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aula 02 - QUIMICA E FERTILIDADE DOS SOLOS

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Profª. Jennifer K.A. de Souza 
4° período agronomia noturno 
Aula 02 
CONTEÚDOS 
1. Apresentação da disciplina; 
2. Introdução a química e fertilidade 
dos solos brasileiros; 
3. Critérios de essencialidade e 
função dos elementos essenciais; 
4. Leis da fertilidade; 
5. Transporte de nutrientes; 
6. Elementos químicos do solo; 
7. Macro e micronutrientes, e 
elementos tóxicos; 
8. Variações do solo; 
9. Acidez e salinidade do solo; 
10.O solo como organismo vivo; 
11.Maquinário da saúde e fertilidade 
do solo; 
12.Bioanálise do solo; 
13.Manejo e métodos de fertilidade 
dos solos. 
 
 
micronutrientes 
< 500 µg g-1 
macronutrientes 
0,05 a 10 % na 
matéria seca 
90 a 95% da 
matéria seca 
Elementos essenciais aos vegetais 
ELEMENTOS ESSENCIAIS 
PARA PLANTAS SUPERIORES 
Micronutrientes (mg kg-1) 
0,1 a 1000 mg kg-1 
Macronutrientes (g kg-1) 
1,0 a 50,0 g kg-1 
C, H, O, 
N, P, K, Ca, Mg, S 
B, Cl, Cu, Fe, 
Mn, Mo, Zn ,Ni 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
1. ELEMENTOS ESSENCIAIS 
2. ELEMENTOS ÚTEIS 
1. ELEMENTOS TÓXICOS 
3. CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
1. CRITÉRIO DIRETO 
2. CRITÉRIO INDIRETO 
5. MACRO E MICRONUTRIENTES 
6. FUNÇÕES E COMPOSTOS 
7. EXTRAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE NUTRIENTES PELAS 
CULTURAS 
9. MARCHA DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES PELAS 
CULTURAS. 
elementos minerais essenciais 
elementos minerais benéficos 
elementos não minerais essenciais 
não pertence às categorias anteriores 
TÓXICO 
diminui crescimento e produção morte 
 
1) ESSENCIAIS: 
SÃO OS ELEMENTOS MINERAIS DA 
PLANTA, SEM OS QUAIS ELA NÃO 
VIVE. (C, H e O SÃO TIDOS COMO 
NUTRIENTES ORGÂNICOS). 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
N, P, K, Ca, Mg e S B, Cu, Fe, Mn, Mo, Zn 
Macronutrientes Micronutrientes 
2) ÚTEIS 
NÃO SÃO ESSENCIAIS. A PLANTA PODE 
VIVER SEM ELES. ENTRETANTO SUA 
PRESENÇA É CAPAZ DE CONTRIBUIR PARA 
O CRESCIMENTO, PRODUÇÃO OU PARA A 
RESISTÊNCIA À PRAGAS E MOLÉSTIAS. 
EX: Na PARA ALGODÃO, BETERRABA 
Al PARA A CULTURA DO CHÁ 
Si PARA AS GRAMÍNEAS 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
SILÍCIO; SÓDIO; SELÊNIO; COBALTO; ALUMINIO 
 
3) TÓXICOS : 
QUANDO SÃO PREJUDICIAIS ÀS PLANTAS 
E NÃO SE ENQUADRAM NAS CLASSES 
ANTERIORES. OU OS ELEMENTOS DAS 
CLASSES ANTERIORES EM EXCESSO 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
“A dose faz o veneno” 
Paracelso (1493 – 1541) 
Bario; Aluminio; Cromo; Chumbo; Cadmio; Fluor; 
Bromo; Iodo. 
“A DOSE FAZ O VENENO” – Bário (Ba) 
Monteiro et al. (2011) 
Bário pode ser resultante, 
principalmente, de resíduos, fertilizantes 
e material de origem do solo 
capim tanzânia cultivado em 
solução nutritiva 
O Bário é um elemento químico pertencente à 
classe dos metais alcalino terrosos - toxico 
ELEMENTOS TÓXICOS 
METAIS 
“PESADOS” 
(Marques et al. 2002) 
 número maior do atômico 
que 20 
 densidade atômica maior do 
que 5 g cm-3 
 
