais, adota para garantir sua sobrevivência num habitat profundamente competitivo e em constante mutação. De acordo com esse raciocínio, os partidos de massas caracterizam-se pelo recrutamento integral, pois buscam, de maneira intensiva, atrair novos filiados com a finalidade de promover sua formação política e selecionar alguns deles para posições de liderança ou no quadro burocrático no interior da organização. Já os partidos catch-all foram mais pragmáticos no que se refere ao perfil ideológico dos novos membros e menos dedicados ao seu treinamento para a militância. O cartel party, por sua vez, exacerbou tais características, investindo no recrutamento de membros diretamente para a disputa eleitoral, sem qualquer preocupação com sua formação ou comprometimento ideológico. Similarmente, especializou-se na busca de meros apoiadores, sem a necessidade de vínculos de filiação.”
Fonte: Peres, Paulo e Machado, Amanda. Uma tipologia do recrutamento partidário. Opinião Pública [online]. 2017, v. 23, n. 1, pp. 126-167. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126>. Epub Jan-Apr 2017. ISSN 1807-0191. https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que explica corretamente o que é recrutamento aberto e fechado:
Nota: 0.0
	
	A
	Aberto é quando é ampliado na população e fechado é quando é somente para filiados.
	
	B
	Aberto é quando há formação pela Fundação e instituto do partido, fechado, é quando não há.
	
	C
	Aberto é quando há menos programa e ideologia, fechado é quando o recrutamento se dá por essas bases.
	
	D
	Aberto é aquele em que o recrutado não tem relação de parentesco com lideranças eleitas, o fechado é quando há.
Um recrutamento fechado quanto ao escopo é aquele que busca lideranças entre parentes e pessoas muito claramente ligadas às atuais lideranças dos partidos. É importante notar esse tipo de recrutamento, pois no Brasil, a presença de parentes de políticos, muitas vezes parentes de primeiro grau (filhos e filhas) é um dos grandes determinantes do recebimento de recursos dentro do partido e, portanto, do sucesso eleitoral. A título de demonstração empírica do fenômeno, o instituto Transparência Brasil apresentou estudo dando conta de que em 2014, 49% dos deputados federais eleitos eram filhos/as, esposos/as, netos/as de políticos com mandato. Entre os políticos mais jovens, de menos de 35 anos, 85% são herdeiros de famílias políticas (BBC Brasil, 2021). Já o recrutamento aberto é aquele em que o recrutado não tem relação de parentesco com lideranças eleitas ou do topo da direção partidária. Esse recrutamento, idealmente, deve ser com base nos requisitos de liderança: simpatia, carisma, eloquência, grandes realizações, prestígio, popularidade, etc.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “O recrutamento de quadros”.
	
	E
	Aberto é aquele em que o recrutado é formado em todas as instâncias partidárias, o fechado, é o que não passa por esse tipo de formação.
Questão 3/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Os institutos ou fundações partidárias são por definição organizações paralelas aos partidos políticos que se incumbem de desenvolver pesquisa política e fomentar a educação política segundo os valores e projetos defendidos pelo partido a quem está associado. Nas palavras de Prado (2009), as fundações partidárias são antes de mais nada os organismos de capacitação e formação ideológica que auxiliam o estudo de bases programáticas, filosóficas e que atuam em conjunto com a proposta política do partido que as mantém, cabendo às fundações discutir a democracia, a história e os ideais do partido, além de também preparar novas lideranças que serão no futuro próximo porta-vozes de suas ideias.”
Fonte: FERNANDES, Ivan Filipe de Almeida Lopes; DANTAS, Humberto. Fundações partidárias no Brasil e no mundo: funções legais, ações formativas e análise em perspectiva comparada. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 8., 2012, Gramado, RS. Anais eletrônicos. Rio de Janeiro: ABCP,2012. p. 1-36. Disponível em https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/6454
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta a respeito das Fundações partidárias:
Nota: 10.0
	
	A
	Elas são facultativas aos partidos.
	
	B
	Elas são obrigatórias aos partidos.
Você acertou!
A legislação política brasileira criou como obrigatório para os partidos políticos a manutenção de uma estrutura que tem por finalidade a formação doutrinária de seus quadros e a difusão das ideias dos partidos. Gomes (2020, p. 214) descreve: Por determinação legal, o partido deve criar e manter uma fundação ou instituto “destinado ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política”. Para tanto, deve aplicar “no mínimo, vinte por cento do total recebido” do fundo partidário.
Esse regramento está na lei 9.096/1995. Com a criação dessas fundações, o legislador quis que os partidos mantivessem institutos ou fundações com a finalidade de promover estudos justamente para que exista o espraio e a formação das pessoas na doutrina, nos princípios e nas diretrizes dos partidos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2 tema 5, “O papel das fundações e institutos”.
	
