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PRATICAS CONTABEIS EM LABORATORIO 3

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PRÁTICAS CONTÁBEIS EM 
LABORATÓRIO 
AULA 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Adriely Camparoto Brito 
Revisão: Profª. Edenise A dos Anjos 
 
 
DOCUMENTOS FISCAIS E PRINCIPAIS DECLARAÇÕES 
 
CONVERSA INICIAL 
Nesta aula trataremos delineamentos básicos sobre os documentos 
fiscais: o que são, quais os tipos, quando devem ser utilizados conforme as 
operações e os principais cuidados em seu preenchimento quanto aos aspectos 
fiscais e tributários. Aprenderemos também sobre as obrigações acessórias 
relacionadas às declarações que devem ser entregues periodicamente conforme 
as exigências de nível federal, estadual e municipal. E, complementando essa 
parte de obrigações acessórias abordaremos as principais declarações a serem 
elaboradas e entregues pelos produtores rurais pessoa física. 
 
CONTEXTUALIZANDO 
No seu cotidiano, as empresas desenvolvem inúmeras atividades e, 
muitas delas devem ser devidamente registradas em documentos fiscais, que 
podem variar conforme o tipo de operação. Esse ambiente é complexo e gera 
inúmeras dúvidas aos empresários e aos colaboradores responsáveis pela parte 
fiscal e contábil, principalmente quanto a correta utilização dos códigos 
tributários necessários, tais como o CFOP, NCM e CST. 
Nesse sentido é fundamental que o profissional contábil possua amplo 
conhecimento destes procedimentos para que possa executar e fornecer 
orientações quanto a emissão dos documentos fiscais em conformidade com as 
legislações pertinentes. Além disso, após o encerramento do período, tanto as 
pessoas jurídicas como o produtor rural pessoa física, necessitam prestar contas 
ao fisco, por meio de declarações mensais e/ou anuais a serem transmitidas pelo 
profissional contábil responsável. A omissão, o preenchimento incorreto ou 
insuficiente de qualquer uma destas declarações, pode ocasionar penalidades, 
tanto para o contribuinte como para o contador, por ser o profissional com 
responsabilidade técnica sobre os serviços contratados. 
Bom estudo! 
 
 
 
 
 
3 
TEMA 1 – NOÇÕES GERAIS SOBRE DOCUMENTOS FISCAIS 
 
Os documentos fiscais referem-se à documentação que comprove a 
realização de uma transação comercial entre as partes envolvidas: fornecedor 
e cliente. São diversos os tipos de documentos fiscais existentes e variam 
conforme o tipo de atividade ou operação desenvolvida. 
Podemos visualizar alguns exemplos no quadro 01. 
Quadro 1. Exemplos de operações comerciais e documentos fiscais respectivos 
Tipo de Operação Tipo de Documento Fiscal Modelo 
Venda de mercadorias 
Cliente Pessoa Jurídica 
Nota Fiscal Modelo 1 ou 1-A 
Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) Modelo 55 
Venda de mercadorias 
Cliente Pessoa Física 
Nota Fiscal de Venda a Consumidor Modelo 2 
Nota Fiscal do Consumidor eletrônica 
(NFC-e) 
Modelo 65 
Vendas feitas por 
Produtores Rurais 
Nota Fiscal de Produtor (NFP) Modelo 4 
Venda de Energia 
Elétrica 
Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica Modelo 06 
Serviços de 
Telecomunicações 
Nota Fiscal de Serviços de 
Telecomunicação 
Modelo 22 
Serviços de 
Comunicações 
Nota Fiscal de Serviços de 
Comunicação 
Modelo 21 
Transporte de Cargas Conhecimento de Transporte 
Eletrônico (CT-e) 
Modelo 57 
Transporte de 
Passageiros 
Bilhete de passagem Rodoviário Modelo 13 
Bilhete de Passagem Eletrônico (BP-e) Modelo 63 
Prestação de Serviços 
Municipais 
LC 116/2003 
Nota Fiscal de Serviços (NFS) ou 
Nota Fiscal de Serviços Eletrônica 
(NFS-e) 
Modelo definido pelos 
municípios 
 
No quadro 1 citamos apenas alguns modelos de documentos fiscais 
definidos conforme o tipo de operação. Paralelamente a isto, observa-se, que 
estas operações variam de acordo com as atividades econômicas desenvolvidas 
pelas empresas (tipo de negócio). Com base nisso, para cada tipo operação, 
existe um modelo específico de nota fiscal a ser utilizado. É importante 
esclarecer que os modelos de cada tipo de documento fiscal são definidos em 
legislação e, devem ser respeitados em todo o território nacional. 
O CONFAZ (Conselho Nacional de Política Fazendária) entre as suas 
mais diversas atribuições, também é responsável pela elaboração e publicação 
dos Ajustes SINIEF (Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-
Fiscais), contendo as normatizações e especificações dos tipos de 
documentos fiscais. É possível acessar todos os Ajustes SINIEF publicados, 
no site do Confaz: “https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes”. 
(CONFAZ, 2019). 
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes
 
 
4 
Destacamos também que muitos modelos dos documentos fiscais estão 
sendo reestruturados e substituídos por modelos eletrônicos, como por exemplo 
o Cupom Fiscal (ECF) x Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e). Quando 
da definição dos modelos é estabelecido um prazo limite para que os Estados 
façam sua implantação, podendo assim, haver estados emitindo modelos não 
eletrônicos ainda, por estar na fase de adequação. 
Como são inúmeros os documentos fiscais existentes e, não se pretende 
esgotar o tema, abordaremos neste item apenas três, entre os modelos mais 
utilizados pelas empresas de pequeno e médio porte, sendo a NF-e; o CT-e e a 
NFS-e. 
 
1.1 Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) 
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) é emitida em substituição à nota fiscal 
modelo 1 e 1-A que eram emitidas de forma física, por meio de blocos de notas 
fiscais normalmente confeccionados em gráficas, mediante autorização 
fazendária. A NF-e trata-se de um documento fiscal emitido eletronicamente 
e armazenado de forma digital (arquivo em formato XML) validado 
juridicamente por meio de certificação digital do emissor. Sem certificação digital 
do emitente, não é possível transmitir uma NF-e. (PORTAL DA NF-e, 2019). 
A inovação da nota fiscal eletrônica é a necessidade da autorização da 
Secretaria de Fazenda (SEFAZ ) do Estado do emitente, ou seja, o emitente 
gera a NF-e, efetua sua transmissão para o webservice da SEFAZ do seu 
Estado, que recebe o arquivo e faz análise de sua estrutura (layout), se atende 
aos requisitos legais, estando em conformidade é autorizada a NF-e e 
disponibilizada a DANFE (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica) para 
impressão. Esse processo pode ser visualizado na Figura 1. 
 
 
 
Figura 1. Fluxo da emissão da NF-e 
 
A autorização da NF-e pela SEFAZ não pode ser confundida com a 
conferência de dados do preenchimento. A única verificação que a SEFAZ 
Contribuinte gera a NF-
e e transmite para Sefaz
Sefaz recebe a NF-e, 
analisa (estrutura) e 
autoriza
Autorizada a NF-e é 
possível imprimir o 
Danfe
 
 
5 
realiza é em relação aos campos obrigatórios, se estão preenchidos, ou seja, se 
a NF-e está correta estruturalmente. Quanto ao conteúdo informado em cada 
campo, poderá ser objeto de futura fiscalização e até mesmo autuação caso 
estejam em desconformidade com as legislações fiscais e tributárias. Sendo, 
portanto, responsabilidade do emitente, conhecer os requisitos legais e 
preencher corretamente os campos da NF-e. 
A NF-e é um arquivo XML (Extensible Markup Language - tradução: 
linguagem extensível de marcação genérica) ou seja, um arquivo digital que 
contém todas as informações da operação: dados do emitente, destinatário, tipo 
de operação, produtos, valores, tributação e informações adicionais, entre 
outros. Para tornar a NF-e em algo físico e possibilitar sua impressão foi 
estabelecido o DANFE (Documento auxiliar da nota fiscal eletrônica). 
É importante que seja compreendido que a NF-e é o arquivo XML e, o 
DANFE é apenas o seu comprovante na versão de visualização e 
impressão. Sendo fundamental, portanto, o arquivamento da via digital (arquivo 
XML) das NF-e emitidas/recebidas, visto que estes são os “documentos fiscais” 
válidos juridicamente. O DANFE deverá ser impresso, pois é o documento 
auxiliar que acompanhará o transporte das mercadorias negociadas na NF-e, 
podendo servir tambémcomo comprovante de entrega do produto. (PORTAL DA 
NF-e, 2019). 
Cada NF-e possui a sua chave de acesso formada por uma sequência 
numérica de 44 (quarenta e quatro) caracteres, única para cada NF-e. Essa 
chave, além de possibilitar identificar a NF-e, permite consultar a sua situação e 
validade jurídica no ambiente nacional de NF-e (Portal da Nota Fiscal 
Eletrônica: “www.nfe.fazenda.gov.br”) e, também é utilizada para reimpressão 
da NF-e e para importação dos seus dados nos diversos softwares contábeis e 
gerenciais, na ausência do arquivo XML. (PORTAL DA NF-e, 2019). 
A sequência numérica da chave de acesso da NF-e é formada por dados 
que permitem a identificação de informações básicas, tais como a UF, mês, ano 
e CNPJ do emitente, modelo, série e situação. A chave de acesso da NF-e será 
impressa no DANFE em campo específico, segregada em 11 blocos de 4 
números cada conforme demonstrado na figura 2 e, além disso deverá 
apresentar o código de barras da respectiva chave de acesso (Portal da NF-e, 
2019). 
 
 
6 
 
Figura 2. DANFE - Chave de acesso 
Fonte: PORTAL DA NF-e, 2019. 
 
Considerando como exemplo a chave de acesso do quadro 2, poderemos 
observar melhor o detalhamento de sua composição. 
 
