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Coligativas - 2020 -OKOKOK - padronizado-certo

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INTRODUÇÃO - PROPRIEDADES COLIGATIVAS 
 
Compreender as propriedades das soluções aquosas tem 
contribuído para que os cientistas entendam melhor o 
funcionamento dos organismos vivos. A simples observação 
visual não permite diferenciar uma solução de uma substância 
pura. Tanto uma como outra são sistemas homogêneos. É o 
que ocorre, por exemplo, com amostras de solução de água e 
sal e de água pura: as duas são líquidos incolores. O 
reconhecimento de um sistema como sendo substância ou 
solução é feito através do estudo de suas propriedades 
químicas, organolépticas ou físicas. Um conjunto de 
propriedades físicas, que se presta a diferenciar uma solução 
líquida do solvente utilizado para prepará-la, são as 
propriedades coligativas. Essas propriedades resultam do 
acréscimo de um soluto não-volátil - que não tende a 
vaporizar - (iônico ou molecular) em um solvente, ou seja, 
estabelece uma comparação entre a solução obtida e o 
respectivo solvente puro. 
 
Certas propriedades físicas das soluções diluídas dependem 
mais do número de partículas do soluto existente na solução 
do que da sua composição química. Uma vez que essas 
propriedades resultam de um efeito reunido, elas se 
denominam coligativas, proveniente do latim colligatus, 
coligar. Essas propriedades incluem o abaixamento da 
pressão de vapor (TONOSCOPIA), a elevação do ponto de 
ebulição (EBULIOSCOPIA), o abaixamento do ponto de 
congelação (CRIOSCOPIA) e variação da pressão osmótica 
(OSMOSCOPIA). Através das propriedades citadas, podemos 
explicar vários fenômenos percebidos na natureza, tais como 
a existência de peixes abissais que mesmo em temperaturas 
muito baixas permanecem com o sangue líquido; a dificuldade 
de congelar a água dos radiadores de carros em lugares 
muito frios; o uso do açúcar para acelerar a cicatrização de 
ferida ou por que adicionamos sal à carne a fim de conservá-
la. 
 
 
Alguns peixes produzem uma proteína anticongelante que impede os fluídos corporais, 
como o sangue, de congelar. Esta proteína é especialmente importante nas espécies que 
nadam pelas águas polares geladas. 
 
 AS PROPRIEDADES COLIGATIVAS E O EFEITO 
PRODUZIDO PELA QUANTIDADE DE PARTÍCULAS 
 
As propriedades coligativas não dependem da natureza do 
soluto, molecular ou iônico, mas sim da quantidade de 
partículas dispersas no solvente após a sua dissolução. Por 
isso, serão estudadas as propriedades de soluções ideais, 
cujas interações intermoleculares soluto-soluto, solvente-
solvente e soluto-solvente são iguais. É certo que esses 
sistemas não existem, contudo, soluções bem diluídas 
apresentam comportamento próximo ao ideal. 
 
 
 
As propriedades coligativas dependem apenas da quantidade 
de soluto dissolvido em mol ou a concentração de partículas 
dissolvidas em mol\l ou mol\Kg. Ou seja, não devemos 
analisar a natureza da partícula dissolvida. Portanto, o efeito 
provocado no solvente será o mesmo caso a quantidade 
adicionada em mol de soluto seja a mesma. Observe que, 
apesar de adicionarmos massas diferentes de glicose e 
sacarose no mesmo volume de água, o efeito produzido no 
ponto de congelamento foi o mesmo, pois estas massas 
equivalem a uma mesma quantidade em mol: 
 
36 de glicose (C6H12O6) equivalem a 0,2 mol de glicose 
68,4g de sacarose (C12H22O11) equivalem a 0,2 mol de 
sacarose 
 
 
 A COMPARAÇÃO ENTRE O EFEITO COLIGATIVO 
PROVOCADO PELOS COMPOSTOS IÔNICOS E OS 
COMPOSTOS MOLECULARES 
 
Prepararemos agora soluções aquosas de glicose, sacarose e 
cloreto de sódio. Em cada uma delas, será utilizado 1 litro de 
água igual ao número de partículas dissolvidas em um dado 
volume de água. Nestas condições, seria esperado, em 
princípio, que os efeitos coligativos fossem iguais. Se 
considerássemos, por exemplo, o abaixamento da 
temperatura de início de congelamento obteria os seguintes 
valores: 
 
Os dados experimentais indicam que a solução de cloreto de 
sódio apresentou o dobro do efeito observado nas demais 
soluções. A glicose e a sacarose são compostos moleculares, 
e não se dissociam ionicamente quando dissolvidas em água. 
A princípio parece ter havido contradição entre o resultado 
obtido na solução de NaCl e as conclusões apresentadas 
anteriormente. Entretanto, levando-se em consideração o 
processo de dissociação iônica sofrido pelo NaCl : 
 
 
 
Constata-se que, ao entrar em contato com a água, 1 NaCl 
origina 2 íons (Na+ e Cl–). Como as propriedades coligativas 
dependem apenas do número de partículas dissolvidas, 
independente de quais sejam estas partículas, o efeito acaba 
resultando no dobro em relação às outras soluções onde este 
processo não se verifica. Deste modo, o resultado se mostra 
compatível com o esperado. 
http://hypescience.com/porque-os-peixes-da-antartida-nao-congelam/
 
 
O que ocorreu com o NaCl ocorre com todos os solutos 
eletrolíticos - ácidos, base e sais quando dissolvidos em água. 
Nestes casos, ocorrerá sempre um aumento do número de 
partículas inicialmente adicionado em consequência do 
processo de ionização ou dissociação que sofrem. Nas 
soluções iônicas, devido ao fenômeno da dissociação ou 
ionização, o número de partículas presentes na solução 
(moléculas e íons) é maior do que o número de partículas 
dissolvidas, o que provoca um aumento no efeito coligativo. O 
efeito coligativo em compostos iônicos é sempre maior 
que o efeito coligativo em compostos moleculares de 
mesma concentração. 
 
 DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE 
PARTÍCULAS APÓS A ADIÇÃO DE SOLUTO 100% 
DISSOCIADO OU IONIZADO (FATOR DE VAN’T HOFF) 
 
Em virtude dos efeitos coligativos dependerem do número de 
partículas presentes, e não da natureza dessas partículas (um 
mol de íons exerce o mesmo efeito que um mol de 
moléculas), o efeito será proporcional ao número de íons 
originados por fórmula do composto iônico (para solutos 
iônicos). A ideia é separar o cátion gerado (ou dissociado) do 
ânion correspondente na formação do composto. 
 
 
 
Portanto, o efeito coligativo em soluções iônicas é maior que em 
soluções moleculares de mesma concentração, pois nas 
dissociações iônicas ou ionizações ocorre o aumento da 
concentração de partículas do soluto dissolvido. 
 
 
 
 
A quantidade final de partículas de soluto no meio é denominada 
de fator de Van’t Hoff e simbolizado pela letra i. 
 
 
 
 
 
 
Observe os exemplos: 
 
 
 AS PROPRIEDADES COLIGATIVAS NOS 
COMPOSTOS IÔNICOS CUJO GRAU DE DISSOCIAÇÃO É 
MENOR QUE 100% 
 
Uma solução iônica não tem necessariamente apenas íons 
dissolvidos. Uma solução iônica também pode apresentar 
moléculas não-ionizadas ou fórmulas mínimas não-dissociadas 
(íons agrupados) como partículas dispersas. Assim, o número de 
partículas de soluto existentes na solução vai depender: 
 
+ do número de íons presentes em cada fórmula mínima do 
composto; 
+ do grau de dissociação ou ionização  desse composto a 
determinada temperatura. 
 
Observe os exemplos: 
 
1° EXEMPLO: Calcule o fator de Van’t Hoff para o cloreto de 
potássio (KCl) 1mol\L, cujo grau de dissociação é de 90%. 
 
1KCl → 1K+ + 1Cl- 
1mol 1mol 1mol ( 100% ) 
 
Porém o grau de dissociação é de 90 %. Então: 
 
1KCl → 1K+ + 1Cl- 
0,9mol 0,9mol 0,9mol 
 
Verifica-se que o número total de íons “formados” é 1,8mol e a 
quantidade de moléculas não-dissociadas equivale ao valor inicial 
menos a quantidade dissociada. Portanto, se existia no início 
1mol e dissociou 0,9 mol (90%), ocorre a “sobra” de 0,1 mol de 
moléculas não-dissociadas. Então: 
 
Número total de íons formados: 1,8mol 
Número total de moléculas não-dissociadas: 0,1mol 
 
Total de partículas em solução = 1,9mol 
Fator de Van’T Hoff (i) = 1,9 
 
2° EXEMPLO: Calcule o fator de Van’t Hoff para o ácido sulfúrico 
1mol\L , cujo grau de dissociação é de 70%. 
 
1H2SO4 → 2H
+ + 1SO4
-2 
 1mol 2mol 1mol ( 100% ) 
 
Porém o grau de dissociação é de 70 %. Então: 
 
1H2SO4 → 2H
+ +1SO4
-2 
 0,7mol 1,4mol 0,7mol ( 70% ) 
 
Número total de íons formados : 2,1mol 
Número total de moléculas não-ionizadas: 1mol – 0,7mol = 0,3mol 
 
 
 
Então: total de partículas em solução = 2,4mol 
Fator de Van’T Hoff (i) = 2,4 
Se preferirmos, podemos calcular esse fator através de uma 
fórmula deduzida por Van’t Hoff: 
 
 
 
 
 
 TENSÃO SUPERFICIAL 
 
Você já notou que as gotas de chuva formam pequenas 
pérolas de água na superfície de um carro recém lavado? Já se 
perguntou por que os grãos de areia molhados permanecem 
juntos mas são facilmente afastados quando secos ou quando 
completamente submersos em água? Estes são fenômenos 
provocados por uma propriedade nos líquidos chamada tensão 
superficial. Num líquido, cada molécula move-se sempre sob a 
influência das moléculas vizinhas. Uma molécula dentro do 
líquido está completamente cercada pelas outras que a atraem. 
Entretanto, uma molécula na superfície não está 
completamente cercada e sente atrações apenas nas 
moléculas abaixo e ao lado. Assim, as moléculas na superfície 
sentem uma atração na direção do interior do líquido. Para uma 
molécula chegar à superfície ela deve superar esta atração. 
 
