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Trabalho de Conclusão de Curso TCC finalizado

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UNICESUMAR - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ 
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão dos métodos de diagnóstico por imagem na avaliação da doença de 
Crohn 
 
 
 
 
 
 
Gabriel Sena de Godoy 
Iohane Liz Spoladore Cavasin 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2018
Gabriel Sena de Godoy 
Iohane Liz Spoladore Cavasin 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão dos métodos de diagnóstico por imagem na avaliação da doença de 
Crohn 
 
 
 
 
 
Artigo apresentado ao curso de 
graduação em Biomedicina da 
UniCesumar – Centro Universitário de 
Maringá como requisito parcial para a 
obtenção do título de bacharel em 
biomedicina, sob a orientação da Prof. 
Msc. Fernanda Paini Leite. 
 
 
 
 
 
 
MARINGÁ – PR 
2018
REVISÃO DOS MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NA AVALIAÇÃO DA 
DOENÇA DE CROHN 
 
 
Gabriel Sena de Godoy 
Iohane Liz Spoladore Cavasin 
 
 
RESUMO 
 
As doenças inflamatórias intestinais são caracterizadas por um processo de 
inflamação crônico e contínuo, podem ser retocolite ulcerativa ou doença de Crohn 
(DC), a qual afeta o trato gastrointestinal e promove uma inflamação da mucosa, 
ocorrendo manifestações desde o início até o final do sistema digestivo de forma 
descontínua. O presente artigo se trata de um estudo de natureza bibliográfica, no 
qual foram descritos os métodos de diagnóstico por imagem mais comuns voltados à 
identificação precoce da DC. O estudo foi realizado a partir de buscas em bases de 
dados eletrônicas, utilizando os descritores “Doença inflamatória intestinal”, “meio de 
contraste”, “imaginologia”. Foram incluídos artigos que possuíam, no título e no 
resumo, assuntos relacionados ao tema, cumprindo o critério de inclusão – artigos 
dos últimos 10 anos –, incluindo materiais internacionais. Considerando o elevado 
número de casos de DC e a quantidade de falsos diagnósticos – já que a 
sintomatologia da DC se confunde a demais alterações intestinais –, esse artigo 
compara os exames de colonoscopia, radiografia contrastada, entero-TC e entero-
RM quanto à sua eficiência no diagnóstico precoce, custo e aplicabilidade. 
Considerando que o diagnóstico confirmatório, quando em estágio inicial da doença, 
pode proporcionar uma sobrevida maior ao paciente, com melhoria da qualidade de 
vida, é de grande valia o conhecimento dos métodos de diagnósticos disponíveis 
para o esclarecimento da DC. Com esta revisão, foi possível identificar vantagens e 
desvantagens de cada método de diagnóstico e sua aplicabilidade de acordo com o 
estágio no qual a patologia se encontra. 
 
Palavras-chave: Doença inflamatórias intestinais; meio de contraste; imaginologia. 
 
 
REVIEW OF IMAGE DIAGNOSTIC METHODS FOR CROHN'S DISEASE 
 
ABSTRACT 
 
Inflammatory bowel diseases are characterized by a chronic and continuous 
inflammation process, which may be ulcerative colitis or Crohn's disease (DC), which 
affects the gastrointestinal tract promoting inflammation of the mucosa, and 
manifestations can occur from the beginning to the end of the system digestive tract 
discontinuously. The present article deals with a bibliographic study, in which the 
most common diagnostic imaging methods aimed at the early identification of CD 
were described. The study was conducted from searches in electronic databases 
using the descriptors "inflammatory bowel disease", "contrast medium", "imaging". 
We included articles that had in the title and in the abstract topics related to the 
subject, fulfilling the criterion of inclusion: articles of the last 10 years, including 
international materials. Considering the high number of cases of CD and the number 
of false diagnoses as soon as the symptoms of CD are confounded with other 
intestinal changes, this article compares the colonoscopy, contrast-x-ray, entero-CT, 
and enter- early diagnosis, cost and applicability. Considering that the confirmatory 
diagnosis, when in an early stage of the disease can provide a greater survival to the 
patient, with an improvement in the quality of life, it is of great value the knowledge of 
the diagnostic methods available for the clarification of the CD. With this review it was 
possible to identify the advantages and disadvantages of each diagnostic method 
and its applicability according to the stage in which the pathology is. 
 
