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96 Unidade III Unidade III 5 GFSI, CODEX ALIMENTARIUS E NORMAS ISO 26000, 56000 E 27001 5.1 Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI) A GFSI foi criada em 2000 para ajudar a resolver o problema global da segurança alimentar. É uma iniciativa marcante do Fórum de Bens de Consumo (Consumer Goods Forum – CGF), uma rede global da indústria cujo objetivo é apoiar a melhoria de vida. Os requisitos de benchmarking são criados por consenso de especialistas e membros, com base em padrões internacionalmente reconhecidos, como ISO e Codex Alimentarius. Eles formam um entendimento compartilhado e amplamente aceito do que constitui um programa robusto de certificação de segurança de alimentos. Os programas de certificação privada podem obter o reconhecimento da GFSI através do benchmarking de suas regras de governança e do conteúdo de seu padrão. Os padrões de propriedade do governo podem ser reconhecidos por meio do benchmarking de seu padrão. O reconhecimento da GFSI oferece um passaporte para o mercado global, tanto para os proprietários de programas de certificação (certification program owners – CPOs) reconhecidos quanto para as empresas que eles certificam. Para serem reconhecidos pela GFSI, os proprietários de programas de certificação devem verificar se atendem aos requisitos de benchmarking, um dos documentos mais amplamente aceitos no mundo para programas de segurança alimentar. Os requisitos de benchmarking da GFSI foram criados pela primeira vez em 2001, por um grupo de varejistas motivados pela necessidade de harmonizar os padrões de segurança alimentar em toda a cadeia de suprimentos global. Esses requisitos são frequentemente atualizados com informações de especialistas em segurança de alimentos em todo o mundo. Eles não constituem um padrão de segurança alimentar por si sós, nem as empresas de alimentos podem ser auditadas ou certificadas por eles. Para essas funções, a GFSI conta com seus CPOs reconhecidos. A GFSI não fornece certificação de segurança de alimentos. Em vez disso, reconhece vários programas de certificação que atendem a seus requisitos de benchmarking. Os varejistas e outros compradores em todo o mundo confiam na certificação reconhecida pela GFSI como uma marca dos mais altos padrões em segurança de alimentos, permitindo que as empresas de alimentos que possuem esses certificados acessem todos os cantos do mercado global. 97 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST A equivalência técnica é uma categoria do processo de benchmarking da GFSI dedicada aos padrões de propriedade do governo. Ela reconhece a equivalência do conteúdo da norma ao escopo relevante dos requisitos de benchmarking da GFSI. Diferentemente do reconhecimento da GFSI, a equivalência técnica não inclui a avaliação da governança e do gerenciamento operacional do programa. A acreditação refere-se ao processo pelo qual um organismo de autoridade reconhece formalmente a competência de um organismo de certificação para fornecer serviços de certificação. Um dos principais requisitos da GFSI é que os organismos de certificação que trabalham com programas de certificação reconhecidos por ela sejam credenciados de acordo com a ISO/IEC 17065 ou a ISO/IEC 17021. Esses padrões abordam questões como prevenção de conflitos de interesse, gerenciamento de informações do cliente e pessoal qualificado. Além disso, os organismos de certificação devem ser avaliados pelos membros do Fórum Internacional de Acreditação (International Accreditation Forum – IAF) e pelos signatários do Reconhecimento Multilateral (Multilateral Recognition Arrangements – MLA) da IAF. Isso fornece uma estrutura comprovada de verificações que melhora significativamente o rigor e a consistência do processo de auditoria e certificação. Para obter a certificação reconhecida pela GFSI, as empresas devem ser submetidas com sucesso à auditoria de terceiros, por um programa operado por um proprietário de programas de certificação reconhecido pela GFSI. Kitakawa (2013) observa: Ao contrário que muitos imaginam a GFSI – Global Food Safety Initiative não é uma certificação, mas uma entidade que reconhece as normas de certificação aceitas por grandes empresas da área de alimentos e redes de varejo globais. A GFSI é uma fundação sem fins lucrativos, gerenciada pelo The Consumer Goods Forum e criada em maio de 2000, após frequentes casos relatados sobre doenças veiculadas por alimentos. A necessidade de reforçar a segurança na cadeia, aliada à preocupação em fortalecer a confiança dos consumidores, reduzir custos redundantes em auditorias e melhorar a eficiência na avaliação dos seus fornecedores, impulsionou um grupo de varejistas internacionais, como Carrefour, Tesco, ICA, Metro, Migros, Ahold, Walmart e Delhaize, a aderir à redução do número de auditorias para seus fornecedores que cumprem requisitos de uma norma reconhecida pela GFSI. Atualmente, além dessas redes de varejo, declararam a aceitação global das normas reconhecidas pela GFSI importantes organizações, como McDonald’s, Cargill, Mondelez, Danone, Nestlé, PepsiCo, Unilever, Coca-Cola, Auchan, Aeon, US Foods, Cofco, Tyson, entre outros. O principal trabalho e grande contribuição da GFSI é o processo de benchmarking, o qual reconhece a equivalência das certificações através da comparação de requisitos de sistema de gestão, controles de produto e processo, boas práticas de fabricação, análise de riscos, entre outros, realizada de forma 98 Unidade III independente e imparcial, garantindo que todas as normas reconhecidas, mesmo não sendo iguais, tenham seus fundamentos equivalentes. As normas aprovadas são: – Global Aquaculture Alliance – Seafood – Processing Standard issue 2 – August 2012 – GLOBALG.A.P – Integrated Farm Assurance Scheme – version 4, and Produce Safety Standard – version 4 – FSSC 22000 – Food Safety System Certification – issue October 2011 – GRMS – Global Red Meat Standard – 4th edition, version 4.1 – CanadaGAP Scheme – version 6, options B and C, and Program Management Manual – version 3 – SQF Code – 7th edition, level 2 – BRC Global Standard for Food Safety – issue 6, and Global Standard for Packaging and Packaging Material – issue 4 – IFS Food Standard – version 6. Saiba mais Para saber mais sobre a GFSI, acesse: https://mygfsi.com/ 5.2 Codex Alimentarius Conforme dados da Anvisa (2016), o Codex Alimentarius é um programa conjunto da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), criado em 1963, com o objetivo de estabelecer normas internacionais na área de alimentos, incluindo padrões, diretrizes e guias sobre boas práticas e de avaliação de segurança e eficácia. Seus principais objetivos são proteger a saúde dos consumidores e garantir práticas leais de comércio entre os países. Atualmente, participam do Codex Alimentarius 187 países-membros e a União Europeia, além de 238 observadores 99 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST (57 organizações intergovernamentais, 165 organizações não governamentais e 16 organizações das Nações Unidas). O Brasil é membro do Codex Alimentarius desde a década de 1970 e é um dos países da América Latina que têm maior tradição de participação nos trabalhos do programa. O país foi indicado no período de 1991 a 1995 para ser o coordenador do Comitê Regional da FAO/OMS para a América Latina e o Caribe (CCLAC) e em seguida foi eleito membro do Comitê Executivo da Comissão do Codex Alimentarius (CCEXEC), como representante geográfico para a América Latina e o Caribe (de 1995 a 2003). Saiba mais Saiba mais sobre o Codex Alimentarius acessando este site: http://www.fao.org/fao-who-codexalimentarius/en/ Em setembro de 2015, líderes mundiais reuniram-se na sede da ONU, em Nova York, e decidiram um plano de metas para erradicar a pobreza, proteger o planeta e garantir que as pessoas alcancem a paz e a prosperidade: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável,a qual contém um conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas que indicam os caminhos a serem trilhados e as medidas a serem adotadas para promover o seu alcance. Figura 30 – Metas de desenvolvimento sustentável 100 Unidade III Os 17 objetivos são assim descritos: Objetivo 1: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares. Para a ONU, a erradicação de todas as formas de pobreza é um dos maiores desafios para o desenvolvimento sustentável. Por isso, uma das metas presentes no objetivo 1 da Agenda 2030 é que os países construam parcerias que viabilizem a mobilização de recursos para a criação de programas e políticas que erradiquem a pobreza em todos os sentidos, para que a população vulnerável possa ter condições mínimas de sobrevivência e seja possível reduzir à metade a proporção de pessoas que vivem em situação de pobreza. Objetivo 2: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável. Segundo a ONU, há mais de 500 milhões de pessoas em situação de desnutrição no planeta. Por isso, uma das metas do objetivo 2 é que, até 2030, os países desenvolvam programas e políticas que possam dobrar a produtividade dos pequenos agricultores, incluindo mulheres e povos indígenas, de modo a aumentar a renda de suas famílias. Objetivo 3: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Entre as metas do objetivo 3 da Agenda 2030, estão não apenas a redução da mortalidade neonatal, da obesidade e a erradicação de doenças como o HIV, a tuberculose e a malária, mas também a conscientização quanto ao uso de álcool e drogas e o esclarecimento cada vez maior em torno da saúde mental e da importância do bem-estar psicológico e físico. Objetivo 4: assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. O objetivo 4 envolve todos os níveis educacionais, desde a primeira infância até a vida adulta, e tem como uma de suas metas garantir que a educação seja viável para todas e todos, sem discriminação de gênero. Isso é importante pelo fato de que as meninas são as principais prejudicadas em seu desenvolvimento educacional, pois, em comparação aos meninos, a educação delas costuma ficar em segundo plano. Além disso, muitas são obrigadas a abandonar os estudos em função de casamentos e gestações precoces. 