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DIREITOS HUMANOS 6

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Aula 07
PM-CE - Direitos Humanos - 2021 -
Pós-Edital 
Autor:
Ricardo Torques
Aula 07
19 de Agosto de 2021
07221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino
 
 
 
 
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Sumário 
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura .............................................................................. 2 
Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura ....................................................................................... 5 
Resumo ................................................................................................................................................................ 6 
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura........................................................................... 6 
Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura ................................................................................... 7 
Considerações Finais ........................................................................................................................................... 8 
Questões Comentadas ........................................................................................................................................ 9 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 14 
Gabarito ........................................................................................................................................................... 16 
 
 
Ricardo Torques
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196180207221943311 - Brena Stephanie Gomes Avelino
 
 
 
 
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CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA PREVENIR E PUNIR A 
TORTURA 
A Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura foi adotada pela OEA no ano de 1985, assinada 
pelo Brasil em 1986 e, regularmente internalizada, em 1989, com a publicação do Decreto nº 98.386/1999. 
Essa é uma das Convenções específicas do Sistema Interamericano que trata da pena de tortura. Composta 
por 24 artigos, ela traz uma série de informações relevantes que destacaremos a partir de agora. 
A principal obrigação estatuída na Convenção é a obrigação de os Estados-partes da Convenção instituírem 
meios com vistas a prevenir a prática da tortura. 
Pergunta-se: 
Qual o conceito de tortura para a Convenção? 
Bem, nós temos duas situações que caracterizam a tortura e uma outra que a exclui do conceito. 
A tortura constitui todo ato praticado com a intenção de infligir sofrimento físico ou mental com fins de 
investigação criminal; como meio de intimidação; como castigo pessoal; como medida preventiva; ou com 
qualquer outro fim. Desse modo, a finalidade do ato não importa, já que o que é central para a caracterização 
da tortura é a prática de atos que inflijam intencionalmente penas ou sofrimentos físicos ou mentais. 
Também são considerados como tortura a prática de atos ou métodos que tenham por finalidade anular a 
personalidade da vítima ou diminuir a sua capacidade física ou mental. 
Por fim, registre-se que não será considerado como tortura eventuais penas ou sofrimentos físicos ou 
mentais que decorram da aplicação de medidas legais, DESDE QUE essas medidas não inflijam dor, 
sofrimentos físicos ou mentais, tenham por finalidade anular a personalidade da vítima ou reduzam a sua 
capacidade física ou mental. 
Desse modo, para a prova... 
 
Ricardo Torques
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Pergunta-se: 
Situações de guerra declarada, estado de sítio ou de emergência permitem o uso da tortura 
em nome da segurança nacional? 
Não, não permitem! 
De acordo com o art. 5º da Convenção, a tortura não será admitida nem mesmo em situações excepcionais. 
Quer dizer, mesmo nas situações a seguir não é admissível a tortura: estado ou ameaça de guerra, estado de 
emergência ou de sítio, comoção ou conflito interno, suspensão de garantias constitucionais, instabilidade 
política interna ou qualquer outra emergência ou calamidade pública. 
O art. 3º da Convenção trata do sujeito ativo do crime. Podem praticar o crime os servidores públicos que, 
no exercício da função, ordenem, instiguem ou induzam a prática ou, se tiverem a prerrogativa de impedir, 
não o façam. 
Também serão considerados responsáveis pelo delito os executores, ou seja, quem diretamente praticar ou 
for cúmplice dos atos de tortura. O fato de o executor ser ordenado a praticar o crime não o exime da 
responsabilidade, tal como prevê o art. 4º da Convenção. 
Com isso, temos a caracterização da tortura e de quem poderá praticá-la. 
Veja, o Estado deve atuar para condenar quem praticar a tortura se cometida dentro da sua jurisdição, 
quando a pessoa for nacional do Estado-parte, ainda que tenha praticado o crime fora, bem como quando a 
vítima for nacional. 
CONSIDERA-SE 
TORTURA
A prática de atos que inflijam intencionalmente penas ou 
sofrimentos físicos ou mentais.
A prática de atos ou métodos que tenham por finalidade 
anular a personalidade da vítima ou diminuir a capacidade 
física ou mental.
NÃO SE CONSIDERA 
TORTURA
Eventuais penas ou sofrimentos físicos ou mentais que 
decorram da aplicação de medidas legais, desde que essas 
medidas não inflijam dor ou sofrimentos físicos ou mentais ou 
tenham por finalidade anular a personalidade da vítima ou 
reduzam a sua capacidade física ou mental.
Ricardo Torques
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Com base na delimitação acima, os Estados-partes devem adotar medidas com a finalidade de prevenir e 
de punir a prática dos crimes de tortura. De acordo com o art. 7º da Convenção, os Estados devem tipificar 
criminalmente a conduta prevendo penas severas. 
No que diz respeito às práticas preventivas, a Convenção destaca o treinamento de servidores que exercem 
suas funções em instituições penitenciárias. 
Outra medida é permitir o acesso da vítima a formas e meios de denúncia dos atos praticados, com a 
responsabilidade de apuração imediata e de ofício das autoridades competentes quando ocorrer tais 
situações, tal como prevê o art. 8º. No art. 9º há imputação do devedor de os Estados assegurarem às vítimas 
a adequada compensação pelo dano sofrido. 
Além disso, os Estados não podem utilizar as provas que foram obtidas mediante tortura, conforme explica 
o art. 10. Dessa forma, toda prova obtida mediante tortura será considerada inválida no processo. 
Assim: 
 