 
 
Em outras palavras, a sua energia potencial deve aumentar, ou 
seja, deve-se realizar trabalho para levá-la à superfície. 
Portanto, tornar a superfície de um líquido maior requer um 
gasto de energia e a quantidade de energia necessária é a 
tensão superficial do líquido. O estado de menor energia (mais 
estável) para um dado volume de líquido é quando a sua área 
superficial é mínima. Isto corresponde ao menor número de 
moléculas superficiais com alta energia. Todos os líquidos 
procuram minimizar as suas áreas superficiais e tendem às 
formas esféricas tanto quanto possível. A magnitude da tensão 
superficial de um líquido depende das forças de atração entre 
as suas moléculas. Quando as forças de atração são grandes, 
a tensão superficial é grande também. A tensão superficial 
também é uma função da temperatura do líquido. Aumentando-
se a temperatura (o que aumenta a energia cinética das 
moléculas, individualmente) diminui a eficiência das forças de 
atração intermoleculares, de forma que a tensão superficial 
diminui à medida que a temperatura aumenta. Uma 
propriedade sobre a qual frequentemente pensamos quando 
mencionamos um líquido é a sua capacidade de molhar as 
coisas – a capacidade de se espalhar pelas superfícies como 
um filme fino. A água, por exemplo, espalha-se facilmente 
através da superfície de um vidro limpo. Esta capacidade 
reflete uma similaridade entre as intensidades das forças de 
atração entre as moléculas de água, individualmente, e entre 
as moléculas de água e a superfície do vidro. Uma vez que 
estas forças de atração são semelhantes, despende-se pouco 
esforço para espalhar as moléculas de água através da 
superfície do vidro, de forma que a tensão superficial é 
facilmente superada e a água molha o vidro. Entretanto, se o 
vidro contiver uma fina camada de gordura ou óleo, pela qual 
as moléculas da água são fracamente atraídas, as atrações 
fracas não podem superar a tensão superficial da água e se 
formam gotas quase esféricas. 
 
 FENÔMENO DA EVAPORAÇÃO \ SUBLIMAÇÃO 
 
No líquido ou no sólido, assim como no gás, as moléculas 
estão constantemente sofrendo colisões dando, assim, origem 
a uma distribuição de velocidades moleculares individuais e, 
evidentemente, de energias cinéticas. Mesmo à temperatura 
ambiente, uma pequena porcentagem de moléculas estão se 
movendo com energia cinética relativamente alta. Se algumas 
dessas moléculas rápidas possuírem energia cinética suficiente 
para superar as forças atrativas dentro do líquido ou sólido, 
elas poderão escapar através da superfície para o estado 
gasoso – elas evaporam ou sublimam. Um líquido é formado 
por moléculas espalhadas por toda a sua extensão. A 
distribuição de energia cinética entre essas moléculas 
encontra-se no gráfico a seguir: 
 
 
 
A área abaixo da curva indica a fração de moléculas com 
determinada quantidade de energia. Observe que a maioria 
das moléculas do líquido possui energia mediana, uma 
pequena parte possui energia baixa e outra pequena parte 
possui energia alta. Essa distribuição de energia é alterada 
pela variação da temperatura. Quanto maior for a temperatura, 
maior será o número de moléculas que possuem alta energia. 
Observe o gráfico a seguir: 
 
 
 
 
 
 
Espontaneamente, as moléculas do líquido que se 
encontram na sua superfície e que possuem alta quantidade de 
energia saem do estado líquido e passam para o estado de 
vapor (vaporização). 
 
 
Distribuição de energia cinética a baixa temperatura (a) e alta temperatura (b). A 
mesma energia cinética mínima é necessária para escapar em ambas as 
temperaturas, mas a fração total de moléculas possuindo pelo menos esse 
mínimo de energia (a área sombreada) é maior a alta temperatura. 
 
 
 FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE E A 
INTENSIDADE DO ESCAPE 
 
Acabamos de analisar que a temperatura é determinante para 
a intensidade e velocidade da evaporação. Porém, outros 
fatores também propiciam uma influência significativa: 
 
► FORÇAS INTERMOLECULARES 
 
As forças de atração entre as moléculas de um líquido 
influenciam diretamente na capacidade de escape. Ou seja, 
quanto mais fortes forem as interações entre as moléculas 
(interações intermoleculares), maior a dificuldade para superar 
as atrações e escapar, tornando a evaporação mais lenta. Por 
outro lado, caso as forças de atração sejam fracas, haverá uma 
fração bem maior de moléculas que possui a energia 
necessária para escapar. Assim, este líquido evapora 
rapidamente. As forças de coesão nos sólidos são muitos 
maiores do que nos líquidos, o que explica por que os sólidos 
geralmente não evaporam facilmente. As propriedades dos 
líquidos e sólidos ilustram a importância de compreender as 
origens e as intensidades relativas das atrações 
intermoleculares. 
 
• As moléculas polares possuem extremidades carregadas com 
cargas de sinais opostos. Numa coleção destas moléculas, os 
dipolos individuais tendem a se orientar de forma que a carga 
parcial positiva numa molécula fique próxima da carga parcial 
negativa da outra molécula. Uma vez que as moléculas estão 
em constante movimento e colidindo uma com as outras, este 
alinhamento está longe de ser perfeito. Todavia, as atrações 
entre as extremidades com cargas opostas superam as 
repulsões entre as extremidades de mesma carga e o resultado 
é que existe uma atração entre as moléculas. Esta atração é 
denominada de dipolo-dipolo ou dipolo permanente ou forças 
de Debye. São mais fracas que as ligações (seja iônica ou 
covalente) e diminui rapidamente à medida que a distância 
entre os dipolos aumenta. Por isso, que as moléculas gasosas 
se comportam como se não houvesse atração nenhuma entre 
elas. 
 
 
• Uma atração dipolo-dipolo particularmente forte ocorre quando o 
hidrogênio está ligado covalentemente a um elemento 
eletronegativo muito pequeno, como flúor, oxigênio ou nitrogênio. 
Nestas circunstâncias, resultam moléculas muito polares, nas quais 
o pequeno átomo de hidrogênio carrega uma carga positiva 
substancial. Devido à extremidade positiva deste dipolo poder se 
aproximar bastante da extremidade negativa de um dipolo vizinho, 
a força de atração entre os dois é bastante grande e denominada 
de ponte de hidrogênio. É cerca de 5%-10% tão forte quanto uma 
ligação covalente ordinária (comum). 
 
 
• Mesmo os átomos não combinados e as moléculas apolares 
experimentam atrações fracas. São forças atrativas mais fracas e 
denominadas de forças de LONDON (também conhecidas 
genericamente como Van der Walls). Quando os elétrons se 
movimentam em torno de um átomo ou molécula seus movimentos 
são, de certa forma, aleatórios, de forma que num instante 
qualquer há uma chance de que existam mais elétrons num lado 
da partícula do que no outro. Neste instante particular apartícula 
será um dipolo. Chamamos isto de dipolo instantâneo, uma vez 
que a sua existência é momentânea. Numa coleção de átomos ou 
moléculas, o movimento dos elétrons nas partículas vizinhas não é 
totalmente independente. À medida que uma extremidade negativa 
de um dipolo instantâneo começa a se formar numa delas ele 
repele os elétrons da partícula vizinha. Podemos dizer que o dipolo 
instantâneo induz um dipolo no seu vizinho. Devido à maneira 
como os dipolos são formados, eles se atraem e esta atração 
produz um puxão momentâneo que ajuda a mantê-las juntas. 
Normalmente, as forças de London são muito fracas devido à sua 
natureza efêmera. Elas estão presentes entre todas as partículas – 
íons, moléculas polares e apolares – mas contribuem muito pouco 
para a atração dos íons, já que é a atração iônica é a mais forte 
existente. 
 
 
 
 
 
 
Colocando as forças intermoleculares em 
ordem crescente de intensidade, teríamos a seguinte 
ordem: 
 
Dipolo induzido < Dipolo permanente < Pontes de 
hidrogênio < Interação entre moléculas polares e íons < 
Interação iônica 
 
► PRESSÃO EXTERNA 
 
Quanto maior for a pressão ambiente, maior será a dificuldade 
para que o líquido escape. Em outras palavras, maior deverá 
ser a energia necessária (agitação das partículas – energia 
cinética – temperatura) para vencer esta barreira externa. 
 
 
 
 ESTUDO DA PRESSÃO MÁXIMA DE VAPOR (P.V) 
 
Uma propriedade dos líquidos é passagem espontânea deles para 
o estado gasoso. A esse fenômeno chamamos evaporação. Na 
evaporação, as partículas da superfície do líquido vencem a força 
de atração das outras partículas e conseguem escapar do líquido e 
passar para o ambiente. A capacidade que um líquido ou sólido 
possuem de escapar e se tornar vapor é denominada de pressão 
de vapor. Em outras palavras, quanto maior a facilidade para 
escapar, maior será a pressão de vapor da substância analisada. 
 
 
 
Se a evaporação ocorre em um sistema fechado, verifica-se que, 
após certo tempo, a velocidade com que o líquido evapora é a 
mesma com que o vapor se condensa. A partir daí, a pressão de 
vapor do líquido permanece constante. Este valor é chamado 
pressão máxima de vapor do líquido. Num sistema aberto, a 
pressão máxima de vapor não é atingida, pois as moléculas no 
estado gasoso passam para o meio ambiente. A pressão máxima 
de vapor de um líquido depende tanto da temperatura quanto da 
intensidade da força de atração entre as moléculas. 
 
Em qualquer temperatura, as moléculas de água 
na fase líquida movimentam-se e colidem entre si, efetuando 
constantemente trocas de energia. Eventualmente uma molécula 
de água localizada na superfície adquire energia suficiente para 
romper as ligações intermoleculares (pontes de hidrogênio) feitas 
com outras moléculas, escapando para fora da massa líquida. A 
evaporação é uma sucessão de eventos como esse. É um conjunto 
de fenômenos isolados em que algumas moléculas, 
individualmente, escapam da superfície do líquido. 
 
