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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA licenciatura em Históriaadriel poubel da silva PROJETO DE ENSINO EM licenciatura em história Cidade 2020 Duque de Caxias 2021 adriel poubel da silva PROJETO DE ENSINO EM licenciatura em história Projeto de Ensino apresentado à Unopar, Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial à conclusão do Curso de Licenciatura em História. Docente supervisor: Prof.ª Janaina dos Santos Correia Rodrigues Duque de Caxias 2021 SUMÁRIO INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1 TEMA......................................................................................................................5 2 JUSTIFICATIVA....................................................................................................6 3 PARTICIPANTES..................................................................................................7 4 OBJETIVOS............................................................................................................8 5 PROBLEMATIZAÇÃO..........................................................................................9 6 REFERENCIAL TEÓRICO...................................................................................10 7 METODOLOGIA...................................................................................................17 8 CRONOGRAMA...................................................................................................18 9 RECURSOS............................................................................................................19 10 AVALIAÇÃO.........................................................................................................20 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................21 REFERÊNCIAS..........................................................................................22 INTRODUÇÃO Ao longo dos anos podemos acompanhar as dificuldades dos alunos na educação com ensino defasado e poucas melhorias, índices altos na evasão escolar, percebemos o quão a inclusão se torna difícil, em meio a essa inclusão, notamos a maior dificuldade do aluno negro na educação, desde a época da escravatura, mesmo livres, os negros sofrem por ter seus direitos negados, na educação essa luta e dificuldade ainda persistem ao longo da história até a atualidade, apesar de toda dificuldade conseguimos ver bons exemplos conseguindo destaque e se tornando importantíssimos para a sociedade, vencendo assim barreiras do preconceito. Neste trabalho vamos acompanhar a história dessa dificuldade enfrentada pelos negros na educação, e sua luta para que não tenha interferência por causa da cor de pele, veremos importantes destaques que mudaram a educação na história. 3 TEMA DA SENZALA PARA A SALA DE AULA: A IMPORTÂNCIA DO NEGRO NA EDUCAÇÃO PARA ALUNOS DO 1º ANO DO ENISMO MÉDIO Mostraremos a dificuldade da educação para os alunos negros, a evolução e exemplos de negros que mudaram a história do Brasil através da educação ao longo dos anos. O que o aluno negro enfrenta nos dias atuais para poder ter suas conquistas estudantis alcançadas. A história mostra que sempre houve a exclusão do negro na educação, motivada pelo racismo, pela falta de incentivo do governo, em 2019 uma matéria do G1 mostrava que 55,4% da evasão escolar entre 15 e 29 anos eram de alunos negros e pardos. Mostrando o quanto é difícil a formação escolar desses alunos, muitos conseguem depois de anos retornar aos estudos e ao menos tentar concluir seus estudos, analisamos também o quanto e tão pouco falado em sala de aula a representatividade negra, trazendo pouco atrativo para esses alunos, assim, trazendo, pouco interesse aos estudos e baixa procura sobre identificação na história, isso ajudaria para que alunos negros hoje pudessem se espelhar e se motivarem, através da luta desses exemplos, a continuar seus estudos, trabalhar em sala mostrando que além da escravidão o negro teve e tem um papel importante na sociedade brasileira. “À margem desse processo têm sido esquecidos os temas e as fontes