 
Além disso, temos nos arts. 11, 13 e 14 regras relativas à extradição. 
Os Estados-partes devem tomar medidas necessárias para conceder a extradição de pessoas que sejam 
acusadas pela prática do crime de tortura. Além disso, os Estados devem procurar acrescer aos tratados 
bilaterais de extradição, a condição de que o acusado pelo crime de tortura será sempre extraditável. Por 
outro lado, os Estados devem se recursar a extraditar pessoas quando houver suspeita de que será vítima de 
tortura pelo Estado requerente, consagrando o princípio do non-refoulement (proibição do rechaço) nos 
casos de tortura. 
Por fim, como forma de implementar as regras que analisamos acima, prevê a Convenção que os Estados-
partes devem informar a Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre as medidas administrativas, 
legislativas e judiciais adotadas no sentido de prevenir a tortura. 
• tipificação penal da tortura, com penas severas;
• treinamento de servidores das instituições penitenciárias;
• viabilizar o acesso da vítima a formas e meios de denúncia dos atos praticados;
• promover adequada compensação às vítimas de tortura; e
• vedar a utilização de provas obtidas mediante tortura em processos
MEDIDAS QUE DEVEM SER ADOTADAS PELOS ESTADOS AFIM DE 
EVITAR A TORTURA
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SISTEMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À TORTURA 
Para finalizar a aula de hoje vamos passar pelo estudo do combate à tortura que envolve a Lei 12.847/2013 
e do Decreto 8.154/2013. 
A Lei 12.847/2013 institui o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT). 
Trata-se de um diploma pouco extenso, que além de criar o SNPCT, Comitê Nacional de Prevenção e 
Combate à Tortura e o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. 
Vejamos as principais informações para a sua prova sobre o assunto. 
O SNPCT tem por objetivo fortalecer a prevenção e o combate à tortura, por meio de articulação e atuação 
cooperativa de seus integrantes. Entre os órgãos que atuarão em cooperação temos os comitês e 
mecanismos estaduais de prevenção e combate à tortura, os órgãos do Poder Judiciário, o Ministério Público, 
comissões de Direitos Humanos, Defensoria Pública, conselhos tutelas e da comunidade, entre outros. 
O SNPCT possui um rol de princípios: 
 
