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Centro Cirúrgico

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Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
1 
 
Enfermagem na Saúde do Adulto
CC é uma área fechada e crítica do hospital, sendo 
um ambiente desconhecido com características diferentes 
que apresenta interessantes peculiaridades, onde são 
realizados tratamentos complexos e modernos envolvendo 
vários profissionais para prestar atendimento nos 
procedimentos de pequena e média complexidade até 
outros altamente invasivos com a finalidade diagnóstica, 
paliativa, radical ou plástica, onde os anestesistas, 
cirurgiões, enfermeiros, técnicos de enfermagem dividem 
atribuições e tarefas de cada profissão, objetivando deter, 
aliviar ou extirpar processos patológicos e beneficiar o 
paciente. 
RISCOS CIRÚRGICOS 
 Complicações não infecciosas 
 Infecções 
 Anestésicos 
 Evento sentinela 
 Morte 
OBJETIVOS 
 Prestar atendimento de qualidade 
 Proporcionar segurança 
 Desenvolver um cuidado humanizado 
 
 Checklist OMS cirurgia segura: próxima página 
ESTRUTURA FUNCIONAL EQUIPE 
MULTIPROFISSIONAL 
Enfermeiro(a) CC: CHA 
CONHECIMENTO 
 Anatomia e fisiologia 
 Prática baseada em evidência 
 Avaliação do paciente 
 Diversas tecnologias 
 Prevenção da infecção 
 Tipos de anestesia 
 Intraoperatório 
HABILIDADES 
 Boa Comunicação 
 Liderança 
 Pensamento Crítico 
 Inteligência Emocional 
 Capacidade de Análise 
 Gerenciamento do Tempo 
 Criatividade 
 Empatia 
 Bom relacionamento 
 Resolução de problemas 
ATITUDES 
 Determinada 
 Proatividade 
 Respeito 
 Bom relacionamento Interpessoal 
 Trabalhar em Equipe 
 Interesse 
 Comprometimento 
 Cooperativa 
 Resiliência 
 Humana 
 Ética 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
2 
 
ATRIBUIÇÕES 
ENFERMEIRO 
 Coordenar e gerenciar funcionamento do BC 
(logística) 
 Executar atividades técnico-administrativas 
(planejamento estratégico, reuniões, rotinas, 
relatórios etc.) 
 Realizar atividades assistenciais (SAEP) 
 Administrar, orientar e supervisionar o pessoal 
 Integrar o BC com os demais setores e serviços do 
hospital (SCIH, CME, SRPA, RX, Lab., UTI, UI, 
Emergência, Farmácia, Compras, Almoxarifado, 
Higienização, Lavanderia etc.) 
TÉCNICO DE ENFERMAGEM 
 Montar e prover as SO com materiais e 
equipamentos, conf. cirurgia 
 Checar funcionamento de equipamentos e 
materiais 
 Prestar assistência ao paciente (pré, trans e pós) 
 Assistir a equipe cirúrgica durante o 
transoperatório 
 Notificar intercorrências ao enfermeiro 
 Desmontar a SO e encaminhar material para seu 
destino 
 Fazer a limpeza concorrente e terminal da SO 
COMPOSIÇÃO 
 Pode estar localizado em qualquer área do hospital, 
mas distante de locais de grande circulação de 
pessoas, ruído e poeira. 
 1. Bloco cirúrgico 
 2. Sala de recuperação pós-anestésica 
 3. Centro de material e esterilização 
BLOCO CIRÚRGICO 
 Local destinado às atividades cirúrgicas, 
considerado uma organização complexa devido às 
suas características de assistência especializada. 
 Possui características especiais: 
o Área Restrita 
o Sem iluminação ou ventilação natural 
o Roupas exclusivas 
o Divisão hierárquica das tarefas 
 
ESTRUTURA FÍSICA DO BC 
o Secretaria do BC 
o Vestiário masculino e feminino 
o Conforto médico e de enfermagem 
o Sala de enfermagem 
o Sala de recepção dos pacientes 
o Sala de material de limpeza 
o Sala para guarda de equipamentos e 
serviço de engenharia 
o Sala para armazenamento de material 
esterilizado 
o Expurgo 
o Sala da patologia 
o Farmácia 
o Salas Cirúrgicas 
 
SALA CIRÚRGICA 
 Tamanho 
 Piso e paredes 
 Teto e janelas 
 Iluminação artificial 
 Ventilação artificial 
 Gases medicinais: oxigênio, ar comprimido, vácuo, 
óxido nitroso 
 Lavabos 
 Os equipamentos e acessórios utilizados numa SC 
podem ser móveis e fixos: 
 Móveis: 
o Aparelho de anestesia 
o Banco giratório 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
3 
 
o Balde para lixo 
o Bisturi elétrico 
o Escada com 2 degraus 
o Estrados 
o Mesa de Cirurgia 
o Mesa para instrumental cirúrgico 
o Suporte de soro 
 Fixos: 
o Painel de gases medicinais 
o Foco central 
o Negatoscópio 
MOMENTOS DE PERIOPERATÓRIO 
1. Pré-operatório mediato 
2. Pré-operatório imediato 
3. Transoperatório e Intraoperatório 
4. Pós-operatório imediato 
5. Pós-operatório mediato 
CLASSIFICAÇÃO DO TRATAMENTO CIRURGICO 
MOMENTO 
 Emergência 
 Urgência 
 Eletiva 
FINALIDADE 
 Diagnóstica 
 Radical ou curativa 
 Paliativa 
 Plástica, estética ou reparadora 
POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO CIRÚRGICA 
 Limpa 
 Potencialmente contaminada 
 Contaminada 
 Infectada 
TERMINOLOGIA/NOMENCLATURA CIRÚRGICA 
 Conjunto de termos utilizados para indicar o 
tratamento cirúrgico a ser realizado. 
 Nome da Cirurgia = formada por prefixo e sufixo 
 Prefixo = região do corpo envolvida 
 Sufixo = indica o que será realizado 
 
 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
4 
 
 
 
 Existem ainda alguns nomes de cirurgias que se 
constituem na designação de doença, estrutura, 
operação, processo ou pelo nome do cirurgião que 
idealizou a técnica cirúrgica. 
 
 
ESCALA CIRÚRGICA: ITENS NECESSÁRIOS 
 Horário: início e término da cirurgia 
 Nome do paciente 
 Idade do paciente 
 Leito ou Ambulatório 
 Nome da cirurgia 
 Nome do cirurgião 
 Tipo de anestesia 
 Nome da Equipe de Anestesia 
 Convênio 
 Solicitação específica: equipamentos/materiais 
especiais, reserva de sangue ou solicitação de 
patologia em sala. 
 Nome do instrumentador e circulante (opcional) 
PREPARO DA SO 
Após conferir a escala cirúrgica, a enfermagem: 
 Leva o material de anestesia e medicação 
 Leva instrumentais esterilizados (bandejas 
específicas + pacotes avulsos), pacotes de roupas 
(láparos) estéreis + Kit Cirúrgico da Especialidade 
(fios + luvas + ATB), gases, compressas etc. 
 Leva equipamentos e materiais específicos (colchão 
térmico + BI + próteses) 
 Confere se equipamentos necessários para a 
cirurgia estão na sala funcionando. 
 Confere se sangue está no BC e sala abastecida 
adequadamente 
 Prepara a mesa de instrumentação após escovação 
TEMPOS CIRÚRGICOS 
São as etapas da cirurgia do início ao término. De modo geral 
são realizados em 4 tempos básicos e fundamentais: 
 Diérese 
 Hemostasia 
 Exérese ou cirurgia propriamente dita 
 Síntese 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
5 
 
INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS 
 Instrumentais cirúrgicos são distribuídos em grupos 
de acordo com a função que desempenham 
durante a cirurgia. 
 São classificados em 5 grupos distintos: 
o Instrumentais de diérese: bisturis, 
tesouras. 
o Instrumentais de hemostasia: crille, 
kocher. 
o Instrumentais de síntese: porta-agulhas 
o Instrumentais de apoio ou auxiliares: 
afastadores, adson, backhaus. 
o Instrumentais especiais: espátulas, 
Satinsky 
MONTAGEM DA MESA CIRÚRGICA 
 É o ato de dispor os instrumentais cirúrgicos, em 
ordem lógica, sobre as mesas auxiliares de forma a 
racionalizar e tornar mais eficiente o trabalho da 
equipe; 
 A mesa deve ser protegida com plástico para 
impermeabilização; 
 O tampo e laterais da mesa devem protegidos com 
campo esterilizado; 
 Os instrumentais dispostos sobre a mesa devem 
seguir uma ordem lógica: 
o Diérese 
o Preensão 
o Hemostasia 
o Exposição 
o Especiais 
o Síntese 
 
 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM 
Resolução COFEN n 358 /2009 dispõe sobre: 
 SAE e a implementação do PE 
 Públicos e privados 
 SAE - organiza o trabalho profissional quanto ao 
método, pessoal, instrumentos, tornando possível 
a operacionalização do PE 
 PE é instrumento que orienta o cuidado e a 
documentação 
 PE - 5 etapas: 
1. Coleta de dados 
2. DE 
3. Planejamento 
4. Implementação 
5. Avaliação 
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA (SAEP) 
 É o alicerce que dá sustentação às ações de 
enfermagem no CC, além de criar maior interação 
da assistência de enfermagem no pré,trans e pós-
operatório, sendo tal atividade principal, necessária 
e exclusiva do enfermeiro do CC. 
 5 fases: 
1. Visita Pré-operatória 
2. Planejamento da Assistência 
Perioperatória 
3. Implementação da assistência. 
4. Avaliação da Assistência na visita pós-
operatória. 
5. Reformulação da assistência 
VISITA/CONSULTA DE ENFERMAGEM 
Com a realização das visitas de enfermagem no pré e pós-
operatório é possível observar uma mudança acentuada de 
comportamento na maioria dos pacientes, havendo 
diminuição marcante no nível de ansiedade e complicações 
nos pós-operatórios imediato a tardio. 
OBJETIVOS 
 Implantar assistência de enfermagem integral, 
individualizada, segura e documentada nas fases 
pré, trans, intra e pós-operatória; 
 Levantar e analisar as necessidades individuais do 
paciente a ser submetido ao procedimento 
anestésico-cirúrgico; 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
6 
 
