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Medicina Veterinária 
 Produção de Ruminantes 
 
 
 ENGORDA DOS BUBALINOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Lívia Queiroz, Ana Carolina e Eduarda Avellar 
 Professora Rafaella Olivieri 
 
 RIO DE JANEIRO 2022 
Engorda dos bubalinos 
Búfalos são animais produtores de alimentos nobres como carne e leite, com baixo teor de 
colesterol. Além disso, fornecem, esterco e couro de boa qualidade. Os búfalos machos, em 
regime de campo, podem ser abatidos entre 24 e 36 meses, dependendo da qualidade das 
pastagens, com peso vivo em torno de 450 kg. Confinados aos 18 meses podem alcançar peso 
de abate de 500 kg aos 24 meses de idade. A suplementação só é economicamente viável 
durante o período seco. Para se obter bons ganhos de peso o pasto deve ter boa disponibilidade 
de forragem, em torno de 1.000 kg de matéria seca/ha/ano. As condições de manejo, a 
alimentação, o controle sanitário do rebanho e a qualidade do rebanho é que determinam o 
início da engorda. O ideal seria iniciá-la quando o animal atingisse entre 14 e 16 meses, os 
búfalos inteiros têm maior ganho de peso, apresentam maior eficiência na conversão alimentar 
e carcaça com menos gordura que os animais castrados. Entretanto, apresentam menor 
rendimento de carcaça e podem ser mais agressivos. Para o rendimento da carcaça, mede-se o 
rendimento da carcaça de búfalos pela relação entre o peso vivo na entrada do frigorífico e a 
hidratação de 12 a 24 horas, que pode chegar a 48 horas, e o peso da carcaça. Em média, pode-
se dizer que a carcaça de um búfalo de 18 arrobas é composta, aproximadamente, de 70% de 
carne, 6% de gordura e 24% de osso. Os búfalos mais jovens engordam mais depressa que os 
adultos, com a vantagem de acumularem mais carne, diferentemente do que ocorre nos animais 
mais velhos que acumulam gordura. 
 
Classificação oficial para búfalos destinados ao 
abate 
(Carcaça, idade, dentes e castração) 
 
• Vitelo e vitela: macho e fêmea até 12 meses de idade 
• Tourinho: macho castrado, acima de 2 meses de idade. 
• Novilho precoce: macho jovem, castrado, idade até 18 
meses. 
• Novilho: macho castrado, até 18 meses. 
• Novilha: fêmea com mais de 12 meses. 
• Novilhão: macho adulto, acima de 24 meses; 
• Búfala – fêmea adulta 
• Búfalo/reprodutor – machos adultos 
 
 
Castração 
Se o manejo e o tipo de exploração permitirem, é aconselhável fazer a castração logo nos 
primeiros dias de vida, quando o estresse será muito menor. Contudo, alguns aspectos devem 
ser observados em relação à venda para abate e à qualidade da carcaça, em função do peso 
fixado pelo frigorífico: 
• Animais vendidos para abate até 24 meses de idade, não devem ser castrados, a fim de assegurar 
maior desenvolvimento e peso de 450 a 480 kg, com rendimento de carcaça de 50% (220 kg de carne). 
 
• Animais para venda em idade de 30 a 36 meses devem ser castrados quando atingirem cerca de 400 
kg, para garantir maior desenvolvimento do dianteiro. É aconselhável fazer a castração com Burdizzo a 
fim de reduzir o trauma. Esses animais atingirão o peso de 500 kg e rendimento de 51% a 52% de 
carcaça. 
 
• Animais castrados ao nascimento e abatidos por volta de 24 meses de idade atingirão 480 kg de peso e 
rendimento de carcaça por volta de 52%. 
 
Raças 
Os búfalos são bovídeos, originários do Continente Euroasiático, criados para a produção de 
carne e leite. No Brasil, a Associação Brasileira de Criadores de Búfalos reconhecem as raças 
Carabao, Murrah, Mediterrâneo e Jafarabadi. 
 