	C
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada candidato
	
	D
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo filiado
	
	E
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo militante.
Questão 4/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Weber definiu o carisma como "uma certa qualidade da personalidade de um indivíduo em virtude da qual ele é considerado extraordinário e tratado como dotado de poderes ou qualidades sobrenaturais, super-humanas ou, ao menos, especificamente excepcionais". Ele traçou a liderança carismática através da história, na pessoa de grandes líderes militares ou religiosos – e, também, manteve a esperança de que lideranças carismáticas continuariam a surgir, mesmo nas burocracias altamente reguladas do mundo moderno.
Weber morreu em 1920 sem ver a aplicação da sua ideia na política e cultura contemporâneas. Talvez isso tenha sido uma coisa boa, já que os primeiros líderes políticos a serem descritos como carismáticos foram Mussolini e Hitler. Para muitos intelectuais europeus, isso criou a sensação de que a autoridade carismática tinha uma dimensão sinistra. Esse mesmo lado negativo da liderança carismática permaneceu por muito tempo: líderes de cultos nos anos 60, como Charles Manson, com o fascínio que causavam em seus seguidores, eram prontamente chamados de carismáticos. A essa altura, as obras de Weber haviam sido traduzidas, de modo que o "carisma" se popularizou no mundo de língua inglesa nos idos de 1950. Os primeiros políticos que a imprensa identificou como carismáticos de modo positivo, em vez de demagógico, foram John F. Kennedy (presidente dos EUA entre 1961 e 1963), e seu irmão Robert. Depois da década de 1960, o uso de "carisma" ficou mais mainstream quando passou a ser usado para designar indivíduos excepcionais que não eram líderes políticos, tais como o falecido boxeador Muhammad Ali, por exemplo, talvez o mais carismático de todos. Hoje, carisma é usado para descrever uma gama de indivíduos: políticos, celebridades, líderes empresariais. Entendemos o carisma como uma qualidade especial e inata que separa certos indivíduos e atrai outros para eles. É considerada uma qualidade rara: na política americana, por exemplo, Bill Clinton era tido como alguém dotado de uma presença carismática, assim como Obama – mas ninguém mais na memória política recente ganha o elogio.”
Fonte: Matéria do Nexo Jornal disponível em: https://www.nexojornal.com.br/externo/2017/01/06/Carisma-é-um-dom-tão-misterioso-quanto-perigoso
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe, corretamente, os tipos de políticos que os eleitores gostam, citados na Aula 1:
Nota: 10.0
	
	A
	Candidato politólogo, professor e técnico.
	
	B
	Candidato popular, professor universitário e intelectual.
	
	C
	Candidato carismático, partidário e extremista ideológico.
	
	D
	Candidato jovem, inexperiente e não filiado a partido político.
	
	E
	Candidato carismático, técnico, o alternativo à política tradicional e o líder de causas
Você acertou!
O primeiro tipo é o do candidato carismático. Um segundo tipo de político é o técnico. O terceiro tipo é o candidato ou líder político que se coloca como uma alternativa à “política tradicional”. Finalmente, cabe colocar ainda o tipo do político e líder de causas.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 4 “Tipos de políticos que os eleitores gostam”.
Questão 5/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Tilly construiu sua teoria da mobilização política rechaçando explicações economicistas, deterministas e psicossociais da ação coletiva. Nesta conversa, apareceu a noção de “repertório de ações coletivas”. Foi em 1976, em Getting together in Burgundy – 1675-1975. Tilly então compilava conflitos na imprensa oitocentista, em busca de padrões de ação coletiva. O conceito os descrevia, mas sem definição precisa, reportando “meios definidos de ação coletiva” e repertório, segundo Charles Tilly: história de um conceito 23 “um repertório familiar de ações coletivas que estão à disposição das pessoas comuns” (Tilly, 1976: 22), num dado momento histórico.”
Fonte: Alonso, Angela. REPERTÓRIO, SEGUNDO CHARLES TILLY: HISTÓRIA DE UM CONCEITO. Sociologia & Antropologia [online]. 2012, v. 2, n. 3, pp. 21-41. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232>. ISSN 2238-3875. https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que dá exemplos corretos de repertórios de ação coletiva:
Nota: 10.0
	
	A
	Passeatas, greves, reuniões institucionais, comissão parlamentar.
	
	B
	Guerrilha, comissão parlamentar de inquérito, abaixo assinado e manifestações.
	
	C
	Greves, passeatas, ato institucional ditatorial, medida provisória e emenda parlamentar.
	
	D
	Bicicletadas, carreatas, greve de fome, projeto de lei, abaixo assinado e emenda parlamentar.
	
	E
	Greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias.
Você acertou!
Essas formas de ação podem ser: greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias e, até mesmo, ações mais violentas como invasões de terra e de imóveis (públicos ou privados), destruição de estoques ou mercadorias, guerrilhas, etc.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 3, “Repertórios de ação coletiva”.
Questão 6/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o texto a seguir:
“Origem exterior dos partidos - Examinando a gênese dos partidos no quadro eleitoral e parlamentar, já se observou a intervenção de organismos externos nesse quadro: sociedades de pensamento, clubes populares, jornais, por exemplo. A distinção entre os partidos de criação externa e os partidos de criação eleitoral e parlamentar não é rigorosa: ela caracteriza antes tendências gerais do que tipos definidos, de forma que sua aplicação prática é às vezes difícil. Em um número bastante grande de casos, contudo, o conjunto de um partido é essencialmente estabelecido por uma instituição pré-existente, cuja própria atividade se situa fora das eleições e do parlamento: pode-se, portanto, falar adequadamente de criação exterior. Muito numerosos e variados são os agrupamentos e as associações que causam assim o advento de um partido político. Não é uma questão de elaborar uma relação limitativa dos mesmos: basta ater-se a alguns exemplos. O dos sindicatosé o mais conhecido: numerosos partidos socialistas foram diretamente criados por eles, conservando, aliás, durante mais ou menos longo tempo, o caráter de "braço secular" dos sindicatos em matéria eleitoral e parlamentar. O Partido Trabalhista britânico é o mais típico: surgiu após a decisão adotada pelo Congresso das Trade Unions, de 1899, de criar uma organização eleitoral e parlamentar (moção Holmes, votada por 548 000 contra 434 000).”
Fonte: DUVERGER, Maurice. Os Partidos Políticos. 6a. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1970, pp. 26 e 27.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como é a formação dos quadros em partidos de massas:
Nota: 10.0
	
	A
	A partir de familismo e contatos pessoais.
	
	B
	Com base em ideologia e doutrinas, já que sua origem é parlamentar.
	
	C
	A partir de uma formação profissional, com a especialização do trabalho.
	
