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Medicina Veterinária Produção de Ruminantes ENGORDA DOS BUBALINOS Lívia Queiroz, Ana Carolina e Eduarda Avellar Professora Rafaella Olivieri RIO DE JANEIRO 2022 Engorda dos bubalinos Búfalos são animais produtores de alimentos nobres como carne e leite, com baixo teor de colesterol. Além disso, fornecem, esterco e couro de boa qualidade. Os búfalos machos, em regime de campo, podem ser abatidos entre 24 e 36 meses, dependendo da qualidade das pastagens, com peso vivo em torno de 450 kg. Confinados aos 18 meses podem alcançar peso de abate de 500 kg aos 24 meses de idade. A suplementação só é economicamente viável durante o período seco. Para se obter bons ganhos de peso o pasto deve ter boa disponibilidade de forragem, em torno de 1.000 kg de matéria seca/ha/ano. As condições de manejo, a alimentação, o controle sanitário do rebanho e a qualidade do rebanho é que determinam o início da engorda. O ideal seria iniciá-la quando o animal atingisse entre 14 e 16 meses, os búfalos inteiros têm maior ganho de peso, apresentam maior eficiência na conversão alimentar e carcaça com menos gordura que os animais castrados. Entretanto, apresentam menor rendimento de carcaça e podem ser mais agressivos. Para o rendimento da carcaça, mede-se o rendimento da carcaça de búfalos pela relação entre o peso vivo na entrada do frigorífico e a hidratação de 12 a 24 horas, que pode chegar a 48 horas, e o peso da carcaça. Em média, pode- se dizer que a carcaça de um búfalo de 18 arrobas é composta, aproximadamente, de 70% de carne, 6% de gordura e 24% de osso. Os búfalos mais jovens engordam mais depressa que os adultos, com a vantagem de acumularem mais carne, diferentemente do que ocorre nos animais mais velhos que acumulam gordura. Classificação oficial para búfalos destinados ao abate (Carcaça, idade, dentes e castração) • Vitelo e vitela: macho e fêmea até 12 meses de idade • Tourinho: macho castrado, acima de 2 meses de idade. • Novilho precoce: macho jovem, castrado, idade até 18 meses. • Novilho: macho castrado, até 18 meses. • Novilha: fêmea com mais de 12 meses. • Novilhão: macho adulto, acima de 24 meses; • Búfala – fêmea adulta • Búfalo/reprodutor – machos adultos Castração Se o manejo e o tipo de exploração permitirem, é aconselhável fazer a castração logo nos primeiros dias de vida, quando o estresse será muito menor. Contudo, alguns aspectos devem ser observados em relação à venda para abate e à qualidade da carcaça, em função do peso fixado pelo frigorífico: • Animais vendidos para abate até 24 meses de idade, não devem ser castrados, a fim de assegurar maior desenvolvimento e peso de 450 a 480 kg, com rendimento de carcaça de 50% (220 kg de carne). • Animais para venda em idade de 30 a 36 meses devem ser castrados quando atingirem cerca de 400 kg, para garantir maior desenvolvimento do dianteiro. É aconselhável fazer a castração com Burdizzo a fim de reduzir o trauma. Esses animais atingirão o peso de 500 kg e rendimento de 51% a 52% de carcaça. • Animais castrados ao nascimento e abatidos por volta de 24 meses de idade atingirão 480 kg de peso e rendimento de carcaça por volta de 52%. Raças Os búfalos são bovídeos, originários do Continente Euroasiático, criados para a produção de carne e leite. No Brasil, a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos reconhecem as raças Carabao, Murrah, Mediterrâneo e Jafarabadi. Carabao O Carabao possui dupla aptidão, tem sua origem na Indochina, conhecido como “O Trator do Oriente”, por ser um bubalino muito resistente e forte. No Brasil, a região maior criadora do Carabao é o Pará, por adaptar-se muito bem a regiões pantanosas. Este búfalo possui corpo robusto, com pelagem cinza escura, com algumas manchas. Tem chifres longos e curvados para trás, o crânio possui forma retilínia e suas orelhas são medianas e horizontais. Murrah O Murrah possui como principal