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• Ácido: molécula que em solução aquosa doa H+ • Base: íon ou molécula que remove H+ dos fluidos. PH É A MEDIDA DE CONCENTRAÇÃO DE H+ Os íons de hidrogênio podem vir da dieta, dos metabolismos, vão estar sempre tentando alterar o pH do nosso compartimento líquido. Os tampões são os responsáveis por impedir que ocorra uma grande variação do pH, por exemplo, o bicarbonato é um tampão importante para a parte líquido extracelular – plasma. O fosfato e a amônia são tampões utilizados para diminuir o pH da urina. A ventilação é extremamente importante para que ocorra a saída desse hidrogênio e ele não se acumule no nosso corpo. O íon de hidrogênio livre é uma das substâncias que existem em menor quantidade em nosso corpo. Toda reação que possui uma enzima por trás dela, ela possui uma característica físico química que é um pH ótimo das reações, aonde a enzima vai gerar a maior quantidade de produto a partir daquele substrato, ela vai garantir uma ótima atividade enzimática. ALTERAÇÕES NO PH PODEM INFLUENCIAR: Interferência na ligação enzima – substrato, cada aminoácido possui uma determinada estrutura, que podem ser alteradas, alterando a enzima, dificultando que ela reconheça o substrato, levando a uma perturbação do estado de ionização de resíduos dos aminoácidos envolvidos que estão envolvidos na atividade catalítica da enzima – sitio ativo. A alteração também pode ocorrer no substrato, existe uma macromolécula angiotensinogênio que circula pela circulação esperando a arrenina aparecer para transformá-lo em angiotensina 1. Se ele fosse sensível a essa hidrólise, o angiotensinogênio poderia quebrar em uma situação aleatória e a ECA jamais viria esse angiotensinogênio para formar o angiotensina 1, pois iria correr uma alteração na estrutura do substrato, ou seja, mexer no pH de início é ruim para proteína, porém ele também se torna ruim para os substratos. Qualquer alteração no pH podem trazer danos, que levam a morte: ➔ Acidose: depressão do SNC, desorientação e coma. Centros respiratórios podem deixar de funcionar levanto a morte. ➔ Alcalose: hiperexcitabilidade neuronal, alterações sensoriais, abalos/contrações musculares, paralisia dos músculos respiratórios e morte. MECANISMO DE REGULAÇÃO DO PH • Sistema tampão: ácidos e bases químicas presentes nos fluidos. • Sistema respiratório – ventilação: controle da frequência respiratória e remoção de gás carbônico. • Regulação renal de hidrogênio e bicarbonato – secreção e reabsorção. TAMPONAMENTO DE H+ NOS FLUIDOS É imediato, mas limitado, por exemplo, sistema bicarbonato e fosfato e também proteínas. As proteínas quando aparecem o hidrogênio livre elas o sequestram fazendo com que eles fiquem ligados a ela, ou seja, se torna mais difícil dele acidificar esse meio. No ultrafiltrado temos tudo, menos proteínas de alto peso molecular e células. O bicarbonato por estar na correndo sanguínea aparece no ultrafiltrado e o hidrogênio também, mas quando estão juntos formam o ácido carbônico que pode se dissociar em água e gás carbônico que são mais fáceis das células lidarem, e quem faz essa quebra formando eles é a enzima anidrase carbônica, que por sua vez, existem diferentes formas. Essa enzima está presente na membrana luminal e lá ela fica processo esse ácido carbônico que está na luz do túbulo. Sistema tampão fosfato Tem capacidade de complexar o hidrogênio, são moléculas que não mexem com características do pH dos fluidos e por serem solúveis em água podem ser eliminadas na urina. O nosso pH é mais alcalino, e essa grande quantidade de bicarbonato é filtrada continuamente pelo glomérulo. A bomba de sódio e potássio ATPase, presente na membrana basolateral, joga o sódio para o interstício que vai ceder substancias para os vasos. Coloca sódio para dentro e hidrogênio para fora. No túbulo proximal ocorre 85% da reabsorção de bicarbonato. Existe mais bicarbonato do que hidrogênio no sangue, portanto o bicarbonato é filtrado no glomérulo, portanto, no ultrafiltrado existe bicarbonato e hidrogênio. No túbulo proximal existem trocadores NHE3 ou ATPase de próton que permitem descarregar hidrogênio para luz do túbulo – lúmen. O bicarbonato que foi filtrado se não ocorrer nada com ele, ele é liberado na urina, pois não existe nenhum transportador para ele. Se o hidrogênio se acumula na célula ele altera o pH, sendo ele assim ele deixa o citoplasma por meio de um trocador uma proteína com transporte ativo secundário coloca sódio para dentro e esse sódio que entrou joga para fora o hidrogênio que se encontra com o bicarbonato