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TRABALHO INDUCAO DO CIO EM EGUAS

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UNIFRAN – UNIVERSIDADE DE FRANCA
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
Clara Silveira Rattis
Guilherme Diego Silva
Isadora Carolina Passos Neto Silva
Letícia Castro Lima Goulart
Lívia Nascimento Dudzinska
Paulo Bruno Pereira Vilela
Thamires Garcia Sousa Silva
Tiago Lemos Pimenta Silva
Indução do cio em éguas
Franca – SP
2022
Clara Silveira Rattis
Guilherme Diego Silva
Isadora Carolina Passos Neto Silva
Letícia Castro Lima Goulart
Lívia Nascimento Dudzinska
Paulo Bruno Pereira Vilela
Thamires Garcia Sousa Silva
Tiago Lemos Pimenta Silva
Indução do cio em éguas
Trabalho de reprodução animal apresentado no curso de Medicina Veterinária na Universidade de Franca
Professor: Jair Camargo Ferreira
Franca – SP
2022
Resumo
 Na espécie equina, o ciclo estral é uma combinação de fatos fisiológicos que ocorrem entre duas fases: estro e diestro.
 Por meio da manipulação do ciclo estral das éguas, pode-se aumentar o período de ciclicidade durante o ano, diminuir o ciclo estral, aumentar o número de ovulações/ciclo e, consequentemente, de embriões/ciclo. Além disso, passa a existir a possibilidade de tornar o ambiente uterino propício ao desenvolvimento embrionário, entre outros.
 A utilização de hormonioterapia para indução da ovulação permite a previsão do momento desta em um intervalo de tempo específico.
 Atualmente, os hormônios mais utilizados para tal fim são o análogo do Hormônio Liberador de Gonadotropina (GnRH) denominado Deslorelina, e a Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG). O objetivo deste trabalho será abordar aspectos relacionados à utilização de hormônios e luz artificial na indução da ovulação em éguas.
 Palavras-chaves: Ciclo estral, hormonioterapia, indução da ovulação
ABSTRACT
In the equine species, the estrous cycle is a combination of physiological events that occur between two phases: estrus and diestrus.
 By manipulating the estrous cycle of mares, it is possible to increase the cyclicity period during the year, decrease the estrous cycle, increase the number of ovulations/cycle and, consequently, of embryos/cycle. In addition, there is the possibility of making the uterine environment conducive to embryonic development, among others.
 The use of hormone therapy for ovulation induction allows the prediction of the moment of ovulation in a specific time interval.
 Currently, the most used hormones for this purpose are the analogue of Gonadotropin Releasing Hormone (GnRH) called Deslorelin, and Human Chorionic Gonadotropin (hCG). The objective of this work will be to approach aspects related to the use of hormones and artificial light in the induction of ovulation in mares.
 Keywords: Estrous cycle, hormone therapy, ovulation induction
SUMÁRIO
1. Introdução ........................................................................................................... 00
2. Indução da ovulação em éguas por hormonioterapia ................................... 00
2. 1. Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG) ......................................................... 00
2. 2. Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) e seus análogos ................................................................................................................................... 00
2. 3. Estrógeno (E2) ................................................................................................. 00
2. 4. Prostaglandinas (PGs) ..................................................................................... 00
2. 5. Extrato de Pituitária Equina (EPE) ................................................................... 00
3. Indução por meio de iluminação artificial ........................................................ 00
4. Sincronização do cio .......................................................................................... 00
5. Óvulos e seu transporte .................................................................................... 00
6. Conclusão ........................................................................................................... 00
7. Referências ......................................................................................................... 00
1. Introdução	
 Os protocolos utilizados para a indução em cio em éguas foram desenvolvidos com base no conhecimento do controle endócrino do ciclo estral das diferentes espécies. Nos equinos, o cio pode ser induzido por meio da iluminação artificial instalada nas baias ou em piquetes. A luz é um fator importante atuando na liberação de GnRH, FSH e LH. Sendo assim nos períodos de inverno, observa-se alta concentração de melatonina, que, por sua vez, inibe os hormônios gonadotróficos e causa inatividade ovariana devido ao período de luminosidade ao longo do dia, por ser mais curto. Em outros períodos do ano, quando o período de luminosidade é maior ocorre o inverso. Tendo tal conhecimento, tornou-se possível o controle das fases de desenvolvimento como a fase folicular, a de recrutamento, seleção e ovulação, agregadas pela utilização estratégica de fármacos específicos. As éguas são poliéstrais sazonais (apresentam vários cios em uma época do ano), e o padrão de secreção de LH da égua é influenciado pelo fotoperíodo que estimulam o desenvolvimento folicular e o início da estação de monta. O fotoperíodo mais curto, por sua vez, faz com que nos meses de inverno, a manifestação espontânea do estro seja impedida. Isso mostra que a luz é um dos fatores que controlam a ciclicidade estacional reprodutiva, podendo ser usada para antecipar tanto o estro como a ovulação. Sendo assim, o prolongamento do fotoperíodo antecipou e sincronizou os cios férteis das éguas durante o inverno, enquanto aquelas que permanecem na pastagem, sujeitas apenas à iluminação natural, podendo se manifestar estro somente a partir do mês de setembro. A antecipação também beneficia o manejo, porque permite ter maior disponibilidade de forragem de qualidade quando a cria chega aos três meses de vida, viabilizando o desmame das crias. O comportamento reprodutivo cíclico durante a estação de monta é mediado pela ação estimulante e inibitória do estradiol e da progesterona. O ciclo ovulatório da égua tem duração média de 21 dias, consistindo de 14 dias de diestro (fase luteínica) e 7 dias de cio, período em que ela está sexualmente receptiva. Na égua, a secreção ovulatória de LH é prolongada, apresenta aumento gradual dos níveis de LH ao longo do cio e atinge o pico no dia seguinte à ovulação. A elevação do FSH ocorre aproximadamente a cada 10 dias de intervalo, no meio do cio e após a ovulação. No início do cio, o nível de FSH está baixo enquanto o de LH aumenta e, no meio do diestro, a concentração de FSH aumenta enquanto a de LH permanece baixa.
