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PROF: KEITH LIMA 
Autor: Sou Enfermagem Em: 30/07/2018 
 
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM 
 
O QUE É A ENFERMAGEM? 
♦ Enfermagem é a arte de cuidar e também uma ciência cuja essência e 
especificidade é o cuidado ao ser humano, individualmente, na família ou em 
comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo de forma autônoma ou 
em equipe, atividades de promoção, proteção, prevenção e recuperação da 
saúde. 
O conhecimento que fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construído 
na intersecção entre a filosofia, que responde à grande questão existêncial do 
homem, a ciência e tecnologia, tendo a lógica formal como responsável pela 
correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica efetivamente 
comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades. 
 
♦ Enfermagem é a ciência e a arte de assistir o ser humano, no atendimento de 
suas necessidades básicas (Necessidades Fisiológivas, N. de Segurança, N. de 
Amor, N. de Estima, N. de auto-realização - Maslow) , de torna-lo independente 
dessa assistência, quando possível, pelo ensino do auto-cuidado; de recuperar 
manter e promover a saúde em colaboração com outros profissionais (Horta, 
1967). 
 
♦ Enfermagem é a arte e a ciência do CUIDAR, necessárias a todos os povos e 
nações, imprescindível em época de paz ou em época de guerra e indispensável 
à preservação da saúde e da vida dos seres humanos em todos os níveis, 
classes ou condições sociais (Geovani). 
 
Como profissão, o Técnico de Enfermagem é um profissional de nível médio da 
área da saúde, responsável inicialmente pela promoção, prevenção e na 
recuperação da saúde dos indivíduos, dentro de sua comunidade. Dentro da 
enfermagem, encontramos os enfermeiros (nível superior), auxiliar de 
enfermagem (nível fundamental) e o técnico de enfermagem, (nível médio). 
Prestam assistência ao paciente ou cliente em clínicas, hospitais, ambulatórios, 
empresas de grande porte, transportes aéreos, navios, postos de saúde e em 
domicílio, realizando atendimento de enfermagem e implementam ações para a 
promoção da saúde junto à comunidade. 
A ENFERMAGEM NO BRASIL 
No Brasil, segundo o Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, os 
profissionais que compõem a enfermagem são:Enfermeiros, Técnicos de 
Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiras. A competência, 
responsabilidade, direitos e deveres desses profissionais são regulamentadas 
pelas Resoluções, Pareceres, Normas Técnicas e Leis do Conselho Federal de 
Enfermagem. Quem ingressa na enfermagem ou quem deseja ingressar na 
enfermagem, precisa saber o que cada profissional pode e o que não pode fazer 
para não confundir as funções e responsabilidades. 
O Conselho Federal de Enfermagem- COFEN, conforme falei acima, é órgão 
que normatiza a profissão de enfermagem no Brasil. A sua sede fica em Brasília, 
mas cada estado existe um Conselho Regional de Enfermagem, que são órgãos 
criados e normatizado pelo COFEN para fazer cumprir as suas decisões. Vale a 
pena depois você tirar um tempo e estudar um pouco mais sobre a função, 
responsabilidade e atribuições do Conselho de Enfermagem (COFEN/COREN), 
pois todos nós, entendendo ou não,gostando ou não, aceitando ou não, 
concordando ou não, é regido por este órgão.Além disso, o Conselho funciona 
como um guardião da enfermagem e ouvidoria de toda a enfermagem e também 
de toda a população, mas, por ser um órgão público e cheio de burocracias e 
formalidades, muita gente desiste de entender e de recorrer ao Conselho. 
ORIGEM DA ENFERMAGEM 
A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu ao longo dos tempos. Surgiu 
do desenvolvimento e evolução das práticas de saúde no decorrer da história. 
No Brasil, desde a implantação da enfermagem moderna, na década de 20 e até 
os dias atuais, a história da enfermagem vem sendo objeto de estudo dado sua 
importância como profissão. A enfermagem, desde suas origens religiosas e 
militares, é um saber dominado pelas mulheres e dirigido ao ato do cuidar, e 
tendo os mais pobres como alvos. A seguir, vamos apresentar um breve resumo 
da história de enfermagem no mundo. 
HISTÓRIA GERAL 
 
Desenvolvimento das práticas de saúde durante os períodos históricos 
Subdivisão dos períodos relacionados com a mudança das práticas de saúde: 
 
• As práticas de saúde instintivas - caracteriza a prática do cuidar nos 
grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções 
evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente 
ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam 
ao homem a manutenção da sua sobrevivência, estando na sua origem, 
associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que os 
conhecimentos dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este 
conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-
se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar 
das sociedades primitivas. 
 
