Buscar

Gestão de Resíduos Sólidos - Resumo

Prévia do material em texto

GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS – RESUMO
 Gestão Dos Resíduos sólidos
- Modelo de produção atual baseado no consumismo e no desequilíbrio do meio ambiente;
- Impactos voltam-se ao ser humano com situações atípicas e emergenciais – enchentes, pandemias, epidemias e alagamentos  despreparo mundial quanto à prevenção;
- Covid-19: chegada tardia, resposta descentralizada e ignora as recomendações da OMS
- Geração de resíduos sólidos intrínseca ao ser humano – interdisciplinar, mas é um componente do saneamento básico (drenagem das águas pluviais, esgotamento sanitário, resíduos sólidos, abastecimento de água)
- Diversidade de atores envolvidos: responsabilidade compartilhada
- Antes de considerar GRS na pandemia - considerar desafios anteriores (universalização e gestão integrada) e ações internacionais (como outros países agem)
- GRS: responsabilidade do município: 2 caminhos
· Coleta regular e indiferenciada: coleta regular, transporte e disposição final
· Coleta seletiva: fração seca e resíduos recicláveis – mais atores envolvidos – coleta seletiva, triagem dos materiais coletados, venda dos recicláveis e reciclagem
Quando o material não tem valor comercial é considerado rejeito
· Impacto dos resíduos gerados na pandemia da covid-19
- Resíduos gerados por infectados – normas de descarte
- Flutuação na geração de resíduos (isolamento) – redução da geração em 23 capitais
- Coleta seletiva – manutenção x suspensão, venda de materiais em queda
- Trabalhadores da cadeia de gestão de resíduos: de empresa privada, poder publico e colaboradores (autônomos, cooperativas – vulnerabilidade maior)
- Coleta: dificuldade na definição de que era um serviço essencial – resposta atrasada e reativa, gerando riscos aos envolvidos
- Como afetou a cadeia: instabilidade na prestação de serviço, sem clareza das diretrizes, riscos ocupacionais e sociais, maior vulnerabilidade e desorientação da população
- Entidades representativas que se preocuparam: ABES, ISWA, Assemae, Cempre
- Orientações: manter a coleta regular, higienização dos espaços e EPIS, pagamentos pelos serviços, sem consenso quanto a coleta seletiva (recomendaram interrupção ou manter em cooperativas – caso haja capacidade e viabilidade)
- Como prevenir: definir como serviço essencial, fortalecer o planejamento, articular atores, reconhecer o trabalho dos catadores, comunicação (sociedade informada e participante)
- Reflexos ao longo prazo: eletroeletrônicos, logística reversa, obsolescência programa x ecodesign, aumento do uso de recicláveis, mascaras e luvas, contaminação de resíduos
Lixo x resíduo
- A geração de resíduos está intimamente associada à história do homem. 
Quando o homem era nômade ocorria a geração de resíduos. Conforme a história se avança, o homem se organiza em sociedade e novas tecnologias são criadas, a geração de resíduo muda em quantidade, natureza e impactos (revolução industrial). 
- Passa-se a ter preocupação não somente com a geração do resíduo, mas sim quanto ao descarte ou reincorporação
- Obsolescência programada: vida útil determinada pelo fabricante do produto
- Obsolescência percebida: em função de marketing, de hábitos de consumo envolvendo questões culturais
- Obsolescência técnica: limitação tecnologia do produto
- Lixo: qualquer material sem valor ou utilidade ou detrito oriundo de trabalhos domésticos, industriais, etc que se joga fora
- Gestão: conjunto de normas e diretrizes que regulamentem os arranjos institucionais, os instrumentos legais e os mecanismos de financiamento
- Gerenciamento: realização do que a gestão delibera, através de ação administrativa, de controle e planejamento de todas as etapas do processo
- A disposição final não é feita de forma correta, é necessário reduzir a quantidade de resíduos (redução, reutilização, reciclagem, tratamento) e adequar as formas de disposição.
