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D Empresarial - Corretagem

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI
CENTRO DE CIÊNCIA SOCIAIS E JURÍDICAS
CURSO: DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL
PROFESSOR: SERGIO VAZ
CONSIDERAÇÕES JURÍDICAS ACERCA DOS CONTRATOS DE CORRETAGEM
Art. 722 a 729, do Código Civil
CAROLINE GUEDES
ELEONORA MAMFRIM FARIAS ATTANASIO
MARIA LUIZA DALSENTER
LUANA PRIMON MORINELI
LUCAS BERNARDES
Itajaí - SC, Outubro de 2022
2
SUMÁRIO:
Introdução;
1. Características do contrato de corretagem;
2. Natureza jurídica da corretagem;
3. Principais deveres do corretor;
4. A remuneração do corretor;
5. A responsabilidade pelo adimplemento da comissão
6. Cláusula de exclusividade;
7. Análise jurisprudencial;
RESUMO:
O presente visa explanar o contrato de corretagem, o qual é uma modalidade
contratual recorrente e célebre no ramo do direito imobiliário. Será demonstrado
suas aplicabilidades no dia a dia, alguns entendimentos jurisprudências a respeito
do assunto, bem como a análise dos artigos 722 a 729, do Novo Código Civil
Brasileiro1, os quais positivam o tema.
1 INSTITUI O CÓDIGO CIVIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. [S. l.], 10
jan. 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm. Acesso em: 17
out. 2022.
3
INTRODUÇÃO:
A função do corretor imobiliário é aproximar as pessoas interessadas nos
negócios. Sua atuação pode ser de forma autônoma ou associada a uma imobiliária.
De acordo com a doutrina “o contrato de corretagem é o negócio jurídico por
meio do qual uma pessoa, não vinculada a outra em decorrência de mandato, de
prestação de serviços ou por qualquer outra relação de dependência, se obriga a
obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas”2,
sendo que a figura do corretor é parte de suma importância para a aproximação
das partes nesta espécie contratual.
PALAVRAS-CHAVE: Contratos de corretagem; Corretor; Direito
Imobiliário
2 FILHO, R. P.; GAGLIANO, P. S. Novo curso de direito civil - contratos. 5. ed.
São Paulo: Saraiva, 2022. E-book.
4
1. CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE CORRETAGEM
O código civil, em seu Art. 722, preceitua:
“Art. 722. Pelo contrato de corretagem, uma
pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de
prestação de serviços ou por qualquer relação de
dependência, obriga-se a obter para a segunda um ou
mais negócios, conforme as instruções recebidas”
Já se observa a nota característica da corretagem: a tentativa de
aproximação de potenciais contratantes. O corretor é um intermediário com a
missão de encontrar pessoas dispostas a contratar, nos termos desejados por seu
cliente.
Nesse sentido, é importante destacar que a relação jurídica entre as partes e
o corretor não surge exclusivamente do negócio contratual de mediação, pois
direitos e obrigações nascem também do simples fato de que o intermediário haja
concorrido de modo eficaz para a aproximação das partes na conclusão do negócio.
Haja vista, o corretor procura aproximar pessoas com interesses
complementares. Logo, presume-se que em algumas oportunidades, os sujeitos que
foram apresentados pelo corretor conseguirão celebrar um negócio jurídico,
encontrando condições satisfatórias para ambos, e em outras tantas, não.
É por isso que Araken de Assis destaca que, neste tipo contratual, “alguém
se obriga a contratar possíveis interessados em contratar com outra pessoa, em
geral compra e venda. Transforma-se a atividade do corretor numa interferência
feliz, concluindo-se o negócio almejado”. É justamente com a formação deste
segundo negócio jurídico – entre terceiros – que surgirá ao corretor o direito a obter
remuneração, como será observado adiante.
5
"É como se o corretor, em linguagem simples e direta, tivesse a precípua
tarefa de aproximar duas outras partes com o propósito de que as mesmas
celebrem determinado contrato." (FILHO, 2022, p.1192).
Importante mencionar que, o sujeito que se obriga é denominado corretor e o
sujeito que contrata a intermediação é denominado de comitente.
2. NATUREZA JURÍDICA DA CORRETAGEM
Tendo em vista que o consenso é suficiente para a sua formação, a
corretagem é um contrato meramente consensual. Não se exige qualquer prestação
ou a entrega de determinado bem para que ele tenha valor jurídico. Pode ser
formado por variados meios, desde que presente o consenso das partes.
