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Direito Civil II

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Direito Civil II 
Direito das Obrigações 
***O COSTUME É FONTE DO DIREITO MAIS NÃO É 
FONTE DAS OBRIGAÇÕES *** 
Se o costume gerar uma obrigação, via de regra, ela se 
torna uma obrigação de cunho MORAL e não de 
cunho jurídico ! 
O direito das Obrigações acabam se relacionando ao 
Direito Patrimonial 
A principal fonte das obrigações é a LEI. 
*** Obrigação não é a mesma coisa que 
responsabilidade *** 
A Obrigação guarda a relação com prestação, divida, 
débito. 
Na obrigação vai sempre presumir as partes , quem é 
o credor e quem é o devedor. 
A responsabilidade é o não cumprimento da 
obrigação. 
OBRIGAÇÃO X RESPONSABILIDADE 
• Obrigação se refere a um dever de 
realizar uma prestação (schuld/débito), sendo, 
portanto, dever originário. 
 
• A responsabilidade (haftung) é a consequência 
jurídica patrimonial do credor ao descumprimento da 
obrigação (decorrente da lei ou da vontade das 
partes), portanto, trata -se de um dever secundário 
(derivado). 
 
• A doutrina aponta que pode há ver obrigação sem 
responsabilidade como seria o caso das obrigações 
naturais, bem como, pode haver responsabilidade 
sem obrigação, como seria o caso do fiador. (Ex. dar 
gorjeta, dívidas de jogo, etc.) 
 
Fonte das Obrigações 
L - Lei (fonte imediata das obrigações) - da gênese as 
obrigações 
 
A - Ato Jurídico Negocial – contrato (fonte mediata) - 
guarda relação entre negócio jurídico estabelecido 
entre as partes. 
** Art. 104 do Código Civil - A validade do negócio 
jurídico requer: 
I - Agente capaz; 
II - Objeto lícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
Então se o agente for licito, se o agente for capaz, o 
objeto licito, forma prescrita ou não defesa em lei - 
maior expressão da autonomia privada ou autonomia 
das vontades. 
(contrato escrito / verbal, desde que preencha os 
requisitos) 
 
A - Ato Jurídico Não Negocial (fonte mediata) - que 
independente da capacidade de negociação 
 
Ele se subdivide em: (dois grandes exemplos): 
Ato Jurídico Stricto Sensu - (ato jurídico que no 
próprio corpo do ato já tem previstos os resultados do 
ato jurídico, e não depende da vontade das partes, 
por que assim a lei determina) a lei determina que 
ocorrendo as situações previstas no corpo da lei o ato 
jurídico produz os seus resultados, independente da 
negociação entre as partes. 
(exemplo: a morte, a vida) 
 
Ao adquirir personalidade jurídica automaticamente 
me surgiram obrigações. 
 
Declaração unilaterais de vontade - Elas geram 
obrigações. Presume-se que não existe negócio 
jurídico. (exemplo: promessa de recompensa, o 
enriquecimento ilícito). 
 
A - Ato Ilícito (fonte mediata) - fonte geradora que dá 
origem a uma obrigação 
Ato jurídico ilícito é toda atuação humana, omissiva 
ou comissiva, contrária ao Direito. Enquanto conduta 
antijurídica, há atos ilícitos em várias esferas do 
Direito Civil e do Direito em geral 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um 
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, 
pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - Os praticados em legítima defesa ou no exercício 
regular de um direito reconhecido; 
 II - A deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a 
lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. 
 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será 
legítimo somente quando as circunstâncias o 
tornarem absolutamente necessário, não excedendo 
os limites do indispensável para a remoção do perigo. 
 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, 
negligência ou imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito. 
 
 Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), 
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 
Distinção entre Direitos Pessoais e Reais: 
 
O direito das coisas ou direitos reais - relação vertical 
entre um sujeito e um objeto. 
 
O Direito Obrigacional, por sua vez implicará em uma 
relação horizontal, de parte a parte, ou seja, de 
pessoa a pessoa e não exige tipicidade. 
 
Direito Obrigacionais Direitos Reais 
Incide sobre uma 
prestação 
Incide sobre coisa 
Cooperação de sujeito 
passivo 
Independe de 
cooperação 
Sujeito passivo 
determinado ou 
determinável 
Teoria realista e Teoria 
personalista 
Caráter transitório Caráter perpetuo 
Ilimitado Limitado 
Efeito Inter partes Efeito "Erga Omnes" 
 
** Efeito Erga Omnes - É um termo jurídico em latim 
que significa que uma norma ou decisão terá efeito 
vinculante, ou seja, valerá para todos. Por exemplo, a 
coisa julgada erga omnes vale contra todos, e não só 
para as partes em litígio. 
 
Direito obrigacional = relação pessoa/PESSOA 
Direitos REIAS = pessoa /coisa 
 
 Art. 1.225. São direitos reais: 
 I - a propriedade; 
II - a superfície; 
III - as servidões; 
IV - o usufruto; 
V - o uso; 
VI - a habitação; 
VII - o direito do promitente comprador do imóvel; 
VIII - o penhor; 
IX - a hipoteca; 
X - a anticrese. 
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; 
XII - a concessão de direito real de uso; e 
XIII - a laje. 
 
Figuras Híbridas : 
 
Direito Real e Direito Pessoal 
 
Decorrem de um determinado direito real sobre 
determinada coisa - Adere a coisa. 
 
Obrigações propter rem (própria da coisa) - 
Obrigações próprias da coisa, que irão sujeitar aquele 
que tiver a relação com a coisa. 
Exemplo: dívida de IPTU, dívida de Condomínio, dívida 
de IPVA e etc. 
 
Obrigações Com Eficácia Real - Tem caráter de 
obrigação, mas há possibilidade de oponibilidade a 
terceiros " Erga Omnes" (direito real). 
Exemplo: Registro do contrato de locação (art. 8º Lei 
8545/91). 
 
Objeto Das Obrigações 
(obriga alguém a alguma coisa) 
 Existem 3 Elementos Constitutivos das Obrigações: 
 1) Subjetivo: (sujeitos) 
- Subjetivo Polo Ativo (Credor) – Comprador (aquele 
que vai exigir o cumprimento da obrigação por parte 
do devedor) 
- Subjetivo Polo Passivo (Devedor) – Vendedor 
**Caso o devedor ou o sujeito passivo não cumpra a 
obrigação, surge então uma responsabilidade, 
exigindo-se o cumprimento da obrigação ** 
 
Sempre que no final de uma palavra tivermos as 
terminações (ario, ado e ido), significa que estamos 
diante de Polo Passivo da Obrigação. 
 
ário (sujeito 
passivo) 
ado (sujeito 
passivo) 
ido (sujeito 
passivo) 
Exemplo: locatário, consignado, requerido, 
outorgado..... 
 2) Objetivo: 
- A Prestação 
- Atividade do devedor direcionada a satisfação do 
crédito; 
* Positiva – dar, fazer algo 
* Negativa – não fazer algo 
* O conteúdo desta prestação será “Sempre 
patrimonial” (não se pode alienar a honra, não pode 
se ferir direitos e garantias fundamentais). 
Exemplo do caso do arremesso de anões – Aconteceu 
isso na França - O arremesso de anões foi proibido na 
pequena cidade francesa de Morsang-sur-Orge em 
1992, e o caso passou pelas cortes administrativas de 
apelação por iniciativa do dublê Manuel Wackenheim 
– que ganhava a vida como arremessado – até chegar 
ao Conselho de Estado, que em 1995 decidiu que uma 
autoridade municipal poderia proibir a prática sob a 
alegação de que ela não respeitava a dignidade 
humana, sendo portanto contrária à ordem pública.) 
* Objeto Direito ou Imediato – Prestação em si 
* Objeto Indireto ou Mediato – O bem da vida 
(utilidade material da prestação). 
 3) Ideal, Imaterial ou Espiritual: 
- O vinculo jurídico – que vai produzir efeitos no 
universo jurídico. 
Dentro da Prestação, obrigatoriamente deverá ter 3 
requisitos: 
 Licitude – deve estar contida no ordenamento 
jurídico com possibilidade de licitude 
(final do Art. 104 do Código Civil.) 
 Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objetolícito, possível, determinado ou 
determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
* Possibilidade – tem que ser possível, se impossível 
torna-se nulo. 
* Determinabilidade – dever de especificação 
(obrigatoriamente no mínimo deve ser especificado 
o gênero e a quantidade) – no momento do 
pagamento deve ser determinar (não pode ser objeto 
da prestação algo genérico, que é impossível se 
determinar) 
 - Prestações de Fato: atividade do próprio devedor 
(ou terceiro) – obrigação de fazer algo 
- Prestações de coisa: Dar/Entregar/Restituir algo – 
Ex: mútuo 
- Prestações Instantâneas (um só ato) e Contínuas (se 
perdurarem ao longo do tempo). 
 
OBRIGAÇÃO DE DAR 
- Dar coisa certa – Art. 233 a 242 do CC 
- Dar Coisa incerta – Art. 243 a 246 CC 
 
OBRIGAÇÃO DA COISA CERTA : 
(dar coisa determinada, individualizada) 
 
- Coisa Certa e Determinada: 
exemplo: um carro ”X”; um animal “Y”, uma guitarra 
Credor não é obrigado a receber outra coisa diversa 
da que ele escolheu – art. 313 CC. 
- Art. 313. O credor não é obrigado a receber 
prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais 
valiosa. 
 
- O Princípio da Gravitação Jurídica – “Acessório 
segue o principal” – A não ser que se tenha 
convencionado de forma diversa – art. 233 CC 
- Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os 
acessórios dela embora não mencionados, salvo se o 
contrário resultar do título ou das circunstâncias do 
caso. 
 
***** Importante – Na obrigação de dar ela guarda 
relação com a atitude de dar algo, o ato de entregar a 
coisa, de acordo com a doutrina recebe o nome de 
“TRADIÇÃO – ela acontece no ato de entrega do 
bem” 
 
Antes de ocorrer a TRADIÇÃO, deverá ser visto 
algumas regras: 
 
- Risco do perecimento (deixar de existir, de ter 
finalidade ou não se tem mais uso) – res perit domino 
suo ( a coisa perece para o dono ) 
 
Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se 
perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou 
pendente a condição suspensiva, fica resolvida a 
obrigação para ambas as partes; se a perda resultar 
de culpa do devedor, responderá este pelo 
equivalente e mais perdas e danos. 
 