• As práticas de saúde mágico-sacerdotais - aborda a relação mística entre 
as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos 
sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, 
verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do 
século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos 
templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os 
conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-
se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, 
propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. 
Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do 
funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas 
que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos 
em saúde. 
O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes 
viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais 
serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à 
Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão 
relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de 
mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com 
os sacerdotes. 
• As práticas de saúde no alvorecer da ciência - relaciona a evolução das 
práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando 
estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Inicia-se no século V 
a.C., estendendo-se até os primeiros séculos da Era Cristã. 
A prática de saúde, antes mística e sacerdotal, passa agora a ser um produto 
desta nova fase, baseando-se essencialmente na experiência, no conhecimento 
da natureza, no raciocínio lógico - que desencadeia uma relação de causa e 
efeito para as doenças - e na especulação filosófica, baseada na investigação 
livre e na observação dos fenômenos, limitada, entretanto, pela ausência quase 
total de conhecimentos anatomofisiológicos. Essa prática individualista volta-se 
para o homem e suas relações com a natureza e suas leis imutáveis. Este 
período é considerado pela Medicina grega como período hipocrático, 
destacando a figura de Hipócrates que como já foi demonstrado no relato 
histórico, propôs uma nova concepção em saúde, dissociando a arte de curar 
dos preceitos místicos e sacerdotais, através da utilização do método indutivo, 
da inspeção e da observação. Não há caracterização nítida da prática de 
Enfermagem nesta época. 
• As práticas de saúde monástico-medievais - Focaliza a influência dos 
fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas 
práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo. Esta época 
corresponde ao aparecimento da Enfermagem como prática leiga, desenvolvida 
por religiosos e abrange o período medieval compreendido entre os séculos V e 
XIII. Foi um período que deixoucomo legado uma série de valores que, com o 
passar dos tempos, foram aos poucos legitimados e aceitos pela sociedade 
como características inerentes à Enfermagem. A abnegação, o espírito de 
serviço, a obediência e outros atributos que dão à Enfermagem, não uma 
conotação de prática profissional, mas de sacerdócio. 
• As práticas de saúde pós monásticas - evidencia a evolução das práticas 
de saúde e, em especial, da prática de Enfermagem no contexto dos movimentos 
Renascentistas e da Reforma Protestante. Corresponde ao período que vai do 
final do século XIII ao início do século XVI A retomada da ciência, o progresso 
social e intelectual da Renascença e a evolução das universidades não 
constituíram fator de crescimento para a Enfermagem. 
Enclausurada nos hospitais religiosos, permaneceu empírica e desarticulada 
durante muito tempo, vindo desagregar-se ainda mais a partir dos movimentos 
de Reforma Religiosa e das conturbações da Santa Inquisição. O hospital, já 
negligenciado, passa a ser um insalubre depósito de doentes, onde homens, 
mulheres e crianças coabitam as mesmas dependências, amontoados em leitos 
coletivos. Sob exploração deliberada, o serviço doméstico - pela queda dos 
padrões morais que o sustentava- tornou-se indigno e sem atrativos para as 
mulheres de casta social elevada Esta fase tempestuosa, que significou uma 
grave crise para a Enfermagem, permanece por muito tempo e apenas no limiar 
da revolução capitalista é que alguns movimentos reformadores, que partiram 
principalmente de iniciativas religiosas e sociais, tentam melhorar as condições 
do pessoal a serviço dos hospitais. 
• As práticas de saúde no mundo moderno - analisa as práticas de saúde e, 
em especial, a de Enfermagem, sob a ótica do sistema político-econômico da 
sociedade capitalista. Ressalta o surgimento da Enfermagem como prática 
profissional institucionalizada. Esta análise inicia-se com a Revolução Industrial 
no século XVI e culmina com o surgimento da Enfermagem moderna na 
Inglaterra, no século XIX. 
Portanto, a enfermagem é um trabalho de perfeita ordem com responsáveis a 
serviço da saúde, implementando, desenvolvendo, coordenando serviços, 
havendo até certas e determinadas classes profissionais que lhe atribuem , com 
desdém, a manipulação dos serviços de saúde dado o elevado número de 
profissionais que se verificam, e pelo brilhantismo superior com que projetam 
novas configurações de políticas de saúde, com principal ênfase nas políticas de 
promoção da saúde. destaca-se neste campo, a implementação de programas 
de vacinação que nasceram da enfermagem comunitária do Arquipélago dos 
Açores, implementada por enfermeiros açorianos e que rapidamente se 
estendeu ao portugal continental. 
 
HISTÓRIA MODERNA 
 
A história da enfermagem vem junto com o desenvolvimento desta profissão no 
mundo e em como ela se tornou cada vez mais popular no mundo. Tudo isso 
vem lado a lado com a evolução da medicina e das práticas medicinais através 
dos séculos e o ganho de conhecimento desta área para a humanidade de uma 
forma geral. 
Chegando mais à história moderna da enfermagem, até o começo da primeira 
grande guerra mundial não havia propriamente dito profissionais desta área. 
Nesta época – como ainda hoje – as pessoas que possuíam maior poder 
aquisitivo conseguiam atendimento e tratamento mais personalizado, dentro de 
suas próprias casas. 
É quando a jovem Florence Nightingale é convidada pelo atual Ministério de 
Guerra da Inglaterra para atuar cuidando e assistindo os soldados feridos pela 
então Guerra da Criméia. 
Uma vez finda a Guerra da Criméia, a jovem Florence fundou a Escola de 
Enfermagem no então Hospital Saint Thomas, que posteriormente viria a se 
tornar o modelo para todas as 
escolas que viriam a ser fundadas após ela. O curso era totalmente voltado para 
a formação e capacitação de enfermeiras do sexo feminino e era conhecido pelo 
alto grau de exigência de seus candidatos e pelo nível disciplinar que lembrava 
a própria disciplina militar. 
 Nascida em Florença em 12 de maio de 1820, era dotada de uma inteligência 
incomum. Em 1854, seguiu para a guerra da Criméia, instalou em dois hospitais 
o seu serviço, prestando atendimento a 4.000 feridos. Florence ficou conhecida 
como a dama da lamparina, pois era com uma lamparina na mão que ela 
percorria as enfermarias à noite. Até meados do século XIX, era praticamente 
nula a assistência aos enfermos nos hospitais de campanha, onde a 
insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos. Com seu trabalho, 
Florence Nightingale lançou as bases dos modernos serviços de enfermagem. 
Educada pelo pai, aprendeu grego, latim, francês, alemão e italiano, história, 
filosofia e matemática. Em 7 de fevereiro de 1837, acreditou ter ouvido a voz de 
Deus conclamá-la a uma missão. Interessou-se então pela enfermagem, e após 
formar-se por uma instituição protestante de Kaiserweth, Alemanha, transferiu-
se para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente de um hospital 
de caridade. Florence não conhecia o conceito de contato por microorganismos, 
uma vez que este ainda não tinha sido descoberto, porém já acreditava em um 
meticuloso cuidado quanto à limpeza do ambiente e pessoal, ar fresco e boa 
iluminação, calor adequado, boa nutrição e repouso, com manutenção do vigor 
do paciente para a cura. Em suas escolas, Florence baseava sua filosofia em 
quatro idéias-chave: 1. O dinheiro público deveria manter o treinamento de 
enfermeiras e este, deveria ser considerado tão importante quanto qualquer 
outra forma de ensino. 2. Deveria existir uma estreita associação entre hospitais 
e escolas de treinamento, sem estas dependerem financeira e 
administrativamente. 3. O ensino de enfermagem deveria ser feito por 
enfermeiras profissionais, e não por qualquer pessoa não envolvida com a 
enfermagem. 4. Deveria ser oferecida às estudantes, durante todo o período de 
treinamento, residência com ambiente confortável e agradável, próximo ao local. 
Durante a guerra da Criméia, entre 1854 e 1856, integrou o corpo de 
enfermagem britânico em Scutari, Turquia. Seu trabalho de assistência aos 
enfermos e de organização da infra-estrutura hospitalar a tornou conhecida em 
toda a frente de batalha. Publicou Notes on Matters Affecting the Health, 
Efficiency and Hospital Administration of the British Army (1858 Notas sobre a 
saúde, a eficiência e a administração hospitalar no exército britânico). Fundou 
em 1860 a primeira escola de enfermagem do mundo. Em 1901, completamente 
cega, parou de trabalhar. Morreu em Londres, em 13 de agosto de 1910. 
 
Como podemos observar, a história da enfermagem começou no exercício das 
funções para ajudar a doentes e feridos do que numa teoria ou numa idéia, ao 
contrário de muitas outras disciplinas. Talvez seja por isso que este curso possui 
uma característica tão pessoal, que aproxima paciente e profissional através do 
vínculo da ajuda e gratidão. 
 