	D
	Com base em conhecimentos sobre o parlamento, de acordo com a sua origem.
	
	E
	Com base em ideologia e doutrinas, já que a sua origem é externa, em movimentos fora da política institucional.
Você acertou!
Os partidos de massa teriam seus quadros formados a partir de uma base ideológica e doutrinária, uma vez que sua origem estaria em movimentos fora da política dos parlamentos e dos executivos. Sua base estaria em movimentos sociais, ideológicos, intelectuais ou até mesmo religiosos.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 2 “As tipologias dos partidos políticos”.
Questão 7/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Conforme a sempre citada observação de Schattschneider (1942), os governos democráticos modernos são governos partidários e, consequentemente, as democracias modernas são democracias partidárias. Isso continua válido mesmo no contextual atual, a despeito das recorrentes alegações de que as instituições representativas estariam atravessando um momento de crise de legitimação. Afinal, é inegável que as organizações partidárias continuam indispensáveis ao funcionamento desse regime político – elas ainda são as responsáveis diretas pela mobilização eleitoral, pela agregação das demandas sociais em programas e projetos, pela representação política, pela produção de legislação, pela formulação e execução das políticas públicas e, enfim, pela própria dinâmica de governo.”
Fonte: Peres, Paulo e Machado, Amanda. Uma tipologia do recrutamento partidário. Opinião Pública [online]. 2017, v. 23, n. 1, pp. 126-167. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126>. Epub Jan-Apr 2017. ISSN 1807-0191. https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que explica corretamente o que é recrutamento extensivo:
Nota: 10.0
	
	A
	É aquele que forma apenas o filiado.
	
	B
	É aquele que forma apenas o militante.
	
	C
	É aquele que para na filiação partidária.
	
	D
	É aquele em que há apenas a seleção dos candidatos em uma eleição.
	
	E
	É aquele em que há filiação, formação e processo de seleção de candidatos.
Você acertou!
O tipo de recrutamento extensivo é o que exige a presença de todos os aspectos ou etapas de recrutamento. A filiação, que é sempre requisito legal, a formação e a seleção, no caso da formação de lideranças para a ocupação de cargos. Nesse tipo, estão compreendidos dois subtipos: a formação das lideranças, para a ocupação de cargos, e a formação de militância.
Nos dois casos, o recrutamento extensivo diz mais respeito aos partidos que desejam doutrinar seus membros em algum tipo de diretriz partidária, ideologia ou ideias sobre as mais variadas áreas das políticas públicas. Segundo os autores, esse tipo de recrutamento, que envolve a formação das lideranças nas doutrinas, ideias e programa partidário, geralmente estará presente em partidos que desejam que as lideranças gozem de respeito da base, essa também formada de acordo com as mesmas ideias, doutrinas, enfim, sob o mesmo programa.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “O recrutamento de quadros”.
Questão 8/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Considere o trecho a seguir:
“A institucionalização é efetivamente o processo por meio do qual a organização incorpora valores e objetivos dos fundadores do partido. Nas palavras de Philip Selznick, esse processo implica a passagem da organização ‘consumível’ (isto é, puro instrumento para a realização de certos objetivos) à instituição. Se o processo de institucionalização tem sucesso, a organização perde, pouco a pouco, o caráter de instrumento estimado não por si mesmo, mas somente em vista dos objetivos organizativos: adquire valor em si, os objetivos são incorporados à organização, e dela se tornam inseparáveis e, geralmente, indistinguíveis. Característico de um processo de institucionalização bem-sucedido é o fato de que, para a maioria, o ‘bem’ da organização tende a coincidir com os seus objetivos: ou seja, tudo o que ‘for bom’ para o partido, que for em direção ao seu fortalecimento vis-à-vis às organizações concorrentes, tende a ser considerado automaticamente como parte integrante do próprio objetivo. A organização torna-se, ela própria, "objetivo" para uma grande parte dos seus filiados e, desse modo, ‘carrega-se’ de valores.”
Fonte: PANEBIANCO, Angelo. Modelos de Partido. Organização e poder nos partidos políticos. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2005.
Levando em conta os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários e a contextualização acima, analise as afirmações
abaixo e assinale a alternativa que mobiliza características corretas sobre os partidos políticos quando estão institucionalizados: 
I. Baixa profissionalização interna no partido.
II. Presença de profissionais como especialistas em direito eleitoral, contabilidade, publicidade.
III. Existência de uma burocracia partidária com os profissionais responsáveis pela administração e gestão cotidiana do partido.
IV. A profissionalização apenas de poucos dirigentes do partido, como o/a presidente e a Executiva nacional que é, ao mesmo tempo, composta por parlamentares eleitos.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Como consequência da operação da “Lei de Ferro”, os dirigentes partidários procuram instituir uma camada de profissionais que formarão o que chamamos de burocracia partidária. Esses profissionais serão os responsáveis pela administração e gestão cotidiana do partido político, operando exclusivamente ou parcialmente contratados para atividades como compras, aquisições, logística, secretariado, comunicação, serviços jurídicos, contabilidade, administração financeira, entre outras tarefas, tais como acontece em outras organizações públicas e privadas. Mais importante ainda é o surgimento de profissionais especializados em direito eleitoral, contabilidade de campanhas, publicidade, entre outras tarefas e processos típicos de eleições e dos partidos políticos. A esse processo podemos dar o nome de profissionalização. Na medida em que essa profissionalização passa a ser generalizada no seio dos partidos e que há a formação e a especialização de pessoas que lidam com esses processos, podemos, adicionalmente, dizer que há uma institucionalização dos partidos. Em outras palavras: a institucionalização significa que os partidos se tornam organizações mais profissionalizadas, com tarefas bem distribuídas, exercidas por pessoas que passam a ser especialistas nessas tarefas. Esse é um primeiro sentido no qual usamos a expressão institucionalização.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 2 “As tipologias dos partidos políticos”.E
	Apenas as afirmações I e III estão corretas.
Questão 9/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Quando E. E. Schattschneider (1942, p. 1) escreveu que ‘os partidos políticos criaram a democracia’, estava principalmente a referir-se ao papel histórico dos mesmos na expansão da participação dos cidadãos. Na era anterior ao desenvolvimento dos partidos, o voto era, tipicamente, uma prerrogativa de uma pequena percentagem da população. Os partidos políticos lutaram pela expansão do sufrágio e animaram os novos recenseados a exercerem o seu direito de voto. Em contrapartida, ao longo da história, sempre que os partidos se mostraram incapazes de desempenharem as suas funções, verificou-se um declínio da participação eleitoral. Em suma, o estado dos partidos políticos, e do sistema partidário em geral, desempenhou um papel crucial na saga da participação eleitoral nos países industrializados avançados do Ocidente.”
Fonte: DALTON, R. J.; MCALLISTER, I.; WATTENBERG, M. P. Democracia e identificação partidária nas sociedades industriais avançadas. Analise Social, v. 38, n. 167, p. 295–320, 2003.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe, corretamente, o que são as políticas públicas, papel importante dos partidos políticos nas democracias:
Nota: 10.0
	
