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Resumo de Microbiologia e Micologia Clínica

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MICROBIOLOGIA E MICOLOGIA Clínica – NP2 
 
Diagnóstico diferencial de Bacilos Gram-negativos Fermentadores (Enterobactérias) 
 
 Enterobactérias 
 
→ Maior e mais heterogênea família de BGN de importância médica. 
→ Escherichia coli; Salmonella spp; Shigella spp; Klebsiella pneumoniae 
 
→ Habitat: solo, plantas, na água e no trato gastrointestinal de 
humanos e animais. 
 
→ Sintomas: Abcessos, sepse, pneumonias, meningites, infecções 
de feridas em trato urinário e gastrointestinal. 
 
→ A diferenciação de Enterobacteriaceae está baseada na 
presença e/ou ausência de enzimas produzida pelos 
microrganismos, que podem ser detectadas pelos meios 
específicos. 
 
 MacConkey 
 
→ Bactérias gram – 
→ Lactose + 
→ Amostras clínicas que contenham microbiota mista, como urina, 
fezes, feridas e secreções. 
 
→ Contém vermelho neutro como indicador de pH e, como 
resultado, as bactérias Gram-negativas que metabolizam lactose aparecem em vermelho/rosa a partir da produção 
de ácidos orgânicos. 
 
 Ágar eozina azul de meDleno (EMB) 
 
→ Seletivo e diferencial - Bactérias gram – 
→ Meio de cultura seletivo e diferencial (inibe o 
crescimento de bactérias Gram-positivas por 
conter corantes de eosina e azul de metileno) 
→ Indica se a bactéria é fermentadora ou não de 
lactose. 
→ Bactérias fermentadoras de lactose 
apresenta-se com colônias com centro escuro. 
 
 Meio Triplice Sugar Iron (TSI) - Agar Tríplice Açúcar Ferro 
 
→ É um meio utilizado para diferenciação de enterobactérias de acordo 
com: fermentação de lactose, glicose e sacarose e produção de sulfito 
de hidrogênio e dióxido de carbono. 
 Produção de indol 
 
→ Indol é um dos produtos da decomposição metabólica do aminoácido triptofano. 
→ Bactérias com a enzima triptofanase conseguem clivar o triptofano e, desse modo, formam 
indol, ácido pirúvico e amônia. 
→ O indol pode ser detectado no meio de teste com triptofano por observação do aparecimento 
de cor vermelha depois do acréscimo da solução reativo de Kovac. 
 
 ÁGAR CITRATO SIMMONS 
 
→ Seletivo e diferencial 
→ Bactérias gram - 
→ O princípio do teste de utilização do citrato é determinar a capacidade de 
um microrganismo usar citrato de sódio como única fonte de carbono 
para metabolismo e crescimento. 
→ A formação de cor azul no meio de teste depois de 24 horas de incubação 
a 35°C indica a presença de produtos alcalinos – teste positivo. 
 
 Produção de urease 
 
▪ Os microrganismos que produzem a enzima urease hidrolisam ureia, que libera 
amônia e produz uma mudança de cor do rosa para o vermelho no meio. 
 
 
 
 Descarboxilação de lisina, arginina e ornitina 
 
→ Algumas espécies de bactérias têm enzimas capazes de descarboxilar aminoácidos 
específicos no meio em teste. 
→ As enzimas descarboxilases removem uma molécula de CO2 de um aminoácido 
formando aminas alcalinas. 
 
 
 Produção de sulfeto de hidrogênio 
 
→ Algumas bactérias produzem tiossulfato redultase, a qual agem sobre tiossulfato de 
sódio, formando H2S. 
→ H2S na presença de metais pesados como ferro (presente no meio) forma sulfeto de 
ferro – insolúvel – precipitado negro. 
 
 
 
 Meio EPM-MILi 
 
→ Meio EPM: Produção de gás por fermentação da glicose, produção de H2S e 
hidrólise da uréia. 
→ Meio MILI: Checar motilidade, a presença de descarboxilase e produção de indol. 
 
 
 Meio Rugai 
 
→ Meio Rugai Modificado com Indol e Lisina é um meio de cultura diferencial destinado à identificação presuntiva 
de Enterobactérias oxidase negativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MICRORGANISMOS MULTIRRESISTENTES 
 
→ As ß-lactamases são enzimas que catalisam a 
hidrólise do anel ß-lactâmico, impossibilitando a 
atividade antimicrobiana. 
→ Agem degradando o anel β-lactâmico desses 
antibióticos, o que neutraliza sua atividade 
bactericida, uma vez que esse anel é o princípio 
ativo. 
→ Os inibidores de β-lactamase são estruturalmente 
semelhantes às penicilinas, mas possuem uma cadeia lateral modificada. Isto permite aos inibidores ligar-se 
irreversivelmente às β-lactamases como substratos suicidas, mantendo-as inativas. 
 
 Tipos de ß-lactamases 
 
▪ β-lactamases de espectro estendido (ESBL) são capazes de hidrolisar todas as penicilinas, incluindo as 
associadas a inibidores da β-lactamase, e quase todas as cefalosporinas. 
▪ Klebsiella pneumoniae resistentes a carbapenêmicos (KPC) são produtoras de carbapenemases (um tipo de β-
lactamases) que inativam todos os β-lactâmicos, inclusive os carbapenêmicos. 
 
