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Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Doenças exantemáticas: Eritema Infeccioso: ➛Agente etiológico: parvovírus B19: ➛Família Parvoviridae e gênero Eritrovírus). ➛Vírus DNA de cadeia simples. Sazonalidade: maior frequência no �nal do inverno e início da primavera. Epidemiologia: contato com secreção do trato respiratório, transmissão vertical, exposição percutânea a sangue ou produtos do sangue. Acomete frequentemente crianças de 2 a 14 anos de idade. Adultos e menores de 2 anos geralmente não são acometidos. Período de incubação: de 14 a 21 dias. Manifestações clínicas: sintomas sistêmicos leves, febre em 15 a 30%, exantema característico acometendo face, com “bochechas avermelhadas” e palidez perioral; Geralmente é simétrico, maculopapular, rendilhado, pruriginoso, acometendo tronco, braços, nádegas e coxas ➛Esvaece com resolução central, tendo duração média de 11 dias e possibilidade de recrudescimento periódico com exercícios físicos, banhos quentes ou transtornos emocionais. ➛Crianças com doenças hematológicas, como anemia falciforme, podem manifestar crise aplástica grave; ➛Imunodeprimidos podem apresentar anemia crônica. Diagnóstico: é feito por meio de IGM especí�co para parvovírus e PCR (sobretudo em pacientes imunodeprimidos). Diagnóstico diferencial: rubéola, sarampo, enterovirose, LES, erupção medicamentosa. Tratamento: nenhum, exceto em imunodeprimidos, nos quais se deve considerar uso de gamaglobulina. Cuidados: não são necessários, exceto em pacientes com crise aplástica, que devem ser isolados pois são contagiosos antes do início dos sintomas até 1 semana após. Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Dengue: ➛Agente etiológico: vírus RNA pertencente ao grupo B dos arbovírus, família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Compreende 4 sorotipos DEN1, DEN2, DEN3, DEN4. O mais importante vetor é o Aedes aegypti, sobretudo nas Américas. Sazonalidade: acompanha a estação chuvosa, que, em países tropicais, corresponde ao verão. Epidemiologia: a ocorrência da dengue requer a presença do mosquito vetor, do vírus e de pessoas suscetíveis. Os surtos da doença podem ser explosivos ou progressivos, dependendo da densidade e da suscetibilidade do vetor, cepa viral, nível de imunidade da população humana e da intensidade do contato vetor-humano ➛É a arbovirose mais difundida no mundo, ocorrendo em todos os continentes, exceto na Europa. Nos últimos 20 anos, observa-se o aumento da incidência do vírus e consequentes epidemias na maioria dos países tropicais da América. Período de incubação: de 3 a 15 dias com média de 5 dias. Manifestações clínicas: a forma clássica é mais frequente em escolares, adolescentes e adultos, caracterizando-se por febre alta, cefaléia, hiperemia conjuntival, mialgia, náuseas, vômitos, dor retro ocular e artralgia. O exantema ocorre em 30% dos casos, surgindo após o declínio da febre; em geral é maculopapular, iniciando-se em tronco, com disseminação posterior, podendo atingir região palmoplantar; são descritas também lesões escarlatiniformes em áreas de con�uência e petéquias em membros inferiores. A fase aguda tem duração de 1 semana e é seguida por um período de convalescença de 1 a 2 semanas, caracterizado por anorexia, mal-estar e debilidade. Diagnóstico: isolamento viral 5 dias após o início; testes sorológicos (IH e MAC-Elisa) obtidos 6 dias após início do quadro. Diagnóstico diferencial: In�uenza, sarampo e rubéola. Tratamento: não há tratamento especí�co, utilizando-se sintomáticos (exceto ácido acetilsalicílico e seus derivados) e hidratação adequada. Precauções: controle do vetor. Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Exantema Súbito: ➛Agente etiológico: família Herpesviridae: HHV6, vírus DNA, variantes A e B (quase todas as infecções primárias em crianças são causadas pela variante B). Sazonalidade: mais frequente na primavera e no outono. Epidemiologia: predomina entre crianças na faixa etária de 6 a 18 meses. A transmissão se dá a partir da disseminação assintomática do vírus persistente em secreções de um membro da família, babá ou contato próximo. Cerca de 90% das crianças têm sorologia positiva aos 5 anos. Período de incubação: de 6 a 10 dias Manifestações clínicas: febre alta (> 39,5°C) com duração de 3 a 7 dias e manutenção do estado geral; queda abrupta da temperatura com aparecimento de rush maculopapular eritematoso não coalescente, que se inicia em tronco, estende-se para braços, pescoço, envolvendo levemente face e pernas. ➛A duração é de horas a dias. ➛Pode ocorrer aumento de linfonodos cervicais e leucopenia a partir do 2º dia de febre. Diagnóstico: é clínico. O diagnóstico de certeza requer técnicas de pesquisa por isolamento do HHV6 na amostra de sangue periférico ou LCR; PCR ou soroconversão (a partir de IFI). Diagnóstico diferencial: sarampo e febre de origem obscura, até que o exantema apareça; adenovírus, enterovírus e reação medicamentosa. Tratamento: nenhum, exceto imunodeprimidos com doença grave (como encefalite ou pneumonite) que devem receber ganciclovir. Cuidados: medidas de rotina Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Sarampo: ➛Agente etiológico: vírus do sarampo, classi�cado como membro do gênero Morbilivírus da família dos Paramixovírus. É um vírus RNA. Sazonalidade: �nal do inverno e primavera. Epidemiologia: o programa de imunização em crianças e adolescentes resultou em redução superior a 99% nessas faixas etárias. Os pacientes são contagiosos desde 1 a 2 dias após o início dos sintomas até 4 dias após o surgimento do exantema. ➛Imunodeprimidos podem ser contagiosos durante todo o curso da doença; pacientes com SSPE (panencefalite esclerosante subaguda) não são contagiosos. Manifestações clínicas: Febre baixa a moderada de 3 a 5 dias, tosse seca, coriza e conjuntivite; por volta do 4º dia, aparecimento de manchas de Koplik (pontos branco-acinzentados, com aréolas avermelhadas na altura dos molares inferiores), que desaparecem em torno de 12 a 18 horas. ➛Por volta deste período e ainda nas primeiras 24 horas, surge exantema maculopapular de face, pescoço, braços e parte superior de tórax; após, dorso, abdome, membros superiores e coxas. Atinge os pés em torno do 2º a 3º dia. ü Observa-se aumento de linfonodos mandibulares e região cervical posterior. Manifestações clínicas: Crianças pequenas frequentemente apresentam complicações como otite média aguda (OMA), BCP, laringotraqueobronquite e diarreia. ➛As taxas de mortalidade são maiores em crianças menores de 5 anos e imunodeprimidos, nos quais, muitas vezes, não há desenvolvimento de exantema. Diagnóstico: detecção de IGM ou aumento de IGG em amostras de soro na fase aguda e de convalescença. Tratamento: administração de vitamina A a pacientes de 6 meses a 2 anos, hospitalizados com sarampo e suas complicações; pacientes maiores de 6 meses com imunodepressão ou evidência de de�ciência de vitamina A, alterações de absorção intestinal e desnutrição moderada a grave. Precauções: isolamento respiratório durante os primeiros 4 dias após início do exantema e durante toda a doença em imunodeprimidos. Pediatria - Daryane Raupp ATM2026.2 Medidas de controle: no plano coletivo, uma alta cobertura vacinal, acima de 95%: vacinação de rotina; vacinação de bloqueio (dentro de 72 horas após exposição); vacinação em campanhas. Catapora/varicela: ➛Agente etiológico: vírus varicela-zoster, membro da família Herpesvírus. Sazonalidade: �m do inverno e início da primavera. Epidemiologia: contato direto com pacientes infectados ou disseminação aérea do vírus. A contagiosidade é maior 1 a 2 dias antes e logo após o início do exantema, podendo, no entanto, estender se até a forma de crostas. Período de incubação: de 14 a 21 dias. Manifestações clínicas: a infecção primária