Quanto às diretrizes do SNPCT, temos: 
• respeito integral aos direitos humanos, em especial aos direitos das pessoas privadas de liberdade; 
• articulação com as demais esferas de governo e de poder e com os órgãos responsáveis pela 
segurança pública, pela custódia de pessoas privadas de liberdade, por locais de internação de longa 
permanência e pela proteção de direitos humanos; e 
• adoção das medidas necessárias, no âmbito de suas competências, para a prevenção e o combate à 
tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. 
PRINCÍPIOS
proteção da dignidade da pessoa humana
universalidade
objetividade
igualdade
imparcialidade
não seletividade
não discriminação
Ricardo Torques
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Por fim, cumpre registrar que o Decreto 8.154/2013 referido na ementa é responsável por regulamentar o 
SNPCT. Como o diploma traz regras procedimentais do funcionamento do Sistema, acredita-se que o assunto 
não possui maior relevância para fins de prova. 
RESUMO 
Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura 
 A Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura foi adotada pela OEA no ano de 1985, assinada pelo 
Brasil em 1986 e, regularmente internalizada, em 1989, com a publicação do Decreto 98.386/1999. 
 A principal obrigação estatuída na Convenção é a obrigação de os Estados partes da Convenção instituírem meios 
com vistas a prevenir a prática da tortura. 
 
Vejamos mais um esquema importante: 
CONSIDERA-SE 
TORTURA
A prática de atos que inflijam intencionalmente penas ou 
sofrimentos físicos ou mentais.
A prática de atos ou métodos que tenham por finalidade 
anular a personalidade da vítima ou diminuir a capacidade 
física ou mental.
NÃO SE CONSIDERA 
TORTURA
Eventuais penas ou sofrimentos físicos ou mentais que 
decorram da aplicação de medidas legais, desde que essas 
medidas não inflijam dor ou sofrimentos físicos ou mentais ou 
tenham por finalidade anular a personalidade da vítima ou 
reduzam a sua capacidade física ou mental.
Ricardo Torques
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 Assim: 
 
Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura 
 objetivo fortalecer a prevenção e o combate à tortura, por meio de articulação e atuação cooperativa de seus 
integrantes. Entre os órgãos que atuarão em cooperação temos os comitês e mecanismos estaduais de prevenção e 
combate à tortura, os órgãos do Poder Judiciário, o Ministério Público, comissões de Direitos Humanos, Defensoria 
Pública, conselhos tutelas e da comunidade, entre outros. 
 princípios: 
NÃO SE ADMITE A TORTURA, 
NEM MESMO EM CASO DE:
estado de guerra
ameaça de guerra
estado de sítio ou de emergência
comoção ou conflito interno
suspensão das garantias constitucionais
instabilidade política interna
outras emergências ou calamidades públicas
• tipificação penal da tortura, com penas severas;
• treinamento de servidores das instituições penitenciárias;
• viabilizar o acesso da vítima a formas e meios de denúncia dos atos praticados;
• promover adequada compensação às vítimas de tortura; e
• vedar a utilização de provas obtidas mediante tortura em processos
MEDIDAS QUE DEVEM SER ADOTADAS PELOS ESTADOS A FIM DE 
EVITAR A TORTURA
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 diretrizes: 
• respeito integral aos direitos humanos, em especial aos direitos das pessoas privadas de liberdade; 
• articulação com as demais esferas de governo e de poder e com os órgãos responsáveis pela segurança pública, 
pela custódia de pessoas privadas de liberdade, por locais de internação de longa permanência e pela proteção 
de direitos humanos; e 
• adoção das medidas necessárias, no âmbito de suas competências, para a prevenção e o combate à tortura e 
a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da nossa décima primeira aula. Essa foi uma aula curta, na qual abordamos vários 
documentos do Sistema Interamericano de Direitos Humanos. 
Até a próxima aula! 
Bons estudos a todos! 
Ricardo Torques 
rst.estrategia@gmail.com 
https://www.facebook.com/direitoshumanosparaconcursos 
 
