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Artrologia: Tipos de Articulações e Trabalho Muscular

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EA
D
Artrologia
2
1. OBJETIVOS
•	 Conhecer	e	identificar	os	tipos	de	articulações.
•	 Conhecer	e	definir	as	formas	de	trabalho	muscular.
•	 Compreender	as	articulações,	os	músculos	e	as	 funções	
do	tronco	e	dos	membros.
•	 Analisar	cada	possibilidade	de	movimento	em	cada	arti-
culação.
2. CONTEÚDOS
•	 Articulações	fibrosas,	cartilaginosas	e	sinoviais.
•	 Contração	muscular	isotônica.
•	 Contração	muscular	isométrica.
•	 Articulações,	músculos	e	movimentos	das	articulações	do	
membro	superior.
© Cinesiologia86
•	 Articulações,	músculos	e	movimentos	das	articulações	do	
membro	inferior.
•	 Articulações,	músculos	e	movimentos	das	articulações	do	
tronco.
•	 Principais	alterações	nos	movimentos.	
3. SUGESTÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes	de	 iniciar	o	estudo	desta	unidade,	é	 importante	que	
você	leia	as	orientações	a	seguir:
1)	 Ao	longo	desta	unidade,	você	estudará	as	ações	muscu-
lares.	Desse	modo,	sempre	que	as	for	analisar,	você	deve	
lembrar-se	dos	conceitos	de	músculo	agonista,	músculo	
antagonista	e	músculo	sinergista,	explicados	no	texto.	
2)	 Leia	os	livros	da	bibliografia	indicada	para	que	você	am-
plie	e	aprofunde	seus	horizontes	teóricos.	Esteja	sempre	
com	o	material	 didático	em	mãos	e	discuta	a	unidade	
com	seus	colegas	e	com	o	tutor.	
3)	 Estude	este	material	didático	conferindo	as	referências	
com	as	explicações	dadas.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na	primeira	unidade,	estudamos	os	conceitos	cinesiológicos,	
ou	seja,	os	conceitos	mecânicos	que	regem	os	movimentos.	Tive-
mos	a	oportunidade	de	rever	os	planos	anatômicos	e	os	eixos	de	
movimentos	estudando	cada	movimento	que	ocorre	nesses	pla-
nos	e	eixos.
Agora	que	 já	conhecemos	alguns	conceitos	da	Cinesiologia,	
segmentarmente	 estudaremos,	 nesta	 unidade,	 o	 corpo	 humano,	
abordando	as	estruturas	 importantes	para	a	 função.	 Inicialmente,	
veremos	os	conceitos	de	Artrologia	já	estudados	em	Anatomia;	fare-
mos	uma	explanação	suficiente	para	entendermos	este	estudo.	Não	
temos,	aqui,	o	objetivo	de	fazer	um	estudo	anatômico	como	o	reali-
Claretiano - Centro Universitário
87© U2 - Artrologia
zado	no	caderno	específico	deste	tema,	mas	analisaremos	o	que	for	
de	maior	relevância	para	entendermos	os	movimentos.
Você	pode	notar	alguma	diferença	entre	os	conceitos	anatô-
micos	e	os	funcionais,	mas	é	 importante	explicar	que	a	Anatomia	
realiza	uma	análise	morfológica	enquanto	a	Cinesiologia	realiza	uma	
análise	funcional,	o	que	pode	trazer	entendimentos	diferentes.
Inicialmente,	vamos	rever	alguns	conceitos	da	artrologia	fun-
cional	relembrando	os	componentes	importantes	das	diferentes	ar-
ticulações.	Depois,	estudaremos	as	articulações	de	cada	segmento	
–	isto	é,	do	tronco	e	dos	membros	superiores	e	inferiores	–	e	cada	
possibilidade	 de	 movimento	 osteocinemático	 e	 artrocinemático,	
bem	como	a	aplicação	desses	conceitos	na	sua	prática	profissional.
Desejamos,	a	você,	êxito	nos	estudos	e	nas	atividades!
5. SISTEMA ARTICULAR
A	 Artrologia	 (do	 grego	 artron,	 que	 significa	 "juntura")	 ou	
Sindesmologia	é	a	parte	da	Anatomia	que	estuda	as	articulações	
(MIRANDA,	 2008).	Os	ossos,	 em	 conjunto,	 formam	o	esqueleto,	
mantido	 em	 conexão	 pelos	 elementos	 estruturais	 que,	 por	 sua	
vez,	compõem	as	articulações.
O	sistema	articular	integra,	junto	aos	sistemas	esquelético	e	
muscular,	o	aparelho	locomotor.	As	articulações	são	classificadas	
pelos	tipos,	baseados	nos	tecidos	que	as	compõem	e	na	liberdade	
de	movimento,	 e	 sua	mobilidade	depende	do	 tipo	de	elemento	
que	está	 interposto	entre	os	ossos,	que	pode	ser	tecido	fibroso,	
cartilagem	ou	líquido	sinovial.	Recordando	a	Anatomia,	temos	as	
articulações fibrosas,	cartilaginosas e sinoviais (Quadro 1).
As	articulações	fibrosas,	conhecidas	no	ponto	de	vista	fun-
cional	 como	 sinartroses,	 têm	 como	 característica	 a	 mobilidade	
reduzida,	e	sua	conexão	é	realizada	por	um	tecido	conjuntivo	fi-
broso. Existem	dois	tipos	de	sinartroses,	que	são	as	sindesmoses, 
como	a	articulação	tibiofibular,	e	as	suturas,	como	as	dos	ossos	do	
crânio,	ilustrada	na	Figura 1.
© Cinesiologia88
Figura	1	Suturas do crânio.
	
Figura	2	Sínfise pubiana.
As	 articulações	 cartilaginosas	 têm	 a	 cartilagem	 como	 ele-
mento	entre	os	ossos,	e	são	chamadas,	no	ponto	de	vista	funcional,	
de	anfiartrose	pela	sua	pouca	mobilidade,	sendo	classificadas	em:	
sincondroses,	nas	quais	os	ossos	são	unidos	por	cartilagem	hiali-
na,	como	a	sincondrose	esfeno-occiptal,	e	as	sínfises,	nas	quais	os	
ossos	unem-se	por	uma	cartilagem	fibrosa,	como	a	sínfise	pubiana	
e	os	discos	intervertebrais.
As	 articulações	 sinoviais,	 ilustrada	 na	 Figura 3,	 são	 as	mais	
complexas	e móveis,	sendo	responsáveis	pelos	movimentos	corpo-
rais.	Mas	para	que	essa	mobilidade	exista,	é	necessário	que	os	ossos	
que	se	articulam	estejam	livres	para	deslizarem	entre	si	ao	longo	dos	
movimentos.	Assim,	a	maior	característica	dessas	articulações	é	a	
presença	do	líquido	sinovial,	como	veremos	no	Quadro 1.
Os	ossos	são	unidos	pela	cápsula	articular,	na	qual	há	uma	
cavidade	em	que	está	o	líquido	sinovial;	as	superfícies	desses	os-
sos	são	revestidas	por	cartilagem,	o	que	favorece	o	deslizamento.	
Assim,	todas	as	articulações	sinoviais	possuem,	como	característi-
cas,	a	presença	de	cápsula	articular,	cartilagem	articular,	cavidade	
articular	e	 líquido	sinovial,	e,	além	disso,	algumas	possuem	 liga-
mentos,	discos	e	meniscos.
Claretiano - Centro Universitário
89© U2 - Artrologia
Fonte:	STEWART	(2004,	p.	70).
Figura	 3	Articulação sinovial (Joint cavity = cavidade articular; Joint capsule = cápsula 
articular; Hyaline cartilage = cartilagem hialina). 
A	cápsula	sinovial	pode,	em	algumas	articulações,	ser	reforçada	
em	sua	camada	externa	(membrana	fibrosa)	por	ligamentos	chama-
dos	"ligamentos	capsulares".	Há,	também,	ligamentos	separados	da	
cápsula,	chamados	"ligamentos	extracapsulares".	Quando	esses	liga-
mentos	estão	dentro	da	articulação,	são	chamados	"intra-articulares",	
como	os	ligamentos	cruzado	anterior	do	joelho	e	cruzado	posterior	do	
joelho.	A	função	dos	ligamentos	é	impedir	movimentos	excessivos.	
Ligamentos Cruzados e Meniscos
Ligamento cruzado posterior
Ligamento cruzado anterior Meniscos
Medial
Lateral
Figura	 4	Articulação do joelho, com ligamentos cruzados anterior, posterior e meniscos 
medial e lateral.
© Cinesiologia90
A	 função	 dos	 discos	 presentes	 nas	 articulações	 temporo-
mandibular	e	esternoclavicular	e	a	dos	meniscos	encontrados	no	
joelho,	como	vimos	na	Figura 4,	é	melhorar	a	congruência	entre	as	
superfícies	articulares,	melhorar	o	deslizamento	entre	as	superfí-
cies	articulares	e	absorver	impacto.
Quadro 1	Classificação	morfológica	e	funcional	das	articulações.
CLASSIFICAÇÃO 
MORFOLÓGICA
CLASSIFICAÇÃO 
FUNCIONAL MOBILIDADE SUBDIVISÃO EXEMPLO
Fibrosa Sinartrose Diminuída
Sindesmose
Sutura
Tibiofibular
Suturas	
cranianas
Cartilaginosa Anfiartrose Pouca
Sincondroses
Sínfises
Esfeno-
occiptal
Sínfise	
pubiana
Sinoviais Diartrose	ou	Diartrodial Ampla
Anaxial
Monoaxial
Trocoide
Biaxial
Triaxial
Sacroilíaca
Cotovelo
Rádio-ulnar	
proximal
Rádiocárpica
Ombro	e	
Quadril
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Como	vimos	na	Unidade	1,	as	articulações	também	são	clas-
sificadas	no	ponto	de	vista	funcional,	considerando	o	grau	de	liber-
dade	de	movimentos.	Assim,	temos	as	articulações	anaxiais,	que	
não	possuem	eixo	de	movimentos;	as	monoaxiais,	que	se	movi-
mentam	em	torno	de	um	eixo;	as	biaxiais,	que	se	movimentam	em	
torno	de	dois	eixos;	e	as	triaxiais,	que	realizam	o	movimento	em	
torno	de	três	eixos.	Essa	classificação	está	relacionada	à	morfologia	
da	articulação,	ou	seja,	ao	formato	de	sua	superfície	articular.	As	
articulações	anaxiais	são	planares,	isto	é,	as	superfícies	ósseas	que	
se	articulam	são	planas,	ocorrendo,	apenas,	o	movimento	de	des-
lizamento,	e	possuem	mobilidade	reduzida,	como,	por	exemplo,	a	
sacroilíaca	e	as	articulações	intercárpicas,	ilustradas	na	Figura 5.
Claretiano - Centro Universitário
91© U2 - Artrologia
Figura5	Exemplo de articulação plana.
As	 articulações	 monoaxiais	 podem	 ser	 do	 tipo	 gínglimo,	
como	podemos	observar	na	Figura 6	 (também	chamado	de	"do-
bradiça"	por	apresentarem	semelhança	com	esse	sistema)	quando	
permitirem	flexão	e	extensão,	como,	por	exemplo,	o	cotovelo	e	as	
interfalangeanas	da	mão.	Podem	ser,	 também,	do	 tipo	 trocoide,	
como	vemos	na	Figura 7	(ou	pivô),	em	que	uma	superfície	articular	
em	forma	de	um	pivô	gira	sobre	outra	–	a	articulação	radio-ulnar	
proximal.
Figura	6	Exemplo de articulação gínglimo. Figura	7	Exemplo de articulação trocoide.
As	articulações	biaxiais	podem	ser	do	tipo	selar,	como	po-
demos	observar	na	Figura Tal	nome	é	dado	por	causa	da	sua	for-
© Cinesiologia92
ma,	que	 tem	o	mesmo	formato	de	uma	sela	de	montaria,	pois	
as	superfícies	são	côncavas	em	um	plano	e	convexas	em	outro,	
além	de	 se	articularem	sob	uma	superfície	que	possui	as	mes-
mas	características,	apesar	de	a	superfície	côncava	se	encaixar	na	
convexa	e	vice-versa.	Um	bom	exemplo	é	a	articulação	carpome-
tacarpiana	do	polegar;	os	movimentos	que	ocorrem	nesse	 tipo	
articular	são	de	flexão	e	extensão,	de	abdução	e	adução,	como	
também	de	rotação,	que	ocorre	pela	combinação	de	movimen-
tos.	
As	articulações	biaxiais	também	podem	ser	do	tipo	condilar	
ou	elipsoide,	em	que	uma	superfície	de	forma	condilar	ou	ovoide	
se	articula	com	outra	de	forma	elíptica,	permitindo	o	movimento	
em	dois	planos:	flexão	–	extensão	e	abdução	–	adução,	como,	por	
exemplo,	a	articulação	radiocárpica	do	punho	vista,	exemplificada,	
na	Figura 9.
Figura	8 Exemplo de articulação selar. Figura	9	Exemplo de articulação condilar.
