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Anatomia do MMII (Membros inferiores )

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Os membros inferiores são formados por 62 ossos que se conectam ao
restante do esqueleto pela cintura pélvica; podemos dividi- los em ossos
do quadri l , da coxa, da perna e do pé e, também, em região glútea, coxa
ou região femural , joelho, perna, tornozelo ou região talocrural e pé.
Corpo
Proximal
Distal
Cabeça
Colo
Trocante
Maior
Trocante
Menor
Côndi lo
Lateral
Côndi lo
medial
Face patelar
Patela
base
apice
corpo
corpo
Medial
Lateral
Interossea
Maleolo lateralMaleolo medial
cabeça
condido
medial
condido
lateral
tuberosidade
ANATOMIA DO MMII
GEOVANA RIBEIRO COSTA
Quadri l
Joelho
Tornozelo
FEMUR
O fêmur é o mais longo e pesado osso do corpo humano e corresponde a
aproximadamente um quarto da altura da pessoa. É formado por corpo e duas extremidades, proximal e
distal . A proximal é const ituída por uma cabeça, colo e dois trocanteres (maior e menor) . O corpo do
fêmur é l igeiramente curvo em sua posição anter ior . Os côndi los medial e lateral formam a extremidade
distal , quase em sua total idade. A patela é um osso sesamoide largo que se art icula com o fêmur para
formar a art iculação do joelho. Ao longo da evolução, o fêmur desenvolveu uma curvatura e rotou para
acomodar nossa postura ereta e permit ir a marcha e a corr ida bípedes
Na região do joelho, observa-se a patela , um osso Sesamoides largo que se art icula com o
fêmur para formar a art iculação do joelho. Além de proteger a região anterior da art iculação
do joelho, a patela tem a função de faci l i tar a extensão do joelho . A patela aumenta o braço
de alavanca do quadríceps, resultando em maior força para o movimento de extensão. A
perda da patela resulta em perda de força para a real ização do movimento. Essa região inclui
proeminências (côndi los) da parte distal do fêmur e da parte proximal da t íbia , a cabeça da
f íbula e a patela . A parte poster ior do joelho possui uma cavidade def inida, com gordura,
que permite a passagem de estruturas neuromusculares; essa cavidade é chamada de fossa
poplítea.
Os ossos da perna, parte do membro infer ior entre o joelho e o tornozelo, são const ituídos
pela t íbia e pela f íbula . A t íbia se art icula com os côndi los do fêmur proximalmente e com o
tálus distalmente; é o segundo maior osso do corpo humano. A extremidade proximal é
formada por côndi los medial e lateral .
O corpo da t íbia apresenta um formato tr iangular , com três faces e margens: medial ,
lateral/interóssea e posterior . A extremidade distal é menor que a proximal , a largando-se
medialmente. A f íbula tem como principal função f ixar os músculos, mas também é
importante para estabi l izar a art iculação do tornozelo. O maléolo lateral , junto ao maléolo
medial da t íbia , forma um encaixe retangular que const itui o componente proximal da
art iculação do tornozelo; e les podem ser sentidos e vistos como protuberâncias
proeminentes dos dois lados do tornozelo. A porção mais f ina e fraca da f íbula é
imediatamente proximal ao maléolo lateral . A f íbula não se art icula com o fêmur, mas possui
uma pequena cabeça proximal que se art icula com a t íbia . Por meio da evolução, a t íb ia e a
f íbula sofrem pronação permanente, a f im de acomodar o bipedal ismo
JOELHO
ESQUELETICA
fossa popl ítea
Os l igamentos da Art iculação do Joelho podem ser dist inguidos em grupos de
l igamentos: l igamentos cruzados, l igamentos colaterais , l igamentos extras para o
reforço da cápsula art icular .
Os l igamentos cruzados estão local izados no inter ior do espaço art icular entre o fêmur
e a t íbia . No entanto, não estão l ivres dentro da cavidade art icular , mas são envolvidos
pela membrana s inovial . Estão local izados, portanto, entre os dois folhetos da cápsula
art icular . O l igamento cruzado anter ior nasce na região lateral do fêmur, uma área
denominada de “ intercondi lo” , descendo até a t íbia , em uma área denominada de
espinha da t íbia (como a mão no bolso de um casaco) . O l igamento cruzado poster ior
nasce na região medial do fêmur para a área infer ior lateral poster ior .