 Ajudar o paciente e sua família a compreender seu 
problema de saúde, preparando-os para o 
procedimento cirúrgico; 
 Diminuir ao máximo os riscos inerentes ao 
ambiente cirúrgico; 
 Diminuir a inquietação e a ansiedade do paciente, 
contribuindo para a recuperação do paciente 
cirúrgico; 
VISITA PRÉ-OPERATÓRIA 
 Aplicar o PE: histórico, DE, planejar, implementar 
ações e avaliar ações. 
 Preparo da pele 
 Preparo intestinal 
 Ingesta - NPO 
 Mobilização no leito 
 Orientar Pré e Pós-operatório 
 Controle da dor e medicações 
 Exercícios: respiratórios, pernas, mudança de 
decúbito 
 Estratégias cognitivas de enfrentamento do 
estresse 
 Ao prestar uma assistência pré-operatória 
adequada, estaremos: 
o Proporcionando uma recuperação PO mais 
rápida; 
o Reduzindo complicações no PO; 
o Diminuindo o custo hospitalar; 
o Diminuindo o período de hospitalização. 
CARACTERÍSTICAS DO ENFERMEIRO 
 Planejar, supervisionar e gerenciar a assistência de 
Enfermagem. 
 Prestar cuidado sistematizado e humanizado. 
 Acompanhar a evolução. 
 Atender familiares. 
 Ter conhecimento clínico, cirúrgico, intensivo e 
farmacológico. 
 Prevenir, identificar e assistir as complicações. 
 Trabalhar em equipe. 
PERIOPERATIVE NURSING DATA SET (PNDS) 
 É a linguagem utilizada nos EUA para descrever o 
processo do perioperatório com a configuração de 
4 domínios: 
o Segurança 
o Resposta Psicológica 
o Resposta Comportamental: paciente e 
familiar 
o Sistema de Saúde 
 Usa uma comunicação e descrição padronizada 
para descrever os cuidados padronizados com foco 
na prevenção 
 Ex. PNDS: Diagnóstico: Risco perioperatório de 
injúria por pressão no perioperative 
o Implementação: Cuidados no 
posicionamento do paciente 
o Avaliação: Paciente sem injúria de pressão 
no pós-operatório imediato. 
 Segurança 
o Cultura de Segurança 
o Ambiente de cuidado seguro 
 Resposta Psicológica: 
 
 Resposta Comportamental: paciente e familiar 
o Psicossocial 
o Espiritual 
o Paciente e família 
o Paciente certo 
o Ética e responsabilidades legais 
 Sistema de Saúde 
o Desenvolvimento Profissional 
o Práticas Baseadas em Evidências 
o Legislação 
o Joint Commission 
DESAFIOS GLOBAIS 
 1º desafio global – focado na redução das IRAS 
 2º desafio global – cirurgias seguras 
 3º desafio global – medicação sem danos 
 EVENTO ADVERSO: complicação indesejada 
causada pelo cuidado prestado ao paciente e não 
atribuída à evolução natural da sua doença de base. 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
7 
 
 Infecção de sítio cirúrgico = 3ª IRAS mais frequente 
 60% preveníveis 
 Segurança durante procedimento cirúrgico  lista 
de verificação da segurança cirúrgica = checklist 
cirurgia segura OMS 
 
MANUAL CIRURGIA SEGURA ANVISA 2009 
10 objetivos essenciais para a cirurgia segura: 
 Objetivo 1: a equipe operará o paciente certo e o local 
certo. 
 Objetivo 2: a equipe usará métodos conhecidos para 
impedir danos na administração de anestésicos, 
enquanto protege o paciente da dor. 
 Objetivo 3: a equipe reconhecerá e estará efetivamente 
preparada para perda de via aérea ou de função 
respiratória que ameacem a vida. 
 Objetivo 4: a equipe reconhecerá e estará efetivamente 
preparada para o risco de grandes perdas sanguíneas. 
 Objetivo 5: a equipe evitará a indução de reação adversa 
a drogas ou reações alérgica sabidamente de risco ao 
paciente. 
 Objetivo 6: a equipe usará de maneira sistemática, 
métodos conhecidos para minimizar o risco de infecção 
do sítio cirúrgico. 
 Objetivo 7: a equipe impedirá a retenção inadvertida de 
compressas ou instrumentos nas feridas cirúrgicas. 
 Objetivo 8: a equipe manterá seguros e identificará 
precisamente todos os espécimes cirúrgicos. 
 Objetivo 9: a equipe se comunicará efetivamente e 
trocará informações críticas para a condução segura da 
operação. 
 Objetivo 10: os hospitais e os sistemas de saúde pública 
estabelecerão vigilância de rotina sobre a capacidade, 
volume e resultados cirúrgicos. 
 Lista de verificação de segurança cirúrgica: 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
8 
 
 
MEDIDAS ESPECÍFICAS PARA PREVENÇÃO DA 
RETENÇÃO DE OBJETOS APÓS PROCEDIMENTOS 
CIRÚRGICOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE 
 NEVER EVENTS = eventos que nunca deveriam 
ocorrer em serviços de saúde!  Retenção de 
objetos na cavidade cirúrgica. 
 Controle Rigoroso deve ser realizado pela equipe 
multiprofissional – RESPONSABILIDADE 
COMPARTILHADA 
o Equipe de enfermagem  Desempenha 
papel de liderança na implementação de 
o medidas para a contagem. 
o Cirurgiões 
o Instrumentadores 
o Anestesiologistas 
 Deve ocorrer contagem nas cirurgias que inserem 
objetos nas cavidades (tórax, abdome e pelve). 
 Contar: compressas, gazes, agulhas de sutura e 
instrumentos cirúrgicos 
 ANTES DO INÍCIO DA CIRURGIA: 
o Checar se não há objetos abertos e 
contáveis de procedimentos anteriores. 
o Utilizar um método contábil consistente. 
o Registrar em um local específico a 
contagem dos objetos abertos oferecidos 
na mesa cirúrgica. 
o Instrumentador ou assistente cirúrgico 
deve contar todos os itens que estão na 
mesa cirúrgica e que são passíveis de 
retenção na cavidade. 
 FINAL DA CIRURGIA: CONTAGEM 
o Iniciar a contagem na revisão e 
fechamento da cavidade. 
o O circulante e o instrumentador devem 
verificar e confirmar a contagem de 
agulhas, perfurocortantes e demais 
instrumentos utilizados. 
o Os nomes e as posições dos membros da 
equipe cirúrgica que realizaram as 
contagens, antes do paciente sair da sala 
cirúrgica, devem estar devidamente 
registrados no impresso de sala utilizado 
pelo serviço de saúde. 
o Caso ocorrer divergência na contagem 
avisar o cirurgião e realizar recontagem. 
o Cirurgião deverá realizar exploração 
minuciosa da cavidade antes de iniciar os 
planos de fechamento. 
o Registrar/documentar ocorrência de 
divergências na contagem. 
o Nas cirurgias que ultrapassam o tempo de 
passagem de plantão, realizar uma pré-
contagem no momento da passagem, 
registrando no impresso de sala utilizado 
pelo serviço de saúde. 
o Se nenhuma contagem foi realizada, 
documentar as razões para não realização. 
ADMISSÃO DO PACIENTE NO BLOCO CIRÚRGICO 
 Procedência: 
o Casa: caminhando 
o UI ou emergência: cadeira de rodas ou 
maca 
o UTI ou emergência: maca 
ADMISSÃO DO PACIENTE NO PRÉ-OPERATÓRIO 
 Recepção do paciente no BC = pessoal da 
enfermagem 
 Ambiente apropriado para preparo e permanência 
do paciente 
 Paciente no transoperatório no BC 
o Checar pulseira, exames trazidos (lab, RX, 
ECG etc) e TCI 
o Avaliar o estado físico 
o Estimar o risco anestésico-cirúrgico 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
9 
 
 Realizar ou checar Procedimentos: SV, peso, altura, 
retirada de joias e adornos, esmalte, próteses 
dentárias e tricotomia. 
 Realizar Entrevista direcionada, preferencialmente 
pela enfermeira, e rápido exame físico. 
 Avaliar condições emocionais, de higiene, do 
campo operatório. 
 Orientar para a cirurgia. Checar presença de acompanhante se ambulatorial 
ENTREVISTA DO PACIENTE NO PRÉ-OPERATÓRIO 
 Perguntar sobre: 
o NPO (8h sólidos/6h líquidos) 
o Alergias 
o Cirurgias prévias 
o Medicação em uso 
o Tabagismo (atual ou ex) 
o Etilismo (quanto) 
o Drogas 
o Próteses (onde) 
o Patologias (quais?) 
 Atenção! 
o HAS 
o DM 
o Infecção 
o Asma ou bronquite 
o Reação anafilática prévia (anestésico e 
iodo) 
o Distúrbios da coagulação 
o Cardiopatias graves 
o Nefropatias 
 Circunstâncias que merecem atenção: 
o Extremos de idade 
o Distúrbios de nutrição 
o Uso de drogas 
o Uso de próteses 
 Situações especiais: 
o Pacientes com necessidades especiais 
o Crianças 
o Idosos 
o Obesos 
o Cirurgia de emergência 
COMUNICAÇÃO DO PACIENTE PARA UMA 
CIRURGIA SEGURA 
Se você ou seu filho em breve for se submeter a um 
procedimento cirúrgico, comunique o seguinte ao seu 
prestador de cuidados de saúde: 
 
 
PREPARO DA SALA CIRÚRGICA 
 Enquanto Enfermeira admite o paciente: 
instrumentadora e circulante montam a SO 
 Levar equipamentos e materiais específicos 
(colchão térmico + BI + próteses) 
 Conferir se equipamentos necessários para a 
cirurgia estão na sala funcionando 
 Arrumar mesa cirúrgica 
 Trazer coxins para posicionamento 
 Abastecer SO com instrumentais estéreis conforme 
cirurgia 
 Levar para a SO material de anestesia: kits ou carros 
 Levar kits cirúrgicos com materiais e medicações 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
10 
 
 Carros montados prontos, com instrumentais 
esterilizados (bandejas específicas + pacotes 
avulsos, pacotes de roupas) preparados pelo CME 
para ser entregue ao instrumentador. 
 Conferir se sangue está no BC, se material 
consignado esterilizado está no BC 
 Após realizar antissepsia cirúrgica das 
mãos/antebraços e paramentação cirúrgica 
(avental e luvas estéreis) a instrumentadora monta 
a mesa de instrumentação. 
CONTROLE E PREVENÇÃO DAS IRAS 
 EVENTO ADVERSO: complicação indesejada 
causada pelo cuidado prestado ao paciente e não 
atribuída à evolução natural da sua doença de base. 
 