101 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Objetivo 5: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. O objetivo 5 está no centro das discussões atuais da sociedade: a igualdade de gênero. Assim, visando à erradicação de todas as formas de violência contra meninas e mulheres, uma das metas da Agenda 2030 é viabilizar que meninas e mulheres recebam os mesmos incentivos e oportunidades educacionais, profissionais e de participação política que meninos e homens, bem como o igual acesso a serviços de saúde e segurança. Objetivo 6: assegurar disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. Você sabia que, segundo a ONU, a escassez de água afeta mais de 40% da população mundial? Para permitir que todas as pessoas tenham acesso à água potável, a Agenda 2030 prevê como meta uma gestão mais responsável dos recursos hídricos, incluindo a implementação de saneamento básico em todas as regiões vulneráveis e a proteção dos ecossistemas relacionados à água, como rios e florestas. Objetivo 7: assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia, para todos. Para a Agenda 2030, é importante não apenas que todas as pessoas tenham acesso à energia (atualmente, mais de 15% da população mundial não tem acesso à eletricidade), mas que a energia fornecida também seja limpa e barata, para que não haja prejuízos ao meio ambiente durante a sua produção e também não haja dificuldades de acesso pelas pessoas de baixa renda e em situação de vulnerabilidade. Objetivo 8: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. Apesar de estarmos no século XXI, violações aos direitos trabalhistas como o trabalho escravo ainda são uma realidade. Além disso, o desemprego é crescente, afetando principalmente os jovens sem formação. Para mudar esse cenário, a Agenda 2030 tem entre suas metas apoiar “o empreendedorismo, a criatividade e a inovação, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros”. Objetivo 9: promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. 102 Unidade III Para que esse objetivo seja alcançado, a Agenda 2030 prevê entre suas metas que os países aumentem os incentivos para as pesquisas científicas, o acesso à internet e também promovam uma maior democratização no acesso às novidades tecnológicas de produção, para que os países de menor desenvolvimento possam ter um crescimento na sua capacidade produtiva. Objetivo 10: reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles. Quando se fala em reduzir desigualdades, não se trata apenas de promover uma melhor distribuição de renda dentro das nações ou de romper com os privilégios comerciais de nações ricas em relação às mais pobres. Quando se fala em reduzir desigualdades, se fala, também, em estreitar os laços entre as pessoas que ocupam os territórios do planeta, sejam elas nativas ou imigrantes. A xenofobia é um problema grave, causador de diversas violências, e que faz com que várias pessoas se vejam marginalizadas e com menos oportunidades somente por serem de um território ou etnia diferente. Objetivo 11: tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Segundo a ONU, até 2030, haverá em todo mundo 41 megalópoles com mais de 10 milhões de habitantes. Porém, o ritmo atual de ocupação urbana, além de não ser inclusivo, pois nem todas as pessoas têm acesso à moradia, é extremamente desorganizado, o que faz com que pessoas estejam alocadas em espaços inadequados, seja por serem áreas de risco de desabamentos e alagamentos, seja por sofrerem com a falta de saneamento básico, iluminação, entre outras condições de infraestrutura. Por isso, uma das metas da Agenda 2030 é que todos os países viabilizem uma urbanização inclusiva e sustentável, e a capacidade para o planejamento e a gestão participativa, integrada e sustentável dos assentamentos humanos, em todos os países Objetivo 12: assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis. No ritmo atual, consumimos muito mais recursos naturais do que deveríamos. Isso tem como consequência o fato de que, nos próximos anos, poderemos sofrer não só com a já temida falta de água, mas também com a falta de outros recursos, como alimentos, minerais, energia etc. Pensando nisso, a Agenda 2030 estabelece como uma das metas “reduzir substancialmente a geração de resíduos por meio da prevenção, redução, reciclagem e reúso”. Objetivo 13: tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos. 103 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Apesar de termos conseguido avanços importantes na preservação do planeta, como frear o aumento do buraco na camada de ozônio, ainda estamos com um desempenho negativo em outras tarefas, como o aumento do desmatamento e da poluição do ar, o que tem influência direta no aquecimento do planeta. De acordo com a ONU, se medidas não forem tomadas, a temperatura global poderá aumentar em até 3 graus até o fim do século XXI. Por isso, uma das metas da Agenda 2030 é aumentar os investimentos dos países no desenvolvimento de tecnologias que permitam reduzir o desgaste do planeta. Objetivo 14: conservar e usar sustentavelmente os oceanos, os mares e os recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável. De acordo com a ONU, há 13mil pedaços de plástico em cada quilômetro quadrado do oceano. Esse é um dado grave que mostra como muitos países têm sido displicentes quanto à preservação dos recursos marinhos. Por isso, uma das metas do objetivo 14 da Agenda 2030 é aumentar a conscientização quanto à poluição dos oceanos. Mais: a Agenda 2030 também prevê que, em 2020 – isso mesmo, 2020! –, haja o fim de todas as práticas ilegais de pescaria que prejudicam o ecossistema marinho. Objetivo 15: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, e deter a perda de biodiversidade. Nos últimos anos, vários desastres ambientais têm ocorrido em diversas regiões do planeta, como vazamentos de substâncias químicas, incêndios, entre outros. Por isso, uma das metas do objetivo 15 da Agenda 2030 é aumentar a mobilização para reverter as consequências dessas degradações e também para prevenir novos desastres. Objetivo 16: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis. As instituições executivas, legislativas e judiciárias também são um dos alvos da Agenda 2030. Em seu objetivo 16, a Agenda prevê que os países combatam a corrupção, a impunidade, as práticas abusivas e discriminatórias, a tortura, bem como todas as formas de restrição das liberdades individuais. Objetivo 17: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável. 104 Unidade III Para que todos esses objetivos se tornem realidade, é importante que haja relações de parceria e cooperação entre as nações. Por isso, uma das metas da Agenda 2030 é que os países em melhores condições financeiras ajudem os “países em desenvolvimento a alcançar a sustentabilidade da dívida de longo prazo, por meio de políticas coordenadas destinadas a promover o financiamento, a redução e a reestruturação da dívida, conforme apropriado, e tratar da dívida externa dos países pobres altamente endividados para reduzir o superendividamento” (CONHEÇA…, 2017). Lembrete O Codex Alimentarius é uma normalização de alimentos estabelecida pela ONU através da FAO e da OMS, criado em 1963, com a finalidade de proteger a saúde dos consumidores e assegurar práticas equitativas no comércio regional e internacional de alimentos. Os padrões do Codex garantem que os alimentos sejam saudáveis e possam ser comercializados. Os 188 membros do Codex negociaram recomendações baseadas na ciência em todas as áreas relacionadas à segurança e à qualidade dos alimentos. Os textos do Codex sobre segurança alimentar são uma referência para a solução de disputas comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC). Exemplo de aplicação Leia o texto apresentado a seguir. Supermercado é condenado a indenizar cliente por intoxicação alimentar A Distribuidora de Alimentos Fartura S/A (Super Mercadinhos São Luiz) foi condenada a pagar R$ 5 mil para enfermeira que sofreu intoxicação alimentar, após consumir alimento vendido pelo estabelecimento, localizado em Crato (a 527 km de Fortaleza). A decisão é da 1ª Turma Recursal do Fórum Professor Dolor Barreira. Segundo os autos, no dia 23 de abril de 2012, por volta das 19h, a cliente comprou porções de sushi na lanchonete do supermercado para comer com as duas filhas menores. No dia seguinte, elas começaram a sentir dores abdominais, calafrios, náuseas, vômito, diarreia, e se dirigiram ao hospital. A enfermeira e a filha mais velha foram liberadas para continuar o tratamento em casa. A mais nova, no entanto, continuou hospitalizada até o dia 26. Sentindo-se prejudicada, a consumidora ingressou com ação na Justiça requerendo indenização por danos morais. Alegou que, no mesmo período, vários casos semelhantes ocorreram com pessoas que também consumiram sushi e sashimi no estabelecimento. Muitas encontravam-se sob cuidados médicos ou internadas com sintomas de intoxicação alimentar. 