· Classificação:
· Fonte geradora: domiciliar, limpeza urbana, comercial, saneamento básico, industrial, serviços de saúde, construção civil, agrossilvopastoril, mineração
· Periculosidade: perigoso (inflamável, corrosivo, reativo, tóxico, patogênico, carcinogênico, teratogênico e mutagênico) e não perigoso (inerte e não inerte)
Perigoso: risco à saúde publica ou ao meio ambiente, DL50 oral, CL50, DL50 dérmica
· Natureza física: seco ou molhado
· Grau de biodegrabilidade: fácil, moderado, difícil e não biodegradável
· Forma de destinação: compostável, reciclável e rejeito
· Plano Nacional de Resíduos sólidos
Não se aplica aos rejeitos radioativos, que são regulados por legislação específica – CNEN
Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. 
Ex: pedaços de pano sujos, papel toalha sujo, papel higiênico, fraldas, espumas, borrachas, pinceis, panos e estopas
Resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;
Gerenciamento de resíduos sólidos: ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada ou plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
Gestão integrada de resíduos sólidos: ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável.
Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.
Padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços para atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades de gerações futuras. Ex: estimulo de consumo de eletrodomésticos da linha branca
Área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos
Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados de acordo com sua constituição ou composição
Geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades como o consumo
Destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos - reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação, aproveitamento energético ou outras destinações - admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, SNVS e Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos
Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos
Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos.
Reutilização: processo de aproveitamento dosresíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos.
POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS NO BRASIL
Nuances históricas: caráter exploratório, questões urbanísticas e sanitárias, inserção de aspectos de conservação ambiental.
1964: Estatuto da Terra
1965: Código Florestal
1967: Política Nacional de Saneamento básico
1981: Política Nacional do meio Ambiente
- Intenção de equilibrar crescimento econômico e preservação ambiental
- Incorporação de instrumentos pela PNRS: padrões de qualidade ambiental, avaliação de impacto ambiental e licenciamento de atividade poluidora
- Herança descentralizadora: responsabilidade compartilhada 
1997: Plano Nacional de Recursos Hídricos
1998: Lei de Crimes Ambientais
- Sanções penais e administrativas derivadas de atividades lesivas ao meio ambiente
- Causar poluição por lançamento de resisduos sólidos em desacordo com as lei
- Manipula, acondiciona, armazena, coleta transporta, reutiliza, recicla ou da destinação final à resíduos perigosos de forma diversa
1999: Plano Nacional de Educação Ambiental
2007: Lei Federal de Saneamento Básico
- Principal normativa reguladora dos serviços de saneamento básico
- Abastecimento de água potável: gerenciamento de resíduo domiciliar e originário de varrição e limpeza urbana; 
- Coleta, transporte e tratamento e disposição final adequados doa esgotos sanitária;
- Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas
- Incentivar cooperação entre entes federativos: > cobertura de serviços de saneamento
- Visando a universalização e maior qualidade
2010: Plano Nacional de Resíduos Sólidos
Responsabilidade estadual:
 - Integração para planejamento e execução de funções públicas; 
- Controle e fiscalização das atividades geradoras sujeitas a licenciamento ambiental;
- Apoiar e priorizas inciativas municipais consorciadas ou compartilhadas;
- Fornece ao SINIR informações sobre resíduos estaduais;
Plano Estadual dos Resíduos Sólidos (PERS): Visão sistêmica
· Gestão integrada e compartilhada
· Cooperação e responsabilidade
· Promoção dos padrões sustentáveis de produção e consumo
· Prevenção da poluição
· Minimização de resíduos
· Direito à informação
· Educação Ambiental
· Princípio do poluidor pagador
· Consonância com políticas estaduais
· Reconhecimento dos resíduos como bem econômico
Urbanização + crescimento populacional + descartabilidade de produtos + obsolescência programada
- Agenda 21: manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos
- Antes da PNRS: Leis pontais e específicas que não entram em alguns detalhes necessários a fim de atender as demandas 
Destaque dos PNRS: Redução, reuso e reciclagem
· Eficiência, ciclo de vida, plano de resíduos, poluidor pagador
· Extinção dos lixões e regularização doa catadores
· Logística reversa, acordo setorial e responsabilidade compartilhada
· União entre Estado, municípios, sociedade civil e setor produtivo
Ordem de prioridade para a gestão:
 Redução  reutilização  reciclagem  tratamento  disposição final adequada
Nova forma de pensar e gerir os resíduos sólidos no Brasil: 3 fases de evolução
- Tradicional: tratar e dispor resíduos
- Intermediário: redução, reciclagem e coleta seletiva
- Atual: não geração, reutilização, tratamento, logística reversa e ecoeficiência
- “novos velhos” conceitos: poluição + limpa x ecoeficiência; avaliação do ciclo de vida x logística reversa
- Novo marco: encerramento de aterros sanitários irregulares até 2024
- Marco regulatório: novo rigor e coerências - busca trazer implementação de ações que sejam coordenada e integradas e envolvam e responsabilizem os atores envolvidos
PNRS: ainda não é uma realidade, sofrendo postergações e prorrogações de prazos
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
Soma de:
- Resíduos domiciliares: oriundos de atividades domesticas (matéria orgânica, papel/papelão, alumínio, vidro, plásticos, tetrapack e rejeitos)
- Resíduos de limpeza urbana: oriundos de varrição, limpeza de logradouros e vias públicas.
