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A INFÂNCIA COMO PALCO DE DIREITOS HUMANOS Autor: SILVA, Michele Spaniol da CAPELLARI, Sandra Maria1 Tutor externo: ALMEIDA, Maria Itamar Isidio de2 Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso de Licenciatura em Pedagogia (FLC3948PED) – Estágio Curricular Obrigatório III 17/07/2022 RESUMO Este trabalho tem como objetivo analisar os direitos das crianças brasileiras, trazendo a importância da infância como palco de direitos. Com a evolução histórica do conceito da cidadania, a sua concepção hoje é bem mais abrangente do que em outras épocas, alargando-se, via de consequência, a sua aplicação para outros segmentos da comunidade que, muitas vezes, eram esquecidos ou ignorados em seus direitos fundamentais. Do ponto de vista a metodologia foi desenvolvida através de uma série de revisões de estudos relevantes sobre o direito da criança garantidos por lei, história das lutas pelos direitos a educação, inclusão, democracia, cultura, diversidade, politicas publicas entre outros. A escola escolhida para realização do estágio é a Escola Municipal Francisco Donizete de Lima localizada na cidade de Sorriso-MT. Trazendo um informativo sobre os principais documentos que regem a educação brasileira, sendo um dos objetivos do programa, conhecimento, atualização, conscientização e exemplos de como a educação percorreu um longo caminho em busca de um a educação democrática, e que muito ainda tem por se fazer, em busca de uma educação transformadora, inclusa e diversificada. Palavras-chave: Infância. Direitos da Criança. Educação. 1 INTRODUÇÃO Este trabalho apresenta considerações sobre o Estágio Curricular Obrigatório III em Gestão Educacional, vamos abordar o tema “A infância como palco de direitos humanos”, cuja área de concentração Educação em direitos humanos/Documentos que 1 Michele Spaniol da Silva acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: michele__spaniol@hotmail.com Sandra Maria Capellari acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: sandraemporio@hotmail.com 2 Maria Itamar Isidio de Almeida tutora externa do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: itamarisidio@gmail.com regem e norteiam a educação brasileira com o objetivo de reconhecer a necessidade de proteção e direitos da criança ressaltando a importância das lutas históricas e das políticas públicas na educação norteando as ações pedagógicas através dos documentos que regem a educação. Segundo a pesquisa realizadas sobre o tema A infância como palco de direitos humanos, foco principal é analisarmos como vem sendo executado as questões sociais, culturais, econômicas, lei nº 9.394/96 Lei de diretrizes e bases da educação nacional (LDB) que reafirma o direito, a educação, a garantia pela Constituição Federal de 1988 que dispõe sobre a educação em um complexo de direitos e deveres do estado e da família. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA A fundamentação desta pesquisa tem como base, a compreensão dos direitos da criança sociais e também políticas como vem ganhando ênfase desde os séculos XX e XXI, trazendo uma revisão quanto os problemas vividos pelas crianças como de aspectos sociais, desigual de violência, trabalho (exploração infantil) e falta de acesso à escola. Os debates e lutas direcionada aos direitos humanos remetem ao século XVII, porem se consolidaram através da Declaração Universal dos Direitos de 1948 no dia 10 de dezembro em Paris. No Brasil a constituição federal de 1988 reconhece a educação infantil como direito da criança, assegurado pelo Estado, onde artigo 227 dispõe que: É dever da família, da sociedade e do estado assegurar a criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, a saúde, a alimentação a educação, ao lazer, a profissionalização, a cultura, a dignidade, ao respeito a liberdade e a convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Artigo 227, capt. Da Constituição Federal 1988. Observa-se que desde a lei federal, consta o dever do Estado da família e também a sociedade, garantir os direitos da criança. A convenção Internacional dos Direitos da Criança endossa o direito a proteção liberdade e cidadania. Outro documento que visa assegurar que toda criança tenha a educação como direito é a Lei das Diretrizes Base da Educação Nacional (LDBEN n° 93.94/96) que considera a educação infantil como primeira etapa da educação básica. art. 29 a educação infantil como finalidade “o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade”. O direito a educação é mencionado como direito fundamental em todos os textos considerados marcos históricos dos direitos humanos. Para FREIRE (1988), a educação é humanizada que vai ao encontro da necessidade de “ser mais”, nesse percurso os sujeitos vão transformando o mundo e se transformando, em busca de uma educação democrática. Somando assim uma gestão democrática e o direito a