105 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Na defesa, a empresa alegou que a cliente não demostrou o nexo de causalidade e a existência real de ação ou omissão ilícita que causasse dano moral. Pleiteou a improcedência do pedido. No dia 10 de outubro de 2013, o juiz Ângelo Bianco Vettorazzi, do Juizado Especial Cível e Criminal de Crato, condenou a empresa ao pagamento de R$ 5 mil de danos morais. Resta demonstrado que a autora e suas filhas consumiram nas dependências da lanchonete da promovida alimentos contaminados, o que ocasionou intoxicação alimentar, disse. Objetivando a reforma da sentença, a empresa interpôs recurso (n. 036.2012.929.102-1) no Fórum Dolor Barreira. Defendeu que não concorreu para a configuração do suposto dano. Sustentou que não há nos autos qualquer comprovação dos alegados danos morais experimentados. Ao julgar o caso nessa segunda-feira (21/7), a 1ª Turma Recursal manteve a sentença do Juizado, acompanhando o voto do relator, juiz Epitacio Quezado Cruz Junior. Tendo em vista a vasta documentação acostada aos autos, resta comprovado as alegações da recorrida [cliente], bem como as consequências danosas à sua saúde e à de suas filhas pelo fato de terem consumido alimentos contaminados, os quais foram comercializados pela recorrente [empresa]. O magistrado considerou ainda que o valor da indenização não merece redução, pois está de acordo com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. Fonte: Jurisway (2014). Você consegue imaginar o prejuízo que a empresa teve, além dos custos de advogados para sua defesa? 5.3 ISO 26000 A norma internacional ISO 26000, com diretrizes sobre responsabilidade social, foi lançada em novembro de 2010, em Genebra, Suíça. O lançamento da versão em português da norma – ABNT NBR ISO 26000 – ocorreu em dezembro do mesmo ano, em São Paulo. A ABNT NBR ISO 26000 (2010, p. 4) define responsabilidade social deste modo: Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem-estar da sociedade; leve em consideração as expectativas das partes interessadas; esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente com as normas internacionais de comportamento, e esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. 106 Unidade III A norma ISO 26000, portanto, tem como objetivo orientar organizações, de qualquer porte, a incorporarem diretrizes socioambientais em seus processos decisórios e a se responsabilizarem pelo impacto de suas ações na sociedade e no meio ambiente. Para isso, as organizações precisam buscar a construção da responsabilidade social a partir de uma mobilização interna, seguindo princípios como: • Accountability: condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar contas dessas decisões e atividades aos órgãos de governança de uma organização, a autoridades legais e, de modo mais amplo, às partes interessadas da organização. Observação Accountability é um termo da língua inglesa que pode ser traduzido para o português como “responsabilidade com ética” e que remete à obrigação e à transparência. Esse termo pode ser relacionado com responsabilização, fiscalização e controle social. • Transparência: franqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e o meio ambiente, e disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa. • Comportamento ético: comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específica e que seja consistente com normas internacionais de comportamento. • Respeito e consideração aos interesses dos stakeholders: funcionários,gestores, fornecedores, clientes, Estado e entidades de classe, ou seja, indivíduo ou grupo que tem interesse em quaisquer decisões ou atividades de uma organização. • Cumprimento das leis e normas internacionais: expectativas de comportamento organizacional socialmente responsável oriundas do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais ou de acordos intergovernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos. • Universalidade dos direitos humanos: através de negociação, consulta ou, simplesmente, troca de informações entre representantes de governos, empregadores e trabalhadores sobre assuntos de interesse comum relacionados a políticas econômicas e sociais. 107 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Figura 31 – Responsabilidade social é primordial para todas as empresas. Um dos grandes diferenciais da norma está no seu processo de construção. Sua elaboração levou cinco anos para ser concluída e contou com grande participação social, envolvendo 91 países-membros da ISO e cerca de quinhentas pessoas, entre integrantes de governos, organizações e sociedade civil. 5.3.1 Vantagens da ISO 26000 Embora seja de uso voluntário e sem fins de certificação, a ISO 26000 pode trazer vários benefícios para as organizações que a adotarem, como: • vantagem competitiva; • capacidade de atrair e manter trabalhadores ou sócios, clientes ou usuários; • melhor relacionamento com empresas, governos, mídia, fornecedores, clientes e comunidade em que atuam. Isso implica um comportamento transparente e ético que contribua para o desenvolvimento sustentável, esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais. Também implica que a responsabilidade social esteja integrada em toda a organização, seja praticada em suas relações e leve em conta os interesses das partes envolvidas. Lembrete A responsabilidade social empresarial é um conjunto de ações e iniciativas tomadas pelas empresas buscando, de maneira completamente voluntária, contribuir com questões de ética, o meio ambiente e a sociedade. 108 Unidade III De acordo com Hamze (s.d.), o conceito de responsabilidade social empresarial foi utilizado no Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável em 1998, estabelecendo que “se trata de comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo”. São ressaltadas, nesse momento, a seriedade da ética e a transparência nas relações com todos os seus públicos, a preservação do meio ambiente, o respeito à diversidade e a promoção da redução das desigualdades sociais. Saiba mais Para conhecer mais sobre responsabilidade social, sugerimos que acesse o site do Instituto Ethos: https://www.ethos.org.br/ Nos últimos anos, o Brasil tem avançado na agenda de transparência e combate à corrupção. O papel das empresas como atores políticos tem sido fundamental para o avanço dessa agenda, que teve conquistas concretas, como a Lei da Ficha Limpa, a Lei de Acesso à Informação e, mais recentemente, a Lei de Conflito de Interesses e a Lei Anticorrupção, conhecida também como Lei da Empresa Limpa. A boa gestão nessas áreas pressupõe um monitoramento constante sobre os ativos e passivos econômicos e socioambientais da empresa e de sua cadeia de valor, cuja responsabilidade sobre problemas pode recair na empresa. É preciso lembrar que hoje, mais do que os acionistas e o governo, é a sociedade que está acompanhando, cada vez com maior interesse, as ações das empresas, seu funcionamento, o tratamento dispensado aos empregados, a origem dos insumos para a produção, e assim por diante. 5.4 ISO 56000 Publicada em julho de 2019, a ISO 56002 defende que a cultura de inovação aconteça constantemente na indústria, visando garantir uma gestão de inovação eficiente. Essa norma serve como direção para o desenvolvimento da gestão voltada para a indústria 4.0, e trabalha com alguns pilares, tendo como destaque um pilar de suma importância, que é a colaboração. No século XX a competição entre os profissionais era o foco nas empresas, tornando-se a principal forma de conquistar espaço no mercado. Já no século XXI esse cenário mudou completamente, mostrando que o foco principal precisa ser a colaboração, pois torna o caminho até o objetivo desejado mais rápido e eficaz, possibilitando uma melhora considerável nos resultados. 