Carabao 
O Carabao possui dupla aptidão, tem sua origem na Indochina, conhecido como “O Trator do 
Oriente”, por ser um bubalino muito resistente e forte. No Brasil, a região maior criadora do 
Carabao é o Pará, por adaptar-se muito bem a regiões pantanosas. Este búfalo possui corpo 
robusto, com pelagem cinza escura, com algumas manchas. Tem chifres longos e curvados para 
trás, o crânio possui forma retilínia e suas orelhas são medianas e horizontais. 
Murrah 
 O Murrah possui como principal aptidão a produção de leite. Assim como o Carabao, sua 
constituição corpórea é robusta e firme. Sua origem é da Índia, é criado em diversas regiões do 
país, contanto que haja bastante água no local para que ele se refresque. Este búfalo possui 
chifres pequenos e espiralados, localizados em um crânio retilíneo. Suas orelhas são pequenas e 
pendulosas, sendo mais salientes na fêmea. Possui pelo e pele negros, assim como os chifres e 
cascos. 
Mediterrâneo 
O Mediterrâneo tem sua origem na Itália, com dupla aptidão, é uma raça bastante dócil, o que 
facilita seu manejo. Sua criação também está se expandindo por todo o Brasil, possui pelagem 
na coloração negra, assim como os cascos e os c hifres, que são grandes, bastante grossos e 
longos, curvando-se para cima em forma de um semicírculo. O seu crânio possui forma convexa, 
com orelhas medianas e horizontais, cor negra. 
Jafarabadi 
Possui origem indiana, com dupla aptidão, produção de boa qualidade. Sua criação está 
tomando todo o território nacional e tende a se expandir ainda mais. Possui pelagem, pele, 
cascos e chifres negros. Estes são grossos e longos, voltados para baixo e para trás, e curvando- 
se para cima e para dentro. A forma craniana é ultraconvexa, com orelhas medianas, dispostas 
acima dos chifres. Quanto aos olhos, estes são negros e com forma elíptica. 
 
 
 
 
Taxa de desfrute e taxa de abate 
 
 
 
 
 
 
 
Vermifugação 
Os bubalinos são animais rústicos e adaptados às diversas condições ambientais, possuem 
grande potencial em produção de carne, leite e trabalho, a primeira vermifugação dos bezerros 
búfalos deve ocorrer entre 10 e 15 dias de vida. Quanto ao seu manejo, quando não manejados 
adequadamente, sofrem intensamente os efeitos das verminoses gastrointestinais, os vermes 
mais comuns são Heamonchus contortus, Trichostrongylus axei, Cooperia curticei, Neoascaris 
vitulorum, Strongyloides papilosus e Oesaphagostomum radiatum, tendo sua predileção local, 
alguns pelo abomaso, intestino grosso e intestino delgado. Causadas por problemas sanitários, 
podendo ser controlado com eficiência e sem alto custo, os bezerros bubalinos lactantes devem 
receber o medicamento via oral quatro vezes até a desmama (7 meses), após a desmama deve 
ser feito o anti-helmintico via sub cutânea 3 vezes ao ano. A vermifugação em animais mais 
jovens é de extrema importância por conta da absorção dos alimentos na luz do estômago e 
intestino, ingerindo sangue da mucosa intestinal, produzindo toxinas, obstruindo o intestino e 
facilitanto a entrada de agentes patógenos. Na época de chuva os efeitos tendem a ser mínimo, 
já no período seco há sérios prejuízos, o melhor vermífugo é o de largo espectro, atualmente 
aconselha-se o uso de produtos à base de “Ivermectina”, de uso injetável. 
 
Carrapaticida 
Apesar dos raros relatos no Brasil,, foram identificados as especies Rhipicephalus microplus, 
Dermacentornintens e Amblyommacajennense, búfalos são frequentemente parasitados por carrapatos, 
principalmente nos estágios de larvas e ninfas. Os bubalinos são popularmente conhecidos por serem 
resistentes às infestações por carrapatos. As espécies de carrapatos coletadas de búfalos são 
semelhantes às encontradas em bovinos, o que permite a transmissão de doenças, verificou-se em 
estudos que os bovinos apresentaram-se seis vezes mais carrapatos adultos do que os búfalos, 
demonstrando maior adaptabilidade destes ixodídeos aos bovinos, foi observado maior grau de 
infestação por carrapatos durante o período seco do ano. 
 
 
Doenças 
 Febre aftosa 
Os búfalos são susceptíveis a infecção pelo vírus da aftosa, a maioria das lesões se concentram, 
na cavidade oral, porém existem relatos búfalos infectados com acometimento da glândula 
mamária,febre, lesões localizadas no espaço interdigital e na cavidade oral. 
 