OU 
ORIGEM 
DA 
CONTAMINAÇÃO 
litogênica 
antropogênica 
SOLO 
CONTAMINADO 
teor de metal > teor natural 
FONTES 
ANTROPOGÊNICAS 
fertilizantes 
pesticidas 
águas de irrigação contaminadas 
queima de biomassa (zona rural) 
combustão de carvão e óleo 
emissões veiculares 
deposição de resíduos 
ELEMENTOS TÓXICOS 
Alumínio 
um dos elementos mais abundantes na matriz mineral do 
solo 
faz parte do processo de formação e intemperismo 
dos solos tropicais 
 
SOLOS DA REGIÃO TROPICAL 
óxidos de alumínio (Al2O3) e de ferro (Fe2O3) 
predominantes na fração argila 
 valor de pH abaixo de 5,5 Al3+ TÓXICO 
 aumenta pH do solo Al(OH)2+, Al(OH)+2 e Al(OH)3 
PRECIPITA 
 aumenta Al3+ na CTC nutrientes catiônicos na CTC 
limitante da produtividade agrícola TOXIDEZ DE Al 
Solos ácidos ocupam 
37,8 milhões de km2 
67% com pH < 5,5 
60% dos solos com 
problemas de excesso de Al 
CALAGEM ? 
DESBALANÇO IÔNICO 
MEMBRANA 
PLASMÁTICA 
EFLUXO DE ÍONS 
Ex: Potássio (K+) 
INJÚRIA PRIMÁRIA DIRETA 
INJÚRIA PRIMÁRIA INDIRETA 
INIBIÇÃO DA 
DIVISÃO CELULAR 
INIBIÇÃO DO 
CRESCIMENTO 
ORGANELAS 
CITOPLASMA 
DESARRANJO 
METABÓLICO 
RESPIRAÇÃO 
FOTOSSÍNTESE 
ATIV. ENZIMÁTICA 
MECANISMOS DE TOLERÂNCIA AO Al (internos): 
- complexação do Al por ácidos orgânicos; 
- compartimentalização do Al no vacúolo; 
- distribuição diferencial entre raízes e parte aérea; 
- combinação com proteínas de baixo peso molecular. 
 
 
MECANISMOS DE TOLERÂNCIA AO Al (externos): 
- aumento do pH na rizosfera; 
- produção de mucigel; 
- exsudação de malato e citrato; 
- imobilização do Al na parede celular. 
Tropical soils with high aluminum concentrations cause oxidative stress in two 
tomato genotypes 
Nogueirol et al. (2015) 
Genotypic Rankings for Aluminum Tolerance of Soybean Roots Grown 
in Hydroponics and Sand Culture 
raízes de plantas de soja expostas 
ao Al por 72h em hidroponia 
Villagarcia et al. (2001) 
raízes de plantas de soja expostas 
ao Al por 18d em areia 
Changes of growth, photosynthesis and alteration of leaf antioxidative defence 
system of tea [Camellia sinensis (L.) O. Kuntze] seedlings under aluminum stress 
Mukhopadyay et al. (2012) 
Changes of growth, photosynthesis and alteration of leaf antioxidative defence 
system of tea [Camellia sinensis (L.) O. Kuntze] seedlings under aluminum stress 
Mukhopadyay et al. (2012) 
Cromo 
Cr Forma hexavalente - Cr (VI) íon solúvel 
penetra facilmente através da membrana celular 
forte ação tóxica poderoso agente oxidante 
 Cr (III) apresenta efeitos tóxicos 
forte ligação com MO e argila do solo 
meio muito ácido 
baixa disponibilidade 
Cr (III) importante à 
nutrição humana 
FONTES ANTROPOGÊNICAS: 
- produção de papel e celulose 
- resíduo de curtume 
 
