Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO - PROPRIEDADES COLIGATIVAS Compreender as propriedades das soluções aquosas tem contribuído para que os cientistas entendam melhor o funcionamento dos organismos vivos. A simples observação visual não permite diferenciar uma solução de uma substância pura. Tanto uma como outra são sistemas homogêneos. É o que ocorre, por exemplo, com amostras de solução de água e sal e de água pura: as duas são líquidos incolores. O reconhecimento de um sistema como sendo substância ou solução é feito através do estudo de suas propriedades químicas, organolépticas ou físicas. Um conjunto de propriedades físicas, que se presta a diferenciar uma solução líquida do solvente utilizado para prepará-la, são as propriedades coligativas. Essas propriedades resultam do acréscimo de um soluto não-volátil - que não tende a vaporizar - (iônico ou molecular) em um solvente, ou seja, estabelece uma comparação entre a solução obtida e o respectivo solvente puro. Certas propriedades físicas das soluções diluídas dependem mais do número de partículas do soluto existente na solução do que da sua composição química. Uma vez que essas propriedades resultam de um efeito reunido, elas se denominam coligativas, proveniente do latim colligatus, coligar. Essas propriedades incluem o abaixamento da pressão de vapor (TONOSCOPIA), a elevação do ponto de ebulição (EBULIOSCOPIA), o abaixamento do ponto de congelação (CRIOSCOPIA) e variação da pressão osmótica (OSMOSCOPIA). Através das propriedades citadas, podemos explicar vários fenômenos percebidos na natureza, tais como a existência de peixes abissais que mesmo em temperaturas muito baixas permanecem com o sangue líquido; a dificuldade de congelar a água dos radiadores de carros em lugares muito frios; o uso do açúcar para acelerar a cicatrização de ferida ou por que adicionamos sal à carne a fim de conservá- la. Alguns peixes produzem uma proteína anticongelante que impede os fluídos corporais, como o sangue, de congelar. Esta proteína é especialmente importante nas espécies que nadam pelas águas polares geladas. AS PROPRIEDADES COLIGATIVAS E O EFEITO PRODUZIDO PELA QUANTIDADE DE PARTÍCULAS As propriedades coligativas não dependem da natureza do soluto, molecular ou iônico, mas sim da quantidade de partículas dispersas no solvente após a sua dissolução. Por isso, serão estudadas as propriedades de soluções ideais, cujas interações intermoleculares soluto-soluto, solvente- solvente e soluto-solvente são iguais. É certo que esses sistemas não existem, contudo, soluções bem diluídas apresentam comportamento próximo ao ideal. As propriedades coligativas dependem apenas da quantidade de soluto dissolvido em mol ou a concentração de partículas dissolvidas em mol\l ou mol\Kg. Ou seja, não devemos analisar a natureza da partícula dissolvida. Portanto, o efeito provocado no solvente será o mesmo caso a quantidade adicionada em mol de soluto seja a mesma. Observe que, apesar de adicionarmos massas diferentes de glicose e sacarose no mesmo volume de água, o efeito produzido no ponto de congelamento foi o mesmo, pois estas massas equivalem a uma mesma quantidade em mol: 36 de glicose (C6H12O6) equivalem a 0,2 mol de glicose 68,4g de sacarose (C12H22O11) equivalem a 0,2 mol de sacarose A COMPARAÇÃO ENTRE O EFEITO COLIGATIVO PROVOCADO PELOS COMPOSTOS IÔNICOS E OS COMPOSTOS MOLECULARES Prepararemos agora soluções aquosas de glicose, sacarose e cloreto de sódio. Em cada uma delas, será utilizado 1 litro de água igual ao número de partículas dissolvidas em um dado volume de água. Nestas condições, seria esperado, em princípio, que os efeitos coligativos fossem iguais. Se considerássemos, por exemplo, o abaixamento da temperatura de início de congelamento obteria os seguintes valores: Os dados experimentais indicam que a solução de cloreto de sódio apresentou o dobro do efeito observado nas demais soluções. A glicose e a sacarose são compostos moleculares, e não se dissociam ionicamente quando dissolvidas em água. A princípio parece ter havido contradição entre o resultado obtido na solução de NaCl e as conclusões apresentadas anteriormente. Entretanto, levando-se em consideração o processo de dissociação iônica sofrido pelo NaCl : Constata-se que, ao entrar em contato com a água, 1 NaCl origina 2 íons (Na+ e Cl–). Como as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas dissolvidas, independente de quais sejam estas partículas, o efeito acaba resultando no dobro em relação às outras soluções onde este processo não se verifica. Deste modo, o resultado se mostra compatível com o esperado. http://hypescience.com/porque-os-peixes-da-antartida-nao-congelam/ O que ocorreu com o NaCl ocorre com todos os solutos eletrolíticos - ácidos, base e sais quando dissolvidos em água. Nestes casos, ocorrerá sempre um aumento do número de partículas inicialmente adicionado em consequência do processo de ionização ou dissociação que sofrem. Nas soluções iônicas, devido ao fenômeno da dissociação ou ionização, o número de partículas presentes na solução (moléculas e íons) é maior do que o número de partículas dissolvidas, o que provoca um aumento no efeito coligativo. O efeito coligativo em compostos iônicos é sempre maior que o efeito coligativo em compostos moleculares de mesma concentração. DETERMINAÇÃO DA QUANTIDADE DE PARTÍCULAS APÓS A ADIÇÃO DE SOLUTO 100% DISSOCIADO OU IONIZADO (FATOR DE VAN’T HOFF) Em virtude dos efeitos coligativos dependerem do número de partículas presentes, e não da natureza dessas partículas (um mol de íons exerce o mesmo efeito que um mol de moléculas), o efeito será proporcional ao número de íons originados por fórmula do composto iônico (para solutos iônicos). A ideia é separar o cátion gerado (ou dissociado) do ânion correspondente na formação do composto. Portanto, o efeito coligativo em soluções iônicas é maior que em soluções moleculares de mesma concentração, pois nas dissociações iônicas ou ionizações ocorre o aumento da concentração de partículas do soluto dissolvido. A quantidade final de partículas de soluto no meio é denominada de fator de Van’t Hoff e simbolizado pela letra i. Observe os exemplos: AS PROPRIEDADES COLIGATIVAS NOS COMPOSTOS IÔNICOS CUJO GRAU DE DISSOCIAÇÃO É MENOR QUE 100% Uma solução iônica não tem necessariamente apenas íons dissolvidos. Uma solução iônica também pode apresentar moléculas não-ionizadas ou fórmulas mínimas não-dissociadas (íons agrupados) como partículas dispersas. Assim, o número de partículas de soluto existentes na solução vai depender: + do número de íons presentes em cada fórmula mínima do composto; + do grau de dissociação ou ionização desse composto a determinada temperatura. Observe os exemplos: 1° EXEMPLO: Calcule o fator de Van’t Hoff para o cloreto de potássio (KCl) 1mol\L, cujo grau de dissociação é de 90%. 1KCl → 1K+ + 1Cl- 1mol 1mol 1mol ( 100% ) Porém o grau de dissociação é de 90 %. Então: 1KCl → 1K+ + 1Cl- 0,9mol 0,9mol 0,9mol Verifica-se que o número total de íons “formados” é 1,8mol e a quantidade de moléculas não-dissociadas equivale ao valor inicial menos a quantidade dissociada. Portanto, se existia no início 1mol e dissociou 0,9 mol (90%), ocorre a “sobra” de 0,1 mol de moléculas não-dissociadas. Então: Número total de íons formados: 1,8mol Número total de moléculas não-dissociadas: 0,1mol Total de partículas em solução = 1,9mol Fator de Van’T Hoff (i) = 1,9 2° EXEMPLO: Calcule o fator de Van’t Hoff para o ácido sulfúrico 1mol\L , cujo grau de dissociação é de 70%. 1H2SO4 → 2H + + 1SO4 -2 1mol 2mol 1mol ( 100% ) Porém o grau de dissociação é de 70 %. Então: 1H2SO4 → 2H + +1SO4 -2 0,7mol 1,4mol 0,7mol ( 70% ) Número total de íons formados : 2,1mol Número total de moléculas não-ionizadas: 1mol – 0,7mol = 0,3mol Então: total de partículas em solução = 2,4mol Fator de Van’T Hoff (i) = 2,4 Se preferirmos, podemos calcular esse fator através de uma fórmula deduzida por Van’t Hoff: TENSÃO SUPERFICIAL Você já notou que as gotas de chuva formam pequenas pérolas de água na superfície de um carro recém lavado? Já se perguntou por que os grãos de areia molhados permanecem juntos mas são facilmente afastados quando secos ou quando completamente submersos em água? Estes são fenômenos provocados por uma propriedade nos líquidos chamada tensão superficial. Num líquido, cada molécula move-se sempre sob a influência das moléculas vizinhas. Uma molécula dentro do líquido está completamente cercada pelas outras que a atraem. Entretanto, uma molécula na superfície não está completamente cercada e sente atrações apenas nas moléculas abaixo e ao lado. Assim, as moléculas na superfície sentem uma atração na direção do interior do líquido. Para uma molécula chegar à superfície ela deve superar esta atração. Em outras palavras, a sua energia potencial deve aumentar, ou seja, deve-se realizar trabalho para levá-la à superfície. Portanto, tornar a superfície de um líquido maior requer um gasto de energia e a quantidade de energia necessária é a tensão superficial do líquido. O estado de menor energia (mais estável) para um dado volume de líquido é quando a sua área superficial é mínima. Isto corresponde ao menor número de moléculas superficiais com alta energia. Todos os líquidos procuram minimizar as suas áreas superficiais e tendem às formas esféricas tanto quanto possível. A magnitude da tensão superficial de um líquido depende das forças de atração entre as suas moléculas. Quando as forças de atração são grandes, a tensão superficial