 4 tipos de IRAS: 
o Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) 
o Pneumonia Associada a Ventilação 
Mecânica (PAV) 
o Infecção Primária da Corrente Sanguínea 
(IPCS) 
o Infecção do Trato Urinário (ITU) 
 RDC n°. 36, de 25 de julho de 2013: 
o CONTROLE e PREVENÇÃO de Eventos 
Adversos em serviços de saúde, incluindo 
as IRAS: 
 Infecção da corrente sanguínea 
associada a cateter venoso central; 
 Infecção do trato respiratório; 
 Infecção do trato urinário (ITU); 
 Infecção do sítio cirúrgico (ISC). 
o 8 - Segurança na prescrição, uso e 
administração de sangue e 
hemocomponentes; 
o 9- Segurança no uso de equipamentos e 
materiais; 
o 10- Manter registro adequado do uso de 
órteses e próteses quando este 
procedimento for realizado; 
o 11- Segurança nas terapias nutricionais 
enteral e parenteral; 
o 12- Estimular a participação do paciente e 
dos familiares na assistência prestada; 
o 13- Promoção do ambiente seguro 
HISTÓRIA 
 1847 - Ignaz Phillip Semmelweis: constatou a 
transmissão de doenças intrahospitalares por meio 
das mãos e instituiu a lavagem de mãos. 
 1863/ Florence Nightingale: primeira referência a 
vigilância epidemiológica 
 
 
INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À 
SAÚDE - IRAS 
 IRAS podem ocorrer no paciente durante a 
internação ou após a alta, se relacionada com a 
assistência prestada; 
 Não estava presente ou em incubação no momento 
da admissão; 
 Profissionais do serviço de saúde, visitantes e 
familiares também podem adquirir IRAS. 
 Complicações do quadro do paciente; 
 Aumento da permanência no hospital; 
 Incapacidade a longo prazo; 
 Óbitos; 
 Grande ônus financeiro adicional; 
 Altos custos pessoais com pacientes e suas famílias 
– tangíveis e intangíveis. 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
11 
 
O QUE FAZER PARA CONTROLAR/PREVENIR IRAS 
 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
o Estratégia MAIS IMPORTANTE para reduzir 
as IRAS; 
o Água e sabão/ Soluções alcoólicas; 
o Baixa adesão (!) 
 Tempo 
 Sobrecarga de trabalho 
 Comportamento 
o MICROBIOTA 
 RESIDENTE 
 Microbiota normal 
 Microrganismos de 
baixa virulência; 
 Parcialmente removida. 
 TRANSITÓRIA 
 Microbiota no tecido 
pela exposição ao meio 
ambiente; 
 Não fixa no epitélio - 
fácil transmissão; 
 Facilmente removida. 
o Manter unhas naturais, limpas e curtas; 
o Não usar nenhum tipo de unha postiça; 
o Não utilizar adornos durante a 
assistência; 
o Se necessário, aplicar creme hidratante 
nas mãos (uso individual), para evitar 
ressecamento na pele 
o 5 momentos para a higienização das 
mãos: 
 
 
 
 
 MEDIDAS GERAIS E PRECAUÇÃO PADRÃO: 
 
 
 
 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL: 
 
 
 
 
 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA: 
o Busca ativa e prospectiva de casos de 
infecção; 
o Análise de dados, cálculo de taxas; 
o Ampla distribuição das informações 
analisadas; 
o Execução de ações de prevenção e 
controle. 
 LIMPEZA DO AMBIENTE 
o AMBIENTE = RESERVATÓRIO DE 
PATÓGENOS 
o Usar produtos adequados; 
o Equipes de higienização treinadas e 
adesão da enfermagem para limpeza de 
superfícies e equipamentos; 
o Equipamentos individuais para pacientes 
em isolamento de contato; 
o Orientação de familiares/cuidadores e 
pacientes. 
 CONTROLE DOS GERMES MULTIRRESISTENTES 
o Enterococcus resistente à vancomicina 
(VRE) 
o Staphylococcus resistente a meticilina 
(MRSA), com sensibilidade intermediária 
ou resistência a vancomicina (VISA e VRSA) 
o Enterobactérias produtoras de ESBL 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
12 
 
o Pseudomonas spp. resistentes a 
carbapenêmicos 
o Acinetobacter spp. resistentes a 
carbapenêmicos 
o Enterobactérias resistentes 
carbapenêmicos (ERCs) - KPC (Klebsiella 
pneumoniae Carbapenemase) 
o Clostridium difficile 
o Beta-Lactamase de Espectro Estendido 
(ESBL) 
o Responsáveis por 2/3 das infecções 
nosocomiais relacionadas ao cuidado à 
saúde: 
 Enterococcus faecium 
 Staphylococcus aureus 
 Klebsiella sp 
 Acinetobacter sp 
 Pseudomonas aeruginosa 
 Enterobacter 
 
o COMO AGIR? 
 Isolamento dos pacientes 
(infectados e colonizados); 
 Culturas de Vigilância; 
 Evitar ao máximo transferências 
intra-hospitalares; 
 Aumentar staff de Enfermagem 
durante surtos; 
 Alertar sobre a importância da 
higiene de mãos; 
 Limpeza dos 
quartos/instalações; 
 Avaliação das opções 
terapêuticas. 
 
 ISOLAMENTO 
o Precaução de contato 
 
 
 
 
 
 
 
o Precaução para gotículas 
 
 
 
o Precaução para aerossóis 
 
 
 
 BUNDLES 
o Conjunto de medidas 
o Grupo ou pacote de intervenções que 
implementadas juntas oferecem 
melhores resultados que isoladamente. 
o Quais? 
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CORRENTE 
SANGUÍNEA RELACIONADA À CATETER IPCS 
 Complicação previsível mais grave; 
 Estudo SCOPE (Brasil) – 40% tx de mortalidade 
entre pacientes com IPCS; 
 Protocolos implantados e atividades de educação 
reforçadas diminuem os índices de IPCS associada 
ao CVC até em 70%. 
 Cateteres Centrais - CVC 
 Remover pelos com tricotomizador elétrico ou 
tesoura; 
 Barreira máxima estéril (para todos os envolvidos); 
 Antissépticos recomendados: gliconato de 
clorexidina 0,5% (30 segundos, movimentos de vai 
e vem) e aguardar a secagem espontânea; 
 Cateteres inseridos em situação de emergência ou 
sem barreira máxima devem ser trocados até 48 
horas; 
 Usar cateteres impregnados com 
antisséptico/antibiótico em adultos em UTI; 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
13 
 
 Curativos estéreis semioclusivo (gaze e fita adesiva 
estéril) trocar a cada 48 horas ou membrana 
transparente semipermeável trocar a cada 7 dias ou 
quando sujo / descolando /úmido; 
 Utilizar cobertura (CHG)em adultos em UTI; 
 Proteger o cateter e conexões com plástico durante 
o banho 
 
 
 CVC – COBERTURAS ESTÉREIS 
o Proteção: contra colonização do sítio de 
inserção 
o Proteção:perda/remoção acidental 
cateter 
o Prevenção: Infecção de corrente 
sanguínea 
 Curativo: Cobrir e proteger o sítio de inserção do 
cateter;  Colonização extraluminal do cateter 
 Perda de integridade do curativo - Descoberto e/ou 
sujidade =  Risco para infecção de 3 a 12 vezes 
 
 Hub (canhão) do cateter: 
o Desinfecção com clorexidina alcoólica 
0,5% + Gaze estéril 
o Movimentos circulares para gerar fricção 
mecânica - 15 segundos 
 Manutenção dos Dispositivos Complementares 
(perfusor, extensor, dânulas, equipos...): 
 
 Cateteres Periféricos: 
o Um novo cateter para cada tentativa de 
punção. 
o Sítio de inserção não poderá ser tocado 
após aplicação do antisséptico. 
o Antissépticos recomendados: gliconato de 
clorexidina 0,5%, iodopovidona alcoólico 
10%ou álcool a 70% e aguardar a secagem 
espontânea. 
o Limitar duas tentativas de punção por 
profissional e no máximo quatro. 
o Fitas adesivas não estéreis não devem ser 
utilizadas. 
o Curativos estéreis semioclusivo (gaze e fita 
adesiva estéril; trocar em 48 horas) ou 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
14 
 
membrana transparente semipermeável 
(trocar quando sujo/descolando/úmido). 
o Proteger o cateter e conexões com 
plástico durante o banho. 
 
 
 
 
 
*Não esquecer DATA e ASSINATURA 
 
 
 
 Manutenção dos dispositivos complementares 
(perfusor, extensor, dânulas, equipos...) 
 
