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tô na questão 26

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APOSTILAS (ENEM) VOLUME COMPLETO 
 
Exame Nacional de Ensino Médio 
(ENEM) 4 VOLUMES 
APOSTILAS IMPRESSAS E DIGITAIS 
 
 
 
 
Questão 1 
(VUNESP) Baseando-se na leitura do texto de Álvares de Azevedo, assinale a única 
alternativa INCORRETA. 
 
Juntos a meu leito, com as mãos unidas, 
Olhos fitos no céu, cabelos soltos, 
Pálida sombra de mulher formosa 
Entre nuvens azuis pranteia orando. 
É um retrato talvez. Naquele seio 
Porventura sonhei doiradas noites. 
Talvez sonhando desatei sorrindo 
Alguma vez nos ombros perfumados 
Esse cabelos negros, e em delíquio 
Nos lábios dela suspirei tremendo. 
Foi-se minha visão. E resta agora 
Aquela vaga sombra na parede 
- Fantasma de carvão e pó cerúleo, 
Tão vaga, tão extinta e fumarenta 
Como de um sonho o recordar incerto. 
http://www.apostilasopcao.com.br/apostilas/788/1341/exame-nacional-de-ensino-medio-enem/exame-nacional-de-ensino-medio-enem-4-volumes.php?afiliado=2697
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Álvares de Azevedo. VI Parte de Idéias Íntimas. In: Candido, A. e Castelo, J.A. Presença 
da literatura brasileira. São Paulo, Difusão Européia do Livro, 1968, p. 26. 
a) Considerando os aspectos temáticos e formais do poema, pode-se vinculá-lo ao segundo 
momento do movimento romântico brasileiro, também conhecido como "geração do 
spleen" ou "mal-do-século". 
b) A presença da mulher amada torna-se o ponto central do poema. Isso é claramente 
manifestado pelas recordações do eu-lírico, marcado por um passado vivido, que sempre 
volta em imagens e sonhos. 
c) O texto reflete um articulado jogo entre o plano do imaginário e o plano real. Um dos 
elementos, entre outros, que articula essa construção é a alternância dos tempos verbais 
presente/passado. 
d) Realidade e fantasia tornam-se única realidade no espaço da poesia lírica romântica, 
gênero privilegiado dentro desse movimento. 
e) Apesar de utilizar decassílabo, esse poema possui o andamento próximo ao da prosa. 
Esse aspecto formal é importante para intensificar certo prosaísmo intimista da poesia 
romântica. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 2 
(PUC-RS) "Então passou-se sobre este vasto deserto d'água e céu uma cena estupenda, 
heróica, sobre humana; um espetáculo grandioso, uma sublime loucura. Peri alucinado 
suspendeu-se aos cipós que se entrelaçavam pelos ramos das árvores já cobertas d'água, e 
com esforço desesperado cingindo o tronco da palmeira nos seus braços hirtos, abalou-se 
até as raízes." 
O texto acima exemplifica uma característica romântica de José de Alencar que é a: 
a) imaginação criadora. 
b) consciência da solidão. 
c) ânsia da glória. 
d) idealização do personagem. 
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e) valorização da natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 3 
(UFRGS) Considere as afirmações abaixo sobre o Romantismo no Brasil. 
I - A primeira geração de poetas românticos no Brasil caracterizou-se pela ênfase no 
sentimento nacionalista, tematizando o índio, a natureza e o amor à pátria. 
II - Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Fagundes Varela, representantes da segunda 
geração da poesia romântica, expressam, sobretudo, um forte intimismo. 
III - A poesia de Castro Alves, cronologicamente inserida na terceira geração romântica, 
apresenta importantes ligações com a estética barroca, pela religiosidade e o tom místico da 
maioria dos poemas 
Quais estão corretas ? 
a) apenas I 
b) apenas II 
c) apenas I e II 
d) apenas II e III 
e) I, II e III 
 
 
 
 
 
 
Questão 4 
(PUC-CAMP) 
Cantor das selvas, entre bravas matas 
Áspero tronco da palmeira escolho. 
Unido a ele soltarei meu canto, 
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Enquanto o vento nos palmares zune, 
Rugindo os longos, encontrados leques. 
Os versos acima, de Os Timbiras, de Gonçalves Dias, apresentam características da 
primeira geração romântica: 
a) apego ao equilíbrio na forma de expressão; presença do nacionalismo, pela temática 
indianista e pela valorização da natureza brasileira. 
b) resistência aos exageros sentimentais e à forma de expressão subordinada às emoções; 
visão da poesia a serviço de causas sociais, como a escravidão. 
c) expressão preocupada com o senso da medida; "mal-do-século", natureza como amiga e 
confidente. 
d) transbordamento da forma de expressão; valorização do índio como típico homem 
nacional; apresentação da natureza como refúgio dos males do coração. 
e) expressão a serviço da manifestação dos estados de espírito mais exagerados; sentimento 
profundo da solidão. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 5 
(UFMG) Uma das seguintes alternativas não corresponde à característica do Romantismo 
brasileiro: 
a) esterilização já em parte ou totalmente desvinculada dos padrões portugueses; 
b) liberalismo, quer no sentido estritamente político, quer no estético-literário; 
c) gosto pelo emprego da metáfora em lugar da metonímia, preferida pelo classicismo; 
d) presença acentuada de sentimentalismo e acentuada subjetividade; 
e) inspiração nos modelos camonianos e horacianos. 
 
 
 
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Questão 6 
(UFPA) Castro Alves, uma das figuras que melhor interpretou e expressou o lirismo do 
povo brasileiro, defendeu através de suas poesias, principalmente: 
a) as excelências da vida campestre em contraposição com a vida urbana. 
b) a necessidade econômica do trabalho escravo. 
c) o direito de liberdade para o negro. 
d) a independência do Brasil. 
e) a necessidade de domar a inspiração. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 7 
(UNICAP) Sobre Manuel Antônio de Almeida julgue as afirmativas: 
a) Seu mais ambicioso projeto foi "fazer um grande painel do Brasil, cobrindo-o por 
inteiro, o Norte e o Sul, o litoral e o sertão, o presente e o passado, o urbano e o rural; 
inclusive a tentativa de estabelecer uma linguagem brasileira". 
b) Seus romances vieram satisfazer às necessidades dos burgueses que estavam no poder, 
mas "não possuíam erudição e preparo intelectual". Para essa classe, era necessária a 
criação de "uma literatura mais amena e acessível". 
c) Em Memórias de um sargento de milícias, utiliza os esquemas tradicionais para agradar 
ao público àvido de futilidades: festas luxuosas, riqueza, elegância, beleza, final feliz, 
heroísmo, namoros românticos, amores eternos. 
d) "Ele preferiu retratar a sociedade carioca dentro de uma opinião diferente da que tinham 
os romancistas que agradavam aos leitores. Criticou, em vez de "iludir". Foi assim que 
surgiu o ANTI-HERÓI, para satirizar a sociedade". 
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e) Memórias de um sargento de milícias é um romance de costumes que documenta uma 
época com humor, malícia, ironia, sátira. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 8 
(VUNESP) Dos trechos poéticos abaixo, apenas um contém o conjunto das seguintes 
características: estilo simbolista, imagens tendentes a eludir a realidade sensível, várias 
aliterações, várias sinestesias, repetições visando à musicalidade da composição literária. 
Assinale-o. 
a) 
Eu não busco saber o inevitável 
das espirais da tua vão matéria. 
Não quero cogitar da paz funérea 
que envolve todo o ser inconsolável. 
b) 
E o teu perfil oscila, treme, ondula, 
pelos abismos eternais circula... 
Circula e vai gemendo e vai gemendo 
e suspirando outro suspiro horrendo. 
E a sombra rubra que te vai seguindo 
também pareceir soluçando e rindo. 
Ir soluçando, de um soluço cavo 
que dos venenos traz o torvo avo. 
c) 
Envelheces de tédio, de cansaço, 
de ilusões e de cismas e de penas, 
como envelhece no celeste espaço 
o turbilhão das estrelas serenas. 
O Amor os corações fez interdito 
ao teu magoado coração cativo 
e apagou-te os sublimes infinitos 
do seu clarão fecundador e vivo. 
d) 
Oh! Vós que não dormis e que nas noites tristes, 
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Falais à natureza - esta Esfinge embusteira, 
Revolvendo este abismo eternamente mudo; 
Dizei-me se isto tudo, acaso não sentistes, 
A rir como Voltaire , a rir como caveira, 
A rir de vós, a rir de mim, a rir de tudo?... 
e) 
Não procureis qualquer nexo naquilo 
que os poetas pronunciam acordados, 
pois eles vivem no âmbito intranqüilo 
em que se agitam seres ignorados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 9 
(UFPE) Leia atentamente: Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. 
"Cristais diluídos de clarões álacres, 
desejos, vibrações, ânsias, alentos, 
Fulvas vitórias, triunfamentos acres 
Os mais estranhos estremecimentos." 
(Cruz e Sousa, em "Nossos Clássicos") 
a) o Simbolismo é uma estética literária que influenciou preferencialmente a poesia, 
criando com a linguagem um clima de delírio que beira o ilogismo; 
b) na busca de sugerir sensações, os simbolistas aproximam a poesia da música; 
c) há um manejo especial de ritmos da linguagem, com estranha combinação de rimas e 
recursos sonoros como aliteração e assonância; 
d) no vocabulário do poema, é explorada a criação de neologismos como fulvas e álacres; 
e) o irracionalismo dos simbolistas, presentes no fragmento, facilita a compreensão e 
interpretação do texto, escrito em tom denotativo. 
 