Perda ou perecimento ( TOTAL): 
a) Coisa perece sem culpa do devedor, antes da 
tradição ou pendendo condição suspensiva (EFI – 
Evento Futuro Incerto) – resolvida a obrigação para 
ambas as partes – art.234 CC começo. 
 
b) Coisa perece com culpa do devedor – Responde 
pelo equivalente da coisa + Perdas e Danos – art. 234 
CC final. 
 
Deterioração (parcial): 
a) Sem culpa do devedor – Credor pode resolver a 
obrigação ou aceitar a coisa abatendo o preço – art. 
235 CC. 
 
b)Culpa do Devedor – credor exigir o equivalente ou 
aceitar a coisa + Perdas e Danos – art. 236 CC. 
 
Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor 
exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em 
que se acha, com direito a reclamar, em um ou em 
outro caso, indenização das perdas e danos. 
 
OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR: 
- Devolução da coisa recebida pelo devedor. 
- Depositário - dever de guarda - Ex: locatário. 
 
- Art. 238 - Se a obrigação for de restituir coisa certa, 
e está sem culpa do devedor, se perder antes da 
tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se 
resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da 
perda. 
 
- Art. 239 - Se a coisa se perde por culpa do devedor, 
responderá este pelo equivalente, mais perdas e 
danos. 
 
- Art. 240 - Se a coisa restituível se deteriorar sem 
culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se 
ache, sem direito a indenização; se por culpa do 
devedor, observar-se-á o dispositivo no art. 239. 
* Deterioração - Dano parcial 
* Perecimento / Perda - Dano total 
 
- Art. 241 - Se, no caso do art. 238, sobrevier 
melhoramento ou acréscimo a coisa, sem despesa ou 
trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de 
indenização. 
 
- Art. 242 - Se para o melhoramento, ou aumento, 
empregou o devedor trabalho ou dispêndio, o caso se 
regulará pelas normas deste Código atinentes as 
benfeitorias realizadas pelo possuidor de boa-fé ou de 
má-fé. 
* Dispêndio = aquilo que se gasta, se consome; gasto, 
consumo, despesa 
 
- Parágrafo Único - Quanto aos frutos percebidos, 
observar-se-á, do mesmo modo, o disposto neste 
Código, acerca do possuidor de boa-fé ou de má-fé. 
 
OBRIGAÇÃO DE DAR - COISA INCERTA: 
Obrigatoriamente, guarda relação com: 
- Coisa especificada pela espécie e quantidade 
- Obrigação genérica 
 
* Art. 243 - A coisa incerta será indicada, ao menos, 
pelo gênero e pela quantidade. 
 
- Irá se converter em determinada no momento da 
entrega 
 
A quem cabe a escolha? - O devedor 
Passa a ser coisa certa, por que ela se torna 
individualizada. 
 
Devedor - Concentração - Regra 
 
**Concentração (individualiza a coisa e em regra a 
coisa deixa de ser Coisa Incerta e passa a ser Coisa 
Certa). 
 
Devedor não deverá dar a coisa pior, nem dar a 
melhor. 
 
Art. 244 - Nas coisas determinadas pelo gênero e pela 
quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o 
contrário não resultar do título da obrigação; mas não 
poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a 
melhor. 
 
Art. 246 - Antes da escolha, não poderá o devedor 
alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por 
força maior ou caso fortuito. 
OBRIGAÇÃO DE DAR DINHEIRO - PAGAR ( entregar o 
dinheiro ) 
- Art. 315 - As Dívidas em dinheiro deverão ser pagas 
no vencimento, em moeda corrente e pelo valor 
nominal, salvo o dispositivo nos artigos subsequentes. 
 
Dívidas de valor - Ex: Prestar alimentos 
Desapropriação 
 
OBRIGAÇÃO DE FAZER: (obrigação de fazer de fato) 
Interessa a atividade do devedor - Ex: Fazer uma mesa 
 
- Obrigação de fazer fungível – obrigação 
personalíssima (algo que só aquela pessoa pode 
fazer). 
- Não pode substituir sem a anuência do credor sob 
pena de descumprimento da obrigação. 
 
- Art. 249 - Se o fato puder ser executado por terceiro, 
será livre ao credor manda-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo 
da indenização cabível. 
 
- Parágrafo único - Em caso de urgência, pode o 
credor, independentemente de autorização judicial, 
executar ou mandar executar o fato, sendo depois 
ressarcido. 
Consequências do descumprimento: 
- Art. 248 – Se a prestação do fato se tornar 
impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a 
obrigação; se por culpa dele, responderá por perdas e 
danos. 
 
- Art. 249 - Se o fato puder ser executado por terceiro, 
será livre ao credor manda-lo executar à custa do 
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo 
da indenização cabível. 
 
- Em caso de não cumprimento do acordo, gera uma 
RESPONSABILIDADE. 
 
*** Doutrina moderna – Não é mais possível o 
cumprimento ou credor não deseja mais. 
 
DESCUMRPIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER: 
 
1) Impossível Cumprimento Posterior: 
- Perdas e Danos 
2) Possível Cumprimento Posterior: 
- Tutela Especifica + Perdas e Danos (até a efetivação 
da tutela) 
- Perdas e Danos (se o autor não tiver mais interesse 
na obrigação especifica de fazer). 
 
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER:- postura negativa 
Ex: Não construir pós determinada altura. 
 
- Não podemos violar princípios de ordem pública ou 
garantias fundamentais. 
 
- Art.250 – Extingue-se a obrigação de não fazer, 
desde que, sem culpa do devedor, se lhe torne 
impossível abster-se do ato, que se obrigou a não 
praticar – Descumprimento não culposo. 
 
- Art. 251 – Praticado pelo devedor o ato, a cuja 
abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o 
desfaça, sob pena de se desfazer a sua custas, 
ressarcindo o culpado perdas e danos. – 
Descumprimento culposo. 
 
- Parágrafo único - Em caso de urgência, poderá o 
credor desfazer ou mandar desfazer, 
independentemente de autorização judicial, sem 
prejuízo do ressarcimento devido. 
CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL QUANTO AOS SUJEITOS: 
(credores e devedores / polo passivo e ativo das 
obrigações) 
Obrigações fracionárias: - o cumprimento da 
obrigação será fracionado, onde cada um responderápor uma parte da divida. 
 
***divisão feita de forma igual, tendo como 
pressuposto que a dívida deverá ser divisível. 
 
- Pluralidade de devedores ou Pluralidade de credores 
- Cada um deles responde por uma parte da dívida 
- Ex: Dívidas de Dinheiro 
A, B e C compram um carro por R$9.000,00 
– cada um paga R$3.000,00 
- Divisibilidade da prestação 
- Ex: responsabilidade dos condôminos 
 
Obrigações Conjuntas – Unitárias ou mão comum: 
- Pluralidade de devedores ou credores – pagamento 
conjunto da dívida; 
- A obrigação só pode ser cumprida quando cada um 
dos devedores cumprirem a sua parte na obrigação. 
- Credor não pode exigi-la individualmente 
Ex: Credor contrata a entrega de uma tonelada de 
milho de A, B e C 
- Se desobrigam em conjunto – entrega da carga 
 
Obrigações Disjuntivas: - não existe relação interna 
- Porque teremos uma multiplicidade de credores ou 
devedores, e no caso dos devedores eles se obrigam 
alternadamente pelo pagamento da dívida, um 
devedor paga e desonera os outros. 
- Nas obrigações disjuntivas, não existe uma relação 
interna ou vinculo interno entre os devedores ou 
entre os credores, pois o que pagou não poderá exigir 
valores de nenhuma das partes. 
- Devedores se obrigam alternadamente ao 
pagamento da dívida; 
- Um devedor é escolhido e paga os outros devedores 
estarão desonerados. 
Ex: A firmou um negócio jurídico o qual C ou B terão 
que adimplir a obrigação. No dia do vencimento, A 
escolhe B para cumprir, estando C exonerado da 
obrigação. 
 
IMPORTANTE: 
Quando há Relação Interna – existe uma 
Obrigação Solidaria e o Direito de Regresso 
Quando não há Relação Interna – São Obrigações 
Disjuntivas – Sem direito de regresso. 
 
Obrigações Solidárias: - existe uma relação interna 
entre eles 
- São aquelas em que, na mesma obrigação, concorre 
uma pluralidade de credores, cada um direito à dívida 
toda, ou pluralidade de 
devedores, cada um obrigado à dívida por inteiro. Por 
óbvio, o devedor que cumpriu a obrigação, terá 
direito de regresso contra os demais devedores e cada 
um pagará a quota que caberia se fosse uma 
obrigação divisível. 
 
- São aquelas em que, na mesma obrigação, concorre 
uma pluralidade de credores, cada um direito à dívida 
toda (ativa), ou pluralidade de 
devedores (passiva), cada um obrigado à dívida por 
inteiro. Por óbvio, o devedor que cumpriu a 
obrigação, terá direito de regresso contra os 
demais devedores e cada um pagará a quota que 
caberia se fosse uma obrigação divisível. 
 
- Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma 
obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um 
devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida 
toda. 
 
Exemplo: Tilápia emprestou R$ 1000,00 à Lontra e 
Plioles, onde estabeleceu que ambas são solidárias à 
obrigação. No dia do vencimento, Marta paga a 
obrigação toda, mas ela poderá pedir de Jane a 
metade do valor já que a obrigação era solidária. 
 
A diferença entre os dois tipos das obrigações é 
que, na obrigação disjuntiva, falta a relação 
interna entre os devedores, o que justifica o 
direito regressivo do devedor que pagou a 
obrigação. Ou seja: 
Obrigação Disjuntiva: não há direito de regresso 
Obrigação Solidária: há direito de regresso do 
devedor que cumpriu a obrigação com os demais 
devedores 
 
Art. 265. A solidariedade não se presume; resulta da 
lei ou da vontade das partes. 
 