ADIÇÃO AO SOLO: 
- ar atmosférico - emissões de forno elétrico na siderurgia; 
- água: polimento de metais; 
-diretamente: cinzas, adubos fosfatados, calcário, lodo de 
esgoto. 
- auxilia receptores de insulina 
- incorporação de Ca nos ossos 
- formação de colágeno 
Cr 
fonte antropogênica 
(liberação industrial) 
Cr VI Cr III 
(erupção vulcânica: 
solo (chuva e/ou 
fonte natural 
dispersão no 
vento) 
formação de espécies reativas de oxigênio 
H2O2 
- O2 OH- OH2 
estresse oxidativo em plantas 
 
efeito na estrutura e funcionamento celular metabolismo antioxidante ativado 
MORTE CELULAR 
adaptado de Panda and Choudhury (2005) 
Sintomas de toxicidade de Cr: 
 
- diminuição do crescimento; 
 
- atrofia do desenvolvimento radicular; 
 
- enrolamento e descoloração das folhas; 
 
-algumas culturas (aveia) folhas com manchas 
vermelho-amarronzadas contendo áreas de necrose; 
 
Cr absorvido maior proporção nas raízes, sendo 
pouco transportado para a parte aérea 
Impact of organic manure on the phytoremediation potential of Vetiveria 
zizanioides in chromium-contaminated soil 
Pillai et al. (2013) 
aumenta Cr 
reduz 
biomassa 
gramínea indicada como potencial 
fitoremediadora 
A comparison between Phragmites australis and Helianthus annuus in chromium 
phytoextraction 
Phragmites – caniço (telhado) 
Helianthus - girassol 
 
Ranieri et al. (2013) 
redução da taxa de crescimento 
radicular em função do tempo e 
acúmulo de Cr 
Chumbo 
Pb 2 a 200 mg kg-1 nos solos 
agricultáveis 
maior poluidor químico do ambiente 
Adições antropogênicas: 
 
- combustão da gasolina (chumbo tetraetila); 
- indústrias de metais; 
- queima de carvão; 
- lodo de esgoto; 
- baterias; 
Formas de absorção: 
 
-Pb-inorgânico (Pb2+): baixa absorção e pouco móvel no 
solo; 
 
-Pb-orgânico: extremamente móvel no solo e rápida 
absorção 
tem origem na combustão incompleta 
de derivados de petróleo 
Toxicidade na planta: 
- campo: não é comum ocorrer (baixa solubilidade); 
 
-redução no crescimento, principalmente radicular, em 
condições experimentais 
TÓXICO: 30 a 300 mg kg-1 
 
 
Animais: 
- altamente tóxico: inibe diversos sistemas enzimáticosHomem: 
- delinquência 
Sikka et al. (2010) 
aumento da absorção de Pb e 
redução dos micronutrientes 
catiônicos 
Effects of Pb on the oxidative stress and antioxidant response in a Pb 
bioaccumulator plant Vallisneria natans 
Wang et al. (2012) planta aquática 
Descarte de resíduo: 
SoloSolo 
 
 
MatMateeririalal 
ContaContaminminanteante 
 
 
 
Solo 
 
 
Material Contaminante 
Cádmio 
- solo: baixa concentração natural; 
- adições antropogênicas: 
- fertilizantes fosfatados; 
- lodo de esgoto; 
- pneus; 
- óleos lubrificantes. 
 
origem antropogênica: 
de 3 a 10 vezes 
superior à 
contaminação natural 
Lodo de esgoto preocupação ambiental 
- concentração no solo: < 1 mg kg-1; 
 
- concentração em plantas: 5 a 10 mg kg-1; 
- Cd: alta afinidade pelos grupamentos sulfidril (SH) 
 
distúrbio em atividades enzimáticas proteínas 
 
 
-em plantas: distúrbio no metabolismo do N, Fe e do Mg 
(clorose) 
 
-pouco móvel quanto à redistribuição - acúmulo nas 
raízes; 
 
- inibição competitiva com o Zn 
Cadmium stress affects seed germination and seedling growth in Sorghum bicolor (L.) 
Moench by changing the activities of hydrolyzing enzymes 
controle 
0,5 mM Cd 
2,0 mM Cd 
Kuriakose and Prasad (2007) 
Tezotto et al. (2012) 
Coffee is highly tolerant to cadmium, nickel and zinc: plant and soil nutritional 
status, metal distribution and bean yield 
 