 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
15 
 
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO URINÁRIA RELACIONADA 
À CATETER VESICAL - ITU 
 4ª IRAS mais comum; 
 16- 25% dos pacientes internados possuem SVD ou 
SVA; 
 Risco de ITU x SVD: 
 3-7% a cada dia 
 custo 
 tempo hospitalização 
 mortalidade 
 21% das IPCS secundárias à ITU; 
 70% associada a SVD, mortalidade de 15%. 
 Cateterismo vesical – indicações: 
o Impossibilidade de micção espontânea 
o Instabilidade hemodinâmica – 
monitorização do débito urinário 
o Pós-operatório – até 24h, exceto cirurgias 
urológicas específicas 
o Feminino: lesão por pressão 
 Prevenção: 
o Dar preferência ao cateterismo vesical de 
alívio ao invés do de demora. 
o Cuidados com a bolsa coletora: Esvaziar ⅔ 
da capacidade, não encostar no chão, etc. 
o Discussão diária nos Rounds para remoção 
do cateter vesical. Trocar todo o sistema 
quando ocorrer desconexão, quebra da 
técnica asséptica ou vazamento. 
o Não desconectar o cateter do sistema de 
drenagem (manter sistema fechado). 
o Utilizar métodos não invasivos para 
mensurar diurese: fraldas e uripen. 
 Higiene do meato uretral para inserção e 
manutenção; 
 Não houve diferença de incidência de ITU X Cateter 
Vesical: 
o agentes antissépticos X não-antissépticos 
o PVPI x Água e Sabonete 
o Clorexidina x Água 
o PVPI x Solução Salina 
o PVPI X Água 
 
 
INFECÇÕES DE SÍTIO CIRÚRGICO (ISC) 
 3ª infecção mais frequente; 
 14% a 16% em pacientes hospitalizados; 
 60% preveníveis; 
 Compromete 2 a 5% dos pacientes submetidos a 
cirurgia. 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
16 
 
 
 DEFINIÇÃO: Infecções relacionadas a 
procedimentos cirúrgicos, com ou sem colocação 
de implantes, em pacientes internados e 
ambulatoriais, classificadas conforme os planos 
acometidos e de acordo com critérios definidores 
 Classificação conforme planos acometidos: 
 
 ISC INCISIONAL SUPERFICIAL - Primeiros 30 dias 
após o procedimento cirúrgico (dia 1 = dia da 
cirurgia). Apresenta pelo menos UM dos critérios: 
o Drenagem purulenta na incisão superficial. 
o Cultura + de secreção ou tecido da incisão 
superficial. (não são indicados SWABS) 
o Diagnóstico de infecção superficial pelo 
cirurgião ou médico assistente. 
o A incisão superficial foi aberta pelo 
cirurgião na vigência de pelo menos UM 
dos seguintes sinais ou sintomas: DOR, 
AUMENTO DA SENSIBILIDADE, EDEMA 
LOCAL, HIPEREMIA OU CALOR 
 ISC INCISIONAL PROFUNDA - Primeiros 30 dias após 
o procedimento cirúrgico (ou até 90 DIAS se houver 
colocação de implantes). Apresenta pelo menos 
UM dos critérios: 
o Drenagem purulenta na incisão profunda, 
mas não originada de órgão/cavidade. 
o Abscesso ou evidência de infecção 
detectada durante exame clínico, 
anatomopatológico ou imagem. 
o Diagnóstico de infecção profunda pelo 
cirurgião ou médico assistente. 
o Deiscência espontânea profunda ou 
incisão aberta pelo cirurgião e cultura + ou 
não realizada, quando o paciente 
apresentar pelo menos UM dos seguintes 
sinais e sintomas: FEBRE (≥38°), DOR ou 
TUMEFAÇÃO 
 ISC ÓRGÃO/ CAVIDADE - Primeiros 30 dias após o 
procedimento cirúrgico, ou até 90 DIAS se houver 
colocação de implantes. Envolve qualquer órgão ou 
cavidade que tenha sido aberta ou manipulada 
durante a cirurgia. Apresenta pelo menos UM dos 
critérios: 
o Cultura + de secreção ou tecido do 
órgão/cavidade obtido assepticamente. 
o Presença de abscesso ou evidência que a 
infecção envolve os planos profundos da 
FO identificada em (re)operação, exame 
clínico, anatomopatológico ou imagem. 
o Diagnóstico de infecção de 
órgão/cavidade pelo médico assistente. 
o Osteomielites do esterno após Cir. 
cardíaca ou endoftalmites são 
consideradas infecções de 
órgão/cavidade. 
o Cirurgias endoscópicas com penetração de 
cavidade, serão utilizados os mesmos 
critérios. 
o Toda infecção do trato urinário após 
cirurgia urológica será considerada ISC. 
o NÃO considerar que a eliminação de 
secreção purulenta através de drenos seja 
necessariamente sinal de ISC. 
 CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE ISC - SÍTIOS 
ESPECÍFICOS: 
o Cirurgias endovasculares 
o Cirurgias cardiovasculares 
o Infecções após implante mamário 
o Endocardite relacionada MP 
o Infecções em neurocirurgia 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
17 
 
o Infecções ortopédicas 
o Infecções do trato reprodutivo 
 INDICADORES DE PROCESSO PARA A PREVENÇÃO 
ISC (Pré e Intraoperatório): 
o Cirurgia eletiva: tempo de internação pré-
operatória ≤ 24h; 
o Tricotomia com intervalo ≤ 2h; 
o Tricotomia com aparador ou tesoura; 
o ATB profilático até 1 hora antes da incisão; 
o Duração da antibioticoprofilaxia; 
o Antissepsia do campo operatório; 
o Cirurgias cardíacas: controle glicêmico no 
pós-operatório imediato; 
o Cirurgias colorretais: controle térmico no 
intraoperatório; 
o Inspeção da caixa cirúrgica 
 Níveis de recomendações para prevenção de ISC: 
o Categoria IA: Recomendação forte 
suportada por evidências de alta a 
moderada qualidade. 
o Categoria IB: Recomendação forte 
suportada por evidências de baixa 
qualidade. 
o Categoria IC: Recomendação forte 
requerida pela regulação do Estado ou 
Federação. 
o Categoria II: Recomendação fraca sem 
base em evidências. 
o Sem recomendação/assunto em aberto: 
Última categoria - Não recomendado, 
nenhuma evidência que sustente a prática. 
 FORÇA 
o FORTE: especialistas do painel tem 
confiança de que os benefícios da 
intervenção superam os riscos. 
o CONDICIONAL: os benefícios 
PROVAVELMENTE superam os riscos. 
 QUALIDADE DA EVIDÊNCIA: 
o Alta 
o Moderada 
o Baixa 
o Muito baixa 
RECOMENDAÇÕES PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO 
 PROFILAXIA COM ANTISSÉPTICOS 
o Categoria IB: Recomendação Forte/ 
Prática Aceitável - Paciente tomar banho 
com sabonete antimicrobiano ou não, ou 
um agente antisséptico pelo menos na 
noite anterior ao dia operatório. 
o Categoria II: Fraca recomendação/ 
Evidência de Baixa Qualidade - Adesivos 
plásticos com ou sem propriedades 
antimicrobianas não é necessário para 
prevenção de infecções de sítio cirúrgico. 
 PROFILAXIA COM ANTIBIÓTICOS 
o Categoria IA: Recomendação Forte/ Alta 
evidência - Administrar ATB profilático via 
parenteral ANTES da incisão da pele em 
todos os procedimentos de cesariana. 
 PROFILAXIA COM ANTISSÉPTICOS 
o Categoria IA: Recomendação forte/ Alta 
evidência - Realizar preparação da pele 
com agente antisséptico à base de álcool. 
 BANHO PRÉ-OPERATÓRIO - Recomendação 
Condicional / evidência Moderada 
o Tomar banho antes da cirurgia, utilizandosabão simples ou sabão antimicrobiano. 
o Não tem recomendação sobre o uso ou não de 
panos impregnados com gluconato de 
clorexidina para o banho pré-operatório, 
devido à falta de evidências. 
 REMOÇÃO DE PÊLOS - Recomendação Forte / 
evidência Moderada 
o NÃO remover pelos, ao menos que seja 
absolutamente necessário. Usar 
tricotomizador. 
o Não recomendada a depilação em nenhum 
momento cirúrgico. 
 PREPARAÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO - 
Recomendação Forte / evidência de qualidade 
Baixa a Moderada 
o Utilização de soluções antissépticas alcoólicas à 
base de Gluconato de Clorexidina para 
preparação do sítio cirúrgico. 
 SELANTES ANTIMICROBIANOS PARA A PELE - 
Recomendação Condicional / evidência de 
qualidade Muito Baixa 
o Não utilizar selantes antimicrobianos após a 
preparação do sítio cirúrgico 
 PREPARAÇÃO DAS MÃOS DA EQUIPE CIRÚRGICA - 
Recomendação Forte / evidência de qualidade 
Moderada 
o Realizar esfregação da mão e antebraço com 
um sabão antimicrobiano adequado e água ou 
usar produto à base de álcool antes de vestir 
luvas estéreis 
 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
18 
 
Escovação de mãos e antebraços 
 
 
 
 
 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
19 
 
 
 Técnica de lavagem das mãos da equipe cirúrgica: 
o Lavar as mãos com água e sabão na 
chegada ao bloco cirúrgico, depois de ter 
vestido roupas cirúrgicas, touca e 
máscara. 
o Use um produto à base de álcool para 
preparação de mãos cirúrgicas, seguindo 
cuidadosamente a técnica ilustrada nas 
imagens 1 a 17, antes de cada 
procedimento cirúrgico. 
o Após a cirurgia, quando retirar as luvas, 
lave as mãos com água e sabão para 
remover resíduos de talco e/ou fluidos 
biológicos. 
 
 
 
 
 
 
Repita esta sequência (média de 60 segundos) o número de 
vezes que recomendada pelo fabricante do produto à base 
de álcool utilizado. A recomendação pode ser de repetição 
de duas ou até três vezes. 
 
