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Desenho de Moda

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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
Desenho De MoDa
Profª. Lais Estefani Hornburg
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Profª. Lais Estefani Hornburg
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
H814d
 Hornburg, Lais Estefani
 Desenho de moda. / Lais Estefani Hornburg. – Indaial: UNIASSELVI, 
2021.
 286 p.; il.
 ISBN 978-65-5663-522-4
 ISBN Digital 978-65-5663-523-1
 1. Croqui. – Brasil. 2. Desenho de moda. – Brasil. II. Centro 
Universitário Leonardo da Vinci.
CDD 746.92
apresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático da disciplina de 
Desenho de Moda, ao final dos seus estudos espera-se que você domine as 
técnicas de representação de desenhos de ilustrações de moda feminina, 
masculina e infantil.
Na Unidade 1, abordaremos a evolução da representação da figura 
humana ao longo da história, as diferenças nas medidas de um croqui real 
para um croqui de moda, os materiais utilizados para fazê-los e como fazer o 
desenho de rosto e de corpo de uma figura de moda feminina.
Em seguida, na Unidade 2, estudaremos sobre o desenho de ilustração 
de moda masculina, infantil e adolescente, considerando o corpo, as feições e 
as poses indicadas em diferentes idades.
Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre os desenhos de trajes 
e roupas femininas, masculinas e infantis. Além do caimento de tecidos, 
as representações de estampas, texturas, padrões, técnicas de pintura e 
acabamento.
Bons estudos!
Profª. Lais Estefani Hornburg
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto 
para você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA ..................... 1
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA .................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A EVOLUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA ............................................ 3
2.1 O DESENHO NA PRÉ-HISTÓRIA ............................................................................................... 4
2.2 O DESENHO EGÍPCIO .................................................................................................................. 4
2.3 A REPRESENTAÇÃO NA IDADE ANTIGA E MORDERNA ................................................. 5
2.4 O HOMEM VITRUVIANO............................................................................................................ 7
3 A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA EM CÂNONES ............................................... 8
3.1 AS PROPORÇÕES DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA ....................................................... 11
3.2 A ESQUEMATIZAÇÃO DA FIGURA DE MODA ................................................................... 14
4 OS MATERIAIS UTILIZADOS NO DESENHO DE MODA ................................................... 17
4.1 TIPOS DE PAPEL .......................................................................................................................... 17
4.2 GRAFITES/LÁPIS ........................................................................................................................ 19
4.2.1 Borrachas .............................................................................................................................. 20
 4.3 LÁPIS DE COR .............................................................................................................................. 20
4.4 TINTA AQUARELA, GUACHE E ACRÍLICA ......................................................................... 22
4.4.1 Pincéis .................................................................................................................................... 23
4.5 NANQUIM .................................................................................................................................... 24
4.6 MARCADORES ............................................................................................................................ 25
4.7 GIZ PASTEL SECO ....................................................................................................................... 26
4.8 GIZ PASTEL OLEOSO ................................................................................................................. 26
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 28
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 29
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA 
 FEMININA .................................................................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 31
2 DESENHANDO OS ELEMENTOS DO ROSTO FEMININO .................................................. 31
2.1 O DESENHO DOS OLHOS E SOBRANCELHAS ................................................................... 32
2.2 O DESENHO DE BOCAS ............................................................................................................ 35
2.3 O DESENHO DO NARIZ ............................................................................................................ 39
 2.4 O DESENHO DE DIFERENTES TIPOS DE CABELOS ........................................................... 41
3 O DESENHO FRONTAL DA CABEÇA FEMININA .................................................................. 45
3.1 OS DIFERENTES TIPOS/FORMAS DOS ROSTOS .................................................................. 48
4 O DESENHO EM ¾ DA CABEÇA FEMININA ...........................................................................49
5 O DESENHO EM PERFIL DA CABEÇA FEMININA ................................................................ 52
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 56
TÓPICO 3 — DESENHANDO O CORPO DE UM CROQUI DE MODA FEMININA .......... 59
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 59
2 DESENHANDO AS FORMAS BÁSICAS DA FIGURA HUMANA ....................................... 59
2.1 DESENHANDO PÉS .................................................................................................................... 59
2.1.1 Desenhando os pés com calçado ....................................................................................... 63
2.2 DESENHANDO PERNAS .......................................................................................................... 64
2.3 DESENHANDO MÃOS .............................................................................................................. 66
2.4 DESENHANDO BRAÇOS ........................................................................................................... 69
2.5 DESENHANDO A DEFINIÇÃO DO TRONCO FEMININO ................................................ 71
3 DESENHANDO O CROQUI DE MODA FEMININA COMPLETO ...................................... 74
3.1 DESENHANDO O CROQUI NA POSIÇÃO FRONTAL ........................................................ 74
3.2 DESENHANDO O CROQUI NA POSIÇÃO EM “S” .............................................................. 77
3.3 DESENHANDO O CROQUI NA POSIÇÃO DE COSTAS ..................................................... 78
3.4 DESENHANDO O CROQUI NA POSIÇÃO ¾ ....................................................................... 80
3.5 DESENHANDO O CROQUI NA POSIÇÃO PERFIL.............................................................. 83
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 86
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 92
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 93
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 95
UNIDADE 2 —DESENHANDO O CROQUI DE MODA MASCULINA E INFANTIL ......... 97
TÓPICO 1 — O CROQUI DE MODA MASCULINA ................................................................... 99
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 99
2 AS DIFERENÇAS DO CROQUI DE MODA MASCULINA .................................................... 99
2.1 AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS DO CROQUI FEMININO E MASCULINO ...................... 99
2.2 AS FORMAS BÁSICAS DO CORPO MASCULINO E SUA MUSCULATURA ................ 101
2.2.1 O desenho das mãos e braços masculinos ..................................................................... 103
2.2.2 O desenho de pernas e pés masculinos .......................................................................... 106
3 DESENHANDO O CROQUI MASCULINO .............................................................................. 108
3.1 O CROQUI MASCULINO EM DIFERENTES POSIÇÕES.................................................... 111
4 DESENHANDO A CABEÇA DO CROQUI MASCULINO .................................................. 115
4.1 O MAPA FACIAL E PROPORÇÕES DO ROSTO FRONTAL NO CROQUI 
 MASCULINO .............................................................................................................................. 115
4.2 COMO DESENHAR A VISTA ¾ DO ROSTO MASCULINO .............................................. 117
4.3 COMO DESENHAR A VISTA PERFIL DO ROSTO MASCULINO .................................... 119
4.4 CONFERINDO ATITUDE AO ROSTO MASCULINO ......................................................... 120
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 125
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 126
TÓPICO 2 — O CROQUI DE MODA INFANTIL ....................................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 129
2 COMO DESENHAR CRIANÇAS DE DIFERENTES IDADES .............................................. 129
2.1 DESENHANDO OS ELEMENTOS DO CORPO DE CRIANÇAS ....................................... 130
2.2 DESENHANDO BEBÊS ............................................................................................................. 135
2.3 DESENHANDO CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS DE IDADE .................................................. 137
2.4 DESENHANDO CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE IDADE .................................................. 139
2.5 DESENHANDO CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS DE IDADE ................................................ 141
3 DESENHANDO A CABEÇA DO CROQUI INFANTIL ........................................................ 142
3.1 O MAPA DO ROSTO INFANTIL E SUAS PROPORÇÕES .................................................. 143
3.2 DESENHANDO A CABEÇA INFANTIL NA POSIÇÃO FRONTAL, PERFIL E ¾ ......... 146
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 149
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 150
TÓPICO 3 — O CROQUI DE MODA ADOLESCENTE ............................................................. 153
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 153
2 DESENHANDO CROQUIS DE MODA PRÉ-ADOLESCENTES .......................................... 153
2.1 DESENHANDO O CROQUI DE MODA PRÉ-ADOLESCENTE FEMININO .................. 154
2.2 DESENHANDO O CROQUI DE MODA PRÉ-ADOLESCENTE MASCULINO .............. 155
2.3 COMPARANDO O PRÉ-ADOLESCENTE MASCULINO E FEMININO .......................... 158
3 DESENHANDO CROQUIS DE MODA ADOLESCENTES ................................................... 159
3.1 DESENHANDO O CROQUI DE MODA ADOLESCENTE FEMININO ........................... 159
3.2 DESENHANDO O CROQUI DE MODA ADOLESCENTE MASCULINO ....................... 161
4 POSES E EXEMPLOS DE CROQUIS DE MODA ADOLESCENTES .................................. 163
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 166
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 172
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 173
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 175
UNIDADE 3 — TÉCNICAS DE REPRESENTAÇÃO DE TRAJES, TECIDOS E 
 ESTAMPAS ............................................................................................................. 177
TÓPICO 1 —TRAJES E DETALHES DOS TRAJES ..................................................................... 179
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................179
2 PANEJAMENTO .............................................................................................................................. 179
3 DESENHANDO ROUPAS FEMININAS .................................................................................... 182
3.1 DESENHANDO SAIAS E SEUS CAIMENTOS...................................................................... 182
3.2 DESENHANDO SHORTS E CALÇAS .................................................................................... 188
3.3 DESENHANDO BLUSAS, DECOTES E GOLAS ................................................................... 191
3.4 DESENHANDO JAQUETAS, BLAZERS E SOBRETUDOS ................................................. 196
3.5 DESENHANDO VESTIDOS CURTOS .................................................................................... 200
3.6 DESENHANDO VESTIDOS LONGOS ................................................................................... 203
3.7 DESENHANDO ACESSÓRIOS FEMININOS ........................................................................ 206
3.7.1 Desenhando cintos............................................................................................................. 206
3.7.2 Desenhando bolsas ............................................................................................................ 208
3.7.3 Desenhando joias ............................................................................................................... 210
3.7.4 Desenhando chapéus ........................................................................................................ 212
4 DESENHANDO ROUPAS MASCULINAS ................................................................................ 214
4.1 DESENHANDO CALÇAS MASCULINAS ............................................................................ 214
4.2 DESENHANDO CAMISAS E JAQUETAS MASCULINAS ................................................. 216
4.3 DESENHANDO TERNOS E BLAZERS ................................................................................... 220
4.4 DESENHANDO ACESSÓRIOS MASCULINOS .................................................................... 223
4.4.1 Desenhando lenços e gravatas ......................................................................................... 223
4.4.2 Desenhando óculos de sol ................................................................................................ 224
4.4.3 Desenhando chapéus e bonés .......................................................................................... 226
5 DESENHAHANDO ROUPAS INFANTIS .................................................................................. 228
5.1 DESENHANDO DETALHES DOS TRAJES INFANTIS ....................................................... 229
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 235
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 236
TÓPICO 2 —DESENHANDO ESTAMPAS E PADRÕES ........................................................... 239
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 239
2 TIPOS DE DESENHO DE ESTAMPA ......................................................................................... 239
2.1 ESTAMPA LOCALIZADA ....................................................................................................... 239
2.2 ESTAMPA CORRIDA ................................................................................................................ 240
3 DESENHOS DE ESTAMPAS ......................................................................................................... 242
3.1 REPRESENTANDO LISTRAS E XADREZES ......................................................................... 243
3.2 REPRESENTANDO ESTAMPAS FLORAIS ............................................................................ 245
3.3 REPRESENTANDO ESTAMPA ANIMAL PRINT ................................................................. 246
3.4 REPRESENTANDO ESTAMPA CAMUFLADA E GEOMÉTRICA ..................................... 247
4 TÉCNICAS DE PINTURA ............................................................................................................. 249
4.1 PINTURA COM LÁPIS DE COR .............................................................................................. 249
4.2 PINTURA COM MARCADOR ................................................................................................. 254
4.3 PINTURA COM AQUARELA .................................................................................................. 255
4.4 PINTURA COM GUACHE ....................................................................................................... 258
4.5 PINTURA COM GIZ PASTEL .................................................................................................. 260
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 263
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 264
TÓPICO 3 — REPRESENTANDO TECIDOS EM DESENHOS DE MODA .......................... 267
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 267
2 DESENHANDO TRICÔS E LÃS .................................................................................................. 267
2.1 DESENHANDO TRICÔS .......................................................................................................... 267
2.2 DESENHANDO LÃS ................................................................................................................. 269
3 REPRESENTANDO TECIDOS TRANSPARENTES .............................................................. 271
3.1 DESENHANDO RENDAS ........................................................................................................ 272
3.2 DESENHANDO TULE .............................................................................................................. 273
4 REPRESENTANDO PELES E OUTROS TECIDOS TEXTURIZADOS .............................. 275
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 278
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 283
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 284
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 286
1
UNIDADE 1 — 
A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE 
MODA FEMININA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
 A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	compreender	a	evolução	do	desenho	da	figura	humana	a	partir	da	história;
•		identificar	as	características	dos	materiais	utilizados	para	a	realização	de	
desenhos	de	moda;
•	entender	os	procedimentos	e	proporções	para	desenhar	o	rosto	de	uma	
ilustração	de	moda;
•		aprender	o	passo	a	passo	para	desenhar	o	croqui	de	moda	completo	nas	
posições	frontal,	em	“S”,	de	costas,	¾	e	perfil.