Quadro 2. Composição da chave de acesso de uma NF-e 
Chave de acesso: 
51190612345678000110550010000000011123456780 
Detalhamento da composição 
 Quantidade de 
Caracteres 
Exemplo Como fica na Chave 
Código da UF 2 51 (MT) 51 
AAMM da emissão 4 2019 – Junho. 1906 
CNPJ do emitente 14 12.345.678/0001-10 12345678000110 
Modelo 2 55 (NF-e) 55 
Série 3 001 001 
Número da NF-e 9 1 000000001 
Forma de emissão da NF-e 1 1 1 
Código numérico 8 12345678 12345678 
Digito verificador 1 0 0 
 
Observando o quadro 3, nota-se que a primeira informação da chave de 
acesso é o código numérico que representa a UF do emitente da NF-e, esse 
código não é aleatório, existe a definição de qual deve ser utilizado para cada 
estado (UF), (Portal da NF-e, 2019), conforme pode-se visualizar no quadro 3. 
Quadro 3.Código numérico utilizado por UF na chave da NF-e 
Código UF Código UF Código UF 
11 RO 23 CE 33 RJ 
12 AC 24 RN 35 SP 
13 AM 25 PB 41 PR 
14 RR 26 PE 42 SC 
15 PA 27 AL 43 RS 
16 AP 28 SE 50 MS 
17 TO 29 BA 51 MT 
21 MA 31 MG 52 GO 
22 PI 32 ES 53 DF 
 
Os demais campos que compõem a chave de acesso mostrados no 
quadro 3, são informações relacionadas ao período da emissão e dados do 
emitente. Quanto ao item da forma ou tipo de emissão da NF-e, deve-se utilizar 
os previstas na legislação, apresentados no quadro 4. 
 
 
 
7 
Quadro 4. Descrição da forma de emissão 
Forma de Emissão Descrição 
1 Emissão normal 
2 Contingência FS-IA, com impressão do DANFE em formulário de segurança 
3 Contingência SCAN (Sistema de Contingência do Ambiente Nacional) 
4 Contingência DPEC (Declaração Prévia da Emissão em Contingência) 
5 Contingência FS-DA, com impressão do DANFE em formulário de 
segurança 
6 Contingência SVC-AN (SEFAZ Virtual de Contingência do AN) 
7 Contingência SVC-RS (SEFAZ Virtual de Contingência do RS) 
 
O tipo de emissão mais utilizado é o “1 - normal” e, os demais serão 
utilizados em casos de problemas técnicos relacionados a falta de internet ou 
falha na conexão com o webservice da Secretaria de Fazenda (SEFAZ ) do 
Estado do emitente, que impossibilitem a transmissão e autorização da NF-e 
naquele momento. Como o processo operacional da empresa não pode parar 
por falta de nota fiscal, existem as opções de emissão da NF-e em modo de 
contingência. Destaca-se aqui, que ao emitir nota fiscal de contingência, após 
reestabelecer a conexão com a SEFAZ , o emitente deverá transmitir a NF-e 
para que a SEFAZ a autorize e, enfim possa ter sua validade jurídica. (PORTAL 
DA NF-e, 2019). 
A NF-e é utilizada para amparar os diversos tipos de operações que 
envolvam mercadorias e produtos, podendo ser: 
▪ Venda de mercadorias ou produtos; 
▪ Transferências entre estabelecimentos; 
▪ Remessas para consertos ou garantias; 
▪ Devoluções; 
▪ Bonificações e brindes; 
▪ Remessas para depósito ou armazém, entre outras. 
Conforme expresso, existem modelos de documentos fiscais diversos e 
que são específicos para determinadas operações. A seguir vamos abordar o 
conhecimento de transporte. 
 
1.2 Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) 
O Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), modelo 57, é 
utilizado para documentar as operações de transporte de cargas em qualquer 
modal, seja rodoviário, aéreo, ferroviário, aquaviário ou dutoviário, municipal, 
intermunicipal, interestadual e internacional. É um documento fiscal emitido e 
armazenado eletronicamente, de existência apenas digital (arquivo em formato 
 
 
8 
XML), mediante a utilização de certificação digital do emitente. (PORTAL DO CT-
E, 2019). 
Assim como, a nota fiscal eletrônica, o emitente gera e transmite o CT-e 
para o webservice da SEFAZ do seu estado, que recepciona e faz a análise 
estrutural do arquivo que estando o seu layout em conformidade com a 
legislação, é autorizado o CT-e. Após autorizado, a versão de visualização e 
impressão do CT-e é o DACTE – Documento Auxiliar do Conhecimento de 
Transporte Eletrônico, utilizado para acompanhar o transporte das cargas nele 
registrada. (PORTAL DO CT-E, 2019). 
O conhecimento de transporte eletrônico é o arquivo digital em formato 
XML, que deve ser armazenado pelo contribuinte durante o prazo legal, pois ele 
é o documento fiscal em si, enquanto o DACTE é apenas a sua versão impressa. 
O CT-e também possui a sua chave de acesso que segue as mesmas regras de 
composição da chave de acesso da NF-e, sendo uma sequência numérica de 44 
caracteres. (PORTAL DO CT-E, 2019). 
O Portal Nacional do CT-e está disponível no site: 
“http://www.cte.fazenda.gov.br/portal/”, onde pode ser encontrada toda a 
legislação, manuais e outros informativos a respeito do assunto, bem como 
podem ser realizadas consultas das situações do CT-e emitidos. (PORTAL DO 
CT-E, 2019). 
As empresas que trabalham no segmento transportes e logística além CT-
e precisam emitir também o MDF-e (Manifesto de Documento Fiscal 
Eletrônico) que consiste em um registro de todas as notas fiscais objeto de uma 
carga a ser transportada. Raramente as transportadoras carregam uma carga 
única e exclusiva de um cliente e que seja objeto de apenas uma NF-e, sendo, 
portanto, muito comum que as cargas sejam compostas por mercadorias e 
produtos de vários clientes e com vários documentos fiscais correspondentes. 
Nesse contexto, a transportadora precisa emitir o MDF-e, para cada veículo 
de transporte, informando todas as NF-e de origem da carga ora 
transportada, assim como o local de origem e destino de cada uma, visto que 
os locais de entrega normalmente são diferentes. Assim, conterá no MDF-e todo 
o percurso a ser realizado por este veículo e, os pontos de entrega de cada 
encomenda. (PORTAL SPED RFB, 2019). 
A emissão do MDF-e permite que as transportadoras possuam maior 
controle sobre as cargas transportadas em cada veículo, bem como contribui 
http://www.cte.fazenda.gov.br/portal/
 
 
9 
para a agilidade da fiscalização nos postos fiscais interestaduais. Sua emissão 
é realizada eletronicamente, com validade jurídica garantida pela certificação 
digital do emitente. 
Assim como os demais documentos fiscais eletrônicos, sua existência é 
apenas digital (arquivo em formato XML) e, após sua autorização é liberado o 
DAMDF-e (Documento Auxiliar do Manifesto de Documentos Fiscais 
Eletrônico) que deve ser impresso para acompanhar o transporte da carga. 
(PORTAL SPED RFB, 2019). 
Mesmo não sendo objeto dessa aula, precisamos informar que para as 
operações de transportes intermunicipal, interestadual e internacional de 
passageiros o documento fiscal utilizado deve ser o CT-e OS, modelo 67. 
 
1.3 Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) 
A nota fiscal de serviços é utilizadapara documentar as operações de 
prestações de serviços municipais previstas na Lei Complementar Federal 
nº 116 de 31 de julho de 2003, ou seja, os serviços que serão tributados pelo 
ISSQN - imposto sobre serviços de qualquer natureza (BRASIL, 2003). 
Como o ISSQN é de competência municipal, compete a cada município 
regulamentar a forma de emissão do documento fiscal correspondente e, seus 
contribuintes prestadores de serviços devem atender a estes requisitos. Em 
muitos municípios do Brasil, já é utilizado a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica 
(NFS-e), entretanto, alguns ainda utilizam a versão em papel, que não poderá 
ser recusada por tomadores de serviços de outros municípios ou estados, visto 
que cada contribuinte prestador de serviços deve atender apenas a legislação 
do seu município sede. 
A NFS-e é um documento fiscal gerado eletronicamente, normalmente por 
sistemas disponibilizados pelas próprias prefeituras municipais. Sua existência 
é digital, também por meio de arquivo XML. Após sua autorização é 
disponibilizada a versão de impressão no próprio sistema de emissão. 
Normalmente não necessita de certificação digital, pois as prefeituras municipais 
são responsáveis por autorizar, acompanhar e fiscalizar seus contribuintes 
emitentes, de modo que, somente será possível a emissão da NFS-e pelo 
contribuinte que estiver regular junto ao seu município. 
Destarte a isto, embora em fase de teste até a presente data (setembro 
de 2022), a Receita Federal (RFB) de forma integrada com a Associação 
 
 
10 
Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais (ABRASF) responsável por 
pesquisas e estudos voltados ao aperfeiçoamento da gestão financeira e 
tributária dos municípios, cooperação estabelecida por meio do Protocolo de 
Cooperação ENAT nº 02 de 2007, mantém em desenvolvimento o Projeto da 
NFS-e padrão nacional, ajustado de acordo com os padrões do leiaute 
integrado ao sistema SPED. 
Assim como os demais documentos fiscais, a NFS-e atenderá os mesmos 
critérios quanto a emissão, “será gerada e armazenada eletronicamente em 
Ambiente Nacional pela RFB, pela prefeitura ou por outra entidade conveniada, 
para documentar as operações de prestação de serviços” (PORTAL SPED RFB, 
2022) e impressa no formato de DANFE 
No sítio eletrônico da ABRASF, encontram-se publicados, leiaute, 
orientações e, documentos eletrônicos necessários para a implantação da NFS-
e padrão tais como, o Modelo conceitual, Manual de Integração, fluxo das 
transações. O projeto encontra-se se em fase de testes em algumas capitais, 
sendo previsto a implementação a partir de 2023. Isto posto, inicialmente a 
adesão pelos municípios se dará de forma voluntária. 
 