PRINCÍPIOS
proteção da dignidade da pessoa humana
universalidade
objetividade
igualdade
imparcialidade
não seletividade
não discriminação
Ricardo Torques
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (INSTITUTO ACESSO/PC-ES - 2019) No Brasil, na tentativa de combater e prevenir atos de tortura, o 
Estado brasileiro aprovou leis, assinou tratados internacionais e instituiu diversas políticas públicas ao 
longo das últimas décadas. 
Considere as seguintes referências: 
I – Constituição da República Federativa do Brasil (1988): art. 5, Inciso III – ninguém será submetido a tortura 
nem a tratamento desumano ou degradante. 
II – Adesão à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (1989). 
III – Ratificação da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1989). 
IV – Assinatura do Protocolo Adicional à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (2007). 
V – Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995 – reconhece como mortas as pessoas desparecidas durante a 
Ditadura Militar (1964-1985) e concede indenização às vítimas ou familiares das vítimas. 
VI – Lei 9.455, de 7 de abril de 1997- tipifica o crime de tortura. 
É correto dizer que são pertinentes 
a) todas as referências. 
b) todas, exceto I, III e VI 
c) todas, exceto II, III e IV. 
d) todas, exceto I, V e VI. 
e) todas, exceto II, IV e V. 
Comentários 
A questão enunciou corretamente todos os diplomas normativos adotados pelo Brasil no combate à tortura. 
Todas as referências estão corretas. Portanto, a alternativa A é correta e é o gabarito da questão. 
2. (PC-SP/PC-SP - 2012) De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura 
(1985), podem ser sujeitos ativos do crime de tortura 
a) apenas funcionários ou empregados públicos, ou particulares desde que instigados pelos dois primeiros 
b) apenas funcionários ou empregados públicos, ainda que em período de estágio probatório ou equivalente. 
c) qualquer pessoa, desde que tenha a intenção de impor grave sofrimento físico ou mental. 
d) exclusivamente empregados ou funcionários públicos, agindo em razão do ofício ou função 
e) qualquer pessoa, desde queseja penalmente responsável nos termos da lei do Estado Parte 
Comentários 
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Os titulares ativos do crime podem ser praticados por servidores públicos, como pelos executores, quando 
praticares os atos ou forem cúmplices. 
Desse modo está correta a alternativa A, conforme disciplina o art. 3º: 
Artigo 3 
Serão responsáveis pelo delito de tortura: 
a) Os empregados ou funcionários públicos que, atuando nesse caráter, ordenem sua 
execução ou instiguem ou induzam a ela, cometam-no diretamente ou, podendo impedi-
lo, não o façam. 
b) As pessoas que, por instigação dos funcionários ou empregados públicos a que se refere 
a alínea a, ordenem sua execução, instiguem ou induzam a ela, cometam-no diretamente 
ou nele sejam cúmplices. 
3. (FMP/DPE-PA - 2015) De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, é 
correto afirmar que: 
a) quando houver denúncia ou razão fundada para supor que haja sido cometido ato de tortura no âmbito 
de sua jurisdição, os Estados Partes garantirão que o juiz proceda de ofício e imediatamente à realização de 
uma investigação sobre o caso, e determine, se for cabível, o início do respectivo processo penal. 
b) nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura poderá ser admitida como 
prova num processo de conhecimento ou de execução penal, salvo para demonstrar a inocência do acusado 
ou condenado. 
c) a periculosidade do detido ou condenado, bem como, a insegurança do estabelecimento carcerário ou 
penitenciário não podem justificar a tortura ou sua determinação por parte dos empregados ou funcionários 
públicos. 
d) no conceito de tortura, compreendem-se as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que sejam 
unicamente consequência de medidas legais ou a elas inerentes. 
e) entende-se por tortura todo ato pelo qual são infligidos a uma pessoa, intencionalmente ou não, penas 
ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como 
castigo pessoal, como medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, pois a realização da investigação não será feita pelo juiz, mas pela autoridade 
competente em cada Estado. Vejamos o art. 8º, da referida Convenção. 
Artigo 8 
(...) 
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Quando houver denúncia ou razão fundada para supor que haja sido cometido ato de 
tortura no âmbito de sua jurisdição, os Estados Partes garantirão que suas autoridades 
procederão de ofício e imediatamente à realização de uma investigação sobre o caso e 
iniciarão, se for cabível, o respectivo processo penal. 
A alternativa B está incorreta. Está incorreto falar que a declaração obtida mediante tortura será válida para 
demonstrar a inocência do acusado ou condenado. Vejamos o art. 10. 
Artigo 10 
Nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura poderá ser 
admitida como prova num processo, salvo em processo instaurado contra a pessoa ou 
pessoas acusadas de havê-la obtido mediante atos de tortura e unicamente como prova de 
que, por esse meio, o acusado obteve tal declaração. 
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vejamos o art. 5º, da convenção. 
Artigo 5 
(...) 
Nem a periculosidade do detido ou condenado, nem a insegurança do estabelecimento 
carcerário ou penitenciário podem justificar a tortura. 
A alternativa D está incorreta. As práticas citadas na alternativa não são consideradas tortura, conforme art. 
2º. 
Artigo 2 
(...) 
Não estarão compreendidos no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos ou 
mentais que sejam unicamente conseqüência de medidas legais ou inerentes a elas, 
contanto que não incluam a realização dos atos ou a aplicação dos métodos a que se 
refere este artigo. 
A alternativa E está incorreta. O ato de torturar é, necessariamente, intencional. Não pratica tortura alguém 
que inflige pena ou sofrimento a outra sem intenção. Além disso, a diferença do crime de tortura para o 
crime de maus tratos é, justamente, a intenção. Se o sofrimento é infligido para fins de educação, ensino ou 
tratamento, por exemplo, estamos falando do crime de maus-tratos. 
4. (FUNDEP/DPE MG - 2019) Considerando a Defensoria Pública, a tortura e a violência estatal, analise as 
afirmativas a seguir. 
Ricardo Torques
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==1def4a==
 