109 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Conforme o site Administradores.com, “dados internos da Fiesp/Ciesp apontam que apenas 2% das empresas brasileiras estão aptas para migrar para a indústria 4.0 atualmente. Nos EUA e na Europa, o índice sobe para 50%” (ISO…, 2018). A norma possui seis pilares que sustentam seu funcionamento e servem como critério para a criação e a certificação da inovação. O primeiro deles é a liderança visionária, que garante líderes antenados e preocupados com o futuro da inovação na empresa. A gestão de insights é o segundo pilar, que visa entender, avaliar e testar as ideias de melhoria propostas, garantindo seu desenvolvimento. A gestão de riscos é o pilar que analisa incertezas, riscos e ameaças sem comprometer a inovação. O quarto pilar é a cultura adaptativa, que exige a adaptação da empresa em relação às mudanças no mercado, tornando-as oportunidades. A colaboração é o pilar de maior importância dentro da norma, e permite a participação de todos os colaboradores no desenvolvimento da inovação em diversas áreas. O propósito é o sexto e último pilar. Ele renova as missões empresariais e abre espaço para objetivos maiores que mercado ou segmento, tendo como foco principal a parte institucional da empresa. A norma leva em conta alguns aspectos básicos de gestão, como controle de documentos, análise de indicadores e suporte da alta direção. Vejamos como uma matéria do site Administradores.com apresenta os seis princípios básicos para a inovação: Liderança visionária: os líderes de uma organização precisam ser inspiradores e visionários. Quando a liderança tem a mentalidade voltada para inovação, ela é capaz de direcionar as pessoas e criar processos que viabilizem esse futuro emergente. Os líderes precisam estar focados e motivados com o futuro, antenados sobre inovação. Gestão de insights: com a implementação da norma, a empresa passa a ter uma política de gestão para novas ideias. Quando um colaborador ou consumidor tem um insight (intuição) de melhoria, independentemente de ser em um processo, produto ou serviço, existe um procedimento para tratar essa ideia, testá-la e fazê-la seguir adiante para ser implementada. A ideia não morre sem antes ser ouvida. Domínio das incertezas: gestão de riscos é indispensável em todas as empresas, mas cada uma tem sua própria forma de pensar os perigos, ameaças e oportunidades. Com a inovação, é possível fazer uma análise diferente sobre vulnerabilidades e, a partir disso, identificar melhorias. Cultura adaptativa: resiliência e flexibilidade são habilidades cada dia mais exigidas pelo mercado. Quando analisamos essa norma, a cultura adaptativa 110 Unidade III é um dos maiores benefícios. Trata-se de criar um comportamento de adaptabilidade, em que é possível identificar as demandas do mercado, olhar as tendências e as oportunidades. Espírito colaborativo: ainda permeando a cultura, o próximo grande benefício fala sobre desenvolver a capacidade de estar aberto para a colaboração. Trata-se de um hábito em que as pessoas podem falar abertamente e também aprendem a ouvir. Criar esse canal de diálogo é indispensável para fazer florescer a inovação. Propósito massivo transformador: a razão de existir de uma empresa vai muito além de satisfazer aos desejos de seus acionistas. Os consumidores atuais querem entenderos propósitos das marcas, e esses precisam ser massivos e transformadores. O processo de gestão da ISO vai direcionar para que isso aconteça e para que a missão vá muito além de ser a maior de seu segmento ou lucrar mais (ISO..., 2018). Todas as orientações são genéricas e se aplicam a: • todos os tipos de organização, independentemente de setor ou tamanho – o foco está nas organizações estabelecidas, com o entendimento de que tanto as organizações temporárias quanto as startups podem se beneficiar aplicando essas diretrizes no todo ou em parte; • todos os tipos de inovação – por exemplo, produto, serviço, processo, modelo e método –, variando de incremental a radical; • todos os tipos de abordagem – por exemplo, inovação interna e aberta, atividades de inovação orientadas para o usuário, o mercado, a tecnologia e o design. Não descreve atividades detalhadas dentro da organização, mas fornece orientação em um nível geral. Não prescreve quaisquer requisitos ou ferramentas ou métodos específicos para atividades de inovação. 5.5 ISO 27001 A ISO 27001, atualizada em 2013, define os requisitos para a certificação de um Sistema de Gestão da Segurança da Informação (SGSI). Nos dias atuais, uma das coisas de maior valor para as empresas são as suas informações. Não é à toa que as informações podem significar a ascensão ou a ruína de uma empresa. Por isso a certificação ISO 27001 é tão importante. Ela propõe o desenvolvimento de um SGSI, impactando assim diretamente nas tomadas de decisão dentro da empresa por conta da qualidade das informações analisadas no momento da decisão. 111 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Figura 32 – Segurança da informação é essencial para as empresas A implementação dessa norma está dividida em cinco grandes etapas. A partir delas, há uma série de requisitos que se especificam para alcançar o máximo de soluções possível. As etapas são as seguintes: • Entendimento do contexto da organização: avaliam-se os possíveis riscos a que a empresa pode estar submetida, bem como as características e as necessidades da organização, para estabelecer quais são as políticas e os objetivos internos de segurança da informação. • Avaliação de riscos: avaliam-se todos os processos internos da organização e os riscos relacionados à segurança da informação, e cria-se uma classificação de riscos para todos os pontos identificados. • Controles operacionais: faz-se o tratamento de risco, com a finalidade de controlar e/ou eliminar os riscos identificados. • Análise da eficácia: avalia-se o desempenho. • Melhoria contínua: colocam-se em prática ações corretivas. Assim, uma empresa com essa certificação garante ao mercado que se preocupa com a disponibilidade, a confidencialidade e a integridade da informação, ou seja, que é uma organização a que se pode oferecer informações com segurança de que estão sendo bem geridas. 5.5.1 Vantagens da ISO 27001 Entre as suas principais vantagens, podemos citar: 112 Unidade III • identificar riscos e definir controles para gerenciá-los ou eliminá-los; • oferecer flexibilidade para adaptar os controles a todas as áreas ou a áreas selecionadas de sua empresa; • ganhar a confiança das partes interessadas e dos demais potenciais clientes, que sabem que seus dados estão protegidos; • demonstrar conformidade e obter o status de fornecedor preferencial; • atender às expectativas mais sensíveis, mostrando conformidade; • reduzir os custos com tomadas de decisão bem direcionadas e com a diminuição de riscos e danos que causam gastos desnecessários; • proporcionar vantagem no mercado, já que produz confiança nos potenciais clientes; • favorecer a organização interna, pois, ao implementar um SGSI, há um grande auxílio ao crescimento da empresa pelos novos modos de tomada de decisão. Relativamente à segurança de dados, ela está atrelada aos aspectos de confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação armazenada ou que trafega por meios eletrônicos ou não. Ou seja, o acesso da informação deve ser permitido somente às pessoas autorizadas, e a informação deve ser confiável, autêntica e disponível. Lembrete A ISO 27001 de 2013 define os requisitos para a certificação de um SGSI. A adoção das medidas de segurança da informação deve estar apta a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas, principalmente no contexto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. Cada norma da série ISO 27000 é projetada com determinado foco. Por exemplo, se você quiser construir os alicerces da segurança da informação em sua organização e definir sua estrutura, deverá usar a ISO 27001; se quiser implementar controles, deverá usar a ISO 27002; se quiser realizar avaliação de riscos e tratamento de riscos, deverá usar a ISO 27005. 6 NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO Fundada em 1919 pelos países industrializados – como parte do Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra Mundial –, a fim de dar resposta aos problemas desses países, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) rapidamente encontrou uma forma criativa de se adaptar ao drástico aumento do número dos seus membros nas duas décadas posteriores à Segunda Guerra Mundial. 113 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Durante o período da Guerra Fria, a organização manteve a sua universalidade, reafirmando os seus valores fundamentais. O fim da Guerra Fria e a aceleração do processo de globalização forçaram a OIT a reformular, mais uma vez, a sua missão, os seus programas e os seus métodos de trabalho. Desde 1919, graças à sua estrutura tripartite, que reúne os governos dos países-membros e organizações de empregadores e trabalhadores, a OIT desenvolveu um sistema de normas internacionais que abrange todas as matérias relacionadas com o trabalho. A OIT se constituiu em um fórum onde os governos e os parceiros sociais dos seus países-membros podem discutir livremente as suas experiências e comparar políticas nacionais. Essas normas assumem a forma de convenções e recomendações internacionais sobre o trabalho. As convenções da OIT são tratados internacionais sujeitos a ratificação pelos Estados-membros da organização. São tratados internacionais que definem padrões e pisos mínimos a serem observados e cumpridos por todos os países que os ratificam. A ratificação de uma convenção ou protocolo da OIT por qualquer um de seus Estados-membros é um ato soberano e implica sua incorporação total ao sistema jurídico, legislativo, executivo e administrativo do país em questão, tendo, portanto, um caráter vinculante. As recomendações não têm caráter vinculante em termos legais e jurídicos. Uma recomendação frequentemente complementa uma convenção, propondo princípios reitores mais definidos sobre a forma como esta poderia ser aplicada. Existem também recomendações autônomas, que não estão associadas a nenhuma convenção, e que podem servir como guias para a legislação e as políticas públicas dos Estados-membros. Tanto as convenções como as recomendações pretendem ter um impacto real sobre as condições e as práticas de trabalho em todo o mundo. Até hoje, a OIT adotou mais de 180 convenções e mais de 190 recomendações sobre um vasto leque de matérias sobre liberdade sindical e negociação coletiva, igualdade de tratamento e de oportunidades, abolição do trabalho forçado e do trabalho infantil, promoção do emprego e da formação profissional, segurança social, condições de trabalho, administração e inspeção do trabalho, prevenção de acidentes do trabalho, proteção da maternidade, proteção de trabalhadores migrantes e de outras categorias de trabalhadores, como marítimos, enfermeiros e trabalhadores agrícolas. As Normas Internacionais do Trabalho influenciam consideravelmente a legislação, as políticas e as decisões judiciais adotadas em nível nacional, bem como as disposições das convenções coletivas de trabalho. Independentemente de um país ter ou não ratificado determinadaconvenção, as normas fornecem orientações sobre o funcionamento das instituições e os mecanismos nacionais no domínio do trabalho, bem como sobre a adoção de boas práticas em matéria de trabalho e de emprego. Por conseguinte, as Normas Internacionais do Trabalho têm um impacto sobre a legislação e as práticas nacionais que ultrapassa largamente a simples adaptação da legislação às obrigações impostas por uma convenção ratificada. 