FLORENCE NIGHTINGALE 
 
Florence Nightingale (12 de Maio 1820, Florença - 13 de Agosto 1910, Londres) 
foi uma enfermeira britânica que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a 
feridos de guerra, durante a Guerra da Criméia. 
Também contribuiu no campo da Estatística, nomeadamente na criação de 
sistemas de representação e popularização gráfica como o gráfico setorial 
(comumente conhecido como gráfico do tipo "pizza"). 
Sua família, rica e bem-relacionada, vivia em Florença, na Itália. Por isso, 
Florence recebeu o nome em inglês da cidade em que nasceu, como sua irmã 
mais velha Parthenope nascida em Partênope. Moça brilhante e impetuosa, 
rebelou-se contra o papel convencional para as mulheres de seu status, que 
seria tornar-se esposa submissa, e decidiu dedicar-se à enfermagem. 
Tradicionalmente, o papel de enfermeira era exercido por mulheres ajudantes 
em hospitais ou acompanhando exércitos, muitas cozinheiras e prostitutas 
acabavam tornando-se enfermeiras, sendo que estas últimas eram obrigadas 
como castigo. 
Florence Nightingaleficou particularmente preocupada com as condições de 
tratamento médico dos mais pobres e indigentes. Ela anunciou sua decisão para 
a família em 1845, provocando raiva e rompimento, principalmente com sua mãe. 
Aparentemente, Florence sofria de esquizofrenia. Em dezembro de 1844, em 
resposta à morte de um mendigo numa enfermaria em Londres, que acabou 
evoluindo para escândalo público, ela se tornou a principal defensora de 
melhorias no tratamento médico. Imediatamente, ela obteve o apoio de Charles 
Villiers, presidente do Poor Law Board (Comitê de Lei para os Pobres). Isto a 
levou a ter papel ativo na reforma das Leis dos Pobres, estendendo o papel do 
Estado para muito além do fornecimento de tratamento médico. 
Em 1846, ela visitou Kaiserwerth, um hospital pioneiro fundado e dirigido por 
uma ordem de freiras católicas na Alemanha, ficando impressionada pela 
qualidade do tratamento médico e pelo comprometimento e prática das 
religiosas. 
Outras informações falam sobre a comunidade religiosa luterana em 
Kaiserswerth-am-Rhein na Alemanha, onde ela observou o pastor Theodor 
Fliedner e as diaconisas que trabalhavam para os doentes e os desprovidos. 
A contribuição mais famosa de Florence foi durante a Guerra da Criméia, que se 
tornou seu principal foco quando relatos de guerra começaram a chegar à 
Inglaterra contando sobre as condições horríveis para os feridos. 
Em outubro de 1854, Florence e uma equipe de 38 enfermeiras voluntárias 
treinadas por ela, inclusive sua tia Mai Smith, partem para os Campos de Scurati 
localizados na Criméia. 
Florence Nightingale voltou para a Inglaterra como heroína em Agosto de 1857 
e, de acordo com a BBC, era provavelmente a pessoa mais famosa da Era 
Vitoriana além da própria Rainha Vitória. Contudo, o destino lhe reservou um 
grande golpe quando contrai tifo e permanece com sérias restrições físicas, 
retornando em 1856 da Criméia. 
Impossibilitada de exercer seus trabalhos físicos, dedicou-se a formação da 
escola de enfermagem em 1859 na Inglaterra, onde já era reconhecida no seu 
valor profissional e técnico, recebendo prêmio concedido através do governo 
inglês. Fundou a Escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, com curso 
de um ano, que era ministrado por médicos com aulas teóricas e práticas. 
Florence faleceu em 13 de agosto de 1910; deixando legado de persistência, 
capacidade, compaixão e dedicação ao próximo, estabeleceu as diretrizes e 
caminhos para enfermagem moderna. 
Florence Nightingale, OM, RRC (*12 de maio de 1820 +13 de agosto de 1910) 
foi uma célebre reformista social e estatística inglesa, e a fundadora da 
enfermagem moderna. Ela ganhou proeminência enquanto servia como 
enfermeira durante a Guerra da Crimeia, onde ela tratou de soldados feridos. Ela 
era conhecida como “A Senhora com a Lanterna” por causa de seu hábito de 
fazer rondas à noite. 
Comentaristas do início do século XXI têm argumentado que as realizações de 
Nightingale na Guerra da Criméia foram exageradas pela mídia na época para 
satisfazer a necessidade do público por um herói, mas suas realizações 
posteriores permanecem amplamente aceitas. Em 1860, Nightingale lançou as 
bases da enfermagem profissional com o estabelecimento de sua escola de 
enfermagem no St. Thomas' Hospital em Londres. Foi a primeira escola de 
enfermagem secular no mundo, agora parte da King's College London. O 
Juramento de Nightingale feito por novas enfermeiras foi batizado em sua honra, 
e o Dia Internacional dos Enfermeiros é comemorado em todo o mundo na data 
do seu aniversário de nascimento. 
Suas reformas sociais incluem a melhoria nos cuidados da saúde de todos os 
setores da sociedade britânica, melhorias na saúde e luta por um melhor alívio 
da fome na Índia, ajudando a abolir leis que regulavam a prostituição de forma 
demasiadamente opressora às mulheres, e ampliando a formas aceitáveis a 
participação da mulher na força de trabalho. 
No juramento criado por Florence fica claro o empenho por ela colocado em cada 
uma dessas lutas e o desejo de que cada vez mais mulheres se enveredassem 
por esse caminho da enfermagem de forma digna e eficaz. 
Nightingale foi uma escritora prodigiosa e versátil. Em sua vida muito do seu 
trabalho publicado foi respaldado com difundidos conhecimentos médicos. 
Alguns de seus trechos foram escritos em Inglês simples, para que pudessem 
ser facilmente compreendidos por aqueles com pouco conhecimento literário. 
Ela também ajudou a popularizar a apresentação gráfica dos dados estatísticos. 
Grande parte da sua escrita, incluindo o seu extenso trabalho sobre religião e 
misticismo, só foi publicado postumamente. 
OS PRIMEIROS ANOS 
 
Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820 em uma família rica, bem 
relacionada da classe alta britânica, em Villa Colombaia, em Florença, Itália, e 
foi batizada com o nome da cidade de seu nascimento. A irmã mais velha de 
Florence, Frances Parthenope, fora igualmente batizada com o nome do lugar 
de seu nascimento, Parthenopolis, um assentamento grego, hoje parte da cidade 
de Nápoles. Quando Florence tinha um ano de idade, a família mudou-se de 
volta para a Inglaterra em 1821 com Nightingale sendo criada nos lares da família 
em Embley e Lea Hurst. 
Seus pais eram William Edward Nightingale, nascido William Edward Shore 
(1794–1874) e Frances (“Fanny”) Nightingale née Smith (1789–1880). A mãe de 
William, Mary née Evans, era sobrinha de Peter Nightingale ao qual, sob os 
termos de seu testamento, William herdou sua propriedade em Lea Hurst em 
Derbyshire, e assumiu o nome e o brasão de Nightingale. O pai de Fanny (avô 
materno de Florence) foi o abolicionista e unitarista William Smith. Florence 
Nightingale fora educada principalmente por seu pai que almejava um outro 
futuro para ela. 
Nightingale passou pela primeira de várias experiências que ela acreditava 
serem chamados de Deus em fevereiro de 1837, quando estava em Embley 
Park, provocando um forte desejo de devotar a sua vida ao serviço de outros. 
Em sua juventude, foi respeitosa com a oposição de sua família sobre seu 
trabalho como enfermeira, anunciando sua decisão de ir a campo apenas em 
1844. Apesar de raiva e angústia intensa de sua mãe e irmã, ela se rebelou 
contra o papel esperado de uma mulher de seu status de se tornar uma esposa 
e mãe. Nightingale trabalhou duro para educar-se na arte e ciência da 
enfermagem, apesar da oposição de sua família e do restritivo código social para 
jovens mulheres inglesas afluentes. 
Como uma jovem mulher, Nightingale era atraente, esbelta e graciosa. Ainda 
que seu comportamento muitas vezes fosse rude, ela podia ser muito charmosa 
e seu sorriso era radiante. Seu pretendente mais persistente era o político e 
poeta Richard Monckton Milnes, 1º Barão de Houghton, mas depois de um 
namoro de nove anos ela o rejeitou, convencida de que o casamento iria interferir 
na habilidade de seguir sua vocação para a enfermagem. Abaixo encontram-se 
fotos de seus pretendentes: 
Em 1847 em Roma ela conheceu Sidney Herbert, um político que tinha sido 
Secretário de Guerra (1845-1846). Herbert estava em sua lua de mel; ele e 
Nightingale se tornaram amigos próximos ao longo da vida. Herbert seria 
Secretário de Guerra novamente durante a Guerra da Crimeia; ele e sua esposa 
foram fundamentais para facilitar o trabalho de enfermagem de Nightingale na 
Crimeia. Ela se tornou uma conselheira chave da carreira política dele, embora 
tenha sido acusada por alguns de ter adiantado a morte de Herbert pela Doença 
de Bright em 1861 por causa da pressão que seu programa de reforma colocara 
sobre ele. Nightingale também, muito mais tarde, teve fortes relações com 
Benjamin Jowett, que pôde ter querido se casar com ela. 
Nightingale continuou suas viagens (agora com Charles e Selina Bracebridge) a 
lugares tão distantes quanto a Grécia e o Egito. Seus escritos sobre o Egito em 
particular, são testemunhos da sua aprendizagem, habilidade literária e filosofia 
de vida. Navegando pelo Nilo tantoquanto Abu Simbel em janeiro de 1850, ela 
escreveu o pequeno texto que registramos a seguir: 
“Eu acho que nunca vi nada que me afetara mais do que isso”. E sobre o templo: 
“Sublime no mais alto nível de beleza intelectual, intelecto sem esforço, sem 
sofrimento... nenhuma apresentação está correta – mas o efeito completo é mais 
expressivo da grandeza espiritual do que qualquer coisa que eu poderia ter 
imaginado. Dá a impressão que milhares de vozes dariam, unindo-se em um só 
sentimento simultâneo unânime de entusiasmo ou emoção, que fora dito que 
superaria o homem mais forte”. 
Em Tebas ela escreveu sobre ser “chamada por Deus”, enquanto uma semana 
depois, perto do Cairo, ela escreveu em seu diário (como distinto das suas 
longuíssimas cartas que sua irmã mais velha, Parthenope, imprimira após seu 
retorno): “Deus me chamou pela manhã e me perguntou se eu faria o bem por 
ele apenas, sem reputação” Mais tarde, em 1850, ela visitou a comunidade 
religiosa luterana em Kaiserswerth-am-Rhein na Alemanha, onde ela observou 
o pastor Theodor Fliedner e as diaconisas que trabalhavam para os doentes e 
os desprovidos. Ela considerou a experiência como um ponto de virada em sua 
vida, e publicou suas descobertas anonimamente em 1851; A Instituição de 
Kaiserswerth no Reno pelo Treinamento Prático das Diaconisas, etc. foi seu 
primeiro trabalho publicado. Ela também recebeu quatro meses de formação 
médica no instituto, o que serviu de base para seus cuidados posteriores. 
Em 22 de agosto de 1853, Nightingale assumiu o cargo de superintendente do 
Instituto para o Cuidado de Senhoras Doentes em Upper Harley Street, Londres, 
um cargo que ocupou até outubro de 1854. Seu pai tinha lhe dado uma renda 
anual de £500 (cerca de £40 mil ou US$ 65 mil dólares americanos em valores 
atuais), o que lhe permitiu viver confortavelmente e para perseguir a sua carreira. 
 A GUERRA DA CRIMEIA 
 