As	articulações	triaxiais	são	do	tipo	esferoide,	ou	seja,	per-
mitem	maior	mobilidade	devido	a	forma	de	suas	superfícies	arti-
culares,	em	que	uma,	em	forma	de	esfera,	se	articula	com	outra,	
em	forma	côncava	(receptáculo),	sendo	exemplos	as	articulações	
do	ombro	e	do	quadril;	os	movimentos	que	ocorrem	nessas	articu-
lações	são	de	flexão	e	extensão,	de	abdução	e	adução,	de	rotação	
medial	e	lateral,	de	abdução	e	adução	horizontal	e	de	circundução.	
Observe	a	Figura 10.
Claretiano - Centro Universitário
93© U2 - Artrologia
Figura	10	Exemplo de articulação esferoide.
6. ARTICULAÇÕES E SEUS MOVIMENTOS
Agora	que	já	recordamos	as	características	funcionais	das	ar-
ticulações	e	já	as	classificamos	sob	os	pontos	de	vista	morfológico	
e	funcional,	estudaremos	as	articulações	e,	sobre	estas,	realizare-
mos	uma	análise	cinesiológica,	o	que	é,	na	verdade,	a	essência	da	
nosso	Caderno de Referência de Conteúdo,	uma	vez	que	você	irá	
trabalhar	numa	área	em	que	o	movimento	é	fundamental.
As	articulações	e	os	ossos	formam	um	sistema	de	alavanca,	
cujo	movimento	(artrocinemática	e	osteocinemática)	é	produzido	
por	uma	força	que,	por	sua	vez,	é	gerada	pelo	músculo	esquelético,	
como	vimos	na	unidade	anterior.	Toda	ação	neurofisiológica	envol-
vida	no	trabalho	muscular	será	estudada	em	detalhes	na	Unidade	
3,	porém,	é	importante	vermos	as	formas	de	contração	muscular	e	
seus	efeitos	nos	segmentos	ósseos.
Os	músculos	 esqueléticos	 são	 os	 executores	 primários	 do	
sistema	 nervoso	 (motores	 primários),	 compostos	 por	 proteínas	
contráteis	e	por	uma	rede	de	tecido	conjuntivo	que	se	unem	a	um	
tendão	e	formam	um	importante	conjunto	que	transfere	a	tensão	
(força)	gerada	para	o	osso.	Existem	interações	celulares	significati-
vas	que	determinam	a	resposta	fisiológica	do	músculo.
© Cinesiologia94
A	estrutura	básica	do	músculo	esquelético	é	composta	por	fi-
bras	 musculares	 individuais	 (células	 musculares),	 subdivididas	 em	
miofibrilas,	sarcômeros	e,	finalmente,	actina	e	miosina.	O	tecido	con-
juntivo	que	circunda	o	músculo	inteiro	é	denominado	epimísio,	os	fei-
xes	de	fibras	musculares	(fascículos)	são	circundados	pelo	perimísio,	e	
cada	fibra	muscular	individual	é	circundada	pelo	endomísio.
Para	Whiting	 e	 Zernicke	 (2001),	 as	 fibras	musculares	 pos-
suem	capacidade	contrátil	e	podem	encurtar-se	até	a	metade	do	
seu	comprimento	em	repouso.
A	maior	e	mais	 frequente	fonte	de	força	gerada	dentro	do	
corpo	se	dá	pela	contração	muscular,	com	forças	passivas	adicio-
nais	ocorrendo	pela	tensão	de	fáscias,	que	são	ligamentos	e	estru-
turas	não	contráteis	do	músculo.	As	forças	musculares	podem	ser	
representadas,	para	a	simplificação,	como	atuando	em	um	ponto	
do	 corpo,	mas	 é	 sempre	 importante	 lembrar	 que	muitas	 forças	
complexas	ocorrem	na	função.	Normalmente,	os	músculos	contra-
em-se	em	grupo,	pois	a	contração	de	um	único	músculo	poderia	
gerar	movimentos	estereotipados,	como,	por	exemplo:	se	na	fle-
xão	do	cotovelo	houvesse,	apenas,	a	contração	do	bíceps	braquial,	
haveria	a	supinação	do	antebraço	e	a	flexão	do	ombro.	Por	 isso,	
ocorre	um	trabalho	simultâneo	de	vários	músculos	e	tecidos	(WHI-
TING;	ZERNICKE,	2001).
Podemos,	então,	classificar	os	músculos	como	agonistas,	an-
tagonistas,	sinergistas	e	fixadores:
1)	 Agonistas	(do	grego	agon	–	"competição"):	motor	princi-
pal	do	movimento.
2)	 Antagonistas	(do	grego	anti	–	"contra"):	possui	ação	ana-
tômica	oposta	ao	agonista	para	controlar	o	movimento.
3)	 Sinergista	(do	grego	syn	–	"junto";	ergon	–	"trabalho"):	são	
músculos	auxiliares	atuando	como	o	motor	secundário	de	
um	movimento;	contraem-se	ao	mesmo	tempo	que	o	ago-
nista	e	evitam	que	movimentos	indesejáveis	ocorram.
4)	 Fixadores:	estabilizam	as	diversas	partes	do	corpo	para	
que	a	ação	principal	ocorra.
Claretiano - Centro Universitário
95© U2 - Artrologia
Segundo	 Smith,	Weiss	 e	 Lehmkuhl	 (1997),	 alguns	 autores	
descrevem,	apenas,	os	músculos	agonistas,	antagonistas	e	siner-
gistas,	incluindo,	nesse	último	grupo,	os	fixadores.
Como	vimos,	os	músculos	exercem	força	nos	segmentos	ós-
seos	por	meio	da	contração	muscular,	podendo,	talvez,	gerar	mo-
vimento,	 o	 que,	 eventualmente,	 pode	não	ocorrer,	 embora	 seja	
importante	entender	que,	na	verdade,	sempre	que	um	músculo	se	
contrai,	haverá	uma	força	aplicada	em	sua	origem	e	sua	inserção,	
sendo	essa	a	força	de	tração.
Um	músculo	pode	se	contrair	sem	que	haja	movimento	ar-
ticular;	a	 isto	chamamos	de	contração	 isométrica (do	grego isos 
–	"igual"; metro –	"medida").	 Isto	pode	ser	obtido	aplicando	re-
sistência	e	força	 iguais,	e	é	muito	utilizado	no	fortalecimento	de	
músculos	que	atuam	em	articulações	que,	por	algum	motivo,	não	
podem	ser	movidas,	como,	por	exemplo,	o	caso	de	presença	de	
dor	 ou	 de	 alguma	 alteração	 degenerativa,	 como	 a	 osteoartrose	
(desgaste	da	cartilagem	hialina).	A	contração	isométrica	também	
ocorre	em	ações	cotidianas,	como,	por	exemplo,	para	alcançar	a	
frente	com	a	mão.	A	escápula	necessita	ser	estabilizada	 indo	de	
encontro	ao	tórax	(músculos	fixadores).	
Quando	ocorre	o	movimento	articular	pela	contração	mus-
cular,	diz-se	que	houve	uma	contração isotônica (do	grego isos –	
"igual";	tônus	–	"tensão"),	e	que	esta	pode	ser	concêntrica,	quan-
do	o	músculo	se	encurta	e	ocorre	a	aproximação	da	origem	e	da	
inserção	muscular,	ou	excêntrica,	quando	o	músculo	se	alonga	e	
ocorre	o	afastamento	da	origem	e	da	inserção	muscular.
"Força	muscular"	é	um	termo	difícil	de	ser	definido,	porém,	
há	definições,	 como	a	 capacidade	do	músculo	gerar	 força,	 a	 ca-
pacidade	do	músculo	gerar	 tensão	ativa,	entre	outras.	Além	dos	
fatores	neurológicos,	metabólicos,	endócrinos	e	psicológicos,	que	
afetam	a	força	muscular,	muitos	outros	fatores	determinam	a	for-
ça	muscular	ou	uma	contração,	 como	 idade,	 sexo,	 tamanho	dos	
músculos,	comprimento	no	momento	da	contração,	alavancagem	
do	músculo	e	velocidade	de	contração;	muitos	desses	fatores	você	
verá	com	mais	detalhes	na	Unidade	3.
© Cinesiologia96
Agora	que	já	sabemos	que	os	músculos,	os	ossos	e	as	articu-
lações	formam	um	sistema	de	alavancas	e	geram	os	movimentos	
corporais,	vamos	estudar,	segmentarmente,	os	movimentos.
Relembrando	a	Anatomia,	o	corpo	humano	é	dividido	em	ca-
beça,	tronco	e	membros.	Para	melhor	compreensão	e	facilidade,	
iniciaremos	nossos	estudos	pelas	articulações	do	membro	supe-
rior;	posteriormente,estudaremos	os	membros	inferiores	e	finali-
zaremos	com	o	estudo	do	tronco.
Articulações do membro superior – ombro
O	membro	superior	é	composto	pelo	úmero,	o	rádio,	a	ulna,	
os	ossos	do	carpo,	os	metacarpos	e	as	 falanges,	e	está	preso	ao	
tronco	 por	meio	 da	 cintura	 escapular,	 formada	 pela	 escápula	 e	
pela	clavícula,	como	podemos	observar	na	Figura 11.
clavícula
escápula
úmero
ulna
rádio
carpo
metacarpos
falanges
Mão
Antebraço
Braço
Ombro = cintura 
escapular (raiz)}
}
}
Fonte:	PUTZ,	PABST,	SOBOTTA	(2006,	p.	158).
Figura	11	Ossos do membro superior.
A	união	entre	o	úmero	e	a	escápula	forma	a	articulação	gle-
noumeral ou ombro, que	é	do	 tipo	sinovial,	 triaxial	e	esferoide,	
portanto,	ela	possui	movimentos	em	todos	os	planos	e	eixos,	tor-
Claretiano - Centro Universitário
97© U2 - Artrologia
nando-se	a	articulação	com	maior	mobilidade	no	corpo,	o	que	faz	
dela	uma	articulação	instável	e	susceptível	às	lesões.
Sempre	 que	 falamos	 em	 ombro,	 devemos	 falar	 em	 cintu-
ra	escapular,	pois	o	ombro	possui	toda	mobilidade	devido	a	esse	
complexo	formado	pelo	úmero,	pela	clavícula	e	pela	escápula,	que	
se	articula	com	o	grádio-costal;	logo,	a	mobilidade	do	ombro	inclui	
a	caixa	torácica	e	a	coluna.
Considerando	a	cintura	escapular,	 temos,	então,	cinco	articu-
lações	que	devemos	considerar	para	estudo,	como	podemos	ver	na	
Figura 12:	articulação	glenoumeral	(sinovial-esferoide-triaxial)	(1);	ar-
ticulação	subacromial,	conhecida	como	uma	falsa	articulação	(2),	arti-
culação	escápulo-torácica	(plana-anaxial)	(3);	articulação	acromiocla-
vicular	(plana-anaxial)	(4)	e	articulação	esternoclavicular	(selar)	(5).
	
1
2
3
4
5
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	29).
Figura	12	Cintura escapular.
© Cinesiologia98
Figura	 13	 Articulações do ombro (1 – acromioclavicular; 2 – subacromial; 3 – 
glenoumeral).
Essa	anatomia	permite	toda	movimentação	do	ombro	(como	vi-
mos	na	Unidade	1),	ilustrado	na	Figura 13	e	possui	movimento	nos	três	
planos	e	eixos.	Esses	movimentos	serão	vistos	nas	Figuras 14	à	18:
1)	 Flexão	e	extensão	no	plano	mediano	em	torno	do	eixo	
lateral.	
2)	 Abdução	e	adução	no	plano	frontal	em	torno	do	eixo	an-
teroposterior.	
3)	 Rotação	medial	e	 lateral	no	plano	horizontal	em	torno	
do	eixo	longitudinal.	
4)	 Adução	 e	 abdução	 horizontal	 no	 plano	 horizontal	 em	
torno	do	eixo	longitudinal.
5)	 Cincundução.	
Claretiano - Centro Universitário
99© U2 - Artrologia
180º
50º
30º
a
a
b
b
90º
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	13).
Figura	14	Movimentos de extensão, flexão e adução do ombro.
180º
120º
a
c
b
d
60º
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	15).
Figura	15	Movimento de abdução do ombro.
© Cinesiologia100
30º
80º
95º
RI
0
a
b c
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	17).
Figura	16	Movimentos de rotação lateral e medial do ombro.
140º
30º
0º
a
b
c
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	19).
Figura	17	Movimentos de adução e abdução horizontal do ombro.
Claretiano - Centro Universitário
101© U2 - Artrologia
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	21).
Figura	18	Movimentos de circundução do ombro.
A	escápula	possui	 importantes	movimentos	que	compõem	
a	mobilidade	total	do	ombro.	São	eles:	elevação,	depressão,	ab-
dução	 (protração),	 adução	 (retração),	 rotação	 lateral	 e	 medial,	
inclinação	anterior	e	posterior	–	todos	vistos	na	Figura Esses	mo-
vimentos	 ocorrem	 devido	 ao	 deslizamento	 da	 escápula	 sobre	 o	
grádio-costal.	
A	mobilidade	do	ombro,	então,	é	obtida	pelos	movimentos	
em	conjunto	da	escápula,	da	articulação	glenoumeral	e,	também,	
© Cinesiologia102
por	 movimentos	 pequenos,	 mas	 não	 menos	 importantes,	 que	
ocorrem	nas	articulações	esternoclavicular	e	acromioclavicular.
40
39
38
37
60
40 - 45
70
15
1210
10 12
60º
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	21).