	 Esta	unidade	está	dividida	em	três	tópicos.	No	decorrer	da	unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO	1	–		A	 HISTÓRIA	 E	 OS	 MATERIAIS	 PARA	 O	 DESENHO	 DE	
MODA
TÓPICO	2	–	 DESENHANDO	 A	 CABEÇA	 DE	 UMA	 ILUSTRAÇÃO	 DE	
MODA	FEMININA
TÓPICO	3	–		DESENHANDO	 O	 CORPO	 DE	 UM	 CROQUI	 DE	 MODA	
FEMININA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilitea concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O 
DESENHO DE MODA
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico,	 no	 Tópico	 1,	 abordaremos	 uma	 breve	 visão	 da	 história	
do	 desenho	 do	 corpo	 humano	 e	 como	 ele	 foi	 evoluindo	 com	 o	 decorrer	 dos	
acontecimentos,	iniciando	na	Pré-História,	em	que	se	desenhava	apenas	esboços	
estilizados.
Você	perceberá	que,	com	a	evolução	da	humanidade,	os	desenhos	também	
foram	evoluindo,	 como	no	Egito,	 cujas	 ilustrações	 representavam	seus	deuses,	
mas	que	ainda	não	traziam	a	proporção	correta	do	corpo.
Depois	de	vermos	as	ilustrações	do	Egito,	estudaremos	a	Idade	Antiga	e	
a	Moderna,	começaremos	vendo	a	preocupação	em	desenhar	o	mais	próximo	de	
realidade.	Para	finalizarmos	esse	tópico,	estudaremos	o	Homem	Vitruviano,	por	
Leonardo	da	Vinci,	em	que	se	começou	a	desenhar	o	corpo	humano	a	partir	de	
medidas	comparativas.
Na	sequência,	apresentaremos	as	diferenças	de	medidas	de	um	corpo	real	
para	uma	ilustração	de	moda,	em	que	geralmente	é	mais	comprido	e	esguio	para	
a	representação	com	mais	detalhes	nas	peças	de	roupas	e	o	caimento	dos	tecidos.
Você	estudará	sobre	as	diferentes	maneiras	de	iniciar	um	croqui	a	partir	
do	desenho	de	 linhas	e	 formas	geométricas,	que	 facilita	o	processo	criativo	de	
criar	poses	a	partir	das	articulações	do	corpo	humano.
Por	 último,	 serão	 mostrados	 materiais	 que	 podem	 ser	 utilizados	 para	
desenhar	 e	 pintar	 as	 ilustrações	 de	 moda,	 bem	 como	 suas	 características	 e	
finalidades.
2 A EVOLUÇÃO DA REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA
Antes	 do	 desenho	 se	 tornar	 como	 ele	 é	 hoje,	 houve	 uma	 série	 de	
aprendizados	 que	 foram	 sendo	 adquiridos	 ao	 longo	 dos	 anos,	 por	 isso,	 neste	
momento,	estudaremos	a	história	da	ilustração	do	corpo	humano.	
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
4
2.1 O DESENHO NA PRÉ-HISTÓRIA
Os	desenhos	da	figura	humana	são	mais	antigos	do	que	imaginamos,	as	
primeiras	 aparições	datam	da	Pré-História,	 o	 que	 significa	que	o	homem	 teve	
uma	longa	trajetória	de	aprendizado	com	os	desenhos.
O	 homem	 primitivo	 desenhava	 o	 corpo	 humano	 como	 uma	 forma	 de	
registrar	 a	 sua	 presença	 no	 tempo	 e	 seus	 traços	 eram	 estilizados.	No	 Período	
Paleolítico,	a	representação	do	corpo	era	parecida	com	o	que	chamamos	hoje	de	
desenho	João	palito	(KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).	A	Figura	1	mostra	
um	exemplo	de	como	o	ser	humano	era	retratado	na	Pré-História,	observe	que	os	
traços	não	tinham	muita	definição	e	apenas	conseguimos	identificar	que	possui	
braços,	pernas,	cabeça	e	tronco.
FIGURA 1 – O DESENHO NA PRÉ-HISTÓRIA
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/prehistoric-art-wall-painting-neolithic-
-cave-1017191893>. Acesso em: 23 mar. 2021.
Na	 Pré-História,	 o	 homem	desenhou	 os	 animais	 de	 forma	muito	mais	
realística	do	que	a	figura	humana,	possivelmente,	pelos	animais	 estarem	mais	
associados	à	sobrevivência.	Já	na	Era	Neolítica,	a	representação	da	figura	humana	
estava	associada	a	rituais	e	crenças,	por	isso	possuíam	mais	detalhes,	mas	eram	
distorcidas	da	realidade	(KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).
2.2 O DESENHO EGÍPCIO
Com	a	evolução	da	existência	humana,	começou-se	a	acreditar	em	religião,	
espiritualidade,	deuses	etc.	Logo	a	figura	humana	começou	a	ser	representada	
pela	 sociedade	 egípcia	 como	 deuses	 imortais	 que	 simbolizavam	 a	 eternidade	
(KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
5
Essas	representações	da	figura	humana	eram	realizadas	simetricamente,	
com	riqueza	de	detalhes,	como	joias	e	adornos,	as	formas	eram	estáticas,	rígidas	
e	 formais,	 aplicando-se	 a	 lei	 da	 frontalidade,	 basta	 observar	 que	 as	 pernas	 e	
pés	nunca	estão	de	 frente	nos	desenhos	como	na	Figura	2	a	 seguir	 (KONELL;	
ODORIZZ;	KREISCH,	2016).
FIGURA 2 – O DESENHO DA FIGURA HUMANA NO EGITO
FONTE: <https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/temple-kom-ombo-agricultural-town-
-egypt-1650121924>. Acesso em: 23 mar. 2021.
É importante observar que essa forma de representação não é realística, pois 
o corpo humano não consegue ficar nessa posição, veja você mesmo testando fazer essa 
mesma pose da Figura 2 na frente do espelho.
INTERESSA
NTE
2.3 A REPRESENTAÇÃO NA IDADE ANTIGA E MORDERNA
Na	Idade	Antiga,	nos	povos	gregos	e	romanos,	que	são	tidos	como	os	mais	
evoluídos	comparados	a	outras	culturas,	o	homem	e	a	mulher	foram	representados	
como	deuses,	principalmente	 em	esculturas	 e	 cerâmicas,	 as	 formas	 eram	mais	
realísticas,	 de	 acordo	 com	 o	 corpo	 humano	 (KONELL;	 ODORIZZ;	 KREISCH,	
2016).	A	figura	3	mostra	um	jarro	da	Idade	Antiga	que	mostra	a	representação	de	
homens	e	mulheres	interagindo,	com	a	inserção	de	objetos	e	acessórios.
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
6
FIGURA 3 – A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA POR GREGOS E ROMANOS
FONTE: Konell, Odorizz e Kreisch (2016, p. 8)
Perceba	que	a	forma	humana	passa	a	ser	representada	tridimensionalmente,	
ganha	 movimentos	 onde	 são	 inseridos	 músculos	 e	 detalhes	 minuciosos	 da	
realidade	(KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).
Já	na	Idade	Moderna,	as	ilustrações	começaram	a	apresentar	personalidade,	
com	expressiva	percepção	do	claro	e	escuro	que	é	o	oposto	do	que	vimos	na	arte	
primitiva	 (KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).	A	Figura	4	mostra	uma	das	
obras	de	Michelangelo	para	exemplificar	essa	técnica.
FIGURA 4 – O DESENHO DA FIGURA HUMANA NA IDADE MODERNA
FONTE: <https://bit.ly/3vTiZAp>. Acesso em: 24 mar. 2021.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
7
Nota-se	que	a	figura	humana	é	um	fator	importante	da	história,	ora	ela	é	
uma	representação	estilizada	ou	representa	deuses,	ora	é	o	retrato	da	realidade	
humana,	bem	como	os	seus	comportamentos,	a	partir	das	poses	e	gestos	utilizados	
nas	obras	(KONELL;	ODORIZZ;	KREISCH,	2016).
2.4 O HOMEM VITRUVIANO
Com	o	passar	do	tempo,	o	homem	começou	a	observar	mais	as	diferenças	
dos	corpos	humanos	e,	a	partir	do	ano	de	1480,	começaram-se	pesquisas	sobre	suas	
proporções,	para	compreender	a	forma,	o	volume,	a	estrutura	e	os	movimentos	
que	o	corpo	exerce.
Leonardo	 da	 Vinci	 (1452-1519)	 foi	 um	 artista	 renascentista	 que	 iniciou	
um	destes	estudos	sobre	a	anatomia	e	fisiologia	do	corpo	humano,	porém	seu	
livro	 intitulado	Da figura humana	 nunca	 foi	 concluído.	 Em	 suas	 pesquisas,	 o	
artista	comparou	seus	dados	sobre	as	medidas	do	corpo	humano	com	a	 teoria	
da	antiguidade	chamada	o	Homem de Vitrúvio,	que	dizia	que	um	homem	com	as	
pernas	e	os	braços	abertos	caberia	dentro	de	um	quadrado	e	um	círculo	perfeito	
e	o	umbigo	corresponderia	ao	centro	do	corpo	humano,	que	você	pode	observar	
na	Figura	5	a	seguir.
