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Doenças exantematosas na pediatria 1 Doenças exantematosas na pediatria Definição EXANTEMA/RASH CUTÂNEO → aparecimento de erupções cutâneas vermelhas em um região específica ou por todo o corpo causadas por infecções, doenças auto imunes ou processos alérgicos. Classificação do exantema MORBILIFORME → pequenas maculo-pápulas eritematosas (3 a 10 mm), avermelhadas, lenticulares ou numulares, permeadas por pele sã, podendo confluir. ESCARLATINIFORME → eritema difuso, puntiforme, vermelho vivo, sem solução de continuidade, poupando a região perioral e áspero (sensação de lixa) RUBEOLIFORME → semelhante ao morbiliforme, porém de coloração rósea, com pápulas um pouco menores. URTICARIFORME → erupção papuloeritematosa de contornos irregulares; irregular, quente e alto relevo EXANTEMA PAPULOVESICULAR → presença de pápulas e de lesões elementares de conteúdo líquido (vesicular). É comum a transformação sucessiva de maculo-pápulas em vesículas, vesico-pústulas, pústulas e crostras. Doenças exantematosas na pediatria 2 EXANTEMA PETEQUIAL/PURPÚRICO → alterações vasculares com ou sem distúrbios de plaquetas e de coagulação. Variáveis clínicas Idade Procedência Historia da febre (início, duração, intensidade) Outras características do período prodrômico (coriza, tosse, conjuntivite, sintomas gastrointestinais) Tipo de exantema (forma e local de inicio, evolução, distribuição) Sinais e sintomas associados Uso de medicamentos Situação vacinal Contato com caso suspeito Eritema infecciosos (5° doença ou megaleritema epidêmico) AG. ETIOLÓGICO → parvovírus B19 (família Parvoviridae e gênero Eritrovírus). Vírus DNA de cadeia simples. Sazonalidade: final do inverno e início da primavera. Epidemiologia TRANSMISSÃO → contato com secreção do trato respiratório, exposição percutânea a sangue ou produtos do sangue. CONTÁGIO → antes do início dos sintomas até 1 semana após. Faixa etária: crianças de 2-14 anos de idade. Manifestações clínicas Febre em 15 a 30% EXANTEMA → acomete face, com bochechas avermelhadas, palidez perioral; é simétrico, maculo papular, aspecto rendilhado, pruriginoso, acomete: tronco, braços, nádegas e coxas (cefalocaudal - resolucação central para periferia) Redução de plaquetas e Hb Resolução central, com duração média de 11 dias. Auto resolução, benigna. Doenças exantematosas na pediatria 3 PIORA COM → exercícios físicos, banhos quentes ou transtornos emocionais. Crianças com anemia falciforme → crise aplástica grave; imunodeprimidos → anemia crônica. Diagnóstico É feito por meio de IGM específico para parvovírus. PCR (sobretudo em pacientes imunodeprimidos). DX → rubéola, sarampo, enterovirose, LES (face de borboleta), erupção medicamentosa. Tratamento Sintomático → antitérmico, anti histamínico; Imunodeprimidos → considerar uso de gamaglobulina. Pacientes com crise aplástica devem ser isolados. Exantema súbito (roséola infantum, 6° doença ou pseudo- reubéola) AG. ETIOLÓGICO → família Herpesviridae: HHV6, vírus DNA, variantes A e B. Sazonalidade: primavera e no outono. Epidemiologia Faixa etária de 6-18 meses. TRANSMISSÃO → disseminação assintomática do vírus persistente em secreções de um membro da família, babá ou contato próximo (vírus sobrevive por 10h) Período de incubação: 6 a 10 dias. Manifestações clínicas Febre alta (> 39,5°C), com duração de 3 a 7 dias (média 4) e manutenção do estado geral Queda abrupta da temperatura → rush maculopapular eritematoso não coalescente, em tronco, braços, pescoço, levemente face e pernas (duração de horas a dias) Pode ocorrer aumento de linfonodos cervicais Leucopenia a partir do 2° dia de febre Estado geral não é comprometido Doenças exantematosas na pediatria 4 