	A
	São ações do Poder Judiciário.
	
	B
	São ações do então mandatário para atender apenas os seus eleitores.
	
	C
	São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas públicos.
Você acertou!
As políticas públicas são uma série de ações (e omissões) da parte do governo no sentido de resolver problemas públicos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 1, “O conceito de Política Pública e de Agenda”.
	
	D
	São ações por parte do governo no sentido de resolver problemas privados.
	
	E
	São ações por parte de pessoas comuns no sentido de resolver problemas do Estado.
Questão 10/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“O vocábulo stakeholder originou-se em 1963, em uma assessoria exercida pela Stanford Research Institute como meio de detalhar uma divisão de pessoas e organizações que não fossem acionistas, entretanto, que sem sua ajuda a corporação pudesse deixar de produzir ou até mesmo dificultar sua existência. Segundo PMI define-se por stakeholder pessoas, grupo de pessoas ou organizações que podem influenciar, ser influenciado ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, ação ou desfecho de um projeto.”
Fonte: RUAS, Camila Caldas; GUIMARÃES, Amanda Vieira. A atuação dos stakeholders e sua influência em projetos de grandes empresas. Boletim do Gerenciamento, [S.l.], v. 18, n. 18, p. 18-24, set. 2020. ISSN 2595-6531. Disponível em: <https://nppg.org.br/revistas/boletimdogerenciamento/article/view/391>.
Aplicando a ideia de stakeholder para o recrutamento político, visto na Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta sobre o que um partido político deve fazer diante da possibilidade de recrutar um líder de movimento social para a organização:
Nota: 10.0
	
	A
	Deve desprezar, já que pode haver disputa interna no partido.
	
	B
	Deve formar apenas, já que ele ainda não possui a formação partidária.
	
	C
	Deve ser passivo, aguardando o interesse das pessoas em se filiarem e militarem pelo partido.
	
	D
	Deve agir com parcimônia, já que o novo líder pode querer tomar espaço dos líderes atuais do partido.
	
	E
	Deve focar em uma estratégia de cooptação, já que esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança.
Você acertou!
Esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança e bom alinhamento com o programa partidário. Por exemplo, esse pode ser um líder sindical com boa base eleitoral potencial entre os sindicalizados e trabalhadores, com bom alinhamento com as doutrinas de um partido trabalhista.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “Mapa de stakeholders como ferramenta para o recrutamento partidário”.
33333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333333
Questão 1/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“A cultura organizacional tem sido colocada por diversos estudiosos como importante aspecto da análise organizacional, capaz de oferecer parâmetros úteis para uma compreensão ampliada do comportamento da organização. A construção de análises baseadas em tal perspectiva possibilita uma visão diversa do que normalmente tem sido feito na administração, pois considera a influência de elementos não objetivos, que têm sua influência ofuscada pelo pragmatismo predominante na literatura da área.”
Fonte: SARAIVA, Luiz Alex Silva. Cultura organizacional em ambiente burocrático. Revista de Administração Contemporânea, v. 6, p. 187-207, 2002.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a definição de Cultura Organizacional:
Nota: 0.0
	
	A
	A cultura existente em uma sociedade.
	
	B
	A forma de pensar e agir de um determinado povo.
	
	C
	As regras formais colocadas em um estatuto partidário e na Constituição Federal.
	
	D
	As regras formais impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral as quais obrigam a militância partidária.
	
