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Farmacobotânica Profª MSC. Rafaela Freitas Avaliações AV1 – Professor que elabora: peso 7 + 3 de atividades (conteúdo ministrado até a data da prova) AVD – Prova digital (referente ao conteúdo digital presente no portal) AV2 – Professor que elabora: peso 7 +3 de atividades (conteúdo ministrado até a data da prova) AV3 – Professor que elabora: peso 10 (todo conteúdo da disciplina) Frequência Todas as aulas equivalem a 3 presenças ou 3 faltas. É necessário mínimo de 75% de frequência somados às notas das avaliações para que o aluno seja aprovado na disciplina. Aspectos históricos da utilização de plantas medicinais A história do uso de plantas medicinais faz parte da evolução humana e foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados pelos povos. O papiro de Ebers , considerado um dos mais antigos e importantes tratados médicos conhecidos, com cerca de 3.500 anos, foi escrito no antigo Egito e é datado de aproximadamente 1550 a.C. e enumera plantas que são utilizadas até hoje: funcho (Foeniculum vulgare Miller); coentro (Coriandrum sativum L.); genciana (Genciana lutea L.); zimbro (Juniperus communis L.); sene (Cassia angustifolia Vahl.); timo (Thymus vulgare L.); losna (Artemisia absinthium L.). Aspectos históricos da utilização de plantas medicinais No começo da Era Cristã, o grego Pedanius Dioscórides, médico grego (40–90 d.C.), catalogou e ilustrou cerca de 600 diferentes plantas usadas para fins medicinais. Em De Matéria Médica, entre diversos interessantes relatos, Dioscórides já descrevia o uso de ópio como medicamento e como veneno, utilizado por Nero para eliminar seus inimigos. Ele relatou também o uso do salgueiro branco (Salix alba L.), fonte mais antiga do ácido acetilsalicílico, para dor. Claudius Galeno (129–216 d.C.), médico, filósofo grego e considerado o “pai da farmácia”, foi o primeiro grande observador científico dos fenômenos biológicos, desenvolveu misturas complexas, conhecidas como “misturas galênicas”. Galeno estimulou oficiais romanos a fiscalizarem remédios para verificar se continham o que era declarado, dando início à Vigilância Sanitária. Aspectos históricos da utilização de plantas medicinais Na idade moderna, Paracelso lançou as bases da medicina natural e afirmou que cada doença específica deveria ser tratada por um tipo de medicamento. Disse ainda que a dose certa define se uma substância química é um medicamento ou um veneno. Na idade contemporânea com o progresso científico na área da química, a fitoterapia avançou. Hahnemann (1755-1843), na Alemanha, tentava trabalhar com a menor dose possível com a qual os remédios ainda tinham atividade e desenvolveu os conceitos da homeopatia. Conceitos importantes Plantas medicinais: espécies vegetais, cultivadas ou não, utilizadas com propósitos terapêuticos. Chamam-se plantas frescas aquelas coletadas no momento de uso e plantas secas as que foram precedidas de secagem e estabilização, equivalendo à droga vegetal. Princípios ativos: substâncias cuja ação farmacológica é conhecida e responsável, total ou parcialmente, pelos efeitos terapêuticos do medicamento. Homeopatia: palavra de origem grega que significa “doença” ou “sofrimento semelhante”. É um método científico para o tratamento e a prevenção de doenças agudas e crônicas, em que a cura se dá por meio de medicamentos não agressivos que estimulam o organismo a reagir, fortalecendo seus mecanismos de defesa naturais. Conceitos importantes Droga vegetal: Todo vegetal, parte destes, ou produtos derivados diretamente destes, que após sofrerem processos de coleta, preparo e conservação, possuam composição e propriedades tais que possibilitem o seu uso como forma bruta de medicamento ou necessidade farmacêutica. Medicina alopática: ramo da medicina que utiliza técnicas alopatas. A alopatia é a medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que produzirão no organismo do doente uma reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a fim de diminuí-los ou neutralizá-los. Por exemplo, se o paciente tem febre, o médico receita um remédio que faz baixar a temperatura. A fitoterapia entra na categoria de alopáticos