114 Unidade III No site da OIT ([s.d.]d), consta o seguinte: O preâmbulo da Constituição da OIT é muito claro quando identifica como elemento fundamental da justiça social “a proteção dos trabalhadores contra doenças gerais ou profissionais e contra acidentes do trabalho”. A obrigação da organização em promover condições de trabalho seguras foi reafirmada na Declaração da Filadélfia de 1944 e novamente com a Declaração de 2008 sobre Justiça Social para uma Globalização Justa, que as reconhece como elementos-chave da Agenda para o Trabalho Digno. O reconhecimento internacional reforçou-se com a adoção da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada em 2015. Com o ODS 8, relativo ao trabalho digno e ao crescimento econômico, a comunidade internacional compromete-se a proteger os direitos laborais e a promover ambientes de trabalho seguros e protegidos para todos os trabalhadores e trabalhadoras, incluindo migrantes. Esta preocupação global com esta área faz todo o sentido! Basta olharmos para os números para termos uma noção da tragédia: – De acordo com as estatísticas da OIT, a cada 15 segundos, morre um/a trabalhador/a em virtude de acidente de trabalho ou de doença relacionada com a sua atividade profissional. Ou seja, 6.300 mortes por dia num total de 2,3 milhões de mortes por ano. – 313 milhões de trabalhadores e trabalhadoras sofrem lesões profissionais não fatais todos os anos, ou seja, 860.000 pessoas são feridas no trabalho todos os dias. É entendimento da OIT que a única forma eficaz de fazer face a novos e antigos riscos passa pelo enquadramento dos dispositivos legais e das atividades numa forte cultura de segurança. Este conceito traduz-se numa cultura em que o direito a trabalhar num ambiente seguro e saudável é respeitado em todos os níveis e em que governos, empregadores e trabalhadores colaboram ativamente para assegurá-lo, através da definição de um sistema de direitos, responsabilidades e deveres, assim como da atribuição da máxima importância ao princípio da prevenção. 6.1 Mecanismos de controle da OIT A aplicação das Normas Internacionais do Trabalho é objeto de permanente controle por parte da OIT. Cada país-membro é obrigado a apresentar periodicamente um relatório sobre as medidas adotadas, no plano jurídico e na prática, com vista a aplicar cada uma das convenções por si ratificadas. 115 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Simultaneamente, deverá enviar cópias desse relatório às organizações de empregadores e de trabalhadores, que também têm o direito de apresentar informações. Os relatórios dos governos são inicialmente examinados pela Comissão de Peritos para a Aplicação das Convenções e Recomendações, órgão constituído por vinte personalidades eminentes nos campos jurídico e social, que são independentes dos respectivos governos e nomeadas a título pessoal. A comissão apresenta um relatório anual à Conferência Internacional do Trabalho, que é atentamente examinado pela Comissão da Conferência para a Aplicação das Convenções e Recomendações, um órgão tripartite constituído por representantes dos governos, dos empregadores e dos trabalhadores. Paralelamente a esses mecanismos de controle regulares, as organizações de empregadores e de trabalhadores podem instaurar processos contenciosos, designados como reclamações, contra um país-membro, com fundamento na não aplicação de uma convenção por este ratificada. Se a reclamação for considerada admissível pelo Conselho de Administração da OIT, este nomeia um Comitê Tripartite para examinar a questão. Esse comitê apresenta posteriormente um relatório ao Conselho de Administração com as suas conclusões e recomendações. Além disso, qualquer país-membro pode apresentar uma queixa junto ao Bureau Internacional do Trabalho contra qualquer outro país-membro que, em sua opinião, não tenha assegurado, de forma satisfatória, a aplicação de uma convenção que ambos tenham ratificado. Nesse caso, o Conselho de Administração pode criar uma Comissão de Inquérito para analisar a questão e apresentar um relatório sobre o assunto. Esse processo pode ser igualmente iniciado oficiosamente pelo próprio Conselho de Administração ou no seguimento de uma queixa apresentada por um delegado à Conferência Internacional do Trabalho. Se necessário, a Comissão de Inquérito formula recomendações sobre as medidas a adotar. Se os governos não aceitarem essas recomendações, podem submeter o caso ao Tribunal Internacional de Justiça. 6.2 Liberdade sindical: mecanismos de controle especiais Em 1950, a OIT estabeleceu um procedimento especial no domínio da liberdade sindical, baseado nas queixas apresentadas por governos ou pelas organizações de empregadores ou de trabalhadores contra um país-membro, mesmo que este não tenha ratificado as convenções em causa. Esse procedimento é possível porque, ao aderirem à OIT, os países-membros comprometem-se a respeitar o princípio da liberdade de associação consagrado na própria Constituição da organização. O mecanismo estabelecido nesse domínio comporta dois órgãos distintos. O primeiro é a Comissão de Investigação e de Conciliação, que exige a aprovação dos governos interessados. O procedimento seguido por essa comissão é semelhante ao da Comissão de Inquérito, e os seus relatórios são publicados. Até à data, foram constituídas seis comissões dessa natureza. 116 Unidade III O segundo órgão é o Comitê da Liberdade Sindical. Esse comitê tripartite é nomeado pelo Conselho de Administração entre os seus próprios membros. Desde a sua criação, o Comitê da Liberdade Sindical examina processos relativos a vários aspectos da liberdade sindical, nomeadamente detenção e desaparecimento de sindicalistas, interferência nas atividades sindicais, legislação não conforme com os princípios da liberdade sindical etc. Através da Declaração da OIT de 1998, os países-membros da organização reafirmaram o seu compromisso de respeitar, promover e realizar, de boa-fé, os princípios relativos aos direitos fundamentais no trabalho, ou seja, a liberdade de associação e o reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, a eliminação de todas as formas de trabalho forçado ou obrigatório, a abolição efetiva do trabalho infantil e a eliminação da discriminação em matéria de emprego e de profissão. A Declaração, relativa aos direitos fundamentais no trabalho, sublinha que todos os Estados-membros têm a obrigação de respeitar os princípios fundamentais nela consagrados, tenham ou não ratificado as convenções da OIT correspondentes. Ela reconhece ainda a obrigação da OIT de ajudar os seus membros a alcançar esses objetivos, em resposta às necessidades que estabeleceram e expressaram, utilizando todos os seus recursos, incluindo a mobilização de recursos externos e incentivando o apoio de outras organizações internacionais. A Declaração ressalta que as normas do trabalho não poderão ser usadas para fins comerciais protecionistas e que nada nela e no seu acompanhamento poderá ser invocado ou utilizado para tal fim; além disso, a vantagem comparativa de qualquer país não poderá ser de qualquer modo posta em causa com base na Declaração e no seu acompanhamento. A Conferência Internacional do Trabalho estabeleceu um mecanismo de acompanhamento da Declaração, anexado a ela própria. Esse acompanhamento prevê uma revisão anual dos esforços desenvolvidos pelos países que ainda não tenham ratificado uma ou mais das convenções relacionadas com as quatro categorias de direitos fundamentais, a ser realizadade acordo com os procedimentos estabelecidos pelo Conselho de Administração. 6.3 Convenções fundamentais da OIT O Conselho de Administração da OIT qualificou como fundamentais oito convenções, que tratam de questões consideradas como princípios e direitos fundamentais no trabalho: liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva, eliminação de toda e qualquer forma de trabalho forçado ou obrigatório, abolição efetiva do trabalho infantil e eliminação da discriminação em matéria de emprego e de profissão. Veja a seguir quais são as chamadas convenções fundamentais. • N. 29: convenção sobre o trabalho forçado. Aprovada na 14ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1930). Exige a supressão do trabalho forçado ou obrigatório, sob todas as suas formas. Encontram-se previstas algumas exceções, como o serviço militar, o trabalho de pessoas condenadas em tribunal sob vigilância adequada, e casos de força maior, como situações de guerra, incêndios e terremotos. 