 
 
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Questão 10 
(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. 
a) O Simbolismo Brasileiro quer conferir à poesia um estatuto de arte nobre e elevada, 
assemelhando-a à religião e à filosofia 
b) O escravo e o índio se tornaram, para o poeta simbolista, os símbolos do homem 
brasileiro 
c) Razão e impassibilidade, eis os dois traços mais marcantes do Simbolismo. 
d) A maior parte dos poetas simbolistas aceita sua impotência diante da sociedade e se exila 
na descrição dos estados penumbrosos 
e) O movimento Simbolista no Brasil mergulha fundo na problemática da vida nacional 
 
 
 
 
 
 
Questão 11 
(UFPE) Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. 
a) Os grandes problemas sociais do Brasil são a tônica da poesia de Alphonsus de 
Guimarães 
b) A religiosidade é uma das constantes da obra "Kyriale" de Alphonsus de Guimarães 
c) Pelo modo como trabalhou com as palavras, pode-se dizer que Cruz e Souza contribuiu 
para a renovação da expressão poética em língua portuguesa 
d) Tanto Alphonsus de Guimarães quanto Cruz e Souza primaram pelo desejo de uma 
poesia transcendente 
e) A expressão "crepuscular" empregada com referência ao simbolismo lembra o gosto dos 
poetas pelas descrições do pôr do sol 
 
 
 
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Questão 12 
(UFPE) Observe: 
"Os miseráveis, os rotos 
São as flores dos esgotos 
São espectros implacáveis 
Os rotos, os miseráveis 
São prantos negros de furnas 
Caldas, mudas, soturnas," 
Cruz e Sousa 
Assinale as afirmativas verdadeiras e as afirmativas falsas. 
a) Este autor representou o Simbolismo no Brasil, propondo uma poesia pura não 
racionalizada, explorando imagens e não conceitos. 
b) A poesia simbolista é hermética, misteriosa e despreza a poética racional. 
c) Cruz e Sousa, principal figura do movimento, era filho de escravos e, como tal, usou a 
escravidão e as injustiças como tema central de sua poética. 
d) Pela espiritualização contínua de sua poesia, tenta desfazer-se de todos os referenciais 
concretos, adotando para isso uma linguagem rebuscada e musical. 
e) O trecho acima, pertencente a Litania dos Pobres, tem o tom de denúncia social, apesar 
do idealismo platônico do autor e de sua tendência à espiritualização. 
 
 
 
 
 
 
Questão 13 
(FESP) Todos os itens caracterizam o indianismo de Gonçalves Dias, exceto em: 
a) Apresenta temas baseados no estudo das crenças, tradições e costumes do índio 
brasileiro. 
b) O índio é visto como um primitivo integrado à natureza, um "bom selvagem". 
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c) Idealiza o índio como símbolo de grandeza moral e perfeição sentimental. 
d) Critica a corrupção da sociedade brasileira, através do mito do homem natural. 
e) Apresenta o índio, não como personagem, mas como um padrão de existência. 
 
 
 
 
 
 
Questão 14 
(FESP) "A Música da Morte, a nebulosa, estranha, imensa música sombria, passa a tremer 
pela minh'alma e fria gela, fica a tremer, maravilhosa..." 
I. Um recurso utilizado na estrofe acima é a sinestesia, isto é, a mistura de sensações cujas 
origens são diferentes. 
II. A musicalidade é bem marcante no segundo verso - basta ver, por exemplo, a 
recorrência à aliteração. 
III. A estrofe, através de sugestões, configura um estado d'alma, valorizando, então a 
realidade subjetiva. 
Assinale a alternativa certa: 
a) estrofe e afirmação dizem respeito à estética romântica; 
b) apenas a estrofe e a afirmação III referem-se ao Romantismo; 
c) a afirmação I e a estrofe caracterizam o Realismo; 
d) a estrofe é do Romantismo e as afirmações são do Barroco; 
e) estrofe e afirmações dizem respeito ao Simbolismo. 
 
 
 
 
 
 
Questão 15 
(FESP) Questão referente ao Romantismo. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. 
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a) O Romantismo brasileiro tem como marco inicial o livro de poesias Suspiros poéticos e 
saudades de Gonçalves Dias. 
b) O romântico desejava representar um mundo idealizado, onde pudesse refugir-se dos 
problemas concretos do dia-a-dia. 
c) A evasão e o culto do passado são características resultantes da incapacidade do artista 
em resolver seus conflitos com a sociedade. 
d) A pátria, juntamente com a religião, são elementos importantes para a estética romântica. 
e) O tratamento que o artista dá à mulher: ora como algo sagrado, místico; ora como algo 
sensual, não é referencial geral dos românticos. 
 
 
 
 
 
 
Questão 16 
(UFPE) "Nenhuma fragilidade é mais cruel [...]". As frases apresentam estruturas 
comparativas em. Assinale as afirmativas verdadeiras e as falsas. 
a) [...] outras razões são incontestavelmente políticas. 
b) Filhos de pais educados recebem educação esmeralda. 
c) Há um motivo superior aos demais. 
d) O episódio da Abolição é anterior ao da República. 
e) O modelo elitista é tão cruel quanto ao imperialista. 
 
 
 
 
 
 
Questão 17 
(UFF) A mudança na ordem dos termos altera o sentido fundamental do enunciado em: 
a) "Esta riqueza causa-te horror?" / Esta riqueza te causa horror? 
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b) "Quando erguia o reposteiro ouviu a voz da mulher"/ Ouviu a voz da mulher quando 
erguia o reposteiro. 
c) "Ele afastou de si com gesto grave a linda cabeça de Aurélia"/ Com gesto grave, ele 
afastou de si a linda cabeça de Aurélia. 
d) "Tua riqueza separou-nos para sempre"/ Separou-nos para sempre tua riqueza. 
e) "pensei que morresse naquela noite, disse Aurélia"/ pensei naquela noite que morresse, 
disse Aurélia. 
 
 
 
 
 
 
Questão 18 
(UFF) O papel semântico do oposto em destaque está incorretamente determinado em: 
a) "a mulher explora formas de crescer e ser vista, ouvida e... valorizada, palavra - mãe na 
qual está embutido um pacotaço de frustrações" (retificar) 
b) "Do tripé tradicional que a compõe - mulher, filhos, marido -, os dois primeiros vão 
andando mais depressa" (enumerar) 
c) "diz o historiador francês Georges Duby, organizador da História da Vida Privada" 
(Identificar) 
d) "Desde a compra ou o aluguel da casa até a administração do orçamento doméstico, (...) 
tudo se discute mais conjuntamente"(resumir) 
e) "Já os meninos, representação mirim do modelo paterno, acham mais acertado a mãe 
ficar em casa" (explicar). 
 
 
 
 
 
 
Questão 19 
(UFF) O sufixo destacado em "organizador" tem o mesmo valor semântico que o presente 
em: 
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a) confidência 
b) outonal 
c) pedinte 
d) refeitório 
e) brasileiro 
 
 
 
 
 
 
Questão 20 
(UFF) A substituição do termo em destaque pelo que se encontra entre parêntese é 
inaceitável, segundo os padrões da língua culta, em: 
a) "reformas em casa que não acabam mais" (inacabáveis) 
b) "O crescimento dessa mulher de aspirações múltiplas, que não cabe nem quer caber nos 
figurinos de miss" (onde) 
c) "ocupadas exclusivamente com os trabalhos domésticos" (de modo exclusivo) 
d) "Os papéis masculino e feminino são ampliados" (ampliam-se) 
e) "Já os meninos (...) acham mais acertado a mãe ficar em casa" (que a mãe fique em 
casa) 
 
 
 
 
 
 
Questão 21 
(FUVEST) Os atuais simuladores de vôo militares estão em condições não apenas de exibir 
uma imagem "realista" da paisagem sobrevoada, mas também de confrontá-la com a ..... 
obtida dos radares. 
O termo que preenche adequadamente a lacuna no texto é: 
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a) iconologia. 
b) iconoclastia. 
c) iconografia. 
d) iconofilia. 
e) iconolatria. 
 
 
 
 
 
 
Questão 22 
(FUVEST) "O diminutivo é uma maneira ao mesmo tempo afetuosa e precavida de usar a 
linguagem. Afetuosa porque geralmente o usamos para designar o que é agradável, aquelas 
coisas tão afáveis que se deixam diminuir sem perder o sentido. E precavida porque 
também o usamos para desarmar certas palavras que, por sua forma original, são 
ameaçadoras demais." 
[Luís Fernando Veríssimo, Diminutivos] 
A alternativa inteiramente de acordo com a definição do autor sobre diminutivos é: 
a) O iogurtinho que vale por um bifinho. 
b) Ser brotinho é sorrir dos homens e rir interminavelmente das mulheres. 
c) Gosto muito de te ver, Leãozinho. 
d) Essa menininha é terrível! 
e) Vamos bater um papinho. 
 
 
 
 
 
 
Questão 23 
(FUVEST) A frase que exprime o comentário do narrador sobre a citação do historiador é: 
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a) As palavras mansas aproximam os amigos, defendendo-os das intempéries. 
b) A vizinhança fortalece a amizade, ao contrário do que ocorre entre o mar e o rochedo. 
c) Desde Ulisses, o mar batendo no rochedo representa os conflitos da amizade. 
d) A invenção dos escritores é necessária para compreender melhor fatos ocorridos no 
passado. 
e) A constante proximidade entre amigos contribui para que a discórdia apareça. 
 
 
 
 
 
 
Questão 24 
(FUVEST) No trecho, "... eu duvido que o rei dissesse tal palavra nem que ela seja 
verdadeira", termo dissesse expressa uma, 
a) continuidade. 
b) improbabilidade. 
c) simultaneidade. 
d) impossibilidade. 
e) alternância. 
 
 
 
 
 
 
Questão 25 
(FUVEST) Assinale a alternativa em que o termo sombra tem o mesmo sentido presente no 
trecho "Que a sombra do escritor me perdoe." 
a) A sombra da alegria não lhe ocultava a preocupação. 
b) Sentiu invadi-lo a sombra do passado. 
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c) Quem a vê e ouve, hoje, não a conhece, é uma sombra do que foi. 
d) Recebeu-me de boa sombra, fazendo as honras da casa. 
e) Das profundezas desse Reino, sobe a sombra ao meu encalço. 
 
 
 
 
 
 
Questão 26 
(FUVEST) Assinale a única frase em que a ordem de colocação das palavras NÃO produz 
ambigüidade. 
a) Rossi pede ao STF processo por calúnia contra Motta. 
b) É só colocar as moedas, girar a manivela e ter a escova já com pasta embalada nas mãos. 
c) Casal procura filho seqüestrado via Internet. 
d) Câmara torna crime porte ilegal de armas. 
e) Regressou a Brasília depois de uma cirurgia cardíaca com cerimonial de chefe de Estado. 
 