 ESTUDO DO EQUILÍBRIO DINÂMICO NA PRESSÃO 
MÁXIMA DE VAPOR (P.V) 
 
Considere os recipientes esquematizados abaixo, hermeticamente 
fechados, contendo água pura, todos na mesma temperatura T: 
 
 
 
Tempo 1: as moléculas de água da massa líquida se 
movimentam para a superfície, começam a evaporar e a ocupar 
o espaço livre de líquido do recipiente. 
Tempo 2: o processo continua. As moléculas de água que 
passaram para a fase vapor estão em movimento contínuo e 
exercem determinada pressão sobre as paredes do recipiente. 
Tempo 3: o processo atingiu um máximo, ou seja, o espaço livre 
de líquido recipiente está saturado de moléculas de água na fase 
vapor. A pressão exercida é a pressão máxima de vapor da água 
na temperatura T. 
Tempo 4: o número de moléculas na fase vapor não muda mais 
(é o mesmo que no tempo 3); isso não significa que as moléculas 
de água da superfície do líquido tenham parado de evaporar; 
significa simplesmente que, uma molécula de água passar da 
fase líquida para a fase vapor, simultaneamente uma outra 
molécula de água irá passar da fase vapor para a fase líquida. E 
o que chamamos equilíbrio dinâmico, sendo atingido o 
chamado estado de saturação. 
 
 
 
Observe um novo esquema para entendermos melhor: 
 
 
 
 
A pressão exercida pelas moléculas de um 
líquido na fase de vapor é denominada pressão máxima de 
vapor, onde ao ser atingido o equilíbrio dinâmico, a quantidade 
do estado líquido e gasoso permanecem constantes. Essa P.V 
não depende da superfície de contato entre a fase líquida e a 
gasosa; do volume disponível para o vapor (irá ser atingido um 
novo estado de equilíbrio e pressão lida no manômetro é 
exatamente a mesma do sistema inicial); da massa do líquido ou 
do sólido. 
 
 
 
 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PV DE UM 
LÌQUIDO 
 
Quando um líquido é aquecido, a energia cinética média das 
suas moléculas aumenta, facilitando a passagem para o estado 
de vapor. Como consequência disso, há um aumento do número 
de moléculas no estado de vapor, isto é, ocorre um aumento da 
pressão máxima de vapor da substância. Observe o exemplo da 
água e do éter: 
 
 
 
 
 
Para todos os líquidos, quanto maior a temperatura, maior a 
PV. 
 
Esse aumento da pressão de vapor é uma característica de cada 
líquido e não segue a equação geral dos gases (PV \ T = 
constante). Observe a variação da PV da água em várias 
temperaturas diferentes. 
 
 
 
Veja outro exemplo: 
 
 
É comum colocar gelo em mictórios de banheiros masculinos 
localizados em restaurantes. O gelo diminui a temperatura da urina e, 
dessa forma, reduz a volatilidade das substâncias que exalam cheiro 
desagradável. 
 
 
 TEMPERATURA DE EBULIÇÂO DE UM LÍQUIDO 
PURO 
 
Um líquido ferve (entra em ebulição) à temperatura na qual a 
pressão máxima de vapor se iguala à pressão exercida sobre sua 
superfície, ou seja, à pressão atmosférica. 
 
 
 
Ao nível do mar, a pressão atmosférica possui um valor de 1atm ou 
760 mmHg. Para que a água entre em ebulição nestas condições, 
é preciso que a sua pressão de escape se torne (no mínimo) igual. 
E a água atinge este valor quando a sua temperatura atinge o valor 
de 100°C. É o seu ponto de ebulição normal (valor obtido na P = 
1atm). Portanto, dizemos que a PV da água é 1atm (760mmHg) 
quando ela se encontra ao nível do mar. 
 
 
 
Como o líquido só entra em ebulição quando a sua pressão 
de vapor se iguala à pressão externa, concluímos que é 
possível ocorrer a ebulição em temperaturas muito baixas 
(sem necessidade de aquecimento). Basta que a pressão 
externa seja bem pequena e o líquido irá escapar facilmente. 
Portanto, é possível ferver a água sem aquecê-la! 
 
 
Na ausência de pressão sobre a superfície da água líquida, 
nada impedirá que suas moléculas passem para o estado de 
vapor de forma “violenta”, causando assim a ebulição da 
água. 
 
 
 
Este procedimento é feito quando devemos aquecer substâncias 
que são termicamente instáveis e não suportariam temperaturas 
elevadas. Denominamos de destilação à vácuo (baixa pressão). 
 
 
 
Também realizamos este procedimento no caso de substâncias 
com ponto de ebulição muito elevado e difíceis de serem 
alcançados. 
 
 LIOFILIZAÇÃO 
 
A liofilização é uma técnica de desidratação em que o produto é 
congelado sob vácuo e o gelo formado, sublimado. A liofilização 
retira a água sem danificar o sabor. 
 
1. O primeiro passo é congelar (sob vácuo) o alimento, feito isso, 
partimos para o segredo da técnica de liofilizar, a etapa 2: 
sublimação. 
 
O processo é bem diferente do que usamos em casa, como por 
exemplo, quando colocamos uma carne no freezer para 
conservá-la e depois retiramos para descongelar. Com esta ação 
realizamos uma mudança no estado físico da água contida neste 
alimento: ela passa do estado sólido (gelo) para o líquido. Isso faz 
com que o alimento perca parte dos nutrientes, consistência e 
sabor. Todas estas propriedades são arrastadascom a água do 
degelo. 
 
2. A sublimação permite que a água congelada presente nas 
células do alimento passe diretamente do estado sólido para o 
gasoso. O processo ocorre em câmaras onde a temperatura 
aumenta e a pressão do ar diminui. Este ambiente permite que os 
microcristais de gelo evaporem sem romper as estruturas 
moleculares, feito isso, as membranas das células de proteínas e 
vitaminas continuam intactas. 
 
 
Entre os alimentos que passam por este processo estão 
tomates, bananas, maçãs, carnes, ovos, entre outros. Agora 
uma curiosidade: você sabia que a técnica de liofilização é 
usada no preparo dos alimentos para astronautas em missões 
espaciais? A facilidade no transporte foi o quesito 
fundamental nesta escolha. 
 
Alimentos desidratados perdem grande parte do peso, além 
da melhor conservação em razão da retirada de água. 
Alimentos se estragam pela presença de bactérias que 
necessitam de umidade para sobreviverem. A ausência de 
água resulta numa prevenção ao aparecimento de micro-
organismos indesejáveis. 
 
 
Café solúvel liofilizado 
 INFLUÊNCIA DA PRESSÃO EXTERNA NO PONTO 
DE EBULIÇÃO E NA PMV 
 
Quanto maior for a pressão ambiente, maior terá de ser a 
P.M.V. para que o líquido entre em ebulição. Em outras 
palavras, maior deverá ser a temperatura necessária para 
igualar a P.M.V. à Patm. 
. 
A água sob pressão de 760 mmHg (pressão ao nível do mar*) 
entra em ebulição a 100 °C (conforme mostrado na tabela de PV 
a água em função da temperatura). Se variarmos a pressão 
externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu 
ponto de ebulição. Por exemplo, sob pressão de 9,209 mmHg, a 
água entra em ebulição a 10 °C. A pressão atmosférica diminui 
conforme a altitude aumenta, ou seja, quanto maior a altitude, 
menor a pressão atmosférica. Como o ponto de ebulição das 
substâncias depende da pressão atmosférica local, em lugares de 
grande altitude as substâncias entram em ebulição a 
temperaturas mais baixas que ao nível do mar. 
 
 
 
 
 
 
 
Isso traz uma série de consequências, entre elas a dificuldade de 
cozinhar alimentos, como ovos e arroz, e de preparar bebidas 
quentes, como café e chá. 
 
RESUMO: + altitude → - Patm → - menor T.E → + dificuldade 
para cozinhar os alimentos 
 
Solução: Panela de Pressão (ou as similares industriais, as 
autoclaves) = Para cozinhar alimentos, a estrutura das suas 
proteínas é modificada. Chamado de desnaturação de proteínas, 
esse fenômeno pode ser observado facilmente quando 
cozinhamos um ovo: notamos o endurecimento da clara. Esse 
processo é tanto mais fácil quanto maior a temperatura da água. 
Então, no interior da panela, a pressão sobre a água é elevada, o 
que faz com que a ebulição ocorra por volta de 110C. O 
cozimento torna-se mais rápido e cozinhar feijão em panelas de 
pressão demora menos tempo, não importando a altitude. 
 
 
 
 
 
 
Já para a maioria dos sólidos a pressão 
máxima de vapor é desprezível. No entanto, a naftalina e outros, 
mesmo sendo um sólido, apresentam uma considerável pressão 
máxima de vapor devido ao processo de sublimação: 
 
 
Devido à sua volatilidade, a naftalina é muito usada em banheiros para 
dissimular odores desagradáveis. Essa aplicação, no entanto, é 
desaconselhável, pois a inalação dos vapores de naftalina está associada a 
certos tipos de câncer. 
 
 INFLUÊNCIA DA FORÇAS INTERMOLECULARES E 
MASSA MOLAR NO PONTO DE EBULIÇÃO E NA PMV 
 
• Quanto menor a intensidade das forças intermoleculares que 
atuam sobre os líquidos = maior será a volatilidade 
 
 
 
Portanto, considerando, porém, substâncias de massa molar 
próxima, que estabelecem diferentes tipos de ligação 
intermolecular, o ponto de ebulição será tanto maior quanto mais 
intensa for a ligação intermolecular existente, ou seja: 
 
Pontes de hidrogênio > Dipolo permanente > Força de Van der 
Waals. 
 
• Entre substâncias que estabelecem mesmo tipo de ligação 
intermolecular, terá maior ponto de ebulição aquela que possui a 
maior massa molar. 
 
Então, entre as substâncias citadas, temos a seguinte ordem 
crescente do P.E: 
 
n-pentano < n-hexano < propanona < 1-butanol < ácido 
etanóico 
 
 ESTUDO GRÁFICO DA PV DE LÍQUIDOS PUROS E 
VOLATILIDADE 
 
A volatilidade é uma propriedade comparativa e é definida como 
sendo a capacidade que um meio material possui de atingir a 
mesma pressão atmosférica em menor tempo e menor 
temperatura de ebulição. 
 
Ao compararmos a P.V de líquidos puros diferentes, o que tiver a 
maior pressão de vapor será mais volátil e terá menor ponto de 
ebulição que os demais, isto é, necessitará de menos energia 
para igualar sua pressão de vapor à pressão externa local. 
Quanto mais volátil o líquido, mais afastada da abscissa a 
hipérbole estará no gráfico. 
 