TEMA 2 – PRÁTICAS DE EMISSÃO E CUIDADOS COM DOCUMENTOS 
FISCAIS 
A emissão de documentos fiscais em uma empresa é uma atividade que 
tem se tornado cada dia mais complexa e, o setor ou colaborador responsável 
por tal atividade necessita de conhecimentos técnicos prévios, pois são várias 
as informações fiscais e tributárias que devem ser preenchidas. O 
preenchimento inadequado pode ocasionar divergência na apuração dos 
impostos federais e estaduais, tanto do emitente quando do destinatário e, ainda 
ser objeto de fiscalizações e sanções pela incorreção. Nesse sentido, vamos 
abordar os principais itens que devem ser informados ao preencher uma nota 
fiscal. 
 
2.1 Dados básicos dos documentos fiscais 
Para iniciar o processo de emissão de um documento fiscal, o responsável 
por tal atribuição deverá primeiramente identificar o tipo de operação a ser 
realizada e o destinatário para definir o tipo de documento a ser emitido, se 
será NF-e, NFC-e, CT-e, NFS-e, entre outros. 
 
 
11 
Após ter estabelecido o tipo de documento fiscal a ser emitido, deve-se 
conferir no sistema de emissão própria, se os dados de sua empresa 
(emitente) estão corretos e devidamente atualizados. Destaca-se que por se 
tratar de dados do próprio emitente, essa conferência não precisa ser realizada 
diariamente, entretanto, recomenda-se que seja feito com certa frequência a fim 
de conferir os dados com o constante na Receita Federal, na Secretaria de 
Fazenda do Estado e na Prefeitura Municipal. 
Quanto ao destinatário é fundamental que os dados sejam sempre 
conferidos com os órgãos, principalmente Receita Federal e Sintegra a fim 
de verificar a razão social, o número do CNPJ e da inscrição estadual, o 
endereço e a situação (se o destinatário está ativo ou regular junto a esses 
órgãos), já que existe a responsabilidade solidária entre emitente e 
destinatário. Em casos de emissão de documento inidôneo ou operação 
irregular, ambas as partes envolvidas serão responsabilizadas. Além disso, 
fazendo a conferência dos dados, evita-se o preenchimento do documento fiscal 
com dados divergentes ou desatualizados. 
Além dos dados do remetente e destinatário, também é informado no 
documento fiscal: a forma de pagamento; a descrição dos itens, sejam produtos 
ou serviços, bem como sua quantidade, valores e tributação. Também possui 
campo para as informações adicionais, destinado para informados dados 
específicos de benefícios tributários ou outros que a legislação determine. 
Resumindo, basicamente as informações que vão constar nos 
documentos fiscais são: 
• Tipo do documento fiscal; 
• Descrição da operação; 
• Identificação completa do Emitente; 
• Identificação completa do destinatário; 
• Forma de pagamento; 
• Itens negociados (quantidade, valores e tributação) 
• Valor total da operação; 
• Informações adicionais. 
É importante destacar que alguns tipos específicos de documentos fiscais, 
podem exigir mais informações. Por exemplo, no CT-e além dos dados acima 
será necessário informar a origem, o destino e a nota fiscal da carga a ser 
transportada. 
 
 
12 
 
2.2 Código Fiscal de Operações (CFOP) 
Uma informação importante do documento fiscal é a descrição da 
operação que será complementada pelo Código Fiscal de Operações e de 
Prestações de Mercadorias e Bens e da Aquisição de Serviços (CFOP). 
Existe uma tabela de CFOP autorizada por órgãos como o Confaz, que 
contém a descrição de todos os códigos existentes e válidos nacionalmente. 
Sendo assim, as empresas devem utilizar e respeitar a descrição e finalidade de 
cada código. A tabela completa pode ser acessada por meio do seguinte site: 
“http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/exibirArquivo.aspx?conteudo=q45C
Sx9EjV8=”. 
O CFOP além de ser utilizado na emissão do documento fiscal, ele deverá 
ser utilizado na escrituração desses documentos. Nesse sentido é importante 
esclarecer os tipos de operações existentes, que se dividem basicamente em: 
 
O mesmo documento fiscal será escriturado de maneira diferente pelo 
emitente e pelo destinatário. Enquanto o emitente está realizando uma operação 
de saída, seja de mercadorias ou serviços, pois ele vai entregar o objeto do 
documento fiscal para seu cliente, o destinatário está adquirindo tal mercadoria 
ou serviços, pois irá recebê-lo (operação de entrada). 
A listagem completa de CFOP agrega códigos que iniciam com a 
numeração 1, 2, 3, 5, 6 e 7, conforme podemos ver na Figura 3. 
Operações de Entrada
1. No Estado
2. Interestadual
3. Importação
Operações de Saída
5 . No Estado
6. Interestadual
7. Exportação
Operações de 
Entrada (destinatário) Operações de Saída 
(emitente)
Figura 3. Divisão do tipo de operações 
Figura 4. Significado da numeração inicial do código CFOP 
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/exibirArquivo.aspx?conteudo=q45CSx9EjV8=
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/exibirArquivo.aspx?conteudo=q45CSx9EjV8=
 
 
13 
Observando a Figura 3, pode-se verificar que as operações realizadas 
entre emitente e destinatário estabelecidos no mesmo estado, serão utilizados 
CFOP iniciados em 1 e 5. Quando o emitente e destinatário possuírem endereço 
em estados diferentes os CFOP a serem utilizados iniciarãocom 2 e 6 e, quando 
estiverem estabelecidos em países diferentes, utilizarão os CFOP iniciados em 
3 e 7. Apresentamos alguns exemplos de utilização do CFOP, no quadro 5. 
 
Quadro 5. Exemplo de CFOP nas operações de saída x entrada 
CFOP na Operação de Saída CFOP na Operação de Entrada 
Código Descrição Código Descrição 
6.102 Venda de mercadoria adquirida ou 
recebida de terceiros (interestadual) 
2.102 Compra para comercialização 
(interestadual) 
5.202 Devolução de compra para 
comercialização (no estado) 
1.202 Devolução de venda de mercadoria (no 
estado) 
6.915 Remessa de mercadoria ou bem para 
conserto ou reparo (interestadual) 
2.915 Entrada de mercadoria ou bem 
remetido para conserto ou reparo 
(interestadual) 
5.933 Prestação de Serviço tributado pelo 
ISSQN (no estado) 
1.933 Aquisição de serviço tributado pelo 
ISSQN (no estado) 
5.253 Venda de energia elétrica para 
estabelecimento comercial (no 
estado) 
1.253 Compra de energia elétrica por 
estabelecimento comercial (no estado) 
5.302 Prestação de serviço de comunicação 
a estabelecimento industrial (no 
estado) 
1.302 Aquisição de serviço de comunicação 
por estabelecimento industrial (no 
estado) 
6.353 Prestação de serviço de transporte a 
estabelecimento comercial 
(interestadual) 
2.353 Aquisição de serviço de transporte por 
estabelecimento comercial 
(interestadual) 
7.101 Venda da produção do 
estabelecimento (internacional – 
exportação) 
3.101 Compra para industrialização ou 
produção rural (internacional – 
importação) 
 
Observando o quadro 5, no primeiro exemplo citado, o emitente do 
documento fiscal estabelecido em estado diferente do destinatário, na operação 
de venda de mercadoria utilizará o CFOP “6.102” e assim fará a escrituração 
desse documento em seus registros fiscais (livro de registro de operações de 
saída). Para o emitente do documento fiscal, a escrituração sempre manterá o 
mesmo CFO informado no respectivo documento fiscal. 
Já o destinatário, ao receber o documento fiscal e a mercadoria, efetuará 
o registro fiscal desse documento em seu livro de registro de operações de 
entrada, entretanto, não deverá ser o mesmo CFOP constante no documento 
fiscal, pois é necessário analisar qual a destinação/utilização das mercadorias 
adquiridas, para então efetuar o seu registro pelo CFOP adequado. Vamos 
verificar um exemplo na figura 5. 
 
 
14 
 
 
Pode-se observar na figura 5, que um documento fiscal emitido com o 
CFOP 6.102, possui quatro opções de escrituração no registro de entrada do 
destinatário, podendo ser: 
 
Quadro 6. Exemplo de opções de conversão de um CFOP para a escrituração 
Operação de saída 
(Emitente) 
Possíveis operações de entrada (destinatário) 
6.102 
Venda de mercadoria adquirida 
ou recebida de terceiros 
(interestadual) 
2.101 – Compra para industrialização ou produção rural 
2.102 – Comprar para comercialização 
2.556 – Compra de material para uso ou consumo 
2.551 – Compra de bem para o ativo imobilizado 
 
Não há uma regra geral para a escrituração ou conversão de CFOP, 
sendo, portanto, responsabilidade do destinatário identificar qual será a 
destinação dos itens adquiridos e então classificar sua escrituração e determinar 
o CFOP de entrada. 
Além do cuidado com o CFOP, tanto na emissão do documento fiscal 
quanto em seu registro fiscal, há também a necessidade de uma atenção 
especial com a codificação das mercadorias que é o NCM. 
 