 
 
 
 
 
Questão 27 
(FUVEST) Pode ser substituída por dissensão, sem que se altere o sentido da frase 
apresentada, apenas a palavra sublinhada em: 
a) A discordância entre as opiniões inviabilizou qualquer acordo. 
b) A disparidade de oportunidades dificulta a concretização de uma verdadeira democracia. 
c) Os que se envolveram na discussão do assunto não chegaram a um acordo. 
d) A mudança acelerada dos costumes levou à dissolução da família. 
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e) A dissimulação das verdadeiras intenções não lhe garantiu chegar aos fins desejados. 
 
 
 
 
 
 
Questão 28 
(FUVEST) Indique a alternativa em que a aproximação estabelecida está correta. 
a) A terra paradisíaca, em Gonçalves Dias, é projeção nacionalista; a Pasárgada, de Manuel 
Bandeira, é anseio intimista. 
b) O lirismo de Gregório de Matos é conflitivo e confessional; o de Cláudio Manuel da 
Costa é sereno e impessoal. 
c) A ficção regionalista, imatura no século XIX, ganhou força ao abraçar as teses do 
determinismo científico, no século XX. 
d) José de Alencar buscou expressar nossa diversidade cultural - projeto que só a obra de 
Machado de Assis viria a realizar. 
e) A figura do malandro, positiva em Manuel Antônio de Almeida, é o alvo de Mário de 
Andrade em sua sátira Macunaíma. 
 
 
 
 
 
 
Questão 29 
(UCSAL) TEXTO 
Quando saí de casa, o velho José Paulino me disse: 
Não vá perder o seu tempo. Estude, que não se arrepende. 
Eu não sabia nada. Levava para o colégio um corpo sacudido pelas paixões de homem feito 
e uma alma mais velha do que o meu corpo. Aquele Sérgio, de Raul Pompéia, entrava no 
internato de cabelos grandes e com uma alma de anjo cheirando a virgindade. Eu não: era 
sabendo de tudo, era adiantado nos anos, que ia atravessar as portas do meu colégio. 
Menino perdido, menino de engenho. 
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José Lins do Rego - Menino de Engenho, Ed. Moderna Ltda., São Paulo, 1983. 
No texto, o verbo cheirar tem significado de: 
a) agradar. 
b) parecer. 
c) enfeitiçar. 
d) indagar. 
e) bisbilhotar. 
 
 
 
 
 
 
Questão 30 
(CESGRANRIO) O significado de EXCETO na oração "Assim, nesse momento, exceto 
duas lutas (...)" é: 
a) incito. 
b) contínuo. 
c) inicio. 
d) aguço. 
e) empenho-me. 
 
 
 
 
 
 
Questão 31 
(PUC-MG) RESPONDA À QUESTÃO DE ACORDO COM O TEXTO A SEGUIR. 
O NOSSO UTÓPICO E POÉTICO NOVO CÓDIGO DE TRÂNSITO 
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Marcelo Coelho 
Há algo de poético na nova lei de trânsito. Seus exageros têm sido criticados. São muitos. 
Por que multar alguém que fica com o braço esquerdo saindo pela janela? Por que exigir 
três cintos de segurança no banco de trás? 
São exageros, claro. Mas os rigores da lei, ao mesmo tempo, são bem recebidos. Chega de 
bagunça! O motorista terá de contabilizar direitinho as infrações que comete. Se estiver 
dirigindo bêbado, vai para a cadeia. 
Nisso consiste o aspecto literário da lei de trânsito. Em seus 341 artigos, que nenhum 
cidadão e nenhum guarda há de decorar, exprime-se, acima de tudo, uma utopia. A de que o 
Brasil vire uma Suíça, uma Dinamarca, uma Alemanha. 
Trata-se de uma utopia bem paulista: qualquer loja dos Jardins, qualquer restaurante de 
classe em São Paulo, imagina-se fora do Brasil: no Primeiro Mundo. A culpa é dos outros, 
se não somos: dos cariocas, dos capixabas, dos baianos etc. 
Assim, vive-se nos arredores da rua Augusta uma utopia irrealizável, a do primeiro-
mundismo brasileiro. Tudo seria perfeito se houvesse apenas os arredores da rua Augusta. 
O novo código de trânsito é uma expressão dessa mesma utopia. Trata-se de uma utopia 
contraditória. Ou seja, imagina rigores e punições diante dos quais mesmo um suíço ou um 
alemão teria sobressaltos. Pressupõe obediências diante das quais um dinamarquês se 
revoltaria. Essas punições, essas multas, esses rigores são tão extremos pelo simples fato de 
que, na verdade, não somos suíços: somos brasileiros. 
E, como tais, deveremos ser punidos. Se fôssemos suíços, haveria tantas obviedades nessa 
lei que o seu número de artigos seriabem menor. Como somos brasileiros, há uma 
infinidade de casos, de infrações, de multas a prever. 
Comprova-se, assim, uma velha tese: a de que leis detalhistas são mais freqüentes em 
países indisciplinados, e leis vagas, como a Constituição americana, resumem-se em poucos 
artigos, porque cada cidadão, como dizia Marx Weber, enverga no corpo uma gaiola de 
ferro. A liberdade individual e as garantias da lei são tanto maiores quanto menor a 
indisciplina de cada pessoa. 
O raciocínio é discutível. Quando surge uma lei detalhista num país indisciplinado, isso não 
quer dizer necessariamente que o prazer da infração pequena, que o atomismo da 
desobediência, estejam estimulados. 
Creio que a lei do trânsito expressa emoções contraditórias. De um lado, a vontade de uma 
obediência total, uniformizada, em desfiles de camisas-verdes. De outro, a vontade de uma 
desobediência total, em mangas de camisa com correntes de ouro no peito aberto. O 
motorista brasileiro oscila entre o cafajeste e o sindicalista; a classe média não sabe se é 
fascista ou liberal. 
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Desse ponto de vista, a lei funciona como um "balão de ensaio". Não é para valer, mas o 
que interessa é saber o quanto algo que não é para valer termina sendo para valer. 
Quando Maluf instituiu a lei do cinto de segurança, parecia claro que aquilo não ia ser 
cumprido. Foi. Quando Maluf proibiu o fumo nos bares da cidade, parecia igualmente claro 
que aquela lei não ia funcionar. Não funcionou. 
Tivemos, assim, dois exemplos de lei, a que "pega" e a que "não pega". Correspondem ao 
grau de autodisciplina que uma população qualquer esteja disposta a se impor. 
Com seus incontáveis artigos, a lei de trânsito é uma epopéia em favor da autodisciplina do 
motorista brasileiro. Pela primeira vez, é o dono de um Subaru, e não o habitante do morro, 
quem se torna objeto de preocupações penais. 
Vai pegar? Talvez não completamente. Mas o quanto vai pegar? Talvez bastante. Quem 
bebe, por exemplo, no mínimo está com mais medo ao ligar o motor do carro. Sabemos que 
a fiscalização é falha. O bêbado também confia na impunidade. 
Mas o fato de haver uma punição mais severa contra dirigir alcoolizado talvez diminua de 
fato o número de bêbados na direção. Ou seja, a lei, mesmo que não seja aplicada 24 horas 
por dia, pode ter um efeito imaginário na mente dos cidadãos. 
Cada proprietário de carro, mesmo que confie na frase "estamos no Brasil", deixa um pouco 
de estar no Brasil quando se informa sobre o novo código. "Não é isso o que você queria?", 
pergunta o legislador. "Você não vivia reclamando de estar no Brasil?" 
Pois bem, continua o raciocínio do legislador algo enlouquecido, algo pedagógico: que cada 
um sinta o peso de viver neste Primeiro Mundo que tanto admiramos. E que sinta, porque 
imaginário e inaplicável, o peso de viver num Primeiro Mundo mais rigoroso ainda do que 
a Suécia e a Noruega... 
Eis uma experiência social. O bom senso do brasileiro (imagino que exista, tanto do lado 
dos motoristas quanto do lado dos policiais) haverá de selecionar o quanto desta utopia 
legiferante haverá de valer. Mas, sem essa utopia, nada, nenhuma regra, entraria em vigor. 
Tiro, portanto, uma conclusão liberal: que, na livre concorrência entre a lei e a realidade, 
vença o que for justo. 
(Folha de S. Paulo, 28/01/98) 
No décimo terceiro parágrafo, o autor refere-se à lei que "pega" e à que "não pega", ou seja, 
Marcelo Coelho remete-se às leis que funcionam e às que não funcionam. Selecione a 
alternativa em que o verbo FUNCIONAR possa ser substituído, sem alteração de sentido, 
pelo verbo PEGAR: 
a) É sempre bom imaginar que o novo código de trânsito pode funcionar bem. 
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b) O novo código de trânsito pode funcionar como uma imposição de novos 
comportamentos. 
c) Imagina-se que alguns dos artigos propostos no novo código de trânsito não irão 
funcionar, contrariando a previsão daqueles que o elaboraram. 
d) Uma boa educação de trânsito funciona como base para o respeito aos pedestres e aos 
demais motoristas. 
e) Acredita-se que o novo código de trânsito pode funcionar para remodelar as condutas de 
motoristas e pedestres. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 32 
(PUC-MG) Leia o trecho abaixo, retirado do NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO DA 
LÍNGUA PORTUGUESA, e também as sentenças que o seguem. Após isso, assinale a 
alternativa correta: 
pegar. [Do lat. picare, 'untar de pez'.] V. t. d. 1. Fazer aderir; colar, grudar: Pôs a carta no 
correio sem pegar os selos. 2. Agarrar, prender, segurar: Pegou descuidado a louça, deixando-a 
cair; Correu e pegou o fugitivo; O goleiro pegou a bola tranqüilamente.[....] 
I. A calda de caramelo pegou no fundo da panela e não teve jeito de limpar. 
II. Esse professor vive pegando no meu pé . 
III. Meu carro, graças a Deus, pegou bem esta manhã. 
IV. Será que pega bem eu usar esse tipo de roupa na festa de casamento da Juliana? 
V. Algumas modas pegam mais facilmente do que outras. 
VI. No final da briga, ele pegou e disse que não pagava e pronto. 
VII. Pegou o primeiro ônibus que passou. 
Mesmo que em sentido figurado, aproximam-se da descrição apresentada por Aurélio os 
seguintes usos de pegar: 
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a) I, II e V 
b) I, IV e VI 
c) II, III e IV 
d) II, VI e VII 
e) III, V e VI 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 33 
(PUC-MG) Assinale a alternativa em que o conectivo "e" tem a mesma função e valor que 
recebe na frase "Saia já da piscina e vá se secar —, disse-lhe a mãe." 
a) Nas férias, gosto de ler os best-sellers da moda e infelizmente não tenho dinheiro para 
comprar livros novos. 
b) A esposa reclamou ao marido: "Você me disse que traria as compras e não cumpriu sua 
promessa". 
c) O adolescente encontrava-se infeliz e queria ficar sozinho. 
d) Levantei-me cedo e tomei o café rapidamente, pois estava atrasado. 
e) O rapaz encontrava-se infeliz e chorava muito. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 34 
(PUC-MG) Em todas as alternativas, a mudança proposta para o período em destaque 
alterou o seu sentido, EXCETO em: 
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a) Ele levantou lentamente os olhos para ver o céu. | Ele levantou os olhos para ver o céu 
lentamente. 
b) Devo encontrá-lo apenas no shopping. | Devo apenas encontrá-lo no shopping. 
c) O meu pedido foi só que ele estivesse aqui no horário marcado. | O meu pedido foi que 
ele estivesse aqui só no horário marcado. 
d) Ele disse que necessariamente conseguiria resultados para a pesquisa. | Ele disse que 
conseguiria necessariamente resultados para a pesquisa. 
e) Carmen gosta de pensar muito antes de agir. | Carmen gosta muito de pensar antes de 
agir. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 35 
(PUC-MG) Leia o trecho abaixo, transcrito do NOVO DICIONÁRIO AURÉLIO DA 
LÍNGUA PORTUGUESA, e examine as frases a seguir. 
macio. Adj.1. Suave ao tato; brando, suave: colchão macio. 2. Não íngreme; sem asperezas: 
caminho macio. 3. Liso, plano: superfície macia 
I. Essa madeira é muito macia para áreas com grande circulação. 
II. Cristina comprou um tecido macio para fazer um belo vestido. 
III. Depois da plástica, a pele de meu rosto ficou muito macia. 
IV. Lixe bem a parede até que a superfície fique bem lisa. 
V. Lençóis lisos são mais adequados à decoração de seu quarto. 
De acordo com a definição do dicionarista, o adjetivo MACIO equivale, em alguns 
contextos, ao adjetivo LISO. A esse respeito, é correto dizer que a equivalência de sentido 
entre os dois adjetivos: 
a) só é possível em I, III e IV 
b) só é possível em II e V 
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c) só é possível em III 
d) só é possível em I e IV 
e) não é possível em nenhum dos períodos 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 36 
(FMU) Leia o texto abaixo e, com base nele, responda a questão: 
De repente, uma variante trágica. 
Aproxima-se a seca. 
O sertanejo adivinha-o e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o 
flagelo. 
Entretanto não foge logo, abandonandoa terra a pouco e pouco invadida pelo limbo 
candente que irradia do Ceará. 
Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às 
calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o 
peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra. 
Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua 
vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-a estóico. Apesar das 
dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta 
a todo o transe esperanças de uma resistência impossível. 
De "Os Sertões" Euclides da Cunha 
 