FIGURA 5 – O HOMEM VITRÚVIO DE LEONARDO DA VINCI
FONTE: <https://santhatela.com.br/wp-content/uploads/2018/02/da-vinci-homem-vitruviano-d.
jpg>. Acesso em: 24 mar. 2021.
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
8
Da	Vinci	é	considerado	até	hoje	o	renascentista	que	mais	se	dedicou	ao	
estudo	das	proporções	do	corpo	humano	e	por	isso	é	um	clássico	da	literatura	na	
área.	A	partir	dos	estudos	de	Da	Vinci,	os	desenhos	começaram	a	seguir	cânones	
com	medições	e	proporções	mais	assertivas	do	que	anteriormente.
3 A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA HUMANA EM CÂNONES
De	 acordo	 com	 Bryant	 (2012),	 os	 gregos	 antigos	 tinham	 por	 beleza	
o	 desenho	 nas	 proporções	 corretas,	 devido	 a	 isso,	 a	 figura	 clássica	 usava	 a	
cabeça	 como	unidade	de	medida	para	determinar	os	pontos	de	 referências	de	
determinadas	partes	do	corpo,	a	figura	clássica	ideal	apresenta	oito	cabeças,	como	
no	exemplo	da	Figura	6	a	seguir.
FIGURA 6 – EXEMPLO DE UNIDADE DE MEDIDA EM CABEÇAS
FONTE: Machado e Flores (2013, p. 269)
O	cânone	clássico	vem	do	greco-romano,	que	se	constrói	a	partir	de	oito	
módulos	(cabeças)	de	altura	por	dois	de	largura.	Esse	sistema	de	módulos	ajuda	
a	 entender	 a	 anatomia	 do	 corpo	 e	 facilita	 a	 representaçãoda	 figura	 humana	
(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).	A	Figura	7	apresenta	o	cânone	masculino	e	feminino	
para	exemplificar.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
9
Cânone é o nome utilizado para descrever o desenho do corpo humano a 
partir de fórmulas matemáticas estabelecidas em módulos para desenhar corretamente as 
proporções do corpo (FERNÁNDEZ; ROIG, 2010).
NOTA
FIGURA 7 – O CÂNONE DIVIDIDO EM MÓDULOS
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 34) 
A	figura	construída	com	oito	módulos	é	a	estrutura	real	do	corpo	humano,	
ou	seja,	é	considerado	seu	esqueleto	e	sua	estrutura	muscular,	mas	a	figura	de	
moda	não	segue	a	estrutura	normal,	é,	na	verdade,	uma	versão	mais	alongada,	
a	Figura	8	apresenta	as	diferenças	da	proporção	de	uma	figura	 real	para	uma	
figura	de	moda,	observe	que	nesse	exemplo	a	figura	de	moda	possui	9,5	cabeças	
de	comprimento	(ABLING,	2011).
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
10
FIGURA 8 – AS DIFERENÇAS ENTRE A FIGURA REAL E A DE MODA
FONTE: Abling (2011, p. 9) 
O	fato	da	figura	de	moda	ser	mais	alongada	que	a	figura	real,	segundo	
Abling	 (2011),	 não	 significa	 uma	 alteração	 positiva	 ou	 negativa	 do	 corpo	
humano,	 essa	 alteração	 é	 justificada	 pela	 quantidade	 de	 detalhamentos	 que	
exigem	os	desenhos	de	roupas	e	acessórios	de	moda	e	a	figura	alongada	facilita	a	
representação	dos	elementos	necessários.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
11
Comparada	ao	desenho	clássico,	a	figura	de	moda	ou	croqui,	não	exige	
uma	 aproximação	 com	 a	 realidade,	 a	 proporção	 estilizada	 pode	 ser	 decidida	
pelo	designer,	desde	que	seja	utilizada	as	técnicas	de	desenho	em	módulos	para	
desenhar	o	corpo	de	uma	forma	equilibrada	(BRYANT,	2012).
3.1 AS PROPORÇÕES DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA
Segundo	Fernández	e	Roig	(2010),	utilizar	o	cânone	de	oito	cabeças	(oito	
módulos)	é	interessante	para	estudos	em	geral,	mas	para	o	desenho	de	moda	não	
é	adequado,	nas	escolas	de	design	de	moda,	trabalha-se	com	uma	média	de	nove	
a	dez	cabeças,	distribuídas	principalmente	nas	pernas,	isso	faz	com	que	lembrem	
o	corpo	das	modelos	nas	passarelas.
A	 Figura	 9	mostra	 o	 sistema	de	 divisão	 em	módulos	 aplicado	 a	 uma	
figura	feminina	de	8,5	cabeças,	podemos	observar	as	coincidências	anatômicas	
que	nos	podem	 ser	úteis	para	desenhar.	O	primeiro	módulo	 corresponde	 ao	
tamanho	da	cabeça,	o	segundo	indica	a	posição	dos	seios	e	das	axilas,	o	terceiro	
coincide	 com	 o	 umbigo	 e	 os	 cotovelos	 e	 o	 quarto	 indica	 a	 altura	 da	 pelve	
(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
O termo pelve trata da posição da virilha no croqui, é a cavidade no extremo 
inferior do tronco.
NOTA
FIGURA 9 – AS MEDIDAS DO CORPO FEMININO A PARTIR DE MÓDULOS
FONTE: Fernández e Roing (2010, p. 35)
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
12
Para	quem	está	começando	do	zero,	uma	boa	maneira	de	começar	uma	
figura	 de	 moda	 é	 usar	 um	 guia	 da	 nove	 cabeças,	 observando	 as	 referências	
verticais	e	as	larguras	em	cada	parte	do	corpo,	com	o	tempo	e	habilidade,	você	
poderá	criar	seu	próprio	tamanho	e	estilo	de	desenho,	medindo	e	replicando	em	
nove	espaços	iguais	(BRYANT,	2012).	Observe	a	Figura	10	com	um	exemplo	de	
croqui	de	9,5	cabeças	e	as	posições	de	cada	parte	do	corpo	feminino.
FIGURA 10 – A FIGURA DE MODA FEMININA COM 9,5 CABEÇAS
Ombros	11/2 cabeça	de
largura	@	11/2 cabeça
Parte	de	baixo	do	tórax
Cintura	3/4 de	cabeça	de	
largura	@	3	cabeças	
Parte	de	cima	do	quadril
Parte	de	baixo	do	quadril
11/2 cabeça	de	largura
@	4	cabeças	
Joelho	@	61/2 cabeças
Calcanhar	@	9 cabeças
Linha de Equilíbrio
O	desenho	de	moda	não	precisa	ser	um	bicho	de	sete	cabeças,	uma	maneira	
simples	de	entender	a	construção	do	corpo	feminino	é	transformando-o	em	formas	
geométricas,	o	tronco	pode	ser	dividido	em	dois	e	o	tórax	e	o	quadril	podem	ser	
representados	por	dois	trapézios,	como	na	Figura	11	a	seguir	(BRYANT,	2012).
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
13
FIGURA 11 – DESENHANDO O TRONCO COM FORMAS GEOMÉTRICAS
FONTE: Bryant (2012, p. 37)
Segundo	Abling	(2011),	além	das	formas	geométricas,	a	anatomia	humana	
também	pode	ser	representada	em	forma	de	esqueleto,	espirais,	gestos,	cilindros,	
cones	 e	 músculos,	 a	 Figura	 12	 apresenta	 um	 exemplo	 destas	 seis	 técnicas	 de	
desenho	para	interpretação	de	poses.
FIGURA 12 – FORMAS DE DESENHAR A ANOTOMIA DO CORPO
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
14
FONTE: Abling (2011, p. 10)
Muitas	 pessoas,	 ao	 desenhar	 o	 corpo	 humano,	 desistem	 na	 primeira	
forma	desenhada	no	papel,	isso	se	deve	a	termos	um	pré-julgamento	do	resultado	
antes	mesmo	de	ele	 estar	 completo,	 é	 importante	 sempre	 considerar	que	bons	
desenhistas	também	começaram	fazendo	esboços	até	melhorar	suas	técnicas	e	se	
tornarem	grandes	nomes	da	arte.
Assista ao vídeo Desenhando croqui de moda frente e costas: nove cabeças, 
disponível no canal do YouTube Universo da Vitoria para entender ainda melhor sobre 
como desenhar os croquis femininos.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=ciI6CsrdoDw>. Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
3.2 A ESQUEMATIZAÇÃO DA FIGURA DE MODA
A	esquematização	de	uma	figura	de	moda	nada	mais	é	do	que	um	esboço	
de	linhas	e	formas	que	podem	te	ajudar	a	iniciar	um	desenho	de	poses	de	forma	
simples	 e	 resumida,	 fazer	 a	 esquematização	 ajuda	 a	 descomplicar	 a	 tarefa	 de	
desenhar	um	corpo	humano	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
15
Montar	essa	esquematização	faz	com	que	você,	como	ilustrador,	pare	de	
se	fixar	em	detalhes	e	ver	a	figura	humana	com	um	conjunto	articulado,	pensando	
no	movimento	dos	membros	e	as	relações	de	proporções	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	
2010).	 “A	 figura	 pode	 ser	 constituída	 como	 se	 fosse	 de	 arame.	 O	 tronco	 e	 os	
membros	aparecem	definidos	com	linhas	curvas,	que	se	modificam	à	medida	que	
a	postura	do	 corpo	 se	 altera”	 (FERNÁNDEZ;	ROIG,	 2010,	 p.	 37).	A	Figura	 13	
exemplifica	como	são	feitos	os	desenhos	esquematizados.
FIGURA 13 – ESQUEMATIZAÇÃO DA FIGURA HUMANA
FONTE: Fernández e Roing (2010, p. 37)
Segundo	Abling	(2011),	o	importante	na	esquematização	é	sempre	começar	
pela	cabeça,	depois	desenhar	o	tronco	e,	na	sequência,	o	ilustrador	pode	decidir	
se	prefere	desenhar	primeiro	os	braços	ou	as	pernas.	Vale	lembrar	de	tirar	o	medo	
do	papel	e	fazer	vários	desenhos	até	começar	a	atingir	um	resultado	satisfatório.
Os	esboços	também	já	podem	trazer	um	certo	volume,	colocando	algumas	
formas	com	traços	rápidos.	A	Figura	14	apresenta	um	exemplo	do	desenvolvimento	
de	um	croqui	com	essa	técnica.
FIGURA 14 – O PASSO A PASSO PARA DESENHAR UMA ESQUEMATIZAÇÃO
FONTE: Abling (2011, p. 72)
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
16
Outra	estratégia	é	montar	a	esquematização	da	figura	utilizando	formas	
geométricas	simples,	como	cilindros,	esferas,	trapézios,	ovais	e	triângulos.	Assim,	
você	começará	a	ver	formas	e,	se	quiser,	pode	inserir	luz	e	sombra	e,	então,	também	
terás	volume,	como	nos	exemplos	da	Figura	15	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
FIGURA 15 – A FIGURA HUMANA COM FORMAS GEOMÉTRICAS SIMPLES
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 37)
Sabemos	que	desenhar	a	figura	humana	pela	primeira	vez	pode	ser	difícil	
quando	 não	 se	 sabe	 por	 onde	 começar,	 pode	 parecer	 clichê,	mas	 essa	 é	 uma	
habilidade	que	se	conquista	com	a	prática,	seguindo	o	processo	de	desenho	em	
módulos,	com	o	tempo,	você	adquirirá	experiência	e	poderá	criar	suas	próprias	
poses	de	forma	independente.