é grande também. A tensão superficial também é uma função da temperatura do líquido. Aumentando- se a temperatura (o que aumenta a energia cinética das moléculas, individualmente) diminui a eficiência das forças de atração intermoleculares, de forma que a tensão superficial diminui à medida que a temperatura aumenta. Uma propriedade sobre a qual frequentemente pensamos quando mencionamos um líquido é a sua capacidade de molhar as coisas – a capacidade de se espalhar pelas superfícies como um filme fino. A água, por exemplo, espalha-se facilmente através da superfície de um vidro limpo. Esta capacidade reflete uma similaridade entre as intensidades das forças de atração entre as moléculas de água, individualmente, e entre as moléculas de água e a superfície do vidro. Uma vez que estas forças de atração são semelhantes, despende-se pouco esforço para espalhar as moléculas de água através da superfície do vidro, de forma que a tensão superficial é facilmente superada e a água molha o vidro. Entretanto, se o vidro contiver uma fina camada de gordura ou óleo, pela qual as moléculas da água são fracamente atraídas, as atrações fracas não podem superar a tensão superficial da água e se formam gotas quase esféricas. FENÔMENO DA EVAPORAÇÃO \ SUBLIMAÇÃO No líquido ou no sólido, assim como no gás, as moléculas estão constantemente sofrendo colisões dando, assim, origem a uma distribuição de velocidades moleculares individuais e, evidentemente, de energias cinéticas. Mesmo à temperatura ambiente, uma pequena porcentagem de moléculas estão se movendo com energia cinética relativamente alta. Se algumas dessas moléculas rápidas possuírem energia cinética suficiente para superar as forças atrativas dentro do líquido ou sólido, elas poderão escapar através da superfície para o estado gasoso – elas evaporam ou sublimam. Um líquido é formado por moléculas espalhadas por toda a sua extensão. A distribuição de energia cinética entre essas moléculas encontra-se no gráfico a seguir: A área abaixo da curva indica a fração de moléculas com determinada quantidade de energia. Observe que a maioria das moléculas do líquido possui energia mediana, uma pequena parte possui energia baixa e outra pequena parte possui energia alta. Essa distribuição de energia é alterada pela variação da temperatura. Quanto maior for a temperatura, maior será o número de moléculas que possuem alta energia. Observe o gráfico a seguir: Espontaneamente, as moléculas do líquido que se encontram na sua superfície e que possuem alta quantidade de energia saem do estado líquido e passam para o estado de vapor (vaporização). Distribuição de energia cinética a baixa temperatura (a) e alta temperatura (b). A mesma energia cinética mínima é necessária para escapar em ambas as temperaturas, mas a fração total de moléculas possuindo pelo menos esse mínimo de energia (a área sombreada) é maior a alta temperatura. FATORES QUE INFLUENCIAM A VELOCIDADE E A INTENSIDADE DO ESCAPE Acabamos de analisar que a temperatura é determinante para a intensidade e velocidade da evaporação. Porém, outros fatores também propiciam uma influência significativa: ► FORÇAS INTERMOLECULARES As forças de atração entre as moléculas de um líquido influenciam diretamente na capacidade de escape. Ou seja, quanto mais fortes forem as interações entre as moléculas (interações intermoleculares), maior a dificuldade para superar as atrações e escapar, tornando a evaporação mais lenta. Por outro lado, caso as forças de atração sejam fracas, haverá uma fração bem maior de moléculas que possui a energia necessária para escapar. Assim, este líquido evapora rapidamente. As forças de coesão nos sólidos são muitos maiores do que nos líquidos, o que explica por que os sólidos geralmente não evaporam facilmente. As propriedades dos líquidos e sólidos ilustram a importância de compreender as origens e as intensidades relativas das atrações intermoleculares. • As moléculas polares possuem extremidades carregadas com cargas de sinais opostos. Numa coleção destas moléculas, os dipolos individuais tendem a se orientar de forma que a carga parcial positiva numa molécula fique próxima da carga parcial negativa da outra molécula. Uma vez que as moléculas estão em constante movimento e colidindo uma com as outras, este alinhamento está longe de ser perfeito. Todavia, as atrações entre as extremidades com cargas opostas superam as repulsões entre as extremidades de mesma carga e o resultado é que existe uma atração entre as moléculas. Esta atração é denominada de dipolo-dipolo ou dipolo permanente ou forças de Debye. São mais fracas que as ligações (seja iônica ou covalente) e diminui rapidamente à medida que a distância entre os dipolos aumenta. Por isso, que as moléculas gasosas se comportam como se não houvesse atração nenhuma entre elas. • Uma atração dipolo-dipolo particularmente forte ocorre quando o hidrogênio está ligado covalentemente a um elemento eletronegativo muito pequeno, como flúor, oxigênio ou nitrogênio. Nestas circunstâncias, resultam moléculas muito polares, nas quais o pequeno átomo de hidrogênio carrega uma carga positiva substancial. Devido à extremidade positiva deste dipolo poder se aproximar bastante da extremidade negativa de um dipolo vizinho, a força de atração entre os dois é bastante grande e denominada de ponte de hidrogênio. É cerca de 5%-10% tão forte quanto uma ligação covalente ordinária (comum). • Mesmo os átomos não combinados e as moléculas apolares experimentam atrações fracas. São forças atrativas mais fracas e denominadas de forças de LONDON (também conhecidas genericamente como Van der Walls). Quando os elétrons se movimentam em torno de um átomo ou molécula seus movimentos são, de certa forma, aleatórios, de forma que num instante qualquer há uma chance de que existam mais elétrons num lado da partícula do que no outro. Neste instante particular apartícula será um dipolo. Chamamos isto de dipolo instantâneo, uma vez que a sua existência é momentânea. Numa coleção de átomos ou moléculas, o movimento dos elétrons nas partículas vizinhas não é totalmente independente. À medida que uma extremidade negativa de um dipolo instantâneo começa a se formar numa delas ele repele os elétrons da partícula vizinha. Podemos dizer que o dipolo instantâneo induz um dipolo no seu vizinho. Devido à maneira como os dipolos são formados, eles se atraem e esta atração produz um puxão momentâneo que ajuda a mantê-las juntas. Normalmente, as forças de London são muito fracas devido à sua natureza efêmera. Elas estão presentes entre todas as partículas – íons, moléculas polares e apolares – mas contribuem muito pouco para a atração dos íons, já que é a atração iônica é a mais forte existente. Colocando as forças intermoleculares em ordem crescente de intensidade, teríamos a seguinte ordem: Dipolo induzido < Dipolo permanente < Pontes de hidrogênio < Interação entre moléculas polares e íons < Interação iônica ► PRESSÃO EXTERNA Quanto maior for a pressão ambiente, maior será a dificuldade para que o líquido escape. Em outras palavras, maior deverá ser a energia necessária (agitação das partículas – energia cinética – temperatura) para vencer esta barreira externa. ESTUDO DA PRESSÃO MÁXIMA DE VAPOR (P.V) Uma propriedade dos líquidos é passagem espontânea deles para o estado gasoso. A esse fenômeno chamamos evaporação. Na evaporação, as partículas da superfície do líquido vencem a força de atração das outras partículas e conseguem escapar do líquido e passar para o ambiente. A capacidade que um líquido ou sólido possuem de escapar e se tornar vapor é denominada de pressão de vapor. Em outras palavras, quanto maior a facilidade para escapar, maior será a pressão de vapor da substância analisada. Se a evaporação ocorre em um sistema fechado, verifica-se que, após certo tempo, a velocidade com que o líquido evapora é a mesma com que o vapor se condensa. A partir daí, a pressão de vapor do líquido permanece constante. Este valor é chamado pressão máxima de vapor do líquido. Num sistema aberto, a pressão máxima de vapor não é atingida, pois as moléculas no estado gasoso passam para o meio ambiente. A pressão máxima de vapor de um líquido depende tanto da temperatura quanto da intensidade da força de atração entre as moléculas. Em qualquer temperatura, as moléculas de água na fase líquida movimentam-se e colidem entre si, efetuando constantemente trocas de energia. Eventualmente uma molécula de água localizada na superfície adquire energia suficiente para romper as ligações intermoleculares (pontes de hidrogênio) feitas com outras moléculas, escapando para fora da massa líquida. A evaporação é uma sucessão de eventos como esse. É um conjunto de fenômenos isolados em que algumas moléculas, individualmente, escapam da superfície do líquido. ESTUDO DO EQUILÍBRIO DINÂMICO NA PRESSÃO MÁXIMA DE VAPOR (P.V) Considere os recipientes esquematizados abaixo, hermeticamente fechados, contendo água pura, todos na mesma temperatura T: Tempo 1: as moléculas de água da massa líquida se movimentam para a superfície, começam a evaporar e a ocupar o espaço livre de líquido do recipiente. Tempo 2: o processo continua. As moléculas de água que passaram para a fase vapor estão em movimento contínuo e exercem determinada pressão sobre as paredes do recipiente. Tempo 3: o processo atingiu um máximo, ou seja, o espaço livre de líquido recipiente está saturado de moléculas de água na fase vapor. A pressão exercida é a pressão máxima de vapor da água na temperatura T. Tempo 4: o número de moléculas na fase vapor não muda mais (é o mesmo que no tempo 3); isso não significa que as moléculas de água da superfície do líquido tenham parado de evaporar; significa simplesmente que, uma molécula de água passar da fase líquida para a fase vapor, simultaneamente uma outra molécula de água irá passar da fase vapor para a fase líquida. E o que chamamos equilíbrio dinâmico, sendo atingido o chamado estado de saturação. Observe um novo esquema para entendermos melhor: A pressão exercida pelas moléculas de um líquido na fase de vapor é denominada pressão máxima de vapor, onde ao ser atingido o equilíbrio dinâmico, a quantidade do estado líquido e gasoso permanecem constantes. Essa P.V não depende da superfície de contato entre a fase líquida e a gasosa; do volume disponível para o vapor (irá ser atingido um novo estado de equilíbrio e pressão lida no manômetro é exatamente a mesma do sistema inicial); da massa do líquido ou do sólido. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA PV DE UM LÌQUIDO Quando um líquido é aquecido, a energia cinética média das suas moléculas aumenta, facilitando a passagem para o estado de vapor. Como consequência disso, há um aumento do número de moléculas no estado de vapor, isto é, ocorre um aumento da pressão máxima de vapor da substância. Observe o exemplo da água e do éter: Para todos os líquidos, quanto maior a temperatura, maior a PV. Esse aumento da pressão de vapor é uma característica de cada líquido e não segue a equação geral dos gases (PV \ T = constante). Observe a variação da PV da água em várias temperaturas diferentes. Veja outro exemplo: É comum colocar gelo em mictórios de banheiros masculinos localizados em restaurantes. O gelo diminui a temperatura da urina e, dessa forma, reduz a volatilidade das substâncias que exalam cheiro desagradável. TEMPERATURA DE EBULIÇÂO DE UM LÍQUIDO PURO Um líquido ferve (entra em ebulição) à temperatura na qual a pressão máxima de vapor se iguala à pressão exercida sobre sua superfície, ou seja, à pressão atmosférica. Ao nível do mar, a pressão atmosférica possui um valor de 1atm ou 760 mmHg. Para que a água entre em ebulição nestas condições, é preciso que a sua pressão de escape se torne (no mínimo) igual. E a água atinge este valor quando a sua temperatura atinge o valor de 100°C. É o seu ponto de ebulição normal (valor obtido na P = 1atm). Portanto, dizemos que a PV da água é 1atm (760mmHg) quando ela se encontra ao nível do mar. Como o líquido só entra em ebulição quando a sua pressão de vapor se iguala à pressão externa, concluímos que é possível ocorrer a ebulição em temperaturas muito baixas (sem necessidade de aquecimento). Basta que a pressão externa seja bem pequena e o líquido irá escapar facilmente. Portanto, é possível ferver a água sem aquecê-la! Na ausência de pressão sobre a superfície da água líquida, nada impedirá que suas moléculas passem para o estado de vapor de forma “violenta”, causando assim a ebulição da água. Este procedimento é feito quando devemos aquecer substâncias que são termicamente instáveis e não suportariam temperaturas elevadas. Denominamos de destilação à vácuo (baixa pressão). Também realizamos este procedimento no caso de substâncias com ponto de ebulição muito elevado e difíceis de serem alcançados. LIOFILIZAÇÃO A liofilização é uma técnica de desidratação em que o produto é congelado sob vácuo e o gelo formado, sublimado. A liofilização retira a água sem danificar o sabor. 1. O primeiro passo é congelar (sob vácuo) o alimento, feito isso, partimos para o segredo da técnica de liofilizar, a etapa 2: sublimação. O processo é bem diferente do que usamos em casa, como por exemplo, quando colocamos uma carne no freezer para conservá-la e depois retiramos para descongelar. Com esta ação realizamos uma mudança no estado físico da água contida neste alimento: ela passa do estado sólido (gelo) para o líquido. Isso faz com que o alimento perca parte dos nutrientes, consistência e sabor. Todas estas propriedades são arrastadascom a água do degelo. 2. A sublimação permite que a água congelada presente nas células do alimento passe diretamente do estado sólido para o gasoso. O processo ocorre em câmaras onde a temperatura aumenta e a pressão do ar diminui. Este ambiente permite que os microcristais de gelo evaporem sem romper as estruturas moleculares, feito isso, as membranas das células de proteínas e vitaminas continuam intactas. Entre os alimentos que passam por este processo estão tomates, bananas, maçãs, carnes, ovos, entre outros. Agora uma curiosidade: você sabia que a técnica de liofilização é usada no preparo dos alimentos para astronautas em missões espaciais? A facilidade no transporte foi o quesito fundamental nesta escolha. Alimentos desidratados perdem grande parte do peso, além da melhor conservação em razão da retirada de água. Alimentos se estragam pela presença de bactérias que necessitam de umidade para sobreviverem. A ausência de água resulta numa prevenção ao aparecimento de micro- organismos indesejáveis. Café solúvel liofilizado INFLUÊNCIA DA PRESSÃO EXTERNA NO PONTO DE EBULIÇÃO E NA PMV Quanto maior for a pressão ambiente, maior terá de ser a P.M.V. para que o líquido entre em ebulição. Em outras palavras, maior deverá ser a temperatura necessária para igualar a P.M.V. à Patm. . A água sob pressão de 760 mmHg (pressão ao nível do mar*) entra em ebulição a 100 °C (conforme mostrado na tabela de PV a água em função da temperatura). Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Por exemplo, sob pressão de 9,209 mmHg, a água entra em ebulição a 10 °C. A pressão atmosférica diminui conforme a altitude aumenta, ou seja, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica. Como o ponto de ebulição das substâncias depende da pressão atmosférica local, em lugares de grande altitude as substâncias entram em ebulição a temperaturas mais baixas que ao nível do mar. Isso traz uma série de consequências, entre elas a dificuldade de cozinhar alimentos, como ovos e arroz, e de preparar bebidas quentes, como café e chá. RESUMO: + altitude → - Patm → - menor T.E → + dificuldade para cozinhar os alimentos Solução: Panela de Pressão (ou as similares industriais, as autoclaves) = Para cozinhar alimentos, a estrutura das suas proteínas é modificada. Chamado de desnaturação de proteínas, esse fenômeno pode ser observado facilmente quando cozinhamos um ovo: notamos o endurecimento da clara. Esse processo é tanto mais fácil quanto maior a temperatura da água. Então, no interior da panela, a pressão sobre a água é elevada, o que faz com que a ebulição ocorra por volta de 110C. O cozimento torna-se mais rápido e cozinhar feijão em panelas de pressão demora menos tempo, não importando a altitude. Já para a maioria dos sólidos a pressão máxima de vapor é desprezível. No entanto, a naftalina e outros, mesmo sendo um sólido, apresentam uma considerável pressão máxima de vapor devido ao processo de sublimação: Devido à sua volatilidade, a naftalina é muito usada em banheiros para dissimular odores desagradáveis. Essa aplicação, no entanto, é desaconselhável, pois a inalação dos vapores de naftalina está associada a certos tipos de câncer. INFLUÊNCIA DA FORÇAS INTERMOLECULARES E MASSA MOLAR NO PONTO DE EBULIÇÃO E NA PMV • Quanto menor a intensidade das forças intermoleculares que atuam sobre os líquidos = maior será a volatilidade Portanto, considerando, porém, substâncias de massa molar próxima, que estabelecem diferentes tipos de ligação intermolecular, o ponto de ebulição será tanto maior quanto mais intensa for a ligação intermolecular existente, ou seja: Pontes de hidrogênio > Dipolo permanente > Força de Van der Waals. • Entre substâncias que estabelecem mesmo tipo de ligação intermolecular, terá maior ponto de ebulição aquela que possui a maior massa molar. Então, entre as substâncias citadas, temos a seguinte ordem crescente do P.E: n-pentano < n-hexano < propanona < 1-butanol < ácido etanóico ESTUDO GRÁFICO DA PV DE LÍQUIDOS PUROS E VOLATILIDADE A volatilidade é uma propriedade comparativa e é definida como sendo a capacidade que um meio material possui de atingir a mesma pressão atmosférica em menor tempo e menor temperatura de ebulição. Ao compararmos a P.V de líquidos puros diferentes, o que tiver a maior pressão de vapor será mais volátil e terá menor ponto de ebulição que os demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão externa local. Quanto mais volátil o líquido, mais afastada da abscissa a hipérbole estará no gráfico. Então, o líquido mais volátil e de menor TE é o éter (mais afastado da abcissa), enquanto a água é o líquido menos volátil e de maior TE. RESUMO: + PV → + volátil → - TE Tonometria , Ebuliometria e Criometria Consideraremos inicialmente algumas propriedades de um solvente puro para em seguida analisar o que ocorre a elas quando se adiciona um soluto não-volátil. O solvente escolhido será a água e serão consideradas as seguintes propriedades: pressão de vapor, ponto de fusão (PF) e ponto de ebulição (PE) sob pressão de 1 atm: Se nossa amostra contiver 1 litro de água e a ela for adicionado 18g (0,1mol) de glicose, constata-se uma alteração nestas propriedades, ainda que pequena. A análise dos dados acima indica que, depois de adicionado o soluto, ocorreu abaixamento na pressão do vapor, aumento na temperatura de início de ebulição e diminuição na temperatura de início de congelamento em relação ao solvente puro. Se, ao invés da água, outros solventes fossem