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Prova Broncodilatadora

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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS 
CURSO DE MEDICINA 
ALUNO: GUSTAVO HENRIQUE DE OLIVEIRA MAIA – P1 
 
 
PROVA BRONCODILATADORA – O que acontece após a prova broncodilatadora em 
indivíduos normais, com asma e com enfisema? 
 
 
Todos os pacientes com obstrução ao fluxo aéreo devem repetir o teste 
espirométrico após administração do BroncoDilatador (Bd). Existe um tônus brônquico 
de repouso, o que significa que haverá mudanças na espirometria após broncodilatador, 
mesmo em indivíduos normais. 
 
A prova broncodilatadora no exame de espirometria geralmente é utilizada com 
o uso de 4 jatos de 100mg de fenoterol ou de salbutamol, de preferência com o uso de 
câmara de expansão ou de espaçadores, após instruções para o paciente, sendo a 
resposta mensurada após 15 ou 20 minutos do exame. 
 
Quando é realizado uma espirometria, normalmente são observadas duas 
curvas: uma antes e outra após o uso do broncodilatador e logicamente essas curvas são 
comparadas uma com a outra. Quando o valor da curva feita após o uso do 
broncodilatador não apresenta nenhuma diferença em volume de ar expirado muito 
maior que a feita antes do broncodilatador, o nome dado é de prova broncodilatadora 
negativa. Isso pode significar, dependendo das circunstâncias, que a capacidade de 
expirar o ar dos pulmões esteja normal, ou seja, que os brônquios estejam abertos, 
apesar de necessário analisar o contexto da doença. 
 
Em indivíduos assintomáticos se a espirometria inicial é normal, a repetição após 
Bd não se justifica. 
 
Em portadores de asma diagnosticada, a repetição após Bd pode mostrar 
incremento significativo, mesmo na ausência aparente de obstrução inicial. O laudo 
mudará para obstrução leve, desde que a resposta esperada em normais (10% de 
aumento do VEF1) seja excedida. Já na suspeita de asma, se a espirometria é normal, é 
preferível fazer um teste de broncoprovocação que tem sensibilidade muito maior para 
diagnóstico. 
 
Em indivíduos com distúrbio aparentemente restritivo na espirometria, pode-se 
descobrir obstrução inaparente se houver elevação significativa do VEF1 (acima de 0,2 
l) após Bd. 
 
 
 
Em pacientes portadores de DPOC o paciente pode relatar melhora após Bd sem 
alterar o seu VEF1 e isto se deve ao fato do VEF1 ser um parâmetro derivado do início 
da manobra expiratória forçada e portanto reflete o esvaziamento de unidades 
pulmonares com vias aéreas mais permeáveis. Além disso a manobra expiratória 
forçada comprime dinamicamente as vias aéreas. Estas se tornam mais compressíveis 
pelo efeito do Bd. A obstrução em DPOC se dá nas vias aéreas periféricas. O 
aprisionamento de ar resulta em hiperinsuflação que é a causa fundamental da dispneia. 
A redução do ar aprisionado (volume residual) após o Bd irá resultar em aumento da CV 
lenta e da capacidade inspiratória CI, que não é avaliada rotineiramente nas 
espirometrias. 
 
A resposta broncodilatadora é comumente determinada por variações no VEF1 
e na capacidade vital forçada (CVF) pré e pós broncodilatador. O VEF1 é considerado o 
parâmetro funcional mais importante na avaliação da resposta ao broncodilatador. No 
entanto, alguns pacientes, sobretudo aqueles com obstrução grave, podem mostrar 
aumentos isolados de CVF, que devem ser valorizados por melhor se correlacionarem 
com a melhora da dispneia e com o desempenho do exercício. 
 
Resultados do exame em grupos específicos: 
 
o Em casos normais: Limites superiores de resposta pós broncodilatador (8, 9 e 
10% respectivamente). Em um estudo recente, demonstrou-se que as respostas 
em indivíduos normais caem com a idade, mas em geral, variações acima de 
0,20L para o sexo feminino e 0,30L para o sexo masculino construiriam os 
limites da resposta em indivíduos acima dos 40 anos. 
 
o Em asmáticos: Pacientes asmáticos podem exibir resposta isolada de CVF pós 
broncodilatador. Nestes pacientes há provavelmente um aumento do volume 
residual por fechamento de pequenas vias aéreas, as quais se abrem após o uso 
de broncodilatador. CVF aumentou em média de 2,39L para 2,68L nos pacientes 
com asma. O VEF1 aumentou em média 1,32L para 1,59L. 
 
 
o Em enfisema: Podem mostrar uma elevação significativa apenas da CVF pós 
broncodilatador, o que se correlaciona com a redução da dispneia e maior 
capacidade de exercício. Variações maiores ou iguais a 0,35L da CVF excedem 
o 95 percentis de variação. A CVF aumentou de 2,91L para 3,09L. O VEF1 
aumentou de 1,49L para 1,61L. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Faresin SM; Barros JA; Beppu OS; et al. Quem deve realizar a espirometria durante a 
avaliação pulmonar pré-operatória? A Folha Médica/UNIFESP, 1998; 116:85-90. 
 
Pereira CAC, Barreto SP; Simões JG et al. Valores de referência para espirometria em 
uma amostra da população brasileira adulta. J Pneumol 1992; 18:10-22. 
Rodrigues Jr R; Pereira CAC. Resposta a broncodilatador na espirometria: que 
parâmetros e valores são clinicamente relevantes em doenças obstrutivas? J Pneumol 
2001; 27:35-47.

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