A contribuição mais famosa de Florence Nightingale veio durante a Guerra da 
Crimeia, que se tornou seu foco central quando chegaram notícias à Grã-
Bretanha sobre as terríveis condições dos feridos. Em 21 de outubro de 1854, 
ela e uma equipe de 38 enfermeiras mulheres voluntárias que ela treinou, 
incluindo sua tia Mai Smith, e quinze freiras católicas (mobilizadas por Henry 
Edward Manning) foram enviadas (sob a autorização de Sidney Herbert) para o 
Império Otomano. Elas foram dispostas em cerca de 295 milhas náuticas(546 
quilômetros; 339 milhas) através do Mar Negro a partir de Balaclava na Crimeia, 
onde o principal acampamento britânico foi levantado. Na imagem que se segue 
podemos visualizar um pouco essa localização. 
Nightingale chegou no início de novembro de 1854, nas Casernas de Selimiye 
em Scutari (atual Üsküdar em Istambul). Sua equipe descobriu que um 
tratamento pobre para soldados feridos estava sendo levado pelo staff médico 
sobrecarregado de trabalho sob a indiferença dos oficiais. Faltavam 
medicamentos, a higiene era negligenciada e infecções em massa eram 
comuns, muitas delas fatais. Não havia equipamentos para processar alimentos 
para os pacientes. 
Depois que Nightingale enviou um apelo para The Times pedindo por uma 
solução do governo para o mau estado das instalações, o governo britânico 
encomendou a Isambard Kingdom Brunel o projeto de um hospital pré-fabricado 
que fosse construído na Inglaterra e pudesse ser enviado para os Dardanelos. 
O resultado foi o Hospital Renkioi, uma instalação civil, que, sob a gestão do Dr. 
Edmund Alexander Parkes, teve uma taxa de mortalidade menor do que um 
décimo da de Scutari. 
A primeira edição do Dicionário da Biografia Nacional (1911) afirmou que 
Nightingale reduziu a taxa de mortalidade de 42% para 2%, fosse pelas apenas 
pelas melhorias na higiene ou por chamar a Comissão Sanitária. Porém, outros 
escritos afirmam que as taxas de mortalidade, na verdade, começaram a subir 
aos níveis mais altos de todos os hospitais da região. 
 Durante o seu primeiro inverno em Scutari, 4.077 soldados morreram. Dez 
vezes mais soldados morreram de doenças como tifo, febre tifoide, cólera e 
disenteria do que por ferimentos de batalha. Com a superlotação, esgotos 
defeituosos e falta de ventilação a Comissão Sanitária teve de ser enviada pelo 
governo britânico para Scutari em março de 1855, quase seis meses depois da 
chegada de Florence Nightingale. A comissão descarregou os esgotos e 
melhorou a ventilação. As taxas de mortalidade foram drasticamente reduzidas, 
embora alguns escritos refiram também que ela não reconheceu a higiene como 
a causa predominante das mortes na época e, por outro lado, também nunca 
clamou por crédito de ajudar a reduzir a taxa de mortalidade. Em 2001 e 2008, 
a BBC lançou documentários críticos do desempenho de Nightingale na Guerra 
da Crimeia, acompanhando alguns artigos publicados em The Guardian e em 
The Sunday Times. O estudioso de Nightingale, L. McDonald rejeitou estas 
críticas como “muitas vezes prepotentes”, argumentando que eles não são 
sustentadas por fontes primárias. 
Nightingale acreditava ainda que as taxas de mortalidade alta foi devido à má 
nutrição, falta de suprimentos e excesso de trabalho dos soldados. Depois que 
ela voltou para a Inglaterra e começou a coletar provas perante a Comissão Real 
sobre a Saúde do Exército, ela passou a acreditar que a maioria dos soldados 
no hospital foram mortos pelas más condições de vida. Essa experiência 
influenciou sua carreira mais tarde, quando ela defendeu boas condições 
sanitárias como de grande importância para a vida. Consequentemente, ela 
reduziu as mortes de tempos de paz no exército e voltou sua atenção para 
hospitais sanitariamente desenhados. 
 A SENHORA COM A LANTERNA 
Durante a Guerra da Crimeia, Florence Nightingale ganhou o apelido de “A 
Senhora com a Lanterna” de uma frase em uma reportagem de The Times. “Ela 
é um anjo ministrante, sem exagero nenhum nesses hospitais, e no que sua 
forma esbelta deslizasilenciosamente ao longo de cada corredor, o rosto de todo 
pobre companheiro amacia com gratidão ao vê-la. Quando todos os oficiais 
médicos se retiraram durante a noite e o silêncio e a escuridão se estabeleceram 
sobre aquelas milhas de prostrados doentes, ela pode ser observada sozinha, 
com uma pequena lanterna na mão, fazendo suas rondas solitárias”. 
A frase foi popularizada mais ainda pelo poema “Santa Filomena” de Henry 
Wadsworth Longfellow de 1857: 
Foi naquela casa de infortúnio. 
Uma Senhora com uma Lanterna eu vejo. 
Passa através do brilhoso turno, 
E, de sala em sala, em cortejo. 
CARREIRA PROFISSIONAL 
Em 29 de Novembro de 1855 na Crimeia foi criado o Fundo Nightingale para a 
formação de enfermeiras durante uma reunião pública de reconhecimento do 
trabalho de Nightingale na guerra. Houve uma onda de doações generosas. 
Sidney Herbert atuou comosecretário honorário do fundo e o Duque de 
Cambridge fora o presidente. Nightingale foi considerada também uma pioneira 
no conceito de turismo médico, com base em suas 1.856 cartas descrevendo 
spas no Império Otomano. Ela detalhou as condições de saúde, descrições 
físicas, informações de dietas e outros detalhes vitais dos pacientes que ela 
dirigiu lá. O tratamento lá era significativamente menos caro do que na Suíça. 
Nightingale teve £45 mil à sua disposição a partir do Fundo Nightingale para criar 
a Escola de Treinamento Nightingale no Hospital St. Thomas em 9 de Julho de 
1860. As primeiras enfermeiras Nightingale treinadas começaram a trabalhar em 
16 de maio de 1865 na Enfermaria Casa de Cuidados de Liverpool. Hoje 
chamada de Escola de Enfermagem e Obstetrícia Florence Nightingale, a escola 
faz parte do King’s College de Londres. Ela também fez campanha e levantou 
fundos para o Hospital Real de Buckinghamshire em Aylesbury, perto da casa 
de sua irmã em Claydon House. 
Nightingale escreveu Notas sobre Enfermagem no ano de1859. O livro fez as 
vezes de pedra fundamental do currículo da Escola Nightingale e de outras 
escolas de enfermagem, muito emboratenha sido escrito especificamente para 
a educação das pessoas para enfermagem domiciliar. Nightingale escreveu “O 
conhecimento sanitário diário, ou o conhecimento de enfermagem, ou, em outras 
palavras, de como pôr a Constituição em tal Estado no qual não teremos doença, 
ou que teremos recuperação de doença, tome um lugar mais alto. Isto é 
reconhecido como o conhecimento que cada um deve ter – independente do 
conhecimento médico, o qual só uma profissão pode ter.” A seguir imagem de 
uma das edições do referido livro. 
Notas sobre a Enfermagem também vendeu bem para o público leitor em geral 
e é considerada uma clássica introdução à enfermagem. Nightingale passou o 
resto de sua vida promovendo e organizando a profissão de enfermagem. Na 
introdução da edição de 1974, Joan Quixley da Escola Nightingale de 
Enfermagem escreveu: “O livro foi o primeiro de seu tipo a ser escrito. Apareceu 
num momento em que simples regras de saúde estavam apenas começando a 