aptidão a produção de leite. Assim como o Carabao, sua constituição corpórea é robusta e firme. Sua origem é da Índia, é criado em diversas regiões do país, contanto que haja bastante água no local para que ele se refresque. Este búfalo possui chifres pequenos e espiralados, localizados em um crânio retilíneo. Suas orelhas são pequenas e pendulosas, sendo mais salientes na fêmea. Possui pelo e pele negros, assim como os chifres e cascos. Mediterrâneo O Mediterrâneo tem sua origem na Itália, com dupla aptidão, é uma raça bastante dócil, o que facilita seu manejo. Sua criação também está se expandindo por todo o Brasil, possui pelagem na coloração negra, assim como os cascos e os c hifres, que são grandes, bastante grossos e longos, curvando-se para cima em forma de um semicírculo. O seu crânio possui forma convexa, com orelhas medianas e horizontais, cor negra. Jafarabadi Possui origem indiana, com dupla aptidão, produção de boa qualidade. Sua criação está tomando todo o território nacional e tende a se expandir ainda mais. Possui pelagem, pele, cascos e chifres negros. Estes são grossos e longos, voltados para baixo e para trás, e curvando- se para cima e para dentro. A forma craniana é ultraconvexa, com orelhas medianas, dispostas acima dos chifres. Quanto aos olhos, estes são negros e com forma elíptica. Taxa de desfrute e taxa de abate Vermifugação Os bubalinos são animais rústicos e adaptados às diversas condições ambientais, possuem grande potencial em produção de carne, leite e trabalho, a primeira vermifugação dos bezerros búfalos deve ocorrer entre 10 e 15 dias de vida. Quanto ao seu manejo, quando não manejados adequadamente, sofrem intensamente os efeitos das verminoses gastrointestinais, os vermes mais comuns são Heamonchus contortus, Trichostrongylus axei, Cooperia curticei, Neoascaris vitulorum, Strongyloides papilosus e Oesaphagostomum radiatum, tendo sua predileção local, alguns pelo abomaso, intestino grosso e intestino delgado. Causadas por problemas sanitários, podendo ser controlado com eficiência e sem alto custo, os bezerros bubalinos lactantes devem receber o medicamento via oral quatro vezes até a desmama (7 meses), após a desmama deve ser feito o anti-helmintico via sub cutânea 3 vezes ao ano. A vermifugação em animais mais jovens é de extrema importância por conta da absorção dos alimentos na luz do estômago e intestino, ingerindo sangue da mucosa intestinal, produzindo toxinas, obstruindo o intestino e facilitanto a entrada de agentes patógenos. Na época de chuva os efeitos tendem a ser mínimo, já no período seco há sérios prejuízos, o melhor vermífugo é o de largo espectro, atualmente aconselha-se o uso de produtos à base de “Ivermectina”, de uso injetável. Carrapaticida Apesar dos raros relatos no Brasil,, foram identificados as especies Rhipicephalus microplus, Dermacentornintens e Amblyommacajennense, búfalos são frequentemente parasitados por carrapatos, principalmente nos estágios de larvas e ninfas. Os bubalinos são popularmente conhecidos por serem resistentes às infestações por carrapatos. As espécies de carrapatos coletadas de búfalos são semelhantes às encontradas em bovinos, o que permite a transmissão de doenças, verificou-se em estudos que os bovinos apresentaram-se seis vezes mais carrapatos adultos do que os búfalos, demonstrando maior adaptabilidade destes ixodídeos aos bovinos, foi observado maior grau de infestação por carrapatos durante o período seco do ano. Doenças Febre aftosa Os búfalos são susceptíveis a infecção pelo vírus da aftosa, a maioria das lesões se concentram, na cavidade oral, porém existem relatos búfalos infectados com acometimento da glândula mamária,febre, lesões localizadas no espaço interdigital e na cavidade oral. Rinotraqueíte infecciosa É causada pelo herpesvírus bovídeo tipo 1 (HVB-1), a sintomatologia da doença pode se apresentar nas formas subaguda, aguda e crônica, onde os