Como	citado	anteriormente,	a	figura	de	moda	pode	ser	desenhada	com	
nove	a	dez	cabeças.	Para	escolher	o	tamanho	ideal	para	o	seu	projeto,	segundo	
Bryant	(2012),	é	preciso	considerar	como	o	ilustrador	quer	montar	o	seu	portfólio,	
o	interessante	é	sempre	manter	um	formato	de	papel	padrão,	por	exemplo,	o	A3	
ou	o	A4,	para	que	todas	as	ilustrações	fiquem	com	o	mesmo	tamanho.
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
17
4 OS MATERIAIS UTILIZADOSNO DESENHO DE MODA
De	 acordo	 com	 Fernández	 e	 Roig	 (2010),	 ter	 conhecimento	 sobre	 os	
materiais	de	desenho	 facilita	a	 interpretação	de	uma	criação,	pois	o	 ilustrador	
poderá	reproduzir	ainda	melhor	as	texturas,	tecidos	etc.,	conferindo	à	ilustração	
uma	energia	complementar,	além	de	transmitir	melhor	a	ideia	para	os	clientes.
Acadêmico,	neste	tópico,	você	aprenderá	sobre	os	tipos	de	material	que	
podem	ser	utilizados	para	ilustrar	uma	figura	de	moda,	pois,	conforme	Morris	
(2007),	existe	uma	enorme	gama	de	opções	de	materiais	no	mercado	e	entrar	em	
uma	papelaria	é	praticamente	como	entrar	em	uma	loja	de	doces,	 tudo	parece	
tentador	e	é	difícil	escolher,	o	mais	sensato	a	fazer	é,	primeiramente,	definir	quais	
os	materiais	que	se	encaixam	com	o	seu	método	de	trabalho	pessoal.
De	acordo	com	Stipelman	(2015),	uma	folha	e	um	lápis	são	 tudo	o	que	
você	precisa	para	começar	um	desenho	e	nenhum	material	justifica	um	trabalho	
ruim.	Nem	todos	os	artistas	conseguem	manusear	 todos	os	 tipos	de	materiais,	
alguns	têm	um	toque	mais	pesado	e	gostam	de	trabalhar	com	algo	que	possam	
pressionar,	 outros	 que	 possuem	 um	 toque	mais	 leve,	 funcionam	melhor	 com	
materiais	 delicados	 e	 lápis	 finos,	 você	 precisará	 descobrir	 quais	 são	 os	 seus	
materiais	favoritos.
Existem	artistas	que	se	dão	melhor	manipulando	aquarelas	e	outros	que	
preferem	marcadores.	 	A	 coisa	mais	 importante	 é	 você	 estar	 se	 sentindo	 bem	
com	o	material	que	escolheu	trabalhar.	No	entanto,	às	vezes,	algum	material	já	
experimentado	no	passado,	sem	sucesso,	pode	funcionar	bem	em	outro	momento	
da	vida,	por	isso,	nunca	descarte	as	possibilidades	(STIPELMAN,	2015).
4.1 TIPOS DE PAPEL
O	papel	é	o	primeiro	material	a	ser	levado	em	conta	na	hora	fazer	uma	
ilustração,	 conforme	 Calderón	 (2019),	 existem	 muitas	 variáveis	 dos	 tipos	 de	
papel,	como	peso,	gramatura,	textura,	granulação,	volume,	cores,	papel	avulso,	
cartões	ou	em	blocos.	A	escolha	do	tipo	de	papel	ideal	depende	de	qual	técnica	
você	vai	utilizar	na	pintura,	o	orçamento	disponível	e	a	sua	preferência	pessoal.
A	quantidade	de	papéis	é	maravilhosa	e	ao	mesmo	tempo	assustadora,	
por	 isso	 é	 importante	 ler	 as	 embalagens	 cuidadosamente	 antes	 de	 escolher	 o	
papel	mais	adequado	ao	seu	projeto	(ABLING,	2011).
Segundo	 Stipelman	 (2015),	 o	 papel	 pode	 servir	 a	muitas	 necessidades,	
desde	as	variedades	mais	baratas	para	esboçar	ideias	até	as	mais	caras	para	fazer	
um	trabalho	mais	elaborado,	o	papel	para	desenho	vem	em	diversos	tamanhos	
como	A0,	A1,	A2,	A,3	e	A4,	embora	os	mais	utilizados	na	área	de	moda	sejam	o	
A3	e	o	A4.	Os	vários	tipos	de	papel	incluem:	
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
18
• O papel sulfite	é	uma	opção	maravilhosa	para	desenhar	esboços	e	gerar	ideias,	
pois	 normalmente	 ele	 é	mais	 barato	 que	 o	papel	manteiga.	 Em	geral,	 é	 um	
papel	branco	e	de	qualidade	aceitável,	é	possível	comprar	resmas	com	muitas	
folhas	e	aceita	bem	lápis	e	marcadores	(STIPELMAN,	2015).
• O papel manteiga	é	fino,	semiopaco	e	translúcido,	permitindo	que	seja	utilizado	
para	 fazer	 cópias	de	desenhos	para	outras	 folhas	 (MORRIS,	 2007).	 Segundo	
Stipelman	(2015),	também	é	continuamente	utilizada	para	proteger	uma	arte	
finalizada.
• O papel vegetal e o acetato	 são	 transparentes	 e	 mais	 grossos	 que	 o	 papel	
manteiga,	 é	 interessante	 utilizar	 esses	 materiais	 para	 imprimir	 e	 sobrepor,	
criando	resultados	interessantes	(MORRIS,	2007).
• O papel couchê	 é	brilhante	 e	mais	pesado,	 com	uma	superfície	bem	macia,	
pode	ser	usado	para	montagens	com	papel	vegetal	e	outros	tipos	de	trabalhos	
artísticos	(STIPELMAN,	2015).
• O papel para aquarela,	 é	 oferecido	 em	 diferentes	 gramaturas	 e	 texturas,	
esse	tipo	de	papel	precisa	absorver	bem	líquidos	e	materiais	úmidos,	caso	o	
contrário	a	 folha	 irá	 rasgar	em	quanto	você	estiver	 fazendo	a	pintura.	Pode	
ser	vendido	tanto	em	folhas	quanto	em	blocos	e	os	preços	variam	bastante,	os	
mais	baratos	funcionam	bem	para	iniciantes	e	os	mais	caros	podem	ser	usados	
dos	dois	lados	por	terem	mais	gramatura,	inclusive	alguns	possuem	texturas	
diferentes	em	cada	um	dos	lados,	para	você	escolher	o	que	mais	lhe	agradar	
(STIPELMAN,	2015).
• O papel jornal	possui	uma	qualidade	bem	inferior,	pois	é	bem	fino	e	possui	
uma	cor	amarelada,	mas	pode	ser	utilizado	para	fazer	esboços	e	colagens,	por	
exemplo	(STIPELMAN,	2015).
Existem	ainda	mais	opções	de	papel,	como	o	papel	de	seda,	cartão,	papéis	
coloridos,	papel	de	embrulho	ou	presente,	papel	canson,	papel	color	plus,	entre	
tantos	outros,	mas	o	mais	importante	é	você	sempre	comprar	algumas	folhas	e	
testar	como	se	comportam	com	os	materiais	que	pretende	utilizar	e	ver	se	gosta	
do	resultado	que	apresentam	(MORRIS,	2007).	
Assista ao vídeo Papel para desenho profissional: primeiro rabisco, se ainda 
tiver dúvidas sobre os tipos de papéis que podem ser utilizados em ilustrações. Disponível 
no canal do YouTube Marina Viabone.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=0IYRZ7gcOOA>. Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
19
4.2 GRAFITES/LÁPIS 
Agora,	vamos	aos	lápis	grafites,	que	são	o	instrumento	mais	imediato	e	
acessível	para	começar	um	desenho,	são	minas	de	grafite	cobertos	de	madeira,	
é	fácil	de	apagar,	possui	um	traço	nítido	e	não	exige	muita	manutenção,	apenas	
afiar	a	ponta	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
Crescemos	 escrevendo	 com	 esse	 tipo	 de	material	 e,	 muitas	 vezes,	 não	
aprendemos	 que	 existe	 uma	 gradação	 que	 varia	 do	 H	 até	 o	 9H,	 que	 são	 os	
mais	duros,	normalmente	utilizados	para	esboçar	a	figura	de	moda,	e	do	B	ao	
6B,	que	são	mais	macios,	utilizados	principalmente	para	 fazer	 sombreamentos	
(STIPELMAN,	2015).
Os	 lápis	macios	 são	 ideais	 para	 fazer	 esboços	 rápidos	 e	 sombreados,	
funcionam	muito	bem	em	papéis	texturizados,	mas	manipule-os	com	cuidado,	
pois	eles	borram	facilmente.	Os	lápis	mais	duros	combinam	com	artistas	que	têm	
segurança	no	traço	e	gostam	de	um	resultado	mais	limpo	e	preciso	(MORRIS,	
2007).
Muitos	artistas	gostam	de	esfumar	suas	obras	com	o	próprio	dedo,	mas	
como	é	comum	a	nossa	mão	soltar	um	óleo/gordura	sobre	o	papel,	hoje	também	
já	existe	a	opção	de	utilizar	o	esfuminho	para	isso,	que	é	um	papel	enrolado	em	
forma	de	bastão,	podendo	ser	comprado	em	diferentes	espessuras	e	tamanhos.
Um	cuidado	que	precisa	ser	tomado	com	os	lápis	grafite	é	não	os	deixar	
cair,	pois	a	mina	de	grafite	dentro	deles	se	parte	facilmente	e	você	terá	problemas	
ao	apontá-lo,	tendo	um	desperdício	de	material	(ABLING,	2011).
Conforme	Abling	(2011),	além	dos	lápis,	também	existe	a	opção	de	usar	
lapiseiras,	elas	funcionam	bem	para	quem	gosta	de	desenhar	com	traços	finos	e	
também	possui	as	minas	de	grafite	que	podem	ser	compradas	pela	classificação	
que	vai	do	6H	(mais	claro)	ao	6B	(mais	escuro).
Assista ao vídeo Lápis HB, 4B, 6B, 2H e suas variações: Sketch Crás, disponível 
no canal do YouTube Cras Conversa Oficial, para entender as diferenças das graduações 
dos lápis para desenhar.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=R_gsv0GBnHg>. Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
20
Também	existe	a	opção	de	comprar	o	bastão	de	grafite,	que	é	feito	com	
grafite	 prensado,	 ele	 é	 utilizado	 para	 fazer	 desenhos	 fortes	 e	 expressivos,	 é	
possível	mudar	o	traço	alterando	a	posição	ao	riscar	a	folha,	com	a	ponta,	a	lateral	
e	a	parte	de	baixo	do	bastão,	por	exemplo	(MORRIS,	2007).