Os l igamentos colaterais estão local izados nas faces externas do joelho. O l igamento
colateral medial é relat ivamente amplo e segue do epicôndi lo medial do fêmur para a
superf íc ie medial da cabeça da t íbia . Ele se encontra fundido tanto com a cápsula
art icular quanto com o menisco medial . O estreito l igamento colateral lateral une o
epicôndi lo lateral do fêmur à cabeça da f íbula. Ao contrár io do l igamento colateral
t ibia l , e le não está fundido nem à cápsula art icular , nem ao menisco. Um feixe
l igamentar adic ional or ig inado do epicôndi lo lateral do fêmur para o côndi lo lateral da
t íbia é denominado l igamento anterolateral . O l igamento popl íteo obl íquo é uma
subdivisão do tendão terminal do músculo semimembranáceo e segue na face poster ior
da cápsula , da região infer ior medial para a região superior lateral . O l igamento
popl íteo arqueado também se estende na parede poster ior da cápsula até a cabeça da
f íbula. Na art iculação do joelho, os côndi los do fêmur se art iculam tanto com os
côndi los da t íbia quanto com a face poster ior da patela . Desta forma, a art iculação do
joelho pode ser dividida em duas art iculações, que também são refer idas como
art iculação femorotibia l e art iculação femoropatelar .
Os músculos envolvidos nos movimentos na art iculação do joelho estão local izados
predominantemente na região anter ior ou na região poster ior da coxa. O movimento
mais importante, no qual o músculo quadríceps femoral atua, é a extensão da
articulação do joelho. Ele é o único músculo que pode desempenhar essa função . Com
suas quatro porções, e le compõe a maior parte da massa muscular da coxa. Ele envolve
a patela , com seu tendão de inserção e continua, como o l igamento da patela até se
f ixar na tuberosidade da t íbia . Além disso, porções se inserem lateralmente na
tuberosidade da t íbia por meio dos ret ináculos da patela . Apenas uma parte do músculo
quadríceps femoral , o músculo reto femoral , é biart icular e também atua na f lexão na
art iculação do quadri l . O músculo sartór io é um longo e delgado músculo que se projeta
obl iquamente da região lateral para baixo, em direção medial , contornando o côndi lo
medial da t íbia ( › F ig . 5.34, › Tabela 5.10) . Seu tendão de inserção – junto com um
músculo or iundo da região poster ior , o músculo semitendíneo, e com o músculo gráci l
(do grupo adutor) – forma um compart imento tendíneo, que recebe a denominação de
pata de ganso superf ic ia l . Na art iculação do joelho, e le part ic ipa da f lexão e da rotação
medial . Músculos Poster iores, na face poster ior são encontrados quatro músculos. O
músculo b íceps femoral (cabeça longa) , o músculo semitendíneo e o músculo
semimembranáceo são músculos biart iculares que se estendem do túber isquiát ico até a
perna. Por isso, e les também são conhecidos em conjunto pela expressão “músculos
isquiotibiais” . Todos os três músculos promovem a extensão da art iculação do quadri l
e a f lexão da art iculação do joelho .
Devido à sua inervação pelo nervo t ibia l , o músculo poplíteo também é incluído entre
os músculos profundos da perna. No entanto, e le atua apenas no joelho e, neste
contexto, trata--se um rotador medial . Além disso, e le também pode tensionar a cápsula
art icular , pois seu tendão está inser ido na membrana f ibrosa.
Os ossos da pelve (c íngulo do membro infer ior) são formados pela fusão de
três ossos pr imários: í leo, ísquio e púbis . Inclui o cóccix e a cintura pélvica.
Os ossos começam a fundir-se entre os 15 e 17 anos, e entre os 20 e 25
anos se completam. O í leo representa a porção maior do osso do quadri l e
participa da formação da porção superior do acetábulo; sua porção medial é
espessa para sustentaro peso. A porção superior do í leo se chama crista
i l íaca; a cr ista termina, anteriormente, como a espinha i l íaca
anterossuperior e, posteriormente, como a espinha i l íaca posterossuperior .
O corpo do í leo se une ao púbis e ao ísqueo, formando o acetábulo. O ísquio
é a porção mais inferior e com maior resistência, dir ige-se para baixo do
acetábulo e se expande em uma grande tuberosidade, curvando-se
ventralmente e formando com o púbis uma grande abertura, o forame
obturado. O púbis se estende do acetábulo medialmente e se art icula na
l inha mediana com o osso do lado oposto, formando a parte anterior da
pelve, dando apoio aos órgãos reprodutores externos. O acetábulo é a
cavidade cal ic iforme onde se encaixa a cabeça do fêmur na face lateral do
osso do quadri l , formando a art iculação do quadri l . Retomando o quadri l ,
temos como estruturas o í leo (v ir i lha) , o ísquio (quadri l ) e o púbis (pelo
genital ) . Cada osso do quadri l recebe metade do peso da parte superior do
corpo em posição ereta e todo peso periodicamente, durante a marcha. As
porções espessas do osso transferem peso para o fêmur; as partes f inas
propiciam a superf íc ie larga para f ixação de músculos fortes que
movimentam o fêmur. O cíngulo dos membros infer iores c ircunda e protege
as vísceras pélvicas, part icularmente os órgãos reprodutores.