2.3 Nomenclatura Comum do Mercosul: NCM 
A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) como o próprio nome 
menciona, é utilizada pelos países que são membros do Mercosul. Desde 1995, 
esses países estabeleceram uma forma de harmonizar a comunicação referente 
a descrição e a codificação dos produtos nos documentos fiscais. 
CFOP 
6.102
CFOP 
2.101
CFOP 
2.102
CFOP 
2.556
CFOP 
2.551
Figura 5. Exemplo de opções de escrituração de um CFOP 
 
 
15 
A codificação da NCM foi criada com base no SH (Sistema Harmonizado 
de Designação e Codificação de Mercadorias), que é um padrão internacional. 
Essa codificação serve para aproximar a comunicação no comércio, imagine se 
cada empresa pudesse ser totalmente livre para informar a descrição do produto 
no documento fiscal, isso poderia ocasionar muitos transtornos na identificação 
dos produtos. Assim, as empresas são obrigadas a informar a NCM dos produtos 
citados nos documentos fiscais, em um campo específico, ficando como dado 
complementar à descrição do produto. 
A NCM de cada produto/item é composta por oito dígitos que segue a 
seguinte estrutura: 
00 00.00.00 
Essa sequência numérica tem o seu significado e indica a descrição do 
produto. É formada conforme o capítulo, a posição e o item em que faz parte na 
Tabela NCM estão reunidos todos os códigos NCM e, pode ser acessada no site: 
“https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProd
utosServicosFull.aspx”. Recomendamos a utilização da tabela NCM deste 
site, visto ser o disponibilizado pelo governo, estando sempre atualizado. 
Exemplo de como ocorre a classificação dos capítulos, subcapítulos e seções, 
pode ser visualizada no quadro 11. (INVEST & EXPORT BRASIL, 2019). 
 
Quadro 7.Classificação do NCM 
Classificação Composição do Código Exemplo da Tabela NCM 
Capítulo 2 primeiros dígitos 01 – Animais Vivos 
Posição 4 primeiros dígitos 0101 – Cavalos, asininos e muares, vivos 
Subposição 5 e 6 primeiros dígitos 0101.2 – Cavalos 
Item e Subitem 7º e 8ºdígitos 0101.21.00 – Reprodutores de raça apurada 
 
A Tabela NCM é bastante completa, abrangendo todas as mercadorias 
que possam ser informadas nos documentos fiscais, portanto, não deve ser 
emitido uma nota fiscal sem informar o NCM do produto. Além disso, faz-se uma 
advertência aqui, quanto a utilização correta dessa codificação, sendo total 
responsabilidade do emitente informar o NCM corretamente do item no 
documento fiscal. 
Assim como existe a Tabela NCM para os produtos e mercadorias, foi 
criado a Tabela NBS (Nomenclatura Brasileira de Serviços, Intangíveis e 
Outras Operações que Produzam Variações no Patrimônio), instituída em 
maio de 2012, pelo Decreto 7.708 de 2 de maio de 2012, contendo a codificação 
para os serviços contendo 27 capítulos relacionadas as várias categorias de 
https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx
https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx
 
 
16 
serviços, destinada a utilização no Siscoserv (Sistema Integrado de Comércio 
Exterior de Serviços Intangíveis e outras Operações que Produzam Variações 
no Patrimônio) em operações de exportação. Assim, as operações de 
exportação de serviços, deve observar a codificação desta tabela. No mesmo 
site que informamos para consultar a Tabela NCM, tem disponível a Tabela NBS. 
(INVEST & EXPORT BRASIL, 2019). 
 
2.3 Códigos de Situação Tributária 
Na emissão de um documento fiscal deverão ser informados os dados 
referentes a tributação dos itens que compõem a operação. É fundamental que 
essas informações sejam corretas pois, serão utilizadas na apuração dos 
impostos federais, estaduais e municipais, tanto do emitente quanto do 
destinatário e, um erro poderá ocasionar recolhimento maior ou menor que o 
realmente devido, além de possíveis sanções penais pelas omissões ou 
informações incorretas. 
Os Códigos de Situação Tributária (CST) são as tabelas que possuem 
a codificação a ser utilizada para informar a tributação dos produtos, tanto 
na emissão dos documentos fiscais, como no processo de escrituração fiscal 
para apuração de impostos e as declarações acessórias entregues 
periodicamente ao fisco. 
É por meio do CST informado nos documentos fiscais e nas declarações 
mensais (escrituração) que os governos realizam o acompanhamento e a 
fiscalização da apuração dos impostos, nas esferas federal e estadual. 
Existe a definição de tabela CST para algunsdos impostos, sendo eles: 
PIS, COFINS, IPI e ICMS. A codificação do CST dos tributos federais (IPI, PIS e 
COFINS) é composta por dois números, enquanto a CST ICMS é composta por 
três números. 
 
 
 
17 
 
Figura 6. Resumo dos tipos de Códigos de Situação Tributária existentes 
 
É importante destacar aqui, que os assuntos abordados neste tópico 
estão relacionados, de modo que a combinação do tipo de operação (CFOP) e 
o NCM do produto vão orientar para identificar o tipo de tributação ou não, 
representada pelos CST. Nos diversos sites de consultoria tributária que 
disponibilizam a opção de busca/pesquisa da tributação de um produto, é feita 
pelo seu NCM. Assim esses assuntos possuem a mesma relevância e devem 
ser considerados conjuntamente, para identificar se a operação possui ou não 
tributação e, qual será esta, conforme apresentado na figura 6. 
 
 
Os CST PIS e COFINS, possuem a mesma codificação para ambas as 
contribuições e são fundamentais para a apuração destes impostos. Devem ser 
informados nos documentos fiscais, na Escrituração Fiscal Digital ICMS e IPI e 
na Escrituração Fiscal Digital Contribuições. 
O CST IPI é utilizado nos documentos fiscais e na Escrituração Fiscal 
Digital ICMS e IPI (Imposto sobre produto industrializado), onde ocorre a 
apuração deste imposto. Inclusive empresas comerciais que não recolhem o IPI, 
devem informar corretamente este CST. 
O CST ICMS é composto por uma sequência de três números formada a 
partir de uma combinação, sendo o primeiro número equivalente à origem da 
CFOP
NCM
CST
Figura 7. Itens que definem a tributação 
 
 
18 
mercadoria (Tabela A) e os outros dois números representam a tributação 
do ICMS (Tabela B), conforme demonstrado no quadro 16. É importante 
destacar que essa codificação será utilizada pelas empresas não tributadas pelo 
regime de tributação do Simples Nacional, pois estas possuem outra codificação. 
Quadro 14: Tabela de origem da mercadoria e Tributação pelo ICMS = CST ICMS 
ORIGEM DA MERCADORIA (A) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ 
TRIBUTAÇÃO PELO ICMS (B) 
CÓDIGO DESCRIÇÃO CÓDIGO DESCRIÇÃO 
0 Nacional, exceto as indicadas nos 
códigos 3, 4, 5 e 8 
00 Tributada integralmente 
1 Estrangeira – importação direta, 
exceto a indicada no código 6 
10 Tributada e com cobrança do 
ICMS por substituição tributária 
2 Estrangeira – adquirida no mercado 
interno, exceto a indicada no código 
7 
20 Com redução de base de 
cálculo 
 
3 
Nacional – mercadoria ou bem com 
Conteúdo de Importação superior a 
40% e inferior ou igual a 70%; 
30 Isenta ou não tributada e com 
cobrança do ICMS por 
substituição tributária 
 
 
4 
Nacional – cuja produção tenha sido 
feita em conformidade com os 
processos produtivos básicos de que 
tratam o Decreto-lei n° 288/67 e as 
Leis n 8.428/91, 8.397/91, 
10.176/2001 e 11.484/2007; 
40 Isenta 
41 Não tributada 
50 Suspensão 
 
5 
Nacional – mercadoria ou bem com 
Conteúdo de Importação inferior ou 
igual a 40% (quarenta por cento); 
51 Diferimento 
 
6 
Estrangeira – importação direta, sem 
similar nacional, constante em lista 
de Resolução CAMEX e gás natural; 
60 ICMS cobrado anteriormente 
por substituição tributária 
 
7 
Estrangeira – adquirida no mercado 
interno, sem similar nacional, 
constante em lista de Resolução 
CAMEX e gás natural; 
70 Com redução de base de 
cálculo e cobrança do ICMS 
por substituição tributária 
 
8 
Nacional – mercadoria ou bem com 
Conteúdo de Importação superior a 
70% (setenta por cento). 
 90 Outras 
 
Por exemplo, quando for utilizado o CST “060” significa que sua origem é 
totalmente nacional (0) e com ICMS cobrado por substituição tributária em 
operação anterior (60), assim 0 + 60 = “060”. Essa codificação é encontrada no 
Convênio ICMS s/nº de 15 de dezembro de 1970, do CONFAZ. (CONFAZ, 1970). 
Para as empresas optantes pelo regime de tributação do Simples 
Nacional, a codificação da tributação do ICMS é determinada pela Tabela 
CSOSN (Código de Situação da Operação do Simples Nacional). Para essas 
empresas a codificação é diferenciada devido a tributação e a forma de apuração 
do ICMS ocorrerem também de maneira diferenciada e, em alguns casos é 
apurado e recolhido juntamente no imposto Simples Nacional. 
A codificação CSOSN é formada por uma sequência numérica de três 
dígitos, conforme apresenta no quadro 8. 
 
 
 
19 
Quadro 8. Tabela de CSOSN 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
101 Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito de ICMS 
102 Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito 
103 Isenção de ICMS no Simples Nacional na faixa de receita bruta 
201 Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e cobrança do ICMS por ST 
202 Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS por 
ST 
203 Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e cobrança de ICMS por 
ST 
300 Imune de ICMS 
400 Não tributada pelo Simples Nacional 
500 ICMS cobrado anteriormente por ST ou por antecipação 
900 Outros (operações que não se enquadram nos códigos anteriores) 
 
Vale destacar que no mercado várias empresas negociam entre si e, é 
comum a negociação entre empresas de regimes tributários diferentes. 
Conforme já explicado, o emitente de um documento fiscal realizará sua emissão 
respeitando o seu regime tributário e, o destinatário ao receber este documento 
fiscal deverá fazer sua análise e, conversão dos códigos tributários para o seu 
regime de tributação no momento da escrituração fiscal. Na internet é possível 
encontrar inúmeras tabelas de conversão, entretanto, recomenda-se que cada 
situação seja analisada individualmente devido as particularidades de cada 
estado. 
É importante esclarecer que a tributação do ICMS é de competência 
estadual, assim cada estado estabelece as formas de apuração, bases de 
cálculos, alíquotas, benefícios, entre outros. Nesse contexto é fundamental 
conhecer bem a legislação estadual para poder identificar a forma de 
apuração do ICMS e então conseguir utilizar de forma correta os CST ICMS 
ou CSOSN, tanto na emissão dos documentos fiscais quanto em suas 
escriturações. As empresas devem se atentar ao regime tributário federal e ao 
regime tributário estadual, para utilizar corretamente o CST ICMS ou CSOSN, 
conforme sintetiza a figura 8. 
 