sintomas evoluem de uma hipertermia moderada com rinite e conjuntivite a febre elevada (41 a 42ºC), hipertermia da mucosa nasal com focos de necrose associada a corrimento muco-purulento nos olhos e nariz. Brucelose Causada por bactérias da espécie Brucella abortus, e apresenta como sintomatologia 6 abortos no terço final da primeira gestação após a infecção, repetição de cio, queda na fertilidade, produtividade, número de bezerros ao longo da vida da fêmea e acelera o descarte precoce de animais de alto valor zootécnico. Tuberculose Os búfalos possuem hábito gregário e gostam de permanecer reunidos em poços ou curso de água para obter conforto térmico, o que determina a constante proximidade entre os animais e facilita a transmissão da tuberculose entre eles. Mastite Processo de inflamação das glândulas mamárias, comparado com a vaca, o úbere de a búfala possui conformação externa semelhante mas com diferenças anatômicas que conferem maior resistência aos processos infecciosos, como observa-se no teto a presença de está presente uma maior concentração de pigmentos de melanina. Leptospirose Nos bubalinos, assim como nos bovinos, o abortamento ocorre como seqüela de infecção sistêmica. Durante a fase de leptospiremia, há morte fetal com ou sem degeneração placentária, seguida de eliminação fetal algumas semanas após a infecção. Os abortamentos pelo gênero Leptospira em bubalinos ocorrem geralmente no terço final da gestação. Raiva Enfermidade infecciosa causada por um vírus RNA envelopado, pertencente ao gênero Lyssavirus , que afeta o sistema nervoso central (SNC) de várias espécies. Em bovídeos, a doença é relatada principalmente em bovinos e menos frequentemente em bubalinos. Nessas duas espécies, os principais transmissores são morcegos hematófagos, os quais inoculam o vírus presente na saliva durante o repasto sanguíneo. Botulismo Doença causada pela ação da toxina produzida pelo Clostridium botulinumque age no sistema nervoso periférico causando paralisia flácida devido à interrupção da transmissão neuromuscular. Adiciona-se aos sintomas: o decúbito externa ou lateral, visão dupla, turva, além de anorexia, falta de coordenação e ataxia. Manejo santinário A primeira providência a ser tomada com os bezerros recém-nascidos é o corte do cordão umbilical. Esta prática deve ser realizada, com o auxílio de uma tesoura, três centímetros abaixo da inserção do cordão. Em seguida, deve-se proceder o tratamento do local com medicamentos específicos. Estes animais devem permanecer em bezerreiros, limpos e arejados, por quinze dias após o nascimento, com acesso ao leite da mãe, duas vezes ao dia. O confinamento dos bezerros facilitará a observação e tratamento imediato de problemas de saúde (diarréia, infecção do umbigo, infestação por piolho) que porventura surgirem, após o período de permanência no bezerreiro, os recém-nascidos deverão ser transferidos para um piquete próximo. Aos 120 dias de vida, todos os animais devem receber a primeira vacinação contra a febre aftosa, sempre que ocorrer infestação por piolhos, todo o lote de bezerros deve ser submetido a duas pulverizações com inseticida, intercaladas de 18 dias. Após a desmama, os búfalos ainda necessitam ser desverminados, para isso, são necessárias três dosificações anti-helmínticas durante o ano, no início e final do período chuvoso e no terço final do período seco, até os animais completarem dois anos de idade. Da mesma maneira que os bezerros lactentes, os animais adultos também devem ser submetidos a pulverizações com inseticidas, sempre que ocorrer infestação por piolho. Em casos de ocorrência de raiva e botulismo na região, todos os animais desmamados devem ser imediatamente vacinados contra estas doenças, respectivamente. Como prevenção, recomenda-se revacinações anuais. Como os búfalos são bastante propensos pasteurelose e esta doença é excessivamente prejudicial, é recomendável a vacinação de