serem conhecidas, quando os seus temas foram de importância vital não só para 
o bem-estar dos pacientes em recuperação, quando os hospitais estavam cheios 
de infecção, quanto para os enfermeiros que ainda eram majoritariamente 
considerados como pessoas ignorantes e sem instrução. O livro tem, 
inevitavelmente, o seu lugar na história da enfermagem, pois foi escrito pela 
fundadora da enfermagem moderna”. 
Como Mark Bostridge demonstrou recentemente, uma das realizações mais 
pontuais de Nightingale foi a introdução de enfermeiras treinadas para o sistema 
de casas de cuidados na Inglaterra e na Irlanda da década de 1860 em diante. 
Isso significava que indigentes doentes não estavam mais sendo cuidados por 
outros indigentes sadios, mas por equipe de enfermagem devidamente treinada. 
Embora Nightingale seja dita às vezes por ter negado a teoria da infecção por 
toda a sua vida, uma biografia recente discorda, dizendo que ela estava 
simplesmente fazendo oposição a uma teoria dos germes precursora conhecida 
como “contagionismo”. Esta teoria sustentou que a doença só poderia ser 
transmitida pelo toque. Antes dos experimentos de meados da década de 1860 
por Pasteur e Lister , dificilmente quase alguém levava a sério a teoria dos 
germes; mesmo depois, muitos médicos praticantes não ficaram convencidos. 
Bostridge apontou que no início dos anos 1880 Nightingale escreveu um artigo 
para um livro texto em que ela defendeu precauções estritas concebidas, disse 
ela, para matar os germes. O trabalho de Nightingale serviu de inspiração para 
os enfermeiros na Guerra Civil Americana. O governo da União se aproximou 
dela para conselhos sobre a organização da medicina de campo. Embora suas 
ideias tenham encontrado resistência de oficiais, elas inspiraram o corpo 
voluntário da Comissão Sanitária dos Estados Unidos. 
Na década de 1870, Nightingale foi mentora de Linda Richards, a “primeira 
enfermeira treinada da América”, e permitiu a ela para voltar para os EUA com a 
formação e conhecimentos adequados para estabelecer escolas de enfermagem 
de alta qualidade. Linda Richards se tornou uma grande pioneira de enfermagem 
nos EUA e Japão. 
Em 1882, várias enfermeiras Nightingale tornaram-se matronas em vários 
hospitais de renome, incluindo, em Londres (Hospital Santa Maria, Hospital 
Westminster, Casa de Cuidados e Enfermaria St. Marylebone e o Hospital para 
Incuráveis em Putney) e por toda a Grã-Bretanha (Hospital Vitoriano Real, 
Netley; Enfermaria Real de Edimburgo; Enfermaria de Cumberland e a 
Enfermaria Real de Liverpool), bem como no Hospital de Sydney, em Nova Gales 
do Sul, na Austrália. 
Em 1883, Nightingale foi premiada com a Cruz Vermelha Real pela Rainha 
Vitória. Em 1904, foi nomeada a Senhora da Graça da Ordem de São João 
(LGStJ). Em 1907, ela se tornou a primeira mulher a ser condecorada com a 
Ordem do Mérito. No ano seguinte, foi dada a ela a Honraria da Liberdade da 
Cidade de Londres. Seu aniversário é hoje comemorado como o Dia 
Internacional da consciência sobre Síndrome de Fadiga Crônica. 
“A Liberdade Honorária (Honorary Freedom) é ocasionalmente atribuída a 
líderes mundiais e outros indivíduos proeminentes em reconhecimento as suas 
realizações. Trata-se da honra mais distinta conferida pela Cidade de Londres. ” 
De 1857 em diante, Nightingale foi intermitentemente acamada e sofrera de 
depressão. Uma biografia recente cita brucelose e espondilose associada como 
causas. Uma explicação alternativa para sua depressão é baseada em sua 
descoberta após a guerra que tinha sido enganada sobre as razões para a alta 
taxa de mortalidade. Não há, no entanto, nenhuma prova documental para apoiar 
esta teoria. 
A maioria das autoridades hoje aceita que Nightingale sofria de uma forma 
particularmente extrema de brucelose, cujos efeitos começaram a serem 
levantados apenas no início dos anos 1880. Apesar de seus sintomas, ela 
permaneceu produtiva na reforma social. Durante seus anos acamada, ela fez 
também um trabalho pioneiro na área de planejamento hospitalar, e seu trabalho 
se propagou rapidamente pela Grã-Bretanha e pelo mundo. 
ANA NERI 
A representatividade que Florence Nightingale tem para a Enfermagem 
internacional, Ana Neri, guardada as devidas proporções, tem aqui no Brasil. 
Nascida na cidade de Cachoeira, interior da Bahia, em 1810, Ana Neri tem 
uma história semelhante com a de Florence. 
A afinidade, no entanto, não é a mesma no quesito financeiro. 
Afinal, a enfermeira brasileira teve uma origem humilde. 
O que aproxima as duas é, na verdade, a relação com grandes guerras. 
GUERRA DO PARAGUAI 
Ana Neri também se voluntariou para defender as cores da bandeira de seu 
país, só que na Guerra do Paraguai. 
O pedido de oferecer seus serviços como enfermeira ao exército do Brasil foi 
também uma maneira de ficar mais próxima de seus filhos, que serviam à pátria. 
Então, depois de passar por um pequeno período de treinamento no Rio 
Grande do Sul, aos 51 anos, a enfermeira integrou o Décimo Batalhão de 
Voluntários. 
À época, começou a tratar pacientes em hospitais militares nas cidades de Salto, 
Corrientes e Assunção. 
Reconhecimento e homenagens 
Com muito êxito em seu trabalho, Ana Neri voltou da Guerra e começou a 
receber homenagens por seus serviços prestados. 
Alguns reconhecimentos foram feitos em vida e outros, após o seu falecimento. 
Em 1870, Ana recebeu duas medalhas: a de prata Geral de Campanha e a 
Humanitária de Primeira Classe. 
Além disso, o Imperador Dom Pedro II conferiu pensão vitalícia por decreto, 
para que ela pudesse criar seus filhos, que haviam ficado órfãos de pai após a 
Guerra. 
Ana Neri faleceu em 1880, mas as condecorações por seu pioneirismo 
continuaram acontecendo. 
Em 1923, a primeira escola de alto padrão em Enfermagem do Brasil foi batizada 
com o nome da enfermeira. 
Em 2009, por meio da Lei nº 12.105, de 2 de dezembro, Ana Neri foi a primeira 
brasileira a integrar o Livro dos Heróis e das Heroínas da Pátria. 
Esta obra fica arquivada no Panteão da Liberdade e da Democracia, na capital 
federal. 
CRUZ VERMELHA BRASILEIRA 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Paraguai
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_II_do_Brasil
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/L12105.htm
A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, 
tendo como primeiro presidente o médico Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz 
Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I Guerra Mundial (1914-1918). 
Durante a epidemia de gripe espanhola (1918), colaborou na organização de 
postos de socorro, hospitalizando doentes e enviando socorristas a diversas 
instituições hospitalares e a domicílio. Atuou também socorrendo vítimas das 
inundações, nos Estados de Sergipe e Bahia, e as secas do Nordeste. Muitas 
das socorristas dedicaram-se ativamente à formação de voluntárias, 
continuando suas atividades após o término do conflito. 
PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENFERMAGEM NO BRASIL 
 