 ANTIBIOTICOPROFILAXIA: 
o Recomendação Forte / evidência de Baixa 
Qualidade: Profilaxia ATB deve ser 
administrada antes da incisão cirúrgica, 
quando indicado, a depender do tipo de 
cirurgia. 
o Recomendação Forte / evidência de 
qualidade Moderada: Profilaxia ATB deve 
ser realizada até 120 minutos antes da 
incisão, levando em consideração a meia-
vida do antibiótico. 
o Mais importante é observar a meia-vida do 
ATB para escolher o melhor momento 
para administração 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
20 
 
 ANTIBIÓTICOS ORAIS E PREPARAÇÃO MECÂNICA 
DO INTESTINO 
o Recomendação Condicional / evidência 
de qualidade Moderada: Pacientes a 
serem submetidos à cirurgia colorretal 
eletiva, indica-se ATB oral pré-operatório, 
combinado com preparação mecânica do 
intestino. 
o Recomendação Forte / evidência de 
qualidade Moderada: Não se recomenda 
preparação mecânica intestinal de forma 
isolada, sem uso de ATB orais. 
 DESCOLONIZAÇÃO COM MUPIROCINA EM 
PACIENTES COM COLONIZAÇÃO NASAL POR S. 
AUREUS 
o Recomendação Forte / evidência de 
qualidade Moderada: Pacientes com 
colonização nasal por S.aureus submetidos 
à cirurgia cardiotorácica e/ou ortopédica, 
devem receber aplicações perioperatórias 
intranasais de pomada de Mupirocina 2%, 
com ou sem combinação de lavagem 
corporal com gluconato de clorexidine. 
o Recomendação Condicional / evidência 
de qualidade Moderada: Considerar 
recomendação para outros tipos de 
cirurgia. 
o Mupirocina Intranasal: Antibiótico tópico 
usado para tratamento de infecções da 
pele. 
RECOMENDAÇÕES PERÍODO INTRAOPERATÓRIO 
 PROFILAXIA COM ANTIBIÓTICOS VIA PARENTERAL 
o Categoria IA: Recomendação Forte/Alta 
evidência - Em procedimentos limpos NÃO 
administrar dose a mais de ATB após a 
sutura da ferida cirúrgica na sala de 
operação, mesmo na presença de drenos. 
 PROFILAXIA COM ANTIBIÓTICOS NÃO PARENTERAIS 
o Categoria IB: Recomendação Forte/ Baixa 
evidência - NÃO aplicar agentes 
antimicrobianos na incisão cirúrgica para 
prevenção de infecções de sítio cirúrgico. 
 CONTROLE GLICÊMICO 
o Categoria IA: Recomendação Forte/ Alta 
Evidência - Implementar controle 
glicêmico no perioperatório e ofertar 
glicose para menos de 200mg/dL em 
pacientes com ou sem diabetes. 
 
 TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 
o Categoria IB: Recomendação Forte/ 
prática Aceitável - Não se deve impedir 
que os pacientes recebam transfusão 
como meio de evitar infecções de sítio 
cirúrgico. 
 NORMOTERMIA 
o Categoria IA: Recomendação Forte/ Alta 
evidência - Manter normotermia no 
período perioperatório. 
 OXIGENAÇÃO 
o Categoria IA: Recomendação Forte/ Alta 
evidência - Para otimizar a entrega de 
oxigênio aos tecidos, mantenha a 
normotermia e a infusão de líquidos 
adequada durante o perioperatório. 
 Campos e Aventais Cirúrgicos - Recomendação 
condicional/ evidência de qualidade MODERADA A 
MUITO BAIXA 
o Utilizar campos e aventais estéreis de 
tecido reutilizável ou descartáveis de não-
tecido estéril. 
o Campos fenestrados adesivos de plástico 
com ou sem propriedades antimicrobianas 
não devem ser usados com a finalidade de 
prevenir a ISC. 
 Uso de Luvas Cirúrgicas: Não formularam 
recomendação por falta de evidências para avaliar 
se utilizar duas luvas, a troca de luvas durante a 
cirurgia ou o uso de tipos específicos de luvas são 
mais efetivas na redução do risco de ISC. 
 Mudança de Instrumental Cirúrgico: Especialistas 
decidiram não formular uma recomendação sobre 
este tópico devido à falta de evidências. 
 Suturas Revestidas com Antimicrobianos - 
Recomendação Condicional/ evidência de 
qualidade MODERADA: Suturas revestidas com 
Triclosan (antisséptico) podem ser utilizadas. 
 Oxigenação perioperatória - Recomendação 
CONDICIONAL / evidência de qualidade 
MODERADA: Pacientes adultos submetidos a 
anestesia geral com IET recebem uma fração de 
oxigênio inspirado (FiO2) de 80% no intraoperatório 
e, se possível, no pós-operatório imediato por 2 a 6 
horas. 
 Manutenção da temperatura corporal 
(normotermia) - Recomendação Condicional / 
evidência de qualidade Moderada: Usar 
dispositivos de aquecimento para manutenção da 
temperatura corporal do paciente. 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
21 
 
 Controle da glicemia no perioperatório - 
Recomendação Condicional/ evidência de 
qualidade BAIXA: 
o Utilizar protocolos para o controle da 
glicose no paciente adulto no 
perioperatório (diabéticos e não 
diabéticos). 
o Não foi formulada uma recomendação 
sobre os níveis de glicose. 
 Fluidoterapia no intraoperatório - Recomendação 
condicional/ evidência de qualidade BAIXA: 
Especialistas sugerem manter o controle adequado 
de volume sanguíneo circulante. 
 Irrigação de Solução Aquosa de Iodopovidona - 
Recomendação Condicional/ evidência de 
qualidade BAIXA: Usar na ferida incisional antes do 
fechamento, principalmente em cirurgias limpas e 
potencialmente contaminadas. 
 Irrigação com ATB ferida incisional - 
Recomendação condicional/ evidência de 
qualidade BAIXA: Antes do fechamento NÃO deve 
ser usada 
 Terapia de pressão negativa na ferida - 
Recomendação Condicional/ evidência BAIXA: 
Profilática pode ser usada em incisões cirúrgicas 
fechadas, tendo em conta os recursos. 
 Sistemas de ventilação da sala cirúrgica com fluxo 
laminar - Recomendação condicional/ evidência 
MUITO BAIXA: Não usar para reduzir o risco de ISC 
em pacientes submetidos a cirurgia. 
RECOMENDAÇÕES PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO 
 DURAÇÃO DE ATB PROFILÁTICO PÓS-OPERATÓRIO 
PARA DRENOS 
o Categoria IA: Recomendação Forte/ Alta 
evidência - NÃO ADMINISTRAR 
PROFILAXIA ANTIMICROBIANA ADICIONAL 
após a incisão cirúrgica ser fechada na sala 
de cirurgia, mesmo na presença de um 
dreno. 
 Prolongamento da Profilaxia Antibiótica Cirúrgica 
- Recomendação FORTE/ evidência de qualidade 
MODERADA: NÃO prolongar a administração da 
profilaxia antibiótica após a conclusão da cirurgia 
 Drenos em Feridas - Recomendação condicional/ 
evidência de qualidade BAIXA: ProfilaxiaATB no 
perioperatório não deve ser continuada devido à 
presença de um dreno. 
 Curativos Avançados - Recomendação condicional/ 
qualidade de evidência BAIXA: NÃO usar sobre 
feridas cirúrgicas fechadas primariamente qualquer 
tipo de curativo avançado, em vez de um curativo 
padrão. 
SÍNTESE 
1. Pacientes com S. aureus nasal conhecido devem 
receber pomada de Mupirocina 2% intranasal, com 
ou sem combinação de gluconato de clorexidina 
para lavagem do corpo. 
2. Preparação mecânica do intestino sozinha (sem 
ATB oral) NÃO deve ser usada em pacientes adultos 
submetidos a cirurgia colorretal eletiva. 
3. Cabelos e pelos no local da incisão cirúrgica NÃO 
devem ser removidos previamente, se necessário, 
remover com tricotomizador específico (“aparar”). 
4. Antibiótico profilático (ATBP) deve ser 
administrado antes da incisão cirúrgica, quando 
indicado. 
5. ATBP deve ser administrado dentro de 120 min 
antes da incisão, considerando a meia-vida do 
antibiótico. 
6. A preparação cirúrgica das mãos deve ser realizada 
antes de calçar luvas estéreis, esfregando com um 
antimicrobiano adequado (sabão e água) ou usando 
um produto à base de álcool. 
7. Soluções antissépticas à base de álcool com 
clorexidina devem ser usadas para a preparação da 
pele no sítio cirúrgico. 
8. Administração de profilaxia antibiótica cirúrgica 
não deve ser prolongada após a conclusão da 
cirurgia. 
ANESTESIA 
OBJETIVOS 
 Suprimir a sensibilidade dolorosa durante a 
cirurgia, com manutenção ou não da consciência. 
 Provocar relaxamento muscular. 
 Proporcionar condições ideais para a ação da 
equipe cirúrgica. 
CLASSIFICAÇÃO ASA – ESTADO FÍSICO DO 
PACIENTE 
I – Paciente saudável - saudável não fuma e não bebe 
II – Paciente com doença sistêmica leve - leve doença sem 
limitação funcional 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
22 
 
III – Paciente com doença sistêmica grave - Uma ou mais 
doenças moderadas a graves com limitação funcional 
IV – Paciente com doença sistêmica grave com ameaça 
constante à vida - Com doença grave que ameace a vida Ex: 
sepse 
V – Paciente moribundo que não se espera que sobreviverá 
sem a cirurgia. 
VI – Paciente com morte cerebral, cujo órgãos estão sendo 
removidos para doação. 
Classe E – Paciente que requer cirurgia de emergência 
10 PASSOS PARA ANESTESIA SEGURA 
1. Anestesia e prevenção da infecção hospitalar – 
higienização das mãos e uso de luvas 
2. Avaliação pré-anestésica (APA) 
3. Preenchimento correto e completo dos 
documentos da anestesia 
4. Time-out 
5. Checagem de segurança (3M’s) – materiais, 
medicamentos e máquinas 
6. Planejando a via aérea 
7. Planejando a analgesia 
8. Planejando a monitorização adequada 
9. Planejando a reposição volêmica 
10. Transporte seguro 
Houve uma intercorrência no intraoperatório? Dedique 
1min para notificar o evento no formulário adequado. Essa 
ação também aumenta a segurança. 
NPO: 
 