Figura 8. Critérios para definir o CST de tributação estadual (ICMS) 
 
 
20 
Apresentaremos no Anexo I a Tabela CST PIS e CST COFINS juntos por 
serem utilizados os mesmos códigos para ambas as contribuições e, no Anexo 
II a Tabela CST IPI. 
Após efetuar as escriturações das operações fiscais, financeiras, 
patrimoniais e contábeis, deve-se proceder com a elaboração e transmissão das 
obrigações acessórias (declarações), que detalharemos no item seguinte. 
 
 
 
 
21 
TEMA 3 – PRINCIPAIS DECLARAÇÕES FEDERAIS DAS PESSOAS 
JURÍDICAS 
As pessoas jurídicas possuem obrigações tributárias que precisam 
cumprir, além de apurar e recolher os impostos. Algumas dessas obrigações são 
as declarações exigidas pelas legislações comerciais, societária, tributária e 
trabalhista que serão entregues aos órgãos competentes para que possam 
acompanhar e fiscalizar as operações dos contribuintes. 
O governo criou em 2007 o Sistema Público de Escrituração Digital 
(SPED) com o objetivo de unificar a recepção, validação, armazenamento e 
autenticação de livros e documentos que compõem as escriturações fiscais e 
contábeis das empresas. (SPED RFB, 2019). São várias as declarações que 
compõem o SPED e, abordaremos melhor no item seguinte. 
 
3.1 Sistema Público de Escrituração Digital - SPED 
O universo de atuação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) 
envolve: 
 
Figura 9. Documentos fiscais x Obrigações Acessórias 
Neste item abordaremos as declarações que compõem o sistema 
SPED. Todas estas, serão assinadas digitalmente, pela empresa, sócios e/ou 
profissionaiscontábil e auditor responsável e, transmitidas por meio de um PVA 
(programa validador e assinador) disponibilizado pela Receita Federal. 
a) Escrituração Contábil Digital (ECD) 
É a escrituração dos registros contábeis em formato digital, ao qual as 
pessoas jurídicas possuem a obrigação de transmitir à Receita Federal a versão 
digital dos livros: 
•CT-e; NF-e; NFS-e; MFD-e; NFC-e.
Documentos fiscais eletrônicos:
•ECD
•ECF
•EFD ICMS IPI
•EFD Contribuições
•EFD-Reinf
•E-Financeira
•E-social
Declarações:
 
 
22 
• I - Livro diário; II 
• Livro Razão; III 
• Livro Balancetes diários, Balanços e fichas de lançamentos e demais 
livros auxiliares (se houver). 
Essa obrigatoriedade está em vigor desde 2014. (SPED RFB, 2019). 
• Periodicidade: anual. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro 
Real, Lucro Presumido, Imunes, Isentas, as Sociedades em Conta de 
Participação e, as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que 
receberem aporte de capital na forma prevista nos artigos 61-A a 61-D 
da Lei Complementar 123/2006 (Investidor Anjo). 
• Prazo de envio: até o último dia útil do mês de maio do ano 
subsequente ao exercício encerrado e, para as empresas em situações 
especiais (extinção, fusão, cisão, etc.) o prazo é o último dia útil do mês 
subsequente à ocorrência do evento especial. (SPED RFB, 2019). 
 
b) Escrituração Contábil Fiscal (ECF) 
É a atual declaração de imposto de renda das pessoas jurídicas, 
entrou em vigor a partir do ano calendário de 2014 em substituição a DIPJ 
(Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica) que está 
extinta desde então. 
Na ECF as pessoas jurídicas além de apresentar os registros contábeis, 
apresentarão também a apuração da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido 
(CSLL) por meio do e-LACS (Livro Eletrônico da Apuração da Base de Cálculo 
da Contribuição Social) e, a apuração do IPRJ (Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica) por meio do e-Lalur (Livro Eletrônico de Apuração do Lucro Real) e 
outras fichas de informações econômicas e gerais. (SPED RFB, 2019). 
• Periodicidade: anual. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas do regime de tributação 
do Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado, Imunes e Isentas. 
Estando dispensadas as empresas optantes pelo regime de tributação 
do Simples Nacional, os órgãos públicos e as empresas inativas. 
• Prazo de envio: até o último dia útil do mês de julho do ano 
subsequente ao exercício encerrado e, para as empresas em situações 
especiais (extinção, fusão, cisão, etc.) o prazo é o último dia útil do 
 
 
23 
terceiro mês subsequente à ocorrência do evento especial. (SPED 
RFB, 2019). 
 
c) Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI (EFD ICMS IPI) 
Como a descrição sugere, é a escrituração digital dos registros do livro de 
entradas, saídas, apurações dos impostos ICMS e IPI e outras informações 
complementares. 
No portal do SPED da Receita Federal, está disponível o manual de 
preenchimento, entretanto, como se refere a apuração do ICMS que é de 
competência estadual, deve ser observado as disposições específicas do estado 
do contribuinte e, também deve ser observada as regulamentações do IPI, para 
que o preenchimento correto desta obrigatoriedade. (SPED RFB, 2019). 
• Periodicidade: mensal. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas contribuintes do ICMS e 
do IPI (sendo necessário observar a legislação de cada estado). 
• Prazo de envio: até o dia 20 do mês subsequente ao mês que se refere 
a declaração. (SPED RFB, 2019). 
 
d) A Escrituração Fiscal Digital Contribuições (EFD-Contribuições) 
É a escrituração digital da apuração das contribuições para o PIS, 
COFINS, tanto nos regimes de apuração cumulativo e não-cumulativo e, a 
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (conhecida como 
desoneração da folha de pagamento). Deverão ser escriturados todos os débitos 
e créditos dessas contribuições a fim de informar ao fisco os saldos a recolher 
ou a restituir, de forma centralizada na matriz, ou seja, todos os estabelecimentos 
(matriz e filiais) informarão uma única EFD-Contribuições. (SPED RFB, 2019). 
• Periodicidade: mensal. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas sujeitas ao regime de 
tributação do Lucro Real, Presumido e Arbitrado e, as contribuintes da 
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta. 
• Prazo de envio: até o 10º dia útil do segundo mês subsequente ao mês 
que se refere a declaração. (SPED RFB, 2019). 
 
e) A Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações 
Fiscais (EFD-REINF) 
 
 
24 
É a escrituração em formato digital dos rendimentos pagos e retenções 
de Imposto de Renda, Contribuição Social do contribuinte exceto as relacionadas 
ao trabalho e a Contribuição Previdenciária sobre a Receita (CPRB). Essa 
declaração é complementar do e-Social e, objetiva substituir a DIRF 
(Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte) e a GFIP (Guia de 
Recolhimento do FGTS e Informação à Previdência Social). Está em vigor desde 
2018. 
A EFD-REINF não é entregue por meio de programa validador, mas por 
meio de WebService ou diretamente pelo portal e-CAC da Receita Federal. 
• Periodicidade: mensal. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas que prestam ou 
contratam serviços com cessão de mão de obra, que pagam 
rendimentos com retenção de impostos federais (PIS, COFINS, CS e 
IR); pessoas jurídicas que recolhem a CPRB, inclusive produtores 
rurais (PJ), empresas que recebem ou efetuam patrocínios a 
associações desportivas ou promover eventos esportivos e MEI que 
possuem empregados. 
• Prazo de envio: até o dia 15 do mês subsequente ao que se refere a 
declaração, seguindo o calendário de implantação do e-Social, 
conforme cada grupo de empresas. (SPED RFB, 2019). 
 
A Escrituração Eletrônica Financeira (e-Financeira) é o registro digital 
dos arquivos de cadastro, abertura, fechamento e auxiliares de todas as 
operações financeiras de interesse da Receita Federal. Entrou em vigor em 
substituição à DIMOF (Declaração de Informações sobre Movimentação 
Financeira). 
• Periodicidade: semestral. 
• Estão obrigadas: pessoas jurídicas que exercem atividades de 
previdência complementar; Fundos de Aposentadoria Programada 
Individual (FAPI); de captação, intermediação e aplicação de recursos 
próprios ou de terceiros, inclusive consórcio e sociedades seguradoras 
de planos de seguro de pessoas. 
• Prazo de envio: o primeiro semestre deve ser entregue até o último dia 
útil do mês de agosto do mesmo ano calendário ao que se refere a 
declaração e, o segundo semestre deve ser entregue até o último dia 
 
 
25 
útil do mês de fevereiro do ano seguinte ao que se refere a escrituração. 
(SPED RFB, 2019). 
Essas são as declarações que compõem o SPED às quais as pessoas 
jurídicas estão obrigadas. Quanto ao e-Social, vamos apresentar no item 3.3, 
onde abordaremos as declarações trabalhistas. 
 
