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AV2 EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

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AV2 – EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
1)Ao pensarmos com Foucault a questão da sexualidade, podemos questionar sobre o intenso 
discurso atual que entende a sexualidade pela ideia da repressão e do caráter reprodutor onde o 
casamento heterossexual seria o único possível para manter essa regra, algo que no século XVIII de 
fato ocorreu. Porém, com o advento da burguesia era preciso tornar o corpo e o sujeito dócil e útil e 
assim, passou a permitir e controlar ao mesmo tempo sexualidades diversas, mirando na produção 
de capital. Hoje percebemos, por exemplo, a indústria pornográfica, os consultórios de terapeutas 
sexuais, os medicamentos e as revistas vendendo o caminho para o prazer sexual. Nesse sentido, 
Foucault chama de hipótese repressiva, porque não se proíbe, se fala e muito sobre sexo para que 
assim possa controlar e torná-lo positivamente produtivo. Ao se criar um discurso pretensamente 
repressivo, produz-se uma verdade sobre o sexo que não interdita, mas o qual se escreve a história 
do sexo, numa técnica de poder e a partir de uma vontade de saber.
Considere as seguintes assertivas sobre essa discussão: 
1 - o poder incitou a proliferação de discursos, seja na igreja, na escola, na família ou no 
consultório médico, que não visavam proibir ou reduzir a prática sexual, mas sim o controle do 
sujeito e seu corpo.
 2 - deve-se falar de sexo, não apenas algo a ser tolerado, mas gerido e inserido para o "bem de 
todos" com intuito de fazê-lo funcionar, pois não se julga, administra-se o sexo, visando regulá-lo e 
aumentar sua potência como regulador da sociedade. 
3 - os discursos médicos e de outras áreas da ciência despertaram sua atenção sobre a sexualidade, a
exemplo da pedagogia que elaborou um discurso sobre o sexo da criança, que aliada a psiquiatria, 
estabeleceu uma conexão com as ditas perversões sexuais, assinalando perigos ao se falar 
constantemente sobre.
4 - a investigação psiquiátrica, o relatório pedagógico e o controle familiar não tem a função de 
vigiar e reprimir essas sexualidades, apenas ajudar a tornar a sexualidade algo melhor para todos.
Considerando a discussão sobre a hipótese repressiva de Foucault e sua atualidade, as assertivas 1, 
2, 3 e 4 são, respectivamente:
Alternativas:
a)V, V, V, V.
b)V, V, F, F.
c)V, V, V, F.
d)F, F, V, F.
e)V, F, V, F.
2)"Penso que deveríamos nos interessar pela história tanto dos homens como das mulheres, e que 
não deveríamos tratar somente do sexo sujeitado, assim como um historiador de classe não pode 
fixar seu olhar apenas sobre os camponeses. Nosso objetivo maior é compreender a importância dos
sexos, isto é, dos grupos de gênero no passado histórico. Nosso objetivo é descobrir o leque de 
papéis e de simbolismos sexuais nas diferentes sociedades e períodos, é encontrar qual é seu sentido
e como eles funcionavam para manter a ordem social ou para mudá-la" (DAVIS, 1976, p. 90).
(DAVIS, Natalie Zamon. Women´s history in transition: the European case. Feminist Studies, n. 1, 
p. 83-103, 1976)
Segundo a historiadora feminista Natalie Davis (1976), ao se pensar sobre gênero, devemos 
considerar:
Alternativas:
a)construir uma história com as mulheres, que seja um campo específico das feministas, pois é uma 
área que os homens não dominam.
b)produzir uma história de mulheres apenas segmenta e separa o sentido de produzir história e em 
nada afeta a sociedade como está organizada, pois não dá para simplesmente alterar os fatos só 
porque algumas estudiosas começaram a "recriar" a historiografia.
c)falar de gênero não é falar de mulheres, mas é entender homens e mulheres dentro de um contexto
social, por isso uma abordagem histórica que perceba ambos para entender diferentes processos em 
diferentes épocas dessas relações estabelecidas.
d)a história das mulheres é diferente, porque diz respeito ao sexo e à família, por isso ser separada 
de uma história política e econômica, que estaria mais próxima da vida pública reservada aos 
homens.
e)a história não precisa ser reescrita, basta achar exemplos de mulheres que fizeram algo de 
significativo em algum tempo ou mulheres virtuosas e incluir no livro didático, por exemplo, e 
assim cuidaremos de ter uma história que fale de homens e mulheres.
3)"O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político tem sido concebido, 
legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao significado da oposição homem/mulher; ele 
também o estabelece. Para proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa, fora de 
toda construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta maneira, a oposição binária e o 
processo social das relações de gênero tornam-se parte do próprio significado de poder; por em 
questão ou alterar qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro" (SCOTT, 1995, p. 92).
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre,
v. 20, n. 2, p. 71-99, 1995)
Sobre a relação de gênero e poder político proposto pela historiadora feminista Joan Scott, 
considere V para Verdadeiro e F para Falsa, nas assertivas abaixo 
( ) nessa relação, por exemplo, pode se pensar na Revolução Francesa, onde as sans culottes eram 
vistas como "megeras do inferno", vis e desnaturalizadas em oposição a "feminilidade" de Maria 
Antonieta, que escapa à multidão, procurou refúgio na servidão a um rei, seu marido e cuja beleza 
inspirou o orgulho nacional, desenhando qual o papel apropriado ao dito feminino na política.
( ) Louis de Bonald em 1816, quando da discussão sobre o divórcio na legislação da Revolução 
Francesa, ponderou que a democracia permite ao povo enquanto parte fraca da sociedade se voltar 
contra o poder; enquanto o divórcio, permitira às esposas, como parte fraca, rebelar-se contra a 
autoridade do marido, por isso da mesma forma que se mantinha o Estado longe do povo, deveria se
manter a família fora do poder das esposas.
 