 
 
 
Então, o líquido mais volátil e de menor TE é o éter (mais 
afastado da abcissa), enquanto a água é o líquido menos 
volátil e de maior TE. 
 
RESUMO: + PV → + volátil → - TE 
 
 Tonometria , Ebuliometria e Criometria 
 
Consideraremos inicialmente algumas propriedades de um 
solvente puro para em seguida analisar o que ocorre a elas 
quando se adiciona um soluto não-volátil. O solvente escolhido 
será a água e serão consideradas as seguintes propriedades: 
pressão de vapor, ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE) 
sob pressão de 1 atm: 
 
 
 
Se nossa amostra contiver 1 litro de água e a ela for adicionado 
18g (0,1mol) de glicose, constata-se uma alteração nestas 
propriedades, ainda que pequena. 
 
 
A análise dos dados acima indica que, depois de adicionado o 
soluto, ocorreu abaixamento na pressão do vapor, aumento na 
temperatura de início de ebulição e diminuição na temperatura de 
início de congelamento em relação ao solvente puro. Se, ao invés 
da água, outros solventes fossem utilizados, seriam constatadas 
modificações análogas após a adição de solutos não-voláteis. O 
estudo destas modificações ocorridas com as propriedades do 
solvente após a adição de um soluto não-volátil recebe o nome 
genérico de propriedades coligativas das soluções. Mais adiante, 
será apresentada uma quarta propriedade relacionada com o 
fenômeno da osmose. O estudo de cada uma destas 
propriedades recebe um nome específico: 
TONOMETRIA: estudo do abaixamento na pressão de vapor de 
um solvente causado pela adição de um soluto não-volátil numa 
dada temperatura 
 
EBULIOMETRIA: estudo o aumento da temperatura de ebulição 
do solvente puro causado pela adição de um soluto não-volátil. 
 
CRIOMETRIA: estudo a diminuição na temperatura de 
congelamento do solvente puro causado pela adição de um soluto 
não-volátil. 
 
TONOMETRIA 
 
A tonometria é o estudo do abaixamento da pressão de vapor de 
um líquido, quando nele há uma substância não volátil. Verifica-
se, experimentalmente que a adição de um soluto não volátil a um 
solvente faz com que ocorra um abaixamento de sua pressão de 
vapor. Isto ocorre porque as partículas do soluto se distribuem 
uniformemente por todo o líquido, inclusive na sua superfície, 
fazendo com que menor número de moléculas do solvente fique 
disponível para evaporar, ou seja, as partículas de soluto 
“bloqueiam” a saída das moléculas de água, diminuindo o número 
de moléculas que saem e, portanto, diminuindo a pressão de 
vapor da água no recipiente. Observe o esquema: 
 
 
 
Tais fenômenos podem ser explicados pelas interações que 
ocorrem entre as partículas do soluto e as moléculas do solvente. 
Essas interações dificultam a passagem do solvente para o 
estado de vapor, assim como o seu congelamento. 
 
 
 
A tabela a seguir mostra como o aumento progressivo do número 
de partículas de sacarose dissolvidas numa mesma quantidade 
de água vai diminuindo progressivamente a pressão de vapor 
desse solvente. 
 
 
 
 
Construindo num mesmo sistema de eixos cartesianos pressão 
de vapor x temperatura, as curvas correspondentes à variação 
da pressão de vapor do solvente puro e do solvente na solução 
são as seguintes: 
 
 
A distância entre as curvas dependeapenas do número de 
partículas do soluto: quanto menor for o número de partículas do 
soluto, mais próximas às curvas se situarão. 
 
O abaixamento da pressão máxima de vapor do solvente, 
ocasionado pela adição de um soluto não volátil, corresponde à 
diferença entre a pressão máxima de vapor do solvente puro (p) e 
da pressão máxima de vapor do solvente na solução (P'). 
 
 
 
EBULIOMETRIA 
 
Ebuliometria é o estudo da elevação do ponto de ebulição de um 
líquido, quando nele está dissolvido um soluto não volátil. A 
ebulição de um líquido é um caso particular de vaporização. Ela 
está caracterizada pela formação de bolhas no interior do líquido, 
permitindo que moléculas situadas em qualquer parte do líquido 
passem para o estado gasoso. Um líquido ferve, isto é, entra em 
ebulição quando sua pressão máxima de vapor se iguala à 
pressão atmosférica. Durante a ebulição, a temperatura 
permanece constante porque a energia cinética média das 
moléculas que se encontram na fase líquida não aumenta. A 
energia fornecida é transferida a algumas moléculas que passam 
a ter energia cinética suficiente para escapar do líquido. A 
temperatura de ebulição de um líquido numa solução é maior do 
que a do líquido puro, porque a adição do soluto não volátil faz 
com que a pressão de vapor do solvente diminua. 
Consequentemente é necessária uma temperatura maior para 
que mais moléculas vaporizem, a fim de igualar a pressão 
máxima de vapor com a pressão atmosférica. Na medida em que 
a ebulição ocorre, a temperatura de ebulição da solução aumenta, 
porque esta toma cada vez mais concentrada, o que faz com que 
menor número de moléculas esteja disponível para passar para o 
estado gasoso. O gráfico a seguir mostra a variação da pressão 
de vapor do solvente puro e do solvente na solução, em função 
da temperatura, e os pontos de ebulição do solvente puro e do 
solvente na solução. Onde: 
 
 
 
* te é a temperatura de ebulição do solvente puro; 
* t'e é a temperatura de início da ebulição do solvente na solução. 
 
A elevação do ponto de ebulição do solvente (te), ocasionada 
pela adição de um soluto não volátil, corresponde a diferença 
entre a temperatura de ebulição do solvente na solução e a 
temperatura de ebulição do solvente puro. 
 
 
 
A pressão de vapor do solvente em uma 
solução de soluto não-volátil é sempre menor que a pressão de 
vapor do solvente puro. Logo, a energia necessária para que as 
moléculas do solvente passem da fase líquida para a vapor é 
maior numa solução, já que as partículas de soluto diminuem a 
probabilidade de escape (evaporação) das partículas de solvente. 
 
Considere, por exemplo, a água sob pressão externa de 760 
mmHg (1 atm). 
 
* Para que a água entre em ebulição, é necessário que sua 
pressão de vapor atinja 760 mmHg, ou seja, se iguale à pressão 
externa, o que irá ocorrer na temperatura de 100 °C. 
* Adicionando-se à água em ebulição um soluto não-volátil, a 
solução resultante terá uma pressão de vapor menor do que os 
760 mmHg e, portanto, menor do que a pressão externa e a 
ebulição será interrompida. 
* A água da solução só entrará em ebulição novamente se 
receber energia suficiente para que sua pressão de vapor volte a 
se igualar à pressão externa, o que irá ocorrer numa temperatura 
superior a 100 °C. 
A tabela a seguir mostra como o aumento progressivo do número 
de partículas de sacarose dissolvidas em certa massa de água, 
ao mesmo tempo em que faz diminuir a pressão de vapor na 
solução, faz aumentar o ponto de ebulição. 
 
 
 
 
 
Observe que à medida que o solvente vai evaporando, a 
concentração da solução vai aumentando; por isso, considera-se 
como ponto de ebulição da água na solução a temperatura em 
que a ebulição tem início. 
 
 
O caso do café requentado 
 
 Se requentamos o café em fogo direto e o deixarmos ferver, 
ele ficará com um "gosto ruim". Por esse motivo, costuma-se 
reaquecer o café em banho-maria - exatamente como é feito 
nos bares e padarias. E qual é a vantagem desse 
procedimento? 
 
 Depois de preparado, o café constitui uma solução aquosa 
de muitas substâncias; logo, essa solução somente ferve a 
uma temperatura superior ao ponto de ebulição da água pura. 
Desse modo, sendo aquecido em banho-maria, o café nunca 
irá ferver, conservando um pouco melhor seu aroma e sabor. 
O mesmo acontece com o leite. 
 
O caso do aditivo na água dos radiadores 
 
A presença de um soluto não volátil em uma solução 
dificulta a ebulição do solvente. Por exemplo, quando se 
dissolve etilenoglicol na água do radiador de um veículo, 
verifica-se que a água continua líquida, mesmo em 
temperaturas acima de 100 ºC. Isso é importante 
porque a água continua a refrigerar o motor sem entrar em 
ebulição. Pode-se explicar esse aumento na temperatura de 
ebulição da água observando que o aumento das partículas 
do soluto em solução diminui a quantidade de vapor 
produzido pelo solvente, diminuindo a P.M.V. Logo, as 
moléculas do solvente necessitarão de mais energia para 
escaparem da fase líquida, a fim de que a P.M.V. se iguale à 
pressão ambiente. 
 
CRIOMETRIA 
 
Criometria é o estudo do abaixamento do ponto de solidificação 
de um solvente quanto nele está dissolvido um soluto. No ponto 
de solidificação de um determinado líquido puro, ou seja, durante 
a passagem da fase líquida para a fase sólida, deve haver 
igualdade entre as pressões de vapor do líquido e do sólido. 
Consideremos que isso ocorra numa temperatura de 0°C. Se 
adicionarmos um soluto a esse sistema, formando uma solução 
ideal, o soluto vai baixar a pressão de vapor da fase líquida e a 
solidificação será interrompida até que se resfrie a solução, para 
que a pressão de vapor do sólido se iguale novamente à do 
líquido, o que irá ocorrer numa temperatura inferior a 0°C. 
 
O abaixamento da temperatura de solidificação do solvente (Δtc), 
ocasionado pela adição de um soluto não volátil, corresponde à 
diferença entre a temperatura de solidificação do solvente puro 
(tc) e da temperatura de congelamento do solvente na solução 
(t'c). 
 
 
 
 
 
Quando uma solução entra em solidificação, o 
solvente começa a se solidificar primeiro tornando a solução cada 
vez mais concentrada (lembre- se, por exemplo, de que o gelo 
formado a partir da água do mar não é salgado); isso faz com que 
o ponto de solidificação diminua progressivamente. Por esse 
motivo, considera-se o ponto de solidificação de uma solução 
como a temperatura em que a solidificação teve início. A mesma 
variação que ocorre no ponto de congelamento, irá ocorrer no 
ponto de fusão , já que são processos opostos e reversíveis . 
Quem congela primeiro: água quente ou água 
fria? 
 
