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Processo Civil

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direito processual civil
normas fundamentais 
Princípios de Processo Civil
títulos executivos judiciais e extrajudiciais
a) 515 e 784, CPC;
liquidação de sentença 
a) Direitos coletivos;
b) 515 – cálculo, arbitramento e procedimento comum;
c) Procedimento comum -> sentença genérica -> exige-se especificidade (cálculos);
d) Procedimento comum -> Ação Civil “ex delicto” 515, CPC.
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;
IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII - a sentença arbitral;
VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça;
X - (VETADO).
§ 1º Nos casos dos incisos VI a IX, o devedor será citado no juízo cível para o cumprimento da sentença ou para a liquidação no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º A autocomposição judicial pode envolver sujeito estranho ao processo e versar sobre relação jurídica que não tenha sido deduzida em juízo.
as diferentes formas de execução/cumprimento de sentença
1. Tipos de cumprimento de sentença/execução:
a. Alimentos (528 ao 533, CPC) e (911 ao 913, CPC)
É procedimento específico e, por isso, carrega como sendo um dos tipos de cumprimento de sentença.
“Trata-se de regime misto de execução, previsto nos artigos 528 a 533 do CPC (se o título executivo é judicial) e 911 a 913 se o título é extrajudicial.
Quando se fala que é um regime misto, a ideia é que, além de regras próprias à pensão alimentícia, também existe a remissão aos dispositivos que tratam da execução da quantia certa 531, CPC.
A leitura dos demais dispositivos específicos à execução de alimentos não deixa dúvidas de que se trata de peculiaridade exclusiva da natureza da obrigação descumprida:”
528 – possibilidade de prisão do devedor;
529 – possibilidade de desconto da dívida no salário do devedor;
531 – alimentos provisórios e respectiva execução;
532 – Possibilidade de caracterização de abandono material;
533 – possibilidade de exigência de capital que garanta o pagamento da dívida (aplicação que renda mensalmente o valor da pensão);
b. Obrigação de fazer ou não fazer (536 e 537, CPC – título executivo judicial) e (814 a 823, CPC – título executivo extrajudicial):
Possibilidade de bloqueio de rede social;
“Regulada nos artigos 536 e 537, CPC (quando oriunda de título judicial) e 814 a 823, CPC (quando se tratar de título extrajudicial) a execução de obrigação de fazer ou não-fazer comporta tanto medidas típicas (previstas expressamente) como medidas atípicas ambas descritas no artigo 536, e seus parágrafos do CPC. O caso “telegram” com a possibilidade ou não de bloqueio da rede por descumprimento a uma ordem judicial que diz respeito à obrigação de fazer ou não-fazer é um ótimo exemplo de medida atípica. Esta é, por sinal, uma discussão que está com a constitucionalidade contestada no STF (ADI 5527).
c. Em face da fazenda pública (precatórios) (534 a 535, CPC) + 910, CPC:
“Considerando a indisponibilidade e a impenhorabilidade dos bens públicos, a execução em face dos entes públicos (União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias e fundações) processa-se de modo especial, emitindo-se, como regra, os chamados precatórios (que não têm qualquer relação com precatórias).
A regulação deste especial procedimento está nos artigos 534 a 535 do CPC (se a obrigação é fundada em título judicial) e 910 do CPC (no caso de título extrajudicial). Artigo 100 da CF que traz importantes regras a esse respeito, inclusive quanto ao necessário respeito à ordem cronológica e àqueles casos em que o valor é reduzido e que permite a expedição de RPV (requisição de pequeno valor).”
d. Entregar coisa certa ou incerta (538, CPC) + (806 a 813, CPC):
“Neste tipo de execução o objeto define-se por bens fungíveis (entregar coisa incerta) ou infungíveis (entregar coisa certa). Tudo é regulado no artigo 538 (se proveniente de título judicial) e 806 a 813 (se de título extrajudicial).”
“A depender do bem reivindicado, será expedido mandado para entrega da coisa, que se dará por busca e apreensão (exemplificativamente, cavalos e veículos financiados) ou por imissão na posse, quando a coisa reivindicada for imóvel (exemplificativamente, entrega de imóvel baseada em compromisso de compra e venda, cuja obrigação não foi satisfeita pelo vendedor do imóvel).”