· Etapas de gerenciamento dos resíduos domiciliares:
Se resíduo não for coletado, nenhuma outra etapa acontece, por isso é importante a universalização da coleta no país. 
Varrição: recolhimento, ensacamento e remoção de resíduos sólidos existentes nas vias urbanas, podendo ser manual ou mecanizada. NBR 12980/93 e NBR 43,464/95
- Dimensionamento: dados do setor, situação atual, produtividade dos funcionários ou equipamentos, frequência, rotas.
Acondicionamento: utilizar embalagens adequada ao tipo de resíduos, às características físicas e de forma de remoção.
Armazenamento: ocorre quando a coleta não é diária ou em edifícios
Coleta: recolher resíduos domiciliares de qualquer natureza utilizando equipamentos adequados (regular e seletiva – recolhimento de materiais recicláveis).
- Etapas: levantamento de dados; informações sobre equipamentos, itinerários, tempos, distâncias; dimensionamento dos distritos de coleta; divulgação à população, avaliação dos resultados, roteirização das vias.
- Coleta seletiva: 
- Vantagens de coleta seletiva: redução de custos disposição final em aterros, aumenta a vida útil dos aterros, diminui os gastos com remediação de áreas degradadas, educação e conscientização ambiental, geração de empregos diretos e indiretos, regaste dos indivíduos através de cooperativas de catadores. 
A coleta seletiva pode ser: informa (catadores autônomos), pontos de entrega voluntárias (depósitos físicos para que o cidadão entregue voluntariamente o resíduo) e porta a porta (caminhão não é compactador, em dia e horário diferente da coleta regular).
- Planejamento, operação e manutenção.
Transporte: transportar resíduos domiciliares de qualquer natureza utilizando veículos apropriados.
- Critérios de escolha: tipo de resíduo, quantidade, custos dos equipamentos, operações e manutenções, características das vias, densidade populacional e de tráfego.
- Tipo compactador é mais adequado para a coleta regular.
Transbordo ou estação de transferência: instalação que permite transferência do resíduo recolhido para outro meio de transporte maior e que possa vencer grandes distancias com menor ocupação de mão de obra. Busca minimizar o uso de veículos coletores no transporte de longas distâncias.
- Problemas com a distância entre a coleta e o aterro: atrasos nos roteiros, aumento do tempo improdutivo da guarnição, redução da produtividade dos veículos coletores, aumento dos custos de transportes. Solução: estação de transferência.
- Modalidades: ferroviárias, marítimo e rodoviário
- sem redução de volume (veiculo despeja o resíduo em veiculo numa cota inferior) e com redução de volume (compactadores estacionários, auto compactação, redução em moinho)
Disposição final
Aterro: local para a disposição final ambientalmente adequada de rejeitos, observando normas operacionais específicas para evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
· Formas inadequadas de disposição: 
Lixões: descarga sobre o solo sem medidas de proteção ao meio ambiente ou a saúde pública, causando impactos no ar, solo e águas subterrâneas de forma exacerbada.
Disposição em lixões é um crime ambiental de acordo com a Lei de Crimes ambientais
- Céu aberto, presença de coletores e animais, sem impermeabilização de base, sem tratamento do chorume ou dispersão de gases, instabilidade do maciço, produção de ruídos e poeiras na operação.