Diagnóstico O diagnóstico é clínico. Laboratorial → isolamento viral na amostra de sangue periférico ou LCR; PCR. DX → sarampo, febre de origem obscura, até que o exantema apareça; adenovírus, enterovírus, reação medicamentosa. Tratamento Sintomáticos Imunodeprimido com doença grave (encefalite/pneumunite) → ganciclovir e internação Sarampo Plano de erradicação do sarampo 1992 - vacinação 9 -12 meses. É uma doença erradicável. Doença de notificação compulsória desde 1968. Fronteiras/imigração → disseminação do vírus. AG. ETIOLÓGICO → vírus do sarampo, gênero Morbilivírus, família dos Paramixovírus. É um vírus RNA. Sazonalidade: final do inverno e primavera. Epidemiologia TRANSMISSÃO → contágio 1 a 2 dias após o início dos sintomas até 4 dias após o surgimento do exantema. obs.: imunodeprimidos são transmissores durante todo o curso da doença. Pacientes com SSPE (panencefalite esclerosante subaguda) não são contagiosos. Período de incubação: 10 a 12 dias. Manifestações clínicas Febre baixa a moderada de 3 a 5 dias Tosse seca, coriza e conjuntivite, por volta do 4o dia Aparecimento de manchas de Koplik (pontos branco-acinzentados, com aréolas avermelhadas na altura dos molares inferiores), que desaparecem em torno de 12 a 18 horas. Nas primeiras 24 horas, surge exantema maculopapular → face, pescoço, braços e parte superior de tórax; após, dorso, abdome, membros superiores e coxas. Atinge os pés em torno do 2°-3° dia. Aumento de linfonodos mandibulares e região cervical posterior. Crianças pequenas: otite média aguda (OMA), BCP, laringotraqueobronquite e diarréia. As taxas de mortalidade são maiores em crianças <5 anos e imunodeprimidos (não há desenvolvimento de exantema). Diagnóstico Detecção de IgM ou aumento de IgG em amostras de soro na fase aguda e de convalescença. PRECAUÇÕES → isolamento respiratório durante os primeiros 4 dias após início do exantema ou durante toda a doença em imunodeprimidos. Doenças exantematosas na pediatria 5 Tratamento Administração de vitamina A: Pacientes de 6m a 2a, hospitalizados com sarampo e suas complicações Pacientes >6m com imunodepressão, desnutrição, desidratação ou evidência de deficiência de vitamina A Alterações de absorção intestinal e desnutrição moderada a grave obs.: <6 meses → internar Medidas de controle → no plano coletivo, uma alta cobertura vacinal, acima de 95%: vacinação de rotina, vacinação de bloqueio (dentro de 72h após exposição), vacinação em campanhas Panencefalite esclerosante subaguda Diagnóstico pouco frequente, degenerativa. Incidência de 1 por 1milhão. Mais frequente no sexo masculino. Ocorrendo de 6 a 12 anos após sarampo (raro após vacinação), com média de 10,8 anos. MANIFESTAÇÃO → irritação, queda no rendimento escolar, movimentos involuntários tipo coréia (cabeça/pescoço), deterioração de coordenação motora, convulsões, tetraplegia espástica, escerebração espástica, dificuldade respiratória e morte. Rubéola AG. ETIOLÓGICO → vírus da rubéola, Rubivírus da família Togaviridae (vírus RNA). Sazonalidade: final de inverno e início de primavera. Período de incubação: 14 a 21 dias. Epidemiologia Rubéola durante a gravidez → abortos, morte do feto ou síndrome da rubéola congênita. TRANSMISSÃO → contato direto com o doente ou com gotículas de secreção nasofaríngea; ocorre antes até 7 dias após o início do exantema; lactentes com rubéola congênita podem disseminar o vírus em secreções nasofaríngeas e na urina por até 1 ano. Vacina → diminuição em 99% dos casos. Manifestações clínicas Exantema maculopapular eritematoso generalizado Linfadenopatia (sobretudo suboccipital, cervical e pós-auricular) Febre baixa Doenças exantematosas na pediatria 6 Em crianças, raramente ocorre poliartralgia ou poliartrite