 Rinotraqueíte infecciosa 
É causada pelo herpesvírus bovídeo tipo 1 (HVB-1), a sintomatologia da doença pode se 
apresentar nas formas subaguda, aguda e crônica, onde os sintomas evoluem de uma 
hipertermia moderada com rinite e conjuntivite a febre elevada (41 a 42ºC), hipertermia da 
mucosa nasal com focos de necrose associada a corrimento muco-purulento nos olhos e nariz. 
 
 Brucelose 
Causada por bactérias da espécie Brucella abortus, e apresenta como sintomatologia 6 abortos 
no terço final da primeira gestação após a infecção, repetição de cio, queda na fertilidade, 
produtividade, número de bezerros ao longo da vida da fêmea e acelera o descarte precoce de 
animais de alto valor zootécnico. 
 
 Tuberculose 
Os búfalos possuem hábito gregário e gostam de permanecer reunidos em poços ou curso de 
água para obter conforto térmico, o que determina a constante proximidade entre os animais e 
facilita a transmissão da tuberculose entre eles. 
 
 Mastite 
Processo de inflamação das glândulas mamárias, comparado com a vaca, o úbere de a búfala 
possui conformação externa semelhante mas com diferenças anatômicas que conferem maior 
resistência aos processos infecciosos, como observa-se no teto a presença de está presente uma 
maior concentração de pigmentos de melanina. 
 
 Leptospirose 
Nos bubalinos, assim como nos bovinos, o abortamento ocorre como seqüela de infecção 
sistêmica. Durante a fase de leptospiremia, há morte fetal com ou sem degeneração placentária, 
seguida de eliminação fetal algumas semanas após a infecção. Os abortamentos pelo gênero 
Leptospira em bubalinos ocorrem geralmente no terço final da gestação. 
 
 Raiva 
Enfermidade infecciosa causada por um vírus RNA envelopado, pertencente ao gênero 
Lyssavirus , que afeta o sistema nervoso central (SNC) de várias espécies. Em bovídeos, a 
doença é relatada principalmente em bovinos e menos frequentemente em bubalinos. Nessas 
duas espécies, os principais transmissores são morcegos hematófagos, os quais inoculam o 
vírus presente na saliva durante o repasto sanguíneo. 
 
 Botulismo 
Doença causada pela ação da toxina produzida pelo Clostridium botulinumque age no sistema 
nervoso periférico causando paralisia flácida devido à interrupção da transmissão 
neuromuscular. Adiciona-se aos sintomas: o decúbito externa ou lateral, visão dupla, turva, 
além de anorexia, falta de coordenação e ataxia. 
 
 
 
Manejo santinário 
A primeira providência a ser tomada com os bezerros recém-nascidos é o corte do cordão 
umbilical. Esta prática deve ser realizada, com o auxílio de uma tesoura, três centímetros 
abaixo da inserção do cordão. Em seguida, deve-se proceder o tratamento do local com 
medicamentos específicos. Estes animais devem permanecer em bezerreiros, limpos e arejados, 
por quinze dias após o nascimento, com acesso ao leite da mãe, duas vezes ao dia. O 
confinamento dos bezerros facilitará a observação e tratamento imediato de problemas de 
saúde (diarréia, infecção do umbigo, infestação por piolho) que porventura surgirem, após o 
período de permanência no bezerreiro, os recém-nascidos deverão ser transferidos para um 
piquete próximo. Aos 120 dias de vida, todos os animais devem receber a primeira vacinação 
contra a febre aftosa, sempre que ocorrer infestação por piolhos, todo o lote de bezerros deve 
ser submetido a duas pulverizações com inseticida, intercaladas de 18 dias. Após a desmama, 
os búfalos ainda necessitam ser desverminados, para isso, são necessárias três dosificações 
anti-helmínticas durante o ano, no início e final do período chuvoso e no terço final do período 
seco, até os animais completarem dois anos de idade. Da mesma maneira que os bezerros 
lactentes, os animais adultos também devem ser submetidos a pulverizações com inseticidas, 
sempre que ocorrer infestação por piolho. Em casos de ocorrência de raiva e botulismo na 
região, todos os animais desmamados devem ser imediatamente vacinados contra estas 
doenças, respectivamente. Como prevenção, recomenda-se revacinações anuais. Como os 
búfalos são bastante propensos pasteurelose e esta doença é excessivamente prejudicial, é 
recomendável a vacinação de todos os animais, com idade acima de seis meses, com repetição 
anual. Com o objetivo de evitar a entrada de animais doentes no rebanho, os lotes adquiridos 
devem ser submetidos a testes de brucelose e tuberculose. Além disso, antes dos animais 
adquiridos entrarem na propriedade, devem ser vermifugados e permanecer isolados do resto 
do rebanho, por um período mínimo de 20 dias. Para melhor segurança e controle das 
atividades relacionadas com o manejo sanitário dos animais, aconselha-se a elaboração de um 
cronograma anual das práticas a serem efetuadas no rebanho. Este deve ser adaptado de 
acordo com as características e necessidades de cada região. 
 