 
KEYWORDS: Disease in intestinal columns; contrast medium; imaging. 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Segundo Torres (2011), as doenças inflamatórias intestinais (DII) representam 
um problema de saúde pública em muitos países. Estudos epidemiológicos, 
realizados a partir dos anos 90, já demonstravam uma tendência mundial para o 
aumento da incidência de DII (MACHADO, 2008; OLIVEIRA et. al., 2008; VICTORIA 
et. al., 2008). 
Atualmente, doenças do trato gastrointestinal, como as doenças inflamatórias, 
acabam sendo classificadas como de notificação compulsória, ou seja, as 
notificações e os relatos da doença não são adequados, já que, na maioria dos 
casos, o diagnóstico é dado como virose (parasitológica ou bacteriana), evento que, 
com investigações aprimoradas, culminaria no diagnóstico para DII (MACHADO et. 
al., 2011). 
As doenças inflamatórias intestinais são caracterizadas por um processo de 
inflamação crônico e contínuo, que resultam de uma resposta imunológica 
inapropriada em indivíduos geneticamente suscetíveis, podendo resultar em danos à 
estrutura do intestino. Há dois tipos principais de DII: a retocolite ulcerativa e a 
doença de Crohn (DC). Muitas vezes, as DII podem ser confundidas com a 
Síndrome do Intestino Irritável (SII), porém esta se apresenta apenas como um 
distúrbio funcional, o que significa que o sistema digestivo permanece com o 
aspecto normal (FREITAS et. al., 2014). 
Um estudo realizado no estado do Mato Grosso demonstrou dados 
epidemiológicos semelhantes a outros estados do Brasil, apontando um aumento da 
doença de Crohn no país. De 220 pacientes avaliados com DII, 117 tinham retocolite 
ulcerativa inespecífica (RCUI), 86 doença de Crohn e 17 apresentavam colite 
indeterminada, demonstrando a DC como a segunda doença inflamatória intestinal 
de maior predominância, sendo ainda mais comum no sexo feminino. No cenário 
internacional, os dados se repetem com, aproximadamente, 1,5 milhões de pessoas 
diagnosticadas nos Estados Unidos e 2,2 milhões na Europa (MACHADO et. al., 
2008; MACHADO et. al., 2011). 
Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença de Crohn são 
múltiplos, porém as condições imunológicas, ambientais, alimentares e, 
6 
 
principalmente, as diferenças de permeabilidade da barreira do epitélio intestinal são 
as mais comuns (MERCALI, 2011; ARANTES et. al., 2017). 
Segundo a Associação Brasileira de Coloproctologia (2009), a doença de 
Crohn afeta o trato gastrointestinal, promovendo uma inflamação da mucosa, 
ocorrendo manifestações desde o início até o final do sistema digestivo de forma 
descontínua, passando pelo esôfago, estômago, intestino delgado e intestino 
grosso. A doença pode ocorrer de forma transmural, ou seja, pode envolver toda a 
espessura da parede intestinal e causar úlceras no revestimento interno 
(GUIMARAES e YOSHIDA, 2008; PINHEIRO et. al., 2017). 
A sintomatologia da doença é bastante variável, podendo ser de 
assintomática à extremamente presente ou, até mesmo, apresentar sintomas 
extraintestinais, fator contribuinte no diagnóstico tardio. Essas diferentes formas de 
manifestação podem ser relacionadas com a intensidade do processo inflamatório 
(HABR-GAMA et. al., 2008). Geralmente, sintomas como diarreia crônica, febre, dor 
abdominal, perda ponderal e sangramento retal direcionam a anamnese. Os sinais 
clínicos incluem ainda desnutrição, palidez, distensão ou presença de fístulas na 
parede abdominal. Plicomas, fístulas ou abscessos anais podem ocorrer inicialmente 
de forma isolada, assim como as manifestações extraintestinais(HABR-GAMA et. 
al., 2008; GARCIA et. al., 2017). Além dos sinais clínicos, a DC pode trazer danos 
psicossociais ao paciente, pois pode prejudicar relações interpessoais com 
indivíduos mais próximos (GUIMARAES e YOSHIDA, 2008; CORREIA et. al., 2017). 
Dentre os métodos de diagnóstico da doença de Crohn, o mais utilizado é a 
endoscopia a partir da técnica de colonoscopia, a qual permite a visualização de 
todo cólon, válvula ileocecal e íleo terminal. A colonoscopia se mostra bastante útil 
no diagnóstico da doença quanto à localização das lesões e o auxílio na retirada de 
amostras de tecido para exames histopatológicos. A partir da amostragem coletada 
durante exame endoscópico, é realizada a biópsia, uma avaliação bastante preditiva 
da cronicidade da doença, porque lâminas com celularidade aumentada e de 
características inflamatórias podem determinar o diagnóstico de DC (CORREIA et. 
al., 2017). 
Dessa forma, de acordo com a Associação Brasileira de Coloproctologia 
(2009), os métodos endoscópicos e anatomopatológicos são complementares, logo 
a colonoscopia permite detalhes quanto à localização das lesões, e os métodos de 
coleta de material para biópsia permitem a identificação da fase da doença na qual 
7 
 