 
Diagnóstico diferencial de bacilo Gram-negativo NÃO fermentador 
 
▪ Bactérias aeróbias que não formam esporos; 
▪ Não utilizam açúcares como fonte de energia e decompõem os carboidratos por outras vias metabólicas 
diferentes da fermentação - via oxidativa. 
→ A maioria é oxidase positiva e móvel. 
 
▪ Habitat: água, solo, peixes congelados, leite, soluções desinfetantes etc. 
▪ Principais gêneros: Pseudomonas; Acinetobacter; Complexo Burkholderia; Stenotrophomonas; 
Chryseobacterium. 
 
→ Importância clínica em casos de infecções relacionadas à assistência à saúde, principalmente em pacientes com 
fibrose cística. 
 
 Pseudomonas aeruginosa 
 
→ Um dos microrganismos mais ubiquitários (que pode estar em 
vários lugares ao mesmo tempo); 
→ Raramente causa infecção em indivíduo imunocompetente -> É 
um dos principais agentes de infecção em indivíduos com 
defesas diminuídas. 
→ Difícil erradicação da infecção e contínuos fracassos 
terapêuticos - Resistência natural e adquirida a muitos 
antibióticos/desinfetantes. 
→ Muito virulenta. 
→ Cresce formando colônias irregulares. 
→ Produz pigmentos hidrossolúveis, difusíveis no meio de cultura – cor verde fluorescente –, a pioverdina, que 
confere a coloração verde-amarelado. 
→ A Pseudomonas aeruginosa é o BGN-NF que mais acomete estes pacientes, infectam aproximadamente 60% 
da população com fibrose cística e 70% a 80% dos adolescentes/adultos. 
 
 
Protocolos em Microbiologia Clínica 
 
❖ Infecção do Trato Urinário (ITUS) 
 
→ Prevalência em mulheres e idosos, 
 
▪ Os principais causadores são as 
→ Enterobactérias: Escherichia coli, Proteus spp. E Klebsiella spp. 
→ Entre os grampositivos: Staphylococcus saprophy6cus e o 
Enterococcus faecalis. 
 
 UROCULTURA 
 
▪ O ideal é que o paciente realize a coleta no 
próprio laboratório 
▪ As amostras devem ser transportadas em até 2 
horas sob refrigeração (2 a 8°C) – não congelar 
 
 
 
 
 
 
 Urocultura - Interpretação 
 
Deve-se levar em consideração não apenas a contagem de microrganismos, 
mas também a presença e/ou ausência de leucócitos e, se possível, a presença 
e/ou ausência de sintomas. 
 
 
 Coprocultura 
 
→ Devem ser processadas no prazo de duas horas após a coleta. 
→ Caso contrário, ser transferida para frasco contendo solução de 
transporte de fezes para coprocultura (glicerina tamponada) ou meio de 
transporte de fezes para coprocultura (Cary Blair) 
→ 
▪ Patógenos frequentemente pesquisados: Salmonella sp; Shigella sp; 
Escherichia coli diarreiogênicas; Yersinia enterocolitica; Campytobacter spp. e Vibrio spp. 
 
 
 Caldo de enriquecimento: 
 
→ Caldo tetrationato e o caldo selenito, considerados meios de enriquecimento 
→ Devem ser utilizados a fim de promover o crescimento e um perfeito isolamento, os quais podem estar em 
pequenas contagens na amostra biológica - 12 a 18 h a 35 graus de incubação prévia. 
→ Ao se inocular amostra de fezes em caldo tetrationato, é recomendado que se adicione ao meio de 3 a 5 gotas 
de solução de iodo - inibição de G+. 
 
▪ Culturas positivas 
→ Liberar no laudo nome do patógeno a nível de gênero e espécie, com o respectivo ATB. 
 
▪ Culturas negativas 
→ É incorreto emitir o resultadocomo “não foram isolados patógenos” - Ao invés disso o relatório deve afirmar 
“não foram isoladas Salmonella, Shigella e Campylobacter” ou para algum outro patógeno 
 
 
 Hemocultura 
 
▪ Exame que pesquisa bactérias no sangue através do uso de meios de cultura 
específicos. 
▪ A cultura do sangue é um dos exames bacteriológicos mais importantes. 
▪ Sabe-se que a partir do sangue as bactérias podem atingir qualquer sítio do 
organismo, produzindo o que se chama de focos infecciosos, podendo agravar o quadro 
clínico e até mesmo levar a óbito. 
 
Uma invasão passageira da corrente sanguínea é denominada bacteremia, ao passo que, 
a situação em que o microrganismo além de invadir se multiplica na corrente circulatória 
denomina-se sepse. 
 
 
 Bacteremias primárias ou secundárias: 
 
▪ Primária: quando a infecção ocorre a partir do 
próprio sistema circulatório ou pela entrada 
através de instrumentos como agulhas, cateteres 
e sondas. 
▪ Secundária: ocorre como disseminação a partir 
de outros sítios para a corrente circulatória.
 