Figura	19	Movimentos da escápula. 
Como	a	articulação	do	ombro	é	formada	por	meio	da	cone-
xão	com	o	tronco,	a	mobilidade	da	coluna	vertebral	é	muito	 im-
portante	para	os	movimentos	 se	 completarem.	Assim,	para	que	
haja	a	flexão	total	e	a	abdução	total	do	ombro,	deve	ocorrer	a	in-
clinação	da	coluna	para	o	lado	oposto,	como	vimos,	anteriormen-
te,	na	Figura Quando	a	flexão	ocorre	bilateralmente,	a	coluna	to-
rácica	deve	realizar	extensão	permitindo	a	mobilidade	total.	Esse	
dado	é	muito	importante,	pois,	sempre	que	você	cuidar	de	alguém	
com	alguma	alteração	no	ombro,	deve	ficar	atento	à	mobilidade	
da	coluna	e,	também,	aos	menores	movimentos	que	ocorrem	nas	
Claretiano - Centro Universitário
103© U2 - Artrologia
articulações	esternoclavicular	e	acromioclavicular.	Se	houver	dimi-
nuição	ou	perda	desses	movimentos,	provavelmente	a	articulação	
glenoumeral	 será	 sobrecarregada,	 gerando	 alterações	 como	dor	
ou	até	instabilidade	articular.	
Importantes	ligamentos	realizam	a	estabilização	do	comple-
xo	articular	do	ombro.
A	 articulação	 esternoclavicular	 é	 sinovial	 e	 do	 tipo	 plana,	
com	movimentos	de	anteriorização,	posteriorização,	elevação,	de-
pressão	e	discretas	 rotações	que	ocorrem	na	clavícula.	É	estabi-
lizada	pela	cápsula	e	pelos	 ligamentos	esternoclavicular	anterior	
e	posterior,	interclavicular,	costoclavicular	e	disco	articular,	como	
podemos	observar	nas	Figuras 20	e	21.
A	articulação	acromioclavicular	é	do	tipo	plana	e	anaxial	e	é	
estabilizada	por	uma	cápsula	articular,	pelos	ligamentos	acromiocla-
vicular	e	coracoclaviculares	 (ligamento	trapezoide	e	 ligamento	co-
noide)	e	pelo	disco,	que	pode	estar	ausente	em	algumas	pessoas.
AC
EC
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Figura	20	Articulações esternoclavicular (EC) e acromioclavicular (AC) – visão anatômica 
superficial.
© Cinesiologia104
Ligamento esternoclavicular anterior
Ligamento interclavicular
Disco articular
Cavidade
articular
Sincondrose
esternocostal
Manúbrio
Articulação sinovial
esternocostal
Sincondrose esternal
2ª costela
Ligamento costoclavicular
Clavícula
Ligamento esternocostal radiado
1ª
costela
Cartilagens
costais
Músculo
subclávio
Fonte:	NETTER	(1996)
Figura	21	Articulação esternoclavicular.
Quedas	 sobre	o	ombro	podem	 levar	a	diferentes	graus	de	
lesões	nesses	ligamentos,	como	mostra	a	Figura Imagine	a	dificul-
dade	de	alguém	que	queira	praticar	ou	que	já	pratica	natação	com	
a	limitação	desses	movimentos!	
Figura	22	Ligamentos acromioclavicular e coracoclaviculares podem se romper.
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105© U2 - Artrologia
O	acrômio	possui,	ainda,	um	ligamento	que	o	une	ao	proces-
so	 coracoide	 da	 escápula	 chamado	 "ligamento	 coracoacromial".	
Esse	ligamento	tem	a	função	de	evitar	a	luxação	superior	da	cabeça	
umeral,	e	forma,	junto	com	o	acrômio,	o	espaço	subacromial.	Du-
rante	o	movimento	de	abdução,	pode	ocorrer	o	impacto	do	úmero	
(tuberosidade	maior)	 nessas	 estruturas,	 originando	 sintomas	 de	
dor	ao	movimento	e	uma	importante	patologia	denominada	"Sín-
drome	do	Impacto",	que	leva	à	ruptura	dos	tendões	do	manguito	
rotador,	ilustrados	nas	Figuras 23	e	24.
Acrômio
Tendões
Rotadores
Coracóide
Ombro E
Figura	23	Anatomia do espaço subacromial.
ponto de compressão
Figura	24	Síndrome do Impacto.
© Cinesiologia106
Miranda	(2008)	menciona	que	a	articulação	escapulotoráci-
ca	é	uma	articulação	funcional	e	plana,	estabilizada	no	gradiocostal	
pelos	músculos	serrátil	anterior	e	 romboide,	que	desempenham	
papel	de	verdadeiros	ligamentos,	estabilizando	essa	articulação.
A	articulação	do	ombro	ou	glenoumeral	é	sinovial	e	dos	tipos	
esferoide	e	triaxial.	É	formada	pela	cabeça	esférica	do	úmero,	na	
qual	se	articula	com	a	cavidade	glenoide		da	escápula.	Não	há	uma	
proporção	entre	o	 tamanho	da	 cabeça	do	úmero	e	da	 cavidade	
glenoide,	 pois	 esta	 é	muito	 rasa,	 o	 que	determina	 facilidade	de	
movimento,	apesar	de	determinar,	também,	instabilidade,	exem-
plificada	na	Figura 25.
Fonte:	KAPANDJI	(19p.	31).
Figura	25	Cabeça umeral (a) é maior que cavidade glenoide (b) com estabilidade aumentada 
pelo lábio glenoidal (c).
Podemos	ver,	ainda	na	Figura 25,	que	a	característica	funcio-
nal	do	ombro	é	compensada	pela	existência	de	importantesesta-
bilizadores,	ou	seja,	estruturas	que	aumentam	a	estabilidade	da	
articulação	glenoumeral.	São	eles:	a	cápsula	fibrosa,	os	 ligamen-
tos,	o	lábio	glenoidal	e	a	presença	de	uma	pressão	negativa	dentro	
da	 articulação	 que,	 junto	 com	 a	 viscosidade	 do	 líquido	 sinovial,	
aumenta	a	estabilidade.
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107© U2 - Artrologia
Já	os	ligamentos	da	articulação	glenoumeral	são	capsulares,	
como	os	 ligamentos	glenoumeral	superior,	médio	e	 inferior	e	os	
ligamentos	coracoumeral	e	transverso	do	úmero,	que	podem	ser	
vistos	na	Figura 26.
Figura	26	Ligamentos do ombro.
Os	ligamentos	do	ombro	possuem	um	importante	papel	na	
estabilização	da	 articulação	 glenoumeral	 e	 realizam	essa	 função	
tanto	de	maneira	estática,	ou	seja,	mantêm	a	articulação	em	mo-
mentos	de	repouso,	quanto	dinâmica,	quando	agem	mantendo	a	
articulação	estável	durante	a	movimentação.
Na	Figura 27,	 observamos	que,	 durante	 a	 abdução,	os	 liga-
mentos	glenoumeral	médio	e	inferior	ficam	tensos	e	estabilizam	a	
articulação,	mantendo,	por	meio	de	 sua	 tensão,	 a	 cabeça	umeral	
encaixada	na	glenoide	e	limitando	o	deslizamento	inferior	do	úmero	
(artrocinemática).	Já	na	rotação	lateral,	os	três	ligamentos	glenou-
merais	tensionam-se,	estabilizando	a	cabeça	do	úmero	na	glenoide	
e	 impedindo	que	haja	o	deslizamento	excessivo	do	úmero	para	a	
região	anterior	(artrocinemática),	como	mostrado	na	Figura 28.
© Cinesiologia108
Já	na	Figura 29,	notamos	que	o	ligamento	coracoumeral	se	
tensiona	tanto	na	flexão	como	na	extensão,	estabilizando	o	ombro	
nos	dois	movimentos.	Esses	conceitos	sobre	a	ação	dos	ligamentos	
do	ombro	são	importantes	para	todo	profissional	que	trabalha	na	
área	da	saúde,	pois	movimentos	extremos	em	atividades	laborais	
ou	desportivas	podem	gerar	o	alongamento	dessas	estruturas	fa-
vorecendo	a	instabilidade,	uma	vez	que	o	conjunto	de	ligamentos	
e	músculos	fornecem	estabilidade	ao	ombro	e	que	a	falha	de	um	
desses	elementos	anatômicos	pode	causar	lesões.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	39).	
Figura	27	Ligamentos glenoumeral médio e inferior relaxados (a) e tensos na abdução (b).
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	39).
Figura	28	Ligamentos glenoumerais tensos na rotação lateral (a) e relaxados em repouso (b).
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Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	41).
Figura	29	Ligamento coracoumeral relaxado (a), tenso na exensão (b) e tenso na flexão (c).
Os	movimentos	da	articulação	do	ombro	são	realizados	por	
três	grupos	musculares	distintos.	São	eles:
•	 Grupo	A:	músculos	que	se	originam	na	escápula	e	se	inse-
rem	no	úmero.
•	 Grupo	B:	músculos	que	se	originam	no	tronco	e	se	inse-
rem	na	escápula.
•	 Grupo	C:	músculos	que	se	originam	no	tronco	e	se	inse-
rem	no	úmero.
Para	facilitar	o	entendimento,	descreveremos	os	músculos,	
suas	 funções	e	ações	para	a	articulação	e,	posteriormente,	 suas	
origens	e	inserções.
Músculos do grupo A
1)	 Supraespinhoso:	abduz	a	articulação	do	ombro	e	estabiliza	
a	cabeça	do	úmero	na	cavidade	glenoide.	Esse	músculo	tem	
sua	ação	principal	controlando	a	força	resultante	do	deltoide	
médio,	que	tende	a	tracionar	o	úmero	para	cima	no	início	da	
© Cinesiologia110
abdução;	assim,	a	ação	conjunta	dos	dois	músculos	permite	
uma	abdução	glenoumeral	dentro	dos	padrões	fisiológicos.
2)	 Músculo redondo maior:	realiza	adução	do	úmero	e	ro-
da-o	lateralmente.
3)	 Músculos infraespinhal	 e	 redondo menor:	 realizam	
adução	e	rodam	lateralmente	o	úmero.
4)	 Músculo subescapular:	realiza	adução	e	rotação	medial	
do	úmero.
Esses	músculos,	exceto	o	redondo	maior,	formam	o	chamado	
"manguito	rotador",	que	é	muito	importante	para	a	estabilidade	do	
úmero	na	glenoide,	ou	seja,	em	conjunto,	eles	trabalham	encaixan-
do	a	cabeça	do	úmero	na	glenoide,	atuando,	principalmente,	nos	
movimentos	de	abdução	e	flexão.	São	esses	músculos	que	devem	
ser	trabalhados	em	casos	de	patologias	como	a	Síndrome	do	Impac-
to	já	citada,	e,	também,	nas	instabilidades	do	ombro	(subluxação	e	
luxação).	A	porção	longa	do	bíceps	também	possui	papel	importan-
te	na	estabilidade	glenoumeral.	Observe	as	Figuras	30	à	32.
•	 Músculo	tríceps	braquial:	estende	o	úmero	(sinergista).
•	 Músculo	bíceps	braquial:	flexiona	o	úmero.
•	 Músculo	coracobraquial:	flexiona	e	roda,	medialmente,	o	
úmero.	
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	43).
Figura	30	Ação dos músculos supraespinhos (1), infraespinhal (3) e redondo menor (4) – 
vista posterior do ombro.
Claretiano - Centro Universitário
111© U2 - Artrologia
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	43).
Figura	31	Ação dos músculos supraespinhos (1), subescapular (2) e cabo longo do bíceps 
(5) – vista anterior do ombro.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	43).
Figura	 32	 Ação dos músculos supraespinhos (1), subescapular (2), infraespinhoso (3), 
redondo menor (4) e cabo longo do bíceps – vista superior do ombro.
Músculos do grupo B
Para	 que	 haja	 uma	 movimentação	 correta	 na	 articulação	
glenoumeral,	é	importante	que	a	escápula	esteja	bem	estabiliza-
da	 para	 realizar	 os	movimentos	 necessários	 à	 complementação	
da	mobilidade	da	cintura	escapular.	Assim,	quando	necessário,	a	
escápula	se	move,	e,	também	quando	necessário,	ela	será	estabi-
lizada	pelas	ações	agonista	e	antagonista	dos	músculos	que	agem	
© Cinesiologia112
sobre	 ela.	 Para	 facilitar	 o	 entendimento	dos	músculos	 citados	 a	
seguir,	exceto	o	número	6,	retorne	à	Figura 20.
1)	 Músculo levantador da escápula:	eleva	e	roda,	medial-
mente,	a	escápula.
2)	 Músculos romboides maior e menor:	aduz	e	roda,	me-
dialmente,	a	escápula.
3)	 Músculo trapézio superior:	eleva	e	roda,	lateralmente,	a	
escápula,	e	inclina-a	anteriormente.
4)	 Músculo trapézio médio:	aduz	a	escápula.
5)	 Músculo trapézio inferior:	deprime	e	roda,	lateralmen-
te,	a	escápula,	e	inclina-a	posteriormente.
6)	 Músculo peitoral menor:	inclina	a	escápula	anteriormente.
O	levantador	da	escápula,	atuando	em	conjunto	com	o	tra-
pézio	superior,	realiza	a	elevação	da	escápula	sem	rotação.