4.2.1 Borrachas 
Além	de	você	saber	qual	o	grafite	que	utilizará	para	desenhar,	é	importante	
saber	qual	o	material	 adequado	para	apagá-lo,	pois	nem	sempre	 seus	 traços	e	
esboços	vão	ficar	corretos	no	primeiro	desenho.	Para	isso,	as	borrachas	são	muito	
úteis,	elas	podem	refinar	os	traços	e	tirar	a	apreensão	de	que	o	desenho	precisa	
ficar	perfeito	logo	de	primeira	(STIPELMAN,	2015).
Existem	 muitas	 borrachas	 rosas	 e	 brancas	 que	 são	 ótimas	 para	 usos	
em	geral	 e	 existem,também,	 lapiseiras	 de	 borracha	 recarregáveis.	A	 borracha	
maleável,	conhecida	como	limpa-tipo,	é	ainda	mais	útil,	pois	remove	as	linhas	de	
um	desenho	sem	ferir	o	papel	(STIPELMAN,	2015).
A	 borracha	 limpa-tipo	 remove	 apenas	 a	 camada	 superior	 do	 grafite,	
deixando	 as	 linhas	 guias	 para	 orientá-lo	 na	 hora	de	 fazer	 a	 pintura,	 esse	 tipo	
de	borracha	também	pode	ser	utilizado	para	dar	destaque	e	limpar	o	papel	ao	
finalizar	uma	ilustração	(STIPELMAN,	2015).
Assista ao vídeo Borrachas para desenhos realistas, para saber para que cada 
borracha é utilizada. Disponível no canal do YouTube Carlos Santana arts.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=0cMXjJiJfXo>. Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
4.3 LÁPIS DE COR
O	lápis	de	cor	é	um	dos	materiais	artísticos	mais	úteis	para	pintura,	ele	
funciona	bem	sozinho	e	pode	ser	utilizado	apenas	para	detalhes	de	ilustrações	já	
pintadas	com	marcadores	e	aquarelas,	como	para	fazer	pespontos,	sombras	no	
rosto	e	pintar	os	cabelos	(STIPELMAN,	2015).
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
21
Pesponto é um tipo de costura tracejada utilizada para dar acabamento a 
peças de roupas, é desenhada com traços finos e delicados.
NOTA
O	lápis	de	cor	é	 ideal	para	 fazer	 ilustrações	com	detalhes	minuciosos	e	
representar	o	caimento	dos	tecidos	com	todas	as	suas	dobras	e	sombreamentos,	ele	
permite	que	você	pinte	enquanto	desenha	e	é	muito	útil	para	desenhar	estampas	
com	detalhes	pequenos	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
Assim	como	o	lápis	grafite,	sua	única	manutenção	é	afiar	a	ponta	de	vez	
em	quando	e	cuidar	para	que	o	lápis	não	caia	no	chão,	para	não	quebrar	a	mina	de	
cor	interna	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).	O	lápis	de	cor	também	possui	variações	
de	minas	duras	e	macias,	que	podem	ser	compradas	em	caixas	de	12	cores	a	100	
cores	ou	até	por	unidade	(STIPELMAN,	2015).
Existem	 dois	 tipos	 de	 lápis	 de	 cor,	 os	 convencionais	 e	 os	 gordos.	 Os	
convencionais	são	mais	duros	e,	por	isso,	proporcionam	um	traço	mais	fraco,	já	
os	gordos	soltam	mais	pigmento	e	isso	resulta	em	um	traço	intenso,	porém	isso	
o	 torna	mais	 quebradiço	 e	 ele	 acaba	mais	 rapidamente	 (FERNÁNDEZ;	ROIG,	
2010).
Pode ser bem difícil escolher qual lápis de cor comprar, devido a tantas 
opções que encontramos nas papelarias, por isso, você pode assistir ao vídeo Qual vale 
a pena? Ecolápis X Supersoft X Goldfaber X Polychromos (Faber-Castell) no canal do 
YouTube Mayara Rodrigues para te ajudar, disponível no link: https://www.youtube.com/
watch?v=mzE_vXuQYzU.
DICAS
Também	 existe	 a	 opção	 de	 comprar	 lápis	 de	 cor	 aquareláveis,	 que	 são	
ótimos	 para	 os	 designers	 de	moda,	 pois	 possuem	uma	 substância	 aglutinante	
solúvel	que	permite	sua	dissolução	em	água,	bastando	passar	um	pincel	úmido	por	
cima,	o	que	permite	incorporar	técnicas	de	aquarela	ao	desenho	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
22
4.4 TINTA AQUARELA, GUACHE E ACRÍLICA
A	aquarela	é	um	material	incrivelmente	versátil	e	a	característica	principal	
é	 que	 todas	 podem	 ser	 ativadas	 com	 água,	mesmo	que	 já	 tenham	 secado	por	
completo	 e	 por	 terem	 pouquíssimos	 ingredientes	 secam	 precisamente	 no	
pigmento	de	cada	cor	(CALDERÓN,	2019).
Existem	 tipos	 de	 aquarelas	 diferentes,	 em	 pastilha,	 em	 tubo	 e	 líquida,	
você	pode	utilizar	apenas	um	tipo	ou	pode	brincar	com	a	mistura	entre	elas	e	
criar	cores	e	efeitos	únicos	(CALDERÓN,	2019).
As	aquarelas	em	pastilha	 são	pequenas	e	quadradas,	 é	uma	espécie	de	
tinta	seca	e,	em	geral,	são	vendidas	em	estojos	de	plástico	ou	metal,	mas	também	
podem	ser	compradas	separadamente	por	cor.	Esse	tipo	de	aquarela	é	acessível,	
pois	tem	muitas	opções	no	mercado	e	é	fácil	de	carregar,	elas	podem	durar	por	
anos	se	forem	bem	cuidadas	(CALDERÓN,	2019).
Tintas	de	aquarela	em	tubos	também	podem	ser	compradas	em	estojos	ou	
individualmente,	são	ótimas	para	trabalhar	como	base	e	a	maior	diferença	entre	
as	pastilhas	é	que	a	tinta	é	mais	cremosa	e	lisa,	para	usá-la,	basta	espremer	um	
pouco,	colocando	sobre	alguma	superfície,	e	não	se	preocupe	se	derramá-la,	pois	
mesmo	depois	de	seca,	você	pode	reativá-la	com	água	(CALDERÓN,	2019).
Já	 as	 aquarelas	 líquidas	 são	 intensas	 e	 vibrantes,	 elas	 possuem	 a	 base	
de	 corante	 ao	 invés	de	pigmento	 como	as	 outras,	 por	 isso	 são	 concentradas	 e	
têm	uma	gama	de	cores	nítidas,	vibrantes	e	até	fluorescentes.	Normalmente	são	
vendidas	em	formato	de	frascos	com	conta-gotas	e	mesmo	sendo	líquidas,	elas	
sempre	devem	ser	diluídas	em	água	antes	de	usar	para	diminuir	sua	intensidade	
(CALDERÓN,	2019).
Conforme	Stipelman	(2015),	as	paletas	e	os	godês	utilizados	para	misturar	
as	tintas	em	aquarela	podem	ser	muito	caros,	se	você	quiser	economizar,	pode	
optar	por	utilizar	um	prato	de	vidro	ou	até	mesmo	forminhas	de	gelo	para	colocar	
água	e	misturar	as	cores.	
Godê é um estilo de prato com divisórias utilizado por artistas para colocar as 
tintas e fazer as misturas de cores.
NOTA
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
23
Além	 da	 aquarela,	 outras	 tintas	 solúveis	 em	 água	 são	 a	 guache	 e	 a	
acrílica.	A	guache	é	vendida	em	potes	ou	tubos	e	tem	uma	grande	variedade	
de	cores	no	mercado,	seu	aspecto	é	mais	opaco,	principalmente	depois	que	seca	
(ABLING,	2011).
Por	sua	vez,	a	tinta	acrílica	possui	um	brilho	acetinado,	já	a	guache	tem	
uma	cobertura	muito	maior	e	depois	de	seca	não	apresenta	brilho,	podendo	ser	
dissolvido	com	uma	simples	passagem	de	um	pincel	molhado	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
Para fazer aquarelas, são utilizados alguns materiais como: tinta, pincel, papel, 
água, godê etc. Para entender sobre quais materiais escolher para fazer aquarelas, assista ao 
vídeo Materiais aquarela: quais escolher? do canal do YouTube Luiza Normey disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?v=A2XxkzhdvXU.
DICAS
4.4.1 Pincéis
Existem	pincéis	de	vários	tamanhos	e	formas,	suas	numerações	costumam	
ir	de	0	a	12,	além	das	pontas	que	podem	ser	chatas	ou	redondas,	estão	disponíveis	
em	 diferentes	 tipos	 de	 pelos,	 em	 fibras	 naturais	 ou	 sintéticas.	 Geralmente,	 os	
pincéis	feitos	com	fibras	de	animais	são	melhores,	pois	não	estragam	com	o	tempo	
e,	dificilmente,	mancham	ou	perdem	a	forma	(ABLING,	2011).
O	melhor	pincel	existente	no	mercado	é	o	de	pelo	de	marta,	mas	é	muito	
caro	e,	no	 início,	não	é	necessário,	há	muitos	pincéis	 sintéticos	que	 funcionam	
muito	 bem	por	 um	preço	mais	 acessível.	Um	pincel	 de	 tamanho	 número	 6,	 7	
ou	 8	 com	 ponta	 aguda	 é	 suficiente	 para	 suprir	 a	 necessidade	 de	 iniciantes,	
para	 trabalhos	mais	 delicados	utilize	 um	pincel	 00,	 0	 ou	 1,	 esses	 pincéis	mais	
finos	não	são	tão	caros,	então,	nesse	caso,	vale	a	pena	comprar	de	fibra	animal	
(STIPELMAN,	2015).
Escolher	pincéis	é	algo	muito	pessoal,	pois	o	tipo	de	pincel	que	você	usará	
interfere	 diretamente	 na	 aparência	 dos	 traços.	 Segundo	 Calderón	 (2019),	 um	
pincel	grande,	 tamanho	10,	 é	ótimo	para	pintar	 áreas	maiores	 e	 ter	um	pincel	
a	mão	do	 tamanho	3,	 0	ou	000	é	bom	para	acrescentar	detalhes	e	pintar	áreas	
menores.
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
24
Os	pincéis	para	aquarela	 têm	a	 característica	de	 serem	arredondados	e	
chanfrados,	fazendo	uma	ponta	que	pode	alcançar	traços	de	tamanhos	diferentes	
de	acordo	com	a	pressão	e	o	ângulo	sobre	o	pincel,	essa	versatilidade	pode	ser	
muito	útil	para	desenhar	letras,	por	exemplo.	É	sempre	interessante	ter	alguns	
pincéis	chatos	também,	eles	são	úteis	para	preencher	áreas	maiores	e	fazer	afeitos	
de	respingo	(CALDERÓN,	2019).