 
Quando coletar? 
Os horários de coleta de 
hemocultura devem ser 
estabelecidos pelo médico 
solicitante, podendo ser 
realizada de hora em hora, no 
início da febre (o pico febril deve 
ser evitado) e em horário 
anterior à administração da 
medicação, de preferência. 
 
 
 
 
 
Como coletar? 
→ Punção venosa 
→ Não refrigerar a amostra 
→ Temperatura ambiente 
→ Frascos para aeróbios e 
anaeróbios. 
 
 
 
 
 
Quanto coletar? 
O número mínimo não deve ser 
inferior a 2, e o máximo, de 4 
amostras em um período de 24 
horas. Esse limite é justificado 
em razão da necessidade de se 
confirmar um resultado, seja ele 
positivo ou negativo e, para tal, a 
análise de uma única amostra 
poderia deixar dúvidas. 
 
 Semiautomatizado 
 
▪ Sistema Hemobac Trifásico (probacr) é a metodologia semiautomatizada mais 
utilizada. 
 
▪ É um laminocultivo contendo duas fases: 
 Na parte inferior, um recipiente plástico contendo caldo suplementado com extrato 
de levedura (caldo de enriquecimento) é acoplado à parte superior que contém as 
faces do laminocultivo, o qual é composto de ágar chocolate, ágar Sabouraud 
(leveduras) e ágar McConkey. 
 Os frascos são incubados em estufa própria, que possibilita sua inversão periódica, 
procedimento importante para a evolução do isolamento. 
 
→ A bacterioscopia e o antibiograma são realizados a partir das colônias isoladas. 
 
 Processo Automatizado 
 
→ Maior custo - Menor risco de acidente com o material biológico; Baixo risco de contaminação da amostra 
→ Economia de tempo e meio de cultura 
→ Continuo monitoramento da amostra 
→ Agitação - maior rapidez – 3 a 5 dias 
→ Realizado mesmo com antibioticoterapia previa 
→ Frasco adequados para o que se deseja isolar 
 
 Infecção Relacionada ao Cateter 
 
→ Na implantação do cateter, colocando o paciente em risco de 
desenvolver infecções. O local da inserção do cateter torna-se 
colonizado com bactérias da pele do paciente, principalmente 
Staphylococcus, ou com as carreadas pelos profissionais de saúde. 
 
▪ Esses agentes podem ser responsáveis por 
infecções locais, com a possibilidade de infecção da 
corrente sanguínea adquirida por meio da inserção ou do 
lúmen, cuja fonte é a colonização do hub ou a infusão de 
fluidos contaminados. 
 
 
 
 
 
 
 
 Cultura de Secreções - Trato Respiratório 
 
▪ Escarro: 
→ Exsudatos brônquicos e pulmonares são estudados quase sempre 
por meio de exame de escarro. 
→ Nas tuberculoses e nas infecções fúngicas causadoras de infeções 
pulmonares deve-se sempre proceder a coloração de Ziehl-Neelsen 
e exame a fresco para pesquisa de fungos. 
→ Tuberculose: Mycobacterium tuberculosis 
→ A fucsina fenicada, atuando a quente, vai corar todas as células bacterianas e outras estruturas presentes no 
esfregaço de vermelho (o calor vai derreter os lipídeos de membrana, tornando-a permeável). -> O ácido diluído 
em álcool aplicados vão descorar todas as bactérias exceto as ácido-álcool resistentes, que permanecem 
coradas de vermelho pela fucsina. 
 
 
 
 
 
Diagnóstico de Micoses 
 
 Caracterização Estrutural e Metabólica dos Fungos 
 
▪ Objetivo de degradar a matéria orgânica 
▪ Parede celular rígida – composto de quitina 
▪ Uni ou multicelulares 
→ Eucariontes – estrutura complexa - mitocôndrias, retículo 
endoplasmático, complexo de Golgi, ribossomos, membrana celular e 
parede celular; 
→ Estrutura variável - macroscópicos ou microscópicos – unicelulares 
(leveduras), multicelulares (filamentosos) ou dimórficos (assumem 
ambas as formas a depender da temperatura); 
→ Quimio-heterótrofos – fontes orgânicas de energia e carbono - decompositores ou parasitas 
 
→ Composta basicamente por 
polissacarídeos - quitínica, além 
de proteínas e lipídios. Essas 
substâncias conferem rigidez à 
parede celular 
 
 
 
 
 Leveduras 
 
▪ Unicelulares e não filamentosas (exceto dimórficos) 
▪ Anaeróbias facultativas – adaptadas a variações de oxigênio: 
→ Presença de oxigênio - respiração aeróbica – produção de energia a partir de carboidratos 
→ Ausência de oxigênio - fermentação de carboidratos com a produção de álcool e gás 
 
▪ Reprodução: 
→ Fissão: duplicação da célula-mãe – divisão produz leveduras iguais 
→ Brotamento: formação de brotos na superfície da célula-mãe – separação – completa ou incompleta (pseudo-
hifas) 
 
 Bolores 
 
▪ Multicelulares e filamentosos - hifas - cadeias celulares que agrupadas - 
micélio: 
→ Estrutura: septadas (pequenas estruturas unicelulares) ou não septadas 
(estruturas multinucleadas longas) 
→ Função: vegetativas (metabolismo) ou reprodutivas (reprodução). 
▪ Aeróbios - respiração celular a partir de carboidratos (inclusive, celulose e 
lignina). 
→ A porção de uma hifa que obtém nutriente é chamada de hifa vegetativa; a porção envolvida com a reprodução 
é a hifa reprodutiva ou aérea, assim chamada porque se projeta acima da superfície sobre a qual o fungo está 
crescendo. 
 