utilizados, seriam constatadas modificações análogas após a adição de solutos não-voláteis. O estudo destas modificações ocorridas com as propriedades do solvente após a adição de um soluto não-volátil recebe o nome genérico de propriedades coligativas das soluções. Mais adiante, será apresentada uma quarta propriedade relacionada com o fenômeno da osmose. O estudo de cada uma destas propriedades recebe um nome específico: TONOMETRIA: estudo do abaixamento na pressão de vapor de um solvente causado pela adição de um soluto não-volátil numa dada temperatura EBULIOMETRIA: estudo o aumento da temperatura de ebulição do solvente puro causado pela adição de um soluto não-volátil. CRIOMETRIA: estudo a diminuição na temperatura de congelamento do solvente puro causado pela adição de um soluto não-volátil. TONOMETRIA A tonometria é o estudo do abaixamento da pressão de vapor de um líquido, quando nele há uma substância não volátil. Verifica- se, experimentalmente que a adição de um soluto não volátil a um solvente faz com que ocorra um abaixamento de sua pressão de vapor. Isto ocorre porque as partículas do soluto se distribuem uniformemente por todo o líquido, inclusive na sua superfície, fazendo com que menor número de moléculas do solvente fique disponível para evaporar, ou seja, as partículas de soluto “bloqueiam” a saída das moléculas de água, diminuindo o número de moléculas que saem e, portanto, diminuindo a pressão de vapor da água no recipiente. Observe o esquema: Tais fenômenos podem ser explicados pelas interações que ocorrem entre as partículas do soluto e as moléculas do solvente. Essas interações dificultam a passagem do solvente para o estado de vapor, assim como o seu congelamento. A tabela a seguir mostra como o aumento progressivo do número de partículas de sacarose dissolvidas numa mesma quantidade de água vai diminuindo progressivamente a pressão de vapor desse solvente. Construindo num mesmo sistema de eixos cartesianos pressão de vapor x temperatura, as curvas correspondentes à variação da pressão de vapor do solvente puro e do solvente na solução são as seguintes: A distância entre as curvas dependeapenas do número de partículas do soluto: quanto menor for o número de partículas do soluto, mais próximas às curvas se situarão. O abaixamento da pressão máxima de vapor do solvente, ocasionado pela adição de um soluto não volátil, corresponde à diferença entre a pressão máxima de vapor do solvente puro (p) e da pressão máxima de vapor do solvente na solução (P'). EBULIOMETRIA Ebuliometria é o estudo da elevação do ponto de ebulição de um líquido, quando nele está dissolvido um soluto não volátil. A ebulição de um líquido é um caso particular de vaporização. Ela está caracterizada pela formação de bolhas no interior do líquido, permitindo que moléculas situadas em qualquer parte do líquido passem para o estado gasoso. Um líquido ferve, isto é, entra em ebulição quando sua pressão máxima de vapor se iguala à pressão atmosférica. Durante a ebulição, a temperatura permanece constante porque a energia cinética média das moléculas que se encontram na fase líquida não aumenta. A energia fornecida é transferida a algumas moléculas que passam a ter energia cinética suficiente para escapar do líquido. A temperatura de ebulição de um líquido numa solução é maior do que a do líquido puro, porque a adição do soluto não volátil faz com que a pressão de vapor do solvente diminua. Consequentemente é necessária uma temperatura maior para que mais moléculas vaporizem, a fim de igualar a pressão máxima de vapor com a pressão atmosférica. Na medida em que a ebulição ocorre, a temperatura de ebulição da solução aumenta, porque esta toma cada vez mais concentrada, o que faz com que menor número de moléculas esteja disponível para passar para o estado gasoso. O gráfico a seguir mostra a variação da pressão de vapor do solvente puro e do solvente na solução, em função da temperatura, e os pontos de ebulição do solvente puro e do solvente na solução. Onde: * te é a temperatura de ebulição do solvente puro; * t'e é a temperatura de início da ebulição do solvente na solução. A elevação do ponto de ebulição do solvente (te), ocasionada pela adição de um soluto não volátil, corresponde a diferença entre a temperatura de ebulição do solvente na solução e a temperatura de ebulição do solvente puro. A pressão de vapor do solvente em uma solução de soluto não-volátil é sempre menor que a pressão de vapor do solvente puro. Logo, a energia necessária para que as moléculas do solvente passem da fase líquida para a vapor é maior numa solução, já que as partículas de soluto diminuem a probabilidade de escape (evaporação) das partículas de solvente. Considere, por exemplo, a água sob pressão externa de 760 mmHg (1 atm). * Para que a água entre em ebulição, é necessário que sua pressão de vapor atinja 760 mmHg, ou seja, se iguale à pressão externa, o que irá ocorrer na temperatura de 100 °C. * Adicionando-se à água em ebulição um soluto não-volátil, a solução resultante terá uma pressão de vapor menor do que os 760 mmHg e, portanto, menor do que a pressão externa e a ebulição será interrompida. * A água da solução só entrará em ebulição novamente se receber energia suficiente para que sua pressão de vapor volte a se igualar à pressão externa, o que irá ocorrer numa temperatura superior a 100 °C. A tabela a seguir mostra como o aumento progressivo do número de partículas de sacarose dissolvidas em certa massa de água, ao mesmo tempo em que faz diminuir a pressão de vapor na solução, faz aumentar o ponto de ebulição. Observe que à medida que o solvente vai evaporando, a concentração da solução vai aumentando; por isso, considera-se como ponto de ebulição da água na solução a temperatura em que a ebulição tem início. O caso do café requentado Se requentamos o café em fogo direto e o deixarmos ferver, ele ficará com um "gosto ruim". Por esse motivo, costuma-se reaquecer o café em banho-maria - exatamente como é feito nos bares e padarias. E qual é a vantagem desse procedimento? Depois de preparado, o café constitui uma solução aquosa de muitas substâncias; logo, essa solução somente ferve a uma temperatura superior ao ponto de ebulição da água pura. Desse modo, sendo aquecido em banho-maria, o café nunca irá ferver, conservando um pouco melhor seu aroma e sabor. O mesmo acontece com o leite. O caso do aditivo na água dos radiadores A presença de um soluto não volátil em uma solução dificulta a ebulição do solvente. Por exemplo, quando se dissolve etilenoglicol na água do radiador de um veículo, verifica-se que a água continua líquida, mesmo em temperaturas acima de 100 ºC. Isso é importante porque a água continua a refrigerar o motor sem entrar em ebulição. Pode-se explicar esse aumento na temperatura de ebulição da água observando que o aumento das partículas do soluto em solução diminui a quantidade de vapor produzido pelo solvente, diminuindo a P.M.V. Logo, as moléculas do solvente necessitarão de mais energia para escaparem da fase líquida, a fim de que a P.M.V. se iguale à pressão ambiente. CRIOMETRIA Criometria é o estudo do abaixamento do ponto de solidificação de um solvente quanto nele está dissolvido um soluto. No ponto de solidificação de um determinado líquido puro, ou seja, durante a passagem da fase líquida para a fase sólida, deve haver igualdade entre as pressões de vapor do líquido e do sólido. Consideremos que isso ocorra numa temperatura de 0°C. Se adicionarmos um soluto a esse sistema, formando uma solução ideal, o soluto vai baixar a pressão de vapor da fase líquida e a solidificação será interrompida até que se resfrie a solução, para que a pressão de vapor do sólido se iguale novamente à do líquido, o que irá ocorrer numa temperatura inferior a 0°C. O abaixamento da temperatura de solidificação do solvente (Δtc), ocasionado pela adição de um soluto não volátil, corresponde à diferença entre a temperatura de solidificação do solvente puro (tc) e da temperatura de congelamento do solvente na solução (t'c). Quando uma solução entra em solidificação, o solvente começa a se solidificar primeiro tornando a solução cada vez mais concentrada (lembre- se, por exemplo, de que o gelo formado a partir da água do mar não é salgado); isso faz com que o ponto de solidificação diminua progressivamente. Por esse motivo, considera-se o ponto de solidificação de uma solução como a temperatura em que a solidificação teve início. A mesma variação que ocorre no ponto de congelamento, irá ocorrer no ponto de fusão , já que são processos opostos e reversíveis . Quem congela primeiro: água quente ou água fria? Trata-se do seguinte: colocando-se no congelador dois copos iguais cheios de água, um a temperatura ambiente (30°C) e outro saído da chaleira (70°C), qual congelará primeiro? Surpreendente, a água que inicia mais quente congela primeiro. Bom, na verdade a água quente não congela mais rapidamente que a água fria, é claro. Mas se você ferve água e depois deixa que ela resfrie até a temperatura ambiente, ela congelará mais rapidamente que uma outra quantidade de água que não tenha sido aquecida antes. Estranho? http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html Não, e vamos ver o porquê. Quando você aquece a água, ela perde parte do ar dissolvido nela, que sai em forma de bolhas, e o ar é um mau condutor térmico. Assim, o ar presente na água dificulta as trocas de calor com o meio e dificulta a perda de calor que a água precisa sofrer para que aconteça o congelamento