Com	 o	 tempo,	 você	 pode	 ir	 aumentando	 a	 sua	 coleção	 de	 pincéis,	
experimentando	 outras	 formas	 e	 fibras.	Não	 esqueça	 de	 sempre	 lavá-los	 com	
sabão	neutro,	guardá-los	com	os	pelos	voltados	para	cima	ou	enfileirados	lado	a	
lado,	para	não	estragar	suas	pontas	(STIPELMAN,	2015).
4.5 NANQUIM
A	tinta	nanquim	é	perfeita	para	complementar	as	artes	em	aquarela	e	fica	
ótimo	utilizá-lapara	 fazer	os	detalhes	finais	ou	quando	você	quer	deixar	uma	
área	específica	com	uma	cor	mais	opaca.	A	tinta	nanquim	pode	ser	encontrada	
em	várias	cores,	mas	as	principais	utilizadas	são	o	preto	e	o	branco	(CALDERÓN,	
2019).
Tinta	 nanquim	 da	 cor	 preta	 à	 prova	 d’água	 é	 o	 preferido	 de	 muitos	
ilustradores,	pode	 ser	utilizada	 com	um	bico	de	pena,	pincel	ou	até	 com	uma	
vareta	de	bambu.	O	nanquim	solúvel	é	absorvido	pelo	papel	e	causa	um	efeito	
fosco,	 você	 pode	 fazer	 algumas	 experiências	 pingando	 gotas	 em	 um	 papel	
umedecido,	o	nanquim	se	espalha	na	água	criando	lindos	padrões	e	texturas,	que	
pode	ser	utilizada	para	fazer	estampas,	por	exemplo	(MORRIS,	2007).
As	canetas	em	nanquim	são	uma	evolução	das	canetas	tinteiro	em	que	se	
utilizava	uma	pena,	hoje,	elas	podem	ser	encontradas	em	vários	tamanhos	e	você	
pode	optar	pelas	descartáveis	que	são	mais	baratas	ou,	se	quiser	investir	mais,	
pode	comprar	uma	recarregável.	Recentemente,	os	marcadores	têm	substituído	
as	canetas	nanquins,	porém	elas	são	ótimas	para	fazer	uma	representação	onde	
deseja-se	detalhes	finos,	precisos	e	consistentes	(STIPELMAN,	2015).
Para entender sobre o universo da tinta nanquim, vale muito a pena conferir o 
vídeo [GUIA DE MATERIAIS] #6 – Nanquim aguada do canal do YouTube Mia GB, disponível 
em: https://www.youtube.com/watch?v=je3H5mJavoQ.
DICAS
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
25
4.6 MARCADORES
Os	marcadores,	ou	caneta	marcador,	é	outro	material	 interessante	para	
colorir	 ilustrações	de	moda,	uma	 invenção	de	1960	que	possui	uma	variedade	
infinita	de	tamanhos	de	pontas,	hoje	é	difícil	imaginar	fazer	trabalhos	artísticos	
sem	eles	(STIPELMAN,	2015).
O	 processo	 de	 pintar	 com	marcadores	 é	 semelhante	 ao	 lápis	 de	 cor,	 é	
uma	técnica	moderna	e	muito	indicada	para	ilustração	e	publicidade,	usar	essa	
técnica	de	pintura	combinando	com	outras	pode	trazer	resultados	esplêndidos	
(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
Os	marcadores	possuem	grande	variedade	de	pontas,	podendo	ser	cónica,	
cilíndrica,	plana	ou	até	ter	a	 forma	de	um	pincel.	Os	pinceis	de	ponta	fina	são	
perfeitos	para	desenhar	o	contorno	de	roupas	e	suas	texturas,	os	de	pontas	largas	
ajudam	a	cobrir	uma	superfície	ampla	com	rapidez.	Os	marcadores	em	pincel	
permitem	desenhar	de	várias	grossuras	dependendo	da	inclinação	sobre	o	papel	
(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
Existem	dois	tipos	de	marcadores,	os	a	base	de	álcool	e	os	a	base	de	água,	
sua	principal	diferença	é	que	os	marcadores	a	base	de	água	podem	ser	esfumados	
utilizando	um	pincel	úmido	para	fazer	sombras	e	misturar	cores	e	os	a	base	de	
álcool	são	excelentes	para	fazer	reprodução	fotomecânica,	normalmente	utilizado	
pelos	designers	gráficos	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
Também	existem	os	marcadores	blenders	que	são	incolores	e	servem	para	
misturar	as	cores	dos	marcadores	com	diferentes	materiais	como	o	lápis	de	cor,	
por	exemplo,	e	garantem	resultados	bem	diferentes.	Hoje	 também	já	podemos	
comprar	marcadores	de	cor	cinza	com	a	variedade	de	9	tons	diferentes,	sendo	o	
de	número	1	o	mais	claro	e	o	número	9	o	mais	escuro	(STIPELMAN,	2015).
Uma	consideração	importante	é	sempre	testar	o	marcador	no	tipo	de	folha	
que	irá	realizar	seu	projeto,	pois	dependendo	da	cor	da	folha	o	marcador	pode	
alterar	um	pouco	do	seu	tom	original	(STIPELMAN,	2015).
Para entender mais sobre os tipos de marcadores, assista ao vídeo Canetas 
marcadores (Markers): Sketch Crás” no canal do YouTube Cras Conversa Oficial.
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=TIqXjDURDIE>. Acesso em: 23 mar. 2021.
DICAS
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
26
4.7 GIZ PASTEL SECO
O	giz	pastel	é	um	material	em	forma	de	barras	ou	minas	compostas	por	
um	pimento	 seco	pulverizado,	misturado	 com	um	meio	aglutinante	que	o	 faz	
endurecer,	os	traços	utilizando	o	giz	pastel	ficam	grossos	e	intensos	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
O	giz	pastel	é	considerado	tanto	um	material	para	desenhar	quanto	para	
pintar,	e	são	feitos	de	um	material	finamente	moído	misturados	com	giz	e	cola,	
são	vendidos	em	muitas	cores	diferentes,	pois	não	podem	ser	misturados	para	
criar	novas	cores,	são	apenas	esfumados	sobre	o	papel	(MORRIS,	2007).
Normalmente,	 os	 artistas	 que	 usam	 giz	 pastel	 criam	 uma	 superfície	
aveludada,	 esfumando	 os	 traços	 criados	 com	 o	 material,	 é	 uma	 questão	 de	
manipular	o	material	com	os	dedos	e/ou	com	uma	bola	de	algodão	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
Famosos	por	suas	cores	vibrantes,	o	giz	pastel	seco	ou	também	conhecido	
como	macio	é	fácil	de	manejar,	principalmente	no	seu	formato	em	lápis	que	é	ótimo	
para	fazer	detalhes	menores	e	minuciosos.	Uma	desvantagem	desse	material	é	
que	ele	borra	fácil,	por	isso	use	sempre	um	pano	para	corrigir	as	imperfeições	que	
podem	ocorrer	(MORRIS,	2007).
O giz pastel é muito quebradiço, então é importante sempre guardá-los em um 
local seguro onde não vão cair e quebrar ou pegar umidade. Indica-se também passar um 
spray fixador de cabelo ou verniz em spray sobre o papel quando a arte estiver finalizada, 
isso ajuda o desenho a permanecer por mais tempo na folha, pois o giz pode ir sumindo 
com o passar do tempo.
IMPORTANT
E
4.8 GIZ PASTEL OLEOSO
O	giz	pastel	a	óleo	é	gorduroso	e	cria	uma	superfície	a	prova	d’água	no	
papel,	 suas	 cores	 são	vibrantes	 e	podem	 ser	usados	para	 criar	 ilustrações	que	
chamam	muito	a	atenção	por	sua	característica	única	(MORRIS,	2007).
TÓPICO 1 — A HISTÓRIA E OS MATERIAIS PARA O DESENHO DE MODA
27
Quando	usado	 com	 força	 contra	o	papel,	 o	giz	pastel	 oleoso	deixa	um	
resíduo	pastoso	e	cria	texturas	exclusivas	na	ilustração	e	é	uma	maneira	eficaz	de	
representar	tecidos	e	estampas	texturizadas	(MORRIS,	2007).
É	importante	considerar	que	antes	de	comprar	um	material	para	desenhar	
ou	pintar	uma	ilustração	de	moda,	sempre	peça	ao	vendedor	se	pode	fazer	alguns	
testes,	para	“degustar”	o	material,	pois	você	precisa	gostar	do	resultado	sobre	
a	 folha	 e	 assim	 saberá	 que	 terá	 um	bom	 aproveitamento	 em	 seus	 projetos	 de	
desenho.	
Para entender sobre as diferenças dos tipos de giz, assista ao vídeo As diferenças 
entre os tipos de giz do canal do YouTube Marina Viabone, disponível no link: https://www.
youtube.com/watch?v=X3jSMsX5bog.
DICAS
28
Neste tópico, você aprendeu que:
•		Os	primeiros	desenhos	da	representação	da	figura	humana	vêm	da	Pré-História,	
cujos	homens	primatas	faziam	esboços	em	forma	de	palito.	Com	a	evolução	
da	humanidade,	os	desenhos	foram	ficando	mais	realísticos	e	a	representação	
ganhou	mais	detalhes,	vimos	exemplos	do	Egito,	Idade	Antiga	e	Moderna	até	
chegarmos	no	Homem Vitruviano	de	Leonardo	da	Vinci,	quando	começaram	a	
utilizar	medidas	padrão	para	desenhar	o	corpo	humano.
•	 Na	figura	humana	em	cânone,	vimos	o	desenho	a	partir	da	medida	em	cabeças	
e	as	diferenças	entre	o	croqui	realístico	e	o	de	moda,	em	que	são	utilizadas	mais	
cabeças	para	representar	a	figura	esbelta	e	alongada	para	a	representação	dos	
detalhes	de	roupas.
•	 Relacionado	aos	croquis	de	moda,	aprendemos	como	esboçar	uma	ilustração	
de	moda	do	zero,	utilizando	linhas	e	formas	geométricas,	como	se	fossem	um	
croqui	de	arame,	cujo	ilustrador	pode	criar	poses	e	desenhar	o	movimento	das	
articulações.
•	 Os	diferentes	 tipos	 de	materiais	 e	 suas	 características	 peculiares	 podem	 ser	
usados	 para	 desenhar	 e	 pintar	 a	 figura	 de	moda,	 entre	 eles	 estão:	 tipos	 de	
papel,	grafites	e	lápis,	borrachas,	lápis	de	cor,	tinta	aquarela,	guache	e	acrílica,	
pincéis,	nanquim,	marcadores,	giz	pastel	seco	e	oleoso.
RESUMO DO TÓPICO 1
29
1 O Homem Vitruviano,	 criado	 por	 Leonardo	 da	 Vinci	 (1452-1519),	 ainda	
influencia	 na	 forma	 como	 desenhamos	 hoje,	 isso	 porque	 ele	 segue	 uma	
metodologia	 de	 desenhar	 com	medidas	 comparativas	 do	 próprio	 corpo.	