Resultante de lei 
Art. 932 - Art. 932. São também responsáveis pela 
reparação civil: 
I - Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua 
autoridade e em sua companhia; 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, 
que se acharem nas mesmas condições; 
III - o empregador ou comitente, por seus 
empregados, serviçais e prepostos, no exercício do 
trabalho que lhes competir, ou em razão dele; 
IV - Os donos de hotéis, hospedarias, casas ou 
estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, 
mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, 
moradores e educandos; 
V - Os que gratuitamente houverem participado nos 
produtos do crime, até a concorrente quantia. 
 
Solidariedade Ativa: 
Poderão ser múltiplos credores, cobrar a dívida por 
inteiro do credor 
 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito 
a exigir do devedor o cumprimento da prestação por 
inteiro. 
 
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não 
demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles 
poderá este pagar. 
 
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores 
solidários extingue a dívida até o montante do que foi 
pago. 
 
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer 
deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a 
exigir e receber a quota do crédito 
que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo 
se a obrigação for indivisível. 
 
Ex: A, B e C credores solidários de D – B morre e deixa 
seus filhos E e F como herdeiros. Herdeiros somente a 
parte que lhe cabe. Se o 
bem for um cavalo único, pode receber o cavalo, mas 
deverão responder perante os outros credores. 
 
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o 
devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos 
outros. 
 
Exceção = Defesa – 
Ex: um dos credores atuou com Dolo, não pode ser 
oposto o dolo aos outros credores 
 
Art. 274. O julgamento contrário a um dos credores 
solidários não atinge os demais, mas o julgamento 
favorável aproveita-lhes, sem 
prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha 
direito de invocar em relação a qualquer deles. 
 
- Ex: Um dos credores solidários cobra sozinho a 
dívida e o devedor alegam prescrição, sendo está 
acolhida pelo magistrado, este julgamento contrário 
não afeta os demais. 
 
Solidariedade Passiva – É aquela em que cada um dos 
devedores pode ser demandado a cumprir a 
totalidade da obrigação junto ao credor. 
 
- Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos 
devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam 
aos outros devedores, senão até à concorrência da 
quantia paga ou relevada. 
 
**** trata do pagamento parcial da Dívida e da 
Remissão na Solidariedade Passiva. 
Na solidariedade passiva, quando há o pagamento 
parcial da dívida por um dos devedores, o Credor ao 
cobrar o restante da dívida deverá descontar o valor 
já pago. 
Na remissão, quando o Credor perdoa um dos 
devedores solidários, ao cobrar o restante da dívida o 
Credor deverá descontar a cota-parte (parte que cabe 
a cada pessoa na divisão de um todo (objeto, 
propriedade, direito, herança etc.) do devedor que foi 
perdoado. 
 
- Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação 
adicional, estipulada entre um dos devedores 
solidários e o credor, não poderá agravar a posição 
dos outros sem consentimento destes. 
 
*****No art. 278 então apresenta a possibilidade de 
piorar a situação dos co-devedores, onde um dos 
devedores solidários estabelece junto ao credor uma 
obrigação adicional, que vai agravar a posição dele, 
porém essa posição ou clausula só poderá agravar a 
posição dos outros devedores se eles concordarem, se 
não houver concordância não poderá se agravar a 
situação. 
- Pode ser adicionado um adendo ao contrato, ou um 
novo documento, mas somente se todas as partes 
concordarem. 
 
 
- Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa 
de um dos devedores solidários, subsiste para todos o 
encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e 
danos só responde o culpado. 
*** os danos serão respondidos pelo devedor que 
agiu com culpa no ocorrido respondendo então por 
perdas e danos. 
 
Havendo culpa de todos os co-devedores, todos eles 
responderão solidariamente pelo valor da prestação, 
além das perdas e danos. Se a culpa, no entanto, foi 
de apenas um dos c o-devedores, só o culpado 
responderá pelas perdas e danos, mas a obrigação de 
repor ao credor o equivalente em dinheiro pela 
prestação que se impossibilitou será de todos e, 
quanto a esta, permanece a solidariedade. 
 
- Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros 
da mora, ainda que a ação tenha sido proposta 
somente contra um; mas o culpado respondeaos 
outros pela obrigação acrescida. 
 
*** juros da mora = valor que será calculado encima 
da prestação total do valor do contrato, que 
representa uma forma de penalização pela demora no 
pagamento, e esses juros de mora mesmo que 
tenham se originados por uma culpa de um dos 
devedores são obrigados a responder a favor ao 
credor com relação aos juros de mora. Porém o 
culpado vai responder perante os outros devedores 
pelos juros que foram pagos na dívida principal. 
Se “A” é o culpado, ele terá que pagar para “B” e para 
“C” pelos juros de mora que pagaram. 
 
- Art. 281. O devedor demandado pode opor ao 
credor as exceções (defesas) que lhe forem pessoais e 
as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções 
pessoais a outro co-devedor. 
 
*** Exceções = Defesas 
- esse devedor demandado não poderá opor as 
exceções pessoais a que outro co-devedor tem 
direito, eis que estas são personalíssimas, qualquer 
um dos devedores poderá alegar a prescrição da 
dívida, ou o seu pagamento total ou parcial, direto ou 
indireto, pois as hipóteses são de exceções comuns. 
Por outra via, os vícios do consentimento (erro, dolo, 
coação, estado de perigo e lesão), somente podem ser 
suscitados pelo devedor que os sofreu 
 
- Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade 
em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. 
 
****Esse artigo trata das obrigações solidarias do 
polo passivo (devedor), nesse caso, cada devedor é 
responsável pela dívida toda. O credor pode renunciar 
à solidariedade de um ou mais devedores, assim o 
devedor exonerado da solidariedade não responde 
mais pela dívida toda 
 
***Por exemplo: Você e sua amiga me emprestaram 
$10,00. Assim eu devo $10,00 para vocês duas 
(imaginemos, $5 para cada uma), com isso vocês são 
credoras solidárias. Você pode abrir mão da sua parte, 
cedendo o crédito (Direito de receber) para a sua 
amiga. Assim, mesmo você abrindo mão dos seus 
$5,00, eu continuo devendo $10,00, mas agora eu 
devo tudo para a outra credora. 
 
- Parágrafo único. Se o credor exonerar da 
solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos 
demais. 
 
- Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro 
tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a 
sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do 
insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no 
débito, as partes de 
todos os co-devedores. 
 
***** Insolvente (sem possibilidade ou capacidade de 
arcar(adimplir) com a dívida ou obrigação) – a parte 
do insolvente é dividida igualmente entre todos os 
devedores. 
 
- Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, 
contribuirão também os exonerados da solidariedade 
pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao 
insolvente. 
 
**** Se uma parte não tiver como pagar (insolvente) 
o que foi exonerado é chamado de volta para 
participar do rateio da parte que correspondia ao que 
se tornou insolvente) 
 
- Art. 285. Se a dívida solidária interessar 
exclusivamente a um dos devedores, responderá este 
por toda ela para com aquele que pagar. 
 
**** Se um dos devedores solidários foi o único 
beneficiado pela dívida, este devedor responderá por 
toda a dívida sozinho perante os demais devedores 
solidários. 
Não haverá rateio entre os devedores pois esse 
devedor foi o único beneficiado pela dívida e 
responderá por toda a obrigação perante os demais 
devedores solidários. 
 
 
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA: 
- É aquela que tem dois ou mais objetos que se 
extingue com a prestação de um deles 
- Existe a previsão de mais de um objeto, mas 
se extingue, mas o devedor se desonera cumprindo 
apenas um deles. 
 
*** Ex: Devedor se obrigada a entregar o carro ou a 
moto, entregando um ou outro, está exonerado da 
obrigação. 
 
Escolha – Regra é o devedor escolher (favor 
debitoris). As partes podem estipular a quem 
compete a escolha (credor ou terceiro). A escolha só 
se considera após comunicação à parte contrária. 
- O não exercício do direito dentro do prazo de 
escolha representa decadência para o seu titular. 
 
Obrigação Alternativa – art. 252, CC 
- Impossibilidade de uma das prestações – Subsiste o 
crédito em relação à outra; 
 
- Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser 
objeto de obrigação ou se tornada inexeqüível, 
subsistirá o débito quanto à outra. 
- Culpa do devedor e a escolha couber ao credor, 
caso esse tenha interessa na obrigação que se 
impossibilitou, terá direito ao valor dela com perda e 
danos – art. 254 CC; 
- Impossibilidade de ambas as prestações – Sem 
culpa do devedor se 
extingue a obrigação. Se houver culpa do devedor e 
competir a ele a escolha, pagará o valor da que se 
impossibilitou por último, mais PD; 
- Se competir ao credor escolha, esse poderá reclamar 
o valor de qualquer uma das obrigações + PD; 
 
*******IMPORTANTE: 
 
- OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA - a conjunção é o “OU” 
(iphone ou ipad - dando uma escolha) 
 
- OBRIGAÇÃO FACULTATIVA – a conjunção é o “SE” 
(entrego um iphone se não der pode ser um ipad – 
sendo que o iphone é a obrigação de ser entregue). 
 