1. Escola de Enfermagem "Alfredo Pinto" 
Esta escolaé a mais antiga do Brasil, data de 1890, foi reformada por Decreto 
de 23 de maio de 1939. O curso passou a três anos de duração e era dirigida 
por enfermeiras diplomadas. Foi reorganizada por Maria Pamphiro, uma das 
pioneiras da Escola Anna Nery. 
2. Escola da Cruz Vermelha do Rio de Janeiro 
Começou em 1916 com um curso de socorrista, para atender às necessidades 
prementes da 1ª Guerra Mundial. Logo foi evidenciada a necessidade de formar 
profissionais (que se desenvolveu somente após a fundação da Escola Anna 
Nery) e o outro para voluntários. Os diplomas expedidos pela escola eram 
registrados inicialmente no Ministério da Guerra e considerados oficiais. Esta 
encerrou suas atividades. 
3. Escola Anna Nery 
A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de grande 
capacidade e virtude, que soube ganhar o coração das primeiras alunas. Com 
habilidade fora do comum, adaptou-se aos costumes brasileiros. Os cursos 
tiveram início em 19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno 
internato próximo ao Hospital São Francisco de Assis, onde seriam feitos os 
primeiros estágios. Em 1923, durante um surto de varíola, enfermeiras e alunas 
dedicaram-se ao combate à doença. Enquanto nas epidemias anteriores o índice 
de mortalidade atingia 50%, desta vez baixou para 15%. A primeira turma de 
Enfermeiras diplomou-se em 19 de julho de 1925. 
Destacam-se desta turma as Enfermeiras Lais Netto dos Reys, Olga Salinas 
Lacôrte, Maria de Castro Pamphiro e Zulema Castro, que obtiveram bolsa de 
estudos nos Estados Unidos. A primeira diretora brasileira da Escola Anna Nery 
foi Raquel Haddock Lobo, nascida a 18 de junho de 1891. Foi a pioneira da 
Enfermagem moderna no Brasil. esteve na Europa durante a Primeira Grande 
Guerra, incorporou-se à Cruz Vermelha Francesa, onde se preparou para os 
primeiros trabalhos. De volta ao Brasil, continuou a trabalhar como Enfermeira. 
Faleceu em 25 de setembro de 1933. 
4. Escola de Enfermagem Carlos Chagas 
Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, 
diretor da Saúde Pública de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de 
Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar fora da Capital da 
República. A organização e direção dessa Escola coube a Laís Netto dos Reys, 
sendo inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", 
além de pioneira entre as escolas estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas 
no Brasil. 
5. Escola de Enfermagem "Luisa de Marillac" 
Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina, Filha de caridade, a Escola de 
Enfermagem Luisa de Marillac representou um avanço na Enfermagem 
Nacional, pois abria largamente suas portas, não só às jovens estudantes 
seculares, como também às religiosas de todas as Congregações. É a mais 
antiga escola de religiosas no Brasil e faz parte da União Social Camiliana, 
instituição de caráter confessional da Província Camiliana Brasileira. 
6. Escola Paulista de Enfermagem 
Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias de Maria, foi a pioneira da 
renovação da enfermagem na Capital paulista, acolhendo também religiosas de 
outras Congregações. Uma das importantes contribuições dessa escola foi início 
dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica. Esse curso que deu 
origem a tantos outros, é atualmente ministrado em várias escolas do país. 
7. Escola de Enfermagem da USP 
Fundada com a colaboração da Fundação de Serviços de Saúde Pública 
(FSESP) em 1944, faz parte da Universidade de São Paulo. Sua primeira diretora 
foi Edith Franckel, que também prestara serviços como Superintendente do 
Serviço de Enfermeiras do Departamento de Saúde. A primeira turma diplomou-
se em 1946. 
ENTIDADES DE CLASSE 
1. Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn 
Sociedade civil sem fins lucrativos que congrega enfermeiras e técnicos em 
enfermagem, fundada em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação 
Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras". É uma entidade de direito 
privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do Estatuto, 
Regulamento Geral ou Regimento Especial em 1929, no Canadá, na Cidade de 
Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida no Conselho 
Internacional de Enfermeiras (I.C.N.). Por um espaço de tempo a associação 
ficou inativa. Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome 
Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas. Seus estatutos foram 
aprovados em 18 de setembro de 1945. Foram criadas Seções Estaduais, 
Coordenadorias de Comissões. Ficou estabelecido que em qualquer Estado 
onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas, poderia ser formada uma 
Seção. Em 1955, esse número foi elevado a 10 (dez). Em 1952, a Associação 
foi considerada de Utilidade Pública pelo Decreto nº 31.416/52. Em 21 de agosto 
de 1964, foi mudada a denominação para Associação Brasileira de Enfermagem 
- ABEn, com sede em Brasília, funciona através de Seções formadas nos 
Estados, e no Distrito Federal, as quais, por sua vez, poderão subdividir-se em 
Distritos formados nos Municípios das Unidades Federativas da União. 
1.1. Finalidades da ABEn 
- Congregar os enfermeiros e técnicos em enfermagem, incentivar o espírito de 
união e solidariedade entre as classes; 
- Promover o desenvolvimento técnico, científico e profissional dos integrantes 
de Enfermagem do País; 
- Promover integração às demais entidades representativas da Enfermagem, na 
defesa dos interesses da profissão. 
1.2. Estrutura 
ABEn é constituída pelos seguintes órgãos, com jurisdição nacional: 
a) Assembléia de delegados 
b) Conselho Nacional da ABEn (CONABEn) 
c) Diretoria Central 
d) Conselho Fiscal 
1.3. Realizações da ABEn 
- Congresso Brasileiro em Enfermagem 
Uma das formas eficazes que a ABEn utiliza para beneficiar a classe dos 
enfermeiros, reunindo enfermeiros de todo o país nos Congressos para 
fortalecer a união entre os profissionais, aprofundar a formação profissional e 
incentivar o espírito de colaboração e o intercâmbio de conhecimentos. 
2. Sistema COFEN/CORENs 
2.1. Histórico 
a) Criação- Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os 
Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, constituindo em seu conjunto 
Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social. 
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são Órgãos disciplinadores do 
exercício da Profissão de Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem. 
Em cada Estado existe um Conselho Regional, os quais estão subordinados ao 
Conselho federal, que é sediado no Rio de Janeiro e com Escritório Federal em 
Brasília. 
b) Direção- Os Conselhos Regionais são dirigidos pelos próprios inscritos, que 
formam uma chapa e concorrem à eleições. O mandato dos membros do 
COFEN/CORENs é honorífico e tem duração de três anos, com direito apenas a 
uma reeleição. A formação do plenário do COFEN é composta pelos 
profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos CORENs. 
c) Receita- A manutenção do Sistema COFEN/CORENs é feita através da 
arrecadação de taxas emolumentos por serviços prestados, anuidades, 
doações, legados e outros, dos profissionais inscritos nos CORENs. 
d) Finalidade- O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de 
Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional. 
O Sistema COFEN/CORENs encontra-se representado em 27 Estados 
Brasileiros, sendo este filiado ao Conselho Internacional de Enfermeiros em 
Genebra. 
- Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) 
 Normatizar e expedir instruções, para uniformidade de 
procedimento e bom funcionamento dos Conselhos Regionais; 
 Esclarecer dúvidas apresentadas pelos CORENs; 
 Apreciar Decisões dos COREns; 
 Aprovar contas e propostas orçamentárias de Autarquia, 
remetendo-as aos Órgãos competentes; 
 Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento 
profissional; 
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas por lei. 
- Conselho Regional de Enfermagem (COREN) Deliberar sobre inscrições no Conselho e seu cancelamento; 
 Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observando as 
diretrizes gerais do COFEN; 
 Executar as instruções e resoluções do COFEN; 
 Expedir carteira e cédula de identidade profissional, indispensável 
ao exercício da profissão, a qual tem validade em todo o território 
nacional; 
 Fiscalizar e decidir os assuntos referentes à Ética Profissional 
impondo as penalidades cabíveis; 
 Elaborar a proposta orçamentária anual e o projeto de seu 
regimento interno, submetendo-os a aprovação do COFEN; 
 Zelar pelo conceito da profissão e dos que a exercem; 
 Propor ao COFEN medidas visando a melhoria do exercício 
profissional; 
 Eleger sua Diretoria e seus Delegados a nível central e regional; 
 Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 
5.905/73 e pelo COFEN. 
2.3.- Sistema de Disciplina e Fiscalização 
O Sistema de Disciplina e Fiscalização do Exercício Profissional da Enfermagem, 
instituído por lei, desenvolve suas atividades segundo as normas baixadas por 
Resoluções do COFEN. O Sistema é constituído dos seguintes objetivos: 
a) Área disciplinar normativa: Estabelecendo critérios de orientação e 
aconselhamento para o exercício da Enfermagem, baixando normas visando o 
exercício da profissão, bem como atividade na área de Enfermagem nas 
empresas, consultórios de Enfermagem, observando as peculiaridades atinentes 
à Classe e a conjuntura de saúde do país. 
b) Área disciplinar corretiva: Instaurando processo em casos de infrações ao 
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, cometidas pelos profissionais 
inscritos e, no caso de empresa, processos administrativos, dando 
prosseguimento aos respectivos julgamentos e aplicações das penalidades 
cabíveis; encaminhando às repartições competentes os casos de alçada destas. 
c) Área fiscalizatória: Realizando atos e procedimentos para prevenir a 
ocorrência de Infrações à legislação que regulamenta o exercício da 
Enfermagem; inspecionando e examinando os locais públicos e privados, onde 
a Enfermagem é exercida, anotando as irregularidades e infrações verificadas, 
orientando para sua correção e colhendo dados para a instauração dos 
processos de competência do COREN e encaminhando às repartições 
competentes, representações. 
-►Símbolos utilizados na Enfermagem 
 