Sempre	que	alguma	fibra	do	trapézio	atua,	as	outras	fibras	
agem	para	estabilizar	a	escápula,	como,	por	exemplo,	na	rotação	
lateral	da	escápula,	em	que	temos	a	ação	do	trapézio	superior	e	
inferior,	bem	como	a	estabilização	pelo	trapézio	médio;	quando	o	
trapézio	médio	aduz	a	escápula,	as	 fibras	superiores	e	 inferiores	
estabilizam-se.	Imagine	os	romboides	agindo	em	conjunto	com	o	
trapézio	médio:	a	ação	estabilizadora	das	fibras	superiores	e	infe-
riores	do	trapézio	impedirão	a	rotação	medial	da	escápula.	O	mús-
culo	trapézio	inferior	é	um	antagonista	do	peitoral	menor	e	vice-
versa	nas	ações	de	rotação	anterior	e	posterior	da	escápula.	
Músculos do grupo C
1)	 Peitoral maior:	quando	suas	fibras	superiores	e	inferio-
res	atuam	em	conjunto,	são	capazes	de	realizar	a	adu-
ção	medial	e	horizontal	do	úmero	e	a	rotação	medial	do	
úmero;	as	fibras	superiores	isoladas	rodam	medialmente	
e	flexionam	o	úmero,	e	as	inferiores	deprimem	a	cintura	
escapular	e	aduzem,	obliquamente,	o	úmero	na	direção	
do	ilíaco	oposto.	
2)	 Músculo deltoide:	abduz	(fibras	médias),	estende	(fibras	
posteriores)	e	flexiona	(fibras	anteriores)	a	articulação	gle-
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113© U2 - Artrologia
noumeral;	as	fibras	anteriores	ainda	rodam,	medialmen-
te,	a	articulação,	e	as	posteriores	rodam	lateralmente.
3)	 Músculo grande dorsal:	 roda	medialmente,	aduz	e	es-
tende	a	articulação	do	ombro.
4)	 Músculo serrátil anterior:	 abduz	e	 roda,	 lateralmente,	
a	 escápula;	 responsável	 pela	manutenção	 da	 escápula	
contra	o	gradiocostal.
É	importante	analisar	que,	sempre	que	ocorre	um	movimen-
to	na	articulação	glenoumeral,	a	escápula	será	solicitada	ou	como	
ponto	de	apoio	(estabilizada	pelas	ações	agonistas	e	antagonistas	
dos	músculos	escapulares)	ou	se	movendo	para	completar	a	am-
plitude	de	movimento.
Os	movimentos	 ocorrem	 sempre	 em	 conjunto,	 cuja	 sequ-
ência	se	 inicia	com	o	movimento	na	glenoumeral,	na	escápula	e	
nas	articulações	acrômio	e	esternoclaviculares,	posteriormente,	e,	
finalmente,	no	tronco	(coluna).Assim,	temos	que,	durante	a	abdu-
ção,	ocorre	o	que	denominamos	"ritmo	escapulo	umeral",	ou	seja,	
o	ritmo	em	que	os	movimentos	se	alternam	entre	glenoumeral	e	
escapulo	torácica.	Vejamos,	a	seguir,	os	três	estágios	de	abdução	
que	os	músculos	do	grupo	C	realizam:	
•	 Primeiro	estágio:	de	0º	a	30º	de	abdução	–	ocorre	o	mo-
vimento	glenoumeral.
•	 Segundo	estágio:	de	30º	a	90º	de	abdução	–	ocorre	mais	
de	40º	de	movimento	na	glenoumeral	e	20º	na	escapulo	
torácica,	 com	movimentos	de	 inferiorização	na	articula-
ção	esternoclavicular.
•	 Terceiro	estágio:	de	90º	a	180º	de	abdução	–	ocorre	45º	
de	movimento	glenoumeral	e	45º	na	escapulo	torácica	e	
na	coluna	torácica	associada	aos	deslizamentos	acromio-
claviculares.
Podemos,	então,	concluir	que	as	ativações	musculares	tam-
bém	 ocorrem	 de	 maneira	 diferente,	 em	 momentos	 que	 temos	
© Cinesiologia114
maior	ou	menor	ação	de	cada	músculo,	com	a	sincronização	das	
ações	musculares.	Vamos	descrever	como	se	comportam	os	mús-
culos	nos	dois	movimentos	de	maior	amplitude:	a	flexão	e	a	ab-
dução	do	ombro.	É	 importante	 salientar	que	os	momentos	des-
critos	se	referem	aos	momentos	de	maior	ativação	dos	motores	
principais	e	que	os	músculos	estarão	sempre	ativos,	 inclusive	os	
sinergistas.
Quadro 2	Sequência	das	ações	musculares	no	decorrer	da	flexão	e	
da	sequência	das	ações	musculares	durante	a	abdução.
SEQUENCIA DAS AÇÕES MUSCULARES DURANTE A FLEXÃO
0 – 50 graus
Feixe	clavicular	do	Deltóide
Coracobraquial	
Feixe	superior	clavicular	do	peitoral	maior
60 -120 graus 
Trapézio	superior	e	inferior
Serrátil	
120 – 180 graus
Ação	importante	dos	extensores	da	Coluna
SEQUENCIA DAS AÇÕES MUSCULARES DURANTE A ABDUÇÃO
0 – 90 graus
Supra	Espinhoso
90 – 150 graus
Trapézio
Serrátil	Anterior
150 – 180 graus
Coluna
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Veja	as	Figuras 33	e	34	e	atente-se	ao	conhecimento	des-
sas	ações,	pois	elas	são	importantes	para	que	você	possa	enfati-
zar	o	trabalho	dos	músculos	ou	dos	grupos	musculares	quando	
necessário.
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Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	75).
Figura	 33	 Sequência da ação muscular durante a flexão – observe a sequência de 
movimentação da escápula.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	73).
Figura	 34	 Sequência da ação muscular durante a abdução – observe a sequência dos 
movimentos escapulares.
© Cinesiologia116
Para	melhorar	o	estudo,	segue	uma	tabela,	com	os	músculos	
que	agem	na	cintura	escapular	e	suas	ações,	suas	origens	e	suas	
inserções,	bem	como	as	Figuras 35	a	51,	que	também	facilitarão	
seu	conhecimento.
Quadro 3	Músculos	do	grupo	A.
MÚSCULOS DO GRUPO A
Supraespinhoso:	abduz	a	articulação	do	ombro	e	estabiliza	a	cabeça	do	úmero	
na	cavidade	glenoide.	Esse	músculo	tem	sua	ação	principal	controlando	a	força	
resultante	do	deltoide	médio,	que	tende	a	tracionar	o	úmero	para	cima	no	início	da	
abdução;	assim	a	ação	conjunta	dos	dois	músculos	permite	uma	abdução	gleno	-	
umeral	dentro	dos	padrões	fisiológicos.
Origem:	dois	terços	mediais	da	fossa	supra	espinhosa	da	escápula.
Inserção:	porção	superior	do	tubérculo	maior	do	úmero.
Músculo redondo maior:	realiza	adução	do	úmero	e	o	roda	lateralmente.
Origem: face	posterior	da	escápula,	na	margem	lateral	e	no	ângulo	inferior.
Inserção:	tubérculo	menor	do	úmero.
Músculos infra espinhal e redondo menor: realiza	adução	e	roda	lateralmente	o	
úmero.
Origem:	fossa	infra	espinhal	da	escápula.
Inserção:	faceta	medial	do	tubérculo	maior	do	úmero.
Redondo menor:	realiza	adução	e	roda	lateralmente	o	úmero.
Origem:	dois	terços	superiores	e	superfície	dorsal	da	borda	lateral	da	escápula.
Inserção:	a	faceta	mais	inferior	do	tubérculo	maior	do	úmero	e	a	cápsula	da	
articulação	do	ombro.
Músculo subescapular:	realiza	adução	e	rotação	medial	do	úmero.
Origem:	fossa	subescapular	da	escápula.
Inserção:	tubérculo	menor	do	úmero	e	cápsula	da	articulação	do	ombro.
Obs.:	Esses	músculos,	exceto	o	redondo	maior,	formam	o	chamado	“manguito	
rotador”,	muito	importante	para	a	estabilidade	do	úmero	na	glenoide,	ou	seja,	
em	conjunto	eles	atuam	encaixando	a	cabeça	do	úmero	na	glenóide,	atuando	
principalmente	nos	movimentos	de	abdução	e	flexão.	São	esses	músculos	que	devem	
ser	trabalhados	em	patologias	como	a	Síndrome	do	Impacto,	já	citada,	e,	também,	
nas	instabilidades	do	ombro	(sub-luxação	e	luxação).
Músculo tríceps braquial cabeça longa:	estende	o	úmero	(sinergista)
Origem:	tubérculo	infraglenoideo	da	escápula.
Inserção:	superfície	posterior	do	processo	do	olecrano,	da	ulna,	e	da	fascia	
antebraquial.
Claretiano - Centro Universitário
117© U2 - Artrologia
MÚSCULOS DO GRUPO A
Músculo bíceps braquial:	flexiona	o	úmero.
Origem da cabeça curta:	ápice	do	processo	coracoide	da	escápula.
Origem da cabeça longa:	tubérculo	supraglenoideo	da	escápula.
Inserção:	tuberosidade	do	rádio,	e	aponeurose	do	bíceps	braquial.
Músculo coracobraquial:	flexiona	e	roda	medialmente	o	úmero.	
Origem:	ápice	do	processo	coracóide	da	escápula.
Inserção:	superfície	medial	do	meio	da	diáfise	do	úmero	em	oposição	à	tuberosidade	
do	deltoide.
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Quadro 4 Músculos do grupo B.
MÚSCULOS DO GRUPO B
Para	que	haja	a	movimentação	correta	da	articulação	gleno-umeral,	é	importante	
que	a	escápula	esteja	bem	estabilizada	para	realizar	os	movimentos	necessários	à	
complementação	da	mobilidade	do	ombro	ou	da	cintura	escapular.	Assim,	quando	
necessário,	a	escápula	se	move,	e	também	quando	necessário	ela	será	estabilizada	
pelas	ações	agonista	e	antagonista	dos	músculos	que	agem	sobre	ela.
Músculo levantador da escápula:	eleva	e	roda,	medialmente,	a	escápula.
Origem:	processos	transversos	das	primeiras	quatro	vértebras	cervicais.
Inserção:	borda	medial	da	escápula	entre	o	ângulo	superior	e	a	raiz	da	espinha.
Músculos romboides maior e menor:	aduz	e	roda,	medialmente,	a	escápula.
Origem do maior:	processos	espinhosos	da	segunda	até	a	quinta	vértebra	torácica.
Origem do menor:	ligamento	nucal,	processos	espinhosos	da	sétima	vértebra	
cervical	e	da	primeira	torácica.
Inserção do maior:	borda	medial	da	escápula	entre	a	espinha	e	o	ângulo	inferior.
Inserção do menor:	borda	medial	na	raiz	da	espinha	da	escápula.
Músculo trapézio superior:	eleva	e	roda,	lateralmente,	a	escápula,	e	inclina-a	anteriormente.
Origem:	protuberância	occipital	externa,	terço	médio	da	linha	nucal	superior,	
ligamento	nucal	e	processo	espinhoso	da	sétima	vértebra	cervical.
Inserção:	terço	lateral	da	clavícula	e	processo	do	acrômio	da	escápula.
Músculo Trapézio Médio:	aduz	a	escápula.
Origem:	processo	espinhoso	da	primeira	até	a	quinta	vértebra	torácica.
Inserção:	margem	medial	do	acrômio	e	lábio	superior	da	espinha	da	escápula.
Músculo trapézio inferior:	deprime	e	roda,	lateralmente,	a	escápula,	e	inclina-a	
posteriormente.
© Cinesiologia118
MÚSCULOS DO GRUPO B
Origem:	processo	espinhoso	da	sexta	até	a	12ª	vértebra	torácica.
Inserção: tubérculo	no	ápice	da	espinha	da	escápula.
Músculo peitoral menor:	inclina	a	escápula	anteriormente.
Origem: margens	superiores,	superfícies	externas	da	terceira,	da	quarta	e	da	quinta	costela	
próximo	às	cartilagens	e	a	partir	da	fáscia	sobre	os	músculos	intercostais	correspondentes.
Inserção:	borda	medial,	superfície	superior	do	processo	coracoide	da	escápula.
O	levantador	da	escápula,	atuando	em	conjunto	com	o	trapézio	superior,	realiza	a	
elevação	da	escápula	sem	rotação.	
Sempre	que	alguma	fibra	do	trapézio	atua,	as	outras	fibras	agem	para	estabilizar	
a	escápula,	como,	por	exemplo,	na	rotação	lateral	da	escápula,	temos	a	ação	do	
trapézio	superior	e	inferior,	e	estabilização	pelo	trapézio	médio;	quando	o	trapézio	
médio	aduz	a	escápula,	as	fibras	superiores	e	inferiores	estabilizam-se.	Imagine	os	
romboides	agindo	em	conjunto	com	o	trapézio	médio:	a	ação	estabilizadora	das	
fibras	superiores	e	inferiores	do	trapézio	impedirão	a	rotação	medial	da	escápula.	