Entretanto é conjunção adversativa. Começando o período sem a adversativa, com o 
mesmo sentido, escreveríamos assim 
a) O sertanejo não foge logo, embora adivinhe a seca 
b) O sertanejo não foge logo, porque adivinha a seca 
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c) O sertanejo não foge logo, para quem adivinha a seca 
d) O sertanejo não foge logo, quando adivinha a seca 
e) O sertanejo não foge logo, se adivinhar a seca 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 37 
(FMU) Leia o texto abaixo e, com base nele, responda a questão: 
De repente, uma variante trágica. 
Aproxima-se a seca. 
O sertanejo adivinha-o e prefixa-a graças ao ritmo singular com que se desencadeia o 
flagelo. 
Entretanto não foge logo, abandonando a terra a pouco e pouco invadida pelo limbo 
candente que irradia do Ceará. 
Buckle, em página notável, assinala a anomalia de se não afeiçoar nunca, o homem, às 
calamidades naturais que o rodeiam. Nenhum povo tem mais pavor aos terremotos que o 
peruano; e no Peru as crianças ao nascerem têm o berço embalado pelas vibrações da terra. 
Mas o nosso sertanejo faz exceção à regra. A seca não o apavora. É um complemento à sua 
vida tormentosa, emoldurando-a em cenários tremendos. Enfrenta-a estóico. Apesar das 
dolorosas tradições que conhece através de um sem-número de terríveis episódios, alimenta 
a todo o transe esperanças de uma resistência impossível. 
De "Os Sertões" Euclides da Cunha 
"Enfrenta-a estóico", ou seja, o sertanejo enfrenta a seca 
a) impassível 
b) retesado 
c) hirto 
d) amedrontado 
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e) acovardado 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 38 
(PUC-PR) O paciente Mororó 
Podia ser roteiro de filme, uma versão nordestina para O paciente inglês, onde o aviador 
sobrevive à queda. Mas, em maio de 1948, aquele foi um dia de cão para os passageiros de 
um monomotor da Força Aérea Brasileira. No litoral sul do Ceará, em uma pequena vila de 
pescadores, hoje descoberta pelos turistas, a Prainha, o T-6 caiu de nariz, derrubando pelo 
caminho parte de um coqueiral. 
O piloto Luís Mororó, 79 anos, e a rendeira Francisca Maria da Conceição, a Chica Boneca, 
87, se encontram a cada 15 dias para relembrar. Há 51 anos a Segunda Guerra Mundial 
havia terminado, mas a Aeronáutica ainda fazia treinos de bombardeio. Chica Boneca 
costumava ficar no terreiro da casa simples, manipulando os bilros na almofada de fazer 
renda enquando os aviões passavam em disparada. Mas, um dia, um deles veio baixo 
demais, caindo como uma flecha. 
Na cabine do piloto, Mororó queria mais que sobrevoar a região. Talvez funcionar como 
cupido para um tenente, único passageiro, que tinha uma noiva nativa da Prainha. A 
intenção era voar baixo pela praia e fazer, numa exibição particular, piruetas para a 
namorada do amigo. Os dois não contavam, no entanto, com uma emergência. Um B-25, 
um bombardeio bimotor, apareceu de repente, em sentido contrário. O T-6 de Mororó, 
deixando uma asa pelo caminho, partiu-se e caiu no Japão, um bairro da Prainha. 
(Ariadne Araújo, ISTOÉ, 24/11/1999, p. 74) 
O verbo cair aparece no fim de cada um dos parágrafos, indicando respectivamente: 
a) fato / fato / fato. 
b) fato / fato / conseqüência. 
c) conseqüência / conseqüência / fato. 
d) fato / conseqüência / fato. 
e) conseqüência / fato / conseqüência. 
 
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Questão 39 
(PUC-PR) A arte extraviada de Santa Rosa seria a primeira a ganhar com a criação de um 
museu de arte na capital. O artista nascido em 1909 na Paraíba e morto em 1956 durante 
viagem à Índia foi famoso em meados do século quando sua pintura, seus desenhos e sua 
cenografia chacoalharam os padrões vigentes. 
(ISTOÉ, 15.12.99, p. 120) 
Considere estas afirmações sobre o verbo chacoalhar: 
I - Foi empregado com valor denotativo. 
II - Foi empregado com valor conotativo. 
III - Tem um grande efeito expressivo. 
É verdadeira: 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) I e III. 
e) II e III. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 40 
(UFF) TEXTO 
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PERO VAZ CAMINHA 
a descoberta 
Seguimos nosso caminho por este mar de longo 
Até a oitava da Páscoa 
Topamos aves 
E houvemos vista de terra 
os selvagens 
Mostraram-lhes uma galinha 
Quase haviam medo dela 
E não queriam pôr a mão 
E depois a tomaram como espantados 
primeiro chá 
Depois de dançarem 
Diogo Dias 
Fez o salto real 
as meninas da gare 
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis 
Com cabelos mui pretos pelas espáduas 
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas 
Que de nós as muito olharmos 
Não tínhamos nenhuma vergonha 
ANDRADE, Oswald. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1978. p. 80. 
Sobre as palavras sublinhadas nos versos abaixo, assinale a afirmativa correta: 
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E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas (v.18) 
Que de nós as muito olharmos (v. 19) 
Não tínhamos nenhuma vergonha (v. 20) 
a) Seus sentidos são diferentes, mas têm a mesma classe gramatical. 
b) Seus sentidos são distintos e suas classes gramaticais são diferentes. 
c) Ambas têm o mesmo sentido, mas as classes gramaticais são diferentes. 
d) Ambas têm o mesmo sentido e a mesma classe gramatical. 
e) Tanto seus sentidos quanto suas classes gramaticais são correspondentes. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 41 
(UFF) No fragmento "...cometera a violência de arrancar de suas terras, sem que a sua 
vontade fosse consultada,..." , o conectivo sublinhado estabelece a relação de: 
 
a) causalidade 
b) conclusão 
c) condição 
d) conseqüência 
e) concessão 
 
 
 
 
 
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Questão 42 
(PUC-RJ) 
Texto 
 
 
 
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 As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos 
remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, 
filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de 
Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. 
Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el- 
rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a univer- 
sidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia. 
 - A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu 
emprego único; Itaguaí é o meu universo. 
 Dito isto, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo 
e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as 
leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. 
Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e 
Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz 
de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, 
caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, 
admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão 
Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições 
fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com 
facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelen- 
te vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos 
e inteligentes. Se além dessas prendas, - únicas dignas da 
preocupação de um sábio, - D. Evarista era mal composta 
de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, por- 
quanto não corria o risco de preterir os interesses da ciênciana contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte. 
 D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, 
não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da 
ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três 
anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez 
um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores 
árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas 
às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconse- 
lhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre 
dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de 
Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua 
resistência, - explicável mas inqualificável, - devemos a total 
extinção da dinastia dos Bacamartes. 
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 Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as 
mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo 
e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos 
desta lhe chamou especialmente a atenção, - o recanto 
psíquico, o exame da patologia cerebral. Não havia na colô- 
nia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante 
matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. Simão 
Bacamarte compreendeu que a ciência lusitana, e particular- 
mente a brasileira, podia cobrir-se de "louros 
imarcescíveis", - expressão usada por ele mesmo, mas 
em um arroubo de intimidade doméstica; exteriormente era 
modesto, segundo convém aos sabedores. 
 