 
 
 
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I. Durante as entrevistas que antecedem a realização das audiências de custódia, o defensor público deve 
questionar o preso entrevistado sobre a ocorrência de qualquer violação à integridade física ou psíquica do 
conduzido, sem instaurar procedimento para averiguação do caso, uma vez que a Defensoria Pública não 
exerce o controle externo da atividade policial. 
II. Tortura é todo ato pelo qual são infligidos intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos 
ou mentais, com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como 
medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim. Configura tortura a aplicação, sobre uma pessoa, 
de métodos tendentes a anular a personalidade da vítima que não causem dor física ou angústia psíquica. 
III. A Corte Interamericana de Direitos Humanos considera que o elemento essencial de uma investigação 
penal sobre uma morte decorrente de intervenção policial é a garantia de que o órgão investigador seja 
independente. Essa independência não implica a ausência de relação institucional ou hierárquica, podendo 
o possível acusado pertencer ao mesmo órgão a que a investigação for atribuída. 
Está(ão) incorreta(s) a(s) afirmativa(s) 
a) I e II, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
Comentários 
Item I – incorreto. A Defensoria Pública não exerce o controle externo da atividade policial (cabe ao 
Ministério Público, conforme previsão do art. 129, VII da Constituição Federal). No entanto, ao se deparar 
com a ocorrência de qualquer violação à integridade física ou psíquica do conduzido, a Defensoria Pública, 
por expressa previsão institucional (“atuar na preservação e reparação dos direitos de pessoas vítimas de 
tortura [...] propiciando o acompanhamento e o atendimento interdisciplinar das vítimas”), deverá intentar 
as medidas cabíveis. 
Item II – correto. O item corresponde ao conceito de tortura apresentado pelo art. 2º da Convenção 
Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1985): 
Para os efeitos desta Convenção, entender-se-á por tortura todo ato pelo qual são infligidos 
intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de 
investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como medida 
preventiva, como pena ou qualquer outro fim. Entender-se-á também como tortura a 
aplicação, sobre uma pessoa, de métodos tendentes a anular a personalidade da vítima, ou 
a diminuir sua capacidade física ou mental, embora não causem dor física ou angústia 
psíquica. 
Não estarão compreendidas no conceito de tortura as penas ou sofrimentos físicos ou 
mentais que sejam unicamente consequência de medidas legais ou inerentes a elas, 
contanto que não incluam a realização dos atos ou a aplicação dos métodos a que se refere 
este artigo. 
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Item III – incorreto. A Corte Interamericana de Direitos Humanos, no caso “Gomes Rosa Genoveva e outros 
x República Federativa do Brasil” (conhecido como Caso Nova Brasília), consideroucomo violação da garantia 
de independência e imparcialidade nas investigações, o fato de os acusados fazerem parte do mesmo órgão 
que fez a investigação. Tal conduta é inadmissível, uma vez que o elemento essencial numa investigação do 
tipo é a garantia de que o órgão investigador seja independente e diferente da força policial envolvida no 
incidente. 
Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão. 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. (INSTITUTO ACESSO/PC-ES - 2019) No Brasil, na tentativa de combater e prevenir atos de tortura, o 
Estado brasileiro aprovou leis, assinou tratados internacionais e instituiu diversas políticas públicas ao 
longo das últimas décadas. 
Considere as seguintes referências: 
I – Constituição da República Federativa do Brasil (1988): art. 5, Inciso III – ninguém será submetido a tortura 
nem a tratamento desumano ou degradante. 
II – Adesão à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (1989). 
III – Ratificação da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1989). 