Sd. da rubéola congênita Alterações oftalmológicas (catarata, retinopatia e glaucoma congênito) Alterações cardíacas (estenose de a. pulmonar e persistência do canal arterial) Alterações auditivas (surdez neurossensorial) e alterações neurológicas (meningoencefalites, alterações cognitivas) Hepatoesplenomegalia, trombocitopenia, lesões purpúricas e retardo de crescimento Infecção no 1° trimestre de gestação → piores malformações Diagnóstico Detecção de IgM ou IgG. Isolamento do vírus(sangue, urina, LCR e orofaringe) → lactentes infectados por via congênita. Tratamento Tratamento de suporte. Precauções Precauções respiratórias por 7 dias do início do exantema. Crianças com rubéola congênita devem ser consideradas potencialmente infectantes desde o nascimento até 1 ano MEDIDAS DE CONTROLE → vacinação rotineira; vacinação de bloqueio (vacina de contactantes). Escarlatina AG. ETIOLÓGICO → Streptococcus beta-hemolítico do grupo A de Lancefield (D também é comum). Os grupos C e G também podem causar escarlatina. O quadro deve-se à liberação de toxinas eritrogênicas ou pirogênicas (exotoxinas). Sazonalidade: não há Período de incubação: 2 a 5 dias na faringite; de 7 a 10 dias nas infecções de pele. Epidemiologia Frequentemente associada à faringite estreptocócica. TRANSMISSÃO → desde o período prodrômico até 24 a 48 horas do início da terapêutica; projeção direta de partículas grandes da faringe ou transferência física de secreção contendo a bactéria. Incide em pré-escolares e escolares, sendo rara em lactentes. Pode acompanhar também quadros de lesões de pele (como impetigo). Manifestações clínicas Doenças exantematosas na pediatria 7 Período prodrômico: 12-48 horas Febre alta, dor de garganta, adenomegalia cervical e submandibular; Exantema difuso micropapular (sensação de lixa ao toque), que se inicia no tórax, tronco, pescoço e membros, poupando a região palmoplantar (7-10 dias após dor de garganta) Vários sinais patognomônicos podem ocorrer: Sinal de Filatov → palidez perioral; Língua em framboesa e saburrosa; Sinal de Pastia → petéquias em dobras, formando linhas transversais Descamação em “dedos de luva” da pele após 5 a 7 dias Diagnóstico Clínico. Cultura de material coletado por swab de tonsilas palatinas e faringe. obs.: dor de garganta bacteriana em <12m é raro Doenças exantematosas na pediatria 8 Tratamento Penicilina benzatina em dose única ou penicilina oral por 10 dias. PRECAUÇÕES → precaução respiratória até 24 horas do início da terapêutica. Os contatos íntimos devem receber penicilina benzatina ou penicilina VO por 10 dias. Enteroviroses (não-poliovírus): Coxsackie A e B, Echovírus e Enterovírus AG. ETIOLÓGICO → são vírus RNA incluindo 23 grupos de Coxsackie vírus A (tipos A1-A24,exceto A23); 6 grupos de Coxsackie B (tipos B1-B6); 28 Echovírus (tipos 1-33, exceto tipos 8, 10, 22, 23 e 28) e 5 Enterovírus (tipos 68, 71 e 73). Sazonalidade: verão e início da primavera Período de incubação: 3 a 6 dias na conjuntivite hemorrágica aguda; de maneira geral, de 24 a 72 horas. Epidemiologia TRANSMISSÃO → disseminação se dá por via fecal-oral, de mãe para RN na hora do parto, por meio de objetos contaminados. A taxa de infecção é maior em crianças pequenas, de baixo nível socioeconômico, regiões tropicais e de higiene deficiente. Manifestações clínicas Os enterovírus são responsáveis por um grande número de doenças em lactentes e crianças: Manifestações respiratórias → resfriado comum, faringite, herpangina, estomatite, pneumonia, pleurodinia; Manifestações cutâneas → exantema geralmente não característico, podendo ser maculopapular, vesicular, petequial, morbiliforme, urticariforme, escarlatiniforme, rubeoliforme e pustular Echovírus 9 → exantema