MONITORIZAÇÃO 
 Básica: 
o Medida da PA (esfigmomanômetro) 
o Estetoscópio 
o Cardioscopia 
o Oximetria de pulso; 
 Complementar: 
o Estetoscópio esofágico; 
o Termômetro elétrico; 
o SVD; 
o Capnografia; 
o PVC; 
o PAM; 
o Catéter Swan-Ganz; 
o Função neuromuscular (estimulador de 
nervo periférico) 
TIPOS DE ANESTESIA 
 Geral 
o Inalatória (líquidos voláteis/por gases) 
o Endovenosa 
o Balanceada: agentes inalatórios + 
intravenosos 
 Local 
o Tópica 
o Infiltração 
 Regional 
o Plexo braquial 
o Peribulbar 
o Intercostal etc. 
 Espinhal 
o Peridural 
o Subaracnóidea 
 Combinada: AG + BPD 
ANESTESIA GERAL 
OBJETIVOS 
 Ausência de percepção dolorosa / Analgesia: 
Fentanil (analgésico potente aproximadamente 100 
vezes + morfina) 
 Inconsciência/Hipnose: Tiopental / Propofol / 
Midazolan 
 Relaxamento muscular: Succinilcolina/ Pancurônio 
/Atracúrio (bloqueadores neuromusculares) 
 Depressão Neurovegetativa - Drogas ação no 
Sistema Nervoso 
 BIS® (Monitorização do índice bispectral) = sistema 
de monitoramento contínuo do estado hipnótico 
do paciente submetido à sedação e AG com base na 
aquisição e no processamento de sinais do ECG. 
Monitora o nível de consciência de pacientes 
submetidos à AG 
 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
23 
 
 Correlação entre valores do índice bispectral e 
estado clínico do paciente: 
 
 
ETAPAS 
 Pré-indução 
o Preparo da Sala - revisão do equipamento, 
preparo e revisão do material e fármacos. 
o Preparo do Paciente – entrevista, ficha de 
anestesia, ambiente, monitorização e 
punção venosa. 
 Indução 
o Indução – intravenosa, inalatória, via 
aérea e intubação. 
 Manutenção 
o Estabilização - posicionamento, técnica 
anestésica, ventilação e hidratação 
 Término da anestesia 
INTUBAÇÃO 
 Material 
o Sondas aramadas 
o Videolaringoscópio 
o Lâmina com ponta flexível 
 Manobra de sellick: 
 
 
 Avaliação para intubação: 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
24 
 
 
 Material para intubação difícil: 
o Lâminas diversas de laringoscópio 
o Cânulas de diferentes tamanhos 
o Fio-guia, trocadores de sonda 
o Máscaras laríngeas e fast-track 
o Broncofibroscópio 
o Capnografia 
BLOQUEIOS ESPINHAIS 
 
BLOQUEIO SUBARACNÓIDE (BSA) 
 Anatomia: entre a aracnoide, que está justaposta à 
dura-máter, e a pia-máter temos o espaço 
subaracnóide, com líquido cefalorraquidiano. 
 Anestésicos + empregados: bupivacaína e lidocaína 
 Posicionamento – DL fetal ou sentado 
 Agulha fina – saída de líquor 
 Indicação – procedimento abdominal infraumbilical 
ou MsIs. Reserv. p/> 40 a 
 Complicações – hipotensão arterial e cefaleia 
 
BLOQUEIO PERIDURAL (BPD) 
 Anatomia – espaço entre o ligamento amarelo e a 
dura-máter 
 Técnica “Perda da Resistência” 
 Agulha - Tuohy 
 Indicação – mesma da raqui, em pacientes mais 
jovens e obstetrícia 
 Complicações – hipotensão, punção acidental 
subaracnóide, toxicidade sistêmica, dor lombar e 
hematoma 
BPD X BSA 
 Ambas: posição fetal ou sentado. 
 Ambas: 1 se faz uma anestesia local (botão 
anestésico) 
 Peridural: anestésico é injetado no espaço peridural 
(camada de gordura anterior à dura-máter - 
membrana que envolve a medula vertebral). 
Técnica “Perda da Resistência”. 
 Raqui: agulha ultrapassa a dura-máter, mas não 
atinge a medula. O anestésico é injetado em uma 
região abaixo da medula, onde só há filamentos 
nervosos. “Saída de Líquor”. 
ANESTESIA: EVITAR 
 Discussões e comentários de qualquer espécie, em 
voz alta, principalmente sobre a técnica anestésica 
e condições do paciente. 
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25 
 
 Que o paciente tenha visão direta do material 
cirúrgico e anestésico que possa estar sendo 
preparado 
 Descobrir desnecessariamente o paciente ainda 
consciente ou que haja número excessivo de 
pessoas à sua volta 
 Calor ou frio excessivo na SO 
 Luz direta do foco sobre o rosto do paciente 
CENTRAL DE ANESTESIA 
 Local com finalidade de promover RH e materiais 
para o ato anestésico, garantindo condições ideais 
de segurança, técnica e de assepsia. 
 Possui características especiais 
o de limpeza 
o preparo 
o guarda 
o entrega de fármacos e materiais para o 
procedimento anestésico 
POSICIONAMENTO CIRÚRGICO 
 Arte de mover e segurar o corpo colocando em uma 
posição que permita a melhor exposição da área 
cirúrgica, com mínimo de comprometimento da 
função fisiológica, que não cause lesão na pele, que 
não ocorra lesões nervosas ou comprometimento 
vascular. 
 Posiciona-se o paciente após a anestesia, conforme 
cirurgia que irá se submeter. 
 Cuidados com: 
o Sistema músculo esquelético 
o Sistema nervoso 
o Sistema cardiovascular 
o Sistema respiratório 
 Mesa cirúrgica: 
o Adequada ao tamanho do paciente 
o A especialidade cirúrgica 
o Tipo de posição exigida para a cirurgia 
 Cirurgião 
o Boa visão do sítio cirúrgico 
o Preferências pessoais/conforto 
o Desfecho cirúrgico 
 Anestesista 
o Preservar funções: circulatória e 
ventilatóriao Acesso às vias: Venosa, Arterial e Aérea 
 Enfermagem 
o Equipe advogada do paciente 
o Segurança 
o Capacitação equipe 
o Avaliação de risco 
o Posicionamento adequado 
o Monitorização do tempo 
o Considerar reposicionamento 
o Avaliar perfusão áreas de risco 
TIPOS DE POSICIONAMENTOS CIRÚRGICOS 
DECÚBITO DORSAL OU POSIÇÃO SUPINA 
 Paciente fica deitado de costas com as pernas 
estendidas e braços ao longo do corpo ou 
abduzidos e apoiados em talas. 
 Posição mais usada 
 
DECÚBITO LATERAL OU SIMS 
 Paciente permanece em decúbito lateral E ou D 
com a perna de cima flexionada, afastada e 
apoiadas na superfície de repouso. 
 Utilizada nas cirurgias de toracotomia para 
lobectomia ou cirurgias da loja renal ou cirurgias 
ortopédicas 
 
TRENDELENBURG OU TRENDELENBURG 
REVERSO 
 Posição supina, mas com inclinação da mesa com 
cabeça mais baixa. 
 Utilizada em algumas cirurgias abdominais. 
 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
26 
 
DECÚBITO FOWLER OU SENTADA 
 Paciente permanece semissentado na mesa 
cirúrgica. 
 Usada para cirurgias de mamoplastia, 
abdominoplastias e neurocirurgias 
 
DECÚBITO VENTRAL OU POSIÇÃO PRONA 
 Paciente fica deitado de abdome para baixo com os 
braços estendidos para frente e apoiados em talas. 
 Usada em cirurgias nas regiões: dorsal, lombar, 
sacrococcígea e occipital 
 
POSIÇÃO DE LITOTOMIA OU GINECOLÓGICA 
 Paciente permanece em decúbito dorsal com as 
pernas flexionadas, afastadas e apoiadas em 
perneiras acolchoadas e os braços abduzidos e 
apoiados em talas. 
 Utilizada nas cirurgias proctológicas orificiais, 
ginecológicas e urológicas 
 
 
PONTOS DE PRESSÃO POR POSICIONAMENTO 
 
O QUE FAZER PARA EVITAR LESÕES NOS 
PONTOS DE PRESSÃO POR POSICIONAMENTO 
 Usar no Posicionamento do Paciente Cirúrgico: 
Recursos materiais como talas, suportes, coxins de 
tamanhos e formatos diversos 
 Cuidados no Posicionamento do Paciente 
Cirúrgico: 
o Proteger proeminências ósseas, 
principalmente em obesos, idosos e 
desnutridos evitando a formação de lesões 
de pressão e compressão da circulação. 
Usar posicionadores de gel ou coberturas. 
o Cuidar dos membros inferiores e 
superiores nunca deixar que fiquem 
pendentes da mesa. 
o Se possível, colocá-los ao longo do corpo e 
apoiá-los sobre talas. 
o Posicionar de modo seguro, anatômico e 
fisiológico, prevenindo distensões 
musculares, evitando compressão 
vascular, nervosa, de saliências ósseas e 
lesão ocular e facilitando a dinâmica 
respiratória. 
Ranin Lena Lima – Enfermagem na Saúde do Adulto I 
27 
 
o Possibilitar livre fluxo das infusões venosas 
e perfeito acesso intraoperatório para a 
execução da técnica cirúrgica. 
o Evitar contato com as superfícies metálicas 
da mesa cirúrgica. 
o Aplicar movimentos firmes, delicados e 
seguros em qualquer parte do corpo para 
evitar distensões musculares. 
o Ao elevar o paciente durante a 
movimentação: 
 Não arrastar 
 Prevenir o deslizamento 
 Aumentar a proteção ao elevar o 
paciente porque aumenta o peso 
do corpo na região sacra 
 Aumenta o risco deslizamento e 
cisalhamento 
 Evitar usar no posicionamento: 
o Toalhas, rolos de folha, cobertores, bolsas 
com fluídos: 
 Não é efetiva na redistribuição da 
pressão 
 Pode contribuir para pressão e 
injúrias 
o Travesseiros, cobertores e equipamentos 
de espuma moldada - É mínima a pressão 
redistribuída 
o Almofadas de espumas 
 Não é efetivo como dispositivo de 
enchimento 
 Rápida compressão abaixo das 
áreas pesadas do corpo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESCALA ELPO 
 Escala de Avaliação de Risco de Desenvolvimento 
de Lesão Decorrente do Posicionamento 
 Não previne risco, fornece subsídios para 
assistência 
 Risco diminuído = menor ou igual a 19 
 Risco aumentado = maior ou igual a 20 
 