• Lâmpada: caminho, ambiente; 
• Cobra: magia, alquimia; 
• Cobra + cruz: ciência; 
• Seringa: técnica 
• Cor verde: paz, tranqüilidade, cura, saúde 
- Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda 
- Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda 
- Símbolo: lâmpada 
 
 
 
 
TEORIA DE ENFERMAGEM 
Teoria Ambientalista 1958 (Florence Nightingale) No qual demonstrou que 
um ambiente limpo o número de infecção diminuirá, compreendido hoje como 
infecção hospitalar LEOPARDI, 1999 e 2006; GEORGE, 2000; SANTOS; 
CARRARO 2001. 
 
Teoria Interpessoal 1952 ( Hildegard Peplau) Apresenta o processo de 
interação enfermeiro-cliente, compreendido como agir diante das situações 
adversas MELEIS, 1985; LEOPARDI, 1999; LEOPARDI, 2006; GEOEGE, 2000; 
SANTOS, 2001. 
 
Teoria da definição das Práticas em Enfermagem 1955 (Virgínia Henderson) 
Função da enfermagem é assistir o indivíduo doente ou sadio no desempenho 
de suas atividades, ajudando-o o para independência MELEIS, 1985; 
LEOPARDI, 1999; LEOPARDI, 2006; GEORGE, 2000 e SANTOS, 2001. 
 
Teoria Prescritiva do Cuidado 1958 (Ernestine Wiedenbach) Teoria sendo o 
foco a necessidade do paciente e a enfermagem num processo nutridor, 
apresentando quatro elementos de assistência: a filosofia, proposito, pratica e 
arte. 
Teoria dos Sistemas de Neumam 1974 (Betty Neuman)-No qual a 
enfermagem era uma profissão que ajuda indivíduos a buscarem a melhor 
respostas a condições aos estressores internos e esternos. Desenvolveu o 
modelo de sistemas holísticos, com foco nos aspectos psicológicos, fisiológicos, 
socioculturais e desenvolvimentistas dos seres humanos LEOPARDI, 1999; 
LEOPARDI, 2006; GEORGE, 2000. 
 
Teoria do Cuidado Transcultural 1978 (Madeleine Leininger)-Como foco o 
cuidado, e sua essência a prática e o conhecimento. Na sua teoria defendeu que 
a enfermagem deve considerar os valores culturais e a crenças das pessoas 
LEOPARDI, 1999; LEOPARDI, 2006; GEORGE, 2000; SANTOS, 2001. 
 
Teoria das Necessidades Humanas Básicas NHB) 1970 (Wanda de Aguiar 
Horta)- Baseado nas necessidades psicobiológicas, psicossociais e 
psicoespirituais, propõe uma metodologia para o processo de enfermagem 
focando o ser humano integral, na busca do equilíbrio bio-psico-sócioespiritual 
PAIM, 1998; LEOPARDI, 1999; LEOPARDI, 2006; BUB, 2001; MARIA; 
MARTINS e PEIXOTO, 2005. 
Teoria do autocuidado 1970 (Dorothea E. Orem) Sistema de ajuda para o 
autocuidado, quando o paciente apresenta um déficit de autocuidado ou não 
possui condições de realizá-lo a enfermagem relaciona a educação em saúde, 
com propósito de tomar o paciente independente MELEIS, 1985; LEOPARDI, 
1999; LEOPARDI, 2006; GEORGE, 2000; SANTOS, 2001. 
Teoria de solução de problemas 1960 (Faye Abdellah) A enfermagem deve 
satisfazer as necessidades físicas e psicológicas , sociais e espirituais, para 
tanto, deve usar instrumentos como: relações interpessoais sociologia e 
comunicação. 
Teoria da obtenção de metas1971 (Imogene King) A estrutura conceitual 
preconizada por King inclui meta,estrutura, função, recursos e tomada de 
decisão como elementos essenciais para o trabalho do enfermeiro.

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