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Cabeça e pescoço – tireoide Anatomia da tireoide É um órgão muito vascularizado – artéria tireóidea superior / artéria tireóidea inferior / artéria tireóidea superior Nervo laríngeo inferior ou recorrente – inerva a laringe, porém está relacionado anatomicamente com a tireoide, pois cruza a artéria tireóidea inferior. Sistema venosa – veia tireóidea superior, média e inferior O nervo laríngeo recorrente é um ramo do nervo vago As paratireoides também são irrigadas pelas artérias que irrigam a tireoide Indicações de tireoidectomia 1. Malignidade 2. Compressão 3. Hipertireoidismo – não tratável de forma clínica 4. Mergulhante – a tireoide cresce para dentro 5. Queixa estética Bócio É uma alteração morfológica da tireoide que pode ser tanto por aumento ou nódulos de natureza benigna e não infecciosa Classificação Epidemiológica podendo ser endêmico (baixa ingesta de iodo) ou esporádico (não tem relação com déficit de iodo) Morfológico – nodular (presença de nódulos) ou difuso (sem nódulos) Fisiológico – simples (quando não causa hipertireoidismo) ou tóxico (causa hipertireoidismo) Quadro clínico Na enorme da maioria das vezes é um ACHADO DE IMAGEM Compressão – dificuldade de engolir / falar / respirar Hipertireoidismo – taquicardia, ansiedade, emagrecimento, irregularidade menstrual etc. Exame físico Devemos examinar a tireoide pela frente e por traz Nódulo na região anterior móvel a deglutição Sinais flogísticos Linfonodos Estase jugular Pletora facial, exoftalmia e taquicardia Investigação complementar USG / PAAF / cintilografia e TSH O primeiro exame que vai determinar a conduta é o TSH Interpretação do TSH Paciente que tem o TSH baixo e tem hipertireoidismo temos que buscar a etiologia do hipertireoidismo, que pode ser de três formas: 1. Bócio difuso tóxico (causa mais comum e frequente de hipertireoidismo doença de graves – doença autoimune, sofre estímulos externos e faz com que a tireoide cresça e aumente a produção de hormônios tireoidianos) 2. Bócio uninodular tóxico – são os nódulos que estão autônomos produzindo mais hormônios do que deveriam 3. Bócio Multinodular tóxico - são os nódulos que estão autônomos produzindo mais hormônios do que deveriam Iremos diferenciar um de outro com o exame CINTILOGRAFIA Bócio difuso tóxico – toda a tireoide vai captar mais o iodo Bócio uninodular tóxico – doença de Plummer Bócio multinodular - Autonomização de bócio multinodular Bócio difuso tóxico – DOENÇA DE GRAVES Quadro clínico Hipertireoidismo + bócio + exoftalmia Laboratório TSH baixo / T4 livre ALTO / TRAB + USG na maioria das vezes vai mostrar um bócio difuso, e as vezes pode ter um nódulo. Cintilografia vai mostrar uma captação difusa Tratamento Droga anti-tireoidiana (metimazol ou propiluracil) + beta bloqueador Eventualmente radio-iodo-terapia Quando é necessário fazer a operação devemos fazer a tireoidectomia total Racional cirúrgico Câncer de tireoide Histologia da tireoide Célula folicular – FUNCIONANTE A célula folicular expresa o NIS (simporte de transporte de sódio e iodo). Ao expresar o NIS a célula da tireoide é uma das poucas que capta o iodo A célula folicular tem o receptor de TSH Ao captar iodo pelo estimulo do TSH ela vai produzir uma macroprotéina chamada de TIROGLOBULINA que fica armazenada no coloide A TIREOGLOBULINA é um marcador muito importante quando falamos de câncer de tireoide Célula parafolicular – no meio das células foliculares Produz calcitonina – antagonista do PTH A calcitonia tem um papel muito importante no diagnóstico de câncer quando as parafoliculares são afetadas Divisao etiológica de câncer de tireoide Câncer de origem da célula folicular – podemos subdividir em: Câncer papilífero principal câncer de origem de célula folicular, melhor prognóstico Câncer folicular clássico Outros Câncer de célula parafolicular Câncer medular mais grave Câncer indiferenciado