Doses de Cd nos ramos de café em função 
do tempo 
Concentração de Cd nos grãos de café 
em função das doses aplicadas 
Cadmium application in tomato: nutritional imbalance and oxidative stresse 
Nogueirol et al. (2016) 
acúmulo de NO3- 
Flúor 
CONCENTRAÇÃO 
EXCESSIVA DE AMETAIS 
FORTE LIGAÇÃO DO F 
COM O, N E S 
FITOTOXICIDADE 
TÉCNICAS 
AGRONÔMICAS 
CALAGEM 
ADUBAÇÃO FOSFATADA E 
ORGÂNICA 
EFEITO TÓXICO DO F 
FLÚOR FIXADO 
COMO 
CaF2 ou Al2(SiF6)3 
- < 6,5: complexos catiônicos 
com Al 
- pH 
- > 6,5: dessorção devido às 
cargas negativas 
DISPONIBILIDADE 
- tipo de solo / % argila 
 
- [ ] de Ca e P no solo 
 
pH do solo elevado ou grande quantidade de Ca ou P 
MAIOR SOLUBILIDADE 
pH 6,0 - 6,5 
 ÁREAS INDUSTRIAIS LIBERAÇÃO HF 
 EFEITO CUMULATIVO 
 
FRUTÍFERAS MUITO SENSÍVEIS 
SINTOMAS DE EXCESSO 
 
- NECROSE MARGINAL - PONTA QUEIMADA 
 
- CLOROSE INTERNERVAL (~ Mn – citros) 
ABSORÇÃO 
 
 RAÍZES FLUORETO (F-) - forma passiva 
em mesmas condições: raízes absorvem 100x mais Cl- que F- 
 PARTE AÉREA HF GASOSO 
 
CONCENTRAÇÃO 
 
 NAS PLANTAS 2 - 20 mg kg-1 
 ESPÉCIES TOLERANTES 200 - 400 mg kg-1 
chá comercial 
PODE CAUSAR TOXICIDADE EM ANIMAIS 
ACÚMULO 
 
 geralmente baixo acúmulo nas plantas 
 esse acúmulo varia com: 
- espécie vegetal 
- estádio de desenvolvimento 
- tipo de absorção e transporte / distribuição 
 
aumenta: desidrogenase de glicose 6-P, catalase, 
peroxidase, oxidase do citrocromo 
inibe: fosfatase, enolase, fosfoglicomutase e 
hexoquinase 
NECROSE 
MARGINAL 
CLOROSE 
INTERNERVAL 
CANA DE AÇÚCAR 
41 mg kg-1 
Sintomas iniciais de fitotoxicidade causada 
por fluoretos atmosféricos em folhas de milho 
no estádio de florescimento pleno 
Bragantia, 2003 
Determinação de F em cultivares de milho semeadas a 350 e 1000 
m de distância da indústria de cerâmica 
Clorose e necrose marginais em folhas de 
milho, no estádio de enchimento de grãos 
SINTOMAS DEPENDENTES DO ESTÁDIO DE DESENVOLVIMENTO 
Efeitos do F no desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar 
concentração: 56 mg kg-1 
PRÓXIMO 
produtividade: 50 t ha-1 
 
concentração: 3 mg kg-1 
13 km da fonte 
produtividade: 82 t ha-1 
A influência da contaminação por flúor varia com: 
- variedade da cultura 
- distância da fonte poluidora 
Otto et al. (2007) 
50 m da indústria de cerâmica 
200 m da indústria de cerâmica 
CANAVIAL 
próximo da indústria de cerâmica 
Bromo 
Principais origens: 
 
Fumigantes de solo (brometo de metila) 
Herbicida: bromoxynil 
- forma absorvida pelas plantas: brometo (Br-) 
 
- normal nas plantas: 0 - 260 mg kg-1 
 
- concentração no solo: 5 a 40 mg kg-1 
Br > nas folhas 
-sintomas de excesso: folhas cloróticas e necróticas 
inibição de germinação 
sintomas 
semelhantes 
ao excesso de 
sais - espécies sensíveis: 
- plantas ornamentais: cravo e crisântemo 
- batata 
- espinafre 
 
- beterraba 
- espécies tolerantes: acumulam até 2000 mg kg-1 
Sem 
apresentar 
qualquer 
sintoma de 
toxicidade 
- espécies tolerantes: 
- tomate 
- cenoura 
- fumo 
Interage 
com o Cl- 
Iodo 
Elevadas 
concentrações de 
Cl podem reduzir 
efeitos fitotóxicos 
do I 
- no solo: 0,1 a 40 mg kg-1 média 2,8 mg kg-1 
 