3.2 Outras Declarações Federais 
Além das declarações que compõem o Sistema Público de Escrituração 
Digital, existem outras as quais as pessoas jurídicas devem atender, conforme 
os requisitos estabelecidos. São elas: DCTF, DCTFWEB; PGDAS-D; DEFIS; 
DASN-SIMEI. 
A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) é 
uma obrigação em que os contribuintes declaram as informações a respeito dos 
tributos e contribuições que ocorreram no período, detalhando valores e forma 
de pagamento, se a vista ou parcelado e, se houve compensação ou suspensão 
total ou parcial e os retidos, ou seja, confissão de débitos. 
A DCTF abrange os impostos: IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica); 
IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte); IPI (Imposto sobre Produtos 
Industrializados); IOF (Imposto sobre Operações Financeiras); CSLL 
(Contribuição Social sobre o Lucro Líquido); PIS/Pasep (Programa de Integração 
Social e de Formação do Patrimônio do Servidos Público); COFINS(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social); CPMF (Contribuição 
Provisória sobre Movimentação Financeira); CIDE (Contribuição de Intervenção 
no Domínio Econômico), RET/Pagamento Unificado; CSRF (Contribuições 
Sociais Retidas na Fonte); COSIRF (Contribuições Sociais e Imposto de Renda 
Retidos na Fonte) e Contribuições Previdenciárias. (RFB, 2019). 
• Periodicidade: mensal. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas tributadas pelo Lucro 
Real e Lucro Presumido, inclusive as Imunes e Isentas que recolham 
qualquer dos impostos citados acima, e as empresas do Simples 
Nacional quando estiverem sujeitas ao recolhimento da Contribuição 
Previdenciária sobre a Receita Bruta. 
• Prazo de envio: até o 15º dia útil do segundo mês subsequente ao que 
se refere a declaração. (RFB, 2019). 
 
 
 
26 
A DCTFWEB (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais 
Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos ), difere em termos da DCTF 
normal, pois está relacionada com as questões previdenciárias, de modo que 
consolida as informações enviadas via e-SOCIAL e o EFD-REINF (RFB, 2022). 
Após o envio e os fechamentos dos eventos, gera-se a DARF Previdenciária. 
 
Figura 10. fluxo de informações. 
Fonte: https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/manuais/manual-dctfweb 
 
No período de apuração em que não houver fatos geradores a declarar, a 
DCTFWeb deve ser gerada com o indicativo “sem movimento”, a partir do 
preenchimento e transmissão dos eventos periódicos de fechamento das 
escriturações digitais (RFB, 2021). 
Assim como EFD-REINF, a DCTFWEB não é entregue por meio de 
programa validador, mas por meio de WebService ou diretamente pelo portal e-
CAC da Receita Federal. 
• Periodicidade: 
Categoria Prazo de Apresentação 
Geral - DCTFWeb Mensal Até dia 15 do mês seguinte 
13º Salário - DCTFWeb Anual Até dia 20 de dezembro 
Espetáculo Desportivo - DCTFWeb Diária Até 2º dia útil após evento desportivo 
 
• Estão obrigadas: Todas as pessoas jurídicas de direito privado em 
geral e as equiparadas a empresa, as unidades gestoras de orçamento, 
consórcios, que contratam trabalhadores, a aquisição de produção 
rural de produtor rural pessoa física, o patrocínio de equipe de futebol 
profissional; ou a contratação de empresa para prestação de serviço 
sujeito à retenção sociais e previdenciárias. 
• Prazo de envio: até o 15º dia útil do segundo mês subsequente ao que 
se refere a declaração. (RFB, 2021). 
DCTFWEB
E-Social EFD-REINF
https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/manuais/manual-dctfweb
 
 
27 
A PGDAS-D é a Declaração de Apuração Mensal do Simples 
Nacional, feita por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação 
do Simples (PGDAS) disponível no Portal do Simples Nacional. As empresas 
optantes por este regime de tributação devem declarar mensalmente a apuração 
do seu imposto, mesmo que seja de valor zero. A ausência dessa obrigação, não 
permite gerar a guia de recolhimento do imposto, tão pouco prosseguir a 
apuração dos demais períodos enquanto houver omissão de período anterior. 
(PORTAL DO SIMPLES NACIONAL, 2019). 
• Periodicidade: mensal. 
• Estão obrigadas: todas as empresas optantes pelo regime de 
tributação do Simples Nacional, com exceção dos 
Microempreendedores Individuais (MEI). 
• Prazo de envio: até o dia 20 do mês subsequente ao que se refere a 
declaração. (PORTAL DO SIMPLES NACIONAL, 2019). 
 
Além da declaração mensal, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples 
Nacional estão obrigadas a entregar anualmente a DEFIS – Declaração de 
Informações Socioeconômicas e Fiscais. Essa declaração tem o objetivo de 
coletar informações financeiras, fiscais e econômicas dessas empresas, 
semelhante a uma declaração de imposto de renda de pessoas jurídicas não 
tributadas pelo Simples Nacional. (PORTAL DO SIMPLES NACIONAL, 2019). 
• Periodicidade: anual. 
• Estão obrigadas: todas as pessoas jurídicas optantes pelo regime de 
tributação do Simples Nacional, com exceção dos 
Microempreendedores Individuais (MEI). 
• Prazo de envio: até o último dia útil do mês de março do ano 
subsequente ao que se refere a declaração. (PORTAL DO SIMPLES 
NACIONAL, 2019). 
 
A DASN-Simei (Declaração Anual do Simples Nacional para o 
Microempreendedor Individual) é uma obrigação dos contribuintes MEI em 
que deverão informar o total de faturamento obtido no ano calendário encerrado 
e se teve ou não colaborador registrado. Com essa declaração é possível apurar 
o imposto devido nos casos em que a receita declarada ultrapassar o limite 
 
 
28 
previsto (atualmente oitenta e um mil reais). (PORTAL DO EMPREENDEDOR, 
2019). 
• Periodicidade: anual. 
• Estão obrigados: todos os microempreendedores individuais. 
• Prazo de envio: até o último dia útil do mês de maio do ano 
subsequente ao que se refere a declaração. (PORTAL DO 
EMPREENDEDOR, 2019). 
 
O objetivo desta aula consiste em abordar as principais declarações que 
as pessoas jurídicas dos diversos regimes tributários estão obrigadas. Ressalta-
se também, a existência outras declarações específicas para o ramo de 
atividade, tais como a DMED (Declaração de Serviços Médicos e de Saúde), a 
DIMOB (declaração de Informações sobre Atividades Imobiliários) e, outras 
declarações para situações específicas, como o caso da PerDcomp (Pedido 
Eletrônico de Restituição ou Ressarcimento e da Declaração de Compensação). 
A omissão ou a incorreção no preenchimento das declarações 
citadas neste tópico e as demais previstas na legislação, geram penalidades 
(normalmente multa) às pessoas jurídicas. 
 
3.3 Declarações Trabalhistas 
Além das declarações fiscais, econômicas e tributárias, as organizações 
precisam enviar informações relativas aos eventos trabalhista e previdenciários. 
Integrando os eventos sociais e trabalhistas do Sistema SPED, a declaração 
mais importante neste segmento é o e-Social. 
O e-Social (Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, 
Previdenciárias e Trabalhistas) é o novo canal de comunicação dos 
empregadores com o governo, com vistas a unificar as informações dos 
trabalhadores, concentrando em um banco de dados único os cadastros, 
vínculos, remunerações, contribuições, folha de pagamento, comunicados de 
afastamentos, avisos prévios, escriturações fiscais e o FGTS (BRASIL, 2022). 
O envio dessa obrigação acessória, se dá de forma eletrônica direto no 
portal do e-Social, sítio eletrônico: https://www.gov.br/esocial/pt-br 
• Periodicidade: Mensal 
• Prazo de envio: até dia 15 do mês seguinte (mensal) e até dia 20/12 
(13º salário). 
https://www.gov.br/esocial/pt-br
 
 
29 
Importante pontuar que com a implementação do e-social, várias 
declarações trabalhistas, antes enviadas aos respectivos órgãos normativos 
subordinados, foram substituídas, conforme disciplinado na Portaria nº 1.195, de 
30 de outubro de 2019, da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho: 
• CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Portaria 
SEPRT nº 1.127 a partir de janeiro/2020); 
• LRE - Livro de Registro de Empregados (para os que optarem pelo 
registro eletrônico); 
• CTPS - Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
• RAIS - Relação Anual de Informações Sociais (a partir do ano base 
2019); 
• GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência 
Social (em relação às Contribuições Previdenciárias); 
• GPS - Guia da Previdência Social. 
 
Isto posto, a implantação do e-Social ocorreu em fases, conforme consta 
no cronograma da figura 11. A última fase está prevista para janeiro de 2023, 
com a integração dos eventos SST (referente a saúde e a segurança do 
trabalhador) do grupo 4 – Órgãos Públicos e organizações internacionais. 
 
Figura 11. Cronograma do E-social 
Fonte: https://www.gov.br/esocial/pt-br/noticias/adiado-o-inicio-da-fase-de-envio-de-folhas-de-pagamento-para-orgaos-publicos-e-organizacoes-internacionais 
 
 
https://www.gov.br/esocial/pt-br/noticias/adiado-o-inicio-da-fase-de-envio-de-folhas-de-pagamento-para-orgaos-publicos-e-organizacoes-internacionais
https://www.gov.br/esocial/pt-br/noticias/adiado-o-inicio-da-fase-de-envio-de-folhas-de-pagamento-para-orgaos-publicos-e-organizacoes-internacionais
 
 
30 
Além do e-Social, tem-se ainda a DIRF (Declaração do Imposto de 
Renda Retido na Fonte) é uma obrigação tributária utilizada para informar à 
Receita Federal a respeito das retenções de Imposto de Renda na Fonte, de 
maneira detalhada abordando os rendimentos pagos mensalmente, bem como 
a sua natureza e, os impostos deduzidos. Estão obrigadas à sua entrega, todas 
as pessoas jurídicas, independente da forma de tributação e, também as 
pessoas físicas que realizaram retenção do imposto de renda no ano calendário 
objeto da declaração. Sua geração e transmissão é realizada por meio do PGD 
DIRF (Programa Gerador da DIRF). (RFB, 2019). 
• Periodicidade: anual. 
• Prazo de envio: até o último dia útil do mês de fevereiro do ano 
subsequente ao que se refere a declaração. (RFB, 2019). 
 