117 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST • N. 87: convenção sobre a liberdade sindical e a proteção do direito sindical. Aprovada na 31ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1948). Garante a todos os trabalhadores e empregadores o direito de, sem autorização prévia, constituírem organizações da sua escolha e de nelas se filiarem, e estabelece um conjunto de garantias para o livre funcionamento dessas organizações sem interferência das autoridades públicas. • N. 98: convenção sobre o direito de organização e de negociação coletiva. Aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949). Entrou em vigor no plano internacional em 18 de julho de 1951. Prevê a proteção contra atos de discriminação antissindical e a proteção das organizações de trabalhadores e de empregadores contra atos de ingerência de umas em relação às outras, bem como medidas destinadas a promover a negociação coletiva. • N. 100: convenção relativa à igualdade de remuneração. Aprovada na 34ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1951). Entrou em vigor no plano internacional em 23 de maio de 1953. Apela à igualdade de remuneração entre homens e mulheres por um trabalho de igual valor. • N. 105: convenção sobre a abolição do trabalho forçado. Aprovada na 40ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1957). Entrou em vigor no plano internacional em 17 de janeiro de 1959. Proíbe o recurso a qualquer forma de trabalho forçado ou obrigatório como medida de coerção ou de educação política, sanção pela expressão de opiniões políticas ou ideológicas, método de mobilização da mão de obra, medida disciplinar do trabalho, punição pela participação em greves ou medida de discriminação. • N. 111: convenção sobre a discriminação (emprego e profissão). Aprovada na 42ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1958). Entrou em vigor no plano internacional em 15 de junho de 1960. Apela à adoção de uma política nacional destinada a eliminar a discriminação no acesso ao emprego, nas condições de formação e de trabalho, com fundamento em raça, cor, sexo, religião, opinião política, ascendência nacional ou origem social, bem como a promover a igualdade de oportunidades e de tratamento em matéria de emprego e de profissão. • N. 138: convenção sobre a idade mínima de admissão ao emprego. Aprovada na 58ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1973). Entrou em vigor no plano internacional em 19 de junho de 1976. Visa à abolição do trabalho infantil, estipulando que a idade mínima de admissão ao emprego não poderá ser inferior à idade de conclusão da escolaridade obrigatória. • N. 182: convenção sobre as piores formas de trabalho das crianças. Aprovada na 87ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1999). Aprovada pelo Brasil pelo Decreto Legislativo n. 178, de 14 de dezembro de 1999. Exige a adoção de medidas imediatas e eficazes para assegurar a proibição e a eliminação das piores formas de trabalho das crianças, nomeadamente escravatura e práticas análogas, recrutamento forçado de crianças com vista à sua utilização em conflitos armados, utilização de crianças para fins de prostituição, produção de material pornográfico e qualquer atividade ilícita, bem como trabalhos que sejam suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança ou a moralidade das crianças. 118 Unidade III Cabe lembrar que as convenções da OIT são tratados multilaterais abertos, com força normativa, que dependem da adesão e ratificação dos Estados-membros, e que visam à universalização das normas de proteção ao trabalho através da incorporação de tais normas ao direito interno dos países-membros, definindo os ritos de aprovação, adesão, ratificação e vigência das convenções e recomendações, estabelecendo diretrizes na forma de convenções ou recomendações trabalhistas, aprovadas em Assembleias Gerais, realizadas pelo menos uma vez por ano, com a participação dos países-membros da organização. 6.4 Convenções ratificadas pelo Brasil Uma das funções fundamentais da OIT é a elaboração, adoção, aplicação e promoção das Normas Internacionais do Trabalho, sob a forma de convenções, protocolos, recomendações, resoluções e declarações. Todos esses instrumentos são discutidos e adotados pela Conferência Internacional do Trabalho (CIT), órgão máximo de decisão da OIT, que se reúne uma vez por ano. A seguir, a lista de convenções ratificadas pelo Brasil. Convenção 3 Emprego das mulheres antes e depois do parto (proteção à maternidade) Adoção pela OIT: convocada em Washington pelo governo dos Estados Unidos da América, em 29 de outubro de 1919 Ratificação pelo Brasil: 26 de abril de 1934 Promulgação: Decreto n. 423, de 12 de novembro de 1935 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 103 em 26 de julho de 1961 Convenção 4 Trabalho noturno das mulheres Adoção pela OIT: convocada em Washington pelo governo dos Estados Unidos da América, em 29 de outubro de 1919 Ratificação pelo Brasil: 26 de abril de 1934 Promulgação: Decreto n. 423, de 12 de novembro de 1935 119 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Status: não está em vigor Nota: denunciada em 12 de maio de 1937 Convenção 5 Idade mínima de admissão nos trabalhos industriais Adoção pela OIT: convocada em Washington pelo governo dos Estados Unidos da América, em 29 de outubro de 1919 Ratificação pelo Brasil: 26 de abril de 1934 Promulgação: Decreto n. 423, de 12 de novembro de 1935 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 138 em 28 de junho de 2001 Convenção 6 Trabalho noturno de menores na indústria Adoção pela OIT: convocada em Washington pelo governo dos Estados Unidos da América, em 29 de outubro de 1919 Ratificação pelo Brasil: 26 de abril de 1934 Promulgação: Decreto n. 423, de 12 de novembro de 1935 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 7 Idade mínima para a admissão de menores no trabalho marítimo (revista em 1936) Adoção pela OIT: aprovada na 22ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1936) Ratificação pelo Brasil: 8 de junho de 1936 Promulgação: Decreto n. 1.397, de 19 de janeiro de 1937 120 Unidade III Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 58 em 9 de janeiro de 1974 Convenção 11 Direito de sindicalização na agricultura Adoção pela OIT: aprovada na 3ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1921), entrou em vigor no plano internacional em 11 de maio de 1923 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 12 Indenização por acidente de trabalho na agricultura Adoção pela OIT: aprovada na 3ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1921), entrou em vigor no plano internacional em 26 de fevereiro de 1923 Ratificação pelo Brasil:25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 14 Repouso semanal na indústria Adoção pela OIT: aprovada na 3ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1921), entrou em vigor no plano internacional em 19 de junho de 1923 121 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 16 Exame médico de menores no trabalho marítimo Adoção pela OIT: aprovada na 3ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1921), entrou em vigor no plano internacional em 20 de novembro de 1922 Ratificação pelo Brasil: 8 de junho de 1936 Promulgação: Decreto n. 1.398, de 19 de janeiro de 1937 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 19 Igualdade de tratamento (indenização por acidente de trabalho) Adoção pela OIT: aprovada na 7ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1925), entrou em vigor no plano internacional em 8 de setembro de 1926 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 21 Inspeção dos emigrantes a bordo dos navios Adoção pela OIT: aprovada na 8ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1926), entrou em vigor no plano internacional em 29 de dezembro de 1927 122 Unidade III Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.816, de 14 de junho de 1966 Status: em vigor Nota: deixada de lado (não é pertinente no contexto atual) Convenção 22 Contrato de engajamento de marinheiros Adoção pela OIT: aprovada na 9ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1926), entrou em vigor no plano internacional em 4 de abril de 1928 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.817, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 26 Métodos de fixação de salários mínimos Adoção pela OIT: aprovada na 11ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1928), entrou em vigor no plano internacional em 14 de junho de 1930 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 29 Trabalho forçado ou obrigatório Adoção pela OIT: aprovada na 14ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1930), entrou em vigor no plano internacional em 1º de maio de 1932 123 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 41 Trabalho noturno das mulheres (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 18ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1934) Ratificação pelo Brasil: 8 de junho de 1936 Promulgação: Decreto n. 1.396, de 19 de janeiro de 1937 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 89 em 24 de abril de 1957 Convenção 42 Indenização por enfermidade profissional (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 18ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1934), entrou em vigor no plano internacional em 17 de junho de 1936 Ratificação pelo Brasil: 8 de junho de 1936 Promulgação: Decreto n. 1.361, de 12 de janeiro de 1937 Status: em vigor Nota: instrumento desatualizado Convenção 45 Indenização por enfermidade