- as folhas acumulam mais iodo que raízes 
 
- forma absorvida: iodeto (I-) 
- concentrações nas folhas em toxidez: 
- feijão: 0,75 mg kg-1 
- nabo: > 20 mg kg-1 
- gramíneas forrageiras e trevos: > 100 mg kg-1 
- experimentos em solução nutritiva: 
 
- 0,1 mol L-1: efeitos estimulantes 
 
- 0,5 a 1,0 mol L-1: efeitos tóxicos 
 
- sintomas de toxicidade: 
 
- clorose nas margens das folhas e ocorre necrose 
 
- folhas novas com coloração verde escura 
 
- é essencial aos animais 
- utilizado na síntese de hormônios produzidos pela tireóide: 
triiodotironina e tiroxina 
 
- plantas superiores podem sintetizar composto semelhante tiroxina 
Caffagni et al. (2011) 
maior tolerância ao iodato - cevada teve menor redução de 
biomassa (vs milho e tabaco) 
- batata e tomate potenciais 
fortificadores 
KI - iodeto de potássio 
KIO3 - iodato de potássio 
- Funções dos hormônios: 
 
- atuam no crescimento físico e neurológico 
- Causa da deficiência de iodo: 
 
- consumo de alimentos oriundos de solos pobres em iodo 
- Fontes de iodo: 
 
- sal iodado, alimentos de origem marinha, leite e ovos 
CARÊNCIA DE IODO 
 
- HIPOTIREOIDISMO (“papo”) 
 
- crescimento da glândula da tireóide 
cansaço, insônia, 
depressão, ganho de 
peso, aumento de 
colesterol, retardo 
mental e do crescimento 
de crianças pequenas 
Fitoremediação 
FITOREMEDIAÇÃO 
FITOESTABILIZAÇÃO: o contaminante 
permanece estabilizado nos tecidos das 
raízes, sendo incapaz de se mover no solo. 
 
FITOESTIMULAÇÃO/RIZODEGRADAÇÃO: o 
contaminante, geralmente orgânico, é 
degradado por microrganismos específicos 
da rizosfera. 
 
FITOVOLATILIZAÇÃO: o contaminante, uma 
vez absorvido, é alterado para o estado 
gasoso pelo metabolismo da planta. 
 
FITODEGRADAÇÃO: semelhante à rizodegradação, mas ocorre na parte aérea 
da planta. 
 
FITOEXTRAÇÃO: o contaminante é absorvido em elevadas concentrações e 
transportado para a parte aérea da planta, sendo possível a colheita da parte 
aérea contendo o contaminante. 
Souza et al. (2013) 
exsudatos da rizosfera ou compostos 
aumentam a disponibilidade e absorção 
de elementos tóxicos 
elevada transferência de elementos 
tóxicos das raízes para a parte aérea 
Al 
Cr 
Pb 
Cd 
F 
Br I 
acúmulo de elementos tóxicos na parte 
aérea das plantas 
biodiesel, uso 
industrial, fibras etc 
adaptado de Nascimento e Xing (2006) 
corte da planta 
saturada por 
elementos tóxicos 
redução da 
biomassa 
(compostagem, 
compactação, 
tratamento 
termal) para 
disposição ou 
recuperação 
dos metais) 
RECUPERAÇÃO E USO 
QUANDO FAZ 
COMPOSTO 
PARTE DE UM 
OU QUANDO 
PARTICIPA DE UMA REAÇÃO SEM 
A QUAL A VIDA DA PLANTA É 
IMPOSSÍVEL. 
1) CRITÉRIO DIRETO : 
UM ELEMENTO É ESSENCIAL 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
CRITÉRIOS DE ESSENCIALIDADE 
2) CRITÉRIO INDIRETO : 
 
A) SUA CARÊNCIA IMPEDE QUE A PLANTA 
COMPLETE O CICLO. 
 
B) O ELEMENTO TEM FUNÇÃO ESPECÍFICA, 
SINTOMAS CARACTERÍSTICOS, SÓ O 
ELEMENTO PODE CORRIGÍ- LOS. 
 