A sua qualificação como bilateral é discutida em sede doutrinária. Orlando
Gomes reputa que “o contrato de corretagem é simplesmente unilateral porque não
se obriga a cuidar do negócio e levá-lo a bom termo.”
De seu turno, Caio Mário da Silva Pereira reputa bilateral o contrato, “porque
gera obrigações para os ambos contratantes”.
O contrato de corretagem é oneroso.
Art. 724, “a remuneração do corretor, se
não estiver fixada em lei, nem ajustada entre as
partes, será arbitrada segundo a natureza do
negócio e os usos locais”
Portanto, quando as partes silenciam a respeito da comissão, é cabível a
“ação de arbitramento de honorários”, os quais serão fixados consoante os
parâmetros da natureza do negócio, dentre outros critérios.
Ainda vale dizer que o contrato de corretagem é informal, pois não há uma
forma específica de ser realizado. Embora tenha natureza jurídica contratual, pode
ser feito verbalmente.
6
É consensual, já que a mera convenção é o bastante. Ou seja, não é preciso
que haja a transferência do bem para o profissional de vendas. E também aleatório,
tendo em vista que o corretor assume o risco de não receber nada caso a operação
não se efetive.
Por fim, destaca-se que o contrato não é solene, muito embora seja de todo
aconselhável a sua celebração por escrito, para estampar o que foi acordado e
dirimir futuras dúvidas.
3. PRINCIPAIS DEVERES DO CORRETOR
O Código Civil especifica que:
Art. 723. O corretor é obrigado a executar a mediação
com diligência e prudência, e a prestar ao cliente,
espontaneamente, todas as informações sobre o andamento do
negócio.
Parágrafo único. Sob pena de responder por perdas e
danos, o corretor prestará ao cliente todos os esclarecimentos
acerca da segurança ou do risco do negócio, das alterações de
valores e de outros fatores que possam influir nos resultados da
incumbência.
O art. 38, do Decreto n. 81.871/78, arrola infrações disciplinares do Corretor
de Imóveis, as quais são caracterizadas justamente em face da não observância de
seus deveres profissionais.
São consideradas infrações:
(I) transgredir normas de ética profissional;
(II) prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados;
7
(III) exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer
meio, o seu exercício aos não inscritos ou impedidos;
(IV) anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja
autorizado através de documento escrito;
(V) fazer anúncio ou impresso relativo a atividade profissional sem mencionar
o número de inscrição;
(VI) anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do
registro do loteamento ou da incorporação no Registro de Imóveis; (VII) violar o
sigilo profissional;
(VIII) negar aos interessados prestação de contas ou recibo de quantia ou
documento que lhe tenham sido entregues a qualquer título;
(IX) violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão; (X) praticar,
no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime de
contravenção;
(XI) deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional; (XII) promover ou
facilitar a terceiros transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem
interesses de terceiros;
(XIII) recusar a apresentação de Carteira de Identidade Profissional, quando
couber.
Assentou o Superior Tribunal de Justiça, em precedente da Terceira Seção
Turma que “a conduta do agente que exerce atividades de corretagem de imóveis
após o cancelamento de sua inscrição no CRECI, por inadimplência das anuidades
devidas, se amolda à contravenção penal prevista no art. 47 do Decreto-lei
3.688/1941, haja vista que permaneceu clandestinamentena profissão
regulamentada, exercendo-a sem o preenchimento de condição legal a que está
subordinado o seu exercício, qual seja, inscrição perante o órgão de fiscalização
profissional”.
8
4. A REMUNERAÇÃO DO CORRETOR
O Código Civil dispõe sobre a remuneração do corretor:
Art. 724. A remuneração do corretor, se não estiver fixada em lei, nem ajustada
entre as partes, será arbitrada segundo a natureza do negócio e os usos locais.
Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma vez que tenha conseguido o
resultado previsto no contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive em
virtude de arrependimento das partes.
Ou seja, caso o corretor, não encontre um interessado que aceite as condições
desejadas por seu cliente, nenhum contrato será formalizado, nenhum valor poderá
cobrar, a despeito de sua dedicação. Contudo, caso o corretor faça a mediação com
sujeito que se interesse pelo negócio e forme com o seu cliente o negócio
idealizado, terá pleno direito à remuneração pactuada.