Trata-se do seguinte: colocando-se no congelador dois copos iguais 
cheios de água, um a temperatura ambiente (30°C) e outro saído da 
chaleira (70°C), qual congelará primeiro? Surpreendente, a água que 
inicia mais quente congela primeiro. 
Bom, na verdade a água quente não congela mais rapidamente que a 
água fria, é claro. Mas se você ferve água e depois deixa que ela 
resfrie até a temperatura ambiente, ela congelará mais rapidamente 
que uma outra quantidade de água que não tenha sido aquecida 
antes. Estranho? 
http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html
http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html
 
 
Não, e vamos ver o porquê. Quando você aquece a água, ela perde 
parte do ar dissolvido nela, que sai em forma de bolhas, e o ar é um 
mau condutor térmico. Assim, o ar presente na água dificulta as 
trocas de calor com o meio e dificulta a perda de calor que a água 
precisa sofrer para que aconteça o congelamento 
Por essa mesma razão, o gelo formado por água previamente 
fervida tem densidade maior do que aquele que se obtém com água 
que não passou por esse processo. Em países muito frios, o que não 
é o caso do Brasil, os canos de água quente tendem a arrebentar 
antes do que os de água fria,pois congelam primeiro. 
 O caso do aditivo na água dos radiadores e a 
adição de sal na neve 
O etilenoglicol citado anteriormente também é adicionado em motores 
de veículos em países de clima frio para evitar o congelamento da 
água. No processo de congelamento, a água sofre expansão, o 
que aumentaria a pressão nas paredes do motor e poderia levá-lo 
a rachar. Em países de clima frio, para evitar que a água 
congele e forme uma camada muito lisa sobre o asfalto, é colocado 
sal comum para abaixar a temperatura de congelamento da água. 
Além disso, coloca-se um sal que possui uma dissolução exotérmica 
(libera calor e derrete o gelo) e areia para aumentar a aderência dos 
pneus ao solo. 
 Icebergs 
Sabemos que a água salgada apresenta maior dificuldade para 
congelar em função da presença do soluto. Portanto, há a 
necessidade de temperaturas mais baixas para que o congelamento 
ocorra. Para que o congelamento da água salina ocorra, boa parte do 
sal é expulso e torna a água congelada com um maior grau de 
pureza. 
 Dessalinazadores por congelamento 
Quando a água do mar congela, os cristais formados são constituídos 
de água pura, pois o sal se separa da água espontaneamente, 
ficando depositado entre os cristais de gelo. A observação desse 
fenômeno levou técnicos de vários países a desenvolver o método de 
obtenção de água doce por congelamento. Nesse caso, o processo 
consiste em retirar calor da água do mar em vez de fornecê-lo. 
A retirada de calor de um sistema também exige um consumo de 
energia, que, como no caso da destilação, pode ser reduzido, desde 
que a fusão do gelo seja utilizada para retirar calor da nova porção de 
água a ser congelada. O mais promissor é o denominado processo de 
refrigerante secundário, que consiste em obter o resfriamento da água 
do mar fazendo um hidrocarboneto liquefeito e imiscível em água, 
como o butano, C4H10(cujo ponto de fusão sob pressão de 1 atm é 
igual a -138oC), passar pelo interior da água salgada. O butano, em 
contato com a água do mar, que se encontra a uma temperatura mais 
elevada que seu ponto de fusão, sofre evaporação, ajudando a retirar 
o calor da água, que se transforma em gelo. O gelo formado é então 
lavado em uma unidade separadora para retirar o sal que se deposita 
na superfície dos cristais. O refrigerante (butano) vaporizado passa 
por uma câmara de compressão e sofre aquecimento, sendo então 
encaminhado à unidade que contém o gelo lavado, ao qual fornece 
calor. Com o calor, o gelo funde-se e o refrigerante liquefaz-se, 
podendo ser novamente utilizado. O rendimento de uma usina de 
congelamento de médio porte é de ~ 760 mil litros de água 
dessalinizada por dia. 
 OSMOSCOPIA 
Difusão é o movimento espontâneo das partículas de uma 
substância de se espalharem uniformemente em meio a 
partículas de outra substância ou, então, de atravessarem uma 
parede porosa. Bexiga de porco, o papel celofane usado em 
aparelhos de hemodiálise, as paredes de células de organismos e 
das membranas de porcelana porosa tratadas com ferrocianeto 
cúprico, Cu2[Fe(CN)6] são denominados membranas 
semipermeáveis. Recebem esse nome porque permitem a 
passagem de moléculas do solvente, mas não do soluto (ao 
contrário da membrana permeável, que permite a passagem de 
soluto e solvente). A osmose consiste na passagem de 
solvente através de uma membrana semipermeável de uma 
solução mais diluída (ou do próprio solvente puro) para uma 
solução mais concentrada (osmose vem do grego osmós e 
significa impulso). No caso de duas soluções, a tendência é a 
de que as soluções acabem atingindo uma mesma concentração 
em número de partículas dissolvidas. A passagem do solvente 
para a solução mais concentrada faz com que, na situação de 
equilíbrio, o nível das duas soluções não seja mais o mesmo. 
 
 
Observe outro esquema: 
 
 
 
 Por que ocorre a osmose? 
 
 
 
Exemplos de osmose: 
 
- Glóbulos vermelhos 
- Soro fisiológico 
- Ascensão da seiva nas plantas (Raiz é mais concentrada do que 
a terra ao redor) 
- Neutralização de substâncias ácidas nos rios e lagos 
- Conservação de alimento com excesso de sal 
 
 
 
 
 
http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html
 
 
Imagine agora que, ao invés de duas soluções de concentrações 
diferentes, fossem utilizadas uma solução e seu solvente, 
separados por uma membrana semipermeável. Neste caso, 
haveria a tendência de o solvente deslocar-se na direção da 
solução, fazendo subir seu nível. Entretanto, se for colocada uma 
placa sobre a solução e nela for aplicada uma força suficiente, 
seria possível impedir a ocorrência da osmose. Querendo impedir 
que a osmose ocorra, teremos de exercer uma pressão sobre o 
sistema no sentido inverso ao da osmose e de intensidade 
mínima igual à pressão que o solvente faz para atravessar a 
membrana semipermeável. Essa pressão é denominada pressão 
osmótica. 
 
 
 
 
É aplicado na Arábia Saudita para obtenção de água potável a 
partir da água salobra (dessalinização). 
 
OSMOSE REVERSA - ÁGUA DOCE A PARTIR 
DA ÁGUA DO MAR 
Acredita-se atualmente que a água dos oceanos possa ser a 
solução para a demanda cada vez maior de água doce 
(principalmente nas grandes cidades, onde o consumo 
aumenta mais rápido que a disponibilidade de água doce) 
pela implementação de processos de dessalinização. 
 
Os processos que já demonstram funcionalidade em larga 
escala são a destilação e o congelamento, que retiram a água 
do sal, e a eletrodiálise, que retira o sal da água. Além 
desses, também merecem destaque a osmose reversa e a 
permuta iônica. 
A escolha e a aplicação de um desses métodos dependem de 
vários fatores: resultado desejado, qualidade da água do mar 
em termos de poluição, forma de energia disponível de mais 
baixo custo na região, volume de água a ser produzido, 
existência ou não de mão-de-obra especializada no local, 
freqüência de uso da instalação, capital inicial de que se pode 
dispor. Assim, não existe um método que seja melhor que os 
demais: cada um apresenta vantagens e desvantagens. 
 
 
 
 
 
A pressão osmótica do sangue é de 
aproximadamente 7,4atm quando comparada com a da água 
pura. Os glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue, assim como 
todas as células vivas do organismo, são afetados por diferenças 
de pressão osmótica. Veja o aspecto dessas células em soluções 
com diferentes concentrações: 
 
 
 
 CÁLCULO DA PRESSÃO OSMÓTICA (Deduzida por 
Van’T Hoff a partir da Equação de Clapeyron ) 
 
Experimentalmente, verificou-se que a pressão osmótica de 
uma solução é numericamente igual à pressão de um gás 
ideal, a qual é dada pela equação de Van’t Hoff: 
 
 
 
 
 
A análise dessa equação revela que apenas dois fatores 
interferem diretamente na pressão osmótica de uma solução: 
a concentração, em mol.L–1, e a temperatura. A medição da 
pressão osmótica possui uma aplicação experimental muito 
importante: a determinação de massas molares dos solutos, 
principalmente proteínas e polímeros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Osmose x diálise 
 
Diálise: membrana permeável à água e pequenas partículas 
de soluto. Exemplo: Máquinas de rim artificial (hemodiálise) 
 
Osmose: membrana permeável somente ao solvente. 
 
 
 
 
 Coesão e adesão 
 
Segundo a teoria da coesão-tensão, as moléculas de água 
são transportadas nos organismos vegetais através de 
finíssimos capilares condutores de seiva bruta (xilema), 
mantendo-se unidas por forças de coesão, formando uma 
coluna líquida contínua das raízes até as folhas. 
 
Conforme as folhas perdem água por transpiração, suas 
células absorvem a seiva inorgânica dos vasos xilemáticos, 
provocando uma pressão de sucção que puxa a coluna 
líquida no interior dos vasos do xilema. 
 
Essasucção, induzida pela diferença de concentração 
colaborada pelo déficit hídrico no extrato arbóreo (somatório 
da evaporação das folhas), gera um gradiente osmótico 
desencadeando uma pressão positiva nos capilares desde a 
raiz, suficiente para sensibilizar a zona pilífera a absorver 
água contida no solo. 
 
Outro aspecto importante no carreamento de água, a dezenas 
de metros acima do nível do solo, são interações químicas 
(pontes de hidrogênio), mantidas pela eletronegatividade dos 
átomos de hidrogênio e oxigênio entre moléculas de água. 
Toda série de fatores interdependentes contribui com a 
fisiologia (o funcionamento), no transporte de substância em 
um organismo vegetal. 
 