se encontra o paciente, porém é válido lembrar que, isoladamente, eles não 
fornecem diagnóstico de DC. 
Na tentativa de tornar o diagnóstico de doença de Crohn mais seguro e 
menos invasivo, surgiram técnicas a partir de exames de diagnóstico por imagem, os 
quais conseguem analisar características anatômicas do tecido intestinal, podendo 
demonstrar anormalidades na parede intestinal, tais como úlceras, estenoses, 
espessamentos, fístulas internas e abscessos, fornecendo informações que podem 
determinar a fase da doença em que o paciente se encontra (CORREIA et. al., 
2017). 
Os métodos de diagnóstico por imagem podem ser realizados a partir das 
técnicas de radiografia contrastada (trânsito intestinal e enema opaco), tomografia 
computadorizada (entero-TC) e ressonância magnética (entero-RM). Em ambas as 
técnicas, se faz necessária à aplicação de um ou mais contrastes, em via oral e/ou 
retal e endovenosa (MISZPUTEN, 2013). 
Dessa forma, o presente artigo objetiva a caracterização dos métodos de 
diagnóstico por imagem disponíveis para a avaliação da doença de Crohn e 
compará-los em relação à precisão de diagnóstico. 
 
 
2 METODOLOGIA 
 
O presente estudo se trata de uma revisão da literatura, a qual foi realizada a 
partir de buscas em bases de dados eletrônicas, como Bireme 
(http://www.bireme.br/php/index.php), SciELO (http://www.scielo.org), PubMed 
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed), LILACS (Literatura Latino Americana e do 
Caribe em Ciências de Saúde). 
A seleção dos descritores utilizados no processo de revisão foi efetuada 
mediante consulta ao DECs (descritores de assunto em ciências da saúde da 
BIREME). Nas buscas, os seguintes descritores, em língua portuguesa e inglesa, 
foram considerados: “Doença de Crohn”, “Diagnóstico por Imagem”, “Imagem por 
ressonância magnética”, “Diagnóstico por Raio-x”. 
Foram incluídos artigos que possuíam, no título e no resumo, assuntos 
relacionados ao tema, tendo como critério de inclusão artigos referente aos anos de 
2008 a 2018, incluindo materiais em língua estrangeira. Após a seleção dos artigos a 
8 
 
partir dos resumos, foi realizada uma avaliação de cada artigo a partir da leitura 
crítica de ambos os autores deste estudo para que o artigo de revisão fosse 
elaborado. 
 
 
3 DISCUSSÃO 
 
3.1 ASPECTOS E EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA DE CROHN 
 
A prevalência da doença de Crohn está relacionada tanto ao nível de 
desenvolvimento do país quanto ao cotidiano das pessoas acometidas pela doença, 
apresentando maior prevalência no sexo feminino (SOUZA et. al., 2008; LEITE et. 
al., 2012). Estudos indicam que Estados Unidos, Inglaterra, Itália e o norte da 
Europa apresentam o maior número de casos da doença. Mesmo o Brasil não 
estando nesse grupo por não possuir um padrão epidemiológico bem definido para a 
DC, sabe-se que existem muitos casos da doença. A falta de notificações é 
justificada por diagnósticos inconclusivos, e isso não tem permitido a construção de 
dados epidemiológicos da doença no país (SOUZA et. al., 2008; SANTOS et. al., 
2017). 
A doença de Crohn foi conhecida, em 1932, pelo médico Dr. Burril Bernard 
Crohn, responsável pela pesquisa de doenças inflamatórias intestinais, e, desde 
então, vem sendo caracterizada com o auxílio de diagnósticos mais precisos 
(SANTOS et. al., 2013; PAPACOSTA et. al., 2017). 
O acometimento dessa patologia ocorre com inflamações que correspondem 
a lesões segmentares, possuindo, entre as lesões, regiões com segmentos normais, 
podendo apresentar úlceras, edema, aumento de linfócitos, plasmócitos e 
macrófagos (RODRIGUES et.al., 2008). Normalmente, apresenta-se em três 
padrões: doença no íleo e ceco (40% dos pacientes), doença restrita ao intestino 
delgado (30%) e doença restrita ao cólon (25%), sendo que a localização das lesões 
altera a sintomatologia da doença (MARANHÃO et.al., 2015). 
Os sintomas mais comuns se limitam à diarreia, dor abdominal, febre, 
anorexia e perca de peso. As complicações podem ser observadas a partir da 
presença de estenoses e fístulas, além da obstrução do intestino delgado, tendo 
risco de agravamento para um câncer de intestino delgado ou cólon, que se 
9 
 