Aterro controlado: “melhoria” de algumas características de lixões de forma a reduzir impactos (captação e queima de gás metano) ou aterro sanitário licenciado não controlado/monitorado adequadamente (perda da drenagem do chorume)
- Confinamento dos resíduos sólidos, grandes áreas, desvalorização imobiliária das áreas destinadas ao aterro controlado, sem impermeabilização de base, sem tratamento do chorume ou dispersão de gases, produção de ruídos e poeiras na operação.
· Formas adequadas de disposição: 
Aterro sanitário: disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos à saúde pública e à sua segurança,reduzindo impactos ambientais. 
Confiar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzir ao menor volume permissível, cobrindo com uma camada de terra na conclusão de casa jornada de trabalho;
- Confinamento dos resíduos sólidos, grandes áreas, possibilidade de poluição quando planejado e operado inadequadamente, período longo para estabilizar o solo.
- Controla a proliferação dos vetores, sistema de tratamento de chorume ou de dispersão de gases, impermeabilização de base, custos de manutenção inferiores aos de usinas de compostagem, áreas de triagem e instalações de incineração.
Impactos: Geração de líquidos percolados, geração de gases, exalação de odor e poluição sonora e desvalorização imobiliária.
· Critérios para implantação de aterros sanitários:
CONAMA 00/86: Estudo de impacto ambiental e Relatório de impacto do meio ambiente
SMA 54/04: Relatório ambiental preliminar, Termo de Referência e Instrumento preliminar para exigência ou dispensa do EIA/RIMA 
Licença prévia: aprova a localização e concepção do empreendimento;
Licença de instalação: autoriza a instalação
Licença de operação: autoriza a operação do empreendimento
Obtenção do licenciamento ambiental
< 25 ton/dia: RAP, 25 – 100 ton/dia: RAP + EIA/RIMA e > 100 ton/dia: Obrigatório EIA/RIMA
Seleção da área: 
- Dados gerais (população, caract. quali e quantitativa dos RS e gerenciamento dos RS);
- Dados geológicos (declividade, textura do solo, permeabilidade, nível do lençol freático e substrato rochoso);
- Dados dobre águas superficiais (mananciais, bacias, qualidade das águas e APP);
- Dados sobre clima (regime de chuvas, direção e intensidade dos ventos);
- Dados sobre legislações municipal, estadual e federal;
- Dados socioeconômicos (políticos, valor da terra, uso do solo, distância do centro...)
Elaboração do projeto: - Projeto
- Instalações de apoio
- Tipo e forma de impermeabilização do solo
- Definir sistemas de tratamento para os líquidos percolados
- Material utilizado na cobertura diária
- Forma de operação e infraestrutura necessária.
Implantação: 
- Ações mitigadoras: impermeabilização, drenagem de percolados e de águas pluviais, drenos de gás, cobertura diária, restrição urbana e tratamento dos líquidos percolados;
- Monitoramento: análise periódica das águas superficiais e subterrâneas, eficiência do sistema de tratamento.
· Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): 
- Precária afetando a saúde pública e o meio ambiente além de proliferar vetores;
- Pequenos geradores não apresentam possuem infraestrutura para realizar o adequado gerenciamento de RSS;
- Parte dos resíduos domiciliares possuem características semelhantes aos de RSS;
- 2000-09: estabelecimentos de saúde são obrigados a apresentar PGRSS;
- Responsabilidade da gestão e do gerenciamento dos RSS fica a cargo dos geradores;
Geradores: serviços cujas atividades estejam relacionadas à saúde humana ou animal: serviços de assistência domiciliar, laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerários e serviços de embalsamento; serviços de medicina legal; drogarias e farmácias; estabelecimento d ensino e pesquisa na área da saúde; centro de controle de zoonoses; distribuidora de produtos farmacêuticos ou de materiais e controle para diagnostico in vitro; unidades móveis de atendimento de saúde; serviços de acupuntura, piercing e tatuagem; salões de beleza e estética.