2. Indução da ovulação em éguas por hormonioterapia
 A PGF2α e seus análogos são os hormônios mais utilizados na reprodução equina. Apresenta boa contribuição quando utilizada sozinha para indução de cio em éguas cíclicas ou quando em apoio ao uso de biotécnicas reprodutivas. A PGF2α é considerada o agente luteolítico primário em éguas, pois, em fêmeas não gestantes, controla a lise do CL que ocorre após sua liberação pelas células endometriais entre os dias 13 e 16 após a ovulação (DA SILVA et al., 2012).
 Outro hormônio muito utilizado é o GnRH. Em resposta à estimulação nervosa, pulsos de GnRH são liberados no sistema porta-hipotálamo hipofisário, induzindo a hipófise anterior a liberar LH e FSH (THORSON et al., 2014; GINTHER, 2017b). O GnRH pode ser utilizado para iniciar um crescimento folicular ou para indução da secreção de FSH em éguas em anestro ou que não desenvolvem folículo pré-ovulatório durante a estação de monta (MCKINNON et al., 2011).
 Uma das estratégias recentemente estudada consiste na utilização de implantes intravaginais de P4, semelhantes aos utilizados em vacas. Essesexperimentos baseiam- se na hipótese de que o brusco aumento e queda dos níveis de P4 em éguas em anestro possam estimular a produção e liberação de GnRH pelo hipotálamo, com consequente aumento da liberação de LH e FSH pela hipófise, fundamentais para a estimulação do crescimento folicular e ovulação (GINTHER, 2017b). Além de outras formas utilizadas para a indução, como o uso de iluminação artificial, infusão com salina e o uso de progesterona (P4), podendo ser administrada via oral, injetável ou por meio de dispositivos intravaginais. A P4 não inibe a foliculegênese e a ovulação, inibe apenas o pico de LH, acumulando na hipófise e facilitando a ovulação. Com a retirada do dispositivo há queda de P4 e leva a manifestação de estro nas éguas.
2. 1. Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG)
 Hormônio peptídico produzido pela placenta humana, capaz de estimular a função lútea e a manutenção da gestação nesta espécie. Embora seja uma proteína quimicamente diferente do LH, mas com atividade biológica primária idêntica, ela apresenta alguns efeitos semelhantes ao FSH. Por sua ação similar ao LH, a hCG tem sido usada com eficácia na indução da ovulação em éguas, pois reduz a duração do estro e o intervalo até a ovulação, reduzindo o número de inseminações e de coberturas necessárias por estro (Bergefelt, 2000; Ley, 2006). Como sincroniza o estro e a ovulação, aumenta os índices de fertilidade (Oliveira e Souza, 2003), as concentrações plasmáticas de progesterona e as taxas de prenhez. Além disso, sua administração em éguas com mais de um folículo pré-ovulatório amplia a possibilidade de ocorrência de ovulações duplas (Woods e Ginther, 1983). Embora não tenha sido capaz de aumentar o índice de recuperação de oócitos a partir de folículos imaturos, o tratamento super ovulatório associado à hCG proporcionou expansão e luteinização precoce das células foliculares e prolongamento do intervalo interovulatório em éguas submetidas à aspiração folicular (Blanco, 2008). A redução ou mesmo supressão na eficácia tem sido relatada após o uso repetido de hCG na mesma estação reprodutiva. Por isso, alguns autores recomendam seu uso a, no máximo, uma a duas vezes por estação de monta (McCue et al., 2004).