petequial; Coxsackie A16 e Enterovírus 71 → síndrome mão-pé-boca (lesão em nádegas, unhas caem) Manifestações neurológicas → meningite asséptica, encefalite e paralisia (Enterovírus 71) Manifestações gastrintestinais → vômitos, dor abdominal, diarréia e hepatite; Manifestações oculares → conjuntivite hemorrágica aguda (Coxsackie A24 e Enterovírus 70); Manifestações cardíacas → miopericardite (Coxsackie B1 a B15) Febre moderada (não alta) obs.: para diferenciar de outas infecções, ver sintomas clássicos de outros, sintomas e exames Doenças exantematosas na pediatria 9 Diagnóstico Isolamento de partícula viral (extraído de garganta, fezes e swab retal; LCR e sangue). IFI. PCR. Ensaio imunoenzimático. Tratamento Medidas de suporte em pacientes sintomáticos. Imunodeprimidos → gamaglobulina s/n. Precauções de contato. Mononucleose infecciosa AG ETIOLÓGICO → vírus Epstein-Barr (vírus DNA); é um herpesvírus B-linfotrópico. Sazonalidade: não há. Período de incubação: varia de 10 dias-30 a 50 dias. Epidemiologia TRANMISSÃO → contato direto com secreções salivares; a excreção viral pelo trato respiratório pode continuar por muitos meses após a infecção Em grupos sociais menos favorecidos, a infecção ocorre no início da vida. Comum entre adolescentes (doença do beijo). Manifestações clínicas Portadores assintomáticos são comuns. Infecção primária ocorre numa fase precoce da infância, assintomática a quadros de intensidade variável (mais leves em crianças pequenas). Dor de garganta, linfadenopatia, febre Exsudato branco-acinzentado em tonsila palatina em 50% dos casos 30 a 50%, há hepatoesplenomegalia, 5%, icterícia 1/3 pode apresentar edema periorbitário O rush cutâneo ocorre em cerca de 3 a 8%, - maculopapular, eritematoso, com textura de lixa fina, podendo ainda ser urticariforme, escarlatiniforme, morbiliforme, hemorrágico ou petequial. O uso de ampicilina leva a exantema em 70-100% dos casos. Doenças exantematosas na pediatria 10 Diagnóstico Testes laboratoriais inespecíficos → hemograma com leucocitose, linfocitose e 10 a 20% de atipia; aumento de transaminases e bilirrubina Testes laboratoriais específicos → anticorpos heterófilos; monoteste ou reação de Hoff Bauer (hemaglutinação que detecta a presença de anticorpos heterófilos); Reação de Paul-Bunnell-Davidsohn (sorologia) Testes sorológicos específicos: FASE AGUDA → antiVCA (anti antígeno IgM) FASE TARDIA → anti-EA e anti-EBNA (anti antígeno IgG) Isolamento viral; PCR. DX → escarlatina. Tratamento Terapia de suporte. Imunodeprimidos → aciclovir em altas doses. PRECAUÇÕES → pacientes hospitalizados devem ser manuseados com precauções padrão. Varicela AG. ETIOLÓGICO → vírus varicela-zoster, família Herpesvírus. Sazonalidade: fim do inverno e início da primavera. Epidemiologia TRANSMISSÃO → contato direto com pacientes infectados ou disseminação aérea do vírus. A contagiosidade é maior 1 a 2 dias antes e logo após o início do exantema até a forma de crostas. Período de incubação: 14 a 21 dias. Manifestações clínicas Infecção primária resulta na varicela. Vírus permanece quiescente nos gânglios da raiz dorsal, pode haver reativação na forma de herpes zoster. Exantema vesicular generalizado e pruriginoso (entre 250 a 500 lesões) Formas graves ou complicações como pneumonite, hepatite, encefalite ou ataxia cerebelar, infecções bacterianas de pele e lesões necro-hemorrágicas (adultos, distúrbios de imunidade, adolescentes) Doenças exantematosas na pediatria 11 Zoster Diagnóstico É clínico, isolamento do vírus da base das lesões vesiculares (principalmente até o 3° a 4° dia de evolução) ou pesquisa de IgG no soro na fase aguda ou convalescença. Tratamento Antiviral (aciclovir) nas primeiras 24h do aparecimento das lesões nas