Machado de Assis. O alienista 
São Paulo: Ática, 1982, pp. 9-10. 
 
 
A oração reduzida no trecho "Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el-
rei alcançar dele que ficasse em Coimbra..." (texto, l. 5-6) encontra melhor paráfrase em: 
a) malgrado os esforços de el-rei para que ficasse em Coimbra. 
b) ainda que não pudesse el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra. 
c) mas não pôde el-rei alcançar dele que ficasse em Coimbra. 
d) para que el-rei não pudesse convencê-lo a ficar em Coimbra. 
e) já que el-rei tentou convencê-lo a ficar em Coimbra. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 43 
(PUC-RJ) 
Texto 
 
 
 As crônicas da vila de Itaguaí dizem que em tempos 
remotos vivera ali um certo médico, o Dr. Simão Bacamarte, 
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filho da nobreza da terra e o maior dos médicos do Brasil, de 
Portugal e das Espanhas. Estudara em Coimbra e Pádua. 
Aos trinta e quatro anos regressou ao Brasil, não podendo el- 
rei alcançar dele que ficasse em Coimbra, regendo a univer- 
sidade, ou em Lisboa, expedindo os negócios da monarquia. 
 - A ciência, disse ele a Sua Majestade, é o meu 
emprego único; Itaguaí é o meu universo. 
 Dito isto, meteu-se em Itaguaí, e entregou-se de corpo 
e alma ao estudo da ciência, alternando as curas com as 
leituras, e demonstrando os teoremas com cataplasmas. 
Aos quarenta anos casou com D. Evarista da Costa e 
Mascarenhas, senhora de vinte e cinco anos, viúva de um juiz 
de fora, e não bonita nem simpática. Um dos tios dele, 
caçador de pacas perante o Eterno, e não menos franco, 
admirou-se de semelhante escolha e disse-lho. Simão 
Bacamarte explicou-lhe que D. Evarista reunia condições 
fisiológicas e anatômicas de primeira ordem, digeria com 
facilidade, dormia regularmente, tinha bom pulso, e excelen- 
te vista; estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos 
e inteligentes. Se além dessas prendas, - únicas dignas da 
preocupação de um sábio, - D. Evarista era mal composta 
de feições, longe de lastimá-lo, agradecia-o a Deus, por- 
quanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência 
na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte. 
 D. Evarista mentiu às esperanças do Dr. Bacamarte, 
não lhe deu filhos robustos nem mofinos. A índole natural da 
ciência é a longanimidade; o nosso médico esperou três 
anos, depois quatro, depois cinco. Ao cabo desse tempo fez 
um estudo profundo da matéria, releu todos os escritores 
árabes e outros, que trouxera para Itaguaí, enviou consultas 
às universidades italianas e alemãs, e acabou por aconse- 
lhar à mulher um regímen alimentício especial. A ilustre 
dama, nutrida exclusivamente com a bela carne de porco de 
Itaguaí, não atendeu às admoestações do esposo; e à sua 
resistência, - explicável mas inqualificável, - devemos a total 
extinção da dinastia dos Bacamartes. 
 Mas a ciência tem o inefável dom de curar todas as 
mágoas; o nosso médico mergulhou inteiramente no estudo 
e na prática da medicina. Foi então que um dos recantos 
desta lhe chamou especialmente a atenção, - o recanto 
psíquico, o exame da patologia cerebral. Não havia na colô- 
nia, e ainda no reino, uma só autoridade em semelhante 
matéria, mal explorada, ou quase inexplorada. Simão 
Bacamarte compreendeu que a ciência lusitana, e particular- 
mente a brasileira, podia cobrir-se de "louros 
imarcescíveis", - expressão usada por ele mesmo, mas 
em um arroubo de intimidade doméstica; exteriormente era 
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modesto, segundo convém aos sabedores. 
 
Machado de Assis. O alienista 
São Paulo: Ática, 1982, pp. 9-10. 
 
Leia os seguintes trechos do texto: 
• ...estava assim apta para dar-lhe filhos robustos, sãos e inteligentes. (l. 21-c) 
• Se além dessas prendas, [...] D. Evarista era mal composta de feições, longe de lastimá-
lo, agradecia-o a Deus, porquanto não corria o risco de preterir os interesses da ciência 
na contemplação exclusiva, miúda e vulgar da consorte. (l. 22-26) 
 
 
Sem alteração das relações de sentido originais, as palavras destacadas podem ser 
substituídas, respectivamente, por 
a) portanto - visto que 
b) entretanto - portanto 
c) então - se bem que 
d) por isso - não obstante 
e) todavia - sendo que 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 44 
(PUC-RJ) 
Texto 3 
 
 
 
5 
 A Revista Ciência Hoje (volume 16, no. 94, set/out de 
1993) promoveu e publicou um debate sobre a causa e a cura 
das doenças mentais, do qual participaram profissionais 
ligados à psicanálise, à psiquiatria e à psicofarmacologia. 
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Reproduzimos abaixo a resposta de alguns dos partici- 
pantes à pergunta "Há cura para doenças mentais?" 
 Jurandir Freire (psicanalista): "A cura, entendida 
como restabelecimento de um equilíbrio prévio, é uma defi- 
nição médica, e isso não existe na psiquiatria. A pessoa pode 
ter uma experiência psicopatológica e sair dela desejando 
um equilíbrio diferente do que tinha antes. Normalmente, o 
que entendo por cura? É a abolição dos sintomas que vêm 
fazendo a pessoa sofrer e, em seguida, a identificação com 
os próprios ideais, os propósitos de vida ou a busca de 
equilíbrio e a satisfação efetiva. Nesse aspecto, há códigos 
psíquicos que são mais complicados de se atingirem; 
outros, pouco menos. A resposta é sempre singularizada. 
Quanto à promessa do que podemos fazer, posso ser 
taxativo. A gente melhora bastante o sofrimento das pessoas 
que estão atingidas mentalmente. Com o arsenal que temos 
em neuroclínica, no plano institucional-hospitalar, no atendi- 
mento individualizado, conseguimos muitas vezes favorecer 
a pessoa". 
 Joel Birman (psicanalista): "Na psicanálise a cura é 
problemática por causa dessa idéia de restauração do 
estado anterior ao acontecimento. No estado de perturba- 
ção, o sujeito perde sua capacidade de produção de normas, 
tanto biológicas quanto psíquicas. A função do tratamento 
nas perturbações psíquicas é restaurar uma certa 
plasticidade do sujeito, para que ele tenha novamente a 
possibilidade de novas produções normativas. Tentamos 
fazercom que ele se torne mais elástico, com maior capaci- 
dade de superação dos obstáculos que se impõem, tanto em 
nível social quanto pessoal." 
 Marcio Versiani (psiquiatra): "A `cura', o restitutio ad 
integrum, na medicina como um todo, apesar de todo o 
progresso atual, ainda é rara. Isso é particularmente válido 
para as doenças crônicas, e a maioria dos transtornos 
mentais se enquadram nessa categoria. Contudo, se consi- 
derarmos que, até a década de 70, a maior parte dos transtor- 
nos mentais resultava em importantes graus de permanente 
incapacitação - e isso não é mais verdade - , há motivo 
para otimismo. Nas depressões e nas diferentes formas de 
ansiedade, o avanço foi maior. Com o lítio e os 
antidepressores, obtêm-se remissões em dois terços dos 
casos. No terço restante, há graus variáveis de melhora. Na 
esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio - 
diferentes níveis de melhora sim, mas raramente a recupe- 
ração total. Essas `curas' ou graus de melhora significativos 
têm sido obtidos graças à inserção da psiquiatria no mo- 
delo médico moderno. Resultados de pesquisa com nú- 
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55 
meros representativos de pacientes e metodologia adequa- 
da (escalas operacionais de avaliação, entrevistas, diagnós- 
ticos computadorizados, métodos duplo-cego com controle 
de placebo etc.) têm permitido e corroborado esses avanços 
terapêuticos." 
Assinale a alternativa em que o termo sublinhado é um advérbio que marca claramente uma 
opinião: 
a) "...o sofrimento das pessoas que estão atingidas mentalmente." (texto 3, l. 19-20) 
b) "...e sair dela desejando um equilíbrio diferente do que tinha antes (texto 3, l. 10-b) 
c) "para que ele tenha novamente a possibilidade de novas produções normativas" (texto 3, 
l. 30-31) 
d) " Na esquizofrenia, o quadro, infelizmente, é mais sombrio..." (texto 3, l. 46-47) 
e) "...há motivo para otimismo." (texto 3, l. 42-43) 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 45 
(PUC-RS) TEXTO 
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INSTRUÇÃO: Responder à questão com base no texto. 
 