2. 2. Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH) e seus análogos
 Estimula a ovulação através da liberação de LH endógeno. Mesmo o uso desse hormônio em espécies equinas não tenha tido resultados interessantes na sincronização e indução da ovulação devido à sua curta meia-vida e potência, estudos afirmam que aplicações repetidas de GnRH por 2 a 3 dias, duas vezes ao dia, são capazes de induzir e sincronizar a ovulação equina. Assim como o hCG, a deslorelina acelera a ovulação de folículos pré-ovulatórios menores. O uso combinado de agentes indutores, como o hCG e a deslorelina, é recomendado em éguas idosas que se prestam à doação de oócitos, por supostamente favorecerem a maturação folicular e oocitária. Contudo, não há estudos determinando os possíveis benefícios da administração simultânea destes medicamentos em éguas.
2. 3. Estrógeno (E2)
 Os estrógenos são hormônios esteroides associados aos sinais de estro e produzidos, principalmente, pelos folículos ovarianos e pela unidade feto-placentária. Em éguas, a secreção folicular de estrógenos atinge o pico um ou dois dias antes da ovulação e, depois, declina até atingir níveis básicos no diestro. A administração de uma pequena dose de estradiol (0,5 a 1,0 mg) em éguas em anestro profundo é capaz de induzir sinais de estro dentro de 3 a 6 horas, o que é interessante quando se deseja utilizar uma égua como “manequim” para coleta de sêmen, enquanto em éguas com corpo lúteo funcional, sinais de estro não são observados (Neely, 1983). Os resultados obtidos com o estrógeno para a indução de ovulação ainda são inconclusivos na espécie equina.
2. 4. Prostaglandinas (PGs)
 Dentre as prostaglandinas, a prostaglandina F2α (PGF2α) e seus análogos são os hormônios mais utilizados na reprodução equina. Apresenta uma excepcional contribuição quando utilizada sozinha para indução de cio em éguas cíclicas ou quando em apoio ao uso de biotécnicas como a inseminação artificial e a transferência de embriões. A PGF2α é considerada o agente luteolítico primário em éguas, pois, em fêmeas não gestantes, controla a lise do corpo lúteo (CL) que ocorre após sua liberação pelas células endometriais entre os dias 13 e 16 após a ovulação (Milvae et al., 1996). Pode ser utilizada para finalizar uma fase luteal persistente ou anestro lactacional, controlar o tempo de ovulação, induzir a secreção de gonadotrofinas, sincronizar o estro (McKinnon e Voss, 1992), estimular a contração uterina, induzir o parto (Rossdale et al., 1979; Ousey et al., 1984).A égua é a mais sensível ao efeito luteolítico da administração sistêmica (intramuscular ou subcutânea) de PGF2α , considerando-se o peso corporal. A administração intramuscular é tão eficaz quanto a subcutânea, 1,25 mg é a dose sistêmica mínima efetiva para induzir a luteólise. Quando administrada no útero ou diretamente no CL, a PGF2α não melhora a eficácia luteolítica da injeção de PGF2α intramuscular.
2. 5. Extrato de Pituitária Equina (EPE)
 Preparado parcial de gonadrotrofina equina, foi um dos primeiros utilizados na tentativa de super ovular as éguas. Ele é produzido nas hipófises de equinos recém-abatidos, por isso há concentrações variáveis de LH e FSH. O LH presente nesse hormônio age semelhantemente ao hCG na indução da ovulação, sem o inconveniente da formação de anticorpos. Ele pode também ser administrado em éguas acíclicas, antecipando o início da estação de monta. Porém as concentrações de FSH e LH são inconstantes, dificultando resultados.
3. Indução por meio de iluminação artificial
 Nos equinos, o cio pode ser induzido por meio da iluminação artificial instalada nas baias ou em piquetes. A luz atua na liberação de GnRH, FSH e LH. No período de inverno, quando o período de luminosidade ao longo do dia é mais curto, observa-se alta concentração de melatonina, que, por sua vez, inibe os hormônios gonadotróficos e causa inatividade ovariana. Em outros períodos do ano, quando o período de luminosidade é maior, ocorre o inverso. Pode-se usar a iluminação artificial nos meses de inverno, de maio a agosto, quando observa menor tempo de luminosidade diariamente.
 O fotoperíodo mais curto, por sua vez, faz com que, nos meses de inverno, a manifestação espontânea do estro seja impedida. Isso mostra que a luz é um dos fatores que controlam a ciclicidade estacional reprodutiva, podendo ser usada para antecipar tanto o estro como a ovulação.Nas condições de criação, o período de luminosidade no galpão onde as fêmeas são alojadas é prolongado para 15 a 16 horas luz/dia no período que antecede a primavera/verão. Devem ser usados cerca de 10 Watts/m2.
