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Aps - Filosofia do Direito e Direitos Humanos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
FMU 
 
 
Gabriela Pereira Santos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS FILOSOFIA DO DIREITO E DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2020 
 
O caso escolhido foi o “CASO DE GALINDO CÁRDENAS VS. PERU 
ACÓRDÃO DE 2 DE OUTUBRO DE 2015”, julgado pela Corte Americana de Direitos 
Humanos. 
O fato relatado pelo autor Antônio Galindo, foi de uma prisão arbitraria que 
ocorreu em outubro de 1994, no Peru, momento no qual o país passava por um estado 
de emergência. Durante este período foi permitido por meio de decretos-leis que 
fossem executadas prisões e investigações contra possíveis terroristas. Galindo foi 
preso no cartel militar de Yanac sem ao menos sem informado o motivo, o que 
dificultou sua defesa, não foi registrada sua prisão ou libertação, e alega ter sido 
torturado, além de ter sua integridade moral ferida. Foi submetido também um 
procedimento chamado da lei de arrependimento, onde seriam concedidos os 
benefícios de redução, isenção, remissão ou mitigação da penalidade, para aqueles 
que cometeram este crime. 
 Após passar 30 dias confinado, o mesmo procurou a justiça, primeiramente 
no dia 13 de dezembro de 1994 para solicitar cópias autenticadas da "Investigação 
policial-militar" ao Promotor Provincial da Primeira Promotoria Criminal de Huánuco. 
Posteriormente, nos dias 13 e 26 de janeiro de 1995, procurou a Procuradoria Geral, 
juntamente com o Comissão de Diretos Humanos do Congresso constituinte para 
apurar os fatos que ele alegou ter sofrido. Essa investigação só se deu início no dia 
14 de setembro de 2012. 
A corte analisando a acusação do autor contra o Peru, concluiu que o Sr. 
Galindo, teve seu direito à liberdade pessoal e a integridade pessoal violados. Isso 
por que o Estado violou os arts. 7 e 8 da Convenção Americana, pois a privação da 
liberdade foi ilegal, já que não houve registros, e não se informou a ele o motivo de 
sua detenção e não se respeitou o direito de defesa. Por outro lado, a Corte 
compreendeu que durante a prisão o país passava por um estado emergencial, em 
que houve hesitação das autoridades em aplicar ações de garantias de direitos para 
os acusados de terrorismo. 
Em relação a integridade pessoal, o tribunal reconheceu que em razão da 
incerteza do tempo que Antonio passaria na prisão, a acusação dirigida a ele pelo 
Presidente da República e indeterminação do seu destino, causou nele e em sua 
esposa Irma de Galindo, e no filho Luiz Idelso Galindo, gerou impacto moral e mental, 
além de angustia e sofrimento aos familiares. 
Outro direito violado foi o de garantias e proteção judicial, já que o autor já 
havia informado a justiça oportunamente em dezembro de 1994 e em janeiro de 1995, 
sobre a tortura psicológica que havia sofrido, porém, está só entrou em investigação 
dezoito anos depois. Portanto, o seu direito garantido pelo art. 8 e 25 da Convenção 
Americana de garantias judiciais foi ignorado. 
Por fim, a sentença definida pela Corte Americana de Direito Humanos foi de 
que após diversas violações por parte do Estado, este deve reparar o Sr. Antonio 
Galindo, dando continuidade na investigação e conclusão dos fatos em tempo 
razoável, e assim identificar e julgar os responsáveis; garantir que os atos de 
arrependimento ao qual foi submetido estejam privados de todos os efeitos jurídicos; 
deve publicar a sentença do Tribunal Interamericano; promover gratuitamente 
tratamento de saúde e psicológico para o autor, a esposa e o filho, se for solicitado e 
pagar a indenização de danos materiais e imateriais, além de reembolsar os gatos 
que a família teve em decorrência da prisão.