Quanto	à	teoria	de	Leonardo	da	Vinci,	assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)		(			)		 Um	homem	com	as	pernas	e	os	braços	abertos	caberia	dentro	de	um	
quadrado	e	um	círculo	perfeito	e	o	umbigo	corresponderia	ao	centrodo	corpo	humano.
b)		(			)		 Um	 homem	 deve	 ser	 desenhando	 a	 partir	 da	 medida	 da	 cabeça,	
estendendo-se	por	nove	módulos	 iguais	e	o	umbigo	corresponderia	
ao	quarto	módulo.
c)		(			)		 Um	 homem	 com	 as	 pernas	 e	 braços	 abertos	 caberia	 dentro	 de	 um	
triângulo	 invertido	 e	 o	 umbigo	 corresponderia	 ao	 centro	 do	 corpo	
humano.
d)	(			)	 Um	 homem	 deve	 ser	 desenhado	 a	 partir	 da	 medida	 da	 cabeça,	
estendendo-se	por	oito	módulos	iguais	e	o	umbigo	corresponderia	ao	
quinto	módulo.
2	 Considera-se	 que	 os	 primeiros	 desenhos	 realizados	 da	 figura	 humana	
tenham	ocorrido	durante	a	Pré-História,	cujo	registro	do	homem	primitivo	
era	uma	forma	de	mostrar	a	sua	presença	no	tempo.	Com	base	na	história	
do	desenho	da	figura	humana	no	período	paleolítico,	analise	as	sentenças	
a	seguir:
I-		 O	homem	primitivo	representava	o	corpo	humano	com	traços	estilizados,	
lembrando	muito	aos	desenhos	de	João	palito	de	hoje.	
II-		 O	 desenho	 no	 Período	 Paleolítico	 era	 realizado	 para	 agraciar	 deuses,	
representar	fé	e,	por	isso,	eram	feitos	com	muitos	detalhes.
III-	No	 Período	 Paleolítico,	 os	 desenhos	 dos	 animais	 eram	 mais	
realísticos	 que	 os	 desenhos	 do	 homem	 e	 acredita-se	 que	 o	 motivo	
esteja	 associado	 aos	 animais	 estarem	 ligados	 à	 sobrevivência. 
Assinale	a	alternativa	CORRETA:
a)	(			)	Somente	a	sentença	I	e	II	está	correta.
b)	(			)	Somente	a	sentença	II	está	correta.
c)	(			)	Somente	a	sentença	III	está	correta.
d)	(			)	As	sentenças	I	e	III	estão	corretas.
3		Muitos	materiais	podem	ser	utilizados	e	adquiridos	para	fazer	ilustrações	de	
moda,	cada	um	tem	sua	característica	e	podem	ser	utilizados	em	diferentes	
contextos,	 levando	 isso	 em	 consideração,	 cada	material	 é	 indicado	 para	
aplicações	artísticas	diferentes.	Com	base	no	exposto,	classifique	V	para	as	
sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:
AUTOATIVIDADE
30
(			)		 A	aquarela	é	um	material	que	pode	ser	comprado	em	pastilha,	em	tubo	e	
líquida.
(			)		 Os	lápis	de	grafite	H	ao	9H	são	mais	duros	e	do	B	ao	6B	são	mais	macios.
(			)		 A	 tinta	nanquim	é	encontrada	somente	na	cor	preta	e	é	utilizada	para	
fazer	contornos.
Assinale	a	alternativa	que	apresenta	a	sequência	CORRETA:
a)		(			)	V	–	F	–	F.
b)		(			)	V	–	V	–	F.
c)			(			)	F	–	V	–	F.
d)	(			)	F	–	F	–	V.
4		O	 desenho	 da	 representação	 da	 figura	 humana	 foi	 evoluindo	 com	 o	
decorrer	dos	tempos,	iniciando	na	Pré-História	com	os	desenhos	estilizados	
até	chegar	ao	sistema	de	medidas	por	cabeças,	que	se	iniciou	com	estudo	
do Homem Vitruviano	e	se	estabeleceu	com	os	gregos	antigos.	Disserte	sobre	
como	o	desenho	da	figura	humana	evoluiu	ao	longo	da	história	até	chegar	
à	representação	de	oito	cabeças.
5	As	 ilustrações	 de	moda	 costumam	 ser	 esbeltas	 e	 alongadas,	 lembrando-
nos	as	modelos	com	suas	pernas	enormes,	essas	ilustrações	costumam	ser	
desenhada	em	cânones	de	nove	a	dez	cabeças	e	essas	medidas	decorrem	
devido	 às	 formas	 de	 representação	 dos	 gregos	 antigos.	 Neste	 contexto,	
disserte	 sobre	 o	 porquê	 de	 as	 ilustrações	 de	 moda	 serem	 desenhadas	
maiores	que	o	tamanho	realístico	do	corpo	humano.
31
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
DESENHANDO A CABEÇA DE UMA 
ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
1 INTRODUÇÃO
Acadêmico,	 no	 Tópico	 2,	 abordaremos	 o	 desenho	 do	 rosto	 feminino,	
iniciando	por	seus	elementos:	olhos,	sobrancelhas,	boca,	nariz	e	cabelo.	A	forma	
como	desenhamos	os	elementos	pode	mudar	de	acordo	com	o	sentimento	que	
queremos	que	o	croqui	passe,	e	treiná-los	antes	de	fazer	o	desenho	completo	do	
rosto	é	essencial	para	atingir	um	bom	resultado.	
Depois	de	desenhar	todos	os	elementos,	iremos	juntá-los	no	rosto	frontal,	
que	nada	mais	é	que	o	rosto	na	posição	de	frente	e,	neste	momento,	você	verá	
os	 diferentes	 tipos	 de	 formato	 de	 rosto	 que	 existem,	 como	 o	 oval,	 retangular,	
coração,	quadrado	etc.
Em	seguida,	abordaremos	a	grade	facial,	também	conhecido	como	mapa	de	
elementos	do	rosto,	que	mostra	onde	cada	elemento	do	rosto	deve	ser	desenhado	
para	não	ficar	 estranho	ou	parecer	um	rosto	desfigurado,	 é	por	 isso	que	é	 tão	
importante	entender	as	proporções	corretas	antes	de	começar	um	desenho.
Além	de	 aprender	 a	 como	desenhar	 um	 rosto	 na	 posição	 frontal,	 você	
também	acompanhará	como	fazê-lo	na	posição	perfil	e	¾	que	são	muito	utilizados	
nas	ilustrações	de	moda	para	mostrar	melhor	os	penteados	no	cabelo,	acessórios	
de	cabeça	etc.
Em	cada	uma	das	posições	de	rosto	apresentadas,	frontal,	perfil	e	3/4	serão	
apresentados	 os	 passo	 a	 passos	 para	 você	 conseguir	 realizar	 os	 seus	 próprios	
esboços,	assim	já	irá	adquirindo	a	prática	para,	no	futuro	deste	livro,	abordarmos	
o	croqui	de	moda	completo.
2 DESENHANDO OS ELEMENTOS DO ROSTO FEMININO
Caro	 acadêmico,	 para	 conseguir	 desenhar	 uma	 ilustração	 de	 moda	
completa,	primeiro	é	preciso	praticar	as	suas	partes	e	depois	juntá-las	para	chegar	
a	um	resultado	satisfatório,	pensando	nisso	o	primeiro	conteúdo	desse	tópico	é	o	
desenho	dos	olhos	e	sobrancelhas,	já	que	este	é	um	elemento	do	rosto	que	possui	
mais	detalhes.
32
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
2.1 O DESENHO DOS OLHOS E SOBRANCELHAS
Conforme	Fernández	e	Roing	(2010),	o	olhos	são	a	parte	mais	expressiva	
do	 rosto	 e	 transmitem	uma	 infinidade	de	 emoções	 e	 sentimentos,	 por	 isso,	 os	
olhos	e	os	lábios	são	os	mais	importantes	no	desenho	da	face.	
Para	iniciar	o	desenho	das	feições,	procure	sempre	começar	por	exercícios	
simples,	assim	evita	a	frustação	de	um	mau	resultado	logo	de	primeira,	a	autora	
Bryant	(2012)	mostra	um	exercício	bem	fácil	para	desenhar	os	olhos	iniciando	por	
um	pequeno	círculo,	disponível	na	Figura	16.
FIGURA 16 – EXERCÍCIO BÁSICO PARA COMEÇAR A DESENHAR OLHOS FEMININOS
FONTE: Bryant (2012, p. 141)
O	ideal	é	aprender	a	desenhar	a	partir	da	realidade,	para	depois	estilizar	e	
começar	a	fazer	os	olhos	maiores	e	com	cílios	mais	volumosos	como	as	ilustrações	
de	moda	costumam	ter,	logo,	praticar	o	desenho	do	rosto	a	partir	da	observação	
pode	ser	um	bom	início	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).	
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
33
Aprenda a desenhar olhos realistas assistindo ao vídeo Como desenhar um 
olho passo a passo: nível iniciante do canal do YouTube Charles Laveso, disponível no em: 
https://www.youtube.com/watch?v=WqXqxGpTuGI.
DICAS
A	Figura	17	apresenta	alguns	eixos	e	linhas	que	podem	servir	de	base	para	
desenhar	os	olhos	e,	na	sequência,	a	aplicação	dos	detalhes	e	da	luz	e	sombra	para	
o	deixar	mais	parecido	com	a	realidade.
FIGURA 17 – DESENHO DE OLHOS REALÍSTICOS COM PASSO A PASSO
FONTE: Drudi (2008, p. 28)
A	distância	entre	um	olho	e	outro	é	a	mesma	medida	de	um	olho,	a	Figura	
18	mostra	um	esboço	que	explica	essa	situação,	que	é	bem	 importante	para	os	
olhos	não	ficarem	muito	afastados	ou	muito	pertos	(DRUDI,	2008).
FIGURA 18 – A DISTÂNCIA ENTRE UM OLHO E O OUTRO
FONTE: Drudi (2008, p. 27)
34
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
A	Figura	19	nos	mostra	as	diferentes	posições	em	que	um	olho	pode	ser	
desenhado,	 são	 elas:	 frontal,	¾	 e	 perfil.	 Perceba	 que	 o	 tamanho	 e	 a	 forma	do	
desenho	mudam	em	cada	uma	das	situações.
FIGURA 19 – O DESENHO DO OLHO EM DIFERENTES POSIÇÕES
FONTE: Abling (2011, p. 108)
Conforme	Fernández	e	Roig	(2010),	o	olho	encaixa-se	dentro	de	uma	forma	
esférica,	que	corresponde	à	órbita	ocular.	Dentro	dessa	forma	desenvolvem-se	as	
palpebras,	das	quais	a	superior	é	ligeiramente	mais	amendoada	do	que	a	inferior,	
e	o	globo	ocular	fica	levemente	oculto	por	ambas.	O	saco	lacrimal	situa-se	no	lado	
interno	do	olho,	junto	à	parede	nasal.	Para	terminar,	desenha-se	as	pestanas,	na	
mulher	mariores	curvas	e	mais	densas	do	que	nos	homens.
De	 forma	 resumida,	 é	 importante	 desenhar	 todas	 as	 partes	 do	 olho,	
pupila,	íris,	pálpebra,	cílios,	glândula	lacrimal	e	sobrancelhas,	idependentemente	
da	posição	em	que	estiver	esse	olho,	a	Figura	20	mostra	um	exemplo	de	como	os	
olhos	podemser	desenhados	em	diferentes	poses.