históricas que poderiam nos ensinar sobre as experiências educativas, escolares ou não, dos afro-brasileiros. O estudo, por exemplo, da conquista da alfabetização por esse grupo; dos detalhes sobre a exclusão desses setores das instituições escolares oficiais; dos mecanismos criados para alcançar a escolarização oficial; da educação nos quilombos; da criação de escolas alternativas; da emergência de uma classe média negra escolarizada no Brasil; ou das vivências escolares nas primeiras escolas oficiais que aceitaram negros são temas que, além de terem sido desconsiderados nos relatos da história oficial da educação, estão sujeitos ao desaparecimento.” (CRUZ, 2005) JUSTIFICATIVA A história da África e a cultura africana, mesmo sendo uma das que compõem a cultura brasileira, sempre ocupou uma posição sucinta ou quase imperceptível na área educacional. A sua influência, apesar de ampla, nunca possuiu o valor devido ou foi atribuída importância correta. Desde a chegada dos portugueses ao território brasileiro a educação se caracteriza como uma ferramenta importante para a formação da sociedade, sempre excluindo os escravizados, ao passar dos anos, ainda observamos a exclusão dos alunos negros perante a educação, com dificuldade ao acesso e falta de incentivo do governo, mesmo o Brasil sendo a segunda maior população de negros no mundo, atrás apenas da Nigéria, com 56,2% de negros e afro descendentes (IBGE). Temos 71,7% de abandono de negros e pardos que deixam de frequentar a escola sem ao menos ter completo a educação básica (folha de são Paulo). Ao estudarmos toda a história sobre o negro na educação, veremos a real dificuldade desses alunos em conquistar seu espaço perante a sociedade com a educação, com toda essa dificuldade, podemos, ainda sim, destacar nomes importantes que conseguiram vencer essa dificuldade e se tornarem nomes a serem exemplos para todos os alunos. Com um estudo adequado na história mostrando que a escravidão não é a única referência para o aluno negro, pode ser mais atrativo e um incentivo maior para que esse aluno se sinta mais representado, que apesar de todo o preconceito quanto mais alunos negros mudarem esse paradigma mais essa história poderá ser contata de uma forma diferente, e mais teremos exemplos para os futuros alunos. Discutir a real importância da cultura e identidade negra na escola é resgatar a auto-estima e criar novas perspectivas na forma do cidadão enxergar-se como igual aos demais. Dessa maneira, cria-se um âmbito escolar em que os professores atuem como agentes construtores e empoderadores das questões étnicas, no que diz respeito ao resgate da história e sua contribuição na formação do país e do cidadão. ”A história da educação, por sua vez, também vem ignorando sistematicamente as iniciativas de grupos negros no campo da educação, tais como a criação de escolas, centros culturais, seu engajamento em campanhas de alfabetização visando a população negra, ou mesmo suas propostas de uma pedagogia que leve em conta a pluralidade étnica do alunado” (PINTO, 1992,p. 47). PARTICIPANTES Trabalho está voltando para os alunos do ensino médio, buscando fazer com que o aluno tenha uma percepção diferente sobre a educação, que ele possa está buscando a mudança primeira nele e depois na sociedade em que vive, e que nela ele possa se inspirar a continuar os estudos e se ver em meio a exemplos, buscar nas áreas dos estudos uma igualdade de direito ao longo de sua jornada estudantil e vida adulta, e sabendo que sua representatividade não está associada apenas na escravidão. OBJETIVOS Objetivo geral do projeto e mostrar a dificuldade que os alunos negros encontram na fase dos estudos e mostrando que apesar dessadificuldade, há sim uma forma de vencer e buscar seu lugar perante a sociedade. Através do projeto conheceremos a história do negro na educação suas dificuldades e toda preconceito ao querer obter os estudos, a História mostra que desde a época do império o negro até os dias atuais continuam tendo dificuldade tanto par ingressar, continuar e terminar os estudos, e em meio a dificuldade podemos observar criações de leis que ajudaram