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Anne Karolyne Morato – P4 Tutoria Compreender a fisiopatologia da pré-eclâmpsia: Introdução: → É uma síndrome caracterizada pelo aparecimento de hipertensão e proteinúria ou hipertensão e disfunção de órgãos-alvo com ou sem proteinúria após 20 semanas de gestação. → Sinais e sintomas adicionais que podem ocorrer incluem distúrbios visuais, dor de cabeça, dor epigástrica, trombocitopenia e função hepática anormal. → Potenciais sequelas maternas graves incluem edema pulmonar, hemorragia cerebral, insuficiência hepática, insuficiência renal e morte. → A carga fetal/neonatal da doença resulta da hipoperfusão e disfunção placentária e, por sua vez, da necessidade frequente de parto prematuro. Fisiopatologia: → Paciente não gravida = artérias espiraladas estão fechadas. → Paciente gravida = 2 ondas de migração trofoblástica. As artérias precisam aumentar o diâmetro, para aumentar o aporte sanguíneo e suportar a gestação. 1 A primeira, ocorre no inicio da gestação, ainda no 1º trimestre. 2 A segunda, ocorre entre 16 e 18 semanas de gestação. − Em pacientes com pré-eclâmpsia, essa invasão é defeituosa, a artéria não abre tanto igual a gestação normal. → Teorias: Oxidativa: a paciente já tinha esse estresse oxidativo muito grande, etilista e tabagista. Pré-disposição imunológica ou genética. → Desenvolvimento anormal da placenta: Decorrente dessa má placentação, a placenta estimula a produção de tromboxano, então os níveis de tromboxano sobem e os níveis de prostaciclina caem. • Tromboxano: vasoconstritor, pró trombótico. • Prostaciclina: vasodilatador. Isso resulta em: • Vasoespasmo, aumento da permeabilidade capilar; • Coagulação ativa. Anne Karolyne Morato – P4 Acometimento fetal: → Decorrente da lesão placentária, o feto sofre uma hipoxemia crônica, ou seja, ele vai apresentar fenômeno de centralização (o sangue não está chegando como deveria chegar). Por causa disso, o feto deixa de produzir liquido amniótico, por causa da centralização da chegada de sangue para os órgãos nobres (coração, cérebro e fígado), o rim acaba sofrendo, ou seja, a taxa glomerular não vai ser a mesma – se ele não vai urinar da forma que deveria, então o liquido amniótico vai diminuir – oligodramnia. Se ele tem aporte sanguíneo e não tem perfusão suficiente, não chega nutrientes suficientes, então o feto fica com o crescimento intrauterino restrito. Entender a síndrome de HELLP e seus critérios diagnósticos: Introdução: → É um acrônimo que se refere a uma síndrome em gestantes e puérperas caracterizada por hemólise com esfregaço de sangue microangiopático, enzimas hepáticas elevadas e baixa contagem de plaquetas. → Provavelmente representa uma forma grave de pré-eclâmpsia Mas a relação entre os dois distúrbios permanece controversa, o HELLP pode ser um distúrbio separado da pré-eclâmpsia pois 15 a 20% das pacientes com HELLP não tem hipertensão ou proteinúria. Prevalência: → A HELLP se desenvolve em 0,1 a 1,0% das gestantes em geral. → Entre as pacientes com pré- eclâmpsia/eclampsia grave, 1 a 2% tem hemólise microangiopática e, portanto, podem ser consideradas HELLP. Fatores de risco: → História prévia de pré-eclâmpsia ou HELLP. → Variantes genéticas associadas ao risco aumentado de HELLP. → A nuliparidade NÃO é um fator de risco para HELLP, em contraste com a pré- eclâmpsia. As multíparas representam maior ou igual a 50% das pacientes afetadas. Critérios diagnósticos: → Como a dor pode preceder as anormalidades laboratoriais em varias horas, repetir os exames laboratoriais em 4 – 6h pode ser útil. Hemograma completo; Esfregaço periférico; Aspartato aminotransferase, alanina aminotransferase, bilirrubina; Creatinina. Anne Karolyne Morato – P4 → O diagnostico da HELLP é baseado na presença de todas as anormalidades laboratoriais que compõem seu nome: Hemólise com esfregaço de sangue microangiopático; Enzimas hepáticas elevadas; Baixa contagem de plaquetas. → Pacientes que apresentam algumas das anormalidades, mas não todas, são consideradas como tendo HELLP parcial. → Critérios laboratoriais: Hemólise, estabelecida por pelo menos 2 dos seguintes: • Esfregaço periférico com esquistocitos e células de rebarba; • Bilirrubina sérica >1,2 mg/dL; • Anemia grave, não relacionada a perda de sangue; • Haptoglobina sérica baixa ou lactato desidrogenase elevado. Enzimas hepáticas elevadas: • Aspartato aminotransferase ou alanina aminotrasnferase elevadas. Plaquetas baixas: • <100.000 células/microL → Diagnostico diferencial: A HELLP pode ocasionalmente ser confudida com outras complicações da gravidez. 