 
Obrigação Alternativa X Facultativa 
 
- Alternativa tem dois objetos (duas prestações) – 
objetos alternados 
 
- Facultativa tem apenas um objeto (uma prestação 
que é a obrigação principal) – se objeto perecer sem 
culpa devedor a obrigação fica extinta – credor só 
pode exigir obrigação principal; 
- Único objeto - devedor pode substituir a prestação 
devida por outra de natureza diversa, prevista 
subsidiariamente. 
- Devedor A obriga-se a pagar a quantia de R$500,00, 
facultando-lhe substituir a prestação principal por um 
celular. 
- O credor não pode exigir o cumprimento da 
prestação facultativa; 
 
Obrigações Divisíveis e Indivisíveis – art. 257 e ss – 
CC 
 
- Divisível – (guarda relação com uma obrigação 
fracionaria) - É aquela que um dos devedores só está 
obrigado a cumprir a sua cota-parte da dívida e cada 
um dos credores só pode exigir a sua parte do crédito; 
 
- Art. 257.- Havendo mais de um devedor ou mais de 
um credor em obrigação divisível, esta presume-se 
dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, 
quantos os credores ou devedores. 
*** Ex: A e B devem R$1.000,00 para C. A deve 
R$500,00 reais a C e B 
deve R$500,00 a C; 
 
- Indivisível – (guarda relação com uma obrigação 
disjuntivas) 
- Art. 258 CC– É aquela que por conta da 
impossibilidade de divisão do objeto, cada devedor 
está obrigado pela totalidade da prestação e cada 
credor pode exigi-la por inteiro; 
- Ex: A e B devem um carro a C, esse último pode 
exigir o carro de A ou de B, independentemente de 
cada um ser responsável por uma parte do débito; 
- Aquele que cumprir a obrigação sub-roga-se no 
direito do credor em relação aos coobrigados – art. 
259 parágrafo único CC. 
- Se houver mais de um credor, o devedor deverá a 
todos conjuntamente – art. 260 CC 
- Desobriga-se pagando a todos conjuntamente ou a 
um dos credores, dando este caução de retificação 
aos outros credores – art. 260, I e II CC; 
- Se um só dos credores receber a prestação por 
inteiro, a cada um dos outros assistirá o direito de 
exigir dele em dinheiro a parte que lhe caiba no total. 
Art. 261 CC; 
- Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não 
ficará extinta para com os outros; mas estes só a 
poderão exigir, descontada a quota do credor 
remitente. Art. 262 CC; 
- Aquela obrigação que se resolve em perda e danos 
perda a característica de indivisível; 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES 
MEIO E RESULTADO - 
(****** IMPORTANTE: não está no código civil, mas 
cai bastante em prova) 
As obrigações de meio e resultado guardam relação 
com a finalidade da existência daquela obrigação. 
 
OBRIGAÇÃO DE MEIO – ela recebe este nome por que 
o objeto da prestação, do negócio jurídico que vai 
vincular o devedor a uma prestação a obrigação de 
fazer algo que será o meio de atingir o resultado. A 
obrigação se torna um meio para atingir o fim, porem 
ela não se responsabiliza pelo fim. 
 
 O devedor promete empregar seus conhecimentos,meios técnicos para a obtenção de determinado 
resultado, sem, no entanto responsabilizar-se por 
ele. Pela natureza da obrigação é impossível o 
advogado se comprometer com o resultado, pois não 
depende dele para o resultado. 
 
EX: advogados(prestação clássica), que não se 
obrigam a vencer a causa, mas a bem defender os 
interesses dos clientes; 
- médicos, que não se obrigam a curar, mas tratar 
bem os enfermos, 
fazendo uso de seus conhecimentos científicos. 
 
OBRIGAÇÃO DE RESULTADO: 
- Quando a obrigação é de atingir um resultado 
especifico, o devedor dela se exonera somente 
quando o fim prometido é alcançado de fato. 
- Não o sendo, é considerado inadimplente, devendo 
responder pelos prejuízos decorrentes do insucesso. 
Ex: transportador, que promete tacitamente, ao 
vendedor o bilhete, levar o passageiro são e salvo a 
seu destino. 
Outro exemplo Cirurgião plástico = se trata de uma 
obrigação de resultado. 
 
- JULGADO: 
AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL No 678.485 
- DF (2015/0052786-5) 
 
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO 
ESPECIAL. CONSUMIDOR. 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS. 
CIRURGIA PLÁSTICA. OBRIGAÇÃO DE RESULTADO. 
DANO ESTÉTICO COMPROVADO. RECURSO NÃO 
PROVIDO. 
1. A jurisprudência desta Corte entende que "A 
cirurgia estética é uma obrigação de resultado, pois o 
contratado se compromete a alcançar um resultado 
específico, que constitui o cerne da própria obrigação, 
sem o que haverá a inexecução desta" (Resp. 
1.395.254/SC, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 15/10/2013, DJe de 
29/11/2013) 
2. No caso, o eg. Tribunal de origem, além de afastar a 
existência de qualquer excludente de 
responsabilidade, entendeu que o dano estético ficou 
devidamente comprovado nos autos. 
3. Rever o entendimento do acórdão recorrido 
demandaria o revolvimento de suporte fático-
probatório dos autos, o que encontra óbice na Súmula 
7/STJ. 
4. Agravo regimental não provido. 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES: 
- significa que é possível através de um negócio 
jurídico, dentro de uma ideia de contrato de negócio 
entabulado entre as partes ser alterado um dos polos 
da obrigação, mantendo a obrigação original, 
portanto a obrigação original é transmitida quer seja 
para o lado do polo ativo (fazendo a transferência de 
um credor originário para o outro credor que não 
fazia parte da obrigação original, ou de um devedor 
para outro devedor que não fazia parte da obrigação 
original - fazer um débito ou um crédito circular) 
 
Aspectos Introdutórios: 
- Arts. 286 ao 303 CC 
- Mecanismo negocial de transferência subjetiva da 
relação obrigacional (credor e devedor) ou até mesmo 
a posição de um sujeito em um contrato; 
- Transmissibilidade das obrigações; 
- Pode ser proibido (Lei ou vontade das parte); 
 
- Tipos: 
a)Cessão de Crédito; - troca para o lado do credor 
b)Assunção de Dívida; - trocar para o lado do 
devedor 
c)Cessão da posição contratual - 
 
a) Cessão de Crédito; - troca para o lado do credor 
- Arts. 286 a 298 CC 
- Forma de transferência negocial de crédito a título 
particular entre vivos. 
- Alienação: transmissão a pessoa alheia 
- Outras formas de transferência de crédito - sub-
rogação, endosso cambial,etc; 
- Aquisição derivada; 
 
Sujeitos: 
Cedente - cede o crédito 
Cessionário - terceiro que recebe o crédito 
Cedido - continua devedor 
 
Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso 
não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a 
convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da 
cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-
fé, se não constar do instrumento da obrigação. 
 
- Qualquer crédito pode ser cedido, exceto: 
 
Natureza da obrigação - alimentos no direito da 
família ou crédito personalíssimo(ou seja impossível 
de ceder); 
Vontade da lei - crédito penhorado; 
Convenção com o devedor - pacto de non cedendo 
Em qualquer uma das hipóteses acima é nula a cessão 
de crédito - o ato da transmissão não produz efeito 
nenhum; 
Pode ser feita de forma gratuita ou onerosa; 
 
 - FORMA: 
- Qualquer forma admitida em lei - desde que seja 
agente capaz, objeto licito forma prescrita ou não 
defesa em lei; 
- Porém existem alguns direitos que só podem ser 
transmitidos por escritura pública. 
Ex: cessão de direitos hereditários - bens, imóveis 
(deverá ser feito por escritura pública). 
 
EFICÁCIA PERANTE TERCEIROS: 
- Cessão deverá ser feita por instrumento público ou 
por instrumento particular; 
- Só assim produzirá efeito perante terceiros; 
 
**** IMPORTANTE: Se credor e devedor tiverem 
pactuado a intransmissibilidade da obrigação(pacto 
de nom cedendo) em um documento apartado(em 
um contrato, no instrumento original no teor do Art. 
288 CC), isso não prejudicará o terceiro de boa-fé (não 
produzirá eficácia ou efeitos perante a terceiros); 
**ela só produz eficácia no terceiro de má-fé, no 
terceiro de boa-fé não produz eficácia. 
 
- Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a 
transmissão de um crédito, se não celebrar-se 
mediante instrumento público, ou instrumento 
particular revestido das solenidades do §1 o do art. 
654. 
 
- EFICÁCIA PERANTE O DEVEDOR CEDIDO: 
- Art. 290 CC - Depende de notificação do devedor ou 
de sua ciência manifestada por escrito. 
 
Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em 
relação ao devedor, senão quando a este notificada; 
mas por notificado se tem o devedor que, em escrito 
público ou particular, se declarou ciente da cessão 
feita. 
 
- Antes da notificação o devedor pode pagar ao 
cedente, exonerando-se da dívida; 
- Após a transmissão, somente se pagar ao 
cessionário; 
- No momento da ciência da cessão que devedor deve 
alegar as exceções (defesas) pessoais de que 
disponha em relação ao cedente (Ex: Compensação), 
sob pena de presumir que tenha aberto mão; 
 
Art. 294. O devedor pode opor ao cessionário as 
exceções que lhe competirem, bem como as que, no 
momento em que veio a ter conhecimento da cessão, 
tinha contra o cedente. 
 
- RESPONSABILIDADE DO CEDENTE: 
 
* Se a Título Oneroso - cedente fica responsável pelo 
seguinte: 
1) Pela existência do crédito quando da cessão; 
2) Pela sua qualidade de credor; 
3) Pela validade da obrigação; 
 
Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, 
ainda que não se responsabilize, fica responsável ao 
cessionário pela existência do crédito ao tempo em 
que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe 
nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de 
má-fé. 
 
* Se for Título Gratuito - Cedente só responde pela 
existência do crédito se tiver procedido de má-fé; 
 
- IMPORTANTE: Só existirá a responsabilidade do 
cedente pela solvência (a condição de pagamento ou 
cumprimento da obrigação) do cedido se ele tenha 
assumido expressamente isso; 
 
Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente 
não responde pela solvência do devedor. 
 
- Art. 297 CC - Cessão pro solvendo: responsabilidade 
é apenas pelo que o cedente tiver recebido do 
cessionário + juros + despesas com a cessão. 
 
Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela 
solvência do devedor, não responde por mais do que 
daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem 
de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o 
cessionário houver feito com a cobrança. 
 
- ASSUNÇÃO DE DÍVIDA - Cessão de débito: 
- Art. 299 a 303 CC; 
 
- Negócio jurídico bilateral pela qual um terceiro 
(assuntor) assume a posição do devedor; 
- substituição no plano passivo, sem que haja a 
extinção da dívida, portanto não existe o surgimento 
de uma nova obrigação; 
 
- REQUISITOS: 
- A Presença de uma relação jurídica obrigacional 
juridicamente válida; 
- Substituição do devedor, mantendo-se a relação 
jurídica originária; 
- A anuência expressa do processo. 
 
*** Importante : Art. 299 Caput - É facultado a 
terceiro assumir a obrigação do devedor, com o 
consentimento expresso do credor, ficando 
exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao 
tempo da assunção, era insolvente e o credor o 
ignorava. 
 