O	músculo	trapézio	inferior	é	um	antagonista	do	peitoral	menor	e	vice	-	versa,	nas	
ações	de	rotação	anterior	e	posteriorda	escápula.
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Quadro 5	Músculos	do	grupo	C.
MÚSCULOS DO GRUPO C
Peitoral maior:	atuando	em	conjunto	suas	fibras	superiores	e	inferiores	realizam	
adução	e	adução	horizontal	do	úmero	e	rotação	medial	do	úmero.	As	fibras	superiores	
isoladamente	rodam,	medialmente,	e	flexionam	o	úmero,	e	as	inferiores	deprimem	a	
cintura	escapular	e	aduzem,	obliquamente,	o	úmero	na	direção	do	ilíaco	oposto.
Origem das fibras superiores (porção	clavicular):	superfície	anterior	da	metade	
esternal	da	clavícula.
Origem das fibras inferiores (porção	esternocostal):	superfície	anterior	do	esterno,	
cartilagens	das	primeiras	seis	ou	sete	costelas	e	aponeurose	do	obliquo	externo.
Inserção das fibras superiores e inferiores:	crista	do	tubérculo	maior	do	úmero.	As	
fibras	superiores	são	mais	anteriores	e	caudais	na	crista	do	que	as	fibras	inferiores	
que	se	torcem	sobre	si	próprias	e	são	mais	posteriores	e	craniais.
Músculo deltoide:	abduz	(fibras	médias),	estende	(fibras	posteriores)	e	flexiona	
(fibras	anteriores)	a	articulação	gleno	-	umeral;	as	fibras	anteriores	ainda	rodam	
medialmente	e	as	posteriores,	lateralmente,	na	articulação.
Origem das fibras anteriores:	borda	anterior,	superfície	superior	e	terço	lateral	da	
clavícula.
Origem das fibras médias:	margem	lateral	e	superfície	superior	do	acrômio.
Origem das fibras posteriores:	lábio	inferior	da	borda	posterior	da	espinha	da	
escápula.
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119© U2 - Artrologia
MÚSCULOS DO GRUPO C
Inserção:	tuberosidade	deltoidea	do	úmero.
Músculo grande dorsal:	roda	medialmente,	aduz	e	estende	a	articulação	do	ombro.
Origem:	processo	espinhoso	das	últimas	seis	vértebras	torácicas,	das	ultimas	três	ou	quatro	
costelas,	através	da	fáscia	toracolombar,	a	partir	das	vértebras	lombares	e	sacras;	terço	
posterior	do	lábio	externo	da	crista	ilíaca	e	uma	tira	a	partir	do	ângulo	inferior	da	escápula.
Inserção:	sulco	intertubecular	do	úmero.
Músculo serrátil anterior:	abduz	e	roda,	lateralmente,	a	escápula;	responsável	pela	
manutenção	da	escápula	contra	o	gradio	-	costal.
Origem:	superfícies	externas	e	bordas	superiores	das	oito	ou	nove	costelas	superiores.
Inserção:	superfície	costal	da	borda	medial	da	escápula.
Fonte:	Arquivo	pessoal	do	autor.
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	111).
Figura	35	Músculo supraespinhal.
Fonte:	KENDALL	(1987, p.	125).
Figura	36	Músculos infraespinhoso e redondo menor.
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	123).
Figura	37	Músculo subescapular.
© Cinesiologia120
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	109).
Figura	38	Tríceps braquial.
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	107).
Figura	39	Músculo bíceps braquial.
Claretiano - Centro Universitário
121© U2 - Artrologia
Fonte:	NETTER	(2000,	p.	395).
Figura	40	Músculo da cintura escapular – vista posterior.
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	127).
Figura	41	Músculos elevador da escápula, rombóides maior e menor.
© Cinesiologia122
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	133).
Figura	42	Músculo trapézio superior e sua ação de elevação e rotação lateral da escápula.
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	130).
Figura	43	Músculo trapézio médio.
Claretiano - Centro Universitário
123© U2 - Artrologia
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	132).
Figura	44	Músculo trapézio inferior.
Peito
Maior
Fonte:	KENDALL	(1987,	p.	132).
Figura	45	Músculo peitoral maior.
© Cinesiologia124
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	69).
Figura	46	Músculo deltóide	– feixes anteriores	
(I e II) e médio (III).
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	69).
Figura	47	Músculo deltóide	–	feixes médio	
(III)	e posteriores	(IV,	V,	VI e VII).
Grande dorsal Redondo Maior
Grande
dorsal
Elevador
da escápula
Rombóide menor
Rombóide maior
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	115).
Figura	48	Músculo grande dorsal.
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125© U2 - Artrologia
Vista
ântero-lateral
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	134).	
Figura	49	Músculo serrátil anterior.
TS
TS
TM
TI
GD
RM
DTP
DTM
DTA
Fonte:	COHEN	(2003/2005,	p.	746).	
Figura	 50	Músculos do ombro – visão anatômica de superfície (trapézio superior – TS; 
trapézio médio – TM; trapézio inferior – TI; grande dorsal – GD; deltoide anterior – DTA; 
deltóide médio – DTM; deltóide posterior – DTP; redondo maior – RM; tríceps – TR).
© Cinesiologia126
TS
PTMDTM
DTA
Fonte: COHEN (2003/2005, p. 746).	
Figura	51	Músculos do ombro – visão anatômica de superfície (trapézio superior – TS; 
deltóide anterior – DTA; deltóide médio – DTM; peitoral maior – PTM; serrátil anterior – ST).
Articulações do membro superior – cotovelo
O	cotovelo	é	uma	articulação	fundamental	para	complementar	
a	mobilidade	do	membro	superior,	constituindo,	junto	ao	ombro,	uma	
unidade	funcional	que	possibilita	atividades	simples,	como	pentear-se	
ou	alimentar-se,	conforme	mostradas	nas	Figuras 52	e	53.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	27).
Figura	 52	 Funções conseguidas com a 
mobilidade do ombro e cotovelo.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	83).
Figura	53	Mobilidade do cotovelo.
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127© U2 - Artrologia
A	articulação	do	cotovelo	é	sinovial,	monoaxial,	do	tipo	gín-
glimo,	e	possui	três	articulações	contidas	em	uma	cápsula	articular	
comum	 formando	uma	unidade,	 como	podemos	observar,	 a	 se-
guir,	nas	Figuras 54	e	São	elas:
•	 Articulação	 umeroulnar:	 encontra-se	 entre	 a	 tróclea	 do	
úmero	e	a	incisura	troclear	da	ulna;	é	uma	articulação	do	
tipo	pivô,	monoaxial,	em	que	ocorre	flexão	e	extensão.
•	 Articulação	umerorradial:	encontra-se	entre	o	capítulo	do	
úmero	e	a	fóvea	da	cabeça	do	rádio,	é	do	tipo	condilar,	
biaxial,	 nas	quais	ocorrem	 flexão,	 extensão,	pronação	e	
supinação	do	antebraço.
•	 Articulação	radioulnar	proximal:	nesta,	a	cabeça	do	rádio	
articula-se	na	incisura	radial	da	ulna,	é	do	tipo	pivô,	mono-
axial,	em	que	ocorre	pronação	e	supinação	do	antebraço.
Úmero
Ulna
Rádio
Antebraço
Escápula
Clavícula
Cotovelo
Articulação umerorradial
Articulação radioulnar proximal
Articulação umeroulnar
Fonte:	STEWART	(2004,	p.	70).
Figura	54	Membro superior e articulações do ombro e cotovelo.
© Cinesiologia128
Como	a	tróclea	se	estende	mais	distalmente	que	o	capítulo,	
o	eixo	para	flexão	e	extensão	(lateral)	não	é	totalmente	vertical,	ou	
seja,	não	é	perpendicular	à	diáfise	do	úmero.	Por	essa	razão,	quan-
do	o	cotovelo	é	estendido	e	o	antebraço	supinado,	este	se	desvia	
lateralmente	em	relação	ao	úmero,	formando	um	ângulo	entre	o	
braço	e	o	antebraço	chamado	"ângulo	de	carregar".	Esse	ângulo	
varia	 entre	 os	 indivíduos,	 sendo	maior	 na	mulher	 (em	 torno	de	
14º)	do	que	no	homem	(em	torno	de	11º);	em	crianças,	esse	ângu-
lo	alcança	cerca	de	6º,	como	mostram	as	Figuras 56 e O	aumento	
desse	ângulo	é	conhecido	como	"cúbito	valgo"	e	a	diminuição,	"cú-
bito	varo",	e	pode	estar	relacionado	aos	traumas	precoces,	como	
fraturas	na	infância.
Fonte:	NETTER	(2004,	p.	419).	
Figura	55 Articulação do cotovelo.
Claretiano - Centro Universitário
129© U2 - Artrologia
Fonte:	LEHMKUHL	(1987,	p.	185).
Figura	56	Ângulo de carregar.
A	articulação	é	reforçada	e	estabilizada	pela	cápsula,	comum	
às	três	articulações,	e	por	ligamentos,	sendo	os	principais:	o	cola-
teral	ulnar,	que	estabiliza,	medialmente,	a	articulação,	o	colateral	
radial,	 que	 estabiliza,	 lateralmente,	 a	 articulação,	 e	 o	 ligamento	
anular	da	cabeça	do	rádio,	que	mantém	esta	articulada	e	fixada	à	
ulna.	Observe	as	Figuras 58	e	59.
Figura	57	Ligamentos do cotovelo.
© Cinesiologia130
Figura	58	Cápsula e ligamentos do cotovelo – vista anterior.
Fonte:	NETTER	(2004,	p.421).
Figura	59 Cápsula do cotovelo e cavidade articular do cotovelo – vista anterior e posterior.
Claretiano - Centro Universitário
131© U2 - Artrologia
Na	Figura 60,	percebemos	que	três articulações	mantêm	
o	rádio	alinhado	à	ulna,	permitindo	movimentos	de	pronação	e	
supinação	do	antebraço.	São	eles:	radioulnar	proximal,	média	e	
distal.
A	radioulnar	proximal,	como	já	citado,	
é	mantida	pelo	ligamento	anular;	já	na	mé-
dia,	o	rádio	e	a	ulna	estão	unidos	por	uma	
membrana	 interóssea.	 É	 uma	 clássica	 sin-
desmose.	Finalmente,	a	distal	ocorre	entre	
a	cabeçada	ulna	e	a	incisura	do	rádio	na	ex-
tremidade	distal.	
Os	 movimentos	 das	 articulações	 do	
cotovelo	são	de	flexão,	extensão,	pronação	
e	 supinação,	 sendo	 que,	 as	 duas	 últimas,	
ocorrem	no	antebraço,	nas	articulações	ra-
dioulnar	proximal,	média	e	distal.
A	 flexão	 possui	 uma	 amplitude	 que	
varia	de	120º	à	160º,	dependendo	da	massa	
muscular	 anterior,	 que	pode	 limitar	o	mo-
vimento.	Os	fatores	que	limitam	fisiologica-
mente	o	movimento	de	flexão	são:	o	conta-
to	dos	 tecidos	moles	anteriores,	o	contato	
ósseo	e	a	tensão	da	cápsula	e	dos	músculos	
extensores,	ilustrados	nas	Figuras 61 e 
A	extensão	possui	uma	amplitude	de	0º	ou	de	180º,	poden-
do	haver	alguns	graus	de	hiperextensão	em	casos	de	frouxidão	li-
gamentar.	Os	 fatores	que	 limitam	fisiologicamente	o	movimento	
de	extensão	são	o	contato	do	olecrano	com	a	fossa	olecraneana	e	
a	tensão	da	cápsula	anterior	e	dos	músculos	flexores,	mostrados	
nas	Figuras 62 e 67.
Fonte:	NETTER	(2000,	p.	409).
Figura	 60 Articulações 
radioulnar proximal (RP), 
média (RM) e distal (RD).
© Cinesiologia132
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	95).
Figura	 61	 Fatores limitantes da flexão do 
cotovelo (1	 – contato dos tecidos moles; 
2 – contato ósseo da cabeça do rádio com 
úmero; 3	 – tensão da cápsula; 4 –	 tensão 
dos extensores-tríceps braquial).
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	95).
Figura	62	Fatores limitantes da extensão 
do cotovelo (1	– contato do olecrano com 
fossa olecraneana; 2 – tensão da cápsula 
anterior;	3 – tensão dos flexores).
Quadro 6	Músculos	flexores	do	cotovelo.
MÚSCULOS FLEXORES DO COTOVELO
A	flexão	do	cotovelo	é	realizada	por	três	músculos	que	tem	sua	ação	
diferenciada	dependendo	da	posição	do	antebraço;	a	amplitude	mais	eficaz	
para	força	a	dos	músculos	é	em	90º.	(Figura	62).
Inserção:	superfície	posterior	do	processo	do	olecrano	da	ulna	e	fáscia	
antebraquial.
Músculo bíceps braquial:	flexiona	o	cotovelo	e	supina	o	antebraço.
Origem da cabeça curta:	ápice	do	processo	coracoide	da	escápula.
Origem da cabeça longa:	tubérculo	supraglenoideo	da	escápula.
Inserção:	tuberosidade	do	rádio	e	aponeurose	do	bíceps	braquial.
Músculos braquial:	flexiona	o	cotovelo	e	possui	ação	com	mesma	eficiência	
independente	da	posição	do	antebraço.