▪ Reprodução: 
→ Sexuada - esporos produzidos a partir de dois 
fungos diferentes da mesma espécie 
→ Assexuada – fragmentação de hifas ou pela 
produção de esporos por mitose 
 
 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 
▪ Na grande maioria dos casos clínicos, o método mais empregado é o da MICROSCOPIA DIRETA. Além de ser 
rápido e sensível, permite a visualização do fungo e, em muitas ocasiões, sua identificação. 
 
 Microscopia Direta: 
 
 Colocar uma gota de KOH (aquoso a 20%) em uma lâmina de 
microscopia e sobre esta, uma porção da amostra a ser 
examinada; 
 Cobrir a preparação com uma lamínula; 
 Aquecer, sobre a chama de um bico de Bunsen 
 Examinar a preparação após 20 minutos, em microscópio 
óptico comum, inicialmente, com objetiva de 10x, seguida de 40x. 
 
 
 
 CULTURA: 
 
▪ As características principais deste meio são o seu ph ácido (5,8) e 
▪ Elevado teor em glicose que o torna mais seletivo para fungos. 
▪ Dificuldades desta técnica: crescimento lento de muitos agentes; 
contaminação por outros microrganismos e dificuldade de identificação 
de algumas amostras. 
 
→ Estratégia: bastante utilizada é acrescentar ao meio de ágar Sabouraud, 
sangue de carneiro, tornando o mais rico e complexo, podendo torná-lo 
também seletivo. 
→ Outro meio bastante utilizado em seu estado líquido e que contribui de maneira especial ao processo de 
proliferação e enriquecimento do espécime clínico é o caldo de infusão de coração e cérebro, conhecido com 
ágar BHI (brain-heart-infusion). 
 
▪ O ágar batata dextrose também é tradicionalmente utilizado para o isolamento de fungos e leveduras. Ele é 
seletivo, permitem o crescimento do fungo pesquisado. 
 
 Identificação de Fungos Leveduriformes 
 
▪ Prova do Tubo Germinativo: 
→ Teste para caracterização e confirmação de leveduras da espécie Candida 
albicans. 
→ Semeadura de um pequeno inóculo dessa levedura em soro, preferencialmente 
humano. 
 
▪ Retirar uma pequena porção de uma colônia delevedura suspeita e homogeneizá-la em 0,5 ml de soro. Incubar 
a 37 °c por 2 horas em banhomaria. -> remover uma gota da suspensão e preparar uma lâmina com lamínula 
para observação em microscópio -> se positivo, aparecerá filamento fino e cilíndrico a partir da levedura. 
 
 Auxanograma 
 
▪ Meio básico desprovido de qualquer fonte de carbono, no qual a levedura será semeada, 
pretendendo avaliar a partir de qual carboidrato ela conseguirá obter sua fonte de 
carbono. 
→ Após a semeadura, adicionam-se ao cultivo diferentes carboidratos e observa-se a 
capacidade de utilização deles como fonte de energia -> Quando o carboidrato é 
assimilado pela levedura, observa-se crescimento dela ao redor da fonte de carbono. 
 
 
 
 
 
 Microcultivo em Lâmina 
 
▪ Microscopia - mais rápida para identificação de fungos filamentosos. 
→ Inconveniente: durante o procedimento, pode-se quebrar as estruturas 
fúngicas, tornando o processo de identificação mais difícil - usar técnica 
auxiliar: microcultivo em lâmina. 
 
▪ Adicionar um chumaço de algodão ou papel de filtro com água destilada para 
criar o uma “câmara úmida” -> Manter em temperatura 
ambiente por 10-15 dias -> retirar a lamínula com e fixar o 
fungo na lamínula colocando 1/2 gotas de álcool e esperar 
secar -> Montar essa lamínula, com uma gota de lactofenol 
azul algodão - observar em microscópio. 
 
 
Principais Infecções Fúngicas 
 
▪ Micoses Superficiais; Cutâneas; Subcutâneas; Sistêmicas e Oportunistas 
 
 Micoses Superficiais 
 
▪ Localizadas ao longo dos fios de cabelos e em células epidérmicas superficiais, ou seja, atingem as camadas 
mais superficiais da pele e pelos. 
 
▪ Características gerais 
→ Limitadas às camadas superficiais do estrato córneo - tecidos queratinizados 
→ Alterações estéticas 
→ Climas tropical e sub-tropical 
 
 
 Pitiríase Versicolor 
 
▪ Agente etiológico: Malassezia spp. 
▪ Dermatite seborreica, caspa... 
▪ Infecção sistêmica (Malasseziose), geralmente 
ocorre em crianças de baixo peso recebendo 
alimentação lipídica através de cateter e em 
adultos imunocomprometidos. 
 