 
- ESPÉCIES DE ASSUNÇÃODE DÍVIDA: 
 
 Expromissão – Substituição do devedor primitivo por 
terceiro, independente do consentimento daquele, 
em virtude de novação subjetiva por substituição do 
devedor (ou novação passiva - art. 363do CC : Se o 
novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o 
aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se 
este obteve por má-fé a substituição) – EX: É o caso, 
por exemplo, do pai que assume a dívida do filho, 
independentemente da anuência deste. 
 
Por delegação – É o contrato entre o devedor 
originário (delegante) e o terceiro (delegado), com a 
concordância do credor (delegatário), 
responsabilidade do delegante em caso de cia do 
novo devedor (delegação cumulativa simples); 
 
 - Efeitos: 
 
Liberatório – Devedor originário fica desvinculado do 
pagamento da dívida (Regra). 
 
- Integral sucessão no débito, pela substituição do 
devedor na relação obrigacional pelo expromitente. 
Ficando exonerado o devedor primitivo, exceto se o 
terceiro que assumiu sua dívida era insolvente e o 
credor o ignorava (CC, art. 299, segunda parte). 
 
IMPORTANTE: Nada obsta, todavia, que as partes, no 
exercício da liberdade de contratar, aceitem correr o 
risco e exonerem o primitivo devedor, mesmo se o 
novo for insolvente à época da celebração do 
contrato. 
 
Cumulativos – Devedor originário fica vinculado, 
servindo a assunção de reforço de dívida, com 
solidariedade entre os devedores. 
Depende de convenção expressa - quando o 
expromitente ingressar na obrigação como novo 
devedor, ao lado do devedor primitivo, passando a ser 
devedor solidário, mediante declaração expressa 
nesse sentido (CC, art. 265), podendo o credor, nesse 
caso, reclamar o pagamento de qualquer deles. 
 
******IMPORTANTE: 
CESSÃO DE CRÉDITO = CIÊNCIA DO DEVEDOR 
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA = CONSENTIMENTO DO 
CREDOR 
 
 
Consentimento do Credor: 
- Depende de consentimento do credor – regra – art. 
299 CC; 
- Proteção dos interesses do credor; 
- Manifestação de vontade unilateral expressa, não 
importa a forma; 
- Existe, hoje em dia, a possibilidade de 
consentimento tácito – STJ Resp. 70.684/ES – 
14.02.2000; 
- Sem o consentimento não há a transmissão da 
dívida; 
** Art. 299 - Parágrafo único. Qualquer das partes 
pode assinar prazo ao credor para que consinta na 
assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio 
como recusa. 
 
- Pode, porém, o devedor marcar prazo para que o 
credor se manifeste –notificação judicial ou 
extrajudicial – silêncio não será considerado como 
consentimento, mas sim como recusa. 
 
- Exceção: art. 303- o adquirente de imóvel 
hipotecado assumir o débito garantido pelo imóvel – 
Se for notificado e não impugnar em 30 dias a cessão 
do débito, será considerado como assentimento; 
 
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode 
tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; 
se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a 
transferência do débito, entender-se-á dado o 
assentimento. 
 
Assunção de Adimplemento: 
- Terceiro assume o dever, somente perante o 
devedor, de solver a sua dívida. 
- Devedor continua obrigado perante o credor; 
- Não existe relação entre o terceiro e o credor; 
- Se o terceiro paga a dívida não existe sub-rogação do 
crédito – credor não tem nenhuma pretensão contra 
esse terceiro; 
- Não é hipótese de transmissão de obrigação – não 
há sucessão no polo passivo da obrigação; 
 
Cessão da Posição Contratual 
- Cedente transfere sua posição contratual 
(Compreende créditos e débitos); 
 
- Requisitos: 
1)Celebração de um negócio jurídico entre cedente e 
cessionário; 
2)Integralidade da cessão (global); 
3)Anuência expressa da outra parte (cedido) – 
consentimento expresso; 
 
- Só é possível nos casos em que não exista cláusula 
proibitiva; 
- Não podem em casos de obrigação personalíssima; 
- Ex. Promessa de compra e venda de imóveis art. 31 
da lei 6.766/1979 
 
Art. 31. O contrato particular pode ser transferido por 
simples trespasse, lançado no verso das vias em poder 
das partes, ou por instrumento em separado, 
declarando-se o número do registro do loteamento, o 
valor da cessão e a qualificação do cessionário, para o 
devido registro. 
 
TEORIA DO PAGAMENTO 
 
Pagamento 
 
Pagamento: (forma de extinção da obrigação) 
Por meio do pagamento, cumprimento ou 
adimplemento obrigacional tem-se a liberação ao 
vínculo obrigacional. 
 
Elementos Essenciais do Pagamento: 
- Vinculo obrigacional - tenho que ter uma obrigação 
(algo que tenha vinculado as partes) 
- Animus solvendi - ( animus = a vontade de)- 
(solvendi/ solver = pagar) a intenção de pagamento 
- Sujeito ativo do pagamento: solvens (em regra é o 
devedor) 
- Sujeito passivo do pagamento: accipiens. ( em regra 
é o credor) 
O sujeito ativo do pagamento (devedor) é o sujeito 
passivo da obrigação **** 
 
A Teoria do Pagamento é subdividida em 3 etapas: 
 
Pagamento 
Direto: 
Regras 
Especiais de 
Pagamento: 
Pagamento 
Indireto: 
- Elementos 
subjetivos: 
quem paga e 
quem recebe? 
- Elementos 
objetivos: o 
que se paga e 
como se paga? 
- Lugar de 
pagamento: 
onde se paga? 
- Tempo de 
pagamento: 
quando se 
paga? 
- Pagamento 
Consignado 
 
- Imputação do 
pagamento 
 
- Sub-rogação 
(substituição) 
 
- Dação em 
pagamento 
 
- Novação 
 
- 
Compensação 
 
- Confusão 
 
- Remissão 
 
 
 Elementos Subjetivos: 
 
Elementos subjetivos: Solvens Accipiens 
Quem deve pagar: Solvens 
Previsão Legal: arts. 304 a 307 do CC 
 
1)Qualquer interessado na extinção da dívida 
* Caso o credor se recuse a receber desse terceiro, ele 
poderá utilizar os meios necessários a exoneração do 
devedor. 
* O terceiro interessado fica sub-rogado nos direitos 
do credor originário. 
 
2)Terceiro não interessado: 
* Pagamento em seu próprio nome: terá direito a ser 
reembolsado no que pagou, mas não se sub-roga nos 
direitos do credor. Se pagar a dívida antes de vencida, 
somente terá direito ao reembolso ocorrendo o seu 
vencimento. 
*Pagamento em nome e a conta do devedor: o 
terceiro não interessado não terá direito a reembolso 
- será ato de mera liberalidade. 
 
- Art. 306 - O pagamento feito por terceiro, com 
desconhecimento ou oposição do devedor, não obriga 
a reembolsar aquele que pagou, se o devedor tinha 
meios para ilidir a ação. 
 
Elementos subjetivos: Solvens Accipiens 
 
A Quem deve pagar: Accipiens 
Previsão Legal: arts. 308 a 312 do CC 
1)Credor, representante ou sucessores 
- Pagamento feito a outra pessoa pode não ter efeito 
liberatório 
- O devedor poderá acionar quem recebeu 
indevidamente, mas permanecerá vinculado a 
obrigação. 
 
2)Pagamento a terceiro desqualificado terá valor: 
- Se houver ratificação pelo credor 
- Se reverter em proveito do credor. 
- Se for feito de boa-fé ao credor putativo (credor 
ilegítimo com aparência de credor). 
 
Art. 308. O pagamento deve ser feito ao credor ou a 
quem de direito o represente, sob pena de só valer 
depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter 
em seu proveito. 
 
Art. 309. O pagamento feito de boa-fé ao credor 
putativo é válido, ainda provado depois que não era 
credor. 
 
3)Pagamento ao credor não terá valor: 
- Se feito ao credor incapaz de dar quitação, salvo se 
reverteu ao seu proveito. 
- Se o devedor tiver sido intimado da penhora e 
mesmo assim pagar ao credor. 
 
Art.310. Não vale o pagamento cientemente feito ao 
credor incapaz de quitar, se o devedor não provar 
quem em benefício dele efetivamente reverteu. 
 
Art.312. se o devedor pagar ao credor, apesar de 
intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da 
impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento 
não valerá contra estes, que poderão constranger o 
devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o 
regresso contra o credor. 
 
Elementos Objetivos: 
 
Elementos Objetivos: Objeto de Pagamento e sua 
prova 
O que se paga 
Previsão Legal: arts. 313 a 326 do CC 
1)Objeto do pagamento: 
O objeto do pagamento é a prestação, que é 
individualizada, podendo o credor se negar a recebero que não foi pactuado, mesmo sendo a coisa mais 
valiosa. 
Art.313. O credor não é obrigado a receber prestação 
diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. 
 
Como Se Paga: 
Previsão Legal: arts. 313 a 326 do CC 
1)Prestação por inteiro: 
Art.314. Ainda que tenha por objeto prestação 
divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, 
nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se 
ajustou. 
 
2)Moeda corrente e valor nominal: 
Art.315. As dívidas em dinheiro deverão ser pagas no 
vencimento, em moeda corrente e pelo valor nominal, 
salvo o disposto nos artigos subsequentes. 
 
Art.318. São nulas as convenções de pagamento em 
ouro ou em moeda estrangeira, bem como para 
compensar a diferença entre o valor desta e o da 
moeda nacional, excetuados os casos previstos na 
legislação especial. 
 
3)Aumento progressivo de prestações sucessivas: 
Art. 316. É ilícito convencionar o aumento progressivo 
de prestações sucessivas. 
 
4)Teoria da imprevisão: 
Art.317. Quando, por motivos imprevisíveis, sobrevier 
desproporção manifesta entre o valor da prestação 
devida e o do momento de sua execução, poderá o 
juiz corrigi-lo, a pedido da parte, de modo que 
assegure, quanto possível, o valor real da prestação. 
 
PROVA DE PAGAMENTO 
* PROVA DE PAGAMENTO: 
Quando realizamos um pagamento, provamos este 
pagamento por meio de prova de quitação/termo de 
quitação. 
 
Enquanto o credor não entregar um termo de 
quitação da dívida ao devedor, o devedor pode reter o 
pagamento. 
 