Origem:	face	anterior	da	metade	inferior	do	úmero,	logo	abaixo	da	tuberosidade	
deltoidea.
Inserção:	tuberosidade	da	ulna.
Claretiano - Centro Universitário
133© U2 - Artrologia
MÚSCULOS FLEXORES DO COTOVELO
Músculo braquiorradial:	flexiona	o	cotovelo	com	maior	ação	quando	o	
antebraço	está	neutro.
Origem:	crista	supra-epicondilar	lateral	do	úmero.
Inserção:	base	do	processo	estiloide	do	rádio.	
Músculo pronador redondo	(sinergista):	flexiona	articulação	do	cotovelo	e	
prona	o	antebraço.
Origem:	epicôndilo	medial	e	processo	coronóide	da	ulna.
Inserção:	lateral	no	rádio	no	seu	ponto	médio.
Algumas	diferenças	ocorrem	nas	ações	dos	flexores	do	cotovelo:	o	braquial	
tem	eficácia	tanto	em	posição	supina	quanto	em	posição	prona	do	
antebraço;	o	braquiorradial	é	mais	eficaz	em	posição	neutra	do	antebraço	e	
o	bíceps	braquial	tem	pouca	ação	na	flexão	lenta	em	pronação.	Ele	age	com	
eficácia	na	flexão	lenta	em	supinação	e	na	contração	rápida	em	pronação	
(SMITH,	WEISS,	LEHMKUHL,	1987).
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Quadro 7	Músculos	extensores	do	cotovelo.
MÚSCULOS EXTENSORES DO COTOVELO
Tríceps braquial:	estender	o	cotovelo.
Origem da cabeça longa:	tubérculo	infraglenoideo	da	escápula.
Origem da cabeça curta:	parte	inferior	do	tubérculo	maior	na	parte	
posterior	do	úmero.
Origem da cabeça medial:	superfície	posterior	do	úmero,	abaixo	do	sulco	do	
nervo	radial.
Inserção:	superfície	posterior	do	processo	do	olecrano	da	ulna	e	fáscia	
antebraquial.
Ancôneo:	estender	o	cotovelo	–	sinergista.
Origem:	epicôndilo	lateral	do	úmero.
Inserção:	face	superior	da	parte	posterior	da	ulna.
O	tríceps	é	o	extensor	mais	potente,	com	secção	tranversal	cinco	vezes	
maior	e	duas	vezes	a	distância	de	encurtamento	do	ancôneo.
Fonte:	Arquivo	pessoal	do	autor.
Nas	Figuras 63 a 66,	bem	como	a	72,	 temos	os	músculos	
motores	da	articulação	do	cotovelo:
© Cinesiologia134
BBC
BBL
Fonte:	NETTER	(2000,	p.402)
Figura	63 Bíceps braquial cabeça curta (BBC), cabeça longa (BBL).
Fonte:	NETTER	(2000,	p.402)
Figura	64	Músculo braquial (MB).
Claretiano - Centro Universitário
135© U2 - Artrologia
BR
PR
Fonte:	NETTER	(2000,	p.416)
Figura	65	Músculos do antebraço braquiorral (BR) pronador redondo (PR).
Fonte:	NETTER	(2000,	p.403)
Figura	66 Extensores do cotovelo.
© Cinesiologia136
Como	é	possível	ver	na	Figura 67,	os	músculos	que	realizam	
a	supinação	do	antebraço	são	o	bíceps	braquial	e	o	supinador;	os	
que	realizam	a	pronação	são	os	pronadores	redondo	e	quadrado,	
sendo	o	pronador	redondo	mais	forte	do	que	o	quadrado.
Na	ação	de	supinação,	o	bíceps	tem	atuação	mais	eficaz	em	90º	
de	flexão	e,	à	medida	que	o	cotovelo	se	estende,	sua	eficácia	como	su-
pinador	diminui.	Em	90º,	a	eficácia	do	bíceps	é	quatro	vezes	maior	que	a	
do	supinador	e,	quando	o	cotovelo	é	estendido,	a	eficácia	do	bíceps	para	
a	supinação	é	a	metade	em	relação	ao	supinador.	A	amplitude	do	movi-
mento	de	supinação	é	de	cerca	de	90º,	e	a	de	pronação	é	de	85º,	como	
podemos	observar	na	Figura 68.
Fonte:	NETTER	(2000,	p.410)
Figura	67	Músculos pronadores e supinador.
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137© U2 - Artrologia
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	109).
Figura	68	Movimentos de supinação e pronação do antebraço.
Quadro 8	Músculo	supinador,	músculo	pronador	redondo	e	mús-
culo	pronador	quadrado.
MÚSCULO SUPINADOR
Origem:	epicôndilo	lateral,	ligamento	colateral	radial,	ligamento	anular	e	crista	
supinadora	da	ulna.
Inserção: superfícies	volar	e	lateral	da	parte	proximal	do	rádio.
MÚSCULO PRONADOR REDONDO
Origem:	epicôndilo	medial	e	processo	coronoide	da	ulna.
Inserção:	lateral	do	rádio	no	seu	ponto	médio.	
MÚSCULO	PRONADOR	QUADRADO
Origem:	terço	distal	da	ulna	(volar).
Inserção:	terço	distal	do	rádio	(volar).
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
A	articulação	do	cotovelo	é	um	local	em	que	ocorrem	muitas	
lesões	por	esforço	repetido	(LER)	ou	doenças	osteomusculares	re-
lacionadas	ao	trabalho	(DORT).	Isto	acontece	devido	ao	fato	de	os	
músculos	que	se	inserem	e	se	originam	nessa	região	serem	muito	
utilizados	em	trabalhos	e	atividades	desportivas,	como	a	digitação,	
o	manusear	de	uma	chave	de	fendas,	 jogar	tênis	ou	vôlei,	entre	
outros	que	se	dão,	inclusive,	pela	origem	de	músculos	que	movi-
mentam	o	punho	e	os	dedos	da	mão	originados	no	cotovelo,	os	
quais	veremos	nas	Figuras 69 a 73:	
© Cinesiologia138
arco de movimento 
do cotovelo
Figura	 69	 Arco de movimento do 
cotovelo – flexão e extensão.
Figura	70	Ângulo mais eficaz para flexores é em 
90º.
Figura	 71	 Posturas e atividades repetidas por períodos 
prolongados podem provocar LER ou DORT.
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139© U2 - Artrologia
BB
bíceps braquial (BB)
TB
bíceps braquial (BB)
Fonte:	COHEN	(2003/2005,	p.	74).	
Figuras	72	e	73	Músculos do cotovelo – bíceps braquial (BB), bíceps braquial (BB).
Articulações do membro superior – punho
São	compostas	pela	articulação	das	extremidades	distais	do	rádio	
e	do	disco	articular,	com	três	ossos	laterais	da	fileira	proximal	do	carpo,	
sendo	estes	o	escafoide,	o	semilunar	e	o	piramidal,	mostrados	na	Figura 
74,	em	que	apenas	o	escafoide	e	o	semilunar	se	articulam	com	o	rádio,	
uma	vez	que	a	ulna	está	separada	do	carpo	por	um	disco	articular.
Fonte:	NETTER	(2004,	p.422).
Figura	74 Articulação do punho.
© Cinesiologia140
O	punho	é	uma	articulação	sinovial,	biaxial,	do	tipo	condilar	
ou	elipsoide,	em	que	ocorrem	os	movimentos	de	flexão	com	ampli-
tude	de	90º,	extensão	com	amplitude	de	45º,	desvio	radial	com	am-
plitude	de	15º,	desvio	ulnar	com	amplitude	de	45º	e	cincundução.
Fonte:	MARTINI,	TIMMONS,	TALLITSCH	(2009,	p.	210).
Figura	75	Movimentos de flexão e extensão do punho.
Fonte:	MARTINI,	TIMMONS,	TALLITSCH	(2009,	p.	210).
Figura	76 Movimentos de desvio radial e ulnar do punho.
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141© U2 - Artrologia
A	articulação	do	punho	é	reforçada	pela	cápsula	articular	e	
pelos	 ligamentos	radiocarpal	palmar,	que	limita	a	extensão,	pelo	
radiocarpal	dorsal,	que	limita	a	flexão,	pelo	colateral	ulnar	do	car-
po,	que	limita	o	desvio	radial,	pelo	colateral	radial	do	carpo,	que	
limita	o	desvio	ulnar,	e	pelo	ulnocarpal	palmar,	que	limita	a	exten-
são,	 e	o	dorsal,	 que	 limita	 a	 flexão,	 como	pode-se	observar	nas	
Figuras 77 e 
Fonte:	NETTER	(2000,	p.425).
Figura	77 Ligamentos do punho – vista dorsal.
© Cinesiologia142
Fonte:	NETTER	(2000,	p.	424).
Figura	78 Ligamentos do punho – vista palmar.
Quadro 9	Músculos	flexores	do	punho	e	músculos	extensores	do	punho.
MÚSCULOS FLEXORES DO PUNHO
Músculo flexor radial do carpo:	flexão	do	punho	e	desvio	radial.
Origem:	epicôndilo	medial	do	úmero.
Inserção:	base	do	segundo	metacarpo.
Músculo flexor ulnar do carpo:	Flexão	do	punho	e	desvio	ulnar.
Origem:	epicôndilo	medial	do	úmero	e	margem	interna	do	olecrano.
Inserção:	osso	pisiforme	e	base	do	quinto	metacarpo.
Músculo palmar longo:	tensiona	a	fáscia	palmar	e	auxilia	a	flexão	do	punho.
Origem:	epicôndilo	medial	do	úmero.
Inserção:	fáscia	palmar.
MÚSCULOS EXTENSORES DO PUNHO
Músculo	extensor	radial	longo	do	carpo
Origem:	crista	supraepicondilar	lateral	do	úmero.
Inserção:	base	do	segundo	metacarpo.
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MÚSCULOS EXTENSORES DO PUNHO
Músculo extensor radial curto do carpo:
Origem:	epicôndilo	lateral	do	úmero.
Inserção:	base	do	terceiro	metacarpo.
Músculo extensor ulnar do carpo:
Origem:	epicôndilo	lateral	do	úmero.
Inserção:	base	do	quinto	metacarpo.
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Vamos	destacar	seis	músculos	motores	do	punho	(do	carpo)	
que	atuam	na	articulação,	sendo	três	responsáveis	pela	 flexão	e	
três	responsáveis	pela	extensão,	ilustradas	nas	Figuras 79 a 88.
A
Fonte: LIPPERT	(19p.	301).
Figura	 79 Músculo flexor 
radial do carpo.
B
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	96).
Figura	80	Músculo flexor radial do carpo realizando flexão 
com desvio radial contra resistência manual.
© Cinesiologia144
A
Fonte: LIPPERT	(19p.	301).
Figura	81 Músculo flexor ulnar do carpo.
B
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	97).
Figura	82	Músculo flexor ulnar do carpo realizando flexão com desvio 
ulnar contra resistência manual.
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Palmar
curto
Palmar
longo
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	89).
Figura	83	Músculo palmar longo flexiona o punho e tensiona a fáscia palmar.
Longo Curto
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	98).
Figura	84	Músculos extensor radial longo e curto do carpo.
© Cinesiologia146
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	99).
Figura	85	Músculos extensor radial longo e curto do carpo realizam extensão com desvio 
radial.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	99).
Figura	86	Músculos extensor ulnar do carpo.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	100).
Figura	87	Músculos extensor ulnar do carpo realiza extensão com desvio ulnar; ilustração 
do movimento realizado contra resistência manual.
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Fonte:	NETTER	(2004,	p.427).
Figura	88 Músculos extensores do punho.
Fonte:	NETTER	(2004,	p.429).
Figura	89 Músculos flexores do punho.
© Cinesiologia148
Como	nos	mostraram	as	Figuras 75 e 76,	os	movimentos	de	
desvio	radial	e	desvio	ulnar	são	realizados	pelos	flexores	e	exten-
sores	 em	 conjunto,	 ou	 seja,	 os	 extensores	 radiais	 longo	 e	 curto	
do	carpo,	somando	suas	respectivas	ações	com	o	flexor	radial	do	
carpo,	realizam	o	desvio	radial,	e	o	extensor	ulnar	do	carpo,	em	
conjunto	com	o	flexor	ulnar	do	carpo,	realizam	o	desvio	ulnar.
Como	fora	citado	anteriormente	no	estudo	sobre	o	cotovelo,	
vimos	que	essa	articulação	pode	ser	prejudicada	por	LER	ou	DORT.	
É	fácil	entender,	se	observarmos	que	os	músculos	que	movimen-
tam	o	punho	têm	sua	origem	no	cotovelo.	Dessa	maneira,	todos	
os	movimentos	do	punho	podem	provocar	 tensões	excessivas	e	
patologias	comuns	nessas	origens,	como,	por	exemplo,	a	epicon-
diloalgia	 lateral	do	cotovelo	 (cotovelo	do	tenista)	–	uma	afecção	
no	epicôndilo	lateral	na	qual	se	originam	todos	os	extensores	do	
punho.
Essa	 afecção	pode	acometer	 trabalhadores,	 estudantes	ou	
atletas	que	realizam	repetição	da	extensão	do	punho	ou	preensão	
palmar,	como	podemos	observar	nas	Figuras 90 e 91A.
Figura	90	O epicôndilo lateral origem dos extensores é um local de alteração
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Figura	91 Esforço no trabalho ou esporte.