	E
	Os padrões simbólicos e de comportamento (informais) que condicionam a organização incentivando ou não determinados comportamentos.
Na ciência da administração, a cultura organizacional pode ser definida como uma série de padrões simbólicos e de comportamento, em sua maioria não-escritos, que condicionam a organização no sentido de permitir ou incentivar determinados tipos de comportamento. A autonomia das pessoas e do poder dentro da organização é, em boa medida, derivada da cultura organizacional.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 1 – “Quadros Partidários”.
Questão 2/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Weber definiu o carisma como "uma certa qualidade da personalidade de um indivíduo em virtude da qual ele é considerado extraordinário e tratado como dotado de poderes ou qualidades sobrenaturais, super-humanas ou, ao menos, especificamente excepcionais". Ele traçou a liderança carismática através da história, na pessoa de grandes líderes militares ou religiosos – e, também, manteve a esperança de que lideranças carismáticas continuariam a surgir, mesmo nas burocracias altamente reguladas do mundo moderno.
Weber morreu em 1920 sem ver a aplicação da sua ideia na política e cultura contemporâneas. Talvez isso tenha sido uma coisa boa, já que os primeiros líderes políticos a serem descritos como carismáticos foram Mussolini e Hitler. Para muitos intelectuais europeus, isso criou a sensação de que a autoridade carismática tinha uma dimensão sinistra. Esse mesmo lado negativo da liderança carismática permaneceu por muito tempo: líderes de cultos nos anos 60, como Charles Manson, com o fascínio que causavam em seus seguidores, eram prontamente chamados de carismáticos. A essa altura, as obras de Weber haviam sido traduzidas, de modo que o "carisma" se popularizou no mundo de língua inglesa nos idos de 1950. Os primeiros políticos que a imprensa identificou como carismáticos de modo positivo, em vez de demagógico, foram John F. Kennedy (presidente dos EUA entre 1961 e 1963), e seu irmão Robert. Depois da década de 1960, o uso de "carisma" ficou mais mainstream quando passou a ser usado para designar indivíduos excepcionais que não eram líderes políticos, tais como o falecido boxeador Muhammad Ali, por exemplo, talvez o mais carismático de todos. Hoje, carisma é usado para descrever uma gama de indivíduos: políticos, celebridades, líderes empresariais. Entendemos o carisma como uma qualidade especial e inata que separacertos indivíduos e atrai outros para eles. É considerada uma qualidade rara: na política americana, por exemplo, Bill Clinton era tido como alguém dotado de uma presença carismática, assim como Obama – mas ninguém mais na memória política recente ganha o elogio.”
Fonte: Matéria do Nexo Jornal disponível em: https://www.nexojornal.com.br/externo/2017/01/06/Carisma-é-um-dom-tão-misterioso-quanto-perigoso
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe, corretamente, os tipos de políticos que os eleitores gostam, citados na Aula 1:
Nota: 10.0
	
	A
	Candidato politólogo, professor e técnico.
	
	B
	Candidato popular, professor universitário e intelectual.
	
	C
	Candidato carismático, partidário e extremista ideológico.
	
	D
	Candidato jovem, inexperiente e não filiado a partido político.
	
	E
	Candidato carismático, técnico, o alternativo à política tradicional e o líder de causas
Você acertou!
O primeiro tipo é o do candidato carismático. Um segundo tipo de político é o técnico. O terceiro tipo é o candidato ou líder político que se coloca como uma alternativa à “política tradicional”. Finalmente, cabe colocar ainda o tipo do político e líder de causas.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 4 “Tipos de políticos que os eleitores gostam”.
Questão 3/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Criada pelos cientistas políticos Frank Baumgartner e Bryan Jones, a teoria do equilíbrio pontuado sustenta que os diversos assuntos das políticas públicas operam em uma lógica de estabilidade e “pontuação”, ou seja, de recebimento de atenção repentina. Como a atenção de governantes, dos principais atores políticos e mesmo da opinião pública é escassa, no sentido de não conseguir prestar atenção a diversos assuntos ao mesmo tempo, os assuntos diversos têm certa estabilidade na maior parte do tempo, sendo suas políticas objeto de pouca mudança ou de mudança apenas incremental. Entretanto, alguns fatores podem levar determinados assuntos a uma “pontuação”, isto é, ao recebimento de grande atenção repentina, entrando então para a maior prioridade por parte da opinião pública (agenda pública) ou dos governos (agenda institucional ou de governo).”
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?”
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, fatores que levam um assunto a despontar nas agendas:
I. Eventos de grande repercussão.
II. Atuação de um ator político muito relevante.
III. Atuação de um partido político irrelevante, em manifestações contra o mainstream.
IV. Mudanças drásticas nos indicadores, como a piora dos índices sociais, qualidade de vida, etc.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação III está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas.
	
	E
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
Você acertou!
- Eventos focalizadores: acontecimentos de grande repercussão que chamam a atenção para um problema público que não contava com tanta atenção. Exemplos: um acidente em uma usina nuclear ou o rompimento de uma barragem (meio-ambiente), atentado terrorista ou um homicídio de uma pessoa famosa (segurança pública), uma greve muito grande, como a de caminhoneiros (emprego, renda, transportes);
- Atuação de um ator político muito relevante: existem atores muito importantes que podem chamar a atenção para um problema público específico, ou até mesmo favorecer um determinado grupo, chamando a atenção dos grupos opositores para o assunto. Exemplo: a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito);
- Grande imprensa ou a mídia: sempre um ator muito relevante, o espaço dado nos noticiários, seja televisionado, seja escrito, sempre é um fator que chama a atenção para um assunto e tem o poder de colocar o assunto não só na agenda pública, mas na agenda de governo. Exemplo: a repercussão de casos de corrupção.
- Mudanças drásticas nos indicadores: quando há uma reversão ou uma piora grande em números que indicam problemas sociais como desemprego, mortalidade infantil, criminalidade, aumento de preços (inflação ou o encarecimento de um preço específico, como o da tarifa de transporte público), poluição, etc. Isso, geralmente, combinado com a atuação da mídia ou de atores políticos relevantes;
- Agendas globais e a atuação de líderes globais: uma concertação entre países, uma série de discursos em encontros de nações, o surgimento de lideranças nas áreas de meio-ambiente, pobreza, direitos das minorias também são poderosos catalisadores de assuntos que podem entrar para a agenda pública e de governo em várias partes do mundo. Exemplo: a agenda de meio-ambiente capitaneada por líderes com a jovem Greta Thunberg ou pelo ex-vice presidente norte-americano Al Gore; ou, então, a luta pelos direitos das mulheres levada a público pela voz de líderes como a jovem Malala Yousafzai.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 3, “Como os assuntos e os problemas públicos entram para a agenda?”.
Questão 4/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“O vocábulo stakeholder originou-se em 1963, em uma assessoria exercida pela Stanford Research Institute como meio de detalhar uma divisão de pessoas e organizações que não fossem acionistas, entretanto, que sem sua ajuda a corporação pudesse deixar de produzir ou até mesmo dificultar sua existência. Segundo PMI define-se por stakeholder pessoas, grupo de pessoas ou organizações que podem influenciar, ser influenciado ou perceber a si mesmo como afetado por uma decisão, ação ou desfecho de um projeto.”
Fonte: RUAS, Camila Caldas; GUIMARÃES, Amanda Vieira. A atuação dos stakeholders e sua influência em projetos de grandes empresas. Boletim do Gerenciamento, [S.l.], v. 18, n. 18, p. 18-24, set. 2020. ISSN 2595-6531. Disponível em: <https://nppg.org.br/revistas/boletimdogerenciamento/article/view/391>.
Aplicando a ideia de stakeholder para o recrutamento político, visto na Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta sobre o que um partido político deve fazer diante da possibilidade de recrutar um líder de movimento social para a organização:
Nota: 10.0
	