Sequestro: 
Pagar quantia certa (01/04):
Teoria do adimplemento substancial
· Execução por quantia certa: pode ter:
a) por título executivo judicial (515) --> intimação (269);
b) título executivo extrajudicial (784) --> citação (238).
c) Não localizado o devedor, far-se-á ARRESTO (830);
Arresto – providência acautelatória anterior à citação/intimação, para garantia da execução.
· Sisbajud - (CPC, 835, I) + 854;
· Renajud – veículos (CPC, 835, IV) + 835, XII; 
· Infojud – (IRPF/ DOI – declaração de operações imobiliárias).
· Arisp - Associação dos Registradores dos Imóveis de São Paulo;
· CCS - ???
· 840-844 cpc
§1º - oficial de justiça fará o arresto e nos 10 dias seguintes procurará por 2 vez em dias distintos e, caso verifique que está se ocultando, procederá citação por hora certa.
PENHORA:
a. Bens penhoráveis (835, CPC);
b. Execuções especiais;
c. Hipóteses de impenhorabilidade (833, CPC)
d. ATIVISMO JUDICIAL – sob o pretexto de preencher lacunas, o judiciário atua como legislativo de forma ideológica. 
08/04
TRABALHO – modalidades específicas de penhora – trabalho a ser apresentado no dia da avaliação da M1 29/04, manuscrito de, ao menos 50 linhas, a respeito das seguintes espécies de penhora: 1. penhora no “rosto dos autos” (CPC, 860), usando como parâmetro a decisão proferida pelo STJ no REsp 1.877.738; 2. Penhora sobre faturamento de empresa (CPC, 866), usando como parâmetro a decisão do STJ AIntREsp 1.466.151; 3. Penhora sobre cotas ou ações de sociedades personificadas (CPC, 861, §§).
impenhorabilidade – 833, CPC
1. Lei 8009/90 (imóveis) - “bem de família”;
Impenhoráveis os (únicos)
Exceções: - 3º 
(residenciais, S486, STJ)
(casal ou da entidade familiar S.364, STJ).
2. CPC, 833;
3. Jurisprudência – STJ 
Várias penhoras sobre o mesmo bem (797, CPC e p. único);
Direito de prelação (CTN, 186) – é o direito de preferência no processo de execução, fixado em razão 
da natureza do crédito executado.
Preleção dos créditos:
1. Alimentos;
2. Trabalhista;
3. Tributário; 
4. Garantia real (1.419, CC) - > (hipoteca “1.473 e §§, CC”, penhor “1.431 e §§, CC”, anticrese “1.506 e §§, CC”, superfície “1.369 e §§, CC”); 
5. Quirografário. 
Ditado: impenhorabilidade é a característica legalmente imposta que afasta a possibilidade de um bem que integra o patrimônio do devedor de responder pela respectiva execução.
STJ – S. 449 – vaga de garagem é penhorável, porém não é possível aliená-la para qualquer pessoa, somente para moradores interessados, salvo na convenção expressa do condomínio (regra é que não permita). 
CC, 1.331, §1º - 
correção prova m1 – 06/05/2022
Cpc, 515, VI
segundo semestre – 2022
tutelas provisórias – 09/08/2022
· Ditado: Em função da morosidade do processo, introduziu-se no ordenamento jurídico brasileiro, especialmente a partir da década de 1990, uma série de mecanismos cuja finalidade é evitar que o tempo do processo sirva como obstáculo à obtenção do direito.
O grande problema se deu pelo fato de que ao devedoré assegurado o devido processo legal (Art. 5º, LIV, CF), que pode ser justamente o entrave para o ideal de justiça. Por isso, o próprio legislador constitucional introduziu em 2004 o direito fundamental à duração razoável do processo (Art. 5º, LXXVIII, CF) cujo objetivo se espraiou na legislação infraconstitucional, como se observa no artigo 4º do CPC vigente.
O principal meio de se colocar em prática esses mandamentos está nas chamadas tutelas provisórias que permitem ao Juiz efetivar provimentos jurisdicionais ainda antes do trânsito em julgado da respectiva decisão.
As tutelas provisórias estão, genericamente, inseridas nos artigos 294 a 311 do CPC, mas são encontradas, também, na legislação extravagante, como é o caso da lei de alimentos (5478/68) ou da lei do mandado de segurança (12.016/2009).