Articulações do membro superior – mão e dedos
Na	Figura 92,	podemos	ver	que	a	mão	é	constituída	pelos	ossos	do	
carpo	e	pelos	metacarpos,	e	as	falanges	formam	os	dedos.	A	face	ante-
rior	da	mão	é	denominada	"face	palmar"	e	a	face	posterior,	denominada	
"face	dorsal";	a	região	próxima	ao	polegar	é	conhecida	como	"região	tê-
nar"	e	a	próxima	ao	dedo	mínimo	é	conhecida	como	"região	hipotênar".	
Fonte:	REIDER	(20p.	106).
Figura	92	Face palmar da mão (A – prega IF distal; B – prega IF proximal; C – prega digito 
palmar; D – prega palmar distal; E – prega palmar proximal; F – nível da MCF; G – eminência 
tênar; H – eminência hipotênar).
© Cinesiologia150
Os	ossos	 que	 compõem	a	mão	 são	 os	 do	 carpo,	 divididos	
em	fileiras	e	metacarpianos.	A	primeira	fileira	do	carpo	é	formada	
pelos	ossos	escafoide,	semilunar	e	piramidal,	e	a	segunda	fileira	
é	formada	pelo	trapézio,	trapezoide,	capitato	e	hamato,	ilustrada	
nas	Figuras 93	e	94.
Os	ossos	do	carpo	possuem	pequenos	movimentos	de	des-
lizamento	entre	si	(articulações	intercarpicas),	caracterizando	arti-
culações	anaxiais	planares;	os	elementos	de	estabilização	dessas	
articulações	são	os	ligamentos	intercarpais	dorsais	e	palmares,	os	
intercarpais	interósseos	piso-hamato	e	pisometacarpal	e	o	radiado	
do	carpo.
Os	ossos	metacarpianos	são	cinco,	e,	da	mesma	maneira	que	
os	dedos,	são	contados	a	partir	do	lado	radial,	ou	seja,	o	polegar	é	
o	primeiro	dedo	e	o	mínimo	é	o	quinto	dedo.
As	 articulações	 carpometacarpianas	 (CM)	 são	 sinoviais,	
estabilizadas	pelos	ligamentos	carpometarcapais	dorsais	e	pal-
mares,	 e	 possuem	 características	 distintas:	 a	 primeira	 articu-
lação	 carpometacarpiana	 é	 biaxial	 do	 tipo	 selar,	 permitindo	
flexão-extensão	 e	 abdução-adução;	 as	 demais	 são	 planas	 e	
monoaxiais,	permitindo	flexão	e	extensão.	É	essa	característica	
da	primeira	CM	que	possibilita	a	grande	amplitude	do	polegar.	
Os	 ossos	metacarpianos	 articulam-se	 em	meio	 a	 articulações	
intermetacarpianas	 e	 são	 estabilizadas	 pelos	 ligamentos	 me-
tacarpianos,	 dorsais	 palmares	 e	 interósseos,	 como	 vimos	 nas	
Figuras 77	e	78.
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Fonte:	NETTER	(2000,	p.426).
Figura	93	Ossos da mão e dedos – vista anterior.
Fonte:	NETTER	(2000,	p.	426).
Figura	94	Ossos da mão e dedos – vista posterior.
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A	amplitude	de	movimento	das	articulações	CM	aumenta	da	
região	radial	para	a	ulnar,	favorecendo	a	formação	da	concavidade	da	
mão,	o	que	beneficia	a	melhor	conformação	para	segurar	objetos.
Os	ossos	metacarpianos	articulam-se	com	as	falanges	proximais	
(articulações	metacarpofalangeanas	–	MF);	as	articulações	são	sino-
viais,	do	tipo	condilar	e	biaxial,	permitindo	flexão	de	90º/extensão	de	
45º,	abdução	de	30º/adução	de	30º,	cincundução	e	rotação	limitada.	
Essas	 articulações	 são	 estabilizadas	 pela	 cápsula,	 pelos	 ligamentos	
palmares,	pelos	colaterais	externos	(radial)	e	internos	(ulnar).	
São	 três	 as	 falanges	que	vão	do	 segundo	ao	quinto	dedos	
(falange	proximal,	média	e	distal)	e	duas	no	primeiro	dedo	(falange	
proximal	e	distal).	A	articulação	entre	as	 falanges	é	denominada	
"articulação	 interfalangeana"	(IF);	são	sinoviais,	do	tipo	gínglimo	
ou	troclear,	monoaxial,	permitindo	flexão	e	extensão,	estabilizadas	
pelos	 ligamentos	 colaterais	 externos	e	 internos.	A	 amplitude	de	
movimento	das	interfalangeanas	é	de	100º	para	as	interfalangea-
nas	proximais	(IFP)	e	de	90º	para	as	distais	(IFD),	a	extensãoé	de	
100º	para	as	 IFP	e	de	100º	para	as	 IFD,	podendo	haver	hiperex-
tensão	de	20º.	Essa	amplitude	pode	variar,	sendo	aumentada	do	
segundo	para	o	quinto	dedo.
Os	músculos	motores	da	mão	são	divididos	em	extrínsecos	(ori-
gem	fora	da	mão)	e	intrínsecos	(origem	e	inserção	na	mão),	e	suas	ações	
estão	demonstradas	no	Quadro 10	e	nas	Figuras 88	e	89, 95	a	101.
Quadro 10	Flexores	extrínsecos,	extensores	extrínsecos,	músculos	
intrínsecos	e	músculos	para	o	polegar.
FLEXORES EXTRÍNSECOS (Figura 89)
Flexor	superficial	dos	dedos:	flete	as	MF	e	IFP	do	II	ao	V	dedos.
Flexor	profundo	dos	dedos:	flete	as	MF,	IFP	e	IFD	do	II	ao	V	dedos.
EXTENSORES EXTRÍNSECOS (Figura 88)
Extensor	comum	dos	dedos:	estende	as	MF	do	II	ao	V	dedos.
Extensor	próprio	do	indicador:	estende	o	indicador.
Extensor	do	dedo	mínimo:	estende	o	mínimo.
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MÚSCULOS INTRÍNSECOS (Figura 101)
Interósseos	dorsais:	abduz	as	MF	do	II	ao	IV	dedos.
Interósseos	palmares:	aduz	as	MF	dos	dedos.
Lumbricais:	flexão	da	MF	e	extensão	da	IF	do	II	ao	V	dedos.
Oponente	do	dedo	mínimo:	oponência	do	dedo	mínimo.
MÚSCULOS	PARA	O	POLEGAR
Flexor	curto	do	polegar	(intrínseco):	flexiona	as	MF.
Flexor	longo	do	polegar:	flexiona	as	IF.
Extensor	curto	do	polegar:	estende	a	MF.
Extensor	longo	do	polegar:	estende	a	IF.
Abdutor	Longo	do	polegar:	abduz	e	estende	a	CM.
Abdutor	curto	do	polegar	(intrínseco):	abduz	articulação	CM	e	MF	do	polegar.
Adutor	do	polegar	(intrínseco):	aduz	o	polegar.
Oponente	do	polegar	(intrínseco):	flexiona	e	aduz	CM	do	polegar.
Fonte:	arquivo	pessoal	do	autor.
Fonte:	DRAKE,	VOGL,	MITCHELL	(2005,	p.	613).
Figura	95	Movimentos da mão abdução, adução e extensão/flexão MF.
A	ação	conjunta	dos	músculos	do	punho	e	da	mão	permite	
ações	como,	por	exemplo,	segurar	firmemente	um	objeto.	Quando	
seguramos	um	objeto	(flexão	dos	dedos),	os	músculos	extensores	
do	punho	estabilizam	a	articulação	para	favorecer	a	força	de	pre-
ensão.	A	força	de	preensão	também	é	obtida	pela	ação	dos	intrín-
© Cinesiologia154
secos,	que	estabilizam	os	ossos	metacarpianos	e	a	articulação	MF.	
Essa	 força	 também	é	útil	 em	ações	 comuns,	 como	 segurar	uma	
caneta	ou	um	jornal,	como	nos	mostra	a	Figura 
Os	músculos	 extensores	 e	 flexores	 dos	 dedos	 comumente	
são	acometidos	devido	às	LER	e	às	DORT,	que	ocorrem,	principal-
mente,	em	digitadores.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	91).
Figura	96	Ação do extensor comum dos dedos, extensor do 
indicador e do dedo mínimo contra uma resistência manual.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	78).
Figura	97	Ação dos extensores do polegar.
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Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	93).
Figura	98	Ação do flexor superficial dos dedos contra uma 
resistência manual.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	95).
Figura	 99	Ação do flexor profundo dos dedos contra uma 
resistência manual.
Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	86-87).
Figuras	100	Ação conjunta dos intrínsecos.
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Fonte:	KAPANDJI	(1990,	p.	86-87).
Figuras	101	Ação conjunta dos intrínsecos.
7. ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR
Quadril
Rasch	 (1991)	menciona	que	a	articulação	do	quadril,	 tam-
bém	denominada	"articulação	coxofemoral",	é	sinovial	esferoide	e	
que,	diferente	da	articulação	glenoumeral,	possui	estabilidade	de-
vido	à	sua	estrutura	arquitetônica.	É	formada	pelo	encaixe	da	ca-
beça	do	fêmur	na	fossa	do	acetábulo	do	osso	quadril.	O	acetábulo	
é	formado	pela	união	dos	três	ossos	da	pelve	–	o	ilíaco,	o	ísquio	e	o	
púbis	–	os	quais	constituem,	cada	um	deles,	cerca	de	um	terço	do	
acetábulo.	A	fossa	do	acetábulo	é	posicionada	de	tal	modo	que	se	
direciona,	lateralmente,	para	baixo	e	para	frente,	quando	recebe	a	
cabeça	do	fêmur,	como	podemos	observar	na	Figura 1
Vale	lembrar	que	os	ossos	da	pelve	não	estão	completamen-
te	ossificados	até	meados	da	segunda	década	de	vida. 
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Figura	102	Articulação do quadril.
Como	elementos	de	 reforço	e	de	estabilização	da	articula-
ção	do	quadril,	encontramos	a	cápsula	articular	e	os	ligamentos	da	
articulação	do	quadril.	A	cápsula	articular	está	inserida	acima	da	
margem	do	acetábulo,	antes	da	linha	intertrocantérica	e	depois	da	
crista	intertrocantérica.	Na	parte	da	frente,	em	que	é	necessário	
maior	resistência,	a	cápsula	é	bem	mais	espessa	que	na	parte	de	
trás,	como	nos	mostram	as	Figuras 103	e	104	(MIRANDA,	2000).
Os	 ligamentos	 que	 reforçam	 as	 faces	 lateral	 e	 anterior	 da	
cápsula	são:	
•	 Iliofemoral:	freia	a	extensão	do	quadril	e	limita	a	rotação	
do	 fêmur	em	 torno	do	 seu	eixo	 longitudinal,	 o	que	 im-
pede	que	o	tronco	gire	para	trás	durante	a	manutenção	
da	posição	bípede,	reduzindo	a	necessidade	de	contração	
muscular	para	manter	a	postura.
•	 Pubofemoral:	restringe	a	abdução	do	quadril,	bem	como	
a	extensão	e	a	rotação	lateral.
•	 Isquiofemoral:	limita	a	rotação	medial	do	quadril.
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Há,	ainda,	o	ligamento	da	cabeça	do	fêmur	ou	ligamento	re-
dondo,	como	vimos	na	Figura	102,	que	estabiliza	a	cabeça	do	fê-
mur	no	interior	da	fossa	do	acetábulo.
M. reto da coxa, Tendão
Lig. pubofemoral
Canal obturatório
Membrana obturatória
Trocante menor
Lig. iliofemoral
Parte descendente
Parte transversal
Trocante maior
Fonte:	Sobotta	(1995,	p.	279).
Figuras	103	Cápsula articular e ligamentos da articulação do quadril em vista anterior.
Lig. sacrotuberal
Trocante menor
Trocante maior
Colo do fêmur
Lig. iliofemoral
Cabeça reflexa M. reto da 
coxa, TendãoCabeça reta
Tuberosidade glútea
Lig. isquio-
femoral
Lig. sacroespinhal
Fonte:	Sobotta	(1995,	p.	279).
Figuras	104 Cápsula articular e ligamentos da articulação do quadril em vista posterior.
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Movimentos da articulação do quadril
Contrariando	a	estabilidade	que	é	inerente	à	articulação	do	
quadril,	esta	articulação	demonstra	alto	grau	de	mobilidade.	A	ar-
ticulação	do	quadril	é	triaxial,	ou	seja,	permite	três	graus	de	liber-
dade	de	movimento:	flexão	e	extensão	no	plano	sagital,	adução	e	
abdução	no	plano	frontal	e	rotações	interna	ou	medial,	externa	ou	
lateral,	no	plano	transversal	(RASCH,	1991).