Deste modo, é possível afirmar que, a remuneração dos corretores de imóveis
varia de acordo com o volume de negócios fechados pelo profissional, o valor dos
imóveis e a região onde atua.
O contrato de corretagem não é acessório do principal. Bem assinala Araken de
Assis: “é frequente reputar-se o contrato de mediação, ou de corretagem, acessório
do contrato principal. No entanto, o contrato de corretagem pode existir, valer e
mostrar-se eficaz, inclusive quanto à remuneração, independentemente do
desfazimento do contrato obtido pela atividade intermediadora.
Art. 725. A remuneração é devida ao corretor uma
vez que tenha conseguido o resultado previsto no
contrato de mediação, ou ainda que este não se efetive
em virtude de arrependimento das partes.
Por isso, a afirmativa de que o contrato é acessório contradiz a ‘noção mesma
de acessoriedade dos contratos’, ou, como prefere Gustavo Tepedino, afigura-se
9
‘tecnicamente injustificada’, uma ilusão provocada pela intima relação econômica
entre a corretagem e o contrato obtido”.
Esta posição foi acolhida pelo Superior Tribunal de Justiça. O acórdão da
Terceira Turma assentou que “para o efeito de tornar devida a remuneração a que
faz jus o corretor, a mediação deve corresponder somente aos limites conclusivos
do negócio jurídico, mediante acordo de vontade entre as partes,
independentemente da execução do próprio negócio. A inadimplência das partes,
após a conclusão deste, mesmo que acarrete a rescisão contratual, não repercute
na pessoa do corretor”.
5. A RESPONSABILIDADE PELO ADIMPLEMENTO DA COMISSÃO
Não há dúvidas quanto à natureza onerosa da corretagem. Contudo, a lei
silencia a respeito da responsabilidade pelo adimplemento da comissão. Muitas
pessoas, quiçá pelo costume social, imaginam que este custo deve recair sobre o
vendedor. Trata-se, porém, de apenas uma impressão que não é esposada pela lei
civil. Há silêncio, no Código Civil, quanto ao tema.
Ao propósito, assentou a 1ª Turma do STF: “A comissão constitui obrigação
a cargo de quem incumbe a realização da corretagem. Via de regra, a comissão do
corretor é devida pelo vendedor”.
No mesmo sentido, a 4ª Turma do STJ proclamou o seguinte: “Em princípio,
quem responde pelo pagamento da comissão é aquele que contratou o corretor, ou
seja, o comitente”.
Desta forma, quem deve arcar com a remuneração do corretor é a pessoa
que o contrata, como regra. Caso haja cláusula contratual (ou estampado por outro
meio inequívoco) o acerto para uma fórmula diversa, então pela autonomia privada
esta nova composição é que deve ser prestigiada.
6. A CLÁUSULA DE EXCLUSIVIDADE
10
Preceitua o Código Civil:
Art. 726. Iniciado e concluído o negócio
diretamente entre as partes, nenhuma remuneração será
devida ao corretor; mas se, por escrito, for ajustada a
corretagem com exclusividade, terá o corretor direito à
remuneração integral, ainda que realizado o negócio sem
a sua mediação, salvo se comprovada sua inércia ou
ociosidade.
Desta forma, a regra é que o corretor não possui exclusividade para a
realização daquele negócio indicado pelo cliente. Com efeito, registra a prática o
costume das pessoas contratarem diversos corretores, imaginando que assim
encontrarão um número maior de interessados, o que potencializará a chance de
efetiva contratação. Nesses casos, aquele corretor que, por competência ou sorte,
encontrar o terceiro que realize negócio com o seu cliente, receberá a remuneração
convencionada.
Quando, portanto, é estabelecida a exclusividade em favor do corretor, quer
por cláusula contratual expressa, quer por outro meio absolutamente idôneo de
prova documental, prevê a lei que o corretor tenha direito à remuneração integral,
ainda que realizado o negócio sem a sua mediação.