Conceitos Importantes Conhecimentos tradicionais: todo conhecimento, inovação ou prática de comunidade tradicional relacionado aos componentes da diversidade biológica. No Brasil No Brasil, a história da utilização de plantas no tratamento de doenças apresenta influências marcantes das culturas africana, indígena e europeia. No século XVI, o jesuíta José de Anchieta foi o primeiro boticário de Piratininga, atual cidade de São Paulo. Em 1765, a cidade de São Paulo tinha três boticários. A Real Botica de São Paulo foi a primeira farmácia oficial da cidade. Os medicamentos eram, em sua grande maioria, plantas medicinais: rosa (Rosa sp.); sene (Cassia angustifolia); manacá (Brunfelsia uniflora); ipeca (Psychotria ipecacuanha); copaíba (Copaifera langsdorffii). O Ressurgimento da fitoterapia Nota-se, nos últimos anos, que a disposição em trabalhar com fitoterapia tem ressurgido. Na última década, registrou-se um aumento expressivo no interesse em substâncias derivadas de espécies vegetais, evidenciado pelo crescimento de publicações dessa linha de pesquisa nas principais revistas científicas das áreas de química e farmacologia. Fitoterapia Incremento nos tempos atuais Busca de novos princípios ativos Movimento mundial de retorno ao naturalismo Substâncias naturais não passíveis de síntese Preço elevado dos medicamentos sintéticos Países não desenvolvidos - Deficiência da saúde pública aliados aos problemas sócio-econômicos da população. BIODIVERSIDADE VEGETAL variedade e variabilidade existente entre organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais eles ocorrem. Dobson (1996) → É uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistemas, comunidades, espécies, populações e genes em uma área definida. Distribuição desigual de seus componentes no espaço geográfico. ECO 92 Art. 1º - “Os objetivos desta convenção são a conservação da diversidade biológica, a utilização sustentável de seus componentes e a repartição justa e eqüitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, mediante, inclusive, o acesso adequado aos recursos genéticos, a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando em conta todos os direitos sobre tais recursos e tecnologias mediante o financiamento adequado”. O novo Marco Legal da Biodiversidade, instituído pela Lei nº 13.123/2015, e regulamentado pelo Decreto nº 8.772/2016, nasce com a promessa de descomplicar o ambiente de atuação dos interessados em explorar de forma sustentável o patrimônio genético brasileiro e o conhecimento tradicional associado O novo marco legal da biodiversidade Desenvolvimento de Medicamentos Compostos Fase 1 Fase 2 Fase 3 + Testes in vitro e em animais Fase 4 FARMACOVIGILÂNCIA Submissão e aprovação pelas autoridades regulatórias Etnobotânica Extraído de : http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm "ciência que estuda a relação entre humanos e plantas em toda sua complexidade, e é baseada geralmente na observação detalhada e estudo do uso que uma sociedade faz das plantas, incluindo as crenças e práticas culturais associadas com este uso. Foca não somente as plantas medicinais, mas também outros produtos derivados da natureza, como: alimentos, plantas utilizadas em rituais, corantes, fibras, venenos, fertilizantes, materiais de construção para casas, etc.” http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm Etnobotânica Etnofarmacologia Extraído de : http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm Louis Lewin (1924) : obra intitulada PHANTASTICA. Bruhn & Holmsted (1981): “Exploração científica interdisciplinar de agentes biologicamente ativos, tradicionalmente empregados ou observadospelo homem”. http://www.cee.unifesp.br/etnofarmacologia.htm Etnofarmacologia Papoula Mais de 6 mil anos de uso e exploração comercial CUIDADO!!! https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da- biodiversidade/planta_medicinal_e_droga_vegetal.html https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-biodiversidade/planta_medicinal_e_droga_vegetal.html https://mooc.campusvirtual.fiocruz.br/rea/medicamentos-da-biodiversidade/planta_medicinal_e_droga_vegetal.html
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