traduzem em hospitalizações e cirurgias, acarretando a evolução para doença 
incapacitante (MAGRO et. al., 2011, LIMA et. al., 2012). 
Pesquisas realizadas sobre a fisiopatologia da doença de Crohn até o 
presente momento são pouco conclusivas, porém há indícios de fatores que 
colaboram no seu aparecimento, como a presença de bactérias (Pseudomonas 
aeruginosa e Micobactérias atípicas) ou vírus, que, por uma deficiência na barreira 
intestinal, permitem a passagem de antígenos, que levam a um processo 
inflamatório no intestino (MARANHÃO et al., 2015; LIBÂNIO et. al., 2017). 
Além desses fatores, Benhayon e colaboradores (2013) analisaram a relação 
entre o distúrbio do sono e a inflamação causada na DC em jovens, e se observou 
que cerca de 50% da população estudada apresentava perturbação do sono 
clinicamente significativa. 
Outros estudos demonstram como fator de risco uma resposta imunológica 
exacerbada pela presença de mediadores inflamatórios, podendo ocorrer efluxo de 
leucócitos e moléculas do plasma para a região do foco inflamatório, levando a 
lesões de caráter autoimune (SANTOS et. al., 2013; MARANHÃO et. al., 2015). Em 
controvérsia, um indivíduo com a imunidade deprimida sustenta o desenvolvimento 
de infecções por antígenos patogênicos ou não persistentes, desenvolvendo 
também uma resposta inflamatória (SANTOS et. al., 2013). 
Outro fator importante que pode estar relacionado ao aparecimento da DC é a 
condição genética, em que a história familiar está relacionada com o aumento do 
risco em desenvolver a doença e não por si só relacionada à causa da DC, 
estabelecendo, assim uma correlação genótipo-fenótipo, porém muitos dos 
resultados não foram replicados (MAGRO et. al., 2011). 
A doença de Crohn, atualmente, pode ser descrita através da classificação de 
Montreal (CM), uma revisão da classificação de Viena, a qual detecta a localização, 
a idade e o comportamento da doença. A CM se torna mais sensível na avaliação 
fenotípica do comportamento da doença, principalmente, após a exclusão da doença 
perianal da categoria de doença penetrante, tornando esse grupo mais homogêneo, 
com maior percentual de doentes submetidos à terapêutica cirúrgica (REBELO et. 
al., 2011). 
O tratamento aplicado à DC se enquadra em diminuição dos sintomas, já que 
sua cura não é conhecida. A utilização de probióticos que atuam na competição por 
sítios de adesão possibilita uma barreira física contra patógenos, levando a efeitos 
10 
 
benéficos como supressãoda inflamação, produzindo ácidos graxos de cadeias 
curta, amenizando a intolerância à lactose e melhorando os sintomas intestinais 
(LIBÂNIO et. al., 2017). Embora o tratamento médico e cirúrgico possibilite uma 
melhora no controle da DC, não se pode deixar vago a natureza psicológica do 
paciente, uma vez que isso também está relacionado com a sintomatologia do 
organismo (LIMA et. al., 2012). 
 
3.2 DIAGNÓSTICO DA DC POR MÉTODO ENDOSCÓPICO - COLONOSCOPIA 
 
O método mais conhecido e aplicado para diagnóstico de alterações 
gastrointestinais, como a doença de Crohn, é a colonoscopia, a qual se aplica com o 
paciente sedado. No procedimento, é introduzido um aparelho no orifício anal, que 
percorre as alças intestinais. Na extremidade final do aparelho, localiza-se uma mini 
câmera que irá transmitir as imagens do interior do intestino do paciente para um 
monitor, onde as mesmas poderão ser fotografadas e gravadas, possibilitando, 
ainda, ao médico, realizar uma biópsia, caso necessário (SOCIEDADE BRASILEIRA 
DE COLOPROCTOLOGIA et. al. 2011; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COLITE 
ULCERATIVA E DOENÇA DE CROHN, 2013). 
Contudo, esse método, de forma isolada, não permite o diagnóstico da DC, 
sendo necessária a união da colonoscopia com a história clínica do paciente e a 
complementação com a biopsia do tecido intestinal, que levará ao exame 
histológico, para que possa ser verificado o grau de inflamação e a diferenciação de 
doença de Crohn de Retocolite Ulcerativa. Entretanto, por ser um método invasivo, 
nem todo paciente opta em fazê-lo ou apresenta condições seguras para sua 
realização, uma vez que envolve sedação, limpeza completa do intestino e dieta de 
24 horas antes do exame sem resíduos (ROSA et. al. 2010; MAGRO et. al.; 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Figura 1 - Exame de colonoscopia em que se apresenta a formação de úlceras 
localizadas ao longo do tubo digestivo 
 
Fonte: Rodrigues (2016). 
 