 
Neste texto, algumas relações frasais não são explicitadas pelo uso de articuladores. Caso o 
publicitário resolvesse utilizá-los, mantendo os sentidos do texto, as expressões mais 
adequadas para anteceder "Para os brasileiros... " (segundo parágrafo) e "Na sua próxima 
viagem..." (terceiro parágrafo) seriam, respectivamente, _________ e __________ . 
a) Portanto – Porém 
b) Porque – Assim 
c) Entretanto – Portanto 
d) Por isso – Além disso 
e) Uma vez que – De modo que 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 46 
(PUC-RS) O Estilo 
Cruz e Sousa 
"O estilo é o sol da escrita. Dá-lhe eterna palpitação, eterna vida. Cada palavra é como que 
um tecido do organismo do período. No estilo há todas as gradações da luz, toda a escala 
dos sons. 
O escritor é psicólogo, é miniaturista, é pintor – gradua a luz, tonaliza, esbate e esfuminha 
os longes da paisagem. 
Toda a força e toda a profundidade do estilo está em saber apertar a frase no pulso, domá-
la, não a deixar disparar pelos meandros da escrita. 
O vocábulo pode ser música ou pode ser trovão, conforme o caso. A palavra tem a sua 
autonomia; e é preciso uma rara percepção estética, uma nitidez visual, olfativa, palatal e 
acústica, apuradíssima, para a exatidão da cor, da forma e para a sensação do som e do 
sabor da palavra." 
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O texto expressa a visão de Cruz e Souza acerca da habilidade necessária ao escritor no que 
se refere ao estilo. _______________, poema se sua autoria que abre a obra intitulada 
____________, pode ser considerado um exemplo de tais idéias. 
a) Acrobata da Dor Missal 
b) Vida Obscura Broquéis 
c) Sorriso Interior Faróis 
d) Violões que Choram Missal 
e) Antífona Broquéis 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 47 
(PUC-RS) O Estilo 
Cruz e Sousa 
"O estilo é o sol da escrita. Dá-lhe eterna palpitação, eterna vida. Cada palavra é como que 
um tecido do organismo do período. No estilo há todas as gradações da luz, toda a escala 
dos sons. 
O escritor é psicólogo, é miniaturista, é pintor – gradua a luz, tonaliza, esbate e esfuminha 
os longes da paisagem. 
Toda a força e toda a profundidade do estilo está em saber apertar a frase no pulso, domá-
la, não a deixar disparar pelos meandros da escrita. 
O vocábulo pode ser música ou pode ser trovão, conforme o caso. A palavra tem a sua 
autonomia; e é preciso uma rara percepção estética, uma nitidez visual, olfativa, palatal e 
acústica, apuradíssima, para a exatidão da cor, da forma e para a sensação do som e do 
sabor da palavra." 
 
O trecho sublinhado no texto pode ser associado à possibilidade de ___________________, 
própria da estética _____________. 
a) impessoalidade do artista parnasiana 
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b) psicologização dos temas realista 
c) controle das sensações simbolista 
d) manifestação dos sentidos parnasiana 
e) reinvenção da linguagem simbolista 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 48 
(PUC-RS) As Três Irmãs do Poeta"É noite! As sombras correm nebulosas.Vão três pálidas 
virgens silenciosasAtravés da procela irriquieta.Vão três pálidas virgens ... vão 
sombriasRindo colar num beijo as bocas frias...Na fronte cismadora do – Poeta –‘Saúde, 
irmão! Eu sou a Indiferença.Sou eu quem te sepulta a idéia imensa,Quem no teu nome a 
escuridão projeta...Fui eu que te vesti do meu sudário...,Que vais fazer tão triste e 
solitário?...’– ‘Eu lutarei’ – responde-lhe o Poeta.‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Fome.Sou 
eu quem o teu negro pão consome...O teu mísero pão, mísero atleta!Hoje, amanhã, depois... 
depois (qu’importa?)Virei sempre sentar-me à tua porta...’– ‘Eu sofrerei’ – responde-lhe o 
Poeta. ‘Saúde, meu irmão! Eu sou a Morte.Suspende em meio o hino augusto e forte.Volve 
ao nada! Não sentes neste enleioTeu cântico gelar-se no meu seio?!’– ‘Eu cantarei no céu’– 
diz-lhe o Poeta!" 
O texto pode ser vinculado a uma tendência de expressão poética denominada 
a) subjetivismo. 
b) ufanismo. 
c) nacionalismo. 
d) futurismo. 
e) condoreirismo. 
 
 
 
 
 
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Questão 49 
(UFPE) 
DESCOBERTA DA LITERATURA 
No dia-a-dia do engenho/ toda a semana, durante/ 
cochichavam-me em segredo: / saiu um novo romance./ 
E da feira do domingo/ me traziam conspirantes/ 
para que os lesse e explicasse/ um romance de barbante./ 
Sentados na roda morta/ de um carro de boi, sem jante,/ 
ouviam o folheto guenzo, / o seu leitor semelhante,/ 
com as peripécias de espanto/ preditas pelos feirantes./ 
Embora as coisas contadas/ e todo o mirabolante,/ 
em nada ou pouco variassem/ nos crimes, no amor, nos lances,/ 
e soassem como sabidas/ de outros folhetos migrantes,/ 
a tensão era tão densa,/ subia tão alarmante,/ 
que o leitor que lia aquilo/ como puro alto-falante,/ 
e, sem querer, imantara/ todos ali, circunstantes,/ 
receava que confundissem/ o de perto com o distante,/ 
o ali com o espaço mágico,/ seu franzino com gigante,/ 
e que o acabasse tomando/ pelo autor imaginante/ 
ou tivesse que afrontar/ as brabezas do brigante./ 
(...) 
João Cabral de Melo Neto 
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Tomando ainda como referência o texto, relacione a 2
a 
coluna de acordo com a 1
a
, 
identificando os sinônimos: 
1ª COLUNA 2ª COLUNA 
(1) peripécias ( ) Surpresa 
(2) mirabolante ( ) Fantástico 
(3) dia-a-dia ( ) Cotidiano 
(4) imantar ( ) Acrobacias 
(5) espanto ( ) atrair 
 
A ordem correta é: 
a) 5, 2, 3, 1, 4 
b) 2, 4, 5, 3, 1 
c) 3, 1, 4, 5, 
d) 2, 1, 3, 4, 5 
e) 1, 2, 3, 4, 5 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 50 
(UFPE) "Em qualquer projeto de desenvolvimento econômico, 
social e humano é fundamental (1) que seja entendido 
(2)que a criança é o membro da sociedade mais vulnerável 
(3)às carências, podendo sofrer seqüelas (4)irreversíveis 
com enorme custo social e humano." 
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(Vida Melhor, nov./96)Analisando as palavras "vulnerável", "seqüelas" e "irreversíveis", todas do texto, podemos 
afirmar que seus significados mais aproximados são, respectivamente: 
a) Preocupado, danos, incomparáveis 
b) Passível, doenças, irrefutáveis 
c) Suscetível, conseqüências, irremediáveis 
d) Atacado, problemas, irredutíveis 
e) Cabível, sanções, inevitáveis 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 51 
(UFPB) 
 
À custa de muitos trabalhos, de muitas fadigas, e sobretudo de muita paciência, conseguiu o 
compadre que o menino freqüentasse a escola durante dois anos e que aprendesse a ler 
muito mal e escrever ainda pior. Em todo este tempo não se passou um só dia em que ele 
não levasse uma remessa maior ou menor de bolos; e apesar da fama que gozava o seu 
pedagogo de muito cruel e injusto, é preciso confessar que poucas vezes o fora para com 
ele: o menino tinha a bossa da desenvoltura, e isto, junto com as vontades que lhe fazia o 
padrinho, dava em resultado a mais refinada má-criação que se pode imaginar. Achava ele 
um prazer suavíssimo em desobedecer a tudo quanto se lhe ordenava; se se queria que 
estivesse sério, desatava a rir como um perdido com o maior gosto do mundo; se se queria 
que estivesse quieto, parece que uma mola oculta o impelia e fazia com que desse uma 
idéia pouco mais ou menos aproximada do moto-contínuo. Nunca uma pasta, um tinteiro, 
uma lousa lhe durou mais de 15 dias: era tido na escola pelo mais refinado velhaco; vendia 
aos colegas tudo que podia ter algum valor, fosse seu ou alheio, contanto que lhe caísse nas 
mãos: um lápis, uma pena, um registo, tudo lhe fazia conta; o dinheiro que apurava 
empregava sempre do pior modo que podia. Logo no fim dos primeiros cinco dias de escola 
declarou ao padrinho que já sabia as ruas, e não precisava mais de que ele o acompanhasse; 
no primeiro dia em que o padrinho anuiu a que ele fosse sozinho fez uma tremenda gazeta; 
tomou depois gosto a esse hábito, e em pouco tempo adquiriu entre os companheiros o 
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apelido de gazeta-mor da escola, o que também queria dizer apanha-bolos-mor. Um dos 
principais pontos em que ele passava alegremente as manhãs e tardes em que fugia à escola 
era a igreja da Sé. O leitor compreende bem que isto não era de modo algum inclinação 
religiosa; na Sé à missa, e mesmo fora disso, reunia-se gente, sobretudo mulheres de 
mantilha, de quem tomara particular zanguinha por causa da semelhança com a madrinha 
(...). 
Este uso da mantilha era um arremedo do uso espanhol; porém a mantilha espanhola, temos 
ouvido dizer, é uma coisa poética que reveste as mulheres de um certo mistério, e que lhes 
realça a beleza; a mantilha das nossas mulheres, não; era a coisa mais prosaica que se pode 
imaginar, especialmente quando as que as traziam eram baixas e gordas como a comadre. A 
mais brilhante festa religiosa (que eram as mais freqüentadas então) tomava um aspecto 
lúgubre logo que a igreja se enchia daqueles vultos negros, que se uniam uns aos outros, 
que 
se inclinavam cochichando a cada momento. 
Mas a mantilha era o traje mais conveniente aos costumes da época; sendo as ações dos 
outros o principal cuidado de quase todos, era muito necessário ver sem ser visto. A 
mantilha para as mulheres estava na razão das rótulas para as casas; eram o observatório da 
vida alheia. 
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um Sargento de Milícias. 16. ed., São 
Paulo: Ática, 1989, p. 26-41). 
 