 
Manejo 
 
 
Recomendações 
 
Vermifugação 
 
 
Entre 10 e 15 dias de vida 
 
Carrapaticida 
 
Início efinal das águas ou quando houver alta 
incidência de ectoparasitas no rebanho 
 
 
 
 
 
Vacinas 
 
Recomendações 
 
 
Febre Aftosa 
 
Maio e novembro todo rebanho, repetição em 
animais até 1 ano agosto ou setembro. 
Rinotraqueíte infecciosa 
Diarréia viral bovina. 
 
Acima de 3meses anualmente 
 
 
Brucelose 
 
 
Fêmeas terceiro e oitavo mês 
 
Leptospirose 
 
Somente acima de 2 meses, os lactantes após 
6 meses e desmamados anual 
 
Raiva 
 
 
Somente animais acima de 4 meses 
anualmente 
 
Botulismo 
 
 
Todo rebanho anual 
 
Tuberculose 
 
 
Não existe vacina 
 
 
Sal mineral e Uréia 
O sal mineralizado é um conjunto de minerais misturados e balanceados para atender às 
exigências nutricionais dos animais. A mineralização é feita via suplemento 
proteico/energético e também é necessária e disponibilizada nos cochos específicos ou ter 
adição de cerca de 2,0% da mistura de concentrado. Podem ocorrer problemas ao animal se a 
composição não for adequada ou se a mistura dos componentes for mal feita, a melhor maneira 
é fornecer a mistura em cochos cobertos distribuídos estrategicamente nos piquetes. A uréia 
pode ser adicionada ao sal mineral para búfalos, sendo acrescentada aos poucos à mistura, 
aumentando sua proporção a cada semana, até atingir de 30% a 40% de uréia na mistura final. 
Caso os animais não consumam adequadamente o sal com uréia, deve-se adicionar algum 
produto palatabilizante, o uso de uréia é arriscado por causa do perigo de intoxicação, é 
remendado consultar um técnico. No período seco, os níveis de uréia devem ser adequados à 
capacidade energética dos alimentos utilizados, pode ser fornecida como alimento suplementar 
em concentração média de 2% da mistura, ou associada aos alimentos fibrosos (1/2% a 1%). 
 
 
 
 
 
Manejo alimentar 
A melhor pastagem é a que está disponível na fazenda. Dependendo do manejo usado na 
propriedade, os animais desmamados devem receber toda a atenção para não terem seu 
desenvolvimento interrompido. O uso de gramíneas consorciadas com leguminosas é 
importante para suprir as necessidades dessa fase dos animais. Independentemente da 
qualidade da pastagem, animais de alto valor e os destinados à reprodução devem ser 
suplementados com ração. A alimentação exerce grande influência na produção, 
melhoramento, sanidade e no rendimento econômico da criação de búfalos. A grande maioria 
de produtores que utiliza búfalo para produção de leite e carne adota o sistema alimentar 
baseado exclusivamente no fornecimento de alimentos volumosos (pastagens nativas ou 
cultivadas e capineiras) que, em alguns casos, possuem limitado valor nutritivo em função de 
fatores ambientais e de manejo, e não fornece suprimento adequado de nutrientes capaz de 
assegurar nível de produção mais elevado que o atual. 
 