a construir uma base para o crescimento desse estudo e desenvolvimento, observar exemplos que fortalecem a luta contra o abandono a escola por esse aluno, cada ano nos índices de pesquisas PROBLEMATIZAÇÃO Análises sociais mostram que, no Brasil, os principais movimentos de luta dos negros, em busca de direitos, tiveram início logo após a abolição, com sua primeira fase constituída na república nova. Com intuito de reagir ao estado de marginalização configurado na nação, os libertos, ex-escravos e seus descendentes, criaram os primeiros grupos de mobilizações organizadas, de caráter eminentemente assistencialista, recreativo e cultural (DOMINGUES, 2008). A luta por direitos iguais vem crescendo em todos os ambientes da sociedade, cada vez mais pessoas se sensibilizam pelo direito do próximo, não é diferente na educação, a luta pelo direto a uma educação igualitária sempre está em debate nós últimos anos, mas será que isso é o suficiente? Alunos negros sem representatividade de sua cultura ou de pessoas importantes na História, exemplos que são escondidos para não mostrar sua força na História do Brasil, para esse aluno tudo isso poderia ser diferente mostrando que ele não está sozinho, sem uma identificação o racismo e o trato correm a educação nas escolas, fazendo com que esse aluno se sinta excluído, dificultando seu aprendizado, pouco se fala em exemplos como, Antônio Francisco Lisboa (aleijadinho); Padre José Maurício (1767-1830); Maria Firmina dos Reis (1822-1917); Entre outros que tentam esconder da nossa História. A História do negro se funde com a História do Brasil, sendo pouco falado em salas de aulas, podemos ter uma idéia que nãos e o interessante pra esse aluno traga dificuldade nos seus estudos, e para o aluno branco, ele saber o quão forte o negro é desde o império até os dias atuais, podendo sim trazer uma igualdade entre toda a rede estudantil. Desta forma, para que esse ciclo se rompa é necessário que o professor desenvolva mudanças nas discussões e intervenções escolares, com comprometimento das práticas pedagógicas desenvolvidas acerca da diversidade cultural, trabalhando a pluralidade, favorecendo a relação étnico-racial, configurando assim, suas ações o caminho para combate ao racismo vigente (TIONO; VAZ, 2017) REFERENCIAL TEÓRICO Marcada por uma desigualdade que está presente da época do império até os dias atuais, a História da educação do negro e sua escolarização sofreu e sofre para poder escrever histórias boas perante a sociedade, mesmo com o avanço das leis a educação e o ensino para negros ainda e uma luta e um desafio por melhorias no cotidiano do aluno, racismo, falta de incentivo do governamental e o baixo interesse do aluno sobre grade curricular, são obstáculos enfrentado por cada aluno negro. Ao analisarmos a história do Brasil, vemos que o cidadão negro sempre foi tratado como inferior. Trazidos ao Brasil entre os anos de 1539 e 1542, chegavam ao os primeiros escravos na capitania de Pernambuco, para as lavouras de cana-de-açúcar, elas exigiam um Elevado número de trabalhadores, foi então que a escravidão surgiu como uma oportunidade de resolver essa demanda. Mesmo com o fim da escravidão no ano de 1888, a escravidão negra teve efeitos diversos na história brasileira, a população mesmo liberta ainda sofreu com o preconceito. No artigo "O negro no pensamento educacional brasileiro durante a primeira república (1889-1930)", Delton Aparecido Felipe e Teresa Kazuko Teruya afirmam que: “uma reflexão sobre o negro no pensamento educacional brasileiro, especialmente, no período de 1889 a 1930, a fim de verificar como ocorreu a inserção do negro na escola pública brasileira, que naquela época vivia na condição de ex-escravo. As fontes consultadas indicam que a existência de uma luta pela inclusão dos negros no processo de escolarização para a formação do trabalhador e a dificuldade do Estado em viabilizar vagas aos ex-escravos na escola pública brasileira, já que o público alvo da instrução pública, nesse período, era o imigrante europeu.” A Constituição de 1824 determinava: “A instrução primária é gratuita para todos os