todos os animais, com idade acima de seis meses, com repetição anual. Com o objetivo de evitar a entrada de animais doentes no rebanho, os lotes adquiridos devem ser submetidos a testes de brucelose e tuberculose. Além disso, antes dos animais adquiridos entrarem na propriedade, devem ser vermifugados e permanecer isolados do resto do rebanho, por um período mínimo de 20 dias. Para melhor segurança e controle das atividades relacionadas com o manejo sanitário dos animais, aconselha-se a elaboração de um cronograma anual das práticas a serem efetuadas no rebanho. Este deve ser adaptado de acordo com as características e necessidades de cada região. Manejo Recomendações Vermifugação Entre 10 e 15 dias de vida Carrapaticida Início efinal das águas ou quando houver alta incidência de ectoparasitas no rebanho Vacinas Recomendações Febre Aftosa Maio e novembro todo rebanho, repetição em animais até 1 ano agosto ou setembro. Rinotraqueíte infecciosa Diarréia viral bovina. Acima de 3meses anualmente Brucelose Fêmeas terceiro e oitavo mês Leptospirose Somente acima de 2 meses, os lactantes após 6 meses e desmamados anual Raiva Somente animais acima de 4 meses anualmente Botulismo Todo rebanho anual Tuberculose Não existe vacina Sal mineral e Uréia O sal mineralizado é um conjunto de minerais misturados e balanceados para atender às exigências nutricionais dos animais. A mineralização é feita via suplemento proteico/energético e também é necessária e disponibilizada nos cochos específicos ou ter adição de cerca de 2,0% da mistura de concentrado. Podem ocorrer problemas ao animal se a composição não for adequada ou se a mistura dos componentes for mal feita, a melhor maneira é fornecer a mistura em cochos cobertos distribuídos estrategicamente nos piquetes. A uréia pode ser adicionada ao sal mineral para búfalos, sendo acrescentada aos poucos à mistura, aumentando sua proporção a cada semana, até atingir de 30% a 40% de uréia na mistura final. Caso os animais não consumam adequadamente o sal com uréia, deve-se adicionar algum produto palatabilizante, o uso de uréia é arriscado por causa do perigo de intoxicação, é remendado consultar um técnico. No período seco, os níveis de uréia devem ser adequados à capacidade energética dos alimentos utilizados, pode ser fornecida como alimento suplementar em concentração média de 2% da mistura, ou associada aos alimentos fibrosos (1/2% a 1%). Manejo alimentar A melhor pastagem é a que está disponível na fazenda. Dependendo do manejo usado na propriedade, os animais desmamados devem receber toda a atenção para não terem seu desenvolvimento interrompido. O uso de gramíneas consorciadas com leguminosas é importante para suprir as necessidades dessa fase dos animais. Independentemente da qualidade da pastagem, animais de alto valor e os destinados à reprodução devem ser suplementados com ração. A alimentação exerce grande influência na produção, melhoramento, sanidade e no rendimento econômico da criação de búfalos. A grande maioria de produtores que utiliza búfalo para produção de leite e carne adota o sistema alimentar baseado exclusivamente no fornecimento de alimentos volumosos (pastagens nativas ou cultivadas e capineiras) que, em alguns casos, possuem limitado valor nutritivo em função de fatores ambientais e de manejo, e não fornece suprimento adequado de nutrientes capaz de assegurar nível de produção mais elevado que o atual. Forrageiras Para a criação de búfalos, indica-se plantas forrageiras de hábitode crescimento cespitoso, tais como Panicum maximum, Pennisetum purpureum, Brachiaria decumbens e Brachiaria brizantha, desde que seja em áreas não inundadas. Normalmente, a criação de búfalos ocorre em áreas inundadas ou encharcadas por determinado período, nestes tipos de áreas há a necessidade de optar por plantas forrageiras adaptadas a estas condições do solo, tais como Brachiaria arrecta (capim tannergrass), Brachiaria