A Instrução normativa da Receita Federal de nº 2.096/2022 determina que 
as informações enviadas pela DIRF serão naturalmente substituídas pelas 
informações enviadas por meio do e-Social e EFD-REINF a partir de janeiro de 
2024. Isto posto, as informações referentes aos anos calendários, 2022 e 2023 
serão enviados normalmente. 
 
 
31 
 
 
 
TEMA 4 – PRINCIPAIS DECLARAÇÕES ESTADUAIS E MUNICIPAIS DAS 
PESSOAS JURÍDICAS 
Em âmbito estadual, os contribuintes também precisar atender aos 
dispositivos que estabelecem obrigações acessórias e declarações. 
 
4.1 DESTDA 
A Declaração de Substituição Tributária, Diferencial de Alíquota e 
Antecipação (DESTDA) instituída pela Ajuste SINIEF 12/2015, como o próprio 
nome sugere é uma declaração em que são informados os valores de ICMS 
Substituição Tributária retido, ICMS recolhido de forma antecipada e o ICMS 
diferencial de alíquotas. É obrigatória aos contribuintes de ICMS e, optantes pelo 
regime de tributação do Simples Nacional, com exceção dos 
Microempreendedores Individuais e optantes do Simples Nacional vedados de 
recolher ICMS nesse regime, devido ter ultrapassado o sublimite estadual. 
As pessoas jurídicas, optantes por este regime de tributação (Simples 
Nacional) e que não sejam contribuintes do ICMS, ou seja, estabelecimentos 
exclusivamente prestadores dos serviços previstos na LC 116/2003, estão 
dispensados dessa obrigatoriedade, por não apurarem e recolherem o ICMS. 
É uma obrigação acessória estabelecida nacionalmente, todavia, como se 
refere ao imposto ICMS que é de competência estadual, os Estados podem 
elaborar legislações com obrigatoriedades ou dispensas. Por isso, é fundamental 
que sempre seja observado a legislação do estado sede da empresa, para 
conhecer as particularidades que o contribuinte está obrigado. 
• Periodicidade: mensal. 
• Prazo de envio: até o dia 28 do mês subsequente ao que se refere a 
declaração. 
Para seu preenchimento é utilizado o programa SEDIF que gera o arquivo 
para transmissão pelo TED (Transmissor Eletrônico de Documentos). 
 
4.2 Outras declarações estaduais 
 
 
32 
Além da DESTDA os Estados podem estabelecer outras obrigatoriedades 
aos seus contribuintes, pessoas jurídicas e produtores rurais pessoas físicas. 
A Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI (EFD ICMS IPI) já abordada 
no item 3.1, é uma declaração que pertence ao Sistema Público de Escrituração 
Digital é, obrigatória aos contribuintes desses dois impostos: ICMS e IPI. Os 
contribuintes devem observar o que prevê a legislação do seu estado para saber 
a respeito de sua obrigatoriedade e outras condições de seu preenchimento e 
transmissão. Destaca-se que os produtores rurais pessoa física, também podem 
estar obrigados à essa declaração, conforme definir seu estado, por ser um 
contribuinte do ICMS. 
Outra obrigação acessória existente é a GIA ICMS (Guia de Informação 
e Apuração do ICMS) que consiste em uma declaração destinada a escrituração 
da apuração do ICMS, em que o contribuinte declara os valores de suas 
movimentações fiscais de entradas e saídas, os valores referentes ao ICMS, 
creditado, debitado e devido e, ainda os benefícios obtidos. Os Estados que 
utilizam essa declaração, disponibilizam o programa para seu preenchimento e 
geração do arquivo a ser transmitido. Destaca-se que em muitos Estados essa 
obrigatoriedade foi substituída pelo EFD ICMS IPI em situações específicas 
e, em alguns casos ainda se utilizam dessa declaração, sendo necessário 
conhecer a legislação estadual para obter informações sobre obrigatoriedade e 
prazos de envio. 
Outra declaração comum é o Sintegra (Sistema Integrado de 
Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços) 
que abrange informações de operações de entradas e saídas internas, 
interestaduais e internacionais realizadas pelos contribuintes do ICMS. Sua 
geração deverá ocorrer pelo sistema informatizado de registro e escrituração dos 
próprios contribuintes que realizarão a validação desse arquivo por meio de uma 
Validador e, para sua transmissão é utilizado o TED (Transmissor Eletrônico de 
Documentos). Os governos disponibilizam apenas o validador e o TED. Podem 
estar obrigadas à essa declaração, os contribuintes do ICMS pessoa jurídica e 
pessoa física, sendo necessário conhecer a legislação do Estado sede para 
obter informações sobre obrigatoriedade e prazos de envio. 
O Sintegra e a GIA ICMS foram declarações criadas e utilizadas pelos 
Estados muito antes do surgimento da EFD ICMS IPI e, em muitos casos esta 
última já substituiu as duas primeiras, entretanto, ainda é comum sua utilização. 
 
 
33 
 
4.3 Declarações Municipais 
Enquanto contribuintes municipais, as pessoas jurídicas terão obrigações 
a cumprir junto ao seu município sede. Umas das obrigações principais que 
abordamos na aula 02 é a obtenção da inscrição municipal e do Alvará Municipal. 
Para os prestadores de serviços tributados pelo ISSQN, os municípios podem 
estabelecer obrigações acessórias relacionadas a apuração e recolhimento 
deste imposto. Onde já utiliza a Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) 
normalmente, a apuração do ISSQN já ocorre eletronicamente também, no 
mesmo sistema utilizado para a emissão da nota fiscal. 
Também é fundamental aos contribuintes conhecerem a legislação 
municipal, para ter maior clareza quanto as obrigações que estão obrigados. 
 
 
 
 
34 
TEMA 5 – PRINCIPAIS DECLARAÇÕES DO PRODUTOR RURAL PESSOA 
FÍSICA 
A participação dos produtores rurais pessoa física na economia brasileira 
é bastante significativa e, nos mais variados portes, desde agricultura familiar, 
micro produtor à grandes produtores que até exportam sua produção. Devido ao 
volume de sua movimentação, estes contribuintes possuem obrigações 
acessória específicas. 
 
5.1 CAEPF 
Antes de abordarmos as declarações, precisamos abordar o CAEPF 
(Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física) obrigatória a todas as 
pessoas físicas que desenvolvem atividades econômicas de maneira autônoma. 
O produtor rural quando exerce sua atividade sem constituir pessoa jurídica, se 
enquadra como pessoa física autônoma e contribuinte individual/especial do 
INSS, estando assim, obrigado a realizar esse cadastro que passou a ser exigido 
a partir de janeiro de 2019. (RFB, 2019). 
O CAEPF é administrado pela Receita Federal do Brasil e, reúne 
informações das atividades econômicas que são desenvolvidas pela pessoa 
física. É um cadastro simples de ser realizado que substitui a matrícula CEI 
(Cadastro Específico do INSS) e, é fundamental para o cumprimento de 
obrigações acessórias como e-Social, nas operações realizadas que envolvam 
estes contribuintes individuais. (RFB, 2019). 
É importante destacar que o CAEPFtambém será utilizado para 
acompanhar as contribuições previdenciárias destes contribuintes e, no caso do 
produtor rural o Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural) que a 
partir de 2019 poderá ser incidente sobre a receita bruta da comercialização da 
produção rural ou sobre a folha de pagamento do empregador rural. (RFB, 2019). 
 
5.2 DIRPF 
A DIRPF (Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da 
Pessoa Física) é a declaração obrigatória anualmente aos contribuintes pessoa 
física do Imposto de Renda e, o produtor rural na condição de pessoa física que 
exerce atividade econômica também precisa cumprir essa obrigação. 
 
 
35 
A apuração da tributação sobre a renda gerada nas atividades rurais da 
pessoa física ocorrerá na DIRPF. Essa declaração possui uma ficha específica 
para o detalhamento das atividades rurais desenvolvidas e, sua tributação 
poderá ocorrer de duas formas: sobre o resultado obtido no período ou no 
limite de 20% da receita bruta auferida. O contribuinte poderá optar pela 
opção mais vantajosa e, efetuará a opção no próprio programa durante o 
preenchimento da mesma e, o imposto apurado deverá ser recolhido. (RFB, 
2019). 
Exclusivamente para a atividade rural, somente estão obrigados a DIRPF 
os produtores rurais que ultrapassarem o limite da receita bruta isenta. Esse 
limite é estabelecido anualmente pela Receita Federal e, existem outras 
condições que possam tornar obrigatória a entrega dessa declaração, sendo 
responsabilidade do contribuinte conferir se atende algum requisito da 
obrigatoriedade e, caso contrário estará dispensado da mesma. (RFB, 2019). 
Aliada à DIRPF tem-se a obrigatoriedade da escrituração em Livro Caixa, 
para aqueles contribuintes que apresentarem a DIRPF e obtiverem receita bruta 
na atividade rural superior a R$56.000,00 (cinquenta e seis mil reais). Estes 
contribuintes deverão efetuar o registro em Livro Caixa por meio de sistema de 
processamento eletrônico de dados numerados sequencialmente, contendo os 
termos de abertura e encerramento. (RFB, 2019). 
Para melhorar o monitoramento e fiscalização da tributação das 
atividades rurais, a Receita Federal implantou o LCDPR (Livro Caixa Digital do 
Produtor Rural) obrigatório a partir do ano calendário de 2019, para os 
produtores rurais que obtiverem receita bruta superior a R$3.600.000,00 (três 
milhões e seiscentos mil reais), devendo ser preenchido mensalmente e será 
entregue no mesmo período de entrega da DIRPF do mesmo exercício. O 
contribuinte utilizará sistema de processamento de dados próprio para efetuar 
esse registro e fará sua transmissão ao governo por meio do Portal E-CAC 
(Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), validando juridicamente esse 
arquivo com certificação digital. (RFB, 2019). 
A DIRPF é de periodicidade anual, abrangendo a apuração de um ano 
calendário normal (de 01 de janeiro a 31 de dezembro) e, o seu prazo é de 
entrega é de março até o último dia útil do mês de abril do ano subsequente ao 
que se refere a declaração. A não entrega no prazo ou a entrega com 
incorreções gera penalidade (multa). (RFB, 2019). 
 