Segundo o narrador, o uso da mantilha era típico das mulheres do início do século, no Rio 
de Janeiro. Entre os traços de comportamento associados a tal uso, destacavam-se 
a) a imitação, a simplicidade e o bom gosto. 
b) a piedade, a vulgaridade e a simplicidade. 
c) a imitação, a tristeza e a sinceridade religiosa. 
d) a imitação, a vulgaridade e a curiosidade. 
e) a originalidade, a tristeza e a curiosidade. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 52 
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(UFPB) A partir dos seguintes fragmentos da poesia de Castro Alves: 
 
I."E eu sei que vou morrer... dentro em meu peito 
Um mal terrível me devora a vida: 
(...) Sou o cipreste, qu’ inda mesmo flórido, 
Sombra da morte no ramal encerra!" 
(Mocidade e morte) 
 
II."Não! Não eram dois povos que abalavam 
Naquele instante o solo ensangüentado... 
Era o porvir – em frente do passado, 
A Liberdade – em frente à Escravidão..." 
(Ode ao dois de julho) 
 
É correto afirmar-se: 
a) Fiel ao ideário da terceira geração romântica, da qual fez parte, o poeta rejeitou as 
imagens e a temática referentes ao mal-do-século. 
b) Impregnado de tristeza e pessimismo, o poeta desprezou os ideais coletivos e se 
concentrou em sua problemática pessoal. 
c) O poeta equilibrou a dimensão pessoal com a dimensão coletiva, ilustrando, através 
desse procedimento, o comportamento característico da segunda geração romântica. 
d) Embora cantando as aspirações coletivas, ligadas à afirmação da nacionalidade, o poeta 
também cultivou a morbidez própria da segunda geração. 
e) A obsessão com o amor impossível e com a idéia da morte, predominante em seus textos, 
diminuiu no poeta a contundência e a amplitude do seu protesto social. 
 
 
 
 
 
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Questão 53 
(UFPA) Os versos do poeta Castro Alves ( nascido há 150 anos), que tão bem 
exemplificam "a procura de novas situações" que conduzem os românticos "às terras 
distantes ... paisagens orientais", encontram-se na alternativa: 
a) "Hoje em meu sangue a América se nutre / Condor que transformara-se em abutre, / Ave 
da escravidão," 
b) "Quem és tu? Quem és tu? - És minha sorte! / És talvez o ideal que est’alma espera! / És 
a glória talvez! Talvez a morte!..." 
c) "Túmido o lábio, onde o saltério gira... / Ó musa de Israel! Pega da lira... / Canta os 
martírios de teu povo errante!" 
d) "Presa nos elos de uma só cadeia, / A multidão faminta cambaleia, / E chora e dança 
ali!" 
e) "Olhos vivos, tão vivos, como espelhos, / Mas como eles, também sem chama alguma;" 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 54 
(UFPA) 
"Ó Formas alvas, brancas. Formas claras 
de luares, de neves, de neblinas!... 
Ó Formas vagas fluidas, cristalinas... 
Incensos dos turíbulos das aras..." 
(Cruz e Sousa). 
Afirma-se que Simbolismo é um estilo de época que representa o período de transição entre 
o mundo tradicional e a modernidade literária. Trata-se da novidade em termos de poesia. 
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Considerando o quarteto, acima transcrito, a novidade que pode ser assinalada nos versos 
de Cruz e Sousa, enquanto representante do Simbolismo brasileiro, é a 
a) referência a elementos ligados à religiosidade cristã 
b) preocupação com as emoções pessoais 
c) disposição em embelezar a realidade desagradável 
d) oposição entre a realidade secular e a vida religiosa 
e) utilização do valor sugestivo das palavras 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 55 
(UFMG) Já não basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro? Nos 
juros, no crédito, nas alíquotas de importação, no câmbio, na Ufir e nas regras do imposto 
de renda? Já não basta mudarem as formas da Lua, as marés, a direção dos ventos e o mapa 
da Europa? E as regras das campanhas eleitorais, o ministério, o comprimento das saias, a 
largura das gravatas? Não basta os deputados mudarem de partido, homens virarem mulher, 
mulheres virarem homem e os economistas virarem lobisomem, quando saem do Banco 
Central e ingressam na banca privada? 
Já não basta os prefeitos, como imperadores romanos, tentarem mudar o nome de avenidas 
cruciais, como a Vieira Souto, no Rio de Janeiro, ou se lançarem à aventura maluca de 
destruir largos pedaços da cidade para rasgar avenidas, como em São Paulo? Já não basta 
mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda e o que emagrece? Não basta mudarem a 
capital federal, o número de estados, o número de municípios e até o nome do país, que já 
foi Estados Unidos do Brasil e depois virou República Federativa do Brasil?Não, não basta. Lá vêm eles de novo, querendo mudar as regras de escrever o idioma. 
"Minha pátria é a língua portuguesa", escreveu Fernando Pessoa pela pena de um de seus 
heterônimos, Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego. Desassossegados estamos. 
Querem mexer na pátria. Quando mexem no modo de escrever o idioma, põem a mão num 
espaço íntimo e sagrado como a terra de onde se vem, o clima a que se acostumou, o pão 
que se come. 
Aprovou-se recentemente no Senado mais uma reforma ortográfica da Língua Portuguesa. 
É a terceira nos últimos 52 anos, depois das de 1943 e 1971- muita reforma, para pouco 
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tempo. Uma pessoa hoje com 60 anos aprendeu a escrever "idéa", depois, em 1943, mudou 
para "idéia", ficou feliz em 1971 porque "idéia" passou incólume, mas agora vai escrever 
"ideia", sem acento. 
Reformas ortográficas são quase sempre um exercício vão, por dois motivos. Primeiro, 
porque tentam banhar de lógica o que, por natureza, possui extensas zonas infensas à 
lógica, como é o caso de um idioma. Escreve-se "Egito", e não "Egipto", mas "egípcio", e 
não "egício", e daí? Escreve-se "muito", mas em geral se fala "muinto". Segundo, porque, 
quando as reformas se regem pela obsessão de fazer coincidir a fala com a escrita, como é o 
caso das reformas da Língua Portuguesa, estão correndo atrás do inalcançável. A pronúncia 
muda no tempo e no espaço. A flor que já foi "azálea" está virando "azaléa" e não se pode 
dizer que esteja errado o que todo o povo vem consagrando. "Poder" se pronuncia "poder" 
no Sul do Brasil e "puder" no Brasil do Nordeste. Querer que a grafia coincida sempre com 
a pronúncia é como correr atrás do arco-íris, e a comparação não é fortuita, pois uma língua 
é uma coisa bela, mutável e misteriosa como um arco-íris. 
Acresce que a atual reforma, além de vã, é frívola. Sua justificativa é unificar as grafias do 
Português do Brasil e de Portugal. Ora, no meio do caminho percebeu-se que seria uma 
violência fazer um português escrever "fato" quando fala "facto", ou "recepção" quando 
fala "receção", da mesma forma como seria cruel fazer um brasileiro escrever "facto" ou 
"receção" (que ele só conhece, e bem, com dois ss, no sentido de inferno astral da 
economia). Deixou-se, então, que cada um continuasse a escrever como está acostumado, 
no que se fez bem, mas, se a reforma era para unificar e não unifica, para que então fazê-la? 
Unifica um pouco, responderão os defensores da reforma. Mas, se é só um pouco, o que 
adianta? Aliás, para que unificar? O último argumento dos propugnadores da reforma é 
que, afinal, ela é pequena - mexe com a grafia de 600, entre as cerca de 110.000 palavras da 
Língua Portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se é tão pequena, volta a pergunta: para que 
fazê-la? 
Fala-se que a reforma simplifica o idioma e, assim, torna mais fácil seu ensino. Engano. A 
representação escrita da língua é um bem que percorre as gerações, passando de uma à 
outra, e será tão mais bem transmitida quanto mais estável for, ou, pelo menos, quanto 
menos interferências arbitrárias sofrer. Não se mexa assim na língua. O preço disso é 
banalizá-la como já fizeram com a moeda, no Brasil. 
Roberto Pompeu de Toledo - Veja, 24.05.95. 
Texto adaptado pela equipe de Língua Portuguesa da 
COPEVE/UFMG. 
Desassossegados estamos. Querem mexer na pátria. 
Assinale a alternativa que contém a RELAÇÃO implícita entre essas orações. 
a) Oposição 
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b) Finalidade 
c) Temporalidade 
d) Causalidade 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 56 
(PUC-RS) 
01Todo mundo tem (ou conhece 
02alguém que tem) um Tamagotchi. O 
03animal de estimação eletrônico virou 
04mania. Habitante de um miniaparelho, 
05misto de chaveiro e computador, o bicho é 
06na verdade um ser inexistente. Só o que 
07 se tem dele são sinais: de fome, sono, 
08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é 
09possível saciar-lhe as necessidades e os 
10 desejos. Na tela minúscula, surge então 
11um sorriso, indicando que o mascote está 
12 feliz. O dono, sempre uma criança (de 
13qualquer idade), sente-se grandioso, 
14provedor de carinho e cuidado. Pensa que 
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15 cuida do bicho – mas é o bicho quem 
16cuida dele (e de suas ansiedades). 
17O novo brinquedo é a síntese da 
18 nossa era, que é mediada e ordenada por 
19 telas luminosas. Não apenas a microtela 
20do bichinho, mas a tela do computador, do 
21painel eletrônico do automóvel, das linhas 
22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo 
23 se organiza como um complexo indivisível, 
24um Tamagotchi planetário. O caixa 
25 eletrônico avisa que a conta está no 
26vermelho: é preciso um depósito para que ela 
27fique contente. A televisão não pára 
28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se 
29esquecer do presente. A tela do telefone 
30celular dá conta de que a pilha está fraca. 
31No monitor do micro, pisca a mensagem 
32não lida. 
33Do outro lado das telas que 
34 comandam o dia-a-dia de qualquer um, 
35outros milhões de uns quaisquer. Um 
36parente, um chefe, um amigo, um cliente, 
37um desconhecido... a(s) namorada(s). 
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38Todos virtualizados. Além das contas a 
39pagar e dos recados inúteis, também as 
40demandas emocionais navegam pela teia 
41 eletrônica. E a isto se reduz o 
42relacionamento humano: a uma troca de 
43estímulos digitalizados e respostas idem. 
(Adaptado de: BUCCI, Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.) 
 