▪ Superficial, benigna com 
recidivas 
▪ Assintomática e não contagiosa 
▪ Clima tropical e subtropical 
▪ Levedura lipolítica 
 
▪ Fatores predisponentes: 
→ Temperatura elevada; Alta umidade relativa do ar; Pele 
gordurosa; Alta sudorese; Fatores hereditários; 
Imunossupressão 
 
▪ Aspectos clínicos: 
→ Lesão hipo ou hiperpigmentada 
→ Manchas levemente descamativa 
→ Prurido discreto 
 
 Tinea Nigra 
 
▪ Infecção assintomática, superficial, benigna caracterizada por lesões maculares 
(manchas) pouco descamativas de cor marrom a negro, mais comum nas regiões 
palmar e plantar. 
▪ O agente é o fungo melanizado Hortaea werneckii – solo e areia da praia. 
 
 
 
 
 PIEDRA BRANCA 
 
▪ Infecção fúngica, 
superficial benigna, que 
se caracteriza pela 
presença de nódulos 
claros ao redor dos 
pelos, de qualquer parte 
do corpo, causada por 
Trichosporon spp. 
 PIEDRA NEGRA 
 
▪ Micose assintomática, 
caracterizada pela 
presença de nódulos 
escuros firmemente 
aderentes ao pelo 
causada pelo fungo 
melanizado Piedraia 
hortae. 
 
 Teste Realizado em Consultório 
 
▪ Sinal de Besnier - presença de descamação fina e farinácea ao raspar a lesão com unha. 
▪ Sinal de Zileri - ao se estirar a pele comprometida, observa-se descamação fina. 
▪ Lâmpada de Wood - fluorescência 
 
 Micoses Cutâneas 
 
▪ Também conhecidas por ou dermatomicoses ou tineas. 
▪ São infecções causadas por fungos dermatófitos que invadem as camadas do extrato córneo 
▪ O agente etiológico pode aprofundar-se na epiderme – também infectam o cabelo e as unhas. 
▪ Agentes etiológicos: Epidermophyton spp., Trichophyton spp. e Microsporum spp. 
 
→ Os dermatófitos secretam queratinase, uma enzima que degrada queratina. 
→ A infecção é transmitida entre humanos ou entre animal e humanos por contato direto 
ou contato com fios e células epidérmicas infectadas. 
→ Lesões eritematosas e descamativas, não dolorosas, pruriginosas. 
→ tendem a se expandir de forma circular 
→ Geralmente não há invasão tecidual 
→ Degradação da queratina e crescimento das hifas -> Hifas se fragmentam, produzindo estruturas de 
reprodução. 
 
 Tinea Pedis 
 
▪ Pé de atleta/frieira; 
▪ Transmissão indireta: tapetes; saunas; piscinas… 
▪ Infecção subclínica por anos ou crônica - portadores; 
▪ Reservatório – entre dedos. 
 
 Tinea Cruris 
 
▪ Coceira de jóquei; 
▪ Infecção fúngica na pele dos órgãos genitais, do interior das coxas e das nádegas. 
▪ Roupas apertadas que retêm a umidade. 
▪ Tinea cruris provoca uma irritação da pele, avermelhada e que coça. 
 
 TINEA UNGUIUM 
 
▪ Micose das unhas das mãos ou dos pés - ONICOMICOSE 
▪ infecção inicia-se pela borda livre. 
▪ As unhas tornam-se branco-amareladas, porosas e quebradiças. 
▪ Transmissão - contato direto ou indireto 
▪ Trichophyton rubrum 
 
 
 
 Tinea Capitis 
 
▪ Dermatófitos invadem o folículo piloso, o pelo perde o brilho, fica quebradiço e cai. O 
dermatófito pode invadir, novos folículos pilosos e, após algum tempo, aparecem placas de 
tonsura. 
 
 Tinea Favosa 
 
▪ Usualmente causada pelo Trichophyton schoenleinii, responsável pela inflamação crônica 
do couro cabeludo e formação das placas, sendo considerada atualmente uma forma severa 
da tinha capitis e que evolui para alopecia cicatricial. 
 
 Diagnóstico Laboratorial 
 
→ O material, escamas de pele ou unha e fragmentos de pelo, deve ser coletado, através de bisturi 
→ Eventualmente, em lesões de pelos, o material pode ser coletado sob uma luz de Wood, pois os pelos, quando 
infectados por Microsporum, emitem fluorescência. 
▪ Técnica De Microscopia Direta 
▪ Cultura 
 
 Microsporum Canis 
 
▪ Fungo que pode causar tinea capitis em humanos e dermatofitoses, em animais de estimação. 
O maior reservatório desses animais é em gatos e cães domésticos. 
▪ Zoofílico - cães e gatos 
▪ Comum em crianças 
▪ Ágar Sabouraud dextrose - crescimento rápido 
▪ Teste de perfuração do cabelo (+) 
▪ Lâmpada de wood – verde-limão 
▪ Urease (+) 
▪ Crescimento em arroz cozido 
 