 
 
 Parte quantitativa das propriedades coligativas 
 
A molalidade (W) é a expressão de concentração de solução 
utilizada no estudo das propriedades coligativas pelas seguintes 
razões: 
 
* é a única expressão de concentração que relaciona quantidade 
de soluto dissolvido em determinada massa de solvente (e não de 
solução); 
* é uma unidade de concentração que não varia com a 
temperatura, já que está relacionada à massa de solvente em vez 
de ao volume (como a maioria das expressões de concentração). 
 
Lembrando: 
 
 
 
 Tonoscopia : 
 
* Lei de Raoult 
 
Numa solução ideal , o abaixamento da pressão máxima de vapor 
(p) em relação à pressão máxima de vapor do solvente puro 
(p2) em relação à pressão máxima de vapor do solvente puro (p2) 
é igual à fração em quantidade de matéria do soluto (X1). 
 
 
 
* Lei de Babo 
 
 
 
Onde kt é denominado de constante tonométrica molal (indica o 
abaixamento relativo da pressão máxima de vapor que ocorre 
numa solução 1 molal e pode ser calculado pelo seguinte cálculo: 
 
massa molar do solvente \ 1000 
 
Ex: kt da água = 18g \ 1000 = 0,018 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em soluções aquosas diluídas, a molalidade (W) pode ser 
considerada igual à molaridade (M) . Então, teríamos: 
 
 
 
 Ebulioscopia : 
 
* Lei de Raoult 
 
A diferença entre o ponto de ebulição do solvente numa solução, 
t, e o ponto de ebulição do solvente puro, t2, corresponde à 
elevação ebulioscópica, e, e é diretamente proporcional a 
concentração molal dessa solução. 
 
 
 
Onde Ke é a constante ebuliométrica molal (indica o aumento no 
PE de um solvente puro provocado pela adição de uma 
quantidade de soluto suficiente p\ formar uma solução de 
concentração 1 molal) . Podemos calcular da seguinte maneira: 
 
 
 
 Crioscopia : 
 
* Lei de Raoult 
 
A diferença entre o ponto de solidificação do solvente puro e a 
temperatura de início de solidificação do solvente em uma 
solução ideal (abaixamento crioscópico, c) é diretamente 
proporcional à concentração molal da solução. 
 
 
 
Onde Kc é a constante crioscópica molal (indica a diminuição na 
T.C de um solvente provocado pela adição de uma quantidade de 
soluto suficiente p\ formar uma solução de concentração 1 molal) 
Podemos calcular da seguinte maneira : 
 
 
 
 Relação entre os efeitos coligativos 
 
Se relacionarmos os efeitos coligativos dois a dois, iremos 
verificar que eles variam proporcionalmente um com o outro. 
 
Observe a relação entre o efeito ebuliométrico e o efeito 
tonométrico: 
 
 
 
Isso significa que os efeitos ebuliométrico e tonométrico são 
diretamente proporcionais. 
 
 
No caso do cloreto de sódio, como a 
dissociação de seus íons irá tomar o número de partículas 
dissolvidas em água igual ao dobro da quantidade inicialmente 
adicionada de NaCl, sempre será necessário multiplicar por 2 o 
valor de sua molalidade para se determinar o número de 
partículas efetivamente dissolvidas na solução. Este “fator de 
correção” costuma ser incluído nas expressões matemáticas dos 
efeitos coligativos; é simbolizado por "i" e é conhecido como 'fator 
de Van't Hoff: 
 
 
 
Além da pressão osmótica: π V = nRTi 
 
Para eletrólitos cujo processo de separação em íons seja total, o 
fator de correção será igual ao número de íons correspondentes à 
fórmula do composto, pois este número irá determinar o aumento 
do número de partículas em relação à quantidade inicialmente 
adicionada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O abaixamento 
relativo não depende 
da temperatura 
 
 
O ENEM É NOSSO 
 
1) (ENEM) Sob pressão normal (ao nível do mar), a água 
entra em ebulição à temperatura de 100°C. Tendo por base 
essa informação, um garoto residente em uma cidade 
litorânea fez a seguinte experiência: 
 
• Colocou uma caneca metálica contendo água no fogareiro 
do fogão de sua casa. 
• Quando a água começou a ferver, encostou cuidadosamente 
a extremidade mais estreita de uma seringa de injeção, 
desprovida de agulha, na superfície do líquido e, erguendo o 
êmbolo da seringa, aspirou certa quantidade de água para 
seu interior, tapando-a em seguida. 
• Verificando após alguns instantes que a água da seringa 
havia parado de ferver, ele ergueu o êmbolo da seringa, 
constatando, intrigado, que a água voltou a ferver após um 
pequeno deslocamento do êmbolo. 
 
Considerando o procedimento anterior, a água volta a ferver 
porque esse deslocamento: 
 
A) permite a entrada de calor do ambiente externo para o 
interior da seringa. 
B) provoca, por atrito, um aquecimento da água contida na 
seringa. 
C) produz um aumento de volume que aumenta o ponto de 
ebulição da água. 
D) proporciona uma queda de pressão no interior da seringa 
que diminui o ponto de ebulição da água. 
E) possibilita uma diminuição da densidade da água que 
facilita sua ebulição. 
 
2) (ENEM) Se, por economia , abaixarmos o fogo sob uma 
panela de pressão que se inicia a saída de vapor pela válvula, 
de forma simplesmente a manter a fervura ,o tempo de 
cozimento : 
 
a) Será maior porque a panela “esfria”: 
b) Será menor, pois diminui a perda de água 
c) Será maior, pois a pressão diminui 
d) Será maior, pois a evaporação diminui 
e) Não será alterado, pois a temperatura não varia 
 
3) (Enem) Osmose é um processo espontâneo que ocorre 
em todos os organismos vivos e é essencial à manutenção da 
vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC (cloreto de sódio) 
possui a mesma pressão osmótica das soluções presentes 
nas células humanas. A imersão de uma célula humana em 
uma solução 0,20 mol/L de NaC tem, como consequência, 
a 
 
a) absorção de íons Na+ sobre a superfície da célula. 
b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula. 
c) diminuição da concentração das soluções presentes na 
célula. 
d) transferência de íons Na+ da célula para a solução. 
e) transferência de moléculas de água do interior da célula 
para a solução. 
 
4) (Enem) A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja suspensão em 
água é muito usada como uma tinta de baixo custo, dá uma 
tonalidade branca aos troncos de árvores. Essa é uma prática 
muito comum em praças públicas e locais privados, 
geralmente usada para combater a proliferação de parasitas. 
Essa aplicação, também chamada de caiação, gera um 
problema: elimina microrganismos benéficos para a árvore. 
 
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 1 abr. 
2010 (adaptado). 
 
A destruição do microambiente, no tronco de árvores pintadas 
com cal, é devida ao processo de 
 
a) difusão, pois a cal se difunde nos corpos dos seres do 
microambiente e os intoxica. 
b) osmose, pois a cal retira água do microambiente, tornando-
o inviável ao desenvolvimento de microrganismos. 
c) oxidação, pois a luz solar que incide sobre o tronco ativa 
fotoquimicamente a cal, que elimina os seres vivos do 
microambiente. 
d) aquecimento, pois a luz do Sol incide sobre o tronco e 
aquece a cal, que mata os seres vivos do microambiente. 
e) vaporização, pois a cal facilita a volatilização da água para 
a atmosfera, eliminando os seres vivos do microambiente. 
 
5) (ENEM) A lavoura arrozeira na planície costeira da região 
sul do Brasil comumente sofre perdas elevadasdevido a 
salinização da água de irrigação, que ocasiona prejuízos 
diretos, como a redução de produção da lavoura. Solos com 
processo de salinização avançado não são indicados, por 
exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do 
solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes 
são superiores às forças com que a água é retida no 
solo.WINKEL, H.L.; TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: 
salinização de solos em cultivo do arroz. Disponível em: 
http://agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 
2010 (adaptado). 
 
A presença de sais na solução do solo faz com que seja 
dificultada a absorção de água pelas plantas, o que provoca o 
fenômeno conhecido por seca fisiológica, caracterizado 
pelo(a) 
 
a) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma 
concentração de sais maior que a das células das raízes das 
plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida. 
b) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível 
muito baixo de água, e as plantas não tem força de sucção 
para absorver a água. 
c) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as 
plantas não têm força de sucção, fazendo com que a água 
não seja absorvida. 
d) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as 
plantas têm muita sudação, não tendo força de sucção para 
superá-la. 
e) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as 
plantas ficam túrgidas e não têm força de sudação para 
superá-la. 
 
6) (Enem) A tabela a seguir registra a pressão atmosférica em 
diferentes altitudes, e o gráfico relaciona a pressão de vapor 
da água em função da temperatura: 
 
 
 
 
Um líquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir do 
momento em que a sua pressão de vapor se iguala à pressão 
atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela, 
o gráfico e os dados apresentados, sobre as seguintes 
cidades: 
 
 
 
A temperatura de ebulição será: 
 
(A) maior em Campos do Jordão. 
(B) menor em Natal. 
(C) menor no Pico da Neblina. 
(D) igual em Campos do Jordão e Natal. 
(E) não dependerá da altitude. 
 
7) (ENEM-2017-2° aplicação) A horticultura tem sido 
recomendada para a agricultura familiar, porém as perdas são 
grandes devido à escasses de processos compatíveis para 
conservar frutas e hortaliças. O processo, denominado 
desidratação osmótica, tem se mostrado uma alternativa 
importante nesse sentido, pois origina produtos com boas 
condições de armanezamento e qualidade semelhante à 
matéria-prima. Esse processo para conservar os alimentos 
remove a água por 
 
a) aumento do produto de ebulição do solvente. 
b) passagem do soluto através de uma membrana 
semipermeável. 
c) utilização de solutos voláteis, que facilitam a evaporação do 
solvente. 
d) aumento da volatilidade do solvente pela adição de solutos 
ao produto. 
e) pressão gerada pela diferença de concentração entre o 
produto e a solução. 
 
8) (ENEM-2017) Na Idade Média, para elaborar preparados a 
partir de plantas produtoras de óleos essenciais, as coletas 
das espécies eram realizadas ao raiar do dia. Naquela época, 
essa prática era fundamentada misticamente pelo efeito 
mágico dos raios lunares, que seria anulado pela emissão dos 
raios solares. Com a evolução da ciência, foi comprovado que 
a coleta de algumas espécies ao raiar do dia garante a 
obtenção de material com maiores quantidades de óleos 
essenciais. 
 