C) O ELEMENTO DEVE ESTAR IMPLICADO 
DIRETAMENTE. 
DEMONSTRAÇÃO DA ESSENCIALIDADE 
- PELO CRITÉRIO INDIRETO 
A) SUA CARÊNCIA IMPEDE QUE A PLANTA 
COMPLETE O CICLO. 
1. A PLANTAÉ CULTIVADA EM SOLUÇÃO 
NUTRITIVA NA PRESENÇA E NA AUSÊNCIA DO 
ELEMENTO CUJA ESSENCIALIDADE 
SE PROCURA DEMONSTRAR, SE ELA MOSTRAR 
ANORMALIDADES VISÍVEIS E DEPOIS MORRER, 
O PRIMEIRO PASSO TERÁ SIDO DADO. 
1º PASSO 
DEMONSTRAÇÃO DA ESSENCIALIDADE PELO 
CRITÉRIO INDIRETO 
A) O ELEMENTO TEM FUNÇÃO ESPECÍFICA. 
SINTOMAS CARACTERÍSTICOS, SÓ O 
ELEMENTO PODE CORRIGÍ-LO. 
SE NA FALTA DO ELEMENTO E NA PRESENÇA DE 
OUTROS QUE APRESENTEM CARACTERÍSTICAS 
QUÍMICAS MUITO PRÓXIMAS, A PLANTA TAMBÉM 
MORRER, ISTO SIGNIFICA QUE ELE NÃO PODE SER 
SUBSTITUÍDO. 
 
2º PASSO 
 A) O elemento deve estar implicado diretamente. 
Se o elemento em estudo for fornecido às folhas, e 
estiver ausente da solução nutritiva, e com isso garantir 
um crescimento normal da planta, fica evidente que 
participa diretamente da vida vegetal, não estando com 
a sua presença anulando condições desfavoráveis 
presentes por ventura no sistema radicular. 
DEMONSTRAÇÃO DA ESSENCIALIDADE 
 PELO CRITÉRIO INDIRETO 
3º PASSO 
FONTE: Epstein (1975) 
ELEMENTO PESO 
ATÔMICO 
MICROMOLS/ 
g 
CONCENTRAÇÃO 
NA M.S. 
Mo 95,9 0,001 0,1 mg kg-1 
Cu 63,5 0,10 6,0 mg kg-1 
Zn 65,4 0,30 20,0 mg kg-1 
Mn 54,9 1,0 50,0 mg kg-1 
Fe 55,8 2,0 100,0 mg kg-1 
B 10,8 2,0 20,0 mg kg-1 
Cl 35,5 3,0 100,0 mg kg-1 
S 32,1 3,0 1,0 g kg-1 
P 30,9 60 2,0 g kg-1 
Mg 24,3 80 2,0 g kg-1 
Ca 40,0 125 5,0 g kg-1 
K 39,1 250 10,0 g kg-1 
N 14,0 1.000 15,0 g kg-1 
O 16,0 30.000 450,0 g kg-1 
C 12,0 40.000 450,0 g kg-1 
H 01,0 60.000 60,0 g kg-1 
CONCENTRAÇÃO DE ELEMENTOS NA MATÉRIA SECA 
DEFICIÊNCIAS DE MACRO E MICRONUTRIENTES NO BRASIL 
ELEMENTOS ESTADO CULTURA (*) 
Nitrogênio Todos Todas 
Fósforo Todos ANUAIS, PERENES, PASTAGENS 
 
 
Potássio 
 
BA, GO, MG, 
PR, SP 
ARROZ, CAFÉ, CANA, 
FEIJÃO MILHO, PINHEIROS, 
SOJA, TRIGO, TOMATE, CANA 
 
Cálcio 
MG, RJ, RS, 
SP 
 
TOMATE, CANA 
 
Magnésio 
BA, ES, GO, 
PR, RJ, SP 
ALGODÃO, ALHO, 
BANANA, CAQUI, CAFÉ, 
CITRUS 
 
Enxôfre 
GO, MG, MT, 
PR, SP 
ALGODÃO, CAFÉ, FEIJÃO, 
PASTAGEM, SOJA. 
 