profissional (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 19ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1935), entrou em vigor no plano internacional em 30 de maio de 1937 124 Unidade III Ratificação pelo Brasil: 22 de setembro de 1938 Promulgação: Decreto n. 3.233, de 3 de novembro de 1938 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 52 Férias remuneradas Adoção pela OIT: aprovada na 20ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1936), entrou em vigor no plano internacional em 22 de setembro de 1939 Ratificação pelo Brasil: 22 de setembro de 1938 Promulgação: Decreto n. 3.232, de 3 de novembro de 1938 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 132 em 23 de setembro de 1998 Convenção 53 Certificados de capacidade dos oficiais da marinha mercante Adoção pela OIT: aprovada na 21ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1936), entrou em vigor no plano internacional em 19 de março de 1939 Ratificação pelo Brasil: 12 de outubro de 1938 Promulgação: Decreto n. 3.343, de 30 de novembro de 1938 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 58 Idade mínima no trabalho marítimo (revista) 125 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Adoção pela OIT: aprovada na 22ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1936), entrou em vigor no plano internacional em 11 de abril de 1939. Ratificação pelo Brasil: 12 de outubro de 1938 Promulgação: Decreto n. 1.397, de 19 de janeiro de 1937 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 138 em 26 de junho de 2001 Convenção 80 Revisão dos artigos finais Adoção pela OIT: aprovada na 29ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1946), entrou em vigor no plano internacional em 28 de março de 1947 Ratificação pelo Brasil: 13 de abril de 1948 Promulgação: Decreto n. 25.696, de 24 de outubro de 1948 Status: em vigor Convenção 81 Inspeção do trabalho na indústria e no comércio Adoção pela OIT: aprovada na 30ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1947), entrou em vigor no plano internacional em 7 de abril de 1950 Ratificação pelo Brasil: 11 de outubro de 1989 Promulgação: Decreto n. 10.088, de 5 de novembro de 2019 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 88 Organização do serviço de emprego 126 Unidade III Adoção pela OIT: aprovada na 31ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1948), entrou em vigor no plano internacional em 10 de agosto de 1950 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 89 Trabalho noturno das mulheres na indústria (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 31ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1948), entrou em vigor no plano internacional em 27 de fevereiro de 1951 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de maio de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 91 Férias remuneradas dos marítimos (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 14 de março de 1967 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 66.875, de 16 de julho de 1970 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 146 em 24 de setembro de 1998 127 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 92 Alojamento de tripulação a bordo (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 29 de janeiro de 1953 Ratificação pelo Brasil: 8 de junho de 1954 Promulgação: Decreto n. 36.378, de 22 de outubro de 1954 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 93 Salários, duração de trabalho a bordo e tripulação (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949) Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto Legislativo n. 20, de 30 de abril de 1965 Status: não está em vigor Nota: instrumento desatualizado Convenção 94 Cláusulas de trabalho em contratos com órgãos públicosAdoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 20 de setembro de 1952 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.818, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 128 Unidade III Convenção 95 Proteção do salário Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 24 de setembro de 1952 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 96 Escritórios remunerados de empregos (revista) Adoção pela OIT: 18 de agosto de 1949 Ratificação pelo Brasil: 21 de junho de 1957 Status: não está em vigor Nota: denunciada pelo Brasil, deixou de vigorar em 14 de janeiro de 1973 Convenção 97 Trabalhadores migrantes (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 22 de janeiro de 1952 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.819, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 129 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 98 Direito de sindicalização e de negociação coletiva Adoção pela OIT: aprovada na 32ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1949), entrou em vigor no plano internacional em 18 de julho de 1951 Ratificação pelo Brasil: 18 de novembro de 1952 Promulgação: Decreto n. 33.196, de 29 de junho de 1953 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 99 Métodos de fixação de salário mínimo na agricultura Adoção pela OIT: aprovada na 34ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1951), entrou em vigor no plano internacional em 23 de agosto de 1953 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 100 Igualdade de remuneração de homens e mulheres trabalhadores por trabalho de igual valor Adoção pela OIT: aprovada na 34ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1951), entrou em vigor no plano internacional em 23 de maio de 1953 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 41.721, de 25 de junho de 1957 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 130 Unidade III Convenção 101 Férias remuneradas na agricultura Adoção pela OIT: aprovada na 35ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1952), entrou em vigor no plano internacional em 24 de julho de 1954 Ratificação pelo Brasil: 25 de abril de 1957 Promulgação: Decreto n. 4.721, de 25 de junho de 1957 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 132 em 23 de setembro de 1998 Convenção 102 Normas mínimas da seguridade social Adoção pela OIT: aprovada na 35ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1952), entrou em vigor no plano internacional em 27 de abril de 1955 Ratificação pelo Brasil: 15 de junho de 2009 Promulgação: Decreto Legislativo n. 269, de 19 de setembro de 2008 Status: em vigor Nota: aceita as partes II-X Convenção 103 Amparo à maternidade (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 35ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1952), entrou em vigor no plano internacional em 7 de junho de 1958 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.820, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: com exceção dos trabalhos a que se refere o art. 7, § 1, b) e c). 131 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 104 Abolição das sanções penais no trabalho indígena Adoção pela OIT: aprovada na 38ª Reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1955), entrou em vigor no plano internacional em 7 de junho de 1958 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.821, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: deixado de lado (não é pertinente no contexto atual) Convenção 105 Abolição do trabalho forçado Adoção pela OIT: aprovada na 40ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1957), entrou em vigor no plano internacional em 17 de janeiro de 1959 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.822, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 106 Repouso semanal no comércio e nos escritórios Adoção pela OIT: aprovada na 40ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1957), entrou em vigor no plano internacional em 4 de março de 1959 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.823, de 14 de julho de 1965 Status: em vigor Nota: o governo declarou que a convenção se aplica também a pessoas empregadas nos estabelecimentos especificados no art. 3, § 1, a), c) e d) 132 Unidade III Convenção 107 Populações indígenas e tribais Adoção pela OIT: aprovada na 40ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1957), entrou em vigor no plano internacional em 2 de junho de 1959 Ratificação pelo Brasil: 18 de junho de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.824, de 14 de julho de 1966 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 169 em 25 de julho de 2002 Convenção 108 Documentos de identidade dos marítimos Adoção pela OIT: aprovada na 41ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1958), entrou em vigor no plano internacional em 19 de fevereiro de 1961 Ratificação pelo Brasil: 5 de novembro de 1963 Promulgação: Decreto n. 58.825, de 14 de julho de 1966 Status: não está em vigor Nota: denunciada, como resultado da ratificação da Convenção n. 185 em 21 de janeiro de 2010 Convenção 109 Salários, duração do trabalho a bordo e lotações (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 41ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1958) Ratificação pelo Brasil: 30 de novembro de 1966 Promulgação: Decreto Legislativo n. 70, de 16 de julho de 1965 Status: não entrou em vigor 133 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 110 Condições de emprego dos trabalhadores em fazendas Adoção pela OIT: aprovada na 42ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1958) Ratificação pelo Brasil: 1º de março de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.826, de 