cidadãos” (BRASIL, 1824). Entre os cidadãos estavam excluídos os escravos. Uma lei específica versaria sobre a instrução, e esta foi aprovada em 1827: “em todas as cidades, vilas e lugares populosos haverá escolas de primeiras letras que forem necessárias” (BRASIL, 1878). Definia, ainda, questões relacionadas ao pagamento e formação de professores, conteúdos e métodos de ensino, entre outros temas. Não havia menção ao tipo de aluno esperado, a quem as escolas de primeiras letras seriam voltadas ou proibidas. Em 15 de outubro de 1827 foi criado o decreto imperial, que criaria escolas de primeiras letras. Em todas as cidades, vias e lugares mais populosos do império, contido não havia menção ao tipo de aluno que a escola primária receberia e nem proibições. Alterando a Constituição, o Ato Adicional de 1834, “marco fundamental e determinante na organização da educação brasileira” (CASTANHA, 2006, p. 174), criou as Assembléias Provinciais, dentre cujas atribuições estavam a legislar sobre a instrução pública. Desde então, questões como criação e organização de escolas, formação e atuação de professores, inspeção, métodos e conteúdos de ensino foram debatidas localmente e incluídas em leis e regulamentos. Também em relação aos alunos, os legisladores determinavam quem podia (ou não) se matricular e/ou frequentar a escola pública, a partir de critérios de gênero, idade, condição de saúde (ser portador de ou sofrer de moléstia contagiosa) e condição jurídica ou racial (livre, liberto, escravo, ingênuo, preto, filho de africano livre). A análise dessa construção ajuda na compreensão da institucionalização da educação e ilumina possibilidades de experiências negras. Uma lei comum entre as províncias foi à proibição de "pessoas não livres" nas aulas, isso só demonstrava o quanto se tornou difícil o acesso a educação para os negros. A partir da lei de 1854, as escolas públicas do império aceitariam alunos de qualquer cor, desde que fossem livres, incluindo escravos alforriados. A reforma de conto Ferraz, pelo decreto de N°1.331 não permitia que escravos tivessem acesso as escolas públicas, a instrução para os adultos dependia da boa vontade dos professores. Entre esses professores encontramos na história o professor Cesarino, Antônio Ferreira Cesarino (1808-1892), que fui dou uma escola para meninas brancas, elas aprendiam a ler, escrever e matemática, com as mensalidades pagas por essas meninas, Cesarino, oferecia no horário noturno a escolarização para moças negras. Outro que teve essa "boa vontade" foi Pretextato dos passos e Silva, um grupo de pais de meninos "pretos e pardos", escolheram Pretextato como responsável para o ensinamento dos seus filhos, dando início a primeira escola para "preto e pardos", de 1853 a 1873, no rio de janeiro. Mais um caso importante foi a escola de São Benedito, surgia nos fundos da igreja são Benedito, no final do século XlX, para educar alunos afro-descendentes e pessoas sem recursos. Em 1902 transformou-se no colégio São Benedito, funcionando com grande dificuldade em dependência anexas a igreja até 1908. Após a abolição da escravatura em 13 de maio de 1888, surge a reforma de Benjamin constant, no decreto nacional N° 982/1890, mudanças como, não permissão ao aluno de ocuparem-se na escola da redação de periódicos, proibições essas que dificultavam o acesso do negro ao conhecimento. Jorge Nagle, “História da Educação Brasileira (1984)” afirma em sua tese que no período entre 1870 e 1920, asociedade foi tomada por um fervor ideológico e um entusiasmo pela educação. Proliferava-se não só debates e polêmicas sobre educação como também iniciativas e realizações no campo escolar. A desvalorização na história das pessoas negras do Brasil na escola é constante, e suas referências históricas, na maioria dos casos, estão sempre subjugadas ou conformadas com a escravização. Analisando historicamente sobre a educação do negro, as referências são bem escassas, Em seu artigo "uma abordagem sobre a História da educação dos negros" Mariléia dos santos cruz diz: “À margem desse processo têm sido esquecidos os temas e as fontes históricas que poderiam