 
Boro 
BA, CE, 
ES,GO, MG, 
PE, PR, RJ, 
SC, SP 
 
ALGODÃO, BATATA, CAFÉ, 
CANA, CITRUS, HORTALIÇAS, 
PINHEIROS, VIDEIRAS 
 
Cobre 
 
MG, PR, SP 
CAFÉ, CANA, HORTALIÇAS, 
CITRUS 
 
Ferro 
CE, GO, PB, 
PE, SP 
ABACAXI, CAFÉ, CANA, 
MANDIOCA 
 
Manganês 
MG, PE, PR, 
SP 
CAFÉ, CITRUS, CANA, 
MANDIOCA 
 
Molibdênio 
MA, MG, PE, 
RS, SP 
 
CITRUS, HORTALIÇAS, 
PASTAGENS, LEGUMES 
 
 
Zinco 
BA, ES, GO, 
MG, PE, PR, 
RS, RN, SP 
 
ARROZ, CAFÉ, CANA, 
CITRUS, MILHO, PESSEGO 
DEFICIÊNCIAS DE MACRO E MICRONUTRIENTES NO BRASIL 
MACRONUTRIENTES – FUNÇÕES E COMPOSTOS 
 
ELEMENTO FUNÇÃO COMPOSTOS 
 
N 
 
Importante no metabolismo 
como composto 
Aminoácidos e proteínas, aminas, 
amidas, aminoaçúcares, purinas,e 
pirimidinas, alcalóides, coenzimas, 
vitaminas e pigmentos 
P 
 
Armazenamento e 
transferência de energia, 
estrutural 
 
Ésteres de carboidratos, 
nucleotídeos e ácidos nucléicos, 
coenzimas e fosfolipídios 
 
K 
Abertura e fechamento de 
estômatos, síntese e 
estabilidade de proteínas, 
relações osmóticas, síntese 
de carboidratos 
 
 
Predomina na forma iônica. 
Compostos desconhecidos 
FONTE: Hewitt & Smith (1975) 
Ca 
Ativação 
enzimática, 
parede celular, 
permeabilidade 
Pectato de cálcio, 
fitato, carbonato e 
oxalato 
Mg 
Ativação 
enzimática, 
estabilidade de 
ribossomos, 
fotossíntese 
 
 
Clorofila 
S 
 
Grupo ativo de 
enzimas e 
coenzimas 
Cisteína, cistina, 
metionina, taurina, 
glutatione, 
sulfolipídeos e 
coenzimas 
MACRONUTRIENTES – FUNÇÕES E COMPOSTOS 
 
ELEMENTO 
 
FUNÇÃO 
 
COMPOSTOS 
B Transporte de carboidratos, 
coordenação de fenóis 
Íon borato. Não se conhece 
compostos orgânicos 
Cl Fotossíntese Cloreto, alcalóides 
Cu 
 
Enzima, fotossíntese 
 
Polifenoloxidase, plastocianina 
Fe Grupo ativo e enzimas, 
transporte de elétrons 
Citocromo, ferredoxina, catalase, 
síntese da porfirina, redução do 
nitrato, nitrito e sulfito 
FONTE: Hewitt & Smith (1975) 
Mn 
Fotossíntese, 
metabolismo do 
ácido carboxílico 
 
Manganina 
Mo Fixação do N2, 
redução do nitrato 
Redutase do nitrato, 
nitrigenase 
Ni Ativador da 
Urease 
Urease 
Zn 
 
Enzimas 
 
Anidrase carbônica 
MICRONUTRIENTES – FUNÇÕES E COMPOSTOS 
CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES DE PLANTAS 
FONTE: Mengel & Kirkby (1987) 
NUTRIENTE ABSORÇÃO FUNÇÕES BIOQUÍMICAS 
 
1° GRUPO 
(C, H, O, N, S) 
Na forma de CO2, 
H2O, O2, 
NO3-, NH4+, N2, 
 
Constituintes de compostos 
orgânicos. 
SO42-, SO2 
 
2° GRUPO 
(P, B) 
 
P - forma de fosfato 
B - ácido bórico ou 
borato 
Os ésteres de fosfato estão 
envolvidos 
em reações de transferência de 
energia. 
 