seguintes situações → pacientes >12 anos, imunodeprimidos e portadores de distúrbios crônicos cutâneos ou pulmonares; Crianças com varicela não devem receber salicilatos pelo risco aumentado de sd. de Reye Fanciclovir e valaciclovir são recomendados no tratamento de zoster em adultos Pessoas suscetíveis expostas devem receber VZIG (munoglobulina específica para varicela-zoster) até 96 horas após exposição ou vacina contra varicela (até 72h após exposição) obs.: se houver contato, vacina e aciclovir obs.: o VZIG é indicado para crianças imunodeprimidas, grávidas suscetíveis, RN cuja mãe iniciou quadro 5 dias antes ou 48 horas após o parto e prematuros. PRECAUÇÕES: Pacientes hospitalizados → isolamento de contato e respiratório Contatantes de risco devem ser isolados de 8 a 21 dias após início do exantema no paciente-índice; Pacientes que receberam VZIG devem permanecer isolados por 28 dias (gestantes,prematuros que foramexpostos → aplicar ate 96h da exposição Doença de Kawasaki AG. ETIOLÓGICO → desconhecido. Sazonalidade: final de inverno e primavera. Discreta predominância em meninos (1,5:1) e <5 anos. Vasculite aguda exantemática, característica da infância, autolimitada, de etiologia desconhecida, Manifestações clínicas Doenças exantematosas na pediatria 12 4 FASES: FASE AGUDA → febre alta, hiperemia conjuntival não-exsudativa, lábios vermelhos, secos e rachados, língua em framboesa, adenopatia cervical, leucocitose ao hemograma e aumento de VHS e PCR; na metade da 1a semana, aparecimento de exantema polimorfo, edema e eritema palmoplantar FASE SUBAGUDA → 2 semanas após remissão do sintomas: descamação de dedos de mãos e pés, trombocitose, arterite coronariana CONVALESCENÇA → 6 a 8 semanas, melhora dos sintomas clínicos e persistência da coronarite FASE CRÔNICA → de meses a anos; permanece assintomático ou com sequelas cardíacas Diagnóstico É clínico. American Heart Association (AHA) estabelece 4 de 5 critérios clínicos, ou 3, na presença de coronarite, associado a febre por mais de 5 dias: Conjuntivite não-exsudativa; Alteração de lábios e mucosa oral; Edema e eritema palmoplantar, com descamação; Exantema polimorfo não-vesicular ou bolhoso; Adenopatia cervical não supurativa >1,5 cm. DX → estafilococcia, estreptococcia, infecções mono-like. Tratamento Imunoglobulina em dose única nos primeiros 10 dias da evolução. AAS. Dengue AG. ETIOLÓGICO → vírus RNA pertencente ao grupo B dos arbovírus, família Flaviviridae, gênero Flavivirus. 4 sorotipos DEN1, DEN2, DEN3, DEN4. Vetor é o Aedes aegypti. Sazonalidade: estação chuvosa, verão. Período de incubação: 3 a 15 dias com média de 5 dias. Epidemiologia Dengue precisa mosquito vetor, do vírus e de pessoas suscetíveis. Os surtos da doença podem ser explosivos ou progressivos. É a arbovirose mais difundida no mundo, ocorrendo em todos os continentes, exceto na Europa. Aumento epidemias na maioria dos países tropicais da América. Doenças exantematosas na pediatria 13 Manifestações clínicas FORMA CLÁSSICA: Febre alta, cefaléia, hiperemia conjuntival, mialgia, náuseas, vômitos, dor retro-ocular e artralgia. Exantema → após o declínio da febre; maculopapular, iniciando-se em tronco até palmoplantar; pode ocorrer lesões escarlatiniformes e petéquias em MMII FASE AGUDA → 1 semana CONVALESCENÇA → 1 a 2 semanas; anorexia, mal-estar e debilidade. Diagnóstico Isolamento viral 5 dias após o início. Testes sorológicos (IH e MAC-Elisa) obtidos 6 dias após início do quadro. DX → influenza, sarampo e rubéola. Tratamento Não há tratamento específico, utilizando-se sintomáticos (exceto ácido acetilsalicílico e seus derivados) e hidratação adequada. PRECAUÇÕES → controle do vetor.
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