 Epidermophyton Floccosum 
 
▪ Dermatófito antropofílico que pode ser encontrado em todo o mundo. 
▪ Antropofílico - que prefere se alimentar em humanos. 
▪ Transmissão – direta ou indireta - uso de chuveiros e vestiários 
coletivos. 
▪ Ágar Sabouraud dextrose - crescimento lento a 37°C 
▪ Teste de perfuração de cabelo (-) 
▪ Urease (+) 
 
 Trichophyton Rubrum 
 
▪ Fungo dermatófito que coloniza a superfície da pele humana e é a causa mais frequente 
de pé de atleta, onicomicose e de dermatofitose nas mãos, virilha e corpo. Se alimentam 
de queratina. Podem causar granulomas em imunodeprimidos. 
▪ Antropofílico 
▪ Colônias de crescimento rápido, branca pulverulenta ou aveludada, verso com pigmento 
vermelho 
▪ Teste de perfuração de cabelo (-) 
▪ Urease (-) 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial de Micoses Subcutâneas 
 
 MICOSES SUBCUTÂNEAS 
 
▪ infecções causadas por fungos que habitam o solo e os vegetais em decomposição 
▪ mais frequentes em climas tropicais e subtropicais. 
▪ As lesões se manifestam a partir do ponto de inoculação direta do agente fúngico, principalmente por 
traumatismo. 
▪ atingem principalmente as camadas subcutâneas da pele. Podem permanecer localizadas ou se espalhar pelos 
tecidos adjacentes, por via linfática ou hematógena. 
 
 Esporotricose 
 Cromoblastomicose/cromomicose 
 Doença de Jorge Lobo/lobomicose 
 
 Esporotricose 
 
▪ Agente causador: Sporothrix schenckii 
▪ Fungo dimórfico, ubiquitário na natureza, principalmente, no solo e vegetais 
→ Se reproduz por gemulação, forma de levedura, no tecido parasitado e em meios de 
cultura na temperatura em torno de 37°C. - Na temperatura em torno de 25-28 °C 
apresenta micélio septado (forma filamentosa) 
▪ Lesões geralmente na pele, tecido subcutâneo e linfático e raramente disseminam-se 
para ossos e órgãosinternos 
 
→ Infecção: por por meio de material contaminado, como espinhos de plantas, lascas de 
madeira, mordida de cão ou gato e bicada de aves 
→ forma mais comum: linfocutânea - compromete pele, tecido subcutâneo. 
 
 Diagnóstico: 
 
▪ Exame direto 
→ Esfregaços de pus ou secreção corados pelos métodos de Gram revela as células 
leveduriformes pequenas, ovais, cercadas por halo claro como uma cápsula. 
 
 
 
▪ Cultura 
→ É o método de escolha para o diagnóstico. 
→ Cresce em meios de ágar Sabouraud dextrose ou ágar Sabouraud suplementado 
→ colônia inicialmente é branca, passando posteriormente para negra – temp. ambiente. 
→ Na temperatura entre 35 e 37°C -> fungo cresce na forma de levedura; colônia cremosa; 
úmida de cor amarelada. 
 
 
 Tratamento: 
→ Iodeto de potássio, por via oral, em doses crescentes. 
→ Em casos de contra-indicação: iodeto de sódio a 10%, por via endovenosa, pode ser utilizado. 
→ Em casos de esporotricose cutânea disseminada, tem sido recomendado o itraconazol e a anfotericina b. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Cromoblastomicose/Cromomicose 
 
▪ Também conhecida por dermatite verrucosa; 
▪ Os agentes etiológicos são fungos pigmentados; - Fonsecaea pedrosoi é 
espécie predominante no Brasil; 
▪ Infecção: por traumatismo, e as lesões se desenvolvem no local da 
inoculação. 
▪ formação de nódulos cutâneos verrugosos de desenvolvimento lento que 
podem ou não se ulcerar (podem evoluir para carcinomas), apresentando 
aspecto de couve-flor nos estágios mais avançados 
▪ O prognóstico é bom, mas a cronicidade e/ou dificuldade de tratamento podem afetar o membro atingido. 
 
▪ Exame direto 
→ O exame microscópico revela estruturas globosas, cor marrom, geralmente agrupadas. 
→ Número de parasitas é muito pequeno no material clínico, deve-se fazer várias lâminas e 
procurar com cuidado antes de liberar um resultado negativo. 
 
▪ Cultura 
→ Material cultivado em ágar Sabouraud, com ou sem adição de cloranfenicol 
→ Colônias: aspecto aveludado, variando da cor esverdeada a marrom-escuro/negro, 
com hifas septadas escuras. 
 
 
 Tratamento: 
→ Quando o acesso é fácil e a lesão não é extensa, a retirada cirúrgica é utilizada, porém, mesmo assim podem ocorrer recidivas. 
→ Os medicamentos anfotericina B, 5-fluorocitosina e itraconazol têm sido utilizados na forma isolada ou associada, com resultados 
variáveis. 
→ O êxito do tratamento dependerá sempre do tempo de evolução e da forma clínica da micose. 
 