 
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28 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO 
INTRAOPERATÓRIO 
 Enfermagem na Sala Operatório: montagem, 
circulação, instrumentação e desmontagem 
 Montagem da SO para a cirurgia: instrumentais, Kit 
materiais, kit anestesia, equipamentos especiais, 
sangue (SN) 
 Fluxo: recepção no BC  enquanto o paciente 
aguarda: 
o Preparar sala cirúrgica com equipamentos, 
instrumental e materiais médicos 
o Prever aquecimento do paciente 
o Aquecer Soluções como SF0,9% e RL em 
estufa a 38 graus, para infundir EV no 
paciente cirúrgico na temperatura de 36 
graus 
o Aquecer membros inferiores (MMII) e 
superiores do paciente colocando algodão 
laminado e atadura, pode ser elástica nos 
MMII 
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
 Técnica de paramentação cirúrgica é composta por 
três etapas: 
o Antissepsia das mãos e antebraços 
o Vestir o avental esterilizado 
o Calçar luvas cirúrgicas estéreis 
 Colocar campos estéreis para cobrir o paciente e 
delimitar o campo operatório 
 Avental de chumbo e protetor de tireoide antes do 
avental estéril 
 Instrumentadora arruma a mesa de instrumental 
 Instrumentadora confere instrumental 
 Circulante traz o paciente para a sala 
 Anestesia 
 Tricotomia na sala SN 
 Instrumentadora aguarda o início da cirurgia 
 Garrote pneumático  cirurgia de membros 
 Botas pneumáticas  cirurgias longas e pacientes 
com risco de TVP 
 Posicionamento e evitar umidade nos lençóis 
 Degermação e antissepsia do campo operatório 
reduz o crescimento ou ação dos MO diminuindo o 
risco de ocorrência de ISC 
PREPARO DO CAMPO OPERATÓRIO 
 Iniciar a degermação do local mais limpo (de onde 
será realizada a incisão) para o mais sujo, em 
movimentos circulares. 
 Degermação remove a flora microbiana transitória 
e o antisséptico inativa a proliferação da flora 
residente, por um certo período de tempo, da pele 
do campo operatório, bem como das mãos e braços 
da equipe hospitalar. 
 Tipos de antissépticos utilizados: 
o ÁLCOOL (70%) – pouco usado porque não 
tem ação residual 
o PVP-I Degermante= PVP-I + sabão 
o PVP-I Tópico (Aquoso) = PVP-I + H2O 
o PVP-I Tintura (Alcoólico) = PVP-I + Álcool 
o Clorohexidina Degermante 
o Clorexidina Aquosa 
o Clorexidina Alcoólica 
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29 
 
BISTURI ELÉTRICO 
 Aparelho que transforma corrente elétrica 
alternada de baixa frequência em corrente de alta 
frequência 
 Objetiva produzir diversos efeitos no tecido 
orgânico: coagulação, dissecção ou corte 
 Mais seguros são os que possuem o sistema REM 
(Monitorização do Eletrodo Retorno) e devem ser 
utilizados em tomadas que possuam o sistema de 
aterramento. 
 Eletrodo de retorno ou placa do bisturi elétrico: 
o Placas dispersivas adesivas são utilizadas 
com monopolar. Bipolar não precisa. 
Placas Metálicas – são perigosas; desuso; 
usar gel. 
o Monopolar: corta e coagula com alta 
potência. Bipolar: somente coagula, usado 
para cirurgias delicadas. O mesmo 
eletrocautério permite uso de Mono ou 
Bipolar. 
 Bisturi de argônio 
 Bisturi ultrassônico 
 Cuidados com o Eletrodo de Retorno (Placa de EC): 
o Abrir embalagem e colocar a placa na pele 
preparada (antes limpar bem a pele e 
proceder tricotomia SN) 
o Selecionar área bem vascularizada 
próxima à região a ser operada, evitando 
dobras cutâneas e cicatrizes; certifica-se 
que toda placa aderiu. 
o NUNCA cortar a placa 
 Cuidados de Enfermagem com a Placa do EC: 
o Colocar a placa MAIS próximo da FO -
regiões com grande massa muscular 
o Colocar placa dispersiva no paciente -
circulante 
o Evitar colocar a placa sobre ou no trajeto 
de órteses e próteses 
o Colocar a placa após posicionamento e 
cuidar para que não descole 
o Manter o paciente seco e sem contato com 
a parte metálica da mesa 
o Cuidar o plug da placa sob o corpo para 
não lesionar a pele devido à pressão. 
o Evitar colocar a placa na região escapular 
esquerda. 
o Evitar locais com pelos -impedem que a 
energia seja descarregada. 
o Atenção especial ao portador de 
marcapasso - a corrente elétrica pode 
interferir na programação. 
o Usar bipolar eanestesista deve controlar o 
paciente durante toda cirurgia ou 
cardiologista regular marcapasso antes. 
 Complicações no uso de bisturi elétrico: 
o Queimaduras 
o Choques elétricos no paciente ou na 
equipe 
o Incêndios devido ao uso de anestésicos ou 
antissépticos 
o Parada cardíaca 
 Cabe ao Pessoal de Enfermagem do BC: 
o Revisar periodicamente os aparelhos e 
instalações elétricas. 
o Manter aparelhos limpos e em ordem. 
o Testar todos os comandos antes do uso. 
o Colocar o EC longe do monitor cardíaco, 
devido à interferência. 
o Desligar o EC no final de cada cirurgia e 
antes da utilização de substâncias para a 
antissepsia do paciente. 
o Realizar treinamento e supervisão da 
equipe de enfermagem, uso, conservação 
e funcionamento dos aparelhos 
o Limpar fios, cabos e ponta do bisturi, com 
álcool ou H2O2 se sujos de sangue. 
ASSISTÊNCIA DO PACIENTE NO INTRAOPERATÓRIO 
 Sondagens 
 Acesso venoso / arterial 
 Antibiótico profilático  até 120 minutos antes da 
incisão 
 Fios cirúrgicos 
o Utilizados para ligadura dos vasos 
sangrantes e união dos tecidos lesados 
facilitando o processo de cicatrização. 
o São classificados em: 
 Absorvíveis 
 Origem Animal. Ex. Catgut 
 Origem Sintética. Ex. Vicryl 
 Não absorvíveis 
 Origem Animal. Ex. Seda 
 Origem Vegetal. Ex. Linho 
 Origem Sintética. Ex. 
Nailon, Mersilene, Ethibon 
e Prolene 
 Origem Mineral: Ex. Aciflex 
e clips 
 Controle das Perdas sanguíneas 
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30 
 
 Controle de compressas e instrumental 
 Curativos e drenos 
 Peça cirúrgica (AP / Cultural) 
VIDEOCIRURGIA 
 Método minimamente invasivo que permite 
monitorar o ato operatório em tela de vídeo e 
realizar intervenções complexas por meio de 
abordagem cirúrgicas mediante minúsculas 
incisões de acesso a cavidades e espaços corpóreos 
 Vantagens 
o Menor incisão cirúrgica; 
o Recuperação mais rápida e menos 
dolorosa; 
o Tempo de internação reduzido; 
o Menos gastos para o sistema de saúde; 
 A videocirurgia tem alcance em todas as 
especialidades cirúrgicas. 
 Rack de videocirurgia: 
o Monitor 
o Insuflador de gases 
o Fonte de luz 
o Microcâmera 
o Videocassete 
o Fonte de CO2 
 Instrumentais: 
o Kits 
o Reprocessamento do material avulso 
o Área específica x profissionais treinados 
o Processo de limpeza 
o Processo de desinfecção 
o Processo de esterilização 
FINAL DA CIRURGIA 
 Ao se retirar o paciente da posição cirúrgica, 
alguns pontos precisam ser observados: 
o Manusear o paciente com movimentos 
firmes e lentos; mudança repentina de 
posição pode levar à queda de PA. 
o Ao retirar o paciente da posição 
ginecológica, ter cuidado; descer as pernas 
simultaneamente. 
o Manter a cabeça voltada para um dos 
lados, quando o paciente permanecer em 
decúbito dorsal. 
o No final da cirurgia pode ocorrer quedas 
acidentais. Redobrar a vigilância e NÃO 
deixar o paciente sozinho até ser 
transportado para a SRPA. 
 
 Transferência do paciente: 
o SO para a SRPA; 
o SO para o leito de CTI; 
o SO para o leito de origem; 
o SO para residência -em procedimentos 
ambulatoriais com anestesia local 
 Limpeza da sala de procedimento 
o Área menos tocada para a mais tocada 
o Limpar as áreas menos sujas antes de 
passar para as áreas mais sujas diminui a 
probabilidade de espalhar contaminantes 
de áreas mais sujas para superfícies limpas 
o De cima para baixo 
o Procedimentos padronizados, método e 
disciplina 
o Profissionais treinados 
o Limpar a sala de cirurgia entre os 
procedimentos 
o Profissionais designados para limpeza de 
áreas especificas evita a contaminação 
cruzada entre superfícies sujas e limpas e 
melhora a eficiência e organização 
o Patógenos específicos: Recomendação 
para patógenos especiais = deixar um 
tempo de 28 min até 1h para troca de ar -
filtragem do ar 
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA 
HISTÓRICO 
 1904 – Boston/EUA 
 1947 – Filadélfia/EUA 
 1988 – ASA = Padrões de Cuidados Pós- Anestésicos 
 BRASIL 
o 1977 - Lei previsão de SR 
o 1993 - Obrigatoriedade por Decreto 
Federal 
PÓS-OPERATÓRIO 
 Localização: ao lado do BC 
 Estrutura física: 
o Área física = grande salão 
o Equipamentos e materiais básicos 
 Organização da sala = conforme vai chegando do 
bloco 
 Assistência de enfermagem: recepção, 
permanência e alta 
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31 
 