- Art.319. O devedor que paga tem direito a quitação 
regular, e pode reter o pagamento, enquanto não lhe 
seja dada. 
 
- Requisitos do termo de quitação : 
Designar o valor e a espécie da dívida, o nome do 
devedor ou quem por esse pagou (no caso de um 
terceiro que venha a quitar a dívida), o tempo e o 
lugar do pagamento, com a assinatura do credor 
ou do seu representante. 
- O devedor pode exigir este termo no ato do 
pagamento da obrigação 
 
Art. 320. A quitação, que sempre poderá ser dada por 
instrumento particular, designará o valor e a espécie 
da dívida quitada, o nome do devedor, ou quem por 
este pagou, o tempo e o lugar do pagamento, com a 
assinatura do credor, ou do seu representante. 
 
Parágrafo único - Ainda sem os requisitos 
estabelecidos neste artigo valerá a quitação, se de 
seus termos ou das circunstâncias resultar haver sido 
paga a dívida. 
 
Art.321. (títulos de crédito) Nos débitos, cuja 
quitação consista na devolução do título, perdido 
este, poderá o devedor exigir, retendo o pagamento, 
declaração do credor que inutilize o título 
desaparecido. 
Ex: duplicata, notas promissórias 
 
Art.322. Quando o pagamento for em quotas 
periódicas, a quitação da última estabelece, até prova 
em contrário, a presunção de estarem solvidas as 
anteriores. 
 
Art.323. Sendo a quitação do capital sem reserva dos 
juros, estes presumem-se pagos. 
 
Art.324. A entrega do título ao devedor firma a 
presunção do pagamento 
 
Parágrafo único - Ficará sem efeito a quitação assim 
operada se o credor provar, em sessenta dias, a falta 
do pagamento. 
 
Art.325. Presumem-se a cargo do devedor as 
despesas com o pagamento e a quitação; se ocorrer 
aumento por fato do credor, suportará este a despesa 
acrescida. 
 
Art.326. Se o pagamento se houver de fazer por 
medida, ou peso, entender-se á, no silencio das 
partes(presunção relativa), que aceitaram os do lugar 
da execução. 
 
- ONDE SE PAGA: - LUGAR DO PAGAMENTO 
Previsão legal: art.327 a 330, CC 
 
1)No domicilio do devedor, salvo se convencionado 
diversamente, ou se contrário resultar da lei, da 
natureza da obrigação ou das circunstancias. 
- Obrigação quesível ou quérable: domicilio do 
devedor 
- Obrigação portável ou portable: domicilio do credor 
***Obrigações consideradas de natureza portável (ou 
portable, expressão jurídica utilizada), quando o 
devedor precisará procurar o credor para se isentar da 
obrigação, passando a ser sua a responsabilidade de 
provar que ofereceu a prestação ao credor. 
 
Art.327. Efetuar-se a o pagamento no domicilio do 
devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da 
natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Parágrafo único - Designados dois ou mais lugares, 
cabe ao credor escolher entre eles. 
 
2)Pagamento relativo a imóvel 
Art.328. Se o pagamento consistir na tradição de um 
imóvel, ou em prestações relativas a imóvel, far-se a 
no lugar onde situado o bem. 
 
3)Não pagamento no local devido 
Art.329.Ocorrendo motivo grave para que se não 
efetue o pagamento no lugar determinado, poderá o 
devedor faze-lo em outro, sem prejuízo para o credor. 
 
Art.330. O pagamento reiteradamente feito em outro 
local faz presumir renúncia do credor relativamente 
ao previsto no contrato. 
 
- QUANDO SE PAGA: - TEMPO DO PAGAMENTO 
Previsão legal: art.331 a 333, CC 
 
1)Na data convencionada pelas partes 
Se não foi convencionado pelas partes: o credor 
poderá exigir o pagamento imediatamente. 
Pode-se pedir o pagamento no ato (pagamento a 
vista). 
 
Art.331. Salvo disposição legal em contrário, não 
tendo sido ajustada época para o pagamento, pode o 
credor exigi-lo imediatamente. 
 
Obrigações de Execução Instantânea; Diferida e 
Periódica: 
Esta classificação é dada de acordo com o momento 
em que a obrigação deve ser cumprida. Sendo 
classificadas, portanto, em: 
 
Obrigações 
momentâneas 
ou de execução 
instantânea 
Obrigações de 
execução 
diferida - (uma 
vez no futuro) 
Obrigações 
de execução 
continuada 
ou de trato 
sucessivo 
(periódica) 
concluídas em 
um só ato, ou 
seja, são 
sempre 
cumpridas 
imediatamente 
após sua 
constituição. 
 
Ex.: Compra e 
venda à vista, 
pela qual o 
devedor paga 
ao credor, que 
o entrega o 
objeto. "A" dá o 
dinheiro a "B" 
que o entrega a 
coisa. 
 
também exigem 
o seu 
cumprimento 
em um só ato, 
mas 
diferentemente 
da anterior, sua 
execução 
deverá ser 
realizada em 
momento 
futuro. 
 
Ex.: Partes 
combinam de 
entregar o 
objeto em 
determinada 
data, assim 
como realizar o 
pagamento pelo 
mesmo. 
 
que se 
satisfazem 
por meio de 
atos 
continuados. 
 
Ex.: As 
prestações de 
serviço ou a 
compra e 
venda a 
prazo. 
 
 
 
2)Obrigações Condicionais 
 
**Obrigações condicionais: hipótese em que o 
cumprimento da obrigação depende de um evento 
futuro e incerto. O devedor só se obrigará a cumprir a 
obrigação se houver o implemento da condição 
estipulada. 
 
Art.332. As obrigações condicionais cumprem-se na 
data do implemento da condição, cabendo ao credor 
a prova de que deste teve ciência o devedor. 
 
Condição é o acontecimento futuro e incerto que 
subordina a eficácia jurídica de determinado negócio. 
Termo é o acontecimento futuro e certo que 
subordina o início ou término da eficácia jurídica de 
determinado ato negocial. 
 
Classificação das obrigações quanto à eficácia: 
 
Obrigações 
simples: 
Obrigações 
condicionais: 
Obrigações à 
termo: 
são aquelas 
que 
independem de 
outros 
requisitos para 
sua eficácia. 
Logo: é de 
cumprimento 
imediato. 
hipótese em 
que o 
cumprimento 
da obrigação 
depende de um 
evento futuro e 
incerto. 
 
* O devedor só 
se obrigará a 
cumprir a 
obrigação se 
houver o 
implemento da 
condição 
estipulada. 
modalidade em 
que o 
cumprimento 
da obrigação 
depende de 
um evento 
futuro e certo. 
 
3)Cobrança Antecipada 
Art.333. Ao credor assistirá o direito de cobrar a 
dívida antes de vencido o prazo estipulado no 
contrato ou marcado neste Código: 
I - no caso de falência do devedor, ou de concurso de 
credores; 
II - se os bens, hipotecados ou empenhados, forem 
penhorados em execução por outro credor; 
III - se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as 
garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o 
devedor, intimado, se negar a reforça-las. 
Parágrafo único - Nos casos deste artigo, se houver, 
no débito, solidariedade passiva, não se reputará 
vencido quanto aos outros devedores solventes. 
 REGRAS ESPECIAISDE PAGAMENTO 
- Pagamento em consignação 
- Imputação do pagamento 
- Sub-rogação 
 
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 
- Previsão Legal: art. 334 a 345,CC e 539 a 549 do CPC 
 
1)CONCEITO: 
Regra especial de pagamento através do depósito 
feito pelo devedor, da coisa devida, para liberar-se de 
uma obrigação assumida em face de um credor 
determinado. 
 
****A ação de consignação em pagamento é uma 
ação judicial proposta pelo devedor contra o credor, 
quando este recusar-se a receber o valor de dívida ou 
exigir ou devedor valor superior ao entendido devido 
por este, além de outras hipóteses admitidas na 
legislação. 
 
Art.334.CC - Considera-se pagamento, e extingue a 
obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento 
bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
 
2)Modalidades: 
- Judicial: em juízo (para qualquer tipo de bem) 
- Extrajudicial: fora do juízo, feita em estabelecimento 
bancário (somente em dinheiro) 
 
Art.334.CC - Considera-se pagamento, e extingue a 
obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento 
bancário da coisa devida, nos casos e forma legais. 
 
3) Hipóteses: 
Art.335.CC - A consignação tem lugar: 
I - se o credor não puder, ou sem justa causa, recusar 
receber o pagamento, ou dar quitação na devida 
forma; 
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa 
no lugar, tempo e condição devidos; 
III - se o credor for incapaz de receber, for 
desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar 
incerto ou de acesso perigoso ou difícil; 
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o objeto do pagamento; 
V - se pender litigio sobre o objeto do pagamento. 
 
4)Regras: 
- A consignação deverá observar todos os quesitos do 
pagamento: quem deve receber, quem deve pagar, 
local do pagamento, objeto do pagamento e 
momento do pagamento. 
 
Art.336.CC Para que a consignação tenha força de 
pagamento, será mister concorram, em relação as 
pessoas, ao objeto, modo e tempo, todos os 
requisitos sem os quais não é válido o pagamento. 
 
Art.337.CC O depósito requerer-se a no lugar do 
pagamento, cessando, tanto que se efetue, para o 
depositante, os juros da dívida e os riscos, salvo se for 
julgado improcedente. 
 
Art.540.CC Requerer-se a consignação no lugar do 
pagamento, cessando para o devedor, a data do 
depósito os juros e os riscos, salvo se a demanda for 
julgada improcedente. 
 
• Bem imóvel: O devedor poderá citar o credor para 
vir receber ou mandar recebe-la, sob pena de ser 
depositada. 
Art. 341. CC. Se a coisa devida for imóvel ou corpo 
certo que deva ser entregue no mesmo lugar onde 
está, poderá o devedor citar o credor para vir ou 
mandar recebê-la, sob pena de ser depositada. 
 
• Obrigação para a entrega de coisa incerta 
Pode-se dizer que a obrigação de dar coisa incerta 
sempre será transitória. Com efeito, haverá um 
momento em que a incerteza em relação ao objeto 
cessará, transmudando-se a natureza da obrigação 
para a de dar coisa certa, ou seja, aquela em que o 
objeto da prestação é determinado. Art. 243. 
 
