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tema 19 Análise do endividamento

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Análise do endividamento
Aparecida da Penha dos Santos
Introdução
Empresas não possuem restrições para trabalharem com capital de terceiros, isso é muito usual em todas as
organizações, no entanto, quando o endividamento leva à oneração, com juros altos, dificuldade de pagamentos,
refinanciamentos, além de um número elevado de capital de terceiros, reflete vulnerabilidade da empresa. Sob
esse prisma, as análises dos índices financeiros econômicos visam a entender as demonstrações contábeis para
identificar, principalmente, a saúde financeira da empresa. Você entende como é importante ter as
demonstrações patrimonial e de resultados bem elaboradas? Você parou para pensar que a análise das
demonstrações contábeis é extremamente relevante para verificação do endividamento da empresa? Esses e
outros assunto você verá neste tema.
Ao final desta aula, você será capaz de:
• compreender o endividamento de uma empresa por meio das demonstrações contábeis.
1 Aplicação do conceito endividamento
Quando se fala da análise do endividamento das organizações, o balanço patrimonial é uma demonstração
financeira muito importante para ser utilizada, por vários motivos, dentre os quais: pode ser analisado por si só
e em conjunto com outras declarações, como a demonstração do resultado e a demonstração do fluxo de caixa,
para obter uma imagem completa da saúde de uma empresa. Assim, pode-se auferir que o “índice de
endividamento de uma empresa indica o volume de dinheiro de terceiro usados para gerar lucros” (GITMAN,
2010, p. 55).
•
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Figura 1 - Endividamento
Fonte: Stokkete, Shutterstock, 2020.
É importante ressaltar, conforme afirma Marion (2019), que a maioria das empresas possuem endividamentos
altos, isso no mundo todo, chegando, em alguns países desenvolvidos, a 60% do capital próprio da organização.
Isso se deve à necessidade imperiosa de renovação do ativo para torná-lo mais competitivo. “Assim, só recursos
próprios não são suficientes para atender à velocidade da renovação do ativo, precisando-se recorrer a capitais
de terceiros” (MARION, 2019, p. 91). Para o autor, na análise do endividamento, faz-se necessário detectar as
características a respeito dos indicadores de endividamento, conforme exposto a seguir:
- empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos Capitais Próprios para realizar
aplicações produtivas em seu Ativo (ampliação, expansão, modernização etc.). Esse endividamento é
sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para
saldar o compromisso assumido.
- empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão vencendo. Por não gerarem
recursos para saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo
esse círculo vicioso, a empresa será séria candidata à insolvência e, consequentemente, à falência
(MARION, 2019, pp. 91-92).
Como você pode ter observado, a todo o momento mencionamos capital próprio e de terceiros, o que Sobral e
Peci (2008, pp. 374-375) caracterizam como recursos organizacionais, da seguinte forma:
Recursos próprios ou de terceiros: os recursos próprios são aqueles investidos pelos sócios ou
lucros retidos na empresa (patrimônio líquido), ao passo que os recursos de terceiros correspondem
a compromissos e dívidas contraídas perante terceiros (passivo circulante e do exigível a longo
prazo).
Recursos Permanentes ou temporários: são os recursos próprios exigíveis no longo prazo,
enquanto que os recursos temporários são de curto prazo.
Recursos onerosos e não onerosos: Os recursos onerosos demandam pagamentos de encargos
financeiros e os não onerosos, não.
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No entanto, quando se trata de endividamento, o olhar recai sobre o capital de terceiros, primordialmente, que
envolvem empréstimos bancários de longo/curto prazo, financiamento junto à organismos internos nacionais -
tais como BNDES, bancos estatais, dentre outros -, arrendamento mercantis ( ) e subscrição de debênturesleasing
(SOBRAL; PECI, 2008).
Figura 2 - Empréstimos bancários
Fonte: Alexander Raths, Shutterstock, 2019.
Como se observa, nem todo endividamento é ruim, o que se deve fazer é administrar adequadamente a dívida
para que não gere problemas para a empresa e não a deixe muito alavancada, impedindo-a de tomar recursos
em situações emergenciais. Para isso, sempre que avaliar os índices que são gerados a partir das demonstrações
financeiras, torna-se de extrema relevância que se analise em conjunto, pois índices avaliados isoladamente
podem levar a resultados divergentes na avaliação global da organização. Isso posto, na sequência vamos falar
sobre as formas de cálculo dos índices de endividamento.
2 Formas de cálculo e apuração dos índices
Quanto maior o endividamento de uma empresa, possivelmente maior o risco de inadimplência, assim, examinar
como uma empresa é financiada indica quanta alavancagem ela possui, o que, por sua vez, indica quanto risco
financeiro a empresa está assumindo. (IUDÍCIBUS; MARION, 2011). Comparar a dívida ao patrimônio e a dívida
ao capital total são formas comuns de avaliar a alavancagem no balanço. Por outro lado, ao usar a demonstração
FIQUE ATENTO
Os recursos organizacionais estão divididos em: recursos próprios ou de terceiros; recursos
permanentes ou temporários; e recursos onerosos e não onerosos.