 
 Ao deixar a SO até a última visita de 
acompanhamento do cirurgião. 
 PO Imediato - Fase I: recuperação imediata (24h), 
cuidado intensivo 
 PO Mediato - Fase II: autocuidado (após 24h), 
cuidados estendidos. 
 PO Tardio - Fase III: Preparo para alta (se 
internado). 
 Objetivo: retornar ao equilíbrio fisiológico ideal do 
paciente, com rapidez, segurança e conforto 
 Função 
o Restabelecer o equilíbrio fisiológico 
o Aliviar a dor 
o Prevenir complicações 
o Avaliar a recuperação cuidadosamente 
o Intervir imediatamente 
o Ensinar o autocuidado 
 Protocolos Assistenciais 
o Avaliação inicial 
o Índices de recuperação 
o Condutas em situações especiais 
o Intervenção nas complicações 
o Critérios de alta e transferência 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PÓS-
OPERATÓRIO IMEDIATO 
 Ambulatoriais Internados 
o SRPA e CTI – devem ser próximas ao BC 
o Transferência do paciente do BC para SRPA 
/ CTI – anestesista e enfermagem 
o Anestesista - responsável em transportar e 
passar o caso (tudo) 
o SRPA e CTI - infraestrutura e RH adequados 
 A permanência na SRPA poderá ser de 4 a 6h, 
dependendo do tipo de cirurgia e das condições 
preexistentes 
 A SRPA precisa ser silenciosa, tranquila, limpa, 
agradável, iluminação indireta, bem ventilada e 
livre de equipamentos desnecessários, pois esses 
aspectos auxiliam na recuperação do paciente, 
promovendo conforto e diminuindo a ansiedade 
 É essencial que a Enfermagem tenha conhecimento 
sobre patologias clínicas e cirúrgicas para o 
atendimento dos pacientes no Pós-Operatório 
 Assistência na Admissão do Paciente: avaliar 
sistema respiratório, circulatório, neurológico, 
drenagens, curativos, posicionamento, 
aquecimento, conforto, segurança, controle da dor 
e apoio psicológico. 
 O enfermeiro deverá ter total conhecimento da 
história pregressa do paciente que está admitindo 
TRANSFERÊNCIA DO PACIENTE POI 
 Interrupção da administração dos anestésicos 
 Retorno as condições basais 
 Transporte BC para SRA 
 Admissão 
 Equipe, drogas e equipamentos 
 Monitorização de trocas ventilatórias 
 Existência de Protocolos: avaliação inicial; índices 
de recuperação; condutas em situações especiais; 
intervenções nas complicações; critérios de alta e 
transferência. 
1. AVALIAÇÃO VENTILATÓRIA 
 DE – Padrão respiratório ineficaz 
 Objetivo principal é manter via Aérea Permeável 
para manter ventilação pulmonar satisfatória, 
evitando hipóxia e a hipercapnia. 
 Cuidados com a respiração: 
o Observar curva de saturação de oxigênio 
o Evitar SpO2 menor 90% 
o Controlar oxigenação, mov. respiratórios, 
cianose e SpO2 
o Avaliar profundidade e natureza das 
respirações 
o Aspirar Vias Aéreas – VAS permeáveis; 
instilar SF. 
2. AVALIAÇÃO CIRCULATÓRIA 
 DE – Débito cardíaco reduzido 
 Avaliação cardiovascular: 
o Pressão Arterial 
o FC e regularidade 
o Coloração da pele 
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32 
 
3. AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
 DE – Processo de pensamento alterado 
 ESTADO DE CONSCIÊNCIA - acordado ou sonolento; 
verbaliza ou atende aos comandos verbais ou aos 
estímulos dolorosos. 
 FORÇA MOTORA – capacidade de responder aos 
comandos; coma anestésico, sedado ou bloqueado 
 PUPILAS – isocóricas e fotorreação 
4. AVALIAÇÃO RENAL 
 Conhecer BH intraoperatório 
 Zerar diurese na chegada a SRPA ou CTI 
 Controlar diurese – débito urinário médio no adulto 
saudável é 1.000 a 1.500/24h. 
o Poliúria > 3.000ml/24h (DM). 
o Oligúria < 400ml/24h (desidratação). 
o Anúria <50ml/24h (IR). 
 SVD observar fluxo - PreferirSVA que SVD 
 Controlar o volume infundido EV – cuidado com 
desidratados e portadores ICC. 
 Relacionar perdas com PVC 
 Avaliar mucosas e pele 
5. AVALIAÇÃO SÍTIO CIRÚRGICO E DRENOS 
 Curativos 
 Drenos, sondas e cateteres 
6. OUTROS CUIDADOS 
 Posicionamento: Decúbito dorsal, semi-fowler ou 
decúbito lateral (pouco indicada) 
 Segurança 
 Acessos venosos 
 Monitorização 
 Dados referentes ao estado clínico prévio 
 Dados transoperatório 
 Cuidados conforme cirurgia 
 Prever complicações 
COMPLICAÇÕES NO POI MAIS FREQUENTES 
1. Hipóxia - obstrução da via aérea 
o O efeito anestésico mantém o paciente 
inconsciente e sua musculatura relaxada, 
associado a posição de decúbito dorsal a 
mandíbula e a língua caem para trás 
ocorrendo a obstrução hipofaríngea, 
ocluindo a passagem de ar. 
2. Hipotermia 
o DE – Temperatura corporal alterada 
o Aquecer paciente – terapia de 
aquecimento por convecção 
3. Dor 
o Escala de Faces 
 
o Escala Numérica Verbal (ENV) 
 0 – Sem dor 
 10 – Pior dor possível 
o Escala Categórica Verbal (ECV) 
 0 – Sem dor 
 1 a 3 – Dor leve 
 4 a 6 – Dor moderada 
 7 a 9 – Dor intensa 
 10 – Dor insuportável 
4. Náuseas e vômitos 
o Monitorar nível de consciência, reflexo de 
tosse, náusea e capacidade de deglutir; 
o Posicionar o paciente em decúbito de 45°; 
o Manter cabeça do paciente lateralizada, 
quando não houver contraindicação; 
o Propiciar ambiente tranquilo; 
o Administrar medicações analgésicas e 
antieméticos conforme prescrição médica. 
COMPLICAÇÕES MENOS FREQUENTES 
 O enfermeiro deverá considerar toda a história do 
paciente prevendo as complicações 
 Hemorragia 
 Hipotensão 
 Choque 
 Retenção urinária 
 Hipertensão e arritmias 
 Embolia pulmonar 
 TVP 
 PCR 
 Outras 
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33 
 
 
OUTROS CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO POI 
 Orientar o paciente sobre o procedimento cirúrgico 
e anestésico e os cuidados de enfermagem, de 
acordo com a necessidade e o seu nível de 
compreensão no momento. 
 Manter decúbito elevado 20-30 graus, oferecer 
travesseiro, se o paciente desejar e se não há 
contraindicação pela cirurgia ou anestesia. 
 Estimular movimentos com membros superiores e 
inferiores, mudança de decúbito no leito e 
exercícios respiratórios. 
 Oferecer higiene oral h/h e QN. 
 Prestar assistência aos pacientes e seus familiares, 
tais como: 
o Oferecer conforto, segurança e apoio 
o Preservar sua individualidade 
o Manter uma presença empática e afetiva 
o Tratar o paciente e a família como se 
fossem únicos 
o Ajudar ao autocuidado 
o Perceber os medos, esperanças, 
expectativas e preocupações. 
o Ajudar em relação aos problemas 
relacionados com a doença e seus 
estressores 
o Promover comunicação e a confiança 
através do toque 
o Ouvir e encorajar o compartilhamento das 
emoções (verbal e não verbal) 
o Entender as manifestações do paciente e 
familiares e ficar disponível. 
 Cuidados à criança no PO: 
o Apreciação em diferentes períodos de 
desenvolvimento 
 das preocupações infantis a 
respeito da lesão corporal 
 das reações à dor 
o Minimizar a separação dos pais 
o Avaliar e tratar a dor 
 Neonatos  Codificação da 
Atividade Facial (NFCS) 
 Fronte saliente 
 Fenda palpebral 
estreitada 
 Sulco naso-labial 
aprofundado 
 Boca aberta 
 Boca estirada 
 Lábios franzidos 
 Língua tensa 
 Tremor de queixo 
 
Considera-se a presença de dor quando dois ou mais movimentos 
faciais aparecem de maneira consistente durante a avaliação 
 
 Lactentes  CHEOPS/CHIPS 
 Score mínimo: 0 
 Score máximo: 10 
 0 a 3 – Sem dor 
 4 a 10 – Necessitando 
tratamento 
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34 
 
 
 Crianças pequenas  Escala de 
faces 
 Crianças mais velhas e 
adolescentes  Escalas 
numéricas verbais, escalas 
categóricas verbais 
 Considerações gerontológicas - O paciente idoso 
apresenta: 
o Menor reserva fisiológica 
o Hipotermia e hipóxia 
o Fragilidade da pele 
o Frequente comprometimento da função 
cardiovascular, pulmonar ou renal 
o Desidratação 
o Suscetibilidade para dor 
o Confusão e delírio (51%) 
o Ingesta oral diminuída, função intestinal 
alterada, incontinência urinária, 
trombose, declínio funcional e fraqueza. 
 
CRITÉRIOS PARA A ALTA DA SRPA 
 Ambulatoriais - Sempre com acompanhante 
 Condições de alta do paciente para o domicílio 
(Aldrete 10): 
o Orientação no tempo e no espaço; 
o Estabilidade dos ssvv menos 60min 
o Ausência de náuseas e vômitos; 
o Ausência de dif. Respiratória; 
o Capacidade de ingerir líquidos; 
o Capacidade de locomoção como antes, se 
a cirurgia o permitir; 
o Sangramento mínimo ou ausente; 
o Ausência de dor de grande intensidade; 
o Ausência de sinais de retenção urinária; 
o Dar conhecimento ao paciente e ao 
acompanhante, verbalmente e por escrito, 
das instruções relativas aos cuidados PO e 
atendimento das eventuais ocorrências. 
 Critérios para a Alta da SRPA para UI 
o Internados na UI – Aldrete 8 
o Nível de consciência 
o Estado hemodinâmico 
o Padrão respiratório - extubado há mais de 
2 h 
o Função motora e sensitiva 
o Período de observação: 30 min 
o Opioides venosos 
o Ausência de sangramento ou compatível 
o Sondas, cateteres e drenos 
o Débito urinário acima de 1 mg/kg/h 
o Dor controlada 
POSSÍVEIS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM 
 Dor aguda 
 Confusão aguda 
 Risco para função respiratória alterada 
 Risco para desequilíbrio do volume de líquidos 
 Risco para lesão pelo posicionamento 
perioperatório 
 Risco para o prejuízo da integridade da pele 
 Risco para alteração da temperatura corporal 
 Risco para infecção 
 Ansiedade

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