extremamente grave – carcinoma anaplásico Outros Linfoma Sarcoma Carcinoma de células foliculares É um tumor que responde ao TSH – TSH ALTO FAZ ELE CRESCER Ele capta iodo, fazer a radio-iodoterapia é uma forma de adjuvância, ajudando no tratamento Produz tireoglobulina é um marcador sério pós-operatório para ver se se o câncer voltou ou não Principais exemplos de carcinoma de células foliculares CARCINOMA PAPILÍFERO E CARCINOMA FOLICULAR Quadro clínico: Normalmente teremos um nódulo na regiao cervical aterior Pode ser endurecido Em um primeiro momento ele é móvel a deglutição No polo inferior ele pode ter um componente mergulhante Cânceres em estágios avançados teremos a presença de sintomas compressivos Sintomas compressivos disfonia (sinal de alarme) / disfagia / dispneia Linfonodomegalia muitas vezes iremos ver um linfonodo aumentado por metástase da tireoide É um linfonodo arredondado, normalmente indolor. Pode estar produzindo tireoglobulina no linfonodo, essa tireoglobulina fica armazenada como coloide dando a consistência cística. Em fases mais avançadas ele pode ser fixo, endurecido e invasivo. A maioria dos pacientes que descobrem que tem câncer de tireoide é assintomático, paciente foi fazer um rastreio e descobriu o nódulo na tireoide. Exames complementares USG PAAF TC / RNM (casos maiores) Laringoscopia Radiografia de tórax Estadiamento – TNM T1: < 2 cm T1A: < 1 cm T1B: 1-2 cm T2: 2 a 4 cm T3: >4 cm T4: invasão macroscópica Tratamento O tratamento cirúrgico envolve a TIREOIDECTOMIA É O PRINCIPAL TRATAMENTO PARA O CÂNCER DE TIREOIDE Esvaziamento cervical se o paciente for N0 não fazemos o esvaziamento, porém se for N + faremos o esvaziamento. Se for no nível IV faremos apenas o esvaziamento do compartimento central. Agora se tiver no compartimento lateral, faremos o esvaziamento do compartimento central e lateral (apenas o que tem o acometimento) N0: sem metástase linfonodal N1: com metástase linfonodal N1A: metástase no compartimento central N1B: metástase no compartimento lateral M0: sem metástase à distância M1: com metástase à distância O câncer folicular tem predisposição de formar metástase em sítio pulmonar e ósseo Carcinoma de células parafoliculares – CÂNCER MEDULAR DE TIREIOIDE É proveniente das células parafolicular Os marcadores são a CALCITONINA/CEA É esporádico na maioria das vezes, porém ele pode estar associado a síndromes neoplásicas familiares NEM 2A / NEM 2B Essas mutações neoplásicas famíliares acontece devido a mutação do RET, levando ao carcinoma medular 2A ou 2B. Esses carcinomas são de agressividade mais grave. Pacientes que mesmo sem histórico familiar devemos investigar a mutação RET, pois paciente com essa mutação devemos tratar antes de operar o feocromocitoma dele e além disso devemos pesquisar os famíliares de primeiro grau, pois se for confirmado a mutação devemos fazer a TIREOIDECTOMIA PROFILÁTICA. Pior prognóstico O tratamento é mais agressivo NEM 2A - Esse paciente irá apresentar HIPERPARATIREOIDISMO / CARCINOMA MEDULAR / FEOCROMOCITOMA NEM 2B – Esse paciente irá apresentar CARCINOMA MEDULAR / FEOCROMOCITOMA / NEUROMAS DE TGI / HÁBITOS MARPHANOIDE A calcitonima é um marcador de alta grau. Devemos dosar a calcitonina sérica, se ela tiver aumentada, até que se prove o contrário é um carcinoma medular. Além de marcador, a calcitonina tem função de estadiamento Tratamento O tratamento é tireoidectomia total e esvaziamento cervical O esavaziamento depende do estadiamento N Carcinoma anaplásico Extramemente grave – mortalidade próxima dos 100 % Sempre considerável como estadio 4, INDEPENDENTE DO TUMOR Quase nunca é ressecável Temos que fazer a biópsia por causa dos diagnóstico diferenciais LINFOMA / SARCOMA / CARCINOMA DE RIDEL / CARCINOMAS POUCO DIFERENCIADOS COMPLICAÇÕES DA TIREOIDECTOMIA Hipoparatireoidismo Hipocalemia Chvostek Trosseau Tremoires Parestesia Tetania
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