	A
	Deve desprezar, já que pode haver disputa interna no partido.
	
	B
	Deve formar apenas, já que ele ainda não possui a formação partidária.
	
	C
	Deve ser passivo, aguardando o interesse das pessoas em se filiarem e militarem pelo partido.
	
	D
	Deve agir com parcimônia, já que o novo líder pode querer tomar espaço dos líderes atuais do partido.
	
	E
	Deve focar em uma estratégia de cooptação, já que esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança.
Você acertou!
Esse tipo tem grande potencial eleitoral ou de liderança e bom alinhamento com o programa partidário. Por exemplo, esse pode ser um líder sindical com boa base eleitoral potencial entre os sindicalizados e trabalhadores, com bom alinhamento com as doutrinas de um partido trabalhista.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “Mapa de stakeholders como ferramenta para o recrutamento partidário”.
Questão 5/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“O perfil do recrutamento corresponde às estratégias que cada tipo de organização, em face das circunstâncias ambientais, eleitorais e institucionais, adota para garantir sua sobrevivência num habitat profundamente competitivo e em constante mutação. De acordo com esse raciocínio, os partidos de massas caracterizam-se pelo recrutamento integral, pois buscam, de maneira intensiva, atrair novos filiados com a finalidade de promover sua formação política e selecionar alguns deles para posições deliderança ou no quadro burocrático no interior da organização. Já os partidos catch-all foram mais pragmáticos no que se refere ao perfil ideológico dos novos membros e menos dedicados ao seu treinamento para a militância. O cartel party, por sua vez, exacerbou tais características, investindo no recrutamento de membros diretamente para a disputa eleitoral, sem qualquer preocupação com sua formação ou comprometimento ideológico. Similarmente, especializou-se na busca de meros apoiadores, sem a necessidade de vínculos de filiação.”
Fonte: Peres, Paulo e Machado, Amanda. Uma tipologia do recrutamento partidário. Opinião Pública [online]. 2017, v. 23, n. 1, pp. 126-167. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126>. Epub Jan-Apr 2017. ISSN 1807-0191. https://doi.org/10.1590/1807-01912017231126.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que explica corretamente o que é recrutamento aberto e fechado:
Nota: 10.0
	
	A
	Aberto é quando é ampliado na população e fechado é quando é somente para filiados.
	
	B
	Aberto é quando há formação pela Fundação e instituto do partido, fechado, é quando não há.
	
	C
	Aberto é quando há menos programa e ideologia, fechado é quando o recrutamento se dá por essas bases.
	
	D
	Aberto é aquele em que o recrutado não tem relação de parentesco com lideranças eleitas, o fechado é quando há.
Você acertou!
Um recrutamento fechado quanto ao escopo é aquele que busca lideranças entre parentes e pessoas muito claramente ligadas às atuais lideranças dos partidos. É importante notar esse tipo de recrutamento, pois no Brasil, a presença de parentes de políticos, muitas vezes parentes de primeiro grau (filhos e filhas) é um dos grandes determinantes do recebimento de recursos dentro do partido e, portanto, do sucesso eleitoral. A título de demonstração empírica do fenômeno, o instituto Transparência Brasil apresentou estudo dando conta de que em 2014, 49% dos deputados federais eleitos eram filhos/as, esposos/as, netos/as de políticos com mandato. Entre os políticos mais jovens, de menos de 35 anos, 85% são herdeiros de famílias políticas (BBC Brasil, 2021). Já o recrutamento aberto é aquele em que o recrutado não tem relação de parentesco com lideranças eleitas ou do topo da direção partidária. Esse recrutamento, idealmente, deve ser com base nos requisitos de liderança: simpatia, carisma, eloquência, grandes realizações, prestígio, popularidade, etc.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 1, “O recrutamento de quadros”.
	
	E
	Aberto é aquele em que o recrutado é formado em todas as instâncias partidárias, o fechado, é o que não passa por esse tipo de formação.
Questão 6/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Os institutos ou fundações partidárias são por definição organizações paralelas aos partidos políticos que se incumbem de desenvolver pesquisa política e fomentar a educação política segundo os valores e projetos defendidos pelo partido a quem está associado. Nas palavras de Prado (2009), as fundações partidárias são antes de mais nada os organismos de capacitação e formação ideológica que auxiliam o estudo de bases programáticas, filosóficas e que atuam em conjunto com a proposta política do partido que as mantém, cabendo às fundações discutir a democracia, a história e os ideais do partido, além de também preparar novas lideranças que serão no futuro próximo porta-vozes de suas ideias.”
Fonte: FERNANDES, Ivan Filipe de Almeida Lopes; DANTAS, Humberto. Fundações partidárias no Brasil e no mundo: funções legais, ações formativas e análise em perspectiva comparada. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIÊNCIA POLÍTICA, 8., 2012, Gramado, RS. Anais eletrônicos. Rio de Janeiro: ABCP, 2012. p. 1-36. Disponível em https://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/6454
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa correta a respeito das Fundações partidárias:
Nota: 10.0
	
	A
	Elas são facultativas aos partidos.
	