nos ensinar sobre as experiências educativas, escolares ou não, dos indígenas e dos afro-brasileiros. O estudo, por exemplo, da conquista da alfabetização por esse grupo; dos detalhes sobre a exclusão desses setores das instituições escolares oficiais; dos mecanismos criados para alcançar a escolarização oficial; da educação nos quilombos; da criação de escolas alternativas; da emergência de uma classe média negra escolarizada no Brasil; ou das vivências escolares nas primeiras escolas oficiais que aceitaram negros são temas que, além de terem sido desconsiderados nos relatos da história oficial da educação, estão sujeitos ao desaparecimento.” Outro relato importante é: “Há cerca de 40 anos a história da educação brasileira tem seu espaço no currículo de formação do educador como uma disciplina específica. Porém, observando-se a bibliografia nesta área, teremos a nítida impressão da inexistência de experiências escolares dos negros em período anterior à década de 1960, quando a rede pública de ensino sofre vasta expansão do número de vagas. Mas, se isso é verídico, como explicar a intervenção dos negros na sociedade brasileira nos primeiros anos da República, através das organizações negras, da criação de escolas e da imprensa negra? Quais teriam sido os processos de escolarização vivenciados desde o período da escravidão para que logo em anos iniciais da República pudessem estar dando corpo a intervenções sociais no campo intelectual? Estas e outras questões podem ser suscitadas e a carência de respostas indica a ausência de conteúdos na história da educação brasileira que contemplem as trajetórias educacionais e escolares dos negros (afro-brasileiros).” (Cruz, 2005). “A partir da década de 60, os movimentos negros se fortalecem em muitos estados do Brasil e o cumprimento de algumas reivindicações, inclusive a ampliação da rede de ensino público em todo o país, tornando possível o ingresso do negro às salas de aulas, contudo as relações raciais no interior das escolas permaneceram discriminatórias. Diante desses fatos as organizações negras de caráter civil passaram, principalmente a partir dos anos 70, a denunciar a seletividade do modelo educacional vigente que, excluindo o patrimônio cultural da população negra dos currículos escolares, afastava a classe popular (majoritariamente negra) do processo ensino-aprendizagem e reivindicar a incorporação no currículo das escolas de conhecimentos voltados para o legado histórico do negro como possuidor e criador de história e cultura (CRUZ, 2008). Porém as primeiras oportunidades concretas de educação escolar e ascensão da população negra surgem no Estado Republicano, quando o desenvolvimento industrial do final do século XIX impulsiona o ensino popular e o ensino profissionalizante [...]. Essas escolas propiciaram a escolarização profissional e superior [...] Pretos e pardos que obtiveram sucesso nesta direção formaram uma nova classe social independente e intelectualizada” (SILVA E ARAÚJO, 2005) Em 20 de novembro de 1995 foi criado, por meio de Decreto Presidencial, o Grupo de Trabalho Interministerial de Valorização da População Negra, que representou o reconhecimento, pelo Estado brasileiro, da existência do racismo no país. Seus objetivos eram a discussão, elaboração e implementação de projetos políticos para valorização dos afro-brasileiros. O grupo era dividido em dezesseis áreas temáticas, uma das quais era a educação. Em 1997 foram aprovados os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental I e, em 1998, aqueles relativos ao Ensino Fundamental II. As críticas aos Parâmetros, no tocante às questões de igualdade racial, apontam que eles as diluem, em sua maior parte, em um Tema Transversal. Para fortalecer e incentivar a educação dos alunos negros, em 9 de janeiro de 2003 foi criada a lei N° 10.639 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de "História e cultura afro-brasileira" dentro das disciplinas que já fazem parte das grades curriculares do ensino fundamental e médio. Propõe novas diretrizes curriculares para o estudo, valorizando o pensamento e as idéias de importantes intelectuais