FIGURA 20 – PASSO A PASSO DO DESENHO DO OLHO EM DIFERENES POSIÇÕES
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 60)
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
35
Um detalhe importante na hora de desenhar os olhos é que o círculo da íris 
nunca pode aparecer inteira no olho, pois caso contrário, temos a impressão de que o 
croqui está assustado, então sempre parte da pupila escondida embaixo da pálpebra.
ATENCAO
2.2 O DESENHO DE BOCAS
Diferente	do	que	você	possa	 imaginar,	o	desenho	de	bocas	é	mais	 fácil	
do	que	o	dos	olhos,	pois	basta	 traçar	algumas	formas	geométricas,	acrescentar	
curvas	e	assim	formar	o	contorno.	O	exemplo	da	Figura	21,	a	seguir,	mostra	como	
desenhar	uma	boca	a	partir	de	um	eixo	em	cruz,	depois	esquematiza-se	o	desenho	
dos	lábios,	na	sequência,	apaga-se	os	traços	anteriores	e	esboça-se	as	curvas	do	
contorno	e	finaliza-se	adicionando	volume	com	o	sombreamento	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
FIGURA 21 – PASSO A PASSO DO DESENHO DE UMA BOCA FEMININA
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 62)
Algo	a	considerar	é	a	simetria	de	todos	os	elementos	do	rosto,	por	isso,	para	
quase	todas	as	formas	é	interessante	sempre	traçar	uma	linha	reta	na	horizontal	e	
na	vertical	para	estabelecer	o	comprimento	e	a	largura	dos	lábios	(FERNÁNDEZ;	
ROIG,	2010).
36
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
No	desenho	de	moda,	 o	 ideal	 é	 desenhar	 a	 boca	 sempre	 fechada,	 pois	
assim	não	se	corre	o	risco	de	desenhar	as	feições	em	proporções	erradas	(BRYANT,	
2012).	A	Figura	22	apresenta	um	outro	passo	a	passo	que	pode	ser	utilizado	por	
iniciantes	em	desenhos	de	bocas.
FIGURA 22 – EXERCÍCIO BÁSICO PARA DESENHAR BOCAS
FONTE: Bryant (2012, p.141)
A	boca	humana	é	formada	por	duas	partes	móveis,	o	lábio	superior,	mais	
delgado	 e	 curvo,	 e	 o	 inferior,	 normalmente	 mais	 carnudo.	 Nas	 ilustrações,	 é	
possível	fazer	diferentes	interpretações	e	diversificar	a	aparência	dos	lábios	por	
meio	na	mudança	das	formas	e/ou	nas	texturas,	a	Figura	23	mostra	um	exemplo	
dessa	diversificação	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
37
FIGURA 23 – FORMAS DIFERENTES DE REPRESENTAR OS LÁBIOS
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 63)
Assim	como	os	olhos,	a	boca	também	muda	sua	forma	dependendo	da	
posição	 em	 que	 a	 cabeça	 se	 encontra,	 observe	 os	 desenhos	 na	 Figura	 24	 para	
entender	essas	variações.
FIGURA 24 – O DESENHO DA BOCA EM DIFERENTES POSIÇÕES
FONTE: Abling (2011, p. 108)
Para	iniciar	o	desenho	do	lábio	em	perfil,	pode-se	utilizar	um	triângulo	
dividido	por	uma	linha	horizontal,	adiciona-se	linhas	retas	que	formam	o	desenho	
da	boca,	para	depois	apagá-las	e	transformá-las	em	curvas	suaves,	e	como	sempre,	
conclui-se	com	um	sombreamento,	nunca	preenchido	totalmente,	para	que	tenha	
também	luz	e	assim	proporcione	uma	sensação	de	volume	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	
2010).
38
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
FIGURA 25 – DESENHANDO A BOCA NA VISTA PERFIL
FONTE: Fernández e Roig (2010, p. 62)
Cada	pessoa	 tem	uma	forma	diferente	de	 lábios,	a	variedade	é	 imensa,	
a	 Figura	 26	mostra	 vários	modelos	 em	 que	 você	 pode	 se	 inspirar	 na	 hora	 de	
desenhar	o	rosto	do	seu	croqui.
FIGURA 26 – O DESENHO DE LÁBIOS EM DIFERENTES FORMATOS
FONTE: Drudi (2008, p. 37)
Observe	que	Drudi	(2008)	mostra,	na	Figura	26,	a	representação	da	mesma	
boca	em	uma	versão	de	luz	e	sombra	à	esquerda	e	na	direita	uma	versão	apenas	
com	texturas	de	linhas,	ambos	os	resultados	são	interessantes	e	compõem	volume	
aos	lábios.
Desenhar	os	 lábios	com	bastante	volume	pode	ser	uma	sacada	quando	
se	 quer	 dar	 destaque	 à	maquiagem	 do	 croqui	 ou	 a	 algum	 acessório	 que	 está	
na	 cabeça,	 aproveite	 e	 brinque	 com	 a	 cor	 do	 batom	 pensando	 nas	 harmonias	
cromáticas.
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
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Aprenda a desenhar uma boca sombreada e mais realista assistindo ao vídeo 
Como desenhar uma boca realista no canal do YouTube Charles Laveso, disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=Yo6t8FV2YJI.
DICAS
2.3 O DESENHO DO NARIZ
Agora	que	já	estudamos	sobre	os	olhos	e	as	bocas,	vamos	ao	desenho	do	
nariz	em	todas	as	suas	posições,	para	ter	um	bom	resultado	no	desenho	do	nariz,	
na	posição	frontal,	é	indicado	fazer	um	jogo	de	luzes	e	sombras,	a	seguir,	pode-se	
observar,	na	Figura	27,	um	passo	a	passo	como	exemplo	(BRYANT,	2012).
FIGURA 27 – EXERCÍCIO BÁSICO PARA DESENHAR UM NARIZ FRONTAL
FONTE: Bryant (2012, p.141)
40
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
De	acordo	com	Fernández	e	Roig	(2010),	quanto	mais	simplificado	for	a	
estilização	do	desenho	de	moda,	mais	pequeno	ou	até	 inexistente	será	o	nariz,	
porém,	um	ilustrador	sempre	deve	aprender	a	desenhá-lo	para	depois	decidir	se	
irá	diminuí-lo	em	seus	desenhos.
A	forma	clássica	de	desenhar	o	nariz	é	iniciar	uma	linha	que	liga	do	início	
da	 sobrancelha	até	 chegar	à	parte	 inferior,	 em	que	a	 linha	 se	 interrompe	para	
desenhar	as	“asas”	do	nariz,	que	podem	ser	representadas	com	duas	curvas,	quase	
como	dois	parênteses.	A	curva	termina	num	apêndice	de	ambos	os	lados.	Para	
representar	o	orifício	nasal	(os	“buracos”	por	onde	entra	o	ar	ao	respirarmos),	um	
exemplo	pode	ser	verificado	na	Figura	28	(FERNÁNDEZ;	ROIG,	2010).
FIGURA 28 – O DESENHO DO NARIZ FRONTAL E PERFIL
FONTE: Drudi (2008, p.31)
Já	o	desenho	do	nariz	em	perfil	é	mais	simples,	sua	forma	é	parecida	com	
um	triângulo	incompleto	com	a	ponta	em	curva,	um	exemplo	da	diferença	entre	
o	nariz	frontal	e	de	perfil	pode	ser	visualizado	na	Figura	29.
FIGURA 29 – DIFERENÇAS DO DESENHO DE NARIZ FRONTAL E PERFIL
FONTE: Fernández e Roig (2010, p.61)
TÓPICO 2 — DESENHANDO A CABEÇA DE UMA ILUSTRAÇÃO DE MODA FEMININA
41
Embora	 o	 desenho	 do	 nariz	 de	 um	 croqui	 de	 moda	 seja	 estilizado	 e	
sem	 tantos	detalhes	quanto	de	 fato	 temos	em	pessoas	 reais,	 em	cada	uma	das	
posições,	frontal,	perfil	e	¾,	também	temos	variações	em	suas	formas,	como	pode	
ser	observado	na	Figura	30.
FIGURA 30 – O DESENHO DO NARIZ EM DIFERENTES POSIÇÕES
FONTE: Abling (2011, p. 108)
Como	sugestão,	desenhe	apenas	um	dos	lados	do	nariz	levando	a	linha	
até	a	sobrancelha,	pois	normalmente	a	luz	vem	apenas	de	um	lado	do	croqui	e	se	
você	colocar	a	sombra	dos	dois	lados,	pode	dar	a	impressão	de	que	a	modelo	tem	
um	nariz	maior	que	o	comum,	não	dando	ênfase	no	que	importa,	que	são	suas	
roupas	e	acessórios.
Para aprender a desenhar narizes, pratique os exercícios do vídeo Aula #12: 
Como desenhar Nariz (Lesson # 12: How to Draw Nose)” do canal do YouTube VCdesenhos, 
disponível no link: https://www.youtube.com/watch?v=6RUWVg_oDE4.
DICAS
2.4 O DESENHO DE DIFERENTES TIPOS DE CABELOS
Desenhar	cabelos	envolve	uma	combinação	de	linhas,	formas	e	ângulos.	A	
Figura	31	apresenta	como	o	ângulo	do	cabelo	deve	acompanhar	o	ângulo	em	que	a	
cabeça	se	encontra,	independente	do	seu	comprimento,	levando	em	consideração	
a	 lei	 da	 gravidade.	 Essa	 posição	 levemente	 em	 diagonal	 é	 interessante	 para	
mostrar	o	cabelo	de	lado	e	atrás	ao	mesmo	tempo	(ABLING,	2011).
42
UNIDADE 1 — A FIGURA HUMANA NO DESENHO DE MODA FEMININA
FIGURA 31 – O DESENHO DE CABELOS DO CURTO AO LONGO
FONTE: Abling (2011, p. 116)
A	seguir,	vemos	a	Figura	32	com	três	variações	de	cabelos,	o	primeiro	é	
o	 cabelo	 crespo	 que	 tem	 linhas	 onduladas,	 delicadas	 e	 com	pequenos	pontos,	
o	 segundo	é	o	 cabelo	encaracolado	ou	cacheado,	 têm	 linhas	onduladas	que	 se	
enrolam	umas	sobre	as	outras	e	o	último	é	o	cabelo	liso	com	um	corte	angular,	
cujas	linhas	são	mais	retas	e	definidas	(ABLING,	2011).
FIGURA 32 – VARIAÇÕES DE ESTILOS DE CABELOS 
FONTE: Abling (2011, p. 116)
As	linhas	do	cabelo	devem	sempre	partir	do	couro	cabeludo	e	cuidado	
para	não	 se	 tentar	 a	desenhar	 todos	os	fios,	 ao	 invés	disso,	desenhe	mechas	e	
apenas	faça	algumas	marcações	seguindo	a	forma	do	cabelo	escolhido.	Ao	pintar	
os	 cabelos,	não	utilize	 apenas	uma

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