14 de julho de 1966 Status: não está em vigor Nota: denunciada em 28 de agosto de 1970 Convenção 111 Discriminação em matéria de emprego e ocupação Adoção pela OIT: aprovada na 42ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1958), entrou em vigor no plano internacional em 15 de junho de 1960 Ratificação pelo Brasil: 26 de novembro de 1965 Promulgação: Decreto n. 62.150, de 19 de janeiro de 1968 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 113 Exame médico dos pescadores Adoção pela OIT: aprovada na 43ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1959), entrou em vigor no plano internacional em 7 de novembro de 1961 Ratificação pelo Brasil: 1º de março de 1965 Promulgação: Decreto n. 58.827, de 14 de julho de 1966 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão 134 Unidade III Convenção 115 Proteção contra as radiações Adoção pela OIT: aprovada na 44ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1960), entrou em vigor no plano internacional em 17 de junho de 1962 Ratificação pelo Brasil: 5 de setembro de 1966 Promulgação: Decreto n. 62.151, de 19 de janeiro de 1968 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 116 Revisão dos artigos finais Adoção pela OIT: aprovada na 45ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1961), entrou em vigor no plano internacional em 5 de fevereiro de 1962 Ratificação pelo Brasil: 5 de setembro de 1966 Promulgação: Decreto n. 62.152, de 19 de janeiro de 1968 Status: em vigor Convenção 117 Objetivos e normas básicas da política socialAdoção pela OIT: aprovada na 46ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1962), entrou em vigor no plano internacional em 25 de abril de 1964 Ratificação pelo Brasil: 24 de março de 1969 Promulgação: Decreto n. 66.496, de 27 de abril de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória 135 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 118 Igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros em previdência social Adoção pela OIT: aprovada na 46ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1962), entrou em vigor no plano internacional em 25 de abril de 1964 Ratificação pelo Brasil: 24 de março de 1969 Promulgação: Decreto n. 66.497, de 27 de abril de 1970 Status: em vigor Convenção 119 Proteção das máquinas Adoção pela OIT: aprovada na 47ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1963), entrou em vigor no plano internacional em 21 de abril de 1965 Ratificação pelo Brasil: 16 de abril de 1992 Promulgação: Decreto n. 1.255, de 24 de setembro de 1994 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 120 Higiene no comércio e nos escritórios Adoção pela OIT: Aprovada na 48ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1964), entrou em vigor no plano internacional em 29 de março de 1966 Ratificação pelo Brasil: 24 de março de 1969 Promulgação: Decreto n. 66.498, de 27 de abril de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 136 Unidade III Convenção 122 Política de emprego Adoção pela OIT: Aprovada na 49ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1965), entrou em vigor no plano internacional em 17 de julho 1966 Ratificação pelo Brasil: 24 de março de 1969 Promulgação: Decreto n. 66.499, de 27 de abril de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 124 Exame médico dos adolescentes para o trabalho subterrâneo nas minas Adoção pela OIT: aprovada na 49ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1965), entrou em vigor no plano internacional em 13 de dezembro de 1967 Ratificação pelo Brasil: 21 de agosto de 1970 Promulgação: Decreto n. 67.342, de 5 de outubro de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 125 Certificados de capacidade dos pescadores Adoção pela OIT: aprovada na 50ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1966), entrou em vigor no plano internacional em 15 de julho de 1969 Ratificação pelo Brasil: 21 de agosto de 1970 Promulgação: Decreto n. 67.341, de 5 de outubro de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão 137 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 126 Alojamento a bordo dos navios de pesca Adoção pela OIT: aprovada na 50ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1966), entrou em vigor no plano internacional em 6 de novembro de 1968 Ratificação pelo Brasil: 12 de abril de 1994 Promulgação: Decreto n. 2.420, de 16 de dezembro de 1997 Status: em vigor Convenção 127 Peso máximo das cargas Adoção pela OIT: aprovada na 51ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1967), entrou em vigor no plano internacional em 10 de março de 1970 Ratificação pelo Brasil: 21 de agosto de 1970 Promulgação: Decreto n. 67.339, de 5 de outubro de 1970 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 131 Fixação de salários mínimos, especialmente nos países em desenvolvimento Adoção pela OIT: aprovada na 54ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1970), entrou em vigor no plano internacional em 29 de abril de 1972 Ratificação pelo Brasil: 4 de maio de 1983 Promulgação: Decreto n. 89.686, de 22 de maio de 1984 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 138 Unidade III Convenção 132 Férias remuneradas (revista) Adoção pela OIT: aprovada na 54ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1970), entrou em vigor no plano internacional em 30 de junho de 1973 Ratificação pelo Brasil: 23 de setembro de 1998 Promulgação: Decreto n. 3.197, de 5 de outubro de 1999 Status: em vigor Nota: duração especificada das férias: 30 dias; aceitou as disposições do art. 15, § 1, a) e b) Convenção 133 Alojamento a bordo de navios (disposições complementares) Adoção pela OIT: aprovada na 55ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1970), em complemento à Convenção n. 92, de 1949, sobre alojamento de tripulação a bordo (revisão), também ratificada pelo Brasil; a Convenção n. 133 entrou em vigor no plano internacional em 27 de agosto de 1991 Ratificação pelo Brasil: 16 de abril de 1992 Promulgação: Decreto n. 1.257, de 29 de setembro de 1994 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória Convenção 134 Prevenção de acidentes do trabalho dos marítimos Adoção pela OIT: aprovada na 55ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1970), entrou em vigor no plano internacional em 17 de fevereiro de 1973 Ratificação pelo Brasil: 25 de julho de 1996 Promulgação: Decreto n. 3.251, de 17 de novembro de 1999 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão 139 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 135 Proteção de representantes de trabalhadores Adoção pela OIT: aprovada na 56ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1971), entrou em vigor no plano internacional em 30 de junho de 1973 Ratificação pelo Brasil: 18 de maio de 1990 Promulgação: Decreto n. 131, de 22 de maio de 1991 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 136 Proteção contra os riscos da intoxicação pelo benzeno Adoção pela OIT: aprovada na 56ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1971), entrou em vigor no plano internacional em 27 de julho de 1973 Ratificação pelo Brasil: 24 de março de 1993 Promulgação: Decreto n. 1.253, de 27 de setembro de 1994 Status: em vigor Nota: instrumento pendente de revisão Convenção 137 Trabalho portuário Adoção pela OIT: aprovada na 58ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1973), entrou em vigor no plano internacional em 24 de junho de 1975 Ratificação pelo Brasil: 12 de agosto de 1994 Promulgação: Decreto n. 1.574, de 31 de junho de 1995 Status: em vigor Nota: instrumento em situação provisória 140 Unidade III Convenção 138 Idade mínima para admissão Adoção pela OIT: aprovada na 58ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1973), entrou em vigor no plano internacional em 19 de junho de 1976 Ratificação pelo Brasil: 28 de junho de 2001 Promulgação: Decreto n. 4.134, de 15 de fevereiro de 2002 Status: em vigor Nota: idade mínima especificada: 16 anos Convenção 139 Prevenção e controle de riscos profissionais causados por substâncias ou agentes cancerígenos Adoção pela OIT: aprovada na 59ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1974), entrou em vigor no plano internacional em 10 de junho de 1976 Ratificação pelo Brasil: 27 de junho de 1990 Promulgação: Decreto n. 157, de 2 de junho de 1991 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 140 Licença remunerada para estudos Adoção pela OIT: aprovada na 59ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1974), entrou em vigor no plano internacional em 23 de setembro de 1976 Ratificação pelo Brasil: 16 de abril de 1992 Promulgação: Decreto n. 1.258, de 29 de setembro de 1994 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado 141 NORMAS TÉCNICAS E INTERNACIONAIS DE SST Convenção 141 Organizações de trabalhadores rurais Adoção pela OIT: aprovada na 60ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1975), entrou em vigor no plano internacional em 24 de novembro de 1977 Ratificação pelo Brasil: 27 de setembro de 1994 Promulgação: Decreto n. 1.703, de 17 de dezembro de 1995 Status: em vigor Nota: instrumento atualizado Convenção 142 Desenvolvimento de recursos humanos Adoção pela OIT: aprovada na 60ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (1975), entrou em vigor no plano internacional em 19 de julho de 1977 Ratificação pelo Brasil: 24 de novembro de 1981 Promulgação:
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