4 principais distúrbios no diagnostico diferencial são: • Fígado gorduroso agudo da gravidez; • Purpura trombocitopênica trombótica; • Síndrome hemolítico-urêmica relacionada a gravidez; • Lúpus eritematoso sistêmico. Conceituar a Diabetes Mell itus Gestacional (citar fatores de risco e critérios diagnósticos): Introdução: → A gravidez é acompanhada por resistência a insulina, mediada principalmente pela secreção placentária de hormônios diabetogênicos. → A DMG se desenvolve em gestantes cuja função pancreática é insuficiente para superar a resistência a insulina associada ao estado gravídico. → As diretrizes recomendam consistentemente a triagem de pacientes gravidas para diabetes gestacional entre 24 e 28 semanas de gestação. → Conceitos: Diabetes preexistente ou pré- gestacional: • Refere-se ao diabetes tipo 1 ou 2 diagnosticado antes da concepção. Diabetes gestacional: • Refere-se a qualquer pessoa gravida na qual a tolerância anormal a glicose foi reconhecida pela primeira vez a qualquer momento durante a gravidez. • Uma definição mais contemporânea, é o DMG Anne Karolyne Morato – P4 diagnosticado no 2º ou 3º trimestre de gravidez que não estava claramente presente antes da gestação. • Essa definição mais contemporânea não leva em conta pacientes diagnosticadas no 1º trimestre, que provavelmente tem diabetes tipo 2 não diagnosticada anteriormente. Principais consequências: → Aumento do risco de pré-eclâmpsia; → Recém-nascidos grandes para a idade gestacional (GIG); → Parto cesáreo e suas morbidades associadas. → Também correm um alto risco da mãe desenvolver diabetes tipo 2 mais tarde na vida e doenças cardiovasculares. Fatores de risco: → São indivíduos de alto risco, pessoas gravidas com qualquer das seguintes características: História de tolerância a glicose diminuída, glicemia de jejum alterada ou DMG em gravidez anterior; História familiar de diabetes, especialmente parente de primeiro grau. IMC pré-gestacional maior ou igual a 30kg, ganho de peso significativo no inicio da idade adulta ou entre as gestações, ou ganho de peso gestacional excessivo durante as primeiras 18 a 24 semanas de gestação. Condição médica/configuração associada ao desenvolvimento de diabetes, como SOP. Nascimento anterior de criança com peso maior ou igual a 4000g. Critérios diagnósticos: → GTT: teste de tolerância a glicose no início da gravidez. Positivo: atende os critérios diagnósticos para diabetes, supõe-se que ela tenha tido o distúrbio antes da gravidez. Negativo de 75 ou 100g: sugere rastreio para DMG em 24 e 28 semanas de gestação. Descrever a conduta terapêutica farmacológica e não farmacológica na DMG e HELLP: Introdução: → O tratamento da DMG pode melhorar o resultado da gravidez, ele é importante para minimizar a morbidade materna e neonatal. → O único dano potencial identificado no tratamento a DMG foi o aumento do número de consultas pré-natais. Farmacológica:→ O objetivo da farmacoterapia é gerenciar os níveis de glicose de modo que a maioria não ultrapasse o limite Anne Karolyne Morato – P4 superior da faixa alvo, sem induzir nenhum episódio de hipoglicemia. → Indicações de farmacoterapia: Níveis de glicose acima da faixa alvo; Supercrescimento fetal; • Reduz a ocorrência de recém- nascidos com macrossomia e GIG → Escolha da farmacoterapia: As opções de farmacoterapia em pacientes gravidas que necessitam de farmacoterapia são: • Insulina (e alguns análogos); • Agentes anti-hiperglicêmicos orais selecionados (metformina ou gliburina). Não farmacológica: → Terapia médica nutricional: Plano alimentar adaptado para pacientes com diabetes, com base em fatores médicos, estilo de vida e pessoais. Os objetivos são: • Alcançar a normoglicêmia; • Prevenir a cetose; • Fornece a nutrição adequada; • Fornece ganho de peso gestacional adequado com base no IMC materno. • Contribuir par ao bem-estar fetal. Constituído por: • Plano de refeições; • Calorias; • Ingestão de carboidratos; • Ingestão de proteínas e gorduras; • Ganho/perda de peso gestacional; → Exercício;
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