negros brasileiros. “Reconhecer somente o tratamento desigual que a população negra brasileira vem sofrendo desde a sua inserção na História do Brasil e na História da Educação Brasileira, não é suficiente, pois é necessário realizar ações que permitam à população brasileira perceber o negro como membro formador de nossa sociedade. Neste sentido, defendemos a necessidade de uma política pública para reconhecer a importância do negro e de sua cultura para formação da nação brasileira. A política pública quando é voltada para a democratização real da educação pode ser um forte vetor impulsionador de programas de desenvolvimento, como inclusão e promoção social. A Lei 10.639/2003 vem propor ações voltadas para o desenvolvimento humano, no qual permite que a situação de marginalidade social do negro brasileiro seja amenizada.” (FELIPE E TERUYA, 2007) Com a criação da lei 10.639, muito se foi comemorado, como uma marca na evolução e revolução na educação nacional, o papel principal da lei era resgatar a importância do negro na formação do Brasil, sem deixar de tocar no ponto importante que é a escravidão, melhorando a confiança dos alunos "pretos e pardos". No ano de 2021 a lei completou 18 anos, porém, a lei está em processo de implementação. Mesmo em pleno século 21, após 168 anos da escola de Pretextato, podemos ver instituições escolares que ainda escolhem alunos por cor de pele, para muitos educadores, ensinar sobre a cultura afro-brasileira pode fazer total diferença para os alunos negros e pardos sobre a posição que ocupam. Mesmo com o crescimento nós últimos anos dos alunos negros na sala de aula, segundo dados do IBGE a diferença racial nós índices de educação ainda são presentes, Em 2002 o senso do IBGE realizado dizia que 45% da população eram negras, e 60% dos negros eram analfabetos, apesar do aumento da população negra que chega hoje a 56% não tivemos melhoria significativa na educação, desde 2016 o Brasil tem uma leve tendência de crescimento na taxa de escolarização entre jovens, mas em 2019 com os dados do PNAD, não houve avanço na diminuição da desigualdade educacional entre negros e brancos, a pesquisa feita anual em domicílio pelo IBGE lançada em 2019, conclui que, jovens negros possuem a taxa de analfabetismo três vezes maior que brancos, a mesma pesquisa feita com as pessoas a partir de 60 anos mostra quase a mesma taxa, com 27% negros e 9,5% brancos. A dificuldade do ensino do ensino para negros tem um maior problema já no início dos anos finais do ensino fundamental, temos uma frequência de 90,4% brancos e 85,8% “pardos e negros”, assim inicia a evasão escolar. Segundo dados do G1.com. Evasão: a proporção de jovens de 15 a 29 anos que não concluíram o ensino médio e não estudavam em 2019 era maior entre pretos e pardos (55,4%) do que entre brancos (43,4%). Anos de estudo: pretos e pardos têm menos anos de estudo (8,6), em média, se comparado aos brancos (10,4). Reprovação: é menor a proporção de pretos e pardos que estudam na série correta de acordo com a idade (85,8%). Entre alunos brancos, o percentual é de 90,4%. Analfabetismo: a falta de acesso à educação é mais frequente também entre negros. O índice daqueles que não sabem ler e escrever é maior na população negra (8,9%),do que na branca (3,6%). Em 2018, segundo o IBGE, um terço dos brasileiros entre 19 e 24 anos não haviam concluído o ensino médio, sendo que na população negra e ainda pior, 442% dos negros homens não concluíram a etapa, se detalharmos mais esses dados segundo o IBGE, 33% das meninas negras nessa idade não possuem o ensino médio, na mesma faixa etária estão as meninas brancas com 18,8%, O abandono escolar também reflete dados preocupantes a média dos jovens de 19 a 24 anos segundo o IBGE e de 13,1% brancos, entre negros são 19% que não concluem o 9° ano. A educação sofre um colapso com desvalorização do ensino e dos seus representantes acadêmicos, mesmo assim conseguimos observar o esforço dos mesmo para gerir uma boa educação, Segundo a matéria do G1.com (06/11/2019) "Taxa de jovens negros no ensino superior avança, mais ainda e metade da taxa dos brancos". “Apesar