Por essa mesma razão, o gelo formado por água previamente fervida tem densidade maior do que aquele que se obtém com água que não passou por esse processo. Em países muito frios, o que não é o caso do Brasil, os canos de água quente tendem a arrebentar antes do que os de água fria,pois congelam primeiro. O caso do aditivo na água dos radiadores e a adição de sal na neve O etilenoglicol citado anteriormente também é adicionado em motores de veículos em países de clima frio para evitar o congelamento da água. No processo de congelamento, a água sofre expansão, o que aumentaria a pressão nas paredes do motor e poderia levá-lo a rachar. Em países de clima frio, para evitar que a água congele e forme uma camada muito lisa sobre o asfalto, é colocado sal comum para abaixar a temperatura de congelamento da água. Além disso, coloca-se um sal que possui uma dissolução exotérmica (libera calor e derrete o gelo) e areia para aumentar a aderência dos pneus ao solo. Icebergs Sabemos que a água salgada apresenta maior dificuldade para congelar em função da presença do soluto. Portanto, há a necessidade de temperaturas mais baixas para que o congelamento ocorra. Para que o congelamento da água salina ocorra, boa parte do sal é expulso e torna a água congelada com um maior grau de pureza. Dessalinazadores por congelamento Quando a água do mar congela, os cristais formados são constituídos de água pura, pois o sal se separa da água espontaneamente, ficando depositado entre os cristais de gelo. A observação desse fenômeno levou técnicos de vários países a desenvolver o método de obtenção de água doce por congelamento. Nesse caso, o processo consiste em retirar calor da água do mar em vez de fornecê-lo. A retirada de calor de um sistema também exige um consumo de energia, que, como no caso da destilação, pode ser reduzido, desde que a fusão do gelo seja utilizada para retirar calor da nova porção de água a ser congelada. O mais promissor é o denominado processo de refrigerante secundário, que consiste em obter o resfriamento da água do mar fazendo um hidrocarboneto liquefeito e imiscível em água, como o butano, C4H10(cujo ponto de fusão sob pressão de 1 atm é igual a -138oC), passar pelo interior da água salgada. O butano, em contato com a água do mar, que se encontra a uma temperatura mais elevada que seu ponto de fusão, sofre evaporação, ajudando a retirar o calor da água, que se transforma em gelo. O gelo formado é então lavado em uma unidade separadora para retirar o sal que se deposita na superfície dos cristais. O refrigerante (butano) vaporizado passa por uma câmara de compressão e sofre aquecimento, sendo então encaminhado à unidade que contém o gelo lavado, ao qual fornece calor. Com o calor, o gelo funde-se e o refrigerante liquefaz-se, podendo ser novamente utilizado. O rendimento de uma usina de congelamento de médio porte é de ~ 760 mil litros de água dessalinizada por dia. OSMOSCOPIA Difusão é o movimento espontâneo das partículas de uma substância de se espalharem uniformemente em meio a partículas de outra substância ou, então, de atravessarem uma parede porosa. Bexiga de porco, o papel celofane usado em aparelhos de hemodiálise, as paredes de células de organismos e das membranas de porcelana porosa tratadas com ferrocianeto cúprico, Cu2[Fe(CN)6] são denominados membranas semipermeáveis. Recebem esse nome porque permitem a passagem de moléculas do solvente, mas não do soluto (ao contrário da membrana permeável, que permite a passagem de soluto e solvente). A osmose consiste na passagem de solvente através de uma membrana semipermeável de uma solução mais diluída (ou do próprio solvente puro) para uma solução mais concentrada (osmose vem do grego osmós e significa impulso). No caso de duas soluções, a tendência é a de que as soluções acabem atingindo uma mesma concentração em número de partículas dissolvidas. A passagem do solvente para a solução mais concentrada faz com que, na situação de equilíbrio, o nível das duas soluções não seja mais o mesmo. Observe outro esquema: Por que ocorre a osmose? Exemplos de osmose: - Glóbulos vermelhos - Soro fisiológico - Ascensão da seiva nas plantas (Raiz é mais concentrada do que a terra ao redor) - Neutralização de substâncias ácidas nos rios e lagos - Conservação de alimento com excesso de sal http://helpschoolnew.blogspot.com/2011/04/o-caso-do-cafe-requentado.html Imagine agora que, ao invés de duas soluções de concentrações diferentes, fossem utilizadas uma solução e seu solvente, separados por uma membrana semipermeável. Neste caso, haveria a tendência de o solvente deslocar-se na direção da solução, fazendo subir seu nível. Entretanto, se for colocada uma placa sobre a solução e nela for aplicada uma força suficiente, seria possível impedir a ocorrência da osmose. Querendo impedir que a osmose ocorra, teremos de exercer uma pressão sobre o sistema no sentido inverso ao da osmose e de intensidade mínima igual à pressão que o solvente faz para atravessar a membrana semipermeável. Essa pressão é denominada pressão osmótica. É aplicado na Arábia Saudita para obtenção de água potável a partir da água salobra (dessalinização). OSMOSE REVERSA - ÁGUA DOCE A PARTIR DA ÁGUA DO MAR Acredita-se atualmente que a água dos oceanos possa ser a solução para a demanda cada vez maior de água doce (principalmente nas grandes cidades, onde o consumo aumenta mais rápido que a disponibilidade de água doce) pela implementação de processos de dessalinização. Os processos que já demonstram funcionalidade em larga escala são a destilação e o congelamento, que retiram a água do sal, e a eletrodiálise, que retira o sal da água. Além desses, também merecem destaque a osmose reversa e a permuta iônica. A escolha e a aplicação de um desses métodos dependem de vários fatores: resultado desejado, qualidade da água do mar em termos de poluição, forma de energia disponível de mais baixo custo na região, volume de água a ser produzido, existência ou não de mão-de-obra especializada no local, freqüência de uso da instalação, capital inicial de que se pode dispor. Assim, não existe um método que seja melhor que os demais: cada um apresenta vantagens e desvantagens. A pressão osmótica do sangue é de aproximadamente 7,4atm quando comparada com a da água pura. Os glóbulos vermelhos (hemácias) do sangue, assim como todas as células vivas do organismo, são afetados por diferenças de pressão osmótica. Veja o aspecto dessas células em soluções com diferentes concentrações: CÁLCULO DA PRESSÃO OSMÓTICA (Deduzida por Van’T Hoff a partir da Equação de Clapeyron ) Experimentalmente, verificou-se que a pressão osmótica de uma solução é numericamente igual à pressão de um gás ideal, a qual é dada pela equação de Van’t Hoff: A análise dessa equação revela que apenas dois fatores interferem diretamente na pressão osmótica de uma solução: a concentração, em mol.L–1, e a temperatura. A medição da pressão osmótica possui uma aplicação experimental muito importante: a determinação de massas molares dos solutos, principalmente proteínas e polímeros. Osmose x diálise Diálise: membrana permeável à água e pequenas partículas de soluto. Exemplo: Máquinas de rim artificial (hemodiálise) Osmose: membrana permeável somente ao solvente. Coesão e adesão Segundo a teoria da coesão-tensão, as moléculas de água são transportadas nos organismos vegetais através de finíssimos capilares condutores de seiva bruta (xilema), mantendo-se unidas por forças de coesão, formando uma coluna líquida contínua das raízes até as folhas. Conforme as folhas perdem água por transpiração, suas células absorvem a seiva inorgânica dos vasos xilemáticos, provocando uma pressão de sucção que puxa a coluna líquida no interior dos vasos do xilema. Essasucção, induzida pela diferença de concentração colaborada pelo déficit hídrico no extrato arbóreo (somatório da evaporação das folhas), gera um gradiente osmótico desencadeando uma pressão positiva nos capilares desde a raiz, suficiente para sensibilizar a zona pilífera a absorver água contida no solo. Outro aspecto importante no carreamento de água, a dezenas de metros acima do nível do solo, são interações químicas (pontes de hidrogênio), mantidas pela eletronegatividade dos átomos de hidrogênio e oxigênio entre moléculas de água. Toda série de fatores interdependentes contribui com a fisiologia (o funcionamento), no transporte de substância em um organismo vegetal. Parte quantitativa das propriedades coligativas A molalidade (W) é a expressão de concentração de solução utilizada no estudo das propriedades coligativas pelas seguintes razões: * é a única expressão de concentração que relaciona quantidade de soluto dissolvido em determinada massa de solvente (e não de solução); * é uma unidade de concentração que não varia com a temperatura, já que está relacionada à massa de solvente em vez de ao volume (como a maioria das expressões de concentração). Lembrando: Tonoscopia : * Lei de Raoult Numa solução ideal , o abaixamento da pressão máxima de vapor (p) em relação à pressão máxima de vapor do solvente puro (p2) em relação à pressão máxima de vapor do solvente puro (p2) é igual à fração em quantidade de matéria do soluto (X1). * Lei de Babo Onde kt é denominado de constante tonométrica molal (indica o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor que ocorre numa solução 1 molal e pode ser calculado pelo seguinte cálculo: massa molar do solvente \ 1000 Ex: kt da água = 18g \ 1000 = 0,018 Em soluções aquosas diluídas, a molalidade (W) pode ser considerada igual à molaridade (M) . Então, teríamos: Ebulioscopia : * Lei de Raoult A diferença entre o ponto de ebulição do solvente numa solução, t, e o ponto de ebulição do solvente puro, t2, corresponde à elevação ebulioscópica, e, e é diretamente proporcional a concentração molal dessa solução. Onde Ke é a constante ebuliométrica molal (indica o aumento no PE de um solvente puro provocado pela adição de uma quantidade de soluto suficiente p\ formar uma solução de concentração 1 molal) . Podemos calcular da seguinte maneira: Crioscopia : * Lei de Raoult A diferença entre o ponto de solidificação do solvente puro e a temperatura de início de solidificação do solvente em uma solução ideal (abaixamento crioscópico, c) é diretamente proporcional à concentração molal da solução. Onde Kc é a constante crioscópica molal (indica a diminuição na T.C de um solvente provocado pela adição de uma quantidade de soluto suficiente p\ formar uma solução de concentração 1 molal) Podemos calcular da seguinte maneira : Relação entre os efeitos coligativos Se relacionarmos os efeitos coligativos dois a dois, iremos verificar que eles variam proporcionalmente um com o outro. Observe a relação entre o efeito ebuliométrico e o efeito tonométrico: Isso significa que os efeitos ebuliométrico e tonométrico são diretamente proporcionais. No caso do cloreto de sódio, como a dissociação de seus íons irá tomar o número de partículas dissolvidas em água igual ao dobro da quantidade inicialmente adicionada de NaCl, sempre será necessário multiplicar por 2 o valor de sua molalidade para se determinar o número de partículas efetivamente dissolvidas na solução. Este “fator de correção” costuma ser incluído nas expressões matemáticas dos efeitos coligativos; é simbolizado por "i" e é conhecido como 'fator de Van't Hoff: Além da pressão osmótica: π V = nRTi Para eletrólitos cujo processo de separação em íons seja total, o fator de correção será igual ao número de íons correspondentes à fórmula do composto, pois este número irá determinar o aumento do número de partículas em relação à quantidade inicialmente adicionada. O abaixamento relativo não depende da temperatura O ENEM É NOSSO 1) (ENEM) Sob pressão normal (ao nível do mar), a água entra em ebulição à temperatura de 100°C. Tendo por base essa informação, um garoto residente em uma cidade litorânea fez a seguinte experiência: • Colocou uma caneca metálica contendo água no fogareiro do fogão de sua casa. • Quando a água começou a ferver, encostou cuidadosamente a extremidade mais estreita de uma seringa de injeção, desprovida de agulha, na superfície do líquido e, erguendo o êmbolo da seringa, aspirou certa quantidade de água para seu interior, tapando-a em seguida. • Verificando após alguns instantes que a água da seringa havia parado de ferver, ele ergueu o êmbolo da seringa, constatando, intrigado, que a água voltou a ferver após um pequeno deslocamento do êmbolo. Considerando o procedimento anterior, a água volta a ferver porque esse deslocamento: A) permite a entrada de calor do ambiente externo para o interior da seringa. B) provoca, por atrito, um aquecimento da água contida na seringa. C) produz um aumento de volume que aumenta o ponto de ebulição da água. D) proporciona uma queda de pressão no interior da seringa que diminui o ponto de ebulição da água. E) possibilita uma diminuição da densidade da água que facilita sua ebulição. 2) (ENEM) Se, por economia , abaixarmos o fogo sob uma panela de pressão que se inicia a saída de vapor pela válvula, de forma simplesmente a manter a fervura ,o tempo de cozimento : a) Será maior porque a panela “esfria”: b) Será menor, pois diminui a perda de água c) Será maior, pois a pressão diminui d) Será maior, pois a evaporação diminui e) Não será alterado, pois a temperatura não varia 3) (Enem) Osmose é um processo espontâneo que ocorre em todos os organismos vivos e é essencial à manutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC (cloreto de sódio) possui a mesma pressão osmótica das soluções presentes nas células humanas. A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20 mol/L de NaC tem, como consequência, a a) absorção de íons Na+ sobre a superfície da célula. b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula. c) diminuição da concentração das soluções presentes na célula. d) transferência de íons Na+ da célula para a solução. e) transferência de moléculas de água do interior da célula para a solução. 4) (Enem) A cal (óxido de cálcio, CaO), cuja suspensão em água é muito usada como uma tinta de baixo custo, dá uma tonalidade branca aos troncos de árvores. Essa é uma prática muito comum em praças públicas e locais privados, geralmente usada para combater a proliferação de parasitas. Essa aplicação, também chamada de caiação, gera um problema: elimina microrganismos benéficos para a árvore. Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 1 abr. 2010 (adaptado). A destruição do microambiente, no tronco de árvores pintadas com cal, é devida ao processo de a) difusão, pois a cal se difunde nos corpos dos seres do microambiente e os intoxica. b) osmose, pois a cal retira água do microambiente, tornando- o inviável ao desenvolvimento de microrganismos. c) oxidação, pois a luz solar que incide sobre o tronco ativa fotoquimicamente a cal, que elimina os seres vivos do microambiente. d) aquecimento, pois a luz do Sol incide sobre o tronco e aquece a cal, que mata os seres vivos do microambiente. e) vaporização, pois a cal facilita a volatilização da água para a atmosfera, eliminando os seres vivos do microambiente. 5) (ENEM) A lavoura arrozeira na planície costeira da região sul do Brasil comumente sofre perdas elevadasdevido a salinização da água de irrigação, que ocasiona prejuízos diretos, como a redução de produção da lavoura. Solos com processo de salinização avançado não são indicados, por exemplo, para o cultivo de arroz. As plantas retiram a água do solo quando as forças de embebição dos tecidos das raízes são superiores às forças com que a água é retida no solo.WINKEL, H.L.; TSCHIEDEL, M. Cultura do arroz: salinização de solos em cultivo do arroz. Disponível em: http://agropage.tripod.com/saliniza.hml. Acesso em: 25 jun. 2010 (adaptado). A presença de sais na solução do solo faz com que seja dificultada a absorção de água pelas plantas, o que provoca o fenômeno conhecido por seca fisiológica, caracterizado pelo(a) a) aumento da salinidade, em que a água do solo atinge uma concentração de sais maior que a das células das raízes das plantas, impedindo, assim, que a água seja absorvida. b) aumento da salinidade, em que o solo atinge um nível muito baixo de água, e as plantas não tem força de sucção para absorver a água. c) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas não têm força de sucção, fazendo com que a água não seja absorvida. d) aumento da salinidade, que atinge um nível em que as plantas têm muita sudação, não tendo força de sucção para superá-la. e) diminuição da salinidade, que atinge um nível em que as plantas ficam túrgidas e não têm força de sudação para superá-la. 6) (Enem) A tabela a seguir registra a pressão atmosférica em diferentes altitudes, e o gráfico relaciona a pressão de vapor da água em função da temperatura: Um líquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir do momento em que a sua pressão de vapor se iguala à pressão atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela, o gráfico e os dados apresentados, sobre as seguintes cidades: A temperatura de ebulição será: (A) maior em Campos do Jordão. (B) menor em Natal. (C) menor no Pico da Neblina. (D) igual em Campos do Jordão e Natal. (E) não dependerá da altitude. 7) (ENEM-2017-2° aplicação) A horticultura tem sido recomendada para a agricultura familiar, porém as perdas são grandes devido à escasses de processos compatíveis para conservar frutas e hortaliças. O processo, denominado desidratação osmótica, tem se mostrado uma alternativa importante nesse sentido, pois origina produtos com boas condições de armanezamento e qualidade semelhante à matéria-prima. Esse processo para conservar os alimentos remove a água por a) aumento do produto de ebulição do solvente. b) passagem do soluto através de uma membrana semipermeável. c) utilização de solutos voláteis, que facilitam a evaporação do solvente. d) aumento da volatilidade do solvente pela adição de solutos ao produto. e) pressão gerada pela diferença de concentração entre o produto e a solução. 8) (ENEM-2017) Na Idade Média, para elaborar preparados a partir de plantas produtoras de óleos essenciais, as coletas das espécies eram realizadas ao raiar do dia. Naquela época, essa prática era fundamentada misticamente pelo efeito mágico dos raios lunares, que seria anulado pela emissão dos raios solares. Com a evolução da ciência, foi comprovado que a coleta de algumas espécies ao raiar do dia garante a obtenção de material com maiores quantidades de óleos essenciais. A explicação científica que justifica essa prática se baseia na a) volatilização das substâncias de interesse. b) polimerização dos óleos catalisada pela radiação solar. c) solubilização das substâncias de interesse pelo orvalho. d) oxidação do óleo pelo oxigênio produzido na fotossíntese. e) liberação das moléculas de óleo durante o processo de fotossíntese. 