PELVE
Crista Iliaca
Espinha Iliaca
Antero-superior
Acetabulo
Tuberosidade
Espinha isquiatica
Espinha Iliaca
postero-superior
Forame Obturador
Parte anter ior da pelve
Existem três art iculações tornam os ossos da pelve um anel estável :
Art iculação sacr i l íaca, S ínf ise púbica e coxofemoral . A Coxofemoral
é formada pela cabeça do fêmur art icula-se com o acetábulo do
osso do quadri l . Essa art iculação é c lassif icada como esferoide, uma
vez que a cabeça do fêmur se assemelha a uma esfera completa. O
quadri l tem grande ampl itude de movimento, incluindo f lexão,
extensão, abdução, adução, rotação e c ircundução. Uma cápsula
art icular extremamente forte, reforçada por vár ios l igamentos,
estende-se da borda do acetábulo ao colo do fêmur, reforçada por
vár ios l igamentos (transverso do acetábulo, i l iofemoral ,
pubofemoral , isquiofemoral e da cabeça do fêmur) . Além disso, o
lábio do acetábulo, os l igamentos do quadri l e os músculos ao redor
fazem a art iculação do quadri l ter maior estabi l idade, mas menor
mobi l idade do que a art iculação do ombro.
Na art iculação sacri l íaca, as faces auriculares do osso do quadri l se
unem às faces auriculares do sacro. As superf íc ies art iculares em
formato arqueado são fortemente tensionadas pela presença de
l igamentos, e a art iculação – quanto ao conceito de uma anfiartrose
– apresenta mobi l idade muito restr ita .
L. Iliofemoral
L. Transverso do
acetabulo
L. da cabeça do
femur
A S inf ise Púbica a é formada pelas duas faces s inf is ia is de ambos os
ossos do quadri l (mais precisamente dos ossos do púbis) . Ambos os
ossos são unidos pelo disco interpúbico, que é composto por
f ibrocart i lagem. Os seguintes l igamentos estabi l izam a art iculação
sacroi l íaca: L igamento sacroi l íaco anter ior , L igamento sacroi l íaco
interósseo, L igamento sacroi l íaco poster ior .
Enquanto os l igamentos anter iores se sobrepõem anter iormente à
cavidade art icular , os l igamentos interósseos e poster iores formam
um forte aparelho l igamentar poster iormente à art iculação, a lém
disso, o l igamento i l io lombar une os processos costais das duas
vértebras lombares infer iores à cr ista i l íaca, e se associa
parcia lmente ao l igamento sacroi l íaco anter ior .
Caudalmente à art iculação sacroi l íaca, são observados outros dois
fortes l igamentos: L igamento sacrotuberal , L igamento sacroespinhal
A s ínf ise púbica é f ixada pela ação de dois l igamentos: O l igamento
púbico superior une os dois ossos púbicos na face superior da
art iculação; O l igamento púbico infer ior se encontra na face infer ior
Músculos Anteriores
Músculos posteriolaterais
Músculos pelvitrocanterianos 
Os músculos do quadri l podem ser dist inguidos quatro grupos de músculos que
atuam no movimento da art iculação do quadri l : Músculos anter iores,
poster iolaterais , pelvitrocanter ianos e grupos dos adutores.
Todos os músculos anter iores formam o músculo i l iopsoas ( psoas maior, menor
e o i l iaco ) . O seu tendão terminal comum se insere no trocanter menor do fêmur.
Os músculos seguem anter iormente à art iculação do quadri l , de modo que sua
principal função seja a f lexão desta art iculação. Neste movimento, o músculo
i l iopsoas é também o músculo mais importante. No entanto, o músculo também
part ic ipa na rotação lateral , especialmente quando a coxa está f lexionada.