resulta na varicela; como o vírus permanece quiescente nos gânglios da raiz dorsal, pode haver reativação na forma de herpes zoster ➛A varicela caracteriza-se por exantema vesicular generalizado e pruriginoso (entre 250 a 500 lesões), acompanhada de febre e sintomas sistêmicos. Pacientes com distúrbios de imunidade, adolescentes e adultos tendem a apresentar formas mais graves ou complicações como pneumonite, hepatite, encefalite ou ataxia cerebelar, infecções bacterianas de pele e lesões necro-hemorrágicas. Diagnóstico: o diagnóstico é clínico, aliado ao isolamento do vírus da base das lesões vesiculares (principalmente até o 3° a 4°dia de evolução) ou pesquisa de IgG no soro na fase aguda ou convalescença. Tratamento: o uso de antiviral (aciclovir) deve ser considerado nas primeiras 24 horas do aparecimento das lesões nas seguintes situações: pacientes maiores de 12 anos de idade; imunodeprimidos; portadores de distúrbios crônicos cutâneos ou pulmonares; ➛Crianças com varicela não devem receber salicilatos pelo risco aumentado de síndrome de Reye. Fanciclovir e valaciclovir são recomendados no tratamento de zoster em adultos; Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 ➛Pessoas suscetíveis expostas devem receber VZIG - imunoglobulina especí�ca para varicela zoster - até 96 horas após exposição ou vacina contra varicela (até 72 horas após exposição). O VZIG é indicado para crianças imunodeprimidas, grávidas suscetíveis, recém-nascidos cuja mãe iniciou quadro 5 dias antes ou 48 horas após o parto e prematuros. Precauções: pacientes hospitalizados devem ser isolados (isolamento de contato e respiratório); contactantes de risco devem ser isolados de 8 a 21 dias após início do exantema no paciente-índice; pacientes que receberam VZIG devem permanecer isolados por 28 dias. Rubéola: ➛Agente etiológico: vírus da rubéola, classi�cado como um Rubivirus da família Togaviridae (vírus RNA). Sazonalidade: �nal de inverno e início de primavera. Epidemiologia: a importância epidemiológica está representada pela possibilidade de ocorrência de rubéola durante a gravidez, resultando em abortos, morte do feto ou síndrome da rubéola congênita. ➛A rubéola pós-natal é transmitida pelo contato direto com o doente ou com gotículas de secreção nasofaríngea; Ocorre poucos dias antes a 7 dias após o início do exantema. Lactentes com rubéola congênita podem disseminar o vírus em secreções nasofaríngeas e na urina por até 1 ano Período de incubação: de 14 a 21 dias. Manifestações clínicas: caracteriza-se por exantema maculopapular eritematoso generalizado, linfadenopatia (sobretudo suboccipital, cervical e pós-auricular) e febre baixa. ➛Em crianças, raramente, ocorre poliartralgia ou poliartrite. ➛A síndrome da rubéola congênita caracteriza se por alterações oftalmológicas (catarata, retinopatia e glaucoma congênito), alterações cardíacas (estenose de artéria pulmonar e persistência do canal arterial), alterações auditivas (surdez neurossensorial) e alterações neurológicas (meningoencefalites, alterações cognitivas); Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 ➛Podem ocorrer ainda hepatoesplenomegalia, trombocitopenia, lesões purpúricas e retardo de crescimento. ➛Se a infecção ocorrer durante as primeiras 4 semanas, a incidência de defeitos congênitos é de 85%. Diagnóstico: detecção de IgM ou IgG; isolamento do vírus (sangue, urina, LCR e orofaringe) particularmente em lactentes infectados por via congênita. Tratamento: de suporte. Precauções: precauções respiratórias por 7 dias do início do exantema; crianças com rubéola congênita devem ser consideradas potencialmente infectantes desde o nascimento até 1 ano. Medidas de controle: vacinação rotineira; vacinação de bloqueio (vacina de contactantes). Escarlatina: ➛Agente etiológico: Streptococcus beta hemolítico do grupo A de Lance�eld. O quadro deve-se à liberação de toxinas eritrogênicas ou pirogênicas (exotoxinas). Os grupos C e G também podem causar escarlatina Sazonalidade: não há. Epidemiologia: é frequentemente associada à faringite estreptocócica. A transmissão se dá desde o período prodrômico até 24 a 48 horas do início da terapêutica, por meio da projeção direta de partículas grandes da faringe ou transferência física de secreção contendo a bactéria. Incide em pré-escolares e escolares, sendo rara em lactentes. Pode acompanhar também quadros de lesões de pele (como impetigo). Período de incubação: de 2 a 5 dias na faringite; de 7 a 10 dias nas infecções de pele. Manifestações clínicas: o período prodrômico com duração de 12 a 48 horas caracteriza-se por febre alta, dor de garganta, adenomegalia cervical e submandibular; Posteriormente, observa-se exantema difuso micropapular, dando a sensação de lixa ao toque, que se inicia no tórax, disseminando-se rapidamente para tronco, pescoço e membros, poupando a região palmoplantar. Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Vários sinais patognomônicos podem ocorrer : ➛Sinal de Filatov: palidez perioral; ➛Língua em framboesa e saburrosa; ➛Sinal de Pastia: petéquias em dobras, formando linhas transversais; descamação após 5 a 7 dias do princípio do quadro, iniciando-se em face, pescoço e tórax e progredindo para extremidades (descamação em “dedos de luva”). Diagnóstico: diagnóstico clínico associado a testes rápidos (especi�cidade > 90%); cultura de material coletado por swab de tonsilas palatinas e faringe. Tratamento: penicilina benzatina em dose única ou penicilina oral por 10 dias. Precauções: precaução respiratória até 24 horas do início da terapêutica. Os contatos íntimos devem receber penicilina benzatina ou penicilina oral por 10 dias Enteroviroses (NÃO-POLIOVÍRUS): Coxsackie A e B, Echovírus e Enterovírus: ➛Agente etiológico: são vírus RNA incluindo 23 grupos de Coxsackievírus A (tipos A1-A24,exceto A23); 6 grupos de Coxsackie B (tipos B1-B6); 28 Echovírus (tipos 1-33, exceto tipos 8, 10, 22, 23 e 28) e 5 Enterovírus (tipos 68, 71 e 73). Sazonalidade: em regiões de clima temperado, são mais comuns no verão e início da primavera; padrões de sazonalidade são raros nos trópicos. Epidemiologia: a disseminação se dá por via fecal-oral, de mãe para RN na hora do parto e por meio de objetos contaminados. A taxa de infecção é maior em crianças pequenas, de baixo nível socioeconômico, regiões tropicais e de higiene de�ciente. Período de incubação: de 3 a 6 dias na conjuntivite hemorrágica aguda; de maneira geral, de 24 a 72 horas. Manifestações clínicas: os enterovírus são responsáveis por um grande número de doençasem lactentes e crianças: ➛Manifestações respiratórias: resfriado comum, faringite, herpangina, estomatite, pneumonia, pleurodinia; ➛Manifestações neurológicas: meningite asséptica, encefalite e paralisia (Enterovírus 71); ➛Manifestações gastrintestinais: vômitos, dor abdominal, diarréia e hepatite; ➛Manifestações cutâneas: exantema geralmente não característico, podendo ser maculopapular, vesicular, petequial, morbiliforme, urticariforme, escarlatiniforme, rubeoliforme e pustular (Echovírus 9: exantema petequial; Coxsackie A16 e Enterovírus 71: síndrome mão-pé-boca); ➛Manifestações oculares: conjuntivite hemorrágica aguda (Coxsackie A24 e Enterovírus 70); ➛Manifestações cardíacas: miopericardite (Coxsackie B1 a B15). Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Mononucleose Infecciosa: ➛Agente etiológico: vírus Epstein-Barr (virus DNA); é um herpesvírus B-linfotrópico. Sazonalidade: não há. Período de incubação: varia de 10 dias até 30 a 50 dias. Epidemiologia : a transmissão se dá pelo contato direto com secreções salivares do indivíduo portador; ocasionalmente há transmissão via transfusão sanguínea. Em grupos sociais menos favorecidos, a infecção ocorre no início da vida; é relativamente comum entre adolescentes. ➛Excreção viral pelo trato respiratório pode continuar por muitos meses após a infecção e portadores assintomáticos são comuns. Manifestações clínicas: a infecção primária ocorre numa fase precoce da infância, podendo ser desde assintomática a quadros de intensidade variável (mais leves em crianças pequenas). ➛Em geral, 80 a 85% referem dor de garganta com linfadenopatia, febre e hiperplasia linfática de faringe; observa-se exsudato brancoacinzentado em tonsila palatina em 50% dos casos. ➛Em 30 a 50%, há hepatoesplenomegalia; 1/3 pode apresentar edema periorbitário (sinal de Hoagland) e 5%, icterícia. ➛O rush cutâneo ocorre em cerca de 3 a 8%, em geral é maculopapular, eritematoso, com textura de lixa �na, podendo ainda ser urticariforme, escarlatiniforme, morbiliforme, hemorrágico ou petequial. ➛O uso de ampicilina leva a exantema em 70 a 100% dos casos Diagnóstico: Testes laboratoriais inespecí�cos: hemograma com leucocitose, linfocitose e 10 a 20% de atipia; aumento de transaminases e bilirrubina; Testes laboratoriais especí�cos: anticorpos heteró�los; monoteste ou reação de Hoff Bauer; reação de Paul-Bunnell-Davidsohn; Testes sorológicos especí�cos: ➛Epstein Barr IgM/IgG ➛Isolamento viral; ➛PCR. Diagnóstico diferencial: escarlatina. Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 Tratamento: terapia de suporte, exceto imunodeprimidos em que se recomenda aciclovir em altas doses. Precauções: pacientes hospitalizados devem ser manuseados com precauções padrão. Febre maculosa: ➛Rickettsia ricketsii - carrapato estrela Período de incubação: 3 a 14 dias. Sazonalidade: em países temperados entre abril e setembro. Epidemiologia: transmissão a partir do carrapato (gênero Amblyomma). ➛Pessoas com exposição ocupacional ou recreacional ao vetor têm risco aumentado de adquirir a doença. Tem ampla distribuição nos EUA, ocorrendo também no Canadá, América Central e do Sul. No Brasil predomina na região de Minas Gerais. Manifestações clínicas: febre, mialgia, cefaléia, náuseas e vômitos; exantema inicialmente macular, que se transforma em purpúrico, atingindo mãos e pés. Diagnóstico: testes sorológicos especí�cos. Tratamento: tetraciclina ou cloranfenicol Doença de Kawasaki: Pediatria - Daryane Raupp ATM 2026.2 ➛Agente etiológico: desconhecido. Sazonalidade: em países de clima temperado, �nal de inverno e primavera. Epidemiologia: a DK é uma vasculite aguda exantemática, característica da infância, autolimitada, de etiologia desconhecida, endêmica sazonal, com discreta predominância em meninos (1,5:1) e em menores de 5 anos. Descrita por Tomisaku Kawasaki em 1967, foi inicialmente designada como síndrome linfonodomucocutânea. Manifestações clínicas: ➛fase aguda: febre alta, hiperemia conjuntival não-exsudativa, lábios vermelhos, secos e rachados, língua em framboesa, adenopatia cervical, leucocitose no hemograma e aumento de VHS e PCR; na metade da 1ª semana, aparecimento de exantema polimorfo, edema e eritema palmo plantar; ➛fase subaguda: com 2 semanas há remissão de sintomas, surgindo descamação de dedos de mãos e pés, trombocitose e arterite coronariana; convalescença: com 6 a 8 semanas, melhora dos sintomas clínicos e persistência da coronarite; ➛fase crônica: de meses a anos, podendo permanecer assintomático ou com sequelas cardíacas. Diagnóstico: o diagnóstico é clínico. A American Heart Association (AHA) estabelece 4 de 5 critérios clínicos ou 3, na presença de coronarite, associado a febre por mais de 5 dias: conjuntivite não-exsudativa; alteração de lábios e mucosa oral; edema e eritema palmo plantar, com descamação; exantema polimorfo não-vesicular ou bolhoso; adenopatia cervical não supurativa > 1,5 cm. Diagnóstico diferencial: esta�lococcia, estreptococcia, infecções mono-like. Tratamento: imunoglobulina em dose única nos primeiros 10 dias de evolução; AAS, inicialmente em dose antiin�amatória e posteriormente em dose antiagregante plaquetária.
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