 Doença de Jorge Lobo/Lobomicose 
 
▪ Agente etiológico Lacazia loboi, fungo 
não cultivável de classificação incerta 
▪ Penetra na pele através de 
traumatismos, o que explica lesões em 
determinadas áreas do corpo. 
▪ Predominante na região amazônica - 
Trabalhadores rurais é o principal grupo 
de risco, visto à sua exposição 
▪ Manifestações clínicas: formação de 
nódulo queloidiano, na forma de massas nodulares com consistência sólida, lisa, brilhante, cor “café com leite” 
e com pequenas escamas e crostas. 
▪ Restrita à pele e ao tecido subcutâneo. 
 
▪ Exame direto 
→ O material coletado por biópsia ou por escarificação da pele - faz um exame direto e 
histopatológico. 
→ Pode ser feito com KOH 10-40% entre lâmina e lamínula ou corte histológico corado. 
→ Os fungos se apresentam com formas arredondadas, membrana dupla e espessa 
 
 
 Tratamento: 
→ As lesões são retiradas por processos cirúrgicos e faz-se uma correção plástica; “o doente não morre da doença, mas morre com ela”. 
- Nas lesões mais extensas, ocorrem recidivas com frequência. 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial de Micoses Sistêmicas 
 
 Micoses Sistêmicas 
 
▪ Causadas por agentes fúngicos que invadem sistemas ou órgãos do indivíduo. 
▪ São dimórficos; 
▪ São de evolução muito rápida ou ainda assintomática; 
▪ Vias aéreas superiores são a sua principal porta de entrada 
 
 Paracoccidioidomicose 
 Histoplasmose 
 Coccidioidomicose 
 
 Paracoccidioidomicose 
 
▪ Causada pelo Paracoccidioides brasiliensis 
▪ Fungo dimórfico, sendo levedura no tecido parasitado e filamentoso nos 
meios de cultura. 
▪ Infecta: principalmente pulmões, seguido pela mucosa da boca, grande 
incidência de formas clínicas mistas. 
→ A infecção ocorre por inalação dos conídios (esporos) infectantes. 
→ A forma de levedura é a invasiva, sendo responsável pela patologia. 
 
 Paracoccidioidomicose – Pulmonar 
 
▪ Os conídios se instalam no pulmão, o qual terá o parênquima pulmonar destruído, deixando 
lesões no pulmão - raramente é diagnosticada por ser quase assintomática 
▪ Sintomas em fase crônica: tosse, febre, sudorese noturna, dor no corpo, perda de peso, 
disfonia ou afonia, estenose de laringe e traqueia, fibrose pulmonar e insuficiência respiratória. 
 
 Diagnóstico laboratorial: 
 
▪ Baseia-se no exame microscópico através de escarro. 
 
▪ Exame direto 
→ 10% KOH e tinta de Parker 
 
▪ Cultura 
→ Cresce em ágar 
Sabouraud dextrose com cloranfenicol, em cerca de 21 dias. 
→ Colônia: superfície branco-amarelada e cotonosa, aspecto de pipoca 
estourada. 
→ Na temperatura entre 35 e 37°C, a forma de levedura cresce em Sabouraud 
com a colônia de cor creme e aspecto enrugado. Na temperatura entre 25 e 30°C, 
crescimento da forma filamentosa 
 
 Tratamento: 
→ a anfotericina B, sulfadiazina e os derivados azólicos (cetoconazol, itraconazol e fluconazol). 
→ acompanhado anualmente, por toda sua vida, garantindo que não haja recidiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Histoplasmose 
 
▪ Agente etiológico é o Histoplasma capsulatum. - Fungo 
dimórfico 
▪ Hábitat: o solo de cavernas, galinheiros e próximo ao tronco de 
árvores – e fezes de aves e morcegos. 
▪ Ambientes de clima tropical e temperado. 
▪ Em vida livre a fase de bolor e, em vida parasitária, a fase de 
levedura. 
→ Transmissão: via respiratória, por inalação de conídios, podendo 
disseminar por via linfática e hematogênica. 
→ Manifestações clínicas: variam desde 
assintomáticas a quadros de 
histoplasmose pulmonar e 
histoplasmose disseminada - quadro 
pulmonar pneumônico com 
necessidade de suporte ventilatório; 
forma disseminada são lesões 
ulcerativas, assim como linfonodos 
fistulados com pus. - No pulmão, 
forma-se um processo semelhante ao 
da tuberculose, podendo se disseminar 
via hematogênica para outros órgãos. 
 
 Diagnóstico laboratorial: 
 
▪ Os materiais que podem ser cultivados são escarro, biópsia, nódulo linfático, medula óssea, LCR, sangue. 
 
▪ Exame direto 
→ Em esfregaços corados pelo Giemsa, eventualmente podem ser visualizadas as 
células arredondadas ou ovaladas, pequenas, dentro de macrófagos. 
→ Os cortes histológicos de material de biópsia podem mostrar intenso parasitismo 
nas células. 
 
▪ Cultura 
→ O isolamento do fungo, em cultivo, é o método de comprovação diagnóstica mais 
seguro 
→ Desvantagem de ser demorado. 
→ Ágar Sabouraud dextrose acrescidos de cloranfenicol e incubados à temperatura 
de 25ºc A 37ºC, a colônia é leveduriforme, de cor creme e aspecto membranoso. 
→ Algodonosa branca - observam-se hifas, septadas 
→ Microscopicamente, observam-se células leveduriformes pequenas, ovais e com 
brotamento único. 
 