	B
	Elas são obrigatórias aos partidos.
Você acertou!
A legislação política brasileira criou como obrigatório para os partidos políticos a manutenção de uma estrutura que tem por finalidade a formação doutrinária de seus quadros e a difusão das ideias dos partidos. Gomes (2020, p. 214) descreve: Por determinação legal, o partido deve criar e manter uma fundação ou instituto “destinado ao estudo e pesquisa, à doutrinação e à educação política”. Para tanto, deve aplicar “no mínimo, vinte por cento do total recebido” do fundo partidário.
Esse regramento está na lei 9.096/1995. Com a criação dessas fundações, o legislador quis que os partidos mantivessem institutos ou fundações com a finalidade de promover estudos justamente para que exista o espraio e a formação das pessoas na doutrina, nos princípios e nas diretrizes dos partidos.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2 tema 5, “O papel das fundações e institutos”.
	
	C
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada candidato
	
	D
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo filiado
	
	E
	Elas devem obrigatoriamente formar ideologicamente cada novo militante.
Questão 7/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o texto a seguir:
“Origem exterior dos partidos - Examinando a gênese dos partidos no quadro eleitoral e parlamentar, já se observou a intervenção de organismos externos nesse quadro: sociedades de pensamento, clubes populares, jornais, por exemplo. A distinção entre os partidos de criação externa e os partidos de criação eleitoral e parlamentar não é rigorosa: ela caracteriza antes tendências gerais do que tipos definidos, de forma que sua aplicação prática é às vezes difícil. Em um número bastante grande de casos, contudo, o conjunto de um partido é essencialmente estabelecido por uma instituição pré-existente, cuja própria atividade se situa fora das eleições e do parlamento: pode-se, portanto, falar adequadamente de criação exterior. Muito numerosos e variados são os agrupamentos e as associações que causam assim o advento de um partido político. Não é uma questão de elaborar uma relação limitativa dos mesmos: basta ater-se a alguns exemplos. O dos sindicatos é o mais conhecido: numerosos partidos socialistas foram diretamente criados por eles, conservando, aliás, durante mais ou menos longo tempo, o caráter de "braço secular" dos sindicatos em matéria eleitoral e parlamentar. O Partido Trabalhista britânico é o mais típico: surgiu após a decisão adotada pelo Congresso das Trade Unions, de 1899, de criar uma organização eleitoral e parlamentar (moção Holmes, votada por 548 000 contra 434 000).”
Fonte: DUVERGER, Maurice. Os Partidos Políticos. 6a. ed. Rio de Janeiro, RJ: Zahar, 1970, pp. 26 e 27.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que apresente, corretamente, como é a formação dos quadros em partidos de massas:
Nota: 10.0
	
	A
	A partir de familismo e contatos pessoais.
	
	B
	Com base em ideologia e doutrinas, já que sua origem é parlamentar.
	
	C
	A partir de uma formação profissional, com a especialização do trabalho.
	
	D
	Com base em conhecimentos sobre o parlamento, de acordo com a sua origem.
	
	E
	Com base em ideologia e doutrinas, já que a sua origem é externa, em movimentos fora da política institucional.
Você acertou!
Os partidos de massa teriam seus quadros formados a partir de uma base ideológica e doutrinária, uma vez que sua origem estaria em movimentos fora da política dos parlamentos e dos executivos. Sua base estaria em movimentos sociais, ideológicos, intelectuais ou até mesmo religiosos.
Referência: Rota de Aprendizagem de Formação e Renovação de Quadros Partidários. Aula 1. Tema 2 “As tipologias dos partidos políticos”.
Questão 8/10 - Formaçãoe Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“Tilly construiu sua teoria da mobilização política rechaçando explicações economicistas, deterministas e psicossociais da ação coletiva. Nesta conversa, apareceu a noção de “repertório de ações coletivas”. Foi em 1976, em Getting together in Burgundy – 1675-1975. Tilly então compilava conflitos na imprensa oitocentista, em busca de padrões de ação coletiva. O conceito os descrevia, mas sem definição precisa, reportando “meios definidos de ação coletiva” e repertório, segundo Charles Tilly: história de um conceito 23 “um repertório familiar de ações coletivas que estão à disposição das pessoas comuns” (Tilly, 1976: 22), num dado momento histórico.”
Fonte: Alonso, Angela. REPERTÓRIO, SEGUNDO CHARLES TILLY: HISTÓRIA DE UM CONCEITO. Sociologia & Antropologia [online]. 2012, v. 2, n. 3, pp. 21-41. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232>. ISSN 2238-3875. https://doi.org/10.1590/2238-38752012v232.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos da Aula 3 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que dá exemplos corretos de repertórios de ação coletiva:
Nota: 10.0
	
	A
	Passeatas, greves, reuniões institucionais, comissão parlamentar.
	
	B
	Guerrilha, comissão parlamentar de inquérito, abaixo assinado e manifestações.
	
	C
	Greves, passeatas, ato institucional ditatorial, medida provisória e emenda parlamentar.
	
	D
	Bicicletadas, carreatas, greve de fome, projeto de lei, abaixo assinado e emenda parlamentar.
	