educação, prevê a participação de todos no processo de ensino e aprendizagem, compreendendo a educação além do acesso e permanência do aluno na escola, considerando a educação de extrema necessidade para a sociedade, somando a questões econômicas, os preconceitos e a discriminação racial, social e cultural. Cabendo a gestão democrática incluir todos no ambiente escolar que de acordo com PARO (2016) é preciso transformar a realidade na educação para transformar a realidade social. Destacado mais uma vez pela (DCNEB) Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Os valores sociais, bem como os direitos e deveres dos cidadãos, relacionam- se com o bem comum e com a ordem democrática. Estes são conceitos que requerem a atenção da comunidade escolar para efeito de organização curricular, cuja discussão tem como alvo e motivação a temática da construção de identidades sociais e culturais. A problematização sobre essa temática contribui para que se possa compreender, coletivamente, que educação cidadã consiste na interação entre os sujeitos, preparando-os por meio das atividades desenvolvidas na escola, individualmente e em equipe, para se tornarem aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais solidária, em que se exerça a liberdade, a autonomia e a responsabilidade. (BRASIL, 2013, p. 24). Nesse sentido, a educação além de seus direitos, tem como dever preparar o educando para ser um cidadão, com seus deveres para que o direito dos outros e os seus não sejam desrespeitados, visando a construção de uma sociedade justa, equitativa e democrática. “E nós estamos ainda no processo de aprender como fazer democracia. E a luta por ela passa pela luta contra todo tipo de autorismo” (FREIRE,200ª. P.136). E mais uma vez destaca Freire (2005), ser cidadão significa fazer parte da sociedade, interagir, construir, estabelecendo uma nova, onde não haja mais nenhuma relação de opressão entre os sujeitos. A diversidade política e social, é vivenciada no dia a dia das crianças, e com isso acabam sendo afetadas por fenômenos como desigualdade social, violência, trabalho, acesso ou não a escola, entre outros. Por esse ângulo, os direitos das crianças, como o estatuto de sujeito e de dignidade de pessoas, estão inscritos, em seus primórdios, na Declaração Universal dos Direitos da Criança, promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1959. A lei nº 8.069/1990, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), constata de forma imediata para assegurar os direitos e deveres da criança e do adolescente. Com isso, essa lei é de suma importância para a sociedade no que dizem a respeito ás normas que reafirmam a proteção de pessoas que vivem em períodos de intenso desenvolvimentopsicológico, físico, moral e social, buscando construir uma sociedade mais justa e igualitária. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO Para elaboração desse trabalho será realizada uma revisão de Literatura apresentando estudos relevantes sobre o direito da criança garantidos por leis, história das lutas pelos direitos a educação, inclusão, democracia, cultura, diversidade, políticas públicas. Pesquisas bibliográficas, sobre a Constituição Dos Direitos Humanos, Declaração Universal dos Direitos, Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9394/96), pesquisadores que fundamentam esse trabalho, leitura de artigos acadêmicos relacionados a políticas públicas, e documentos que corroboram para acesso e qualidade da educação brasileira, pesquisas nos sites do Google e Wikipédia, leitura do PPP da escola Francisco Donizete De Lima , vídeos sobre BNCC ( base nacional comum curricular), documento norteador da educação, leituras de periódico cujo assunto refere-se a educação brasileira, a infância e seus direitos. O local selecionado para a pesquisa foi uma escola municipal Francisco Donizete de lima, uma escola de educação infantil das series iniciais, onde fui auxiliar de sala de uma turma da 2º serie com 24 alunos, numa faixa etária entre 7 e 8 anos de idade. Diante da pesquisa, foi analisado o conhecimento que os educadores têm quanto aos recursos tecnológicos, o acesso, e a infraestrutura da escola com tecnologias, a disponibilidade e a frequência da utilização destes em sala de aula, com o objetivo de entender o aprendizado e o desenvolvimento através de aulas utilizando recursos tecnológicos, e se sua presença na prática pedagógica é efetiva. Através do PPP (Plano Político Pedagógico) verificou-se que o método pedagógico da escola na qual tem uma visão construtivista, sobre a influência de grandes estudiosos com Lev Vygotsky e Jean Piaget como principais nomes, que considera a criança como protagonista do seu processo de aprendizado. Ou seja, a educação não é uma simples transmissão de conhecimento, ela vai além, tornando-se um processo que dá suporte e permite o aluno criar e experimentar o conhecimento e o aprendizado. Dessa