9) (ENEM-2017) Alguns tipos de dessalinizadores usam o processo de osmose reversa para obtenção de água potável a partir da água salgada. Nesse método, utiliza-se um recipiente contendo dois compartimentos separados por uma membrana semipermeável: em um deles coloca-se água salgada e no outro recolhe-se a água potável. A aplicação de pressão mecânica no sistema faz a água fluir de um compartimento para o outro. O movimento das moléculas de água através da membrana é controlado pela pressão osmótica e pela pressão mecânica aplicada. Para que ocorra esse processo é necessário que as resultantes das pressões osmótica e mecânica apresentem A) mesmo sentido e mesma intensidade. B) sentidos opostos e mesma intensidade. C) sentidos opostos e maior intensidade da pressão osmótica. D) mesmo sentido e maior intensidade da pressão osmótica. E) sentidos opostos e maior intensidade da pressão mecânica. 10) (ENEM-2017) Uma das estratégias para conservação de alimentos é o salgamento, adição de cloreto de sódio (NaCI), historicamente utilizado por tropeiros, vaqueiros e sertanejos para conservar carnes de boi, porco e peixe. O que ocorre com as células presentes nos alimentos preservados com essa técnica? a) O sal adicionado diminui a concentração de solutos em seu interior. b) O sal adicionado desorganiza e destrói suas membranas plasmáticas. c) A adição de sal altera as propriedades de suas membranas plasmáticas. d) Os íons Na+ e CI— proveniente da dissociação do sal entram livremente nelas. e) A grande concentração de sal no meio extracelular provoca a saída de água de dentro delas 11) (Enem PPL 2019) Em regiões desérticas, a obtenção de água potável não pode depender apenas da precipitação. Nesse sentido, portanto, sistemas para dessalinização da água do mar têm sido uma solução. Alguns desses sistemas consistem basicamente de duas câmaras (uma contendo água doce e outra contendo água salgada) separadas por uma membrana semipermeável. Aplicando-se pressão na câmara com água salgada, a água pura é forçada a passar através da membrana para a câmara contendo água doce. O processo descrito para a purificação da água é denominado a) filtração. b) adsorção. c) destilação. d) troca iônica. e) osmose reversa. 12) (Enem PPL 2018) Bebidas podem ser refrigeradas de modo mais rápido utilizando-se caixas de isopor contendo gelo e um pouco de sal grosso comercial. Nesse processo ocorre o derretimento do gelo com consequente formação de líquido e resfriamento das bebidas. Uma interpretação equivocada, baseada no senso comum, relaciona esse efeito à grande capacidade do sal grosso de remover calor do gelo. Do ponto de vista científico, o resfriamento rápido ocorre em razão da a) variação da solubilidade do sal. b) alteração da polaridade da água. c) elevação da densidade do líquido. d) modificação da viscosidade do líquido. e) diminuição da temperatura de fusão do líquido. CATALISANDO O SEU CONHECIMENTO NÍVEL I 1) (CEFET MG) O Mar Morto corresponde a uma grande extensão de águas localizadas entre Israel e a Jordânia e apresenta alto teor salino, em torno de 300g de sal por litro de água, inviabilizando a vida marinha. Essa característica é responsável pelo fato de suas propriedades serem distintas daquelas pertencentes à água pura, como, por exemplo, a) maior pressão de vapor. b) menor pressão osmótica. c) maior temperatura de fusão. d) menor condutibilidade elétrica. e) maior temperatura de ebulição. 2) Comparando duas panelas, simultaneamente sobre dois queimadores iguais de um mesmo fogão, observa-se que a pressão dos gases sobre a água fervente na panela de pressão fechada é maior que aquela sobre a água fervente numa panela aberta. Nessa situação, e se elas contêm exatamente as mesmas quantidades de todos os ingredientes, podemos afirmar que, comparando com o que ocorre na panela aberta, o tempo de cozimento na panela de pressão fechada será A) menor, pois a temperatura de ebulição será menor. B) menor, pois a temperatura de ebulição será maior. C) menor, pois a temperatura de ebulição não varia com a pressão.D) igual, pois a temperatura de ebulição independe da pressão. E) maior, pois a pressão será maior. 3) (CFTMG) As figuras a seguir representam dois sistemas A e B em aquecimento. Após iniciar a ebulição, um termômetro foi introduzido em cada recipiente e, depois de medidas, as temperaturas foram registradas como AT e BT . Continuando o aquecimento, as temperaturas foram medidas novamente como A 'T e B'T . Em relação aos sistemas observados, é correto afirmar que: a) A A'T T= e B B'T T b) A A'T T= e B B'T T= c) A A'T T e B B'T T= d) A A'T T e B B'T T 4) Em um laboratório, são preparadas três soluções A, B e C, contendo todas elas a mesma quantidade de um único solvente e cada uma delas, diferentes quantidades de um único soluto não volátil. Considerando que as quantidades de soluto, totalmente dissolvidas no solvente, em A, B e C, sejam crescentes, a partir do gráfico abaixo, que mostra a variação da pressão de vapor para cada uma das soluções em função da temperatura, é correto afirmar que, a uma dada temperatura “T”, a) a solução C corresponde à curva I, pois quanto maior a quantidade de soluto não volátil dissolvido em um solvente, menor é a pressão de vapor dessa solução. b) solução A corresponde à curva III, pois quanto menor a quantidade de soluto não volátil dissolvido em um solvente, maior é a pressão de vapor dessa solução. c) as soluções A, B e C correspondem respectivamente às curvas III, II e I, pois quanto maior a quantidade de um soluto não volátil dissolvido em um solvente, maior a pressão de vapor da solução. d) as soluções A, B e C correspondem respectivamente às curvas I, II e III, pois quanto menor a quantidade de um soluto não volátil dissolvido em um solvente, maior a pressão de vapor da solução. e) a solução B é a mais volátil, que é representada pela curva II. 5) Quando um soluto não volátil é adicionado a um determinado solvente puro, uma solução é formada e suas propriedades físico-químicas podem ser alteradas. Este fenômeno é denominado efeito coligativo das soluções. Considere estes efeitos e analise as proposições. I. O abaixamento da pressão máxima de vapor de um líquido faz com que este tenha um maior ponto de ebulição. Tal fato é possível quando uma colher de sopa de açúcar (sacarose) é adicionada a uma panela contendo 1 litro de água, por exemplo. Este fenômeno é conhecido como ebulioscopia ou ebuliometria. II. Uma tática interessante para acelerar o resfriamento de bebidas consiste na adição de sal de cozinha ao recipiente com gelo em que elas estão imersas. Neste caso, o efeito crioscópico está presente. Considerando um número idêntico de mols de cloreto de sódio e brometo de magnésio em experimentos distintos, o efeito coligativo resultante será o mesmo, pois este independe da natureza da substância utilizada. III. A pressão osmótica do sangue humano é da ordem de 7,8 atm devido às substâncias nele dissolvidas. Desta forma, é fundamental que, ao se administrar uma determinada solução contendo um medicamento via intravenosa, a pressão osmótica deste último seja hipotônica em relação à da corrente sanguínea, sob o risco de que as hemácias possam se romper ao absorverem um excesso de partículas administradas. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I é verdadeira. b) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. e) Somente a afirmativa III é verdadeira. 6) (UFMG) Analise o gráfico a seguir, em que estão representadas as curvas de pressão de vapor em função da temperatura para três solventes orgânicos – éter etílico, CH3CH2OCH2CH3, etanol, CH3CH2OH, e tetracloreto de carbono, CCℓ4. A partir da análise desse gráfico, é CORRETO afirmar que A) o CCℓ4 apresenta maior pressão de vapor. B) o CCℓ4 apresenta menor temperatura de ebulição. C) o etanol apresenta interações intermoleculares mais fortes. D) o éter etílico apresenta maior volatilidade. 7) (UEL-PR) Leia as afirmações referentes ao gráfico que representa a variação da pressão de vapor em equilíbrio com a temperatura. I. As forças de atração intermoleculares das substâncias apresentadas, no estado líquido, aumentam na seguinte ordem: dietiléter < butan-2-ol < butan-1-ol. II. O ponto de ebulição normal é a temperatura na qual a pressão de vapor do líquido é igual à pressão de uma atmosfera. III. A pressão de vapor de um líquido depende da temperatura; quanto maior a temperatura, maior a sua pressão de vapor. IV. À medida que a pressão atmosférica sobre o líquido é diminuída, é necessário elevar a sua temperatura, para que a pressão de vapor se iguale às novas condições do ambiente. Entre as afirmativas, estão CORRETAS A) I, II e IV. B) II, III e IV. C) I, III, e IV. D) I, II, III e IV. E) I, II e III. 8) (UFSCar-SP) As curvas de pressão de vapor, em função da temperatura, para um solvente puro, uma solução concentrada e uma solução diluída são apresentadas na figura a seguir. Considerando-se que as soluções foram preparadas com o mesmo soluto não volátil, pode-se afirmar que as curvas do solvente puro, da solução concentrada e da solução diluída são, respectivamente, A) I, II e III. B) I, III e II. C) II, III e I. D) II, I e III. E) III, II e I. 9) (PUC-PR) Volumes iguais de duas soluções, sendo uma de glicose (solução X) e outra de sacarose (solução Y), são postos em contato através de uma membrana semipermeável (permeável à água e não permeável à glicose e sacarose). Com o passar do tempo, houve alteração no nível de líquido dos compartimentos, conforme mostrado nos esquemas anteriores. Com base nessas informações, podemos afirmar que A) a solução Y é hipotônica em relação a X. B) a solução Y é mais diluída que X. C) a solução Y tem maior pressão osmótica que X. D) a solução X é hipertônica em relação a Y. E) a solução X tem maior pressão osmótica que Y 10) (PUC - GO) Considere o fragmento: “— Não há exterminado. Desaparece o fenômeno; a substância é a mesma. Nunca viste ferver água? Hás de lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de contínuo, e tudo fica na mesma água. Os indivíduos são essas bolhas transitórias.” (ASSIS, Machado de. Quincas Borba. 