3.3 DIAGNÓSTICO DA DC POR RADIOGRAFIA CONTRASTADA 
 
O trânsito intestinal e o enema opaco são técnicas de radiografia contrastada 
aplicadas na avaliação do sistema digestivo, destacando-se pela boa avaliação 
funcional, porém não sendo muito valiosa quanto à caracterização morfológica das 
alças. A sugestão de doença de Crohn se dá pelo padrão de edema de mucosa com 
espessamento das pregas intestinais e áreas de falha de enchimento de contraste 
(figura 2), combinações de úlceras lineares e longitudinais com fissuras profundas e 
transversais, dando à mucosa um padrão de chão forrado com paralelepípedo, 
também chamado de “sinal da corda” ou “pedra de calçamento” (figura 3) e 
alterações de calibre das alças (figura 4) (SOC. BRAS. COLOPROCTOLOGIA, 
2011). 
O trânsito intestinal permite a avaliação das alças do intestino delgado, 
verificando estreitamentos ou dilatações a partir do uso de contraste baritado por via 
oral, tendo o início do exame no duodeno e o encerramento quando há presença de 
contraste na transição ileocecal. O tempo do exame tem duração de cerca de duas 
horas, sendo necessário o preparo do paciente com jejum e limpeza intestinal 
(CHAGAS, 2011). 
 
 
12 
 
 
Figura 2 – Trânsito intestinal demonstrando espessamento da mucosa e 
segmentação da coluna de contraste 
 
Fonte: Nacif et. al (2004). 
 
Figura 3 – Trânsito intestinal, observa-se íleo com aspecto de “pedra de calçamento” 
 
Fonte: Nacif et. al (2004) 
 
Logo, o exame de enema opaco permite a avaliação das alças do intestino 
grosso na detecção de doenças colorretais, como pólipos, úlceras, fístulas e 
alterações inflamatórias no intestino. A duração do exame é de, aproximadamente, 
trinta minutos, e exige um preparo do paciente com dieta restritiva, jejum e limpeza 
13 
 
intestinal com uso de laxativos. O contraste baritado é aplicado pela via retal 
juntamente com o uso de ar para promover a distensão das alças, procedimento que 
torna o exame bastante doloroso e desconfortável (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
COLITE ULCERATIVA E DOENÇA DE CROHN 2013). 
 
Figura 4 – Enema opaco apresentando alteração do calibre do cólon sigmoide e reto 
de forma parcial 
 
Fonte: Nacif et. al (2004). 
 
3.4 DIAGNÓSTICO DA DC POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA-
ENTEROTOMOGRAFIA 
 
Com o passar do tempo, fez-se necessária a utilização de um novo método 
de diagnóstico por imagem que se apresentasse mais rápido e menos incômodo 
para o paciente, e, devido aos avanços tanto na área da tomografia quanto na 
disponibilidade do uso de contrastes, surgiu, então, a enterografia por tomografia 
computadorizada (entero-TC). O diagnóstico pela Enterotomografia apresenta alta 
resolução espacial e permite a visualização do lúmen e do relevo mucoso, tendo a 
grande vantagem de ser capaz de avaliar a espessura parietal, além de eventuais 
alterações mesentéricas e extraintestinais associadas (COSTA-SILVA et. al. 2010; 
BURLIN 2017). 
14 
 