( ) ainda há que se estudar a conexão entre os regimes autoritários e o controle das mulheres, como
durante a tomada hegemônica dos jacobinos na Revolução Francesa, ou quando Stalin se apoderou 
do controle da autoridade na ex. URSS e mesmo na implementação da política nazista a Alemanha 
ou no triunfo do Ayatolá Komehini no Irã, onde todos utilizaram a autoridade e o poder como 
dominante masculinos, tratando no feminino os inimigos, forasteiros e subversivos, traduzindo em 
leis e códigos que proibiram as mulheres de participar da vida política, abortar, códigos de 
vestuários e tantas outras ações de controle (Adaptado de Scott (1995))
Assinale a alternativa que elenca corretamente a sequência entre verdadeiro e falso:
Alternativas:
a)V - V - F.
b)F - F- V.
c)V - V - V.
d)V - F - V.
e)V - F - F.
4)Analise as asserções a seguir e suas relações:
"Os usos da diversidade cultural, de seu estudo, sua descrição, sua análise e sua compreensão, têm 
menos o sentido de nos separarmos dos outros e separarmos os outros de nós, a fim de defender a 
integridade grupal e manter a lealdade do grupo, do que o sentido de definir o campo que a razão 
precisa atravessar, para que suas modestas recompensas sejam alcançadas e se concretizem. O 
terreno é irregular, cheio de falhas súbitas e passagens perigosas, onde os acidentes podem 
acontecer e de fato acontecem, e atravessá-lo ou tentar atravessá-lo contribui pouco ou nada para 
transformá-lo numa planície nivelada, segura e homogênea, apenas tornando visíveis suas fendas e 
contornos" ( GEERTZ, 2001, p. 81) 
Porque
"[...] a noção de diversidade das culturas humanas não deve ser concebida de uma maneira estática. 
Esta diversidade não é a mesma que é dada por um corte de amostras inerte ou por um catálogo 
dissecado" (LEVI-STRAUSS, 1975, p. 17
(GEERTZ, Clifford. Nova luz sobre a antropologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001 e LEVI-
STRAUSS, Claude. Raça e história. Lisboa: Presença, 1975)
Pensando esse conceito de diversidade na escola, é correto afirmar sobre as asserções que:
Alternativas:
a)as duassão verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
b)as duas são verdadeiras, mas não estabelecem relação entre si.
c)a primeira é uma afirmativa falsa; e a segunda, verdadeira.
d)a primeira é uma afirmativa verdadeira; e a segunda, falsa.
e)as duas são falsas, e a segunda não complementaria a primeira.
5)O sentido de diversidade ou diferença dentro das políticas públicas governamentais sobre a 
Educação ganharam forte impulso, principalmente a partir de 1997, com a publicação dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), o qual indicava essa discussão como tema transversal. A 
pesquisadora Elizabeth Macedo (2009), faz uma importante crítica sobre a questão da diferença 
nessa proposta:
 "Minha denúncia das estratégias utilizadas pelas cadeias universalistas no sentido de continuar 
garantindo sua hegemonia nada tem a ver com a defesa do particularismo. Em outra direção, 
entendo que o caminho para um currículo centrado na diferença é desconstruir a dicotomia entre 
particular e universal, percebendo este último como lugar vazio preenchido temporariamente por 
articulações hegemônicas. [...] analisar como as cadeias universalistas veem buscando garantir sua 
hegemonia nos currículos é uma forma de ação política, na medida em que nos permite indagar 
sobre como constituímos as estruturas do poder por intermédio do posicionamento de sujeitos no 
interior contestado dessas estruturas" (MACEDO, 2009, p. 105).
(MACEDO, Elizabeth. Como a diferença passa do centro à margem nos currículos: o caso dos 
PCN. Educação e Sociedade, v. 30, n. 106, p. 23-43, 2009)
 Assinale a alternativa correta quanto à discussão da diferença nos PCN:
Alternativas:
a)a escola possui um caráter universal, que deve ser para todos, mas na elaboração dos PCN e 
mediante essa dificuldade do universal, procurou-se valorizar o particular, o que acaba por incorrer 
a escola em funcionar apenas para um grupo e não para esse todo universal ao qual ela deveria ser.
b)a autora corrobora que os PCN trouxeram uma nova abordagem sobre a diversidade, algo que não
existia nas políticas educacionais anteriores da década de 1990, porém ela salienta para a 
importância de não particularizar demais de modo que o todo da escola seja esquecido, haja vista 
ser um espaço amplo, de contínua rotação e imprevisibilidade.
c)os PCN são documentos que estão distantes da realidade da escola, não dialogam com os (as) 
professores (as) justamente por esse caráter universalizador, que acaba por desconsiderar as 
experiências e vivências que professores (as) e alunos (as) têm dentro desse espaço, caracterizando 
assim uma abordagem que não dá conta de toda essa trama social que circula dentro da própria 
escola.
d)a matriz curricular, ao se balizar com os PCN institui a diversidade com o propósito de entender a 
escola como o lugar do diverso, desde que seja homogeneizado até mesmo as particularidades, sem 
que com isso se esqueça desse caráter mais geral do espaço escolar.
e)a principal crítica da autora se refere a um caráter universalizante, portanto, homogeneizador do 
que se entende por diferença e o desdobramento nas relações de poder que posicionam esses 
sujeitos à margem, quando consideram estes como uma particularidade e não o todo, viabilizando o 
discurso de que a escola deve ser para atender uma maioria, sem considerar as especificidades.

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