3° GRUPO 
 
Na forma de íons da 
Funções não específicas, 
estabelecendo 
(K, Mg, Ca, Mn, solução potencial osmótico, ativação 
Cl) do solo enzimática 
balanceamento iônico. 
 
4° GRUPO 
(Fe, Cu, Zn, Mo) 
 
Na forma de íons ou 
quelatos 
da solução do solo 
 
Transporte de elétrons e ativação 
enzimática. 
QUANTIDADE DE NUTRIENTES EXISTENTES EM 1.000 KG DE 
GRÃOS DE MILHO OU DE SOJA, E NOS RESTOS CULTURAIS 
NUTRIENTE TOTAL GRÃOS RESTOS COEF. EXPORTAÇÃO 
Milho – kg/1.000 kg de grãos 
Nitrogênio 18,9 12,8 6,1 0,68 
Fósforo 3,9 3,1 0,8 0,79 
Potássio 19,5 3,9 15,6 0,20 
Cálcio 4,0 0,1 3,9 0,03 
Magnésio 4,3 1,1 3,2 0,26 
Enxofre 2,1 1,2 0,9 0,57 
Soja – kg/1.000 kg de grãos 
Nitrogênio 75,4 63,6 11,8 0,84 
Fósforo 5,2 4,7 0,7 0,87 
Potássio 32,0 17,9 14,1 0,56 
Cálcio 21,2 3,1 18,1 0,15 
Magnésio 11,0 2,4 8,6 0,22 
Enxofre 2,8 1,8 1,0 0,65 
Os dados de P e K, para obtê-los em P2O5 e K2O, multiplicar por 2,3 e 1,2, 
respectivamente. 
FONTE: Barber & Olson (1968); Bataglia & Mascarenhas (1978) 
50.000 plantas/ha; CENTRALMEX – 6,7 t/ha; H 7974 – 6,3 t/ha; PIRANÃO – 6,4 t/ha 
FONTE: (Andrade et al. (1977) 
M 
C 
ELEMENTO PARTE DA PLANTA CENTRALMEX H 7974 PIRANÃO 
GRÃOS 116 135 116 
N (kg ha-1) PALHA + SABUGO 8 6 8 
TOTAL 124 141 124 
GRÃOS 25 27 22 
P (kg ha-1) PALHA + SABUGO 2 2 2 
TOTAL 27 29 24 
GRÃOS 28 32 29 
K (kg ha-1) PALHA + SABUGO 8 7 12 
TOTAL 36 39 41 
GRÃOS 0,4 0,4 0,4 
a (kg ha-1) PALHA + SABUGO 0,7 0,5 0,7 
TOTAL 1,1 0,9 1,1 
GRÃOS 10,4 11,6 10,4 
g (kg ha-1) PALHA + SABUGO 1,0 0,8 0,7 
TOTAL 11,4 12,4 11,1 
GRÃOS 10,7 10,7 8,5 
S (kg ha-1) PALHA + SABUGO 0,9 0,9 0,8 
TOTAL 11,6 11,6 9,4 
EXPORTAÇÃO DE MACRONUTRIENTES PELA COLHEITA 
FONTE: Andrade et al. (1977) 
MARCHA DE ABSORÇÃO DE N, P, K, Ca, Mg E S 
PELO MILHO (PARTE AÉREA) 
MACRO E MICRONUTRIENTES NO 
MILHO E NA SOJA 
MACRONUTRIENTES (kg ha-1) MICRONUTRIENTES (g ha-1) 
N P K Ca Mg S B Cl Cu Fe Mn Mo Zn Co 
0 
MILHO 170 35 175 27 39 19 160 
72000 
100 1900 300 0 160 - 
SOJA 300 40 115 70 35 23 10 10000 100 1700 600 10 200 5 
Milho – 5 t de grãos e 10 t de restos Soja – 3 t de vagens e 6 t de ramas 
FONTE: Malavolta (1976) 
A NAÇÃO QUE DESTROI SEUS SOLOS 
DESTROI A SI MESMA. 
Franklin D. Roosevelt 
O QUE NÓS FAZEMOS A TERRA, 
NÓS FAZEMOS A NÓS MESMOS. 
WENDELL BERRY

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