- Fatores determinantes na gestão do RSS: geração, legislação e custo de gerenciamento
- Regulamentação: Anvisa, Resolução RDC nº 222/18 e Conama, Resolução nº 358/2005
· Classificação:
Grupo A: potencialmente infectantes, ou seja, que podem possuir agentes biológicos e representam um risco de contaminação. Ex: amostras de sangue
Grupo B: materiais químicos, que podem possuir características como corrosividade, inflamabilidade, toxicidade. Ex: regentes de laboratório e filmes de raio X
Grupo C: materiais que possuem carga radioativa acima do permitido
Grupo D: resíduos comuns gerados nas atividades diárias desde que não tenham sofrido nenhuma contaminação
Grupo E: Materiais perfurocortantes. Ex: agulhas, bisturis, ampolas de vidro
- Quantificação: dado importante para o gerenciamento adotado com base na taxa de geração, que difere de acordo com o estabelecimento;
· Manejo: 
Segregação: separação do resíduo de acordo com suas características físicas, biológicas e químicas, a sua espécie, estado físico e classificação.
Acondicionamento: contenedores resistentes impermeáveis no momento e no local da sua geração de acordo com a classificação e estado físico.
Identificação: medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes – NBR 7500
Coleta e transporte interno: recolhimento e transporte ate a sala de resíduo ou expurgo (temporário ou externo) em recipientes específicos
Armazenamento: guarda dos recipientes de resíduos ate a coleta externa em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.
Tratamento: método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo o eliminando o risco de contaminação, acidentes ou danos. Pode ser feio pelo gerador ou em outro estabelecimento.
Transporte externo: remoção do RSS do abrigo ate a unidade de tratamento os disposição final utilizando meios que garantam as condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, população e meio ambiente.
Disposição final: disposição em locais previamente preparados para recebe-los, obedecendo critérios técnicos de construção e operação e com licenciamento ambiental.
Resíduos de construção civil
Resíduos de Construção Civil: 
- Segundo PNRS: 
Gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis.
- Segundo o Conama nº 307/2002 – trata da gestão de RCC
Conama 448/2012 altera os artigos 2º, 4º 5º, 6º 8º 9º, 10º e 11º da Resolução 307/2002
Provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica, comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha
Geradores: pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos - grande gerador > 1 ou 2m³/dia e pequeno gerador até 1 ou 2m³/dia
· Classificação:
Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados e componentes cerâmicos, argamassa e concreto
Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações como plásticos, metais, madeira, embalagens vazias de tintas imobiliárias e gesso
Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologia ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação
Classe D: resíduos perigosos como tintas, óleos e amianto deve ser mandado pra unidades de tratamento ou aterro industrial
- Perdas em processos construtivos de 15% a 20% da massa total dos materiais, porém depende da característica tecnológica da obra.
- Investir na industrialização da construção civil pode minimizar impactos e reduzir a quantidade de resíduos gerados
- Construção sustentável: perspectiva econômico, funcional, ambiental, humano e social
- Construção no Brasil: grandes traços artesanais, projetos pouco elaborados, má qualidade dos materiais, má qualificação da mão-de-obra, falta de acompanhamento.
- Impactos negativos: poluição, obstrução dos sistemas de drenagem, proliferação de animais peçonhentos e vetores de doença, presença de outros tipos de resíduos da caçamba, poluição visual e física, assoreamento, interrupção das vias e desperdício.
- Principais resíduos: tijolos, concretos e argamassas, madeiras, cerâmicas, fibrocimento e gesso (gesso não deve ser enterrado como os outros RCC, ele pode ser reciclado)
- O plano municipalda gestão de RCC pode estar dentro da gestão de resíduos sólidos ou de saneamento
· Gerenciamento integrado de resíduos da construção civil
- Acondicionamento realizado em caçambas – não deve ultrapassar um nível
- Gestão corretiva para descarte clandestino: falta de soluções para captar os resíduos, aumento de áreas, atração de novos tipos de resíduos, limpeza das áreas, esgotamento de bota-foras, custo elevado.
Ecopontos para descarte correto – não são mais tão eficientes quanto antigamente
Recebimento, triagem, acondicionamento temporário e transbordo para destinação final
 - Incentivar a entrega voluntária
 - Formalizar os pequenos coletores
 - Planejar a posição geográfica;
 - Triagem no Local
 - Participação de prefeituras e instituições de ensino na elaboração
 - Áreas de até 1000m² e aceita normalmente até 1m³/dia/pessoa
- Técnicas de reutilização e reciclagem
 Resíduos industriais
Resíduos sólidos industriais: resíduos que resultem de atividades industriais e que se encontrem nos estados sólido, semissólido, gasoso - quando contido, e líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgoto ou corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição.