Uma das maiores diferenças entre a TC convencional e a entero-TC se 
baseia na quantidade de contraste ingerido via oral e a espessura dos cortes, sendo, 
na entero-TC, cortes bem finos e feitos por reconstruções multiplanares. Sua 
principal indicação é a avaliação de sangramento gastrointestinal, diagnóstico ou 
acompanhamento de doenças inflamatórias intestinais, tais como a doença de Crohn 
ou a Retocolite Ulcerativa, em que o uso do contraste se faz de total importância 
para o achado clínico (DALMAZO et. al., 2010; D'IPPOLITO et. al., 2012; PARENTE 
2012). 
Os contrastes via oral neutros (água ou PEG - Polietilenoglicol) permitem a 
melhor distinção de segmentos com realce mural aumentado, de massas 
hipervasculares e de outros processos inflamatórios. A distensão luminal é essencial 
para o diagnóstico das doenças intestinais, já que alças colabadas podem 
obscurecer afecções intraluminais ou mimetizar espessamento e áreas de realce 
aumentado de segmentos intestinais. Já o uso do contraste iodado venoso tem, 
como maior objetivo, a caracterização do aparecimento de alguma massa tumoral, 
além da avaliação anatômica vascular (D'IPPOLITO et. al., 2012; HOCHHEGGER 
et. al., 2017). 
O protocolo indicado pela Escola de Radiologia Brasileira (2010) se baseia na 
administração oral de 70g de Polietilenoglicol diluídos em 1.000 ml de água, dividida 
em duas doses: a primeira, 40 minutos antes do exame, permitindo que o contraste 
atinja as alças do intestino grosso, e a segunda, 20 minutos antes do exame para 
contrastação das alças do intestino delgado. Imediatamente antes da aquisição das 
imagens, os pacientes são orientados a ingerir 350 ml de água, permitindo a 
adequada distensão do estômago, duodeno e jejuno proximal. Em todos os casos, é 
indicada a injeção intravenosa do meio de contraste iodado hidrossolúvel não iônico, 
a dose variando entre 1,5 e 2,0 ml/kg de peso, com auxílio da bomba injetora a 3 
ml/s. Posteriormente, são realizadas aquisições volumétricas axiais de 1,5 mm de 
espessura nas fases arterial e entérica (30 segundos e 55 segundos após o início da 
administração intravenosa do meio de contraste). 
Devido à boa resolução das imagens geradas pela entero-TC, faz-se possível 
a detecção de alterações do intestino que ajudariam no diagnóstico ou 
acompanhamento da doença de Crohn. Os aspectos radiológicos mais comuns na 
DC são as lesões hipervasculares, dilatações, estenoses, fístulas, segmentos 
intestinais com hiperimpregnação e “sinal do pente”, correspondendo à dilatação ou 
15 
 
ingurgitamento de uma artéria (COSTA-SILVA et. al. 2010; AZEVEDO et. al.; 2017; 
BURLIN et. al.; 2017). 
 
Figura 5 – Entero-TC normal, utilizado como contraste oral neutro Polietilenoglicol, 
demonstrando boa distinção de diferentes segmentos intestinais 
 
Fonte: Costa-Silva et. al. (2010). 
 
Figura 6. Entetero-TC de paciente portador da doença de Crohn, evidenciando o 
espessamento do íleo distal, com estenose e dilatação, caracterizando uma fístula 
enterocólica(setas) 
 
Fonte: Costa-Silva et. al. (2010). 
 
16 
 
Figura 7. Entero-TC. Em A, observa-se a alça do intestino delgado espessada com 
realce da mucosa (seta) e o “sinal do pente”, dilatação de uma artéria (cabeça de 
seta), correspondendo a ingurgitamento da arcada mesentérica. Logo na imagem B, 
a seta indica área de estenose ileal, com dilatação das alças a montante (asterisco). 
Com a imagem C, observa-se fístula (seta) caracterizada por imagem estrelada 
correspondendo ao trajeto fistuloso comunicando alças intestinais na fossa ilíaca 
direita. Nota-se, na região marcada pelas setas, a estratificação mural da alça ileal e 
realce mucoso, permitindo distinguir as várias camadas parietais (imagem D) 
 
Fonte: Costa-Silva et. al. (2010). 
 
As vantagens da entero-TC em relação à colonoscopia partem da facilidade 
da realização do exame para o paciente, uma vez que não envolve sedação, e por 
se tratar de um exame não invasivo, que não utiliza ferramentas de varredura no 
interior do paciente. Além disso, apresenta curto tempo de exame e altíssima 
resolução espacial com boa visualização da parede intestinal, fornecendo uma visão 
semelhante à obtida pelo método de colonoscopia (SOARES 2009; COSTA-SILVA 
et. al., 2010; TORRÃO et. al., 2012). 
A entero-TC ajuda a definir o caráter inflamatório ou fibrótico de alguma lesão 
advinda da doença de Crohn, como uma estenose, tornando mais fácil a decisão 
17 
 
sobre a conduta terapêutica. Contudo, ainda existem algumas desvantagens, como 
a exposição à radiação ionizante. Dessa forma, visando o custo-benefício da 
exposição à radiação, a entero-TC não é indicada quando a DC está estável ou com 
pouca sintomatologia (ALVARES, 2013; MISZPUTEN, 2013). 
 
