manobras cirúrgicas fundamentais pdf

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UESB - 2022 CLÍNICA ODONTOLÓGICA I MAISLLA M. S. RAMOS 
MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS 
NECESSIDADES BÁSICAS P/ CIRURGIA 
➢ Visibilidade 
- Acesso apropriado (abert. de boca, retração adequada e 
retalhos apropriados); 
- Iluminação suficiente (constante s/bloqueios da luz pelo 
auxiliar); 
- Campo cirúrgico s/excesso de sangue e fluidos (sucção 
adequada e oportuna). 
➢ Auxilio adequado 
- Treinamento e conhecimento do procedimento que será 
realizado pelo auxiliar 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
Consiste nos procedimentos básicos realizados durante 
qualquer cirurgia, que são: 
- Diérese 
- Exérese 
- Hemostasia 
- Síntese 
DIÉRESE 
É o ato pelo qual o cirurgião separa ou divide os tecidos para 
realizar a cirurgia. 
 Romper ou interromper a integridade tecidual 
Tipos de Diérese: 
- Incisão = corte dos tecidos; 
- Divulsão = separação dos tecidos; 
INCISÃO 
▪ Princípios da Incisão 
- Lâmina afiada e de tamanho apropriado (10, 11, 12 e 15/ 
cabo nº 3); 
- Corte firme e contínuo, apoiar no osso 
e cortar o periósteo; 
- Evitar cortar estruturas nobres; 
- Incisar 45° e terminar 90°; 
 
 
DIÉRESE / RETALHOS 
 
 
 
 
 
 (ou envelope) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES SOBRE OS RETALHOS: 
- Amplo o suficiente para proporcionar um bom campo 
operatório; 
- Manter uma boa vascularização ao retalho para favorecer a 
rápida cicatrização; 
- Bordas bem definidas possibilitando uma aproximação 
prevenindo a necrose, deiscência e dilacerações; 
- Nutrição adequada. 
 
QUANTO À REGIÃO: 
- Supracristal (processo alveolar) 
- Intrasulcular (presença de dentes) 
- Mucosa 
Administrador
Lápis
Administrador
Lápis
Administrador
Lápis
Administrador
Lápis
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DIVULSÃO 
- O cirurgião realiza o afastamento dos tecidos sem seccioná-
los, aproveitando o plano de clivagem ou sua constituição 
fasciculada. 
▪ Instrumentais 
- Tesoura Metzenbaum / Dean 
 
 
 
 
- Pinças Kelly e mosquito. 
 
 
 
DESCOLAMENTO 
Divulsão da gengiva inserida e dos ligamentos 
alveolodentários em continuidade com o colo dos dentes. 
 
▪ Instrumentais 
- Deslocador Molt 
 
- Deslocador Freer 
 
EXÉRESE 
- Remoção de uma porção ou o todo de uma lesão/órgão. 
▪ Osteotomia 
- Remoção de tecido ósseo; 
- Instrumentos rotatórios ou cortantes 
➢ INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS 
- Se atentar ao calor que o instrumento pode gerar em excesso 
na região: irrigar e fazer movimentos intermitentes. 
* Esquírolas: aquele pozinho originado do corte do 
osso/dentes; 
* Espículas: pequenos fragmentos de ossos/dentes; 
 
