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Tempos modernos resenha

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ADMINISTRAÇÃO 
E PLANEJAMENTO SOCIAL
 
– 
Resenha Filme – Profª Joslaine Carvalho
Profª Josliane
)
Resenha
Título da obra: Tempos Modernos. 
Direção: Charles Chaplin 
País de Origem: Estados Unidos, 1936. 87 min, preto e branco.
 
O filme “Tempos modernos”, dirigido por Charles Chaplin é uma referência irônica à vida urbana nos Estados Unidos na década de 1930, onde devido à rapida expansão industrial, boa parte da população enfrentou problemas sociais como o desemprego em massa, a miséria e a fome. 
Com a produção em massa o homem teve de se adaptar a jornadas de trabalho cada vez mais desgastantes e exaustivas, caracterizadas por uma adaptação humana da passagem do meio de produção artesanal para a produção mecanizada, onde muitas vezes os operários eram submetidos a trabalhos manuais repetitivos e especializados em uma linha de montagem, visto que a preocupação era de proporcionar uma maior produção em menor tempo de trabalho, em que não importava-se com o bem-estar do operário. Podendo fazer uma clara associação às teorias de Frederik Taylor, que pregava sobre uma “maior produção à menor custo”, sem se importar com as consequências negativas que ocasionaria na vida dos trabalhadores.
É possível observar tal citação pela cena onde “Charles Chaplin”, que protagoniza um operário submetido às condições de trabalho industriais, passa longos períodos de tempo apertando apenas parafusos, um trabalho manual repetitivo que gera consequências à sua própria saúde. Em outra cena, podemos notar a tendência de produção em massa, pelo fato de seu patrão adquirir uma máquina que alimentaria os operários para não ser necessária uma pausa enquanto executassem seus serviços.
O operário era alguém sem grande conhecimento técnico sobre aquilo que estava executando, ele sabia executar apenas o seu trabalho, mas em muitas vezes desconhecia o produto final de seu próprio esforço que foi se tornando facilmente substituível pelas máquinas. O homem era apenas mais uma peça da produção, sem grandes condições de analisar o trabalho o que, aliado às dificuldades ecônomicas proletárias, geravam um grande temor e subordinação aos patrões.
A segunda parte do filme retrata as diferenças entre as classes sociais, onde as condições de vida dos dois grupos mostra a distância ecônomica entre os proletários e a burguesia, bastante criticada no filme. A sociedade capitalista que explorava o proletariado era a mesma que proporcionava todo o conforto e diversão à burguesia. Percebe-se pelas cenas onde Carlitos leva sua namorada a uma loja de departamentos. Ou até mesmo nas partes onde tem contato com uma garota orfã que é obrigada a roubar para conseguir sobreviver.
O filme apresenta uma crítica forte ao sistema capitalista que persiste até os dias atuais, sobre uma sociedade segregacionista, que oprime a classe trabalhadora em detrimento do luxo daqueles que tem um padrão de vida elevado, uma sociedade onde a vida é muitas vezes banalizada em detrimento do materialismo. O “ter” toma uma posição mais elevada que o “ser”. 
Ao longo do tempo, certos movimentos sociais trabalhistas geraram bastante impacto no mundo, fazendo com que atualmente, existam medidas protetivas à classe trabalhadora, sobretudo no Brasil. Mas ainda sim, não deve-se ignorar que mesmo se tratando de um filme de décadas atrás ainda trata de um tema bastante atual. É necessário notar que, tais formas de trabalho abusivas ainda existem e ainda há uma longa jornada pela concretização dos direitos trabalhistas justos no Brasil e no mundo.

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