maneira, o conteúdo e o ensino se tornam guias e ferramentas para que os estudantes construam o seu conhecimento por meio da resolução de problemas e formulação de hipóteses, valorizando assim os conteúdos e vivências anteriores de cada um. Não existe ninguém para dar as respostas, o aluno aprende a aprender. O produto virtual será um informativo sobre os principais documentos que regem a educação brasileira, sendo um dos objetivos do programa, conhecimento, atualização, conscientização e exemplos de como a educação percorreu um longo caminho em busca de um a educação democrática, e que muito ainda tem por se fazer, em busca de uma educação transformadora, inclusa e diversificada. Devido a pandemia logo no início do ano de 2021 as aulas presencias foram substituídas por aulas remotas e híbridas, apostilas impressas, vídeo aulas e grupos em redes sociais para facilitar a interação entre a família e a escola. Nesse contexto, de um novo modelo ofertado de aulas, foi evidenciado a necessidade do uso de tecnologias como ferramenta de aprendizagem, e também constatado que escola e comunidade ainda tem um longo caminho para se atualizar e poder ofertar aos alunos, que são o principal objetivo, uma educação mais complexa e de qualidade. Certificou-se que a tecnologia como metodologia de ensino só será eficiente se todos os envolvidos tiverem a mesma realidade quanto ao acesso, e ao conhecimento. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) Diante desse estagio podemos observar que há uma série de leis, documentos, decretos que garantem a educação de qualidade para todos, evidenciando ao longo dessa pesquisa documentos como a Base Nacional Comum Curricular que norteia a educação brasileira, e auxiliam na elaboração do currículo, que diante da perspectiva e a realidade da vivencia do aluno, construa uma educação transformadora, democrática, tornando o aluno sujeito participativo na construção do conhecimento. Como pesquisadoras podemos relatar na impressão desse estagio que a lei das Diretrizes e Base da Educação Brasileira (LDB 9394/96) tem por finalidade orientar a educação brasileira, contribuindo para facilitar acesso à educação e desenvolver mecanismos que auxiliem na avaliação da qualidade da educação do ensino no pais. Comprovando nessa vivencia educativa, não podendo deixar de relatar como acadêmicas, pesquisadoras, que diante da pandemia evidenciou ainda mais a importância das tecnologias na educação, que diante as circunstâncias e a atualidade as duas são indissociáveis, cabendo a escola enquanto espaço educativo, inserir propostas tecnológicas inovadoras, usando a tecnologia como potencializadoras de aprendizagens. Quanto a execução do produto virtual, informativo, sobre um esboço de algumas leis que orientam a educação brasileira, tivemos acesso a vários documentos, que auxiliaram nessa caminhada acadêmica, enriquecendo e contribuindo para novos conhecimentos, nos colocando a par sobre como anda a educação brasileira e as lutas que permeiam a educação por várias décadas, e de uma forma sintetizada passando essa informação através do informativo. Não podemos também deixar de relatar sobre esse contexto de educação/ direitos/ tecnologias que para oferecer uma educação de qualidade é preciso estar atualizado, ter uma infraestrutura que garantam ao aluno, ao professor, educadores, enfim todos envolvidos no processo da educação, meios e acessos, para que ambos desfrutem dessa evolução tecnológica e construam aprendizagens significativas , transformadoras e que a educação brasileira almeje a tão desejada educação de qualidade a todos garantida por leis. REFERÊNCIAS A Declaração Universal dos Direitos humanos. Disponível em <://www.dudh.org.br/declaração/>acesso em: 08 março 2022. Brasil (1998) constituição brasileira de 1988. Brasília, câmera dos deputados, coordenação de publicidades. Brasil (1996). Ministério da educação lei de diretrizes bases da educação nacional, nº 9.394, de 20 dez 1996. DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) https://www.educabrasil.com.br/dcns- diretrizes-curriculares-nacionais/ acesso em: 10 março 2022. DCNs (Diretrizes Curriculares Nacionais) https://www.educabrasil.com.br/dcns- diretrizes-curriculares-nacionais/ acesso em: 10 março 2022. FLORIANI, Marlei Adriana Beyer. Educação inclusiva. Educação especial. Indaial: UNIASSELVI, 2017. FREIRE, Paulo. pedagogia do oprimido. 18.ed são Paulo: paz e terra,1988. FREIRE 2000ª. A educação na cidade.4. ed. são Paulo: Cortez. MOSER. Ana Claúdia.Educaçao e diversidade. Sociologia educacional. Indaial: UNIASSELVI, 2017. PARO.Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública da escola pública. São Paulo: CORTEZ, 2016. https://www.educabrasil.com.br/dcns-diretrizes-curriculares-nacionais/ https://www.educabrasil.com.br/dcns-diretrizes-curriculares-nacionais/ ANEXO I ANEXO II
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