da História da Educação Brasileira ter funcionado como um dos veículos de continuísmo da reprodução do tratamento desigual relegado aos negros na sociedade brasileira, não se pode negar que existe uma história da educação e da escolarização das camadas afro-brasileiras. Essa história está sendo resgatada por pesquisadores, grande parte de origem afro-descendente, que procura evidenciar as informações que retratam as relações educativas do negro com as escolas oficiais e com o próprio movimento negro brasileiro. A maioria desses trabalhos aborda períodos recentes, sendo em poucos estudos exploram as informações sobre a escolarização do negro, no início do período republicano.” (FELIPE E TERUYA, 2007) “Como podemos perceber, a trajetória social e histórica do negro brasileiro não deixa dúvidas sobre a existência peculiar de uma história da escolarização, a qual, embora não registrada oficialmente, apresenta-se como uma área de estudos extremamente fecunda de questões, recortes temáticos, espaços e tempos variados à disposição dos pesquisadores interessados. O desenvolvimento de estudos dessa natureza pode contribuir para a ampliação do campo de pesquisa na área de história da educação brasileira.” (CRUZ, 2005) Ao longo de toda dificuldade enfrentada por alunos negros, podemos acompanhar que, mesmo que pequena, a evolução no ensino para negros está crescendo, hoje podemos observar exemplos em pessoas do dia a dia ou mesmo na história que através dos estudos fizeram a diferença e são exemplos para aqueles que ainda lutam pelo seu espaço na educação. Na História exemplos que possam ajudar alunos negros a superarem seus desafios, e que pouquíssimos são lembrados são: Maria de Fátima dos reis (1822-1917) primeira professora negra a passar no concurso público; Luis Gama (1830-1882) escritor; André Rebouças (1838-1898) engenheiro; Carolina de Jesus (1914-1977) escritora; Milton Santos (1926-2001) geógrafo; Conceição Evaristo (1946) professora e escritora; Djalma ribeiro (1980) jornalista e ativista. METODOLOGIA Em meio a esse caos na educação devemos observar, que precisamos conscientizar não só o aluno negro, como o aluno branco também, buscando o maior entendimento, assim, podendo ter uma queda no racismo estudantil, possibilitando uma maior chance aos estudos para o aluno negro, um ambiente mais propício ao aprendizado, trazendo para a sala de aula temas como, "a importância do negro na sociedade", "quem são os símbolos negros históricos, e o quanto foram fundamentais na construção da sociedade", entre outros. Possibilitando interação do aluno negro com o aluno branco, através de mudanças como essas não só traremos igualdade de conhecimento para a sala de aula, como também construiremos jovens adultos a sociedade com um novo pensamento, um pensamento que tanto na história do Brasil, brancos e negros foram de igual importância. A cultura e identidade negra na escola sempre foi um tabu a ser quebrado, algo que durante muitos anos foi escondido da sociedade, em especial nas escolas, seja nas expressões culturais ou em outras formas. Atualmente, há uma crescente valorização da cultura negra e percepção da necessidade de conceder espaço a ela nos espaços formais de educação. A cultura está entrelaçada com a formação das identidades sociais, afinal é por meio da educação formal e informal que se aprende sobre os signos das representações culturais e a formação identitária. Dessa forma, a escola é um dos espaços em que a cultura é aprendida, além de possuir o poder de valorizar ou estigmatizar determinadas formações culturais. Assim, a presença da cultura e identidade negra na escola é fundamental para garantir a sensação de representação/pertencimento àquele espaço. CRONOGRAMA Para cada atividade ser proposta marcaremos o tempo através de 3 especificações: 1° planejamento Planejar o projeto e fundamental então um plano bem elaborado sobre o tema e essencial. 2° execução Uma execução deve ser direcionada com bastante atenção para que possa haver um bom desenvolvimento do projeto. 