	E
	Greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias.
Você acertou!
Essas formas de ação podem ser: greves, passeatas, comícios, reuniões de grande porte por uma causa, bicicletadas, carreatas, protestos, ocupações, perturbação de cerimônias e, até mesmo, ações mais violentas como invasões de terra e de imóveis (públicos ou privados), destruição de estoques ou mercadorias, guerrilhas, etc.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 3 tema 3, “Repertórios de ação coletiva”.
Questão 9/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Leia o trecho a seguir:
“A montagem de governos de coalizão é uma estratégia recorrente dos presidentes brasileiros. A cooperação entre Executivo e Legislativo, na forma de coalizões multipartidárias, assegura patamares elevados de sucesso do Executivo na aprovação de sua agenda. Para alguns analistas, essas coalizões organizam a interação entre os poderes a partir de uma dinâmica similar àquela observada em sistemas parlamentaristas: fortes poderes de agenda do Executivo e partidos legislativos integrados ao gabinete, que dão suporte à coordenação coletiva da coalizão no parlamento. Assim, o sucesso legislativo do Executivo, com baixas taxas de atropelamento no Congresso, é visto como resultado desse arranjo.”
Fonte: INACIO, Magna; REZENDE, Daniela. Partidos legislativos e governo de coalizão: controle horizontal das políticas públicas. Opinião Pública. 2015, vol. 21, n. 2, pp.296-335. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762015000200296&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base a contextualização acima e os conteúdos na Aula 2 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários, assinale a alternativa que expõe a explicação do conceito de esquerda e direita de Bobbio:
Nota: 10.0
	
	A
	A esquerda e a direita são dois polos extremos que vão de encontro à democracia.
	
	B
	A esquerda é a ideologia que daria mais peso aos indivíduos enquanto a direita, aos coletivos e à igualdade social.
	
	C
	A esquerda e a direita possuem conteúdos iguais e, portanto, não faz mais sentido a utilização desses conceitos.
	
	D
	A esquerda é a ideologia que é considerada em suas políticas e ideias contra a liberdade enquanto a direita é contra a igualdade.
	
	E
	A esquerda é a ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam igualdade entre indivíduos e a direita, liberdade.
Você acertou!
O autor sustenta que a chamada esquerda política é aquela ideologia que daria mais peso às políticas, ideias e programas que privilegiam o estabelecimento de algum grau de igualdade entre os indivíduos, enquanto a direita privilegiaria a liberdade. É claro que isso é uma questão de grau, e não absoluta, pois os diversos grupos políticos vão “misturar” ideias de liberdade e igualdade em diferentes níveis. Contudo, se há mais igualdade, estaríamos falando de um programa, uma principiologia mais à esquerda.
Referência: Rota de aprendizagem da aula 2, tema 2, “Direita, esquerda, centro, princípios de políticas públicas e programas partidários”.
Questão 10/10 - Formação e Renovação de Quadros Partidários
Considere o trecho a seguir:
“A institucionalização é efetivamente o processo por meio do qual a organização incorpora valores e objetivos dos fundadores do partido. Nas palavras de Philip Selznick, esse processo implica a passagem da organização ‘consumível’ (isto é, puro instrumento para a realização de certos objetivos) à instituição. Se o processo de institucionalização tem sucesso, a organização perde, pouco a pouco, o caráter de instrumento estimado não por si mesmo, mas somente em vista dos objetivos organizativos: adquire valor em si, os objetivos são incorporados à organização, e dela se tornam inseparáveis e, geralmente, indistinguíveis. Característico de um processo de institucionalização bem-sucedido é o fato de que, para a maioria, o ‘bem’ da organização tende a coincidir com os seus objetivos: ou seja, tudo o que ‘for bom’ para o partido, que for em direção ao seu fortalecimento vis-à-vis às organizações concorrentes, tende a ser considerado automaticamente como parte integrante do próprio objetivo. A organização torna-se, ela própria, "objetivo" para uma grande parte dos seus filiados e, desse modo, ‘carrega-se’ de valores.”
Fonte: PANEBIANCO, Angelo. Modelos de Partido. Organização e poder nos partidos políticos. São Paulo, SP: Martins Fontes, 2005.
Levando em conta os conteúdos discutidos na Aula 1 da disciplina de Formação e Renovação de Quadros Partidários e a contextualização acima, analise as afirmações
abaixo e assinale a alternativa que mobiliza características corretas sobre os partidos políticos quando estão institucionalizados: 
I. Baixa profissionalização interna no partido.
II. Presença de profissionais como especialistas em direito eleitoral, contabilidade, publicidade.
III. Existência de uma burocracia partidária com os profissionais responsáveis pela administração e gestão cotidiana do partido.
IV. A profissionalização apenas de poucos dirigentes do partido, como o/a presidente e a Executiva nacional que é, ao mesmo tempo, composta por parlamentares eleitos.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas a afirmação I está correta.
	
	B
	Apenas a afirmação II está correta.
	
	C
	Apenas a afirmação IV está correta.
	
	D
	Apenas as afirmações II e III estão corretas.
Você acertou!
Como consequência da operação da “Lei de Ferro”, os dirigentes partidários procuram instituir uma camada de profissionais que formarão o que chamamos de burocracia partidária. Esses profissionais serão os responsáveis pela administração e gestão cotidiana do partido político, operando exclusivamente ou parcialmente contratados para atividades como compras, aquisições, logística, secretariado, comunicação, serviços jurídicos, contabilidade, administração financeira, entre outras tarefas, tais como acontece em outras organizações públicas e privadas. Mais importante ainda é o surgimento de profissionais especializados em direito eleitoral, contabilidade de campanhas, publicidade, entre outras tarefas e processos típicos de eleições e dos partidos políticos. A esse processo podemos dar o nome de profissionalização. Na medida em que essa profissionalização passa a ser generalizada no seio dos partidos e que há a formação e a especialização de pessoas que lidam com esses processos, podemos, adicionalmente, dizer que há uma institucionalização

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