Forrageiras 
Para a criação de búfalos, indica-se plantas forrageiras de hábitode crescimento cespitoso, tais 
como Panicum maximum, Pennisetum purpureum, Brachiaria decumbens e Brachiaria 
brizantha, desde que seja em áreas não inundadas. Normalmente, a criação de búfalos ocorre 
em áreas inundadas ou encharcadas por determinado período, nestes tipos de áreas há a 
necessidade de optar por plantas forrageiras adaptadas a estas condições do solo, tais como 
Brachiaria arrecta (capim tannergrass), Brachiaria humidicola (quicuio-da-amazônia), 
Brachiaria mutica (capim-angola, bengo), B. mutica x B. arrecta (capim-tangola), Hemarthria 
altissima (capim-mimoso-de-talo), Panicum repens (gramacastela, capim-furachão) e Setaria 
anceps (Setaria sphacelata) (capim-setária) Os búfalos têm capacidade de converter alimentos 
de baixa qualidade, como os volumosos, em energia necessária à manutenção destes animais. A 
fonte de volumoso para novilhas e tourinhos é realizada, principalmente através do pastejo. A 
cana-de-açúcar é fornecida em menor quantidade, e o sal mineral e o sal proteinado (30% PB) 
são fornecidos à vontade. Para bezerros a fonte de volumoso também pode ser o pasto, porém 
recomenda-se também o fornecimento de concentrado (16% PB). Por outro lado, bezerros com 
menos de dois meses devem ser alimentados apenas com leite e concentrado sem volumoso. 
Atualmente, os búfalos têm sido criados em sistemas extensivos utilizando pastos nativos ou 
cultivados. O desenvolvimento dos búfalos no Brasil depende das condições de manejo da 
pastagem e do pastejo, da raça e das condições do meio. O sistema de produção de búfalos tem 
sido predominantemente a produção de leite a pasto e, nesta situação, há a necessidade de 
suplementação de volumosos, tais como a cana-de-açúcar, capineiras e silagem, podem ser 
manejados em sistema intensivo, estabulado e semi-intensivo com o método de pastejo 
rotacionado. 
 
 
 
 
Plantas Tóxicas 
Pode se citar o consumo de Solanum glaucophyllum, em uma pesquisa, búfalos de um rebanho 
apresentaram emagrecimento progressivo, dorso arqueado, marcha rígida, por vezes com 
dificuldade para se levantar e locomover, permanecendo apoiando sobre os carpos. Outras 
espácies de extrema impotância são as Ipomoea fistulosa (algodão bravo), Lantana camara 
(chumbinho) e Anabidaea bilabiata (chibatas), levando aos bubalinos a sintomalogia como de 
inquietude, não se alimentam, a barriga pode inchar demasiadamente, tomam água 
incontrolavelmente e caem ao ficarem agitados. 
 
 
Creep feeding 
 
Sistema utilizado para aumentar o ganho de peso dos bezerros à desmama através da utilização 
de um cocho privativo, dentro de um cercado, ao qual só o bezerro tem acesso. Trata-se de um 
reforço alimentar com uma ração concentrada balanceada enriquecida com minerais e 
vitaminas, enquanto o bezerro ainda está mamando. Em um sistema de produção de corte, a 
taxa de desmama e a quantidade de kg de bezerro desmamado/búfalo/ano influenciam 
diretamente a eficiência do processo de criação. Quanto mais pesado desmamar este bezerro, 
menor será seu tempo de abate, reduzindo seu custo de permanência na propriedade, ou maior 
será seu valor de venda. 
 
Vantagens 
 
 Aumento da taxa de crescimento do animal durante a fase de cria, antecipando assim a idade 
do abate e a produção de crias mais pesadas e uniformes, além de permitir que o animal 
expresse seu potencial genético; 
 Melhora a eficiência alimentar e economia no ganho de peso das crias; 
 Incrementa o desempenho das crias durante o período de terminação (estimula o 
desenvolvimento pós-natal do rúmen das crias, diminuindo o estresse decorrente da 
desmama, simplificando, dessa forma, a desmama); 
 Eleva a eficiência reprodutiva das matrizes durante a fase de amamentação; - facilita o 
controle de parasitas; 
 Apresenta facilidade de utilização pelo criador. 
 