formando o ácido carbônico, porém, na membrana luminal existe a enzima anidrase carbônica que quebra o ácido carbônico em água e gás carbônico, para que a célula consiga absorver de forma mais fácil. Dentro da célula vai existir outra anidrase carbônica que vai funcionar com outra quantidade de água, que vai poder ajudar ou na quebra do ácido carbônico ou em sua síntese. Nela também vai ter uma enzima desidrogenase que vão tirar o hidrogênio do ácido carbônico gerando bicarbonato e hidrogênio livre, dentro da célula, esse hidrogênio será expulso pelo próton ATPase ou pelo trocador sódio e hidrogênio ao cair lá fora, mais filtrado chega com bicarbonato em excesso e dessa forma ele gruda de novo, repetindo esse ciclo. Cada hidrogênio que é secretado é um bicarbonato que é salvo, devolvido para a circulação. Visto que, cada vez que o hidrogênio é jogado na luz do tubo ele se junta com o bicarbonato formando acido carbônico e a anidrase o converte em água e gás carbônico. Nessa imagem podemos ver a glutamina chega pelo sangue ou pelo filtrado, ela é um aminoácido que será processado pelas células do túbulo proximal no intuito do metabolismo da glutamina, para que ela seja processada gerando amônia e essa amônia capture o hidrogênio livre e vire NH4 (íon amônio) que será secretado para luz do túbulo ou dissolvido visto que é uma molécula hidrofílica. Na outra parte da degradação da glutamina há a formação de bicarbonato que não é aquele que foi filtrado, é o que vem da metabolização da glutamina, sendo reabsorvido da mesma forma que o outro foi. Ou o hidrogênio sai da célula e se complexa com bicarbonato formando ácido carbônico ou a metabolização da glutamina gera um amônio que vai formar íon amônio que será eliminado na luz do túbulo para ser colocado para fora. SISTEMA TAMPÃO AMÔNIO Túbulo renal – geração de novo de bicarbonato. Ocorre mais na porção final do nefron, no ducto coletor, as células também são capazes de metabolizar glutamina e fazer bicarbonato a partir dessa metabolização, existem também células que estão do meio para o final do ducto coletor, que conseguem perceber que o ultrafiltrado na porção final do nefron está muito ácido e dessa forma esse ultrafiltrado mais ácido sensibilizariam células do ducto coletor que secretariam amônio para dentro do luz do túbulo, onde encontra o excesso do hidrogênio formando o íon amônio, que é possível ser excretado, apesar de ser uma substância toxica. SISTEMA TAMPAO FOSFATO Auxilia a eliminação de íon de hidrogênio, ele é mais significativo nas partes distais do túbulo. O nosso organismo tem uma tendencia a se acidificar por isso o nosso pH é 7.3 – 7.4, devido a alimentação carnívora também. Substância que possuem fosfato recebem o hidrogênio secretado a longo do nefron dão origem a outras substancias de hidrogênio fosfato que podem ser solubilizados em água e são excretados na urina, podem ser formados também sais. TUBULO DISTAL E DUCTO COLETOR Controlam a excreção de hidrogênio, nessa parte final do nefron, existem células intercalares alfa e beta, de uma pessoa que é carnívora 8 são alfa2 betas e em uma vegetariana é o oposto. A célula intercalar alfa atua na acidose, ou seja, ela atua quando a quantidade de hidrogênio está mais alta e precisa ser controlada, ela controla essa acidose por meio da proteína próton potássio ATPase que está presente na membrana luminal, que quebra ATP, joga hidrogênio pra luz do túbulo e potássio para dentro da célula, sendo que esse ultimo vaza pelos canais do tipo ROMK do lado basolateral e reabsorvido. Presente na porção final do nefron, ducto coletor, túbulo proximal, incrementam a reabsorção de bicarbonato e secretam para a luz do túbulo o hidrogênio, se for proteína próton potássio ATPase ajuda a reabsorver potássio para que ele não seja eliminado. A célula intercalar beta: oque está do lado luminal na célula alfa está no lado basolateral das células beta. Ela funciona quando ocorre uma queda de hidrogênio livre, pois o pH está ficando mais alcalino, sendo necessário que o hidrogênio seja reabsorvido para puxar esse pH para baixo e também se livrar de bicarbonato, pois a quantidade de hidrogênio já está baixa, ou seja, está sobrando bicarbonato, se jogar mais o meio ficaria mais alcalino do que já está. Ela joga para fora bicarbonato e potássio, pois do outro lado ela possui proteína próton potássio ATPase que tira o potássio do interstício e o devolve para dentro da célula para que ele vaze pelos canais ROMK e seja excretado na urina. Se ocorrer uma alta de bicarbonato, pH muito alta, a célula funciona mais e faz com que o