As tutelas provisórias tanto podem ser de urgência como da evidência.
morosidade da justiça – 09/08/2022
· Art. 5º, LXXVIII, CF
A partir de que momento pode o devedor ser compelido a satisfazer os débitos? R: a partir do trânsito em julgado (título executivo judicial). Inclusive preso e etc...
· Tutela Antecipada (Art. 5º, LIV, CF)
Medicamentos, cirurgia, alimentos (L5478/68), interdição, guarda provisória/visitas e etc...
Tutela Antecipada – antecipa direito;
Tutela Cautelatória – acautela direito.
Conceitos e espécies – art. 294, cpc
· Tutela de Urgência (300, CPC): satisfativas e cautelares: probabilidade do direito (fumus boni iuris), perigo ou risco de dano ao resultado útil do processo (periculum in mora);
(In Limine Litis) “no limite do litígio”. À luz do artigo 9º, parágrafo único do CPC, a concessão de tutela provisória sem a oitiva da parte contrária não fere o princípio da vedação à decisão-surpresa.
Artigo 103-A, CF - 
· Tutela de Evidência (311,CPC): diante de uma das hipóteses elencadas no 311, CPC e seus incisos.
Requisitos: probabilidade do direito, necessidade de preservação da autoridade judiciária
I – ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório da parte (assédio processual);
II – as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
classificação quanto ao momento de concessão 
· O que significa a expressão “Liminar”, “Liminarmente” (CPC, 300, §2º) = Tempo
A tutela provisória pode ser concedida já no início do processo, até mesmo antes da oitiva da parte contrária (CPC, 9º, p. único e 300, §2º). Diz-se concessão liminar quando isso ocorre.
É bom que se diga que, antes de o CPC consagrar esse conceito (liminar) como um instituto relacionado ao momento de concessão, a prática consolidou o entendimento de que “liminar” é sinônimo de “tutela provisória”. É por essa razão que muitos ainda usam essas expressões como sinônimas. E para dificultar um pouco mais, em Leis Esparsas o Legislador entendeu por bem incorporar a expressão “liminar” como sinônimo da própria tutela provisória, não sendo, pois, tecnicamente equivocada a utilização desse raciocínio nos casos ainda previstos em Lei (como no mandado de segurança, por exemplo).
· A qualquer tempo enquanto não transitada em julgado a demanda:
a) Obrigatoriamente após a apresentação de defesa (CPC, 311, I e IV + parágrafo único) ler;
b) Na sentença (sentença que concede tutela provisória - recurso cabível: apelação) Recurso cabível em tutela provisória Agravo de Instrumento, pois é decisão interlocutória;
c) Na fase recursal;
d) Antes do próprio ajuizamento da ação (?)
À decisão que concede tutela provisória antes da sentença (ou seja, aquela concedida com base em juízo de probabilidade) a doutrina chama de “Juízo de cognição sumária”.
Já à decisão que concede tutela provisória em sentença, a doutrina dá o nome de “Juízo de cognição Exauriente”.
04/10/2022 – 2) Procedimentos Especiais
3) AÇÕES POSSESSÓRIAS
a) Espécies de proteção possessória;
b) fungibilidade das ações possessórias;
c) cumulação de pedidos 
c.1) caráter dúplice 
c.2) diferença entre pedido contraposto e reconvenção (CPC, 556)
d) Particularidades da ocupação coletiva (CPC, §§ do 554)
Litisconsórcio necessário multitudinário
Por conta da quantidade incerta de ocupantes, principalmente em se tratando de movimentos sociais, o legislador decidiu que o litisconsórcio necessário multitudinário
e) Possibilidade de concessão de liminar
Como já tivemos a oportunidade de estudar as tutelas provisórias, determinados procedimentos especiais utilizam a expressão “liminar” como se sinônima fosse de tutela provisória. É o que ocorre com a ação possessória, que leva em consideração não o momento, mas as características da tutela provisória. (CPC, 561 e 562)
Em regra, é na ação que discute posse de força nova que se concede ordem liminar de manutenção ou reintegração. Tratando-se de posse de força velha, até é possível a concessão de liminar (tutela provisória), mas apenas após a audiência de justificação prévia e/ou após o recebimento da defesa.
O objetivo do legislador ao prever a liminar “Inaudita altera parte” nos casos de força nova é justamente tutelar o possuidor esbulhado ou turbado antes que a turbação ou esbulho se consolidem e dificultem a proteção possessória do autor da ação.

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