 Um estudo feito pela Embrapa em São Carlos-SP mostrou que o prolongamento do fotoperíodo antecipou e sincronizou os cios férteis das éguas durante o inverno, enquanto aquelas que permaneceram na pastagem, sujeitas apenas à iluminação natural, foram manifestar estro somente a partir do mês de setembro. A antecipação também beneficia o manejo, porque permite ter maior disponibilidade de forragem de qualidade quando a cria chega aos três meses de vida, viabilizando o desmame das crias.
4. Sincronização do cio
As éguas são cobertas ou inseminadas artificialmente após a detecção do cio por um rufião e após o desenvolvimento folicular ovariano ter sido verificado por palpação retal. A sincronização do cio e da ovulação pode permitir que se insemine éguas em períodos predeterminados, sem a necessidade de detecção do cio ou palpação dos ovários.
5. Óvulos e seu transporte
 Durante a ovulação, o óvulo fica sem a corona radiata, mas envolto por uma grande massa gelatinosa irregular de origem ovariana, que se separará do óvulo nos 2 dias seguintes. O óvulo fertilizado é transportado para o úteroenquanto que os não-fertilizados ficam retidos por vários meses no istmo do oviduto. Estes sofrem degeneração e fragmentação durante os meses seguintes. Se uma égua tem uma sucessão de ciclos estéreis seguidos por uma cobertura fértil, o embrião em desenvolvimento pode passar pelos óvulos não-fertilizados, retidos no oviduto, e entrar no útero. Os óvulos não-fertilizados podem ficar retidos no oviduto de éguas gestantes ou vazias por até 7 meses. Isso indica que a égua pode discriminar entre os óvulos fertilizados e os não-fertilizados, permitindo que os fertilizados entrem no útero enquanto retém os não-fertilizados. Nas éguas, os ovos fertilizados chegam mais tarde no útero (mais de 144 horas), se comparadas com vacas; o estágio de clivagem do ovo eqüino, quando da entrada no útero, é mais avançado que na vaca. A migração transuterina do ovo acontece em 50% dos casos. Extensas investigações conduzidas sobre o manejo e a fisiologia reprodutiva eqüina podem ser encontradas: modificações ovarianas durante a ovulação e a gestação; perfil endócrino na égua gestante e no pós-parto, em garanhões criptorquídeos e após fotoperíodos aumentados; subnutrição energética durante o desmame, e manipulação do ciclo estral e da função luteínicapor prostaglandina F2α, hCG, GnRH e por infusão intrauterina de salina.
6. Conclusão
 Através da manipulação do ciclo estral das éguas por meio de hormônios, iluminação artificial e outras técnicas, é possível estender o período de ciclicidade da égua durante o ano de forma que seja vantajoso para o proprietário, pois a elevação da produtividade gera lucros e ainda uma gestão de qualidade. Estes meios permitem aumentar o número de ovulações/ciclo gerando mais embriões, induzir partos e abortamento, realizar transferência de embriões, fertilização in vitro, tratar infecções uterinas, além de facilitar o manejo, reduzir mão de obra, e realizar o planejamento e agendamento de serviços. Para isso, é importante saber sobre a fisiologia do ciclo estral da égua e entender os mecanismos que estimulam sua ovulação para obter um resultado positivo.
7. Referências
ALLEN, W. R.; WILSHER, S. Half a century of equinereproduction research and application: a veterinary tour de force. Equine Veterinary Journal, v. 50, n. 1, p. 10- 21, 2017.
BALBINO, L. C.; CORDEIRO, L. A. M.; PORFIRIO-DA-SILVA, V.; DE MORAES, A.; MARTÍNEZ, G. B.; ALVARENGA, R. C.; KICHEL, A. N.; FONTANELI, R. S.; DOS SANTOS, H. P.; FRANCHINI, J. C.; GALERANI, P. R. Evolução tecnológica e arranjos produtivos de sistemas de integração lavourapecuáriafloresta no Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 46, n. 10, p. 1-12, 2011.
BOTELHO, F. A. ANA CAROLJNA; INDUÇÃO DA CICLICIDADE EM RECEPTORAS DE EMBRIÕES EQUINOS: BUSCA POR UM MANEJO SUSTENTÁVEL. UNICESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ, 2018.
GRECO, M. GABRIEL; AVALIAÇÃO DE NOVOS PROTOCOLOS VISANDO INDUZIR E SINCRONIZAR A OVULAÇÃO EM ÉGUAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA. Botucatu – SP, 2010.
Rev. Bras. Reprod. Anim., Belo Horizonte, v.34, n.2, p.114-122, abr./jun. 2010. Disponível em www.cbra.org.br Hormonioterapia aplicada à ginecologia equina
HAFEZ, E. S. E.; HAFEZ, B. Reprodução animal. 7. ed. São Paulo: Manole, 2004.
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