3.5 DIAGNÓSTICO DA DC POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA- 
ENTERORESSONÂNCIA 
 
A ressonância magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem que 
vem sendo, a cada dia, mais utilizado devido à sua alta capacidade de diferenciação 
de tecidos. A aquisição de imagens ocorre a partir de uma interação do forte campo 
magnético produzido pelo equipamento com os prótons de hidrogênio do corpo 
humano, permitindo enviar um pulso de radiofrequência captado pelas bobinas de 
superfície, disposta sob o paciente, até o console para a geração da imagem 
(MAZZOLA, 2009). 
Com o uso da RM, é possível identificar três características teciduais, sendo o 
tempo de relaxamento T1, T2 e densidade de prótons (DP). Com o uso dessas 
ponderações, as estruturas se diferenciam pelo brilho, auxiliando na distinção entre 
tecido normal e processos patológicos (SANTOS et. al., 2011). 
Dentro da ressonância magnética, é possível realizar o protocolo da 
Enteroressonância, o qual se torna de grande importância para diagnóstico em 
doenças inflamatórias, incluindo a DC. Estudos revelam que a RM possui uma 
sensibilidade superior a 90% quando se trata da avaliação da extensão e atividade 
da DC, ajudando em um planejamento terapêutico mais eficiente (BILHIM et. al., 
2010). 
Com a realização da Entero-RM, é possível visualizar a extensão do intestino 
delgado, demonstrando estágios da doença como penetrante ou estenosante, 
detectando, também, o espessamento da mucosa (POUSINHA, 2016). 
Para os radiologistas, uma imagem que demonstra uma espessura da parede 
intestinal superior a 3 mm ou aumento do contraste já é considerada patológica, e 
anormalidades maiores são avaliadas para atividade da DC, como a espessura, 
intensidade do sinal T2 e realce da parede intestinal (LI et. al., 2015). 
O preparo do paciente de Entero-RM determina um jejum de 4 a 6 horas, pois 
será necessária a utilização de meios de contraste via oral e endovenosa 
18 
 
(RODRÍGUEZ et. al., 2014; KOC et. al., 2016). Os contrastes via oral são, de 
preferência, contrastes neutros (manitol), justamente por apresentarem densidade 
de água, permitindo identificar o realce das alças intestinais após a injeção do 
contraste endovenoso (gadolíneo), sendo muito importante para a caracterização da 
lesão (D’IPPOLITO et. al., 2011). Faz-se o uso do medicamento Buscopan (brometo 
de escopolamina-N-butil) para que ocorra uma diminuição da motilidade intestinal e 
redução das cólicas abdominais que podem ser ocasionadas pelo manitol (PARK, 
2016; LEE et. al., 2018; PUYLAERT et. al, 2018). 
Os protocolos aplicados a pacientes com DC se baseiam em sequências T2 
coronal com e sem supressão de gordura; difusão (DWI) de respiração livre; 
mapeamento do coeficiente de difusão (ADC); T1 gradiente-eco com supressão de 
gordura, sendo sem contraste e em fases dinâmicas após administração de 
contraste endovenoso, e T1 pós-contraste gradiente-eco com supressão de gordura 
em fase dinâmica; uso de sequência volumétrica com contraste. Utiliza-se 10 mg de 
brometo de escopolamina-N-butilo três vezes durante o exame: uma dose antes do 
exame iniciar para diminuir o peristaltismo intestinal, antes do DWI e a dose é 
repetida antes do T1 contrastado (LI et. al., 2015; LEE et. al., 2018; PUYLAERT et. 
al.,2018). 
A sequência difusão (DWI) é uma técnica em que se mapeia as moléculas de 
água, ou seja, fornece informações sobre o movimento aleatório da água 
extracelular no paciente. Recentemente, essa técnica tem sido usada para exames 
de pacientes com doença inflamatória intestinal, como a DC, pois a doença causa 
difusão mural restrita no DWI (LI et. al., 2015). 
De acordo com Park (2016), é possível constatar que a hiperintensidade no 
DWI foi maior que nas sequências pós-contraste quando avaliada a mesma parede 
intestinal, no entanto, a alta viscosidade do lúmen pode acarretar em resultados 
falso-positivos, como outros aspectos ainda estudados. Puylaert e colaboradores 
(2018) ressaltam que a utilização da sequência de difusão não descarta a 
importância do uso de sequências ponderadas em T1 e T2 ou a utilização de 
contraste, já que a difusão possui baixa resolução (qualidade anatômica). 
Estudos mostram que a utilização da sequência DWI pode ser vantajosa por 
não requerer, necessariamente, o uso do contraste endovenoso e oral. Dessa forma, 
pacientes alérgicos são possibilitados de realizar o exame (PUYLAERT et. al., 
2018). Além de ser um método quantitativo, com o uso dos coeficientes de difusão 
19 
 
aparente (ADCs), sendo, assim, um biomarcador para avaliar a gravidade da 
inflamação intestinal. Porém, o descarte de contraste oral ainda não é totalmente 
definido, há estudos que demonstram exames sem o seu uso com resultados 
variáveis (Li et. al., 2015). 
Dessa forma, a sequência T1 pós-contraste apresenta hipersinal em região de 
inflamação, com melhor resolução para identificação anatômica (figura 8). Em 
contrapartida, a figura 9 demonstra o uso da sequência difusão, a qual possibilita 
identificação de hiperssinal em região com inflamação, porém sem a utilização de 
meio de contraste, com pior resolução anatômica. 
 