A explicação científica que justifica essa prática se baseia na 
 
a) volatilização das substâncias de interesse. 
b) polimerização dos óleos catalisada pela radiação solar. 
c) solubilização das substâncias de interesse pelo orvalho. 
d) oxidação do óleo pelo oxigênio produzido na fotossíntese. 
e) liberação das moléculas de óleo durante o processo de 
fotossíntese. 
 
9) (ENEM-2017) Alguns tipos de dessalinizadores usam o 
processo de osmose reversa para obtenção de água potável a 
partir da água salgada. Nesse método, utiliza-se um recipiente 
contendo dois compartimentos separados por uma membrana 
semipermeável: em um deles coloca-se água salgada e no 
outro recolhe-se a água potável. A aplicação de pressão 
mecânica no sistema faz a água fluir de um compartimento 
para o outro. O movimento das moléculas de água através da 
membrana é controlado pela pressão osmótica e pela pressão 
mecânica aplicada. Para que ocorra esse processo é 
necessário que as resultantes das pressões osmótica e 
mecânica apresentem 
 
A) mesmo sentido e mesma intensidade. 
B) sentidos opostos e mesma intensidade. 
C) sentidos opostos e maior intensidade da pressão osmótica. 
D) mesmo sentido e maior intensidade da pressão osmótica. 
E) sentidos opostos e maior intensidade da pressão 
mecânica. 
 
10) (ENEM-2017) Uma das estratégias para conservação de 
alimentos é o salgamento, adição de cloreto de sódio (NaCI), 
historicamente utilizado por tropeiros, vaqueiros e sertanejos 
para conservar carnes de boi, porco e peixe. O que ocorre 
com as células presentes nos alimentos preservados com 
essa técnica? 
 
a) O sal adicionado diminui a concentração de solutos em seu 
interior. 
b) O sal adicionado desorganiza e destrói suas membranas 
plasmáticas. 
c) A adição de sal altera as propriedades de suas membranas 
plasmáticas. 
d) Os íons Na+ e CI— proveniente da dissociação do sal 
entram livremente nelas. 
e) A grande concentração de sal no meio extracelular provoca 
a saída de água de dentro delas 
 
11) (Enem PPL 2019) Em regiões desérticas, a obtenção de 
água potável não pode depender apenas da precipitação. 
Nesse sentido, portanto, sistemas para dessalinização da água 
do mar têm sido uma solução. Alguns desses sistemas 
consistem basicamente de duas câmaras (uma contendo água 
doce e outra contendo água salgada) separadas por uma 
membrana semipermeável. Aplicando-se pressão na câmara 
com água salgada, a água pura é forçada a passar através da 
membrana para a câmara contendo água doce. 
 
O processo descrito para a purificação da água é denominado 
 
a) filtração. 
b) adsorção. 
c) destilação. 
d) troca iônica. 
e) osmose reversa. 
 
12) (Enem PPL 2018) Bebidas podem ser refrigeradas de 
modo mais rápido utilizando-se caixas de isopor contendo gelo 
e um pouco de sal grosso comercial. Nesse processo ocorre o 
derretimento do gelo com consequente formação de líquido e 
resfriamento das bebidas. Uma interpretação equivocada, 
baseada no senso comum, relaciona esse efeito à grande 
capacidade do sal grosso de remover calor do gelo. 
 
Do ponto de vista científico, o resfriamento rápido ocorre em 
razão da 
 
a) variação da solubilidade do sal. 
b) alteração da polaridade da água. 
c) elevação da densidade do líquido. 
d) modificação da viscosidade do líquido. 
e) diminuição da temperatura de fusão do líquido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATALISANDO O SEU CONHECIMENTO 
 
NÍVEL I 
 
1) (CEFET MG) O Mar Morto corresponde a uma grande 
extensão de águas localizadas entre Israel e a Jordânia e 
apresenta alto teor salino, em torno de 300g de sal por litro 
de água, inviabilizando a vida marinha. Essa característica é 
responsável pelo fato de suas propriedades serem distintas 
daquelas pertencentes à água pura, como, por exemplo, 
 
a) maior pressão de vapor. 
b) menor pressão osmótica. 
c) maior temperatura de fusão. 
d) menor condutibilidade elétrica. 
e) maior temperatura de ebulição. 
 
2) Comparando duas panelas, simultaneamente sobre dois 
queimadores iguais de um mesmo fogão, observa-se que a 
pressão dos gases sobre a água fervente na panela de 
pressão fechada é maior que aquela sobre a água fervente 
numa panela aberta. Nessa situação, e se elas contêm 
exatamente as mesmas quantidades de todos os 
ingredientes, podemos afirmar que, comparando com o que 
ocorre na panela aberta, o tempo de cozimento na panela de 
pressão fechada será 
A) menor, pois a temperatura de ebulição será menor. 
B) menor, pois a temperatura de ebulição será maior. 
C) menor, pois a temperatura de ebulição não varia com a 
pressão.D) igual, pois a temperatura de ebulição independe da 
pressão. 
E) maior, pois a pressão será maior. 
 
3) (CFTMG) As figuras a seguir representam dois sistemas A 
e B em aquecimento. Após iniciar a ebulição, um termômetro 
foi introduzido em cada recipiente e, depois de medidas, as 
temperaturas foram registradas como AT e BT . Continuando 
o aquecimento, as temperaturas foram medidas novamente 
como A 'T e B'T . 
 
 
 
Em relação aos sistemas observados, é correto afirmar que: 
 
a) A A'T T= e B B'T T 
b) A A'T T= e B B'T T= 
c) A A'T T e B B'T T= 
d) A A'T T e B B'T T 
 
4) Em um laboratório, são preparadas três soluções A, B e C, 
contendo todas elas a mesma quantidade de um único 
solvente e cada uma delas, diferentes quantidades de um 
único soluto não volátil. Considerando que as quantidades de 
soluto, totalmente dissolvidas no solvente, em A, B e C, sejam 
crescentes, a partir do gráfico abaixo, que mostra a variação 
da pressão de vapor para cada uma das soluções em função 
da temperatura, é correto afirmar que, a uma dada 
temperatura “T”, 
 
 
a) a solução C corresponde à curva I, pois quanto maior a 
quantidade de soluto não volátil dissolvido em um solvente, 
menor é a pressão de vapor dessa solução. 
b) solução A corresponde à curva III, pois quanto menor a 
quantidade de soluto não volátil dissolvido em um solvente, 
maior é a pressão de vapor dessa solução. 
c) as soluções A, B e C correspondem respectivamente às 
curvas III, II e I, pois quanto maior a quantidade de um soluto 
não volátil dissolvido em um solvente, maior a pressão de 
vapor da solução. 
d) as soluções A, B e C correspondem respectivamente às 
curvas I, II e III, pois quanto menor a quantidade de um soluto 
não volátil dissolvido em um solvente, maior a pressão de 
vapor da solução. 
e) a solução B é a mais volátil, que é representada pela curva 
II. 
 
5) Quando um soluto não volátil é adicionado a um 
determinado solvente puro, uma solução é formada e suas 
propriedades físico-químicas podem ser alteradas. Este 
fenômeno é denominado efeito coligativo das soluções. 
Considere estes efeitos e analise as proposições. 
I. O abaixamento da pressão máxima de vapor de um líquido 
faz com que este tenha um maior ponto de ebulição. Tal fato é 
possível quando uma colher de sopa de açúcar (sacarose) é 
adicionada a uma panela contendo 1 litro de água, por 
exemplo. Este fenômeno é conhecido como ebulioscopia ou 
ebuliometria. 
II. Uma tática interessante para acelerar o resfriamento de 
bebidas consiste na adição de sal de cozinha ao recipiente 
com gelo em que elas estão imersas. Neste caso, o efeito 
crioscópico está presente. Considerando um número idêntico 
de mols de cloreto de sódio e brometo de magnésio em 
experimentos distintos, o efeito coligativo resultante será o 
mesmo, pois este independe da natureza da substância 
utilizada. 
III. A pressão osmótica do sangue humano é da ordem de 
7,8 atm devido às substâncias nele dissolvidas. Desta 
forma, é fundamental que, ao se administrar uma determinada 
solução contendo um medicamento via intravenosa, a pressão 
osmótica deste último seja hipotônica em relação à da 
corrente sanguínea, sob o risco de que as hemácias possam 
se romper ao absorverem um excesso de partículas 
administradas. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
a) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
e) Somente a afirmativa III é verdadeira. 
 
 
 
 
 
6) (UFMG) Analise o gráfico a seguir, em que estão 
representadas as curvas de pressão de vapor em função da 
temperatura para três solventes orgânicos – éter etílico, 
CH3CH2OCH2CH3, etanol, CH3CH2OH, e tetracloreto de 
carbono, CCℓ4. 
 
 
 
A partir da análise desse gráfico, é CORRETO afirmar que 
 
A) o CCℓ4 apresenta maior pressão de vapor. 
B) o CCℓ4 apresenta menor temperatura de ebulição. 
C) o etanol apresenta interações intermoleculares mais fortes. 
D) o éter etílico apresenta maior volatilidade. 
 
7) (UEL-PR) Leia as afirmações referentes ao gráfico que 
representa a variação da pressão de vapor em equilíbrio com 
a temperatura. 
 
 
 
I. As forças de atração intermoleculares das substâncias 
apresentadas, no estado líquido, aumentam na seguinte 
ordem: dietiléter < butan-2-ol < butan-1-ol. 
II. O ponto de ebulição normal é a temperatura na qual a 
pressão de vapor do líquido é igual à pressão de uma 
atmosfera. 
III. A pressão de vapor de um líquido depende da 
temperatura; quanto maior a temperatura, maior a sua 
pressão de vapor. 
IV. À medida que a pressão atmosférica sobre o líquido é 
diminuída, é necessário elevar a sua temperatura, para que a 
pressão de vapor se iguale às novas condições do ambiente. 
 
Entre as afirmativas, estão CORRETAS 
 
A) I, II e IV. 
B) II, III e IV. 
C) I, III, e IV. 
D) I, II, III e IV. 
E) I, II e III. 
 
 
 
 
 
8) (UFSCar-SP) As curvas de pressão de vapor, em 
função da temperatura, para um solvente puro, uma 
solução concentrada e uma solução diluída são 
apresentadas na figura a seguir. 
 