· Classificação segundo a NBR 10.004: 
Classe I: Perigosos com riscos à saúde ao meio ambiente (inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade);
Classe II: Não perigosos 
- A: Não inertes – considera combustibilidade, biodegradabilidade solubilidade em água Inflamabilidade (se converte em chamas) ≠ combustibilidade (propagar o fogo)
- B: Inertes – solubilização: nenhum dos constituintes solubilizados, concentrações inferiores aos padrões, com exceção de aspecto cor, turbidez e sabor
Resíduos radioativos – legislação especifica – CNEN
A classificação envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características e a comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo o impacto a saúde e ao meio ambiente é conhecido
Laudo de classificação: origem do resíduo, processo de segregação, descrição dos critérios adotados na escolha dos parâmetros analisados
NBR 10.005: lixiviação de resíduos - separação de substâncias contidas nos resíduos industriais por lavagem ou percolação;
NBR 10.006: solubilização de resíduos – tornar as amostras de um resíduo solúvel em água a fim de medira a sua concentração no extrato;
NBR 10.007: amostragem de resíduos sólidos – amostrar ara ser analisado como representante de um todo.
Inventário Nacional de Resíduos industriais: conjunto de informações sobre a geração, características, armazenamento, transporte, tratamento, reutilização, reciclagem recuperação e disposição final dos resíduos sólidos gerados pelas indústrias do país.
· Abordagem da Gestão Ambiental empresarial: mudança ao longo do tempo
Década de 50/60: disposição - não havia responsabilidade empresarial com o impacto ambiental;
Década de 70/80: tratamento – responsabilidade empresarial isolada
Década de 90/atual: prevenção - integração total da responsabilidade na cultura empresarial.
Diferença entre a abordagem convencional e a PML
· Gerenciamento de resíduos industriais
Prevenção a poluição (ou PML): qualquer prática, processo, técnica ou tecnologia que visem a redução e/ou eliminação de resíduos na fonte geradora
Um diagnóstico traz a relação entre causa e efeito de cada fase da produção – melhor eficiência da produção – estratégia econômica
PNRS ao impulsionar a PML traz a incorporação de uma nova postura em empresas e organizações atuando de maneira preventiva.
Avaliação do ciclo de vida: análise dos sistemas de produção e serviço, considerando aspectos ambientais da produção ao descarte final estabelecendo vínculos entre esses aspectos e categorias de impacto potencial ligadas ao consumo de recursos naturais, saúde humana e ecologia.
Reutilização: não ocorre transformação do mesmo.
Acondicionamento: recipientes compatíveis com os resíduos gerados, apresentando resistência física, durabilidade e estarem adequados ao equipamento de transporte.
Coleta, armazenamento e transporte: sejam feitos todos os cuidados para que não hajam riscos, pois a grande parte dos acidentes ocorrem nessas etapas.
Cadri: instrumento que aprova o encaminhamento de resíduos industriais a locais de reaproveitamento, armazenamento, tratamento ou disposição final, licenciados pela CETESB.
Reciclagem: transformação de materiais previamente triados para posterior utilização.
Bolsa de resíduos: busca promover a livre negociação entre industrias conciliando ganhos econômicos com grandes ganhos ambientais a partir da troca de informações sobre os resíduos disponíveis. 
Tratamento: deve levar em consideração as características do resíduo e dos processos produtivos – secagem e desidratação (lodo), neutralização (ácidos e bases fortes), flotação (metais pesados), osmose reserva, troca iônica, eletroadsorção, incineração etc.
Disposição final: instalações, processos e procedimentos que visam disposição final ambientalmente adequado dos resíduos em consonância com as exigências de órgãos ambientais competentes
- Landfarming (STRS): solo por meio de suas propriedades físicas, químicas e biológicas promove a biodegradação, desintoxicação, transformação ou imobilização dos constituintes dos resíduos tratados minimizando os riscos de contaminação ambiental.
- Aterro industrial: forma de disposição final no solo para evitar poluição ambiental e sem causar riscos à saúde pública.
- Encapsulamento: imobilização de resíduos perigosos transformados em materiais menos poluentes através de adição de um composto aglomerante ou processos físicos que alteram sua solubilidade e/ou toxicidade.
· Estratégia de gestão de resíduos sólidos industriais
Vantagens e desvantagens fórum:
-

Continue navegando