Figura 8. Entetero-RM adquirida em ponderação T1 após injeção de gadolíneo 
 
 Fonte: LI et. al. (2015). 
 
Figura 9. Entero-RM adquirida em sequência de pulso Difusão (DWI) 
 
Fonte: LI et. al. (2015). 
20 
 
A identificação da doença de Crohn a partir de características específicas se 
torna mais evidentes com uso de algumas ponderações e sequências. A figura 10 
demonstra a presença de fístulas perianais, comum na doença de Crohn, 
aparecendo como áreas lineares de alta intensidade nas imagens ponderadas em 
T2 Fast Spin Eco. Já a figura 11 demonstra a ingurgitação da artéria mesentérica, 
em que, muitas vezes, é referido como sinal do pente a partir de uma sequência T2 
Fast Spin-Eco com saturação de gordura (SMITH et. al., 2011). 
 
Figura 10. Entero-RM adquirida em T2 Fast Spin Eco 
 
Fonte: Smith et. al. (2011). 
 
Figura 11. Entero-RM adquirida em sequência T2 Fast Spin-Eco com saturação de 
gordura 
 
Fonte: Smith et. al. (2011). 
21 
 
Dessa forma, a Entero-RM se destaca pela sua alta sensibilidade, permitindoidentificação de danos estruturais de forma precoce a partir da disponibilidade de 
ponderações que permitem maior diferenciação de tecidos anatômicos e patológicos 
(MOTA et. al., 2011). Além disso, permite utilização de contraste não iodado, o qual 
possui uma sensibilidade paramagnética maior e não expõe o paciente aos danos 
da radiação ionizante (SANTOS et. al., 2011). Em comparação, a Entero-TC 
apresenta maior sensibilidade quando relacionada à detecção de estenoses 
intestinais e realce da parede ileal (FIORINO et. al., 2011). 
Em contrapartida, a Entero-RM apresenta desvantagens em relação ao alto 
custo e tempo longo de duração, além da dificuldade em realização para pacientes 
claustrofóbicos. A presença de contraindicações absolutas, como clipes de 
aneurisma, marca-passo cardíaco, implante coclear e expansores mamários impede 
a entrada na sala de exame. Sendo, ainda, que a presença de pequenos metais em 
região abdominal podem gerar artefatos, reduzindo a qualidade do exame (MOTA, 
et. al., 2011; SANTOS et. al., 2017). 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Os métodos de diagnósticos disponíveis para identificação da doença de 
Crohn são variados, cada um apresentando limitação e sensibilidade diferenciada. A 
aplicação mais conhecida é pela colonoscopia, porém se apresenta como um exame 
invasivo e que pode ter limitações quando se trata de obstruções intestinais que não 
permitem a passagem da cânula para aquisição de imagens. 
Quando não possível a avaliação de algum segmento intestinal por obstrução 
parcial, é possível a complementação a partir da radiografia contrastada, método 
não invasivo, mas que fornece baixa definição anatômica da parede intestinal. A 
colonoscopia, porém, destaca-se pela capacidade de coleta de segmento tecidual 
para posterior exame histopatológico para complementação de laudo, procedimento 
não realizado nos demais exames devido a presença de contraste. 
Considerando a pouca definição anatômica das estruturas intestinais 
apresentadas pela radiografia contrastada, a Entero-TC e a Entero-RM se destacam 
pela capacidade de aquisição de imagem em cortes finos e multiplanares, 
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/?term=Fiorino%20G%5BAuthor%5D&cauthor=true&cauthor_uid=21484958
22 
 
promovendo detalhamento de imagem que permite identificação de lesões sutis e, 
ainda, assintomáticas ao paciente. 
Os exames a partir da tomografia e ressonância magnética permitiram, ainda, 
a utilização de contrastes que promoveram melhor definição das alças intestinais 
(contraste oral) e avaliação de danos vasculares (contraste endovenoso). 
Sendo assim, a doença de Crohn vem sendo diagnosticada por diferentes 
métodos de imagem, alguns apresentando mais ou menos sensibilidade, porém 
atuando de forma complementar uns aos outros em busca de diagnósticos mais 
precoces, visando tratamentos mais eficazes e melhores prognósticos. 
É de grande importância acompanhar a evolução dos estudos voltados ao 
diagnóstico e diferenciação das alterações intestinais, buscando uma redução nos 
índices epidemiológicos do país, sempre visando menor custo- benefício ao paciente 
na escolha do exame. 
 
 
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