 
Considerando-se que as soluções foram preparadas com o 
mesmo soluto não volátil, pode-se afirmar que as curvas do 
solvente puro, da solução concentrada e da solução diluída 
são, respectivamente, 
 
A) I, II e III. 
B) I, III e II. 
C) II, III e I. 
D) II, I e III. 
E) III, II e I. 
 
9) (PUC-PR) Volumes iguais de duas soluções, sendo uma 
de glicose (solução X) e outra de sacarose (solução Y), são 
postos em contato através de uma membrana semipermeável 
(permeável à água e não permeável à glicose e sacarose). 
 
 
Com o passar do tempo, houve alteração no nível de líquido 
dos compartimentos, conforme mostrado nos esquemas 
anteriores. Com base nessas informações, podemos afirmar 
que 
 
A) a solução Y é hipotônica em relação a X. 
B) a solução Y é mais diluída que X. 
C) a solução Y tem maior pressão osmótica que X. 
D) a solução X é hipertônica em relação a Y. 
E) a solução X tem maior pressão osmótica que Y 
 
10) (PUC - GO) Considere o fragmento: 
 
“— Não há exterminado. Desaparece o fenômeno; a 
substância é a mesma. Nunca viste ferver água? Hás de 
lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de 
contínuo, e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são 
essas bolhas transitórias.” (ASSIS, Machado de. Quincas 
Borba. 18. ed. São Paulo: Ática, 2011. p. 26-28.) 
 
Ao se colocar uma panela com água mineral para aquecer em 
um fogão em Goiânia, observa-se que, mesmo que a 
temperatura esteja abaixo do ponto de evaporação, há a 
formação de bolhas. Somente com a temperatura próxima de 
98ºC é que há a evolução muito violenta de bolhas. A respeito 
dessa constatação, analise as afirmativas a seguir: 
 
 
 
I. A pressão de vapor diminui com a altitude. 
II. Crioscopia é a passagem de água do meio menos 
concentrado para o meio mais concentrado. 
III. Ebulioscopia é o estudo do abaixamento da temperatura 
de ebulição da solução devido à presença de um soluto. 
IV. A formação de bolhas na etapa inicial do aquecimento 
também tem a ver com os gases dissolvidos na água. 
 
Em relação às proposições analisadas, assinale a única 
alternativa cujos itens estão todos corretos: 
 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
 
11) (Unicamp 2017) O etilenoglicol é uma substância muito 
solúvel em água, largamente utilizado como aditivo em 
radiadores de motores de automóveis, tanto em países frios 
como em países quentes. 
 
Considerando a função principal de um radiador, pode-se 
inferir corretamente que 
 
a) a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol deve 
começar a uma temperatura mais elevada que a da água pura 
e sua ebulição, a uma temperatura mais baixa que a da água 
pura. 
b) a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol deve 
começar a uma temperatura mais baixa que a da água purae 
sua ebulição, a uma temperatura mais elevada que a da água 
pura. 
c) tanto a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol 
quanto a sua ebulição devem começar em temperaturas mais 
baixas que as da água pura. 
d) tanto a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol 
quanto a sua ebulição devem começar em temperaturas mais 
altas que as da água pura. 
 
12) (UFU-MG) Os habitantes das regiões áridas percebem 
que os lagos de água salgada têm menor tendência para 
secar que os lagos de água doce. Esse fato deve-se à 
 
a) menor dissolução de gases atmosféricos nos lagos de água 
salgada, devido à elevada concentração salina que acentua o 
efeito tonoscópico. 
b) alta evaporação da água dos lagos salgados, em função do 
efeito ebulioscópico causado pelos sais dissolvidos. 
c) maior concentração de solutos eletrólitos não voláteis 
dissolvidos nos lagos de água salgada, acentuando o efeito 
tonoscópico. 
d) elevada presença de não eletrólitos dissolvidos na água 
salgada, produzindo menor efeito tonoscópico. 
 
13) Por que a adição de certos aditivos na água dos 
radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da 
mesma, e também o seu congelamento, quando comparada 
com a da água pura? 
 
a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que 
apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da 
água pura. 
b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta 
pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um 
aumento no ponto de ebulição e de fusão. 
(C) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do 
radiador, que passa então a absorver energia mais 
eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição e 
de fusão quando comparados com a água pura. 
(D) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução 
formada com relação à água pura, causando um aumento do 
ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão. 
(E) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água, 
causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição. 
 
14) No passado se fazia sorvete, colocando o recipiente com 
seu preparado líquido em outro recipiente contendo a mistura 
de gelo com sal. Essa técnica permitia que o sorvete se 
formasse, pois 
 
a) a mistura de gelo com sal chega a temperaturas menores 
que 0oC, resfriando o líquido do sorvete até congelá-lo. 
b) o gelo tem sua temperatura de congelamento aumentada 
pela presença do sal, resfriando o líquido do sorvete para 
congelá-lo. 
c) a temperatura de congelamento do gelo, pelo efeito 
crioscópico, é alterada, independentemente da quantidade de 
sal. 
d) o sal diminui a temperatura de fusão do gelo, sem, contudo, 
alterar seu estado físico, fazendo com que o sorvete se forme. 
 
15) Em países onde os invernos são rigorosos, coloca-se sobre 
os leitos das ruas consideradas prioritárias ao trânsito uma 
mistura de cloreto de sódio , cloreto de cálcio , e areia para 
diminuir os riscos de derrapagens dos veículos durante os 
períodos de nevadas. Cada um desses produtos tem uma 
função definida, que associadas são muito eficientes, nas 
quais, podemos observar quando: 
 
a) o cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da 
água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , absorve calor 
e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. 
b) O cloreto de sódio eleva o ponto de congelamento da 
água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , absorve calor 
e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. 
c) O cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da 
água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , libera calor e a 
areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. 
d) O cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da 
água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , sofre um 
processo endotérmico e a areia aumenta a aderência dos 
pneus ao solo. 
e) O cloreto de sódio eleva o ponto de congelamento da 
água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , sofre um 
processo endotérmico e a areia aumenta a aderência dos 
pneus ao solo. 
 
16) Em um acampamento à beira- mar, um campista 
conseguiu preparar arroz cozido utilizando-se de água, arroz e 
uma fonte de aquecimento. Quando este mesmo campista foi 
para uma montanha a 3 000 m de altitude, observou, ao tentar 
cozinhar arroz, que a água: 
 
a) fervia, mas o arroz ficava cru, porque a água estava 
fervendo a uma temperatura inferior a 100°C devido ao 
abaixamento de sua pressão de vapor. 
b) fervia rapidamente, porque a temperatura de ebulição 
estava acima de 100 °C devido à rarefação do ar e ao 
consequente aumento de sua pressão de vapor 
c) fervia rapidamente, porque a temperatura de ebulição 
estava acima de 100 °C devido à baixa pressão atmosférica. 
d) não fervia, porque a baixa umidade e temperatura 
aumentaram a pressão de vapor do líquido a ponto de impedir 
que entrasse em ebulição. 
e) fervia tão rapidamente quanto ao nível do mar e 
apresentava ponto de ebulição idêntico, pois se tratava do 
mesmo composto químico e, portanto, não poderia apresentar 
variações em seus “pontos cardeais, ou seja, os pontos de 
fusão e de ebulição e sua densidade. 
 
 
 
17) A figura a seguir representa o fracionamento de um 
sistema homogêneo, por vaporização completa do 
solvente. 
 
 
 
Durante a ebulição, a temperatura do sistema pode ser 
acompanhada pelo termômetro, conforme indicado na 
figura. No final do processo, o sistema apresenta apenas 
o sal que estava dissolvido em água. Na vaporização, o 
comportamento da temperatura em função do tempo é 
representado pelo gráfico: 
 
 
 
 
 
18) O gráfico apresenta a variação do volume de glóbulos 
vermelhos no sangue quando imersos em soluções isotônica, 
hipotônica e hipertônica, não necessariamente nesta ordem: 
 
No gráfico, as soluções isotônica, hipotônica e hipertônica 
são, respectivamente, as soluções 
(A) 1, 2 e 3. 
(B) 2, 1 e 3. 
(C) 1, 3 e 2. 
(D) 2, 3 e 1. 
(E) 3, 1 e 2. 
 
19) Uma solução aquosa de nitrato de potássio (KNO3) é 
aquecida de maneira uniforme, em um recipiente aberto. 
Durante o aquecimento, ocorre a evaporação do solvente, e a 
temperatura aumenta para valores superiores a 100 °C. O 
experimento ocorre em um local cuja pressão atmosférica é 
igual a 1 atm e a temperatura de ebulição da água é igual a 
100 °C. Que gráfico representa corretamente a curva de 
aquecimento do experimento descrito? 
 
 
 
 
 
NÍVEL II 
 
1) (Unicamp 2020) O “Ebulidor de Franklin” é um brinquedo 
constituído de dois bulbos de vidro conectados por um tubo 
espiralado, preenchido com líquido colorido. Seu uso consiste 
em encostar a mão na base do bulbo inferior, fazendo com 
que o líquido seja aquecido e ascenda para o bulbo superior. 
Popularmente, a libido de uma pessoa é avaliada com base 
na quantidade de líquido que ascende. O sucesso de venda, 
obviamente, é maior quanto mais positivamente o brinquedo 
indicar uma “alta libido”. Abaixo apresenta-se um gráfico da 
pressão de vapor em função da temperatura para dois 
líquidos, A e B, que poderiam ser utilizados para preencher 
o “Ebulidor de Franklin”. 
 
 
 
 
 
Considerando essas informações, é correto afirmar que a 
pressão no interior do brinquedo 
 
a) não se altera durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido 
A teria mais sucesso de vendas. 
b) aumenta durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido A 
teria mais sucesso de vendas. 
c) não se altera durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido 
B teria mais sucesso de vendas. 
d) aumenta durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido B 
teria mais sucesso de vendas. 
 
2) (Ufrgs 2019) A água é fundamental para a vida conhecida 
na Terra, de modo que a busca de planetas habitáveis ou com 
vida normalmente envolve, entre outros aspectos, a procura 
pela existência de água. Considere as afirmações abaixo, a 
respeito da água na biosfera. 
 
I. A água é decomposta em oxigênio e hidrogênio, através da 
respiração dos peixes. 
II. A água do mar é inadequada

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