humidicola (quicuio-da-amazônia), Brachiaria mutica (capim-angola, bengo), B. mutica x B. arrecta (capim-tangola), Hemarthria altissima (capim-mimoso-de-talo), Panicum repens (gramacastela, capim-furachão) e Setaria anceps (Setaria sphacelata) (capim-setária) Os búfalos têm capacidade de converter alimentos de baixa qualidade, como os volumosos, em energia necessária à manutenção destes animais. A fonte de volumoso para novilhas e tourinhos é realizada, principalmente através do pastejo. A cana-de-açúcar é fornecida em menor quantidade, e o sal mineral e o sal proteinado (30% PB) são fornecidos à vontade. Para bezerros a fonte de volumoso também pode ser o pasto, porém recomenda-se também o fornecimento de concentrado (16% PB). Por outro lado, bezerros com menos de dois meses devem ser alimentados apenas com leite e concentrado sem volumoso. Atualmente, os búfalos têm sido criados em sistemas extensivos utilizando pastos nativos ou cultivados. O desenvolvimento dos búfalos no Brasil depende das condições de manejo da pastagem e do pastejo, da raça e das condições do meio. O sistema de produção de búfalos tem sido predominantemente a produção de leite a pasto e, nesta situação, há a necessidade de suplementação de volumosos, tais como a cana-de-açúcar, capineiras e silagem, podem ser manejados em sistema intensivo, estabulado e semi-intensivo com o método de pastejo rotacionado. Plantas Tóxicas Pode se citar o consumo de Solanum glaucophyllum, em uma pesquisa, búfalos de um rebanho apresentaram emagrecimento progressivo, dorso arqueado, marcha rígida, por vezes com dificuldade para se levantar e locomover, permanecendo apoiando sobre os carpos. Outras espácies de extrema impotância são as Ipomoea fistulosa (algodão bravo), Lantana camara (chumbinho) e Anabidaea bilabiata (chibatas), levando aos bubalinos a sintomalogia como de inquietude, não se alimentam, a barriga pode inchar demasiadamente, tomam água incontrolavelmente e caem ao ficarem agitados. Creep feeding Sistema utilizado para aumentar o ganho de peso dos bezerros à desmama através da utilização de um cocho privativo, dentro de um cercado, ao qual só o bezerro tem acesso. Trata-se de um reforço alimentar com uma ração concentrada balanceada enriquecida com minerais e vitaminas, enquanto o bezerro ainda está mamando. Em um sistema de produção de corte, a taxa de desmama e a quantidade de kg de bezerro desmamado/búfalo/ano influenciam diretamente a eficiência do processo de criação. Quanto mais pesado desmamar este bezerro, menor será seu tempo de abate, reduzindo seu custo de permanência na propriedade, ou maior será seu valor de venda. Vantagens Aumento da taxa de crescimento do animal durante a fase de cria, antecipando assim a idade do abate e a produção de crias mais pesadas e uniformes, além de permitir que o animal expresse seu potencial genético; Melhora a eficiência alimentar e economia no ganho de peso das crias; Incrementa o desempenho das crias durante o período de terminação (estimula o desenvolvimento pós-natal do rúmen das crias, diminuindo o estresse decorrente da desmama, simplificando, dessa forma, a desmama); Eleva a eficiência reprodutiva das matrizes durante a fase de amamentação; - facilita o controle de parasitas; Apresenta facilidade de utilização pelo criador. Cuidados Sua utilização pode não ser lucrativa (esse fato poderá ocorrer em função do custo excessivo do concentrado ou do baixo desempenho dos animais. Vale ressaltar que, o manejo sanitário do rebanho é de extrema importância para a obtenção de respostas positivas relacionadas à reprodução em sistemas de produção); As crias suplementadas podem apresentar um baixo desempenho no início da utilização do creep-feeding quando comparados com as crias em sistemas convencionais (isso pode ocorrer pelo fato desses animais apresentarem um ganho compensatório na fase inicial. Entretanto, essa desvantagem pode ser