Em	uma	primeira	análise,	iremos	considerar	os	movimentos	
em	que	o	ilíaco	se	mantém	fixo	e	o	fêmur	se	desloca	em	direção	
ao	ilíaco.	O	movimento	que	aproxima	as	faces	anteriores	da	coxa	
e	do	tronco	se	chama	"flexão".	Em	função	da	tensão	dos	múscu-
los	 isquiotibiais,	quanto	mais	 fletido	estiver	o	 joelho,	maior	será	
a	amplitude	de	flexão,	e	quanto	mais	estendido	estiver	o	joelho,	
mais	 limitada	será	a	amplitude	de	 flexão,	como	veremos	nas	Fi-
guras 105	e	1A	flexão	passiva	é	um	pouco	mais	ampla	do	que	a	
flexão	ativa,	uma	vez	que	os	músculos	flexores	relaxam.	A	flexão	
do	quadril	ocasiona,	frequentemente,	uma	retroversão	da	pelve.	
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.	15).
Figuras	105	e	106	Movimento de flexão do quadril.
Em	contrapartida,	segundo	Calais-Germain	 (1992),	o	movi-
mento	que	aproxima	as	faces	posteriores	da	coxa	e	do	tronco	se	
© Cinesiologia160
chama	"extensão".	Em	geral,	a	extensão	é	muito	limitada;	muitas	
vezes	é	confundida	e/ou	aumentada	por	uma	lordose	lombar.	Em	
função	da	ação	do	músculo	retofemoral,	a	amplitude	da	extensão	
será	maior	quanto	mais	estendido	estiver	o	joelho	e	mais	limitada	
quanto	mais	fletido	estiver	o	joelho,	ilustrado	na	Figura 107.
 
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.17).
Figura	107	Movimento de extensão do quadril.
O	movimento	no	qual	a	coxa	se	desloca	medialmente	se	chama	
"adução",	observado	na	Figura 1Para	ocorrer	a	adução,	é	necessário	
o	deslocamento	prévio	do	outro	membro	inferior,	o	que	tornará	sua	
realização	possível	em	um	plano	puramente	frontal.	O	movimento	
que	aproxima	as	faces	laterais	da	coxa	e	do	tronco	se	chama	"abdu-
ção".	A	abdução	que	mantém	o	fêmur	em	posição	neutra	é	limitada,	
uma	vez	que	a	parte	superior	do	colo	se	encontra	com	o	teto	do	
acetábulo.	Na	Figura 109,	podemos	observar	que,	com	uma	rotação	
externa	do	fêmur,	a	abdução	pode	ser	mais	ampla.Claretiano - Centro Universitário
161© U2 - Artrologia
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.21).
Figura	108	Movimento de adução do quadril.
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.19).
Figura	109	Movimento de abdução do quadril.
© Cinesiologia162
Na	articulação	do	quadril,	é	possível	observar	movimentos	
de	rotação	que	fazem	o	fêmur	girar	sobre	o	seu	eixo.	Nas Figu-
ras	110	e	111,	vemos	que	a	rotação	interna	ou	medial	do	pé	se	
orienta	medialmente;	já	nas	Figuras 112	e	113,	percebemos	que,	
na	 rotação	 externa	 ou	 lateral,	 o	 pé	 se	 orienta	 lateralmente.	 A	
rotação	externa	que	mantém	o	quadril	fletido	é	mais	ampla,	pois	
o	ligamento	iliofemoral	se	encontra	relaxado	(CALAIS-GERMAIN,	
1992).
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.23).
Figuras	110	e	111	Movimento de rotação interna do quadril.
Claretiano - Centro Universitário
163© U2 - Artrologia
Fonte:	KAPANDJI	(2000,	p.23).
Figura	112	E	113	Movimento de rotação externa do quadril.
Rasch	(1991)	menciona	que	a	posição	do	fêmur,	por	meio	do	
colo	femoral,	a	certa	distância	da	pelve,	ajuda	a	prevenir	as	limita-
ções	de	movimento	do	quadril	que	poderiam	resultar	em	um	cho-
que	mecânico.	O	ângulo	colo-femoral-corpo	permite	que	o	corpo	
do	fêmur	se	posicione	mais	lateralmente	em	relação	à	pelve.	No	
plano	frontal,	o	ângulo	colo-corpo-femoral	normal	é	de,	aproxima-
damente,	125º,	como	veremos	na	Figura 1A	deformidade	em	que	
o	ângulo	é	maior	 (coxa	vara)	e	a	deformidade	em	que	o	ângulo	
é	menor	(coxa	valga)	causam	alterações	na	transmissão	de	forças	
para	o	fêmur	e	para	os	outros	ossos	a	partir	dele,	observado	na	
Figura 115.
© Cinesiologia164
Fonte:	KAPANDJI	(2000).
Figura	114	Plano frontal – ângulo colo-corpo-femoral normal de 125o.
Figura	115	Coxa vara e coxa valga.
Claretiano - Centro Universitário
165© U2 - Artrologia
Na	próxima	análise,	iremos	considerar	o	fêmur	como	o	pon-
to	fixo	em	que	se	desloca	o	ilíaco.	Nesse	caso,	observam-se	os	se-
guintes	deslocamentos	da	espinha	ilíaca	ântero-superior:
1)	 Para	 frente	ou	anteversão:	prolonga-se	na	coluna	 lom-
bar	por	uma	tendência	à	lordose.
2)	 Para	trás	ou	retroversão:	prolonga-se	na	região	lombar	
por	uma	tendência	à	retificação	da	lordose.
3)	 Lateralmente	ou	inclinação	lateral	externa.
4)	 Medialmente	ou	inclinação	lateral	interna.
O	ângulo	de	anteversão	é	o	ângulo	no	qual	o	colo	se	projeta	
do	fêmur	na	direção	ântero-		-posterior.	Embora	ocorra	variações	
entre	os	indivíduos,	o	valor	normal	é	de	cerca	de	12o	a	14o	(RASCH,	
1991).	Valores	acima	destes	evidenciam	uma	condição	conhecida	
como	"hiperlordose".
Figura	116	Hiperlordose lombar.
© Cinesiologia166
Rasch	(1991)	ainda	cita	que	a	articulação	do	quadril	apresenta	
sua	maior	amplitude	de	movimento	no	plano	sagital,	no	qual	se	ob-
serva	que	a	flexão	pode	chegar	a	140o	e,	a	extensão,	a	15o.	A	abdução	
pode	atingir	30o	e,	a	adução,	um	pouco	menos,	25o.	Com	o	quadril	
estendido,	os	efeitos	dos	ligamentos	estão	ativos	e	as	amplitudes	de	
rotação	medial	e	lateral	atingem	70o	e	90o,	respectivamente.
Músculos da articulação do quadril
Vinte	e	dois	músculos	atuam	sobre	a	articulação	do	quadril.	A	
seguir,	será	apresentada,	no	Quadro	11,	a	classificação	baseada	nas	
ações	desempenhadas	pelos	músculos	da	articulação	do	quadril.
Segundo	Rasch	(1991),	Calais-Germain	(1992)	e	Miranda	(2000),	
os	músculos	do	grupo	flexor	incluem	o	psoas	e	o	ilíaco,	ambos	mostra-
dos	na	Figura 117,	os	agonistas	primários	e	o	reto	da	coxa,	estes	na	Fi-
gura 1O	psoas	exerce	os	importantes	papeis	de	flexor	e	de	estabilizador	
da	articulação	do	quadril.	O	músculo	ilíaco	desempenha	papel	predo-
minante	na	flexão	do	quadril.	O	reto	da	coxa,	membro	do	grupo	quadrí-
ceps	da	coxa,	é	o	único	músculo	do	grupo	que	atua	sobre	o	quadril	como	
importante	flexor,	auxiliando	na	rotação	lateral	e	na	abdução.	
Quadro 11	Músculos	flexores	do	quadril.
MÚSCULOS FLEXORES DO QUADRIL
Reto femoral:	flexão	do	quadril,	anteroversão	da	pelve	(cadeia	cinética	fechada)	e	
extensão	do	joelho.
Origem: a	partir	da	espinha	ilíaca	ântero-inferior	e	no	sulco	acima	do	rebordo	do	
acetábulo.	
Inserção:	na	borda	proximal	da	patela	e	por	meio	do	ligamento	patelar	na	
tuberosidade	anterior	da	tíbia.
Ilíaco:	flexão	do	quadril,	rotação	lateral	do	quadril,	adução	do	quadril,	anteroversão	
da	pelve	aumentando	a	lordose	lombar.
Origem:	localizado	na	fossa	ilíaca	e	nas	espinhas	ilíacas	anteriores.
Inserção:	trocânter	menor	do	fêmur.
Psoas:	flexão	do	quadril.
Origem:	localizado	na	parede	posterior	da	cavidade	abdominal,	no	nível	dos	corpos	
vertebrais,	dos	discos	intervertebrais	e	dos	processos	transversos	de	T12	a	L5.
Fonte: arquivo	pessoal	do	autor.
Claretiano - Centro Universitário
167© U2 - Artrologia
Figura	117 Músculos flexores do quadril – psoas e ilíaco.
Figura	118 Músculo reto femoral.
© Cinesiologia168
Observe,	no	Quadro 12,	que	o	grupo	extensor	do	quadril	
inclui	os	músculos	do	jarrete:	o	semimembranáceo,	o	semitendí-
neo	e	a	cabeça	longa	do	bíceps	da	coxa	–	que	é	ativa	na	extensão	
habitual	do	quadril,	enquanto	que	o	semimembranáceo	e	semi-
tendíneo	 são	 ativos	na	 extensão	 contra	 resistência.	O	músculo	
glúteo	máximo	também	é	um	potente	extensor	além	de	ser	ro-
tador	 lateral	e,	dependendo	da	face	do	músculo	em	considera-
ção,	age	como	abdutor	do	quadril	fletido	ou	adutor	contra	uma	
resistência	 de	 abdução	 (RASCH,	 1991;	 CALAIS-GERMAIN,	 1992;	
MIRANDA,	2000).
Quadro 12	Músculos	extensores	do	quadril.
MÚSCULOS EXTENSORES DO QUADRIL
Semimembranáceo:	extensão	do	quadril;	auxilia	na	rotação	medial	do	
quadril	e	é	retroversor	da	pelve	quando	o	membro	inferior	está	fixo.
Origem: tuberosidade	isquiática.
Inserção:	parte	posterior	do	côndilo	medial	da	tíbia.
Semitendíneo:	realiza	extensão	do	quadril	e	auxilia	na	rotação	medial	e	na	
adução.	Com	os	membros	inferiores	fixos,	promove	a	retroversão	da	pelve.
Origem:	tuberosidade	isquiática.
Inserção:	superfície	medial	da	parte	superior	da	tíbia;	o	mais	posterior	da	
pata	de	ganso.
Bíceps femoral:	a	cabeça	longa	atua	na	articulação	do	quadril	fazendo	
a	extensão	e	a	rotação	lateral;	com	o	membro	inferior	fixo,	promove	a	
retroversão	da	pelve	(cadeia	fechada).
Origem:	cabeça	longa	–	tuberosidade	isquiática;	cabeça	curta	–	linha	áspera	
do	fêmur.
Inserção: as	duas	porções	fundem-se	distalmente	e	vão	até	a	face	lateral	da	
cabeça	da	fíbula.
Glúteo máximo: extensor	e	rotador	lateral	do	quadril;	feixes	superiores	são	
abdutores	e	feixes	inferiores	são	adutores;	realiza	retroversão	da	pelve.
Origem:	linha	glútea	posterior,	parte	posterior	da	crista	ilíaca	e	face	
posterior	do	sacro	e	do	cóccix.
Inserção:	tuberosidade	glútea	no	fêmur	e	tracto	iliotibial.
Fonte: arquivo	pessoal	do	autor.
Claretiano - Centro Universitário
169© U2 - Artrologia
Figura	119 Vista posterior do membro inferior. Músculos extensores do quadril.
No	Quadro 13,	veremos	que	o	grupo	adutor	do	quadril	é	
formado	pelo	grácil,	pelo	pectíneo	e	pelos	adutores	 longo,	cur-
to	e	magno,	vistos	nas	Figuras 118	 e	1Situados	na	 face	medial	
da	coxa,	os	adutores	formam	a	maior	parte	da	massa	muscular	
dessa	 região,	 sendo	 os	 responsáveis	 pela	 rotação	medial,	 pela	
flexão	do	quadril	e	pela	adução.	A	abertura	excessiva	dos	mem-
bros	inferiores	pode	causar	a	laceração	do	adutor	longo	próximo	
à	sua	fixação	tendínea	no	púbis	(RASCH,	1991;	CALAIS-GERMAIN,	
1992;	MIRANDA,	2000).
© Cinesiologia170
Quadro 13	Músculos	adutores	do	quadril.
MÚSCULOS ADUTORES DO QUADRIL
Pectíneo: flexão	e	adução	da	coxa;	auxilia	na	rotação	lateral	e	na	
anteroversão	da	pelve	em	cadeia	cinética	fechada.
Origem: linha	pectínea	do	púbis.
Inserção:	linha	pectínea	do	fêmur.
Adutor curto: atua	na	adução	do	quadril;	auxilia	na	flexão	e	na	rotação	
lateral	do	quadril.	Participa,	na	anteroversão	da	pelve,	em	cadeia	cinética	
fechada.
Origem:	corpo	e	ramo	inferior	do	púbis.
Inserção:	linha	pectínea	do	púbis	e	proximal	da	linha	áspera	do	fêmur.
Adutor longo: atua	na	adução	do	quadril;	auxilia	na	flexão	e	na	rotação	
lateral	do	quadril.	Participa,	na	anteroversão	da	pelve,	em	cadeia	cinética

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