➢ INSTRUMENTOS CORTANTES 
- Jogo de Cinzel cirúrgico; 
- Uso de martelo; 
- Pinça goiva / alveolótomo / osteótimo 
- Limas p/ osso; 
- Curetagem -> curetas 
- AVULSÃO: Fórceps, extratores, 
pinças: hemostáticas e de Allis. 
HEMOSTASIA 
- É a resposta fisiológica normal do corpo para a prevenção e 
interrupção de sangramento e hemorragias. 
Quais os fatores predisponentes para hemorragia? 
- Alterações hematológicas; 
- Uso de anticoagulantes; 
- Algum distúrbio sistêmico; 
- Erro na técnica cirúrgica, devido à falta de conhecimento das 
estruturas anatômicas. 
A origem da hemorragia pode ser difusa ou localizada. 
➢ MÉTODOS DE HEMOSTASIA 
- Prevenção: 
- Optar quando possível por cirurgias atraumáticas. Eliminação 
de espículas e de restos necróticos, que já evita possível 
infecção. 
No caso de hemorragia local, deve-se fazer o seguinte: 
- Pressão, compressão manual com gaze. 
- A própria sutura, que já diminui o escape de sangue. 
- E tamponamento com gaze, a depender do procedimento, se 
for uma exodontia, pode pedir para o paciente morder a gaze, 
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isso gera uma pressão e consequentemente o sangramento 
tende a diminuir. 
- Pode ser feito também compressas frias. 
- Pinçamento, eletrocauterização, ligadura. 
 
 
➢ SUBSTÂNCIAS HEMOSTÁTICAS 
- Cera pra osso, esponja de fibrina e demais hemostáticos. 
 
➢ MÉTODO SISTÊMICO P/ HOMEOSTASE 
- Medicamentos: Ipsilon, transamin e kanakion. 
- Pode-se usar o plasma sanguíneo. 
 
SÍNTESE (SUTURA) 
- Consiste no ato de aproximação dos tecidos com o objetivo 
de auxiliar a hemostasia, reparação e cicatrização dos tecidos. 
- Evita espaços entre os tecidos, contribuindo para melhor 
formação de coágulos e evita a formação de exsudatos e 
sequelas infecciosas. 
➢ TIPOS DE AGULHAS: 
- Agulhas traumáticas: a agulha é mais grossa e vem sem o fio. 
- Agulhas atraumáticas: a que já vem com o fio de sutura. 
➢ FIOS DE SUTURA: 
1. Não-absorvíveis 
Seda: Filamento proteico obtido do bicho-de-seda. 
Vantagens: Não irritante, barato, fácil de manusear, nó firme. 
Desvantagem: Acumula placa (indicado para pacientes com 
boa higiene). 
Nylon: Não absorvível, porém biodegradável. Vantagens: 
Maior resistência, flexível, não irritante, menor reação 
tecidual. Desvantagens: Difícil de manusear, perde resistência, 
não produz nó firme. 
Poliéster: Sintético, multifilamentado, resistente e com uma 
durabilidade grande. Os fios de poliéster requerem um 
mínimo de cinco nós para uma fixação estável e segura. 
Algodão: Multifilamentar, fio maleável e agradável ao tato, o 
que propicia um nó forte. Os fios de algodão requerem um 
mínimo de três nós para uma fixação segura. 
 
2. Absorvíveis 
Categute: Biológico. Do intestino delgado de ovelhas ou 
serosa de bovinos. Pode ser: 
Simples: absorção mais rápida – 5 a 10 dias 
Cromado: absorção mais lenta – 20 dias 
Ácido Poligalático (Vicryl): Sintético. Absorvido em 60 dias. 
Indicado para pontos intra-dérmicos e cirurgias maiores. 
Fios multifilamentados tem maior plasticidade. 
 
➢ TIPOS DE SUTURAS: 
Ponto simples: melhor coaptação da papila interdental. 
Indicada para suturas interdentais, enxertos, biópsias, 
exodontias a retalho, cunhas distal. 
 
Ponto em X externo: Bastante indicada para espaços 
edêntulos. 
 
Ponto em X interno 
Ponto em U horizontal 
 
Ponto em U vertical 
 
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Ponto contínuo simples 
 
Ponto contínuo festonado 
 
 
 
	Necessidades básicas p/ cirurgia
	tempos cirúrgicos
	Diérese
	incisão
	diérese / retalhos
	DIVULSÃO
	exérese
	hemostasia
	síntese (sutura)