bicarbonato seja jogado para fora, apresentando um quadro de bicarbonato na urina – bicarbonatúria. Pela hipopotassemia a atividade da proteína próton potássio ATPase faz com que ele seja retirado do interstício. Essas células são interconversiveis, pessoas com hábitos carnívoros que se tornam vegetarianas, fazem com que o rim se modele para ter mais células betas do que alfas. O rim é capaz de perceber o tipo de ação que ele deve realizar e esse ajuste que acontece é feito na porção final do nefron basicamente no ducto coletor e parte do túbulo distal. AÇÃO DOS DIURÉTICOS Os fármacos diuréticos são substancias que aumentam a taxa de fluxo da urina, a pessoa sob o uso de diurético urina mais, promovem um aumento na taxa de excreção renal de sódio e água e também ajustam o volume e composição dos fluidos em diversas condições patológicas. Diferentes classes de diuréticos, atuam em diferentes segmentos do néfron por possuírem alvos moleculares distintos. A primeira classe de fármaco diurético é o osmótico: é uma molécula inerte, que leva a expansão do liquido extracelular e são livremente filtrados no glomérulo. A ideia dele é que o sangue fique mais hipertônico e drene água dos tecidos, aumentando o volume de sangue, aumentar o ritmo de filtração glomerular e reabsorver menos água, ou seja, urinar mais. Ele é indicado quando ocorre uma pressão intracraniana, edema cerebral, glaucoma, ele faz com que seja retirado o excesso de líquidos do tecido. Além disso ele atua ao longo de todo néfron, pois quando ele cai na luz do túbulo ele não é reabsorvido. ➔ Exemplos: Manitol (I. V.), Uréia (I. V.), Glicerina (V. O) • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de Na+, K+ • Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3 e fosfato. • Efeitos adversos: Por provocarem aumento do LEC, cefaléias, náuseas, vômitos, etc. A segunda classe são os inibidores da anidrase carbônica: Impedem a ação da anidrase carbônica, e com isso diminuem a atividade do trocador Na+/H+ diminuindo a reabsorção de Na+ e consequentemente de água. São menos usados como diuréticos propriamente ditos e mais indicados em casos de alcalose metabólica, por exemplo. Esses inibidores estão localizados no túbulo proximal para que seja bloqueado a ação da anidrase carbônica. • Principais indicações: Alcalose metabólica, redução de edema cerebral, redução da pressão intra-ocular (glaucoma), epilepsia. ➔ Exemplo: Acetazolamida (Diamox), Metazolamida, etc. • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de HCO3 Na+, K+, Cl-, fosfatos. • Efeitos adversos: Acidose metabólica, formação de cálculos (urina alcalina). A terceira classe são os derivados de uma classe de compostos químicos chamados Tiazidas, tem sua ação farmacológica sobre o cotransportador Na+/Cl- no túbulo distal. • Principais indicações: hipertensão, redução de edema cerebral, etc. ➔ Exemplo: Hidroclorotiazida (Clorana), Clortalidona (Higroton), Indapamida (Natrilix). • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de Na+, K+, Cl- e Mg2+ • Efeitos adversos: Alcalose metabólica, interação com outros tipos de fármacos, impotência (reversível). A quarta classe são os diuréticos mais poderosos, capazes de possibilitar a excreção de até 25% do Na+ existente no filtrado. Atuam bloqueando o transportador tríplice NKCC no ramo ascendente expresso da Alça de Henle. • Principais indicações: hipertensão, edema, ascite, etc. ➔ Exemplos: Furosemida (Lasix), ácido etacrínico (Edecrin), etc. Hidrion = Furosemida + KCl • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de Na+, K+, Cl- e Mg2+ • Efeitos adversos: Depleção de potássio A quinta classe são os diuréticos Poupadores de Potássio, pode ser dividido em dois tipos: Inibidores de canais de Na+: Possuem ação diurética limitada e demoram para fazer efeito (2 dias). Inibem a reabsorção renal de Na+, bloqueando canais luminais presentes nas células dos ductos coletores. • Principais indicações: hipertensão, hiperaldosteronismo ➔ Exemplos: Amilorida (Moduretic) e triantereno • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de Na+ e Cl- além de diminuir a excreção de K+. • Efeitos adversos: Hipercalcemia, náuseas, vômitos. Antagonistas de receptores de aldosterona: bloqueiam as ações da aldosterona por atuarem como antagonistas de seus receptores. • Principais indicações: hipertensão, hiperaldosteronismo ➔ Exemplos: Espironolactona, Eplerenona • Efeito urinário: aumentam a excreção renal de Na+ e Cl- além de diminuir a excreção de K+. • Efeitos adversos: Hipercalcemia, náuseas, vômitos.
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