Art. 342. CC. Se a escolha da coisa indeterminada 
competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob 
cominação de perder o direito e de ser depositada a 
coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo 
devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente. 
 
Art. 543. CPC. Se o objeto da prestação for coisa 
indeterminada e a escolha couber ao credor, será este 
citado para exercer o direito dentro de 5 (cinco) dias, 
se outro prazo não constar de lei ou do contrato, ou 
para aceitar que o devedor a faça, devendo o juiz, ao 
despachar a petição inicial, fixar lugar, dia e hora em 
que se fará a entrega, sob pena de depósito. 
 
• Prestações sucessivas 
Art. 541. CPC. Tratando-se de prestações sucessivas, 
consignada uma delas, pode o devedor continuar a 
depositar, no mesmo processo e sem mais 
formalidades, as que se forem vencendo, desde que o 
faça em até 5 (cinco) dias contados da data do 
respectivo vencimento. 
 
5)Procedimento: 
• Extrajudicial: em estabelecimento bancário. (fora do 
juízo - somente em dinheiro ) 
Art. 539. CPC. Nos casos previstos em lei, poderá o 
devedor ou terceiro requerer, com efeito de 
pagamento, a consignação da quantia ou da coisa 
devida. 
 
§ 1º Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o 
valor ser depositado em estabelecimento bancário, 
oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, 
cientificando-se o credor por carta com aviso de 
recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a 
manifestação de recusa. 
 
• Extrajudicial: em estabelecimento bancário. 
- Inexistindo recusa pelo credor: o devedor ficará 
liberado da obrigação. 
§ 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do retorno 
do aviso de recebimento, sem a manifestação de 
recusa, considerar-se-á o devedor liberado da 
obrigação, ficando à disposição do credor a quantia 
depositada. 
- Havendo recusa pelo credor: o devedor não ficará 
liberado da obrigação. 
 
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao 
estabelecimento bancário, poderá ser proposta, 
dentro de 1(um) mês, a ação de consignação, 
instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da 
recusa. 
 
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará sem 
efeito o depósito, podendo levantá-lo o depositante. 
 
Portanto, o credor poderá: 
- Comparecer na agência bancária e levantar o valor, 
ato que extinguirá a obrigação; 
- Comparecer na agência bancária e levantar o valor 
fazendo ressalvas quanto à sua exatidão, podendo 
cobrar a diferença por vias próprias; 
- Silenciar. Esse ato acarretará a aceitação tácita e a 
obrigação será reconhecida como extinta e o valor 
depositado ficará à espera do levantamento do 
credor; 
- Recusar o depósito, mesmo sem motivação, hipótese 
em que o depositante poderá levantar o dinheiro ou 
utilizar o depósito já feito para ingressar com a ação 
consignatória no prazo de um mês. 
 
Judicial: em juízo. 
- Pode ser consignado qualquer tipo de bem. 
 
- Petição inicial, em que deve constar o 
requerimento: 
I - de depósito da quantia ou da coisa devida, a ser 
efetivado no prazo de 5 dias contados do 
deferimento. 
II - de citação do réu para levantar o depósito ou 
oferecer contestação. Se ocorrer dúvida sobre quem 
deva legitimamente receber o pagamento, o autor 
requererá o depósito e a citação dos possíveis 
titulares do crédito para provarem o seu direito. 
 
- Com o deferimento de depósito pelo juiz, o autor 
deverá realiza-lo no prazo de 5 dias, sob pena de 
extinção do processo sem resolução do mérito. 
 
- Obrigação incerta com escolha do credor: citação 
para exercer o direito dentro de 5 dias, se outro 
prazo não constar de lei ou do contrato, ou para 
aceitar que o devedor a faça. O juiz, ao despachar a 
petição inicial, fixará lugar, dia e hora em que se fará a 
entrega, sob pena de depósito. 
 
 - Na contestação, o réu poderá alegar que: 
I - não houve recusa ou mora em receber a quantia ou 
a coisa devida; 
II - foi justa a recusa; 
III - o depósito não se efetuou no prazo ou no lugar do 
pagamento; 
IV - o depósito não é integral (neste caso o réu deverá 
indicar o montante que entende devido). 
 
- Se houver alegação de insuficiência do depósito 
(item IV acima), o autor poderá completá-lo no prazo 
de 10 dias, exceto se corresponder a prestação cujo 
inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. Além 
disso, o réu poderá já levantar a quantia ou coisa 
depositada, com a liberação parcial do autor, 
prosseguindo o processo em relação à parcela 
controvertida. 
 
- Sentença: 
 o juiz julgará o pedido de consignação em caso de 
insurgência pelo réu. 
 
- A sentença que concluir pela insuficiência do 
depósito determinará, sempre que possível, o 
montante devido e valerá como título executivo, 
facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos 
mesmos autos, após liquidação, se necessária. 
 
- Julgado procedente o pedido, o juiz declarará extinta 
a obrigação e condenará o réu ao pagamento de 
custas e honorários advocatícios. Proceder-se-á do 
mesmo modo se o credorreceber e der quitação. 
 
- Havendo dúvida sobre quem deva legitimamente 
receber o pagamento e citados os possíveis titulares 
do crédito para provarem seu direito: 
I - não comparecendo pretendente algum, converter-
se-á o depósito em arrecadação de coisas vagas; 
II - comparecendo apenas um, o juiz decidirá de 
plano; 
III - comparecendo mais de um, o juiz declarará 
efetuado o depósito e extinta a obrigação, 
continuando o processo a correr unicamente entre os 
presuntivos credores, observado o procedimento 
comum. 
 
Art. 343. As despesas com o depósito, quando julgado 
procedente, correrão à conta do credor, e, no caso 
contrário, à conta do devedor. 
 
 
Regras Especiais de Pagamento 
 
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 
Previsão Legal: arts. 352 a 355 do CC 
 
1)Conceito: 
Quando uma pessoa se obriga por dois ou mais 
débitos da mesma natureza com o mesmo credor, 
terá o direito de indicar a qual dos débitos oferece o 
pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. 
 
Regra: imputação pelo devedor. 
Exceção: imputação pelo credor – é possível diante a 
ausência de manifestação pelo devedor ou quando 
convencionado pelas partes. 
 
Art. 352. A pessoa obrigada por dois ou mais débitos 
da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de 
indicar a qual deles oferece pagamento, se todos 
forem líquidos e vencidos. 
 
Art. 353. Não tendo o devedor declarado em qual 
das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o 
pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não 
terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo 
credor, salvo provando haver ele cometido violência 
ou dolo. 
 
2)Capital e juros 
Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento 
imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no 
capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor 
passar a quitação por conta do capital. 
 
3)Presunção 
Art. 355. Se o devedor não fizer a indicação do art. 
352, e a quitação for omissa quanto à imputação, está 
se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro 
lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao 
mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa. 
 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
Previsão Legal: art. 346 a 351 do CC 
 
1) Conceito: 
Modalidade de pagamento especial em que um 
terceiro solve, ou empresta ao devedor o necessário 
para fazê-lo, com a transferência ao novo credor de 
todos os direitos, ações, privilégios e garantias. 
Para o credor, a obrigação se extingue, pois seu 
direito de crédito foi satisfeito. Porém, para o 
devedor, a obrigação subsiste, pois o terceiro solvente 
passa a ocupar a posição do antigo credor, assumindo 
todos os direitos, ações, privilégios e garantias do 
credor primitivo, tanto com relação ao devedor 
principal quanto aos fiadores – Felipe Quintella. 
 
2)Espécies de sub-rogação 
Sub-rogação legal: ocorrerá a sub-rogação por 
disposição legal, nas hipóteses do art. 346, do CC. 
 
Sub-rogação convencional: ocorrerá a sub-rogação 
convencional por convenção entre os sujeitos dentro 
das hipóteses autorizadas na lei, no art. 346, do CC. 
 
Sub-rogação legal – art. 346, CC 
A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em favor: 
I - do credor que paga a dívida do devedor comum: 
quando há pluralidade de credores. 
II - do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a 
credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva 
o pagamento para não ser privado de direito sobre 
imóvel. 
III - do terceiro interessado, que paga a dívida pela 
qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte. 
 
Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor 
todos os direitos, ações, privilégios e garantias do 
primitivo, em relação à dívida, contra o devedor 
principal e os fiadores. 
 
Art. 350. Na sub-rogação legal o sub-rogado não 
poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão 
até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o 
devedor. 
 
Art. 351. O credor originário, só em parte 
reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na 
cobrança da dívida restante, se os bens do devedor 
não chegarem para saldar inteiramente o que a um e 
outro dever. 
 
Sub-rogação convencional – art. 347, CC 
A sub-rogação é convencional: 
I - quando o credor recebe o pagamento de terceiro e 
expressamente lhe transfere todos os seus direitos; 
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a 
quantia precisa para solver a dívida, sob a condição 
expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos 
do credor satisfeito. 
 
PAGAMENTO INDIRETO 
 
Dação em Pagamento 
Previsão legal: arts. 356 a 359, CC 
 
1. Conceito 
Forma de pagamento indireto em que há um acordo 
privado entre os sujeitos da relação obrigacional, 
pactuando-se a substituição do objeto obrigacional 
por outro. 
 
A dação em pagamento está prevista nos artigos 356 a 
359 do Código Civil. É a forma de pagamento indireto 
em que as partes fazem a substituição da prestação 
devida por uma outra, mantendo idênticos todos os 
demais elementos obrigacionais. 
 
Art. 356. O credor pode consentir em receber 
prestação diversa da que lhe é devida. 
 
Por exemplo, suponha que um indivíduo deva R$ 
10.000,00 a outra pessoa. Porém, no momento do 
pagamento, como aquele estava sem o valor devido 
em mãos, ofereceu-lhe seu cavalo para adimplir o que 
devia, proposta aceita pela outra parte. Com a 
entrega da prestação supletiva, opera-se a liberação 
do devedor. 
 
A dação é diferente da novação. Nesta modalidade 
de pagamento indireto, as partes constituirão uma 
nova obrigação para extinguir a anterior e não haverá, 
nem mediata nem imediatamente, a satisfação do 
crédito do credor. 
 