3° Avaliação Avaliação final decorre de todo a parte fundamental do trabalho, uma boa avaliação define o grau de aprendizagem a ser disponibilizado. RECURSOS Uma boa pesquisa e essencial para um trabalho bem embasado, com fontes seguras e dedicação a melhor informação ao tema, buscar a real informação e fundamental para que seus conhecimentos venham a ser aflorados, através de matérias em jornais e de artigos científicos válido, o projeto de ensino, pode transmitir a idéia do que foi buscado, passando assim com clareza o desenvolvimento, podemos acompanhar um estudo sobre a história da educação dos negros desde o tempo do império até os dias atuais, mostrando toda a evolução e luta por direitos iguais e um grito de liberdade na educação, mostrando com pesquisas e matérias importante perante a sociedade trazendo assim itens que mostram o quanto a desigualdade em sala de aula pode refletir em uma sociedade. Nesse projeto foi utilizado matérias de jornais, artigos sobre o tema, e pesquisa governamentais sobre o tema escolhido, mostrando em números a desigualdade, através de uma base sólida é fundamentada podemos chegar ao projeto de ensino proposto. AVALIAÇÃO Como proposto, o projeto de ensino, em licenciatura em História. "Da senzala para a sala de aula: a importância do negro na educação para alunos do 1° ano do ensino médio, traz o marco importante sobre a educação dos negros em sala de aula, passando por todo o período do Brasil, desde a época da escravidão até os dias atuais, mostrando a dificuldade encontrada por alunos negros ao longo do tempo, e toda a barreira encontrada nos dias de hoje, mostrando que nossa história e rica em exemplos que possam ser utilizados em sala de aula para promover um aprendizado diversificado, sem perder a essência de ensinamento da história do Brasil, e sim, mostra do um Brasil pouco conhecido, mas muito rico em história. CONSIDERAÇÕES FINAIS A maneira como a história das pessoas negras é retratada no ambiente escolar, como o corpo e a estética são tratados e julgados, pode resultar na valorização da diferença, ou no contrário. Por isso a importância da cultura e identidade negra na escola, a fim de preparar jovens para uma sociedade multicultural e mais justa. Precisamos buscar a diferença para uma melhor sociedade, e através da educação possamos construir valores que jamais serão quebrados, falar sobre a educação dos negros e ver suas dificuldades, só mostra o quanto devemos entrar nesse debate e buscar uma melhor forma de ensino, englobando todos os alunos em um só propósito, diante de toda a dificuldade podemos acompanhar pessoas que hoje são exemplos a serem seguidos, professores, advogados, médicos, trabalhadores do dia a dia, que mesmo com toda dificuldade conseguiram terminar seus estudos e ainda ir além, pessoas essas que aprendem o que racismo sofrendo na pele a falta de entendimento, a busca por ser o melhor muita vezes fica desigual quando você além dos estudos precisa lidar com diferenças raciais, esse trabalho mostrou o quanto precisamos lutar e conquistar nosso direitos. REFERÊNCIAS ZANDONA,Eunice Pereira. Desigualdade Raciais na Trajétoria Escolar de Alunos Negros do Ensino Médio. UFMT. NAGLE, Jorge. História da educação brasileira: problemas atuais. Em aberto,Brasília, 3 (23), set/out, 1984. CRUZ, Mariléia dos Santos, Uma abordagem sobre a história da educação dos negros, SECAD – Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Brasilia 2005. FELIPE, Delton Aparecido, O Negro no Pensamento Educacional Brasileiro Durante a Primeira República (1889-1930) Revista HISTEDBR On-line, Campinas, set. 2007. SANTOS, Anderson Oramisio, OLIVEIRA, Camila Rezende, A História da Educação de Negros no Brasil e o Pensamento Educacional de Professores Negros no Século XlX, Pontifica Universidade católica do Paraná, curitiba, 2013 Almeida, Rogério Lúcio de, O gigante Negro, Minas Gerais, UFMG, 27.11.2003 https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/11/20/acesso-de-negros-a-escolas-cresceu-na-ultima-decada-mas-ensino-da-cultura-e-historia-afro-brasileira-ainda-e-desafio.ghtml https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/educacao-questao-cor-trajetoria-educacional-dos-negros-brasil.htm