Considerando o emprego que as expressões destacadas têm no texto, a única substituição 
correta é a da alternativa 
a) "de fome, sono, carência afetiva" (linhas 07 e 08) por " de fome, sono e carente de 
afeto" . 
b) "saciar-lhe as necessidades" (linha 09) por "saciar as suas necessidades". 
c) "mas a tela" (linha 20) por "todavia a tela". 
d) "não pára de insistir" (linhas 27 e 28) por "não pára de insistência". 
e) "ai de quem se esquecer do presente" (linhas 28 e 29) por "ai de quem se esquecer o 
presente". 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 57 
(PUC-RS) 
01Todo mundo tem (ou conhece 
02alguém que tem) um Tamagotchi. O 
03animal de estimação eletrônico virou 
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04mania. Habitante de um miniaparelho, 
05misto de chaveiro e computador, o bicho é 
06na verdade um ser inexistente. Só o que 
07 se tem dele são sinais: de fome, sono, 
08carência afetiva. Apertando botõezinhos, é 
09possível saciar-lhe as necessidades e os 
10 desejos. Na tela minúscula, surge então 
11um sorriso, indicando que o mascote está 
12 feliz. O dono, sempre uma criança (de 
13qualquer idade), sente-se grandioso, 
14provedor de carinho e cuidado. Pensa que 
15 cuida do bicho – mas é o bicho quem 
16cuida dele (e de suas ansiedades). 
17O novo brinquedo é a síntese da 
18 nossa era, que é mediada e ordenada por 
19 telas luminosas. Não apenas a microtela 
20do bichinho, mas a tela do computador, do 
21painel eletrônico do automóvel, das linhas 
22verdes de monitoramento cardíaco. Tudo 
23 se organiza como um complexo indivisível, 
24um Tamagotchi planetário. O caixa 
25 eletrônico avisa que a conta está no 
26vermelho: é preciso um depósito para que ela 
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27fique contente. A televisão não pára 
28de insistir: é Dia dos Pais, ai de quem se 
29esquecer do presente. A tela do telefone 
30celular dá conta de que a pilha está fraca. 
31No monitor do micro, pisca a mensagem 
32não lida. 
33Do outro lado das telas que 
34 comandam o dia-a-dia de qualquer um, 
35outros milhões de uns quaisquer. Um 
36parente, um chefe, um amigo, um cliente, 
37um desconhecido... a(s) namorada(s). 
38Todos virtualizados. Além das contas a 
39pagar e dos recados inúteis, também as 
40demandas emocionais navegam pela teia 
41 eletrônica. E a isto se reduz o 
42relacionamento humano: a uma troca de 
43estímulos digitalizados e respostas idem. 
(Adaptado de: BUCCI,Eugênio. Veja, 13 de agosto de 1997, p.16.) 
 
A palavra "como" (linha 23) tem sentido equivalente no texto e na frase 
a) O Tamagotchi é como uma criança: exige atenção permanente. 
b) Muitas pessoas inteligentes não sabem nem como ligar um computador. 
c) À noite, como os bancos estão fechados, formam-se filas nos caixas eletrônicos. 
d) Não há como afastar os adolescentes dos jogos eletrônicos. 
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e) Para o correto funcionamento deste aparelho, é preciso montá-lo como indicam as 
instruções do manual. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 58 
(PUC-RS) "Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da 
carnaúba; 
[...] 
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro 
manso resvale à flor das águas." 
A narrativa apresenta o conflito entre: 
a) as tribos tabajara e potiguara. 
b) um índio e a família Mariz. 
c) alguns sertanejos cearenses e um conquistador italiano. 
d) as populações periféricas e os habitantes do centro do país. 
e) os nativos e os conquistadores imperiais. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 59 
(PUC-RS) "No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
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São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão. 
São rudos, severos, sedentos de glória, 
Já prélios incitam, já cantam vitória, 
Já meigos atendem à voz do cantor: 
São todos Timbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome lá voa na boca das gentes, 
Condão de prodígios, de glória e terror!" 
 
O ________ é uma tendência na literatura brasileira que reafirma o chamado sentimento 
nacionalista. As estrofes pertencem a um dos poemas mais representativos dessa tendência, 
que é __________, de ____________ . 
a) ufanismo / "Marabá"/ Gonçalves Dias 
b) niilismo / "Crepúsculo nas Montanhas / Ä lvares de Azevedo 
c) indianismo / "O Livro e a América / Castro Alves 
d) ufanismo / "d’Äfrica" / Castro Alves 
e) indianismo / "I-Juca Pirama" / Gonçalves Dias 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 60 
(PUC-RS) "No meio das tabas de amenos verdores, 
Cercadas de troncos – cobertos de flores, 
Alteiam-se os tetos d’altiva nação; 
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São muitos seus filhos, nos ânimos fortes, 
Temíveis na guerra, que em densas coortes 
Assombram das matas a imensa extensão. 
São rudos, severos, sedentos de glória, 
Já prélios incitam, já cantam vitória, 
Já meigos atendem à voz do cantor: 
São todos Timbiras, guerreiros valentes! 
Seu nome lá voa na boca das gentes, 
Condão de prodígios, de glória e terror!" 
 
Entre as afirmativas sobre o poema em questão, assinale a única incorreta. 
a) Apresenta dez partes, organizadas em forma de composição épico-dramática. 
b) Documenta a substituição de heróis gregos por índios brasileiros. 
c) Narra o drama vivido por um descendente da tribo tupi. 
d) Mescla o presente com o passado. 
e) Mostra o canto de morte de um índio solto pelo chefe timbira. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 61 
(PUC-RS) "[...] Ora, suponha que chega um navio carregado de africanos e deriva em uma 
dessas praias, e que o capitão vai dar disso parte ao juiz do lugar. O que há de este fazer, se 
for homem cordato e de juízo? Responder de modo seguinte: Sim senhor, Sr. Capitão, pode 
contar com a minha proteção, contando que V.Sa. ... Não sei se me entende?" 
 A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, foi decisiva para o incremento 
de manifestações culturais como o teatro. O texto lido foi extraído da peça Os Dois Ou O 
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Inglês Maquinista, de ___________, que adotou __________ como gênero teatral possível 
de ser adaptado às circunstâncias históricas brasileiras do século XIX. 
a) José de Alencar / a comédia de costumes 
b) Castro Alves / a sátira nacionalista 
c) José de Alencar / o drama familiar 
d) Martins Pena / a comédia de costumes 
e) Martins Pena / o drama familiar 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 62 
(UFPB) Considere as estrofes abaixo, de Cruz e Sousa: 
"Anda em mim, soturnamente, 
uma tristeza ociosa, 
sem objetivo, latente, 
vaga, indecisa, medrosa. 
(...) Certa tristeza indizível, 
abstrata, como se fosse 
a grande alma do Sensível 
magoada, mística, doce. 
Ah! tristeza imponderável, 
abismo, mistério aflito, 
torturante, formidável... 
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ah! tristeza do Infinito!" 
 
NÃO se percebe, nessas estrofes, o(a) 
a) uso de termos genéricos, mediante os quais o eu lírico busca apreender um sentimento 
misterioso. 
b) sucessão de vocábulos qualificativos, na busca de exprimir uma sensação indefinível. 
c) referência a impressões contraditórias para traduzir uma inquietação de fundo religioso 
ou filosófico. 
d) apelo à sinestesia para a representação concreta de um desconforto sobretudo físico. 
e) desespero existencial, expresso em versos heptassilábicos, ante a nostalgia do absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 63 
(UFPB) No fragmento: "Nada mais cruel do que a cronicidade de certas formas de 
tuberculose.", os termos sublinhados expressam uma comparação. Esta idéia também está 
presente em 
a) Vendo os doentes na janela, a mulher do riso desdentado deu adeus como na véspera. 
b) Os doentes do Sanatorinho portavam-se como desejava o Simão, intimidando-se. 
c) Como a fulana nada prometera, Simão desesperava-se com a enfermidade. 
d) Simão não sabia como suportar o desejo incoercível que lhe despertara a estranha 
criatura. 
e) "Mas o Simão era um assassino. Como ele próprio dizia, sem ódio, quase com ternura, ‘ 
matei um ’ ." 
 
 
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Questão 64 
(UFPB) Considere o uso do verbo haver no seguinte trecho: "Havia uma tosse da 
madrugada e uma tosse da noite." 
Esse verbo tem o mesmo sentido em 
a) Diante das palavras do médico, Simão houve-se com discrição. 
b) No Sanatorinho, houve doentes que puderam subir ao alto do morro. 
c) Simão tinha de se haver com os outros doentes do Sanatorinho. 
d) "Eu conheci vários que haviam completado, lá na montanha, um quarto de século." 
e) Naquela manhã, o médico houve por bem avisá-los da enfermidade da mulher. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 65 
(UFPE) Leia os fragmentos abaixo: 
1) Missa sem tambor: afastamento de bispo negro em Salvador acirra a polêmica sobre o 
sincretismo na Bahia. 
2) Na televisão, há um abismo entre ficção e realidade: o tabagismo no folhetim das 8 é um 
hábito quase erradicado. 
Nesses fragmentos, os vocábulos grifados, quanto ao significado, correspondem, 
respectivamente a: 
a) remata, controvérsia, ecletismo, ignorado. 
b) incita, discussão, ecletismo, generalizado. 
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c) estimula, controvérsia, mistura de doutrinas ou concepções heterogêneas, extirpado. 
d) harmoniza, questão, ecletismo, destruído. 
e) fortalece, discussão, ecletismo, inusitado. 
 
 
 
 
 
 
 
Questão 66 
(UFPE) Observe: 
1) A mochila ideal: o modelo que seu filho insistiu em ganhar pode não ser o indicado. 
Veja porquê. 
2) Saiba porque somos a maior empresa de mudanças do Brasil. 
3) Por que 40% dos passageiros têm pavor de voar? 
4) A clonagem de árvores faz a produção aumentar, porque as mudas mantêm as 
características da planta doadora. 
5) É fácil entender o porquê da estreita relação entre o destino das línguas e o destino das 
culturas. 
As expressões destacadas estão corretamente usadas em: 
a) 3 e 4 apenas 
b) 1,2,3,4 e 5 
c) 3,4, e 5 apenas 
d) 1, 4 e 5 apenas 
e) 2,3 e 4 apenas 
 
 
 
 
 
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Questão 67 
(UFPE) "Ah! plangentes violões dormentes, mornos 
Soluços ao luar, choros ao vento 
tristes perfis, os mais vagos contornos 
Bocas murmurejantes de lamento." 
Cruz e Souza 
Qual a característica da poesia simbolista que NÃO está presente nos versos acima? 
a) Misticismo e religiosidade 
b) Imaginação

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