18. ed. São Paulo: Ática, 2011. p. 26-28.) Ao se colocar uma panela com água mineral para aquecer em um fogão em Goiânia, observa-se que, mesmo que a temperatura esteja abaixo do ponto de evaporação, há a formação de bolhas. Somente com a temperatura próxima de 98ºC é que há a evolução muito violenta de bolhas. A respeito dessa constatação, analise as afirmativas a seguir: I. A pressão de vapor diminui com a altitude. II. Crioscopia é a passagem de água do meio menos concentrado para o meio mais concentrado. III. Ebulioscopia é o estudo do abaixamento da temperatura de ebulição da solução devido à presença de um soluto. IV. A formação de bolhas na etapa inicial do aquecimento também tem a ver com os gases dissolvidos na água. Em relação às proposições analisadas, assinale a única alternativa cujos itens estão todos corretos: a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. 11) (Unicamp 2017) O etilenoglicol é uma substância muito solúvel em água, largamente utilizado como aditivo em radiadores de motores de automóveis, tanto em países frios como em países quentes. Considerando a função principal de um radiador, pode-se inferir corretamente que a) a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol deve começar a uma temperatura mais elevada que a da água pura e sua ebulição, a uma temperatura mais baixa que a da água pura. b) a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol deve começar a uma temperatura mais baixa que a da água purae sua ebulição, a uma temperatura mais elevada que a da água pura. c) tanto a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol quanto a sua ebulição devem começar em temperaturas mais baixas que as da água pura. d) tanto a solidificação de uma solução aquosa de etilenoglicol quanto a sua ebulição devem começar em temperaturas mais altas que as da água pura. 12) (UFU-MG) Os habitantes das regiões áridas percebem que os lagos de água salgada têm menor tendência para secar que os lagos de água doce. Esse fato deve-se à a) menor dissolução de gases atmosféricos nos lagos de água salgada, devido à elevada concentração salina que acentua o efeito tonoscópico. b) alta evaporação da água dos lagos salgados, em função do efeito ebulioscópico causado pelos sais dissolvidos. c) maior concentração de solutos eletrólitos não voláteis dissolvidos nos lagos de água salgada, acentuando o efeito tonoscópico. d) elevada presença de não eletrólitos dissolvidos na água salgada, produzindo menor efeito tonoscópico. 13) Por que a adição de certos aditivos na água dos radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da mesma, e também o seu congelamento, quando comparada com a da água pura? a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da água pura. b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um aumento no ponto de ebulição e de fusão. (C) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do radiador, que passa então a absorver energia mais eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição e de fusão quando comparados com a água pura. (D) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução formada com relação à água pura, causando um aumento do ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão. (E) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água, causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição. 14) No passado se fazia sorvete, colocando o recipiente com seu preparado líquido em outro recipiente contendo a mistura de gelo com sal. Essa técnica permitia que o sorvete se formasse, pois a) a mistura de gelo com sal chega a temperaturas menores que 0oC, resfriando o líquido do sorvete até congelá-lo. b) o gelo tem sua temperatura de congelamento aumentada pela presença do sal, resfriando o líquido do sorvete para congelá-lo. c) a temperatura de congelamento do gelo, pelo efeito crioscópico, é alterada, independentemente da quantidade de sal. d) o sal diminui a temperatura de fusão do gelo, sem, contudo, alterar seu estado físico, fazendo com que o sorvete se forme. 15) Em países onde os invernos são rigorosos, coloca-se sobre os leitos das ruas consideradas prioritárias ao trânsito uma mistura de cloreto de sódio , cloreto de cálcio , e areia para diminuir os riscos de derrapagens dos veículos durante os períodos de nevadas. Cada um desses produtos tem uma função definida, que associadas são muito eficientes, nas quais, podemos observar quando: a) o cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , absorve calor e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. b) O cloreto de sódio eleva o ponto de congelamento da água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , absorve calor e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. c) O cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , libera calor e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. d) O cloreto de sódio abaixa o ponto de congelamento da água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , sofre um processo endotérmico e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. e) O cloreto de sódio eleva o ponto de congelamento da água; o cloreto de cálcio , quando se dissolve , sofre um processo endotérmico e a areia aumenta a aderência dos pneus ao solo. 16) Em um acampamento à beira- mar, um campista conseguiu preparar arroz cozido utilizando-se de água, arroz e uma fonte de aquecimento. Quando este mesmo campista foi para uma montanha a 3 000 m de altitude, observou, ao tentar cozinhar arroz, que a água: a) fervia, mas o arroz ficava cru, porque a água estava fervendo a uma temperatura inferior a 100°C devido ao abaixamento de sua pressão de vapor. b) fervia rapidamente, porque a temperatura de ebulição estava acima de 100 °C devido à rarefação do ar e ao consequente aumento de sua pressão de vapor c) fervia rapidamente, porque a temperatura de ebulição estava acima de 100 °C devido à baixa pressão atmosférica. d) não fervia, porque a baixa umidade e temperatura aumentaram a pressão de vapor do líquido a ponto de impedir que entrasse em ebulição. e) fervia tão rapidamente quanto ao nível do mar e apresentava ponto de ebulição idêntico, pois se tratava do mesmo composto químico e, portanto, não poderia apresentar variações em seus “pontos cardeais, ou seja, os pontos de fusão e de ebulição e sua densidade. 17) A figura a seguir representa o fracionamento de um sistema homogêneo, por vaporização completa do solvente. Durante a ebulição, a temperatura do sistema pode ser acompanhada pelo termômetro, conforme indicado na figura. No final do processo, o sistema apresenta apenas o sal que estava dissolvido em água. Na vaporização, o comportamento da temperatura em função do tempo é representado pelo gráfico: 18) O gráfico apresenta a variação do volume de glóbulos vermelhos no sangue quando imersos em soluções isotônica, hipotônica e hipertônica, não necessariamente nesta ordem: No gráfico, as soluções isotônica, hipotônica e hipertônica são, respectivamente, as soluções (A) 1, 2 e 3. (B) 2, 1 e 3. (C) 1, 3 e 2. (D) 2, 3 e 1. (E) 3, 1 e 2. 19) Uma solução aquosa de nitrato de potássio (KNO3) é aquecida de maneira uniforme, em um recipiente aberto. Durante o aquecimento, ocorre a evaporação do solvente, e a temperatura aumenta para valores superiores a 100 °C. O experimento ocorre em um local cuja pressão atmosférica é igual a 1 atm e a temperatura de ebulição da água é igual a 100 °C. Que gráfico representa corretamente a curva de aquecimento do experimento descrito? NÍVEL II 1) (Unicamp 2020) O “Ebulidor de Franklin” é um brinquedo constituído de dois bulbos de vidro conectados por um tubo espiralado, preenchido com líquido colorido. Seu uso consiste em encostar a mão na base do bulbo inferior, fazendo com que o líquido seja aquecido e ascenda para o bulbo superior. Popularmente, a libido de uma pessoa é avaliada com base na quantidade de líquido que ascende. O sucesso de venda, obviamente, é maior quanto mais positivamente o brinquedo indicar uma “alta libido”. Abaixo apresenta-se um gráfico da pressão de vapor em função da temperatura para dois líquidos, A e B, que poderiam ser utilizados para preencher o “Ebulidor de Franklin”. Considerando essas informações, é correto afirmar que a pressão no interior do brinquedo a) não se altera durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido A teria mais sucesso de vendas. b) aumenta durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido A teria mais sucesso de vendas. c) não se altera durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido B teria mais sucesso de vendas. d) aumenta durante o seu uso, e o ebulidor com o líquido B teria mais sucesso de vendas. 2) (Ufrgs 2019) A água é fundamental para a vida conhecida na Terra, de modo que a busca de planetas habitáveis ou com vida normalmente envolve, entre outros aspectos, a procura pela existência de água. Considere as afirmações abaixo, a respeito da água na biosfera. I. A água é decomposta em oxigênio e hidrogênio, através da respiração dos peixes. II. A água do mar é inadequada
Compartilhar