7. ANÁLISE JURISPRUDENCIAL
Processo: 0006127-85.2013.8.24.0023 (Acórdão do Tribunal de Justiça)
Relator: Carlos Roberto da Silva
Origem: Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Orgão Julgador: Sétima Câmara de Direito Civil
Julgado em: 06/10/2022
11
Classe: Apelação
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SENTENÇA DE
PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DOS DEMANDADOS. COMISSÃO DE
CORRETAGEM. TESE DE AUSÊNCIA DE EXCLUSIVIDADE E DE INEXISTÊNCIA
DE INTERMEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA. INACOLHIMENTO. AUTORA QUE LOGROU
ÊXITO EM DEMONSTRAR QUE REALIZOU A APROXIMAÇÃO ENTRE A PARTE
INTERESSADA E A PARTE VENDEDORA EM RELAÇÃO AO NEGÓCIO DE
COMPRA E VENDA CELEBRADO. DEMANDANTE QUE APRESENTOU O
APARTAMENTO AOS COMPRADORES E INTERMEDIOU DIVERSAS
NEGOCIAÇÕES DE VALORES. NEGÓCIO PERFECTIBILIZADO SEM A
PARTICIPAÇÃO DA AUTORA. ARGUMENTO DE DESCONHECIMENTO DE QUE
OS INTERESSADOS HAVIAM FORMALIZADO PROPOSTA À IMOBILIÁRIA.
IRRELEVÂNCIA. ATUAÇÃO DA REQUERENTE QUE DESPERTOU O INTERESSE
DOS ADQUIRENTES NO IMÓVEL DOS REQUERIDOS. ESSÊNCIA DO
CONTRATO DE CORRETAGEM QUE É O IMPLEMENTO DO OBJETIVO
ESPECÍFICO DE CONCRETIZAÇÃO DE NEGÓCIO. COMISSÃO DE
CORRETAGEM DEVIDA. INVIABILIDADE DE REDUÇÃO DO PERCENTUAL
PREVISTO EM CONTRATO. PARTE AUTORA QUE CUMPRIU AS OBRIGAÇÕES
ASSUMIDAS CONTRATUALMENTE. SENTENÇA CONFIRMADA. "É devida a
comissão de corretagem por intermediação imobiliária se os trabalhos de
aproximação realizados pelo corretor resultarem, efetivamente, no consenso das
partes quanto aos elementos essenciais do negócio" (STJ. AgRg no AREsp
465.043/SP, Rel. Ministro JOão Otávio DE Noronha, Terceira Turma, DJe de
19/5/2014). PRETENSÃO DE EXCLUSÃO DE MULTA IMPOSTA POR OPOSIÇÃO
DO JULGAMENTO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. ARGUMENTO DE
AUSÊNCIA DE INTUITO PROTELATÓRIO. ACOLHIMENTO. RAZÕES
RECURSAIS DESTINADAS AO REGULAR EXERCÍCIO DO DIREITO DE DEFESA.
EXCLUSÃO DA PENALIDADE POR INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ PROCESSUAL.
RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.
Processo: 0305877-87.2014.8.24.0008 (Acórdão do Tribunal de Justiça)
12
Relator: Haidée Denise Grin
Origem: Tribunal de Justiça de Santa Catarina
Orgão Julgador: Sétima Câmara de Direito Civil
Julgado em: 01/09/2022
Classe: Apelação
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA DE COMISSÃO DE CORRETAGEM.
SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. INSURGÊNCIA DOS RÉUS. PRELIMINAR DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. INOCORRÊNCIA. POSSIBILIDADE DE
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. PROVA DOCUMENTAL SUFICIENTE
PARA FORMAR CONVICÇÃO DO JUIZ. PREFACIAL REJEITADA. MÉRITO.
ALEGADA AUSÊNCIA DE CELEBRAÇÃO DE PACTO COM EXCLUSIVIDADE, O
QUE TORNOU POSSÍVEL A POSTERIOR CELEBRAÇÃO DO NEGÓCIO SEM A
INTERMEDIAÇÃO DA IMOBILIÁRIA. INSUBSISTÊNCIA. FATO INCONTROVERSO
QUE A IMOBILIÁRIA FOI A RESPONSÁVEL PELA APROXIMAÇÃO DAS PARTES.
LAPSO TEMPORAL DE DOIS MESES ENTRE O PAGAMENTO DE ARRAS,
DESISTÊNCIA DO NEGÓCIO E CELEBRAÇÃO DIRETA DA COMPRA E VENDA
ENTRE AS PARTES. CONCRETIZAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO QUE
SOMENTE FOI POSSÍVEL DIANTE DO SERVIÇO PRESTADO PELO CORRETOR.
COMISSÃO DE CORRETAGEM DEVIA. SENTENÇA MANTIDA. ARBITRAMENTO
DE HONORÁRIOS RECURSAIS (ART. 85, §11, DO CPC). RECURSO
CONHECIDO E DESPROVIDO.
13

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