compensada pelo menor tempo de uso das crias ao creep-feeding, uma vez que, quando desmamados mais cedo, atingem mais cedo a idade ao abate); Animais submetidos à prática dos creep-feeding, se desmamados e colocados em pastagens, apresentam baixos desempenhos, pois demoram a se adaptarem a dietas à base de volumosos; O creep-feeding pode ser associado a distúrbios relacionados à saúde animal, como por exemplo, acidose, os quais normalmente estão associados a desequilíbrios relacionados às proporções de volumosos e concentrados na dieta; Um outro aspecto a ser considerado é o da eficiência do creep-feeding em função da época da estação de monta. O sistema apresenta melhores resultados com a monta de outono, quando os bezerros serão suplementados justamente durante a estação seca. Com relação à monta de primavera/verão (usual), essa prática pode não ser vantajosa economicamente, pois as pastagens apresentam boa qualidade e quantidade à época da suplementação. Fatores que ajudam no ganho de peso: Genética Sanidade Tamanho do lote Estrutura de cercas e bebedouros Fazenda Pasto Estrutura do cocho e logística e de distribuição Aleitamento Apesar das melhorias nutricionais e genéticas dos animais, o aleitamento natural dos bezerros bubalinos compromete parte da produção leiteira. Para aumentar a quantidade de leite destinado à comercialização, produtores de criações intensivas de bubalinos de outros países recorrem ao aleitamento artificial dos bezerros bubalinos com leite de vaca integral e sucedâneos de leite, sem comprometer significativamente o desenvolvimento ponderal dos neonatos. O desmame dos bubalinos podem ser classificadas em tradicional, que acontece quando os bufalinhos tem 7 meses de idade e o desmame precoce que ocorre quando eles tem cerca de 3 a 3,5 meses de idade, posteriormente recebendo o aleitamento artificial. Curiosidade inovadora no mercado com o uso de leite em pó para o crescimento e a engorda dos búfalos. Assim que os animais nascem, ficam apenas o primeiro dia com a mãe e já no segundo dia inicia-se a alimentação com leite em pó. Um estudo foi feito onde, uma parte dos bezerros recebe apenas leite de búfala e concentrado, outro grupo se alimenta apenas com leite em pó e um terceiro gruo recebe metade de leite de búfala e metade de leite em pó mais o concentrado. Ao final do estudo, será avaliado qual apresenta o melhor resultado. A suplementação é feita individualmente na mamadeira. Os resultados estão sendo surpreendentes, os filhotes estão crescendo até acima do esperado. Com uma média desses animais atingirem o peso de 80 kg com três meses, eles estão conseguindo atingir esse peso com dois meses. Isso significa que eles estão atingido os níveis de nutrição necessária. Nos três primeiros meses, o bezerro consome em média quatro litros de leite por dia. Se o produtor optar pelo leite em pó garante uma boa economia. Isso porque todo o produto que deveria ser destinado ao bezerro vai direto para comercialização. Depois deste período, o bezerro segue o ciclo normal. Qual a importância do sal mineral para a vida do animal? Conjunto de minerais misturados e balanceados que serve para atender às exigências nutricionais dos animais. A ureia pode ser adicionada ao sal mineral para búfalos? Sim. Deve ser acrescentada aos poucos à mistura, aumentando sua proporçãoa cada semana, até atingir de 30% a 40% de uréia na mistura final. Quais as zoonose mais comuns nos bubalinos? Brucelose, tuberculose, raiva, leptospirose, toxoplasmose e salmonelose. Um rebanho de búfalos pode se alimentar apenas de pastagens sem apresentar problemas nutricionais? Sim, desde que as pastagens sejam de boa qualidade nutricional e bem manejadas. Bezerros bubalinos precisam de suplementação mineral na fase de aleitamento? Em geral, não. Os bezerros recebem todos os nutrientes minerais de que precisam do leite materno
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