 
36 
 
5.3 DITR 
A DITR (Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural) 
é uma obrigação aplicada aos proprietários, titulares de domínio útil, que 
contenham a posse ou usufruto de imóveis rurais, podendo ser pessoa física ou 
pessoa jurídica. Nessa declaração ocorre a apuração do imposto sobre a 
propriedade territorial rural. Deve ser entregue anualmente, no prazo definido 
pela Receita Federal, que normalmente é entre em meados de agosto até o 
último dia útil do mês de setembro do mesmo ano calendário de apuração do 
imposto. (RFB, 2019). 
Nesta declaração serão informados os dados da utilização do imóvel 
abrangendo áreas produtivas, não produtivas, não utilizadas e reservas 
ambientais, bem como os valores das benfeitorias realizadas. Em alguns casos 
é exigido maior detalhamento da atividade exercida, seja agrícola, pecuária ou 
extrativa. (RFB, 2019). 
Na apuração do imposto é considerado o percentual de utilização da área 
e o valor da terra nua (terra sem benfeitorias). Para apuração do valor da terra 
nua deve-se observar os valores estabelecidos pela Prefeitura Municipal, pois 
trata-se de um imposto de competência dos municípios. Há também casos de 
isenção e imunidade previstos na legislação e, que deverão ser informados na 
declaração para a não ocorrência de cobrança do imposto. (RFB, 2019). 
A não entrega da declaração no prazo ou a entrega com incorreções 
ocasionará penalidades ao contribuinte. Alerta-se ainda que toda declaração 
entregue ao governo, poderá ser objeto de auditoria e, constatada 
irregularidades, os responsáveis serão penalizados. 
É importante lembramos que o produtor rural pessoa física é um 
contribuinte do ICMS e, além das obrigações citadas neste tópico, devem 
observar a legislação do seu Estado, a fim de identificar as obrigações 
acessórias que precisa cumprir, podendo estar obrigado ao EFD ICMS IPI, GIA 
ICMS, Sintegra e outros. E, quando o produtor rural efetuar o registro dos seus 
colaboradores se tornará um “empregador” que terá a obrigatoriedade de 
cumprimento de obrigações acessórias trabalhistas e previdenciárias, citadas no 
item 3.3 desta aula. 
 
 
 
37 
TROCANDO IDEIAS 
Dos assuntos abordados nesta aula, um dos mais complexos é a 
aplicação dos códigos tributários, em especial os do ICMS. Nesse sentido, para 
maior compreensão do tema, propõe-se que a aluno procure profissionais que 
desenvolvam atividades no setor fiscal e que trabalhe com essa codificação 
diariamente, tanto em empresas privadas ou em escritórios prestadores de 
serviços contábeis, a converse a respeito da utilização dos códigos CST ICMS e 
o CSOSN e, quais critérios utilizam para a sua conversão no momento da 
escrituração dos documentos fiscais de entradas. Caso não conheça nenhum 
profissional que atua nisso, sugere-se que procure fóruns sobre esse assunto na 
internet, que também será útil e o aluno não ficará sem praticar a atividade. 
 
NA PRÁTICA 
Para compreender um pouco mais sobre os documentos fiscais, 
propomos que o aluno procure pelo menos três documentos fiscais, podendo ser 
aqueles do dia a dia, seu, dos familiares e até de amigos e, identifique: 
• O CFOP utilizado; 
• O NCM dos produtos e sua descrição; 
• Códigos de Situação Tributária (CST); 
Após identificar, pede-se que I) pesquise na internet o significado do 
código NCM utilizado conferindo se é compatível com a descrição do produto 
contido no documento fiscal; II) realize uma comparação das informações com o 
conteúdo desta aula e, verifique se está de acordo com os dados utilizados. 
 
FINALIZANDO 
Nesta aula abordamos temas bastante relevantes ao operacional das 
empresas, de todos os portes. Podemos perceber que a emissão dos 
documentos fiscais é uma atividade repleta de complexidade devido às diversas 
informações referente à tributação dos produtos e a utilização de modo correto 
dos códigos específicos. As declarações aos quais estão sujeitas as pessoas 
jurídicas e o produtor rural pessoa física não são poucas e, exige conhecimento 
prévio e muita atenção dos profissionais responsáveis por seu preenchimento e 
transmissão. Destacamos também que sempre deve ser consultada as 
 
 
38 
legislações municipais, estaduais e federais para que o contribuinte possa 
atender as obrigações tributárias de maneira adequada. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Lei Complementar Federal nº 116, de 31 de julho de 2003. Dispõe 
sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos 
Municípios de do Distrito Federal e, dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm>. 
 
CONFAZ, 1970. Convênio S/Nº, de 15 de dezembro de 1970. Disponível em: 
<https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/sinief/cvsn_70?utm_sour
ce=blog&utm_campaign=rc_blogpost>.INVEST & EXPORT BRASIL. (2019). Codificação de Produtos e Serviços 
(NCM/NBS). Disponível em: 
<https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdutosSe
rvicosFull.aspx>. Acesso em: 25 jun 2019. 
 
PORTAL DA NF-e. (2019). Nota Fiscal Eletrônica. Disponível em: < 
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx>. Acesso em: 21 jun 2019. 
 
PORTAL DO CT-e. (2019). Conhecimento de Transporte Eletrônico. 
Disponível em: <http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx>. Acesso 
em: 21 jun 2019. 
 
PORTAL DO EMPREENDEDOR. (2019). Portal do Empreendedor Individual 
– MEI. Disponível em: < http://www.portaldoempreendedor.gov.br/>. Acesso em 
25 jun 2019. 
 
PORTAL DO SIMPLES NACIONAL. (2019). Simples Nacional. Disponível 
em:<http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/>. Acesso em: 26 jun 
2019. 
 
PORTAL MTE. (2019). Portal do Ministério do Trabalho. Disponível em: < 
http://trabalho.gov.br/portal-mte/>. Acesso em 26 jun 2019. 
 
PORTAL SPED RFB. (2019). Sistema Público de Escrituração Digital: MDF-
e. disponível em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1515>. 
 
______. (2022). Sistema Público de Escrituração Digital: MDF-e. disponível 
em: <http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1515>. 
 
 
RFB. (2019). Receita Federal do Brasil. Disponível em: 
<http://receita.economia.gov.br/>. Acesso em: 25 jun 2019. 
 
SPED RFB. (2019). Sistema Público de Escrituração Digital. Disponível em: 
< http://sped.rfb.gov.br/>. Acesso em: 22 jun 2019. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp116.htm
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/sinief/cvsn_70?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://www.confaz.fazenda.gov.br/legislacao/ajustes/sinief/cvsn_70?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost
https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx
https://investexportbrasil.dpr.gov.br/ProdutosServicos/frmPesquisaProdutosServicosFull.aspx
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.aspx
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/
http://trabalho.gov.br/portal-mte/
http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1515
http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/1515
http://receita.economia.gov.br/
http://sped.rfb.gov.br/
 
 
39 
ANEXO I: Tabela CST PIS e Cofins 
CÓDIG
O 
DESCRIÇÃO 
01 Operação Tributável com Alíquota Básica 
02 Operação Tributável com Alíquota Diferenciada 
03 Operação Tributável com Alíquota por Unidade de Medida de Produto 
04 Operação Tributável Monofásica - Revenda a Alíquota Zero 
05 Operação Tributável por Substituição Tributária 
06 Operação Tributável a Alíquota Zero 
07 Operação Isenta da Contribuição 
08 Operação sem Incidência da Contribuição 
09 Operação com Suspensão da Contribuição 
49 Outras Operações de Saída 
50 Operação com Direito a Crédito - Vinculada Exclusivamente a Receita 
Tributada no Mercado Interno 
51 Operação com Direito a Crédito – Vinculada Exclusivamente a Receita 
Não Tributada no Mercado Interno 
52 Operação com Direito a Crédito - Vinculada Exclusivamente a Receita 
de Exportação 
53 Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas e 
Não-Tributadas no Mercado Interno 
54 Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas no 
Mercado Interno e de Exportação 
55 Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Não-Tributadas 
no Mercado Interno e de Exportação 
56 Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas e 
Não-Tributadas no Mercado Interno, e de Exportação 
60 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente 
a Receita Tributada no Mercado Interno 
61 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente 
a Receita Não-Tributada no Mercado Interno 
62 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente 
a Receita de Exportação 
63 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas 
Tributadas e Não-Tributadas no Mercado Interno 
64 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas 
Tributadas no Mercado Interno e de Exportação 
65 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas Não-
Tributadas no Mercado Interno e de Exportação 
66 Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas 
Tributadas e Não-Tributadas no Mercado Interno, e de Exportação 
67 Crédito Presumido - Outras Operações 
70 Operação de Aquisição sem Direito a Crédito 
71 Operação de Aquisição com Isenção 
72 Operação de Aquisição com Suspensão 
73 Operação de Aquisição a Alíquota Zero 
74 Operação de Aquisição sem Incidência da Contribuição 
75 Operação de Aquisição por Substituição Tributária 
98 Outras Operações de Entrada 
99 Outras Operações 
 
 
 
 
40 
ANEXOII: Tabela CST IPI 
 
CÓDIGO DESCRIÇÃO 
00 Entrada com Recuperação de Crédito 
01 Entrada Tributável com Alíquota Zero 
02 Entrada Isenta 
03 Entrada Não-Tributada 
04 Entrada Imune 
05 Entrada com Suspensão 
49 Outras Entradas 
50 Saída Tributada 
51 Saída Tributável com Alíquota Zero 
52 Saída Isenta 
53 Saída Não-Tributada 
54 Saída Imune 
55 Saída com Suspensão 
99 Outras Saídas

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