 Tratamento: 
→ Tratada com anfotericina B. Como drogas alternativas, cetoconazol e itraconazol podem também ser empregados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico Diferencial De Micoses Oportunistas 
 
 Micoses Oportunistas 
 
▪ Causadas por fungos de baixa virulência, ao encontrarem condições favoráveis, como distúrbios do sistema 
imunodefensivo, desenvolvem seu poder patogênico, invadindo os tecidos. 
 
▪ Fatores predisponentes: 
→ Fatores intrínsecos (próprios do hospedeiro): neoplasias, diabetes, hemopatias diversas, AIDS e todas as 
doenças que alteram a imunidade celular, além da velhice, gravidez, prematuridade. 
→ Fatores extrínsecos: antibioticoterapia, corticoidoterapia, cirurgia de transplantes e ambientes hospitalares 
contaminados. 
 
 Candidíase – Candida spp. 
 Criptococose– Cryptococcus neoformans 
 Aspergilose – Aspergillus spp. 
 
 Candidíase 
 
▪ Agente: Candida albicans. 
→ C. albicans pode ser isolada da boca, do tubo digestivo, do intestino, da orofaringe, da vagina e da pele. 
→ A maior parte das infecções causadas por C. albicans é de origem endógena. Mais recentemente, a transmissão 
exógena, principalmente intra-hospitalar, de C. albicans e de outras espécies do gênero, tem sido relatada. 
→ Candidíases podem ter localizações das mais variadas desde cutâneo-mucosas até disseminadas e atingindo 
várias vísceras. 
 
 Candidíase - Mucosa Oral 
 
▪ Também chamada de estomatite cremosa ou sapinho, 
▪ aparecimento de placas brancas aderentes à mucosa. 
▪ Mais frequente em pacientes gravemente enfermos ou recém-nascidos quando se 
associa à candidíase da mucosa vaginal da mãe. 
 
 
 Candidíase – Genital 
 
▪ Inflamação, coceira intensa e um corrimento branco e espesso na vagina. 
▪ Mais frequente em grávidas, diabéticas ou pacientes que recebem terapêutica 
antimicrobiana prolongada. 
▪ No homem, infecção na glande pode ser encontrada, e é comumente considerada 
como sexualmente adquirida. 
 
 Candidíase Cutânea Generalizada 
 
▪ Comumente crônica e é observada em pacientes imunodeprimidos. 
▪ As lesões são eritematosas, crostosas e com exsudatos. 
 
 
 Candidíase Sistêmica 
 
▪ Considerada grave. 
▪ Diagnóstico em vida é difícil devido variabilidade de sinais/sintomas que não são específicos 
▪ As principais localizações da candidíase sistêmica são nos órgãos: rins, cérebro, coração, trato digestivo, 
brônquios, pulmões e sangue. 
▪ •Febre, mal-estar geral, dor muscular, erupção cutânea e endoftalmites são alguns dos sintomas mais 
frequentes. 
 Diagnóstico laboratorial: 
 
▪ Exame direto 
→ A verificação da forma invasiva do fungo, que são as hifas e células leveduriformes, em material de biópsia ou 
raspado das lesões, fundamenta o diagnóstico de candidíase. 
 
▪ Cultura 
→ Sabouraud glicose 
→ Colônias cremosas, de cor creme, opacas, formadas por elementos 
leveduriformes/ovais/arredondadas. 
→ Teste do tubo germinativo 
→ Pseudo-hifas características desta espécie. 
 
 Criptococose 
 
▪ Criptococcus neoformans é a principal espécie 
patogênica. 
▪ Nos tecidos, o microrganismo aparece como célula 
leveduriforme/capsulada/combrotamento. 
→ Fungo é inalado atingindo primeiro os pulmões, com 
tropismo para o SNC, ocasionando meningite 
criptocócica. 
→ A criptococose, como a candidíase, é uma das 
principais infecções em pacientes com AIDS, 
apresentando alta morbidade e mortalidade. 
→ Leveduras de C. Neoformans têm sido associadas a 
solo contendo fezes de pombos. 
 
 Diagnóstico Laboratorial: 
 
▪ Exame direto 
→ O diagnóstico é feito pelo exame microscópico dos materiais clínicos – liquor, pus, 
escarro. 
→ A técnica de contraste pela tinta-da china ou Nankin permite evidenciar a espessa 
cápsula do Cryptococcus. 
 
 
▪ Cultura 
→ Apresenta desenvolvimento rápido em meio de cultura com ou sem antibiótico; em 
3/7 dias crescem colônias úmidas brilhantes, mucoides, cor varia do branco/creme ao 
amarelo/marrom. 
→ Cryptococcus neoformans apresenta-se sempre sob a forma de levedura em 
culturas e em tecidos. 
 
 
 
 Tratamento: 
→ Candidíase: nistatina, anfotericina B, pimaricina e imidazólicos como itraconazol, fluconazol por via oral; caspofungina é altamente 
promissora nos casos sistêmicos. 
→ Criptococose: anfotericina B tem sido empregada isoladamente ou associada a 5- fluorcitosina.

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