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estudo de caso 3

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2° VARA CRIMINAL DA
COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE RIO DE JANEIRO / RJ
MATEUS, brasileiro, estado civil xxx, profissa�o xxxx, identidade nú� mero xxxx, CPF
nú� mero xxxx , residente na rúa xxxxx, vem, por seú advogado xxxx, perante Vossa Excele�ncia,
oferecer súa:
RESPOSTA DO RÉU
Com base no artigo 396 do Co� digo de Processo Penal alegando o segúinte: 
I- DOS FATOS :
Mateús, de 26 anos de idade, foi denúnciado pelo Ministe�rio Pú� blico como incúrso nas
penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Co� digo Penal, por crime
praticado contra Maí�sa, de 19 anos de idade. Na peça acúsato� ria, a condúta delitiva atribúí�da
ao acúsado foi narrada nos segúintes termos: No me�s de agosto de 2016, em dia na�o
determinado, Mateús dirigiú-se a3 reside�ncia de Maí�sa, ora ví�tima, para assistir, pela televisa�o,
a úm jogo de fútebol. Naqúela ocasia�o, aproveitando-se do fato de estar a so� s com Maí�sa, o
denúnciado constrangeú-a a manter com ele conjúnça�o carnal, fato qúe ocasionoú a gravidez
da ví�tima, atestada em laúdo de exame de corpo de delito. Certo e� qúe, embora na�o se tenha
valido de viole�ncia real oú de grave ameaça para constranger a ví�tima a com ele manter
conjúnça�o carnal, o denúnciando aproveitoú-se do fato de Maí�sa ser incapaz de oferecer
resiste�ncia aos seús propo� sitos libidinosos assim como de dar validamente o seú
consentimento, visto qúe e� deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. 
O re�ú afirma qúe a ví�tima na�o era deficiente mental, e qúe ja� a namorava havia algúm
tempo. Disse ainda qúe súa avo� materna, Olinda, e súa ma�e, Alda, qúe moram com ele, sabiam
do namoro e qúe todas as relaço� es qúe manteve com a ví�tima eram consentidas. Disse, ainda,
qúe a ví�tima na�o qúis dar ensejo a3 aça�o penal, tendo o promotor, segúndo o re�ú, agido por
conta pro� pria. Por fim, Mateús informoú qúe na�o havia qúalqúer prova da debilidade mental
da ví�tima e qúe a mesma poderia comparecer para depor a seú favor em júí�zo.
II- DO DIREITO :
Trata-se de erro de tipo qúe se caracteriza por exclúir o dolo e, portanto, a pro� pria
tipicidade da condúta, pois o re�ú namorava a ví�tima ha� algúm tempo e a mesma núnca
demonstroú qúalqúer comportamento qúe o fizesse desconfiar de algúm tipo de debilidade
mental. 
Cúmpre salientar, qúe a condúta do re�ú, ao se enqúadrar no inciso III do artigo 397 do
Co� digo de Processo Penal, deve conceder-lhe o direito qúe seja absolvido súmariamente pelo
simples fato de qúe a sitúaça�o narrada na�o constitúi nenhúm crime tipificado pelo Co� digo
Penal. 
III – DOS PEDIDOS :
Diante do exposto, a defesa pleiteia a absolviça�o súma�ria do agente, a teor do artigo
397, III do Co� digo de Processo Penal.
Local: xxxxxxxxxxxxxxxx
Data: xx/xx/xx
ADVOGADO:
OAB / xxxxx

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