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AMANDA AMORIN ZANDONADI PARRA DIREITO TRIBUTÁRIO II - 10MA Seminário = 25/05 1. Quanto ao ICMS cobrado pelo Estado do PR: é possível realizar denúncia espontânea das infrações descritas no auto de infração n. 145/2022? Não é possível realizar a denúncia espontânea, pois de acordo com o Art. 138 do Código Tributário Nacional, parágrafo único, é determinado: “Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.” No auto de infração mencionado, a empresa ZW distribuição fora notificada anteriormente. 2. Na eventual hipótese de a empresa ZW distribuição e comércio de produtos eletrônicos Ltda. ter apurado, internamente, que nos meses de março e abril de 2017 há valores a serem pagos à União, a título de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS: é possível recolher tais valores sem o acréscimo de penalidades? É possível se ocorrer de acordo com o Art. 138 do CTN, que determina: “A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.” Entretanto, para que seja possível não pode haver nenhum procedimento administrativo. 3. Há riscos de os sócios-gerentes da empresa ZW serem responsabilizados pela dívida cobrada por meio do auto de infração 145/2002? Se a resposta for afirmativa, em que momento isso poderia ocorrer e qual seria a fundamentação legal para tal atribuição de responsabilidade? Sim, existem riscos. De acordo com o Inciso VII do Artigo 134 e Art. 135 do CTN, é necessário liquidação de sociedade de pessoas, pois riscos acontecem quando há impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte. 4. Caso a empresa ZW decida impugnar, administrativamente ou judicialmente, a dívida cobrada através do auto de infração 145/2022, seria juridicamente sustentável alegar a extinção total ou parcial da dívida com fundamento em alguma das hipóteses descritas no art. 156, V, do CTN? De acordo com a Súmula 555-STJ: “Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN, nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.”
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