IV – Assinatura do Protocolo Adicional à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (2007). 
V – Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995 – reconhece como mortas as pessoas desparecidas durante a 
Ditadura Militar (1964-1985) e concede indenização às vítimas ou familiares das vítimas. 
VI – Lei 9.455, de 7 de abril de 1997- tipifica o crime de tortura. 
É correto dizer que são pertinentes 
a) todas as referências. 
b) todas, exceto I, III e VI 
c) todas, exceto II, III e IV. 
d) todas, exceto I, V e VI. 
e) todas, exceto II, IV e V. 
2. (PC-SP/PC-SP - 2012) De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura 
(1985), podem ser sujeitos ativos do crime de tortura 
a) apenas funcionários ou empregados públicos, ou particulares desde que instigados pelos dois primeiros 
b) apenas funcionários ou empregados públicos, ainda que em período de estágio probatório ou equivalente. 
c) qualquer pessoa, desde que tenha a intenção de impor grave sofrimento físico ou mental. 
d) exclusivamente empregados ou funcionários públicos, agindo em razão do ofício ou função 
e) qualquer pessoa, desde que seja penalmente responsável nos termos da lei do Estado Parte 
3. (FMP/DPE-PA - 2015) De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, é 
correto afirmar que: 
a) quando houver denúncia ou razão fundada para supor que haja sido cometido ato de tortura no âmbito 
de sua jurisdição, os Estados Partes garantirão que o juiz proceda de ofício e imediatamente à realização de 
uma investigação sobre o caso, e determine, se for cabível, o início do respectivo processo penal. 
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b) nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura poderá ser admitida como 
prova num processo de conhecimento ou de execução penal, salvo para demonstrar a inocência do acusado 
ou condenado. 
c) a periculosidade do detido ou condenado, bem como, a insegurança do estabelecimento carcerário ou 
penitenciário não podem justificar a tortura ou sua determinação por parte dos empregados ou funcionários 
públicos. 
d) no conceito de tortura, compreendem-se as penas ou sofrimentos físicos ou mentais que sejam 
unicamente consequência de medidas legais ou a elas inerentes. 
e) entende-se por tortura todo ato pelo qual são infligidos a uma pessoa, intencionalmente ou não, penas 
ou sofrimentos físicos ou mentais, com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como 
castigo pessoal, como medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim. 
4. (FUNDEP/DPE MG - 2019) Considerando a Defensoria Pública, a tortura e a violência estatal, analise as 
afirmativas a seguir. 
I. Durante as entrevistas que antecedem a realização das audiências de custódia, o defensor público deve 
questionar o preso entrevistado sobre a ocorrência de qualquer violação à integridade física ou psíquica do 
conduzido, sem instaurar procedimento para averiguação do caso, uma vez que a Defensoria Pública não 
exerce o controle externo da atividade policial. 
II. Tortura é todo ato pelo qual são infligidos intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos físicos 
ou mentais, com fins de investigação criminal, como meio de intimidação, como castigo pessoal, como 
medida preventiva, como pena ou com qualquer outro fim. Configura tortura a aplicação, sobre uma pessoa, 
de métodos tendentes a anular a personalidade da vítima que não causem dor física ou angústia psíquica. 
III. A Corte Interamericana de Direitos Humanos considera que o elemento essencial de uma investigação 
penal sobre uma morte decorrente de intervenção policial é a garantia de que o órgão investigador seja 
independente. Essa independência não implica a ausência de relação institucional ou hierárquica, podendo 
o possível acusado pertencer ao mesmo órgão a que a investigação for atribuída. 
Está(ão) incorreta(s) a(s) afirmativa(s) 
a) I e II, apenas. 
b) II, apenas. 
c) I e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
 
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GABARITO 
1. LETRA A 
2. LETRA A 
3. LETRA C 
LETRA C 
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