Os músculos posterolaterais formam o grupo muscular superf ic ia l da região
glútea. O volumoso músculo glúteo máximo é responsável pela expressão do
relevo da região glútea. Todas as suas f ibras seguem poster iormente ao eixo
transversal da art iculação do quadri l , sendo, por isso , o extensor mais
importante e essencial para a extensão a part ir da posição de f lexão . Devido à
sua posição poster ior ao eixo longitudinal , o músculo glúteo máximo é o rotador
lateral mais importante . Sob o ponto de vista funcional , o músculo glúteo médio
e o músculo glúteo mínimo formam uma unidade, e também são chamados de
“pequenos músculos glúteos” . Eles se or ig inam anter ior e cranialmente à face
glútea do osso do quadri l e se estendem obl iquamente em direção lateral até o
trocanter maior . Eles são, portanto, os abdutores mais importantes. Como a
maior ia das f ibras está local izada anter iormente ao eixo longitudinal , esses
músculos também são os rotadores mediais mais importantes. Os músculos são
essenciais na mecânica da marcha. Ao andar , um dos membros infer iores se
mantém em apoio, enquanto o outro osci la para a frente para deslocar o corpo. O
músculo glúteo médio e o músculo glúteo mínimo impedem a incl inação (queda)
da pelve para o lado que está osci lando, deixando o solo, mantendo a pelve
incl inada horizontalmente. O músculo tensor da fáscia lata tem um curto ventre
muscular que termina no trato i l iot ibia l .
E les são todos rotadores laterais da art iculação do quadri l . Um importante
elemento de referência é o músculo pir i forme. Ele é sempre fáci l de ser
identif icado após a secção do músculo glúteo máximo devido ao seu formato
cônico. O músculo pir i forme, em sua posição cranial , real iza a abdução da
art iculação do quadri l , enquanto o músculo quadrado femoral e o músculo
obturador externo, em posição caudal , estão envolvidos na adução. O músculo
obturador externo, sob o ponto de vista do desenvolvimento, está associado ao
grupo adutor e , portanto, é o único músculo inervado pelo plexo lombar.
Maleolo medialMaleolo distal
Grupo dos Músculos Adutores
Os adutores ocupam, com sua or igem, todas as partes infer iores dos ossos do
quadri l ao redor do forame obturado. Além da função pr incipal da adução na
art iculação do quadri l , todos os músculos part ic ipam da f lexão e da rotação
lateral , pois seguem anter iormente sobre a art iculação do quadri l e se estendem
medialmente para a face poster ior do fêmur. O grupo dos músculos adutores tem
uma importante função para o equi l íbr io em uma única perna. Neste caso, e les
equi l ibram as forças exercidas pelos músculos abdutores, sendo assim essenciais
na marcha.
No pé, são dist inguidos o tarso, o metatarso e os dedos do pé. O dedo maior é chamado de hálux (pr imeiro dedo) .
Consequentemente, os outros dedos são numerados em sequência: segundo dedo, terceiro dedo, quarto dedo e dedo menor (quinto
dedo) , ou dedo mínimo.
As pr incipais art iculações do pé são: articulação superior do tornozelo - talocrural e art iculação inferior do tornozelo-
talocalcânea e talocalcaneonavicular .
Na cl ín ica, estas duas art iculações são abreviadas como AST e AIT. As demais art iculações do tarso e do metatarso são
caracter izadas de acordo com os ossos que se mantêm inter l igados por elas (art iculação talonavicular , calcaneocubóidea,
cuneonavicular , intercuneiformes, cuneocubóidea, tarsometatarsais , intermetatarsais ) .
A art iculação art iculação talocrural é a conexão entre a perna e o pé. Aqui , tanto o maléolo medial da t íbia quanto o maléolo
lateral da f íbula , se art iculam com a tróclea do tálus. O tálus é um pouco mais largo anter iormente que poster iormente, o que é
importante para a estabi l idade da art iculação superior do tornozelo.
A art iculação infer ior do tornozelo envolve o tá lus , o calcâneo e o navicular . A art iculação é de estrutura complexa e consiste em
duas art iculações dist intas , que são separadas pelo seio do tarso. A art iculação talocalcânea (subtalar ) contém várias art iculações
em diferentes planos, para permit ir o movimento s imultâneo em diferentes direções. A relação etre as faces dos acidentes osseos
do talus permite a inversão e a eversão. A maior parte da inversão e da eversão do tornozelo se processa na art iculação
talocalcânea. A art iculação talocalcaneonavicular apresenta três superf íc ies art iculares ósseas: face art icular navicular do tálus
com o navicular , faces art iculares calcânea anter ior e medial do tálus com as faces art iculares ta lares anter ior e média do calcâneo.
A art iculação transversa do tarso (entre as f i le iras proximal e distal dos ossos tarsais ) também é refer ida como “ l inha art icular de
Chopart” . As art iculações tarsometatarsais , entre o tarso e o metatarso, formam a “ l inha art icular de Lisfranc” .
As art iculações dos dedos do pé são caracter izadas como: art iculações metatarsofalângicas e interfalângicas.
TORNOZELO E PÉ

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