O credor não é obrigado a receber prestação diversa 
da que lhe é devida, mesmo que esta seja mais 
valiosa. 
 
A dação em pagamento é uma modalidade muito 
utilizada nas negociações como de dívidas, por 
exemplo. Nada mais é do que um acordo em que o 
credor concorda em receber do devedor uma 
prestação diferente do que lhe é devida. 
 
Na prática, a dação em pagamento é uma espécie de 
substituição. Em vez de receber o dinheiro devido, o 
credor concorda em receber uma outra coisa, que 
pode ser um bem material, um imóvel, um terreno 
ou algo que o valha. 
 
2. Requisitos: 
• Consentimento do credor. 
• Satisfação do credor pelo recebimento de coisa 
diversa da prestação 
devida. 
• Intenção de extinguir a obrigação. 
 
3. Características: 
Nos termos do artigo 357 do Código Civil, caso a 
obrigação seja de dar coisa, como um cavalo, e as 
partes a convertam na obrigação de dar dinheiro, a 
relação será regida pelas regras de compra e venda: 
 
Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em 
pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão 
pelas normas do contrato de compra e venda. 
 
Por fim, se o credor for evicto da coisa dada em 
pagamento, a obrigação primitiva deverá ser 
restabelecida com todas as suas garantias e ficando 
sem efeito a quitação dada pelo credor ao devedor, 
ressalvados direitos de terceiros de boa-fé: 
 
Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em 
pagamento, a transferência importará em cessão. 
 
Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em 
pagamento, restabelecerse-á a obrigação primitiva, 
ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os 
direitos de terceiros. 
 
******Evicção: é a perda da posse, propriedade ou 
uso de determinado bem ou coisa. Ocorre em razão 
de uma sentença judicial que atribui a terceiro, alheio 
à relação obrigacional, os direitos sobre o bem que já 
lhe era devido antes de ter ocorrido o negócio jurídico 
entre as partes. 
 
* Novação - 
Previsão Legal : arts. 360 a 367 CC 
 
*** extinção da obrigação anterior, assim 
convencionando uma nova obrigação** 
O devedor oferece uma prestação diferente daquela 
que era devida, e o credor aceita este pagamento e 
assim extingue a obrigação , única coisa que 
aconteceu foi a substituição de uma obrigação 
anterior por uma nova com a finalidade de extinguir 
a que existia antes. 
 
1. Conceito 
“Chama-se novação o fenômeno jurídico por meio do 
qual uma obrigação nova substituiuma obrigação 
anterior, a qual, por isso, extingue-se”. – Felipe 
Quintella. 
 
Novação é a extinção de uma obrigação pela 
formação de outra, destinada a substituí-la. Dessa 
forma, a novação é o ato jurídico pelo qual se cria 
uma nova obrigação com o objetivo de, substituindo 
outra anterior, a extinguir. 
 
A dependência sempre de ter uma convenção firmada 
entre os sujeitos da relação obrigacional, pois, logo 
não há de existir em regra, novação legal determinada 
por imposição da lei. 
 
Convencionada, por tanto, a formação de outra 
obrigação, a primitiva relação jurídica será 
considerada extinta, sendo substituída pela. Aí, então 
teremos o instituto da novação. 
 
Ainda, a novação exige que exista, entre a dívida 
antiga e a nova, uma diversidade substancial. Não 
haverá, portanto, novação, quando apenas se 
verificarem pequenas alterações secundárias na 
dívida, tal como ocorre, por exemplo, com a 
estipulação de nova taxa de juros, exclusão de uma 
garantia, antecipação do vencimento. 
 
2. Elementos 
- Existência de uma obrigação anterior (dívida novada) 
- Existência de uma nova obrigação (dívida novadora) 
- Intenção de novar 
 
3. Características 
- A novação não se presume: deve existir a intenção 
de novar. 
- Pode ocorrer com a substituição do objeto ou do 
sujeito ativo ou passivo. 
 
Art. 360. Dá-se a novação: 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida 
para extinguir e substituir a anterior. 
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando 
este quite com o credor. 
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro 
credor é substituído ao antigo, ficando o devedor 
quite com este. 
 
A dação em pagamento não pode ocorrer em 
qualquer relação contratual, pois a lei a veda em 
determinadas hipóteses, como a prevista no artigo 
1.428: 
 
Art. 1.428. É nula a cláusula que autoriza o credor 
pignoratício, anticrético ou hipotecário a ficar com o 
objeto da garantia, se a dívida não for paga no 
vencimento 
 
Novação objetiva ou real: com a substituição do 
objeto 
I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida 
para extinguir e substituir a anterior; 
 
Novação subjetiva ou pessoal: com a substituição dos 
sujeitos 
 
Novação subjetiva passiva: 
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando 
este quite com o credor; 
 
Novação por expromissão: sem a participação do 
devedor 
Art. 362. A novação por substituição do devedor pode 
ser efetuada independentemente de consentimento 
deste. 
 
Novação por delegação: com a participação do 
devedor - quando há indicação de um novo devedor 
para essa obrigação é necessário que a indicação seja 
feita de boa-fé 
Art. 363. Se o novo devedor for insolvente, não tem o 
credor, que o aceitou, ação regressiva contra o 
primeiro, salvo se este obteve por má-fé a 
substituição. 
 
Novação e devedores solidários 
Art. 365. Operada a novação entre o credor e um dos 
devedores solidários, somente sobre os bens do que 
contrair a nova obrigação subsistem as preferências e 
garantias do crédito novado. 
Os outros devedores solidários ficam por esse fato 
exonerados. 
 
Novação subjetiva ativa: 
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro 
credor é substituído ao antigo, ficando o devedor 
quite com este. 
 
4. Efeitos 
- Extinção da dívida primitiva 
Art. 364. A novação extingue os acessórios e garantias 
da dívida, sempre que não houver estipulação em 
contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor 
ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os 
bens dados em garantia pertencerem a terceiro que 
não foi parte na novação. 
 
- Novação realizada sem o consenso do fiador 
importará na exoneração da fiança. 
Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação 
feita sem seu consenso com o devedor principal. 
 
- Não pode ser objeto de novação as obrigações 
nulas ou extintas. 
Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, 
não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou 
extintas. 
 
Compensação 
Previsão Legal - arts. 368 a 380 CC 
 
1. Conceito 
“Compensação é o fenômeno por meio do qual se 
extinguem obrigações pelo fato de o credor de uma 
delas ter se tornado devedor da outra, e vice-versa” – 
Felipe Quintella. 
 
2. Requisitos - Dívidas líquidas, vencidas e de coisas 
fungíveis. 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas 
líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 
 
Art. 370. Embora sejam do mesmo gênero as coisas 
fungíveis, objeto das duas prestações, não se 
compensarão, verificando-se que diferem na 
qualidade, quando especificada no contrato. 
 
Art. 372. Os prazos de favor, embora consagrados 
pelo uso geral, não obstam a compensação. 
 
3. Características 
- A compensação se opera automaticamente, de 
pleno direito, independentemente da vontade das 
partes. Isso pode ser alegado por uma das partes em 
face da outra. 
 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo 
credor e devedor uma da outra, as duas obrigações 
extinguem-se, até onde se compensarem. 
 
Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas 
líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 
 
- É possível que as partes acordem a compensação 
através de contrato, para os demais casos não 
previstos no art. 369. 
 
- A compensação pode ser parcial 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo 
credor e devedor uma da outra, as duas obrigações 
extinguem-se, até onde se compensarem. 
 
- Cláusula excludente da compensação ou renúncia da 
compensação 
 
Art. 375. Não haverá compensação quando as partes, 
por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de 
renúncia prévia de uma delas. 
 
4. Classificações 
- Quanto à origem: 
- Compensação legal 
- Compensação convencional 
- Compensação judicial 
 
- Quanto à extensão: 
- Plena, total ou extintiva 
- Restrita, parcial ou propriamente dita 
 
 
5. Casos de impossibilidade de compensação 
5.1. Art. 373, CC 
Art. 373. A diferença de causa nas dívidas não impede 
a compensação, exceto: I - se provier de esbulho, 
furto ou roubo; II - se uma se originar de comodato, 
depósito ou alimentos; III - se uma for de coisa não 
suscetível de penhora. 
 
5.2. Art. 380, CC 
Art. 380. Não se admite a compensação em prejuízo 
de direito de terceiro. O devedor que se torne credor 
do seu credor, depois de penhorado o crédito deste, 
não pode opor ao exeqüente a compensação, de que 
contra o próprio credor disporia. 
 
5.3. Art. 376, CC 
Art. 376. Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não 
pode compensar essa dívida com a que o credor dele 
lhe dever. 
 
6. Compensação de dívida de terceiros 
Art. 371. O devedor somente pode compensar com o 
credor o que este lhe dever; mas o fiador pode 
compensar sua dívida com a de seu credor ao 
afiançado. 
 
7. Compensação de dívidas pagáveis em lugares 
diversos 
Art. 378. Quando as duas dívidas não são pagáveis no 
mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução 
das despesas necessárias à operação. 
 
8. Compensação de crédito cedido 
Art. 377. O devedor que, notificado, nada opõe à 
cessão que o credor faz a terceiros dos seus direitos, 
não pode opor ao cessionário a compensação, que 
antes da cessão teria podido opor ao cedente. Se, 
porém, a cessão lhe não tiver sido notificada, poderá 
opor ao cessionário compensação do crédito que 
antes tinha contra o cedente 
 
9. Compensação múltipla 
Art. 379. Sendo a mesma pessoa obrigada por várias 
dívidas compensáveis, serão observadas, no 
compensá-las, as regras estabelecidas quanto à 
imputação do pagamento. 
 
Confusão 
Previsão legal: arts. 381 a 384, CC 
 
1. Conceito: 
Quando na mesma pessoa confundem-se as 
qualidades de credor e devedor. 
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na 
mesma pessoa se confundam as qualidades de credor 
e devedor. 
 
2. Características: - Pode ser parcial ou total. 
Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de 
toda a dívida, ou só de parte dela. 
 
Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou 
devedor solidário só extingue a obrigação até a 
concorrência da respectiva parte no crédito, ou na 
dívida,

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