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ao capital total são formas comuns de avaliar a alavancagem no balanço. Por outro lado, ao usar a demonstração
do resultado em conjunto com o balanço patrimonial, é possível avaliar a eficiência com que uma empresa usa
seus ativos (CREPALDI; CREPALDI, 2019).
Algumas formas de avaliação dos índices que compõem o endividamento da organização são:
- -5
- -6
Quadro 1 - Fórmulas para cálculos de endividamento
Fonte: PIRES; ROSSETTI, 2008, pp.72-73.
Existem diversos indicadores de endividamentos apresentados por autores renomados no mercado que servem
para comparações, nesse estudo, apresentamos os mais utilizados pelos analistas e gestores.
Como pode-se notar, existem várias formas de se avaliar o endividamento de uma empresa, portanto, tanto os
gestores quanto as empresas que concedem crédito, assim como os investidores, devem se atentar para uma
análise pormenorizada das questões supracitadas e tomar as decisões que sejam viáveis para seus negócios.
Diante do exposto, nosso próximo assunto é a interpretação dos resultados, quando um resultado é bom, quando
um resultado é regular e quando é maléfico para a empresa.
3 Interpretação dos resultados
Os índices de endividamentos devem ser criteriosamente apurados e, ao avaliá-los, os analistas, gestores,
auditores e acionistas devem saber interpretá-los de forma adequada (ASSAF, 2012).
SAIBA MAIS
Leia o cap. 5 do livro “Análise de demonstrações contábeis”, que trata sobre índices de
endividamentos. Nele você entenderá a quantidade da dívida, qualidade da dívida, alguns
indicadores, quantidade versus qualidade da dívida, endividamento e tripé da análise e parte
prática.
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Marion (2019, p.91) salienta que:
a) o endividamento a curto prazo normalmente é utilizado para financiar o ativo circulante;
b) o endividamento a longo prazo normalmente é utilizado para financiar o ativo permanente. O autor ainda
classifica as dívidas, quanto à sua qualidade, como: boa, razoável e ruim, conforme quadro a seguir:
FIQUE ATENTO
Nem todo o endividamento é ponto negativo para a organização, pois, muitas vezes, quando se
contrai um financiamento e maximiza os resultados da empresa, o endividamento se torna
benéfico, tais como: ampliação das estruturas, inovação, dentre outros aspectos.
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Figura 3 - Classificação da qualidade do endividamento
Fonte: MARION, 2019, p. 91.
No que se refere à qualidade de dívida em relação à quantidade, o exemplo a seguir mostra como é interessante e
fácil de interpretar.
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Como se observa, nem todas as dívidas são ruins, a questão central é acompanhar e administrar a organização de
forma cuidadosa, avaliando-se os índices das demonstrações financeiras para se evitaronerar as dívidas (com
pagamentos de juros altos, por exemplo), pois caso falte a gestão adequada, os endividamentos descontrolados
podem tomar conta do negócio e levar as empresas à insolvência e até à falência, por essa razão, a administração
das dívidas é fundamental.
Fechamento
Diante do exposto, fica evidente a importância de se administrar adequadamente o endividamento das
organizações, além de que, ao se investir em uma empresa, o futuro acionista deve ter conhecimento dos
números para, assim, tomar uma decisão adequada. Por outro lado, as instituições financeiras (concessoras de
crédito) possuem especial atenção sobre esses índices e, ainda sob esse prisma, para realizar os cálculos dos
índices de endividamento de uma empresa devemos nos ater ao balanço patrimonial e às demonstrações de
resultados. Para tanto, cabe ressaltar que devem ter sido elaboradas com rigor e fidedignidade aos fatos
ocorridos na organização, do contrário corre-se o risco de cálculos e interpretações errôneas que não farão jus à
realidade organizacional.
Referências
ASSAF NETO, A. um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo, Atlas,Estrutura e análise de balanço: 
2012.
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G.S. teoria e prática. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2019.Auditoria: 
GITMAN, L. J. . 12. ed. Princípios de administração financeira São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
IUDÍCIBUS, S.; MARION, J.C. . 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011.Curso de contabilidade para não contadores
MARION, J. C. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2019.Análise das demonstrações contábeis. 
ROSSETTI, J.P.; PIRES, S.E., et al. Finanças corporativas: teoria e prática empresarial no Brasil. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2008.
SOBRAL, F.; PECI, A. teoria e prática no contexto brasileiro. 1. ed. São Paulo: Pearson PrentinceAdministração: 
Hall, 2008.
EXEMPLO
“Se eu perguntasse para uma classe de alunos qual é a sua dívida e o aluno A tivesse $ 5.000 e o
Aluno B tivesse $ 100.000, em termos de quantidade o aluno A teria dívida baixa e o B alta.
Continuando, detecto que o A tem dívida em cheque especial (> que 150% ao ano) e o Aluno B
deve para seu avô que disse: ‘pague quando puder e sem juros’. O aluno A tem qualidade ruim
de dívida, porém a dívida do aluno B é de boa qualidade” (MARION, 2019, p. 91).
	Introdução
	1 Aplicação do conceito endividamento
	Endividamento
	Empréstimos bancários
	2 Formas de cálculo e apuração dos índices
	Fórmulas para cálculos de endividamento
	3 Interpretação dos resultados
	Classificação da qualidade do endividamento
	Fechamento
	Referências

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