Cuidados 
 
 Sua utilização pode não ser lucrativa (esse fato poderá ocorrer em função do custo excessivo 
do concentrado ou do baixo desempenho dos animais. Vale ressaltar que, o manejo sanitário 
do rebanho é de extrema importância para a obtenção de respostas positivas relacionadas à 
reprodução em sistemas de produção); 
 
 As crias suplementadas podem apresentar um baixo desempenho no início da utilização do 
creep-feeding quando comparados com as crias em sistemas convencionais (isso pode 
ocorrer pelo fato desses animais apresentarem um ganho compensatório na fase inicial. 
Entretanto, essa desvantagem pode ser compensada pelo menor tempo de uso das crias ao 
creep-feeding, uma vez que, quando desmamados mais cedo, atingem mais cedo a idade ao 
abate); 
 
 Animais submetidos à prática dos creep-feeding, se desmamados e colocados em pastagens, 
apresentam baixos desempenhos, pois demoram a se adaptarem a dietas à base de 
volumosos; 
 
 
 O creep-feeding pode ser associado a distúrbios relacionados à saúde animal, como por 
exemplo, acidose, os quais normalmente estão associados a desequilíbrios relacionados às 
proporções de volumosos e concentrados na dieta; 
 
 Um outro aspecto a ser considerado é o da eficiência do creep-feeding em função da época 
da estação de monta. O sistema apresenta melhores resultados com a monta de outono, 
quando os bezerros serão suplementados justamente durante a estação seca. Com relação à 
monta de primavera/verão (usual), essa prática pode não ser vantajosa economicamente, 
pois as pastagens apresentam boa qualidade e quantidade à época da suplementação. 
 
 
Fatores que ajudam no ganho de peso: 
 Genética 
 Sanidade 
 Tamanho do lote 
 Estrutura de cercas e bebedouros 
 Fazenda 
 Pasto 
 Estrutura do cocho e logística e de distribuição 
 
Aleitamento 
Apesar das melhorias nutricionais e genéticas dos animais, o aleitamento natural dos bezerros 
bubalinos compromete parte da produção leiteira. Para aumentar a quantidade de leite 
destinado à comercialização, produtores de criações intensivas de bubalinos de outros países 
recorrem ao aleitamento artificial dos bezerros bubalinos com leite de vaca integral e 
sucedâneos de leite, sem comprometer significativamente o desenvolvimento ponderal dos 
neonatos. O desmame dos bubalinos podem ser classificadas em tradicional, que acontece 
quando os bufalinhos tem 7 meses de idade e o desmame precoce que ocorre quando eles tem 
cerca de 3 a 3,5 meses de idade, posteriormente recebendo o aleitamento artificial. Curiosidade 
inovadora no mercado com o uso de leite em pó para o crescimento e a engorda dos búfalos. 
Assim que os animais nascem, ficam apenas o primeiro dia com a mãe e já no segundo dia 
inicia-se a alimentação com leite em pó. Um estudo foi feito onde, uma parte dos bezerros 
recebe apenas leite de búfala e concentrado, outro grupo se alimenta apenas com leite em pó e 
um terceiro gruo recebe metade de leite de búfala e metade de leite em pó mais o concentrado. 
Ao final do estudo, será avaliado qual apresenta o melhor resultado. A suplementação é feita 
individualmente na mamadeira. Os resultados estão sendo surpreendentes, os filhotes estão 
crescendo até acima do esperado. Com uma média desses animais atingirem o peso de 80 kg 
com três meses, eles estão conseguindo atingir esse peso com dois meses. Isso significa que eles 
estão atingido os níveis de nutrição necessária. Nos três primeiros meses, o bezerro consome 
em média quatro litros de leite por dia. Se o produtor optar pelo leite em pó garante uma boa 
economia. Isso porque todo o produto que deveria ser destinado ao bezerro vai direto para 
comercialização. Depois deste período, o bezerro segue o ciclo normal. 
Qual a importância do sal mineral para a vida do animal? 
Conjunto de minerais misturados e balanceados que serve para atender às exigências nutricionais dos animais. A ureia pode ser adicionada ao sal mineral para búfalos? 
Sim. Deve ser acrescentada aos poucos à mistura, aumentando sua proporçãoa cada semana, até atingir de 30% a 40% de uréia na mistura final. Quais as zoonose mais comuns nos bubalinos? 
Brucelose, tuberculose, raiva, leptospirose, toxoplasmose e salmonelose. Um rebanho de búfalos pode se alimentar apenas de pastagens sem apresentar problemas nutricionais?
Sim, desde que as pastagens sejam de boa qualidade nutricional e bem manejadas. Bezerros bubalinos precisam de suplementação mineral na fase de aleitamento? 
Em geral, não. Os bezerros recebem todos os nutrientes minerais de que precisam do leite materno

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