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Gestação Instalação da prenhez é precedida por fenômenos complexos biofísico-químicos representados por: - Espermatogênese - Ovogênese - Ciclo mênstruo endometrial - Capacitação - Migração - Nidação ovular Ovogênese: e o que da origem ao gameta feminino, ou ovócito. A ovogênese refere-se a toda sequência de eventos pelas quais as ovogônias transformam-se em óvulos maduros. Esse processo de maturacão começa antes do nascimento, mas só é completada na puberdade. Os ovócitos primários permanecem intactos por vários anos até que a maturidade sexual seja alcançada na puberdade e comecem os ciclos reprodutivos. Captação ovular e Fecundação: deve-se a ejaculação, é depositada cerca de 2 a 6ml de sêmen no fundo do saco vaginal. Por ocasião da ovulação, as fimbrias tubárias se acoplam sobre a superfície ovariana. O óvulo expulso é captado pela trompa. Será encaminhado para o útero através das contrações tubarias e atividade rítmica ciliar. Apesar do imenso número de espermatozóides encontrado no material ejaculado, apenas uma parte deles consegue atingir a trompa, e só poucas centenas alcançam o local de fecundação. Migração e Nidação ovular: a medida que o zigoto passa pela tuba uterina este vai sofrendo divisões celulares (clivagem). O transporte do ovo pela trompa dura em torno de 3-4 dias. O zigoto na forma de blastocisto chega à cavidade endometrial em torno de 6-7 dias após a fecundação. Nos 11-12 dias o blastocisto se apresenta completamente incluído no endométrio. Hormônios elaborados pelo trofoblasto (gonadotrofinas coriônicas) invadem a circulacao materna. Acolhimento Para que a gravidez transcorra com segurança, são necessários cuidados da própria gestante, do parceiro, da família e, especialmente, dos profissionais de saúde. A atenção básica na gravidez inclui a prevenção, a promoção da saúde e o tratamento dos problemas que ocorrem durante o período gestacional e após parto. Cabe à equipe de saúde, ao entrar em contato com uma mulher gestante, na unidade de saúde ou na comunidade, buscar compreender os múltiplos significados da gestação para aquela mulher e sua família. O contexto de cada gestação é determinante para o seu desenvolvimento bem como para a relação que a mulher e a família estabelecerão com a criança desde as primeiras horas após o nascimento. Interfere, também, no processo de amamentação e nos cuidados com a criança e com a mulher. Um contexto favorável fortalece os vínculos familiares, condição básica para o desenvolvimento saudável do ser humano. Assim, a história que cada mulher grávida traz deve ser acolhida integralmente, a partir do relato da gestante e de seus acompanhantes. São também parte desta história os fatos, emoções ou sentimentos percebidos pelos membros da equipe envolvida no pré-natal. Contando sua história, as grávidas esperam partilhar experiências e obter ajuda. Assim, a assistência pré-natal torna-se um momento privilegiado para discutir e esclarecer questões que são únicas para cada mulher e seu parceiro, aparecendo de forma individualizada, até mesmo para quem já teve outros filhos. Temas tabus, como a sexualidade, poderão suscitar dúvidas ou necessidade de esclarecimentos. O diálogo franco, a sensibilidade e a capacidade de percepção de quem acompanha o pré-natal são, condições básicas para que o saber em saúde seja colocado à disposição da mulher e sua família - atores principais da gestação e parto. Uma escuta aberta, sem julgamentos nem preconceitos, que permita à mulher falar de sua intimidade com segurança, fortalece a gestante no seu caminho até o parto e ajuda a construir o conhecimento sobre si mesma, levando a um nascimento tranqüilo e saudável. Escutar uma gestante é algo mobilizador. A presença da grávida remete à condição de poder ou não gerar um filho, sendo-se homem ou mulher. Suscita solidariedade, apreensão. Escutar é um ato de autoconhecimento e reflexão contínua sobre as próprias fantasias, medos, emoções, amores e desamores. Escutar é desprendimento de si. Na escuta, o sujeito se dispõe a conhecer aquilo que talvez esteja muito distante de sua experiência de vida e por isso exige um grande esforço para compreender e ser capaz de oferecer ajuda, ou melhor, trocar experiências. As mulheres estão sendo estimuladas a fazer o pré-natal e estão respondendo a esse chamado. Elas acreditam que terão benefícios quando procuram os serviços de saúde. Depositam confiança e entregam seus corpos aos cuidados de pessoas autorizadas, legalmente, a cuidarem delas. Como abrir mão dos papéis predeterminados socialmente, reaprender a fala popular, aproximar-se de cada sujeito respeitando sua singularidade e não perdendo de vista seu contexto familiar e social? Como ser capaz de corresponder à confiança que as mulheres demonstram ao aderir à assistência pré-natal? As respostas a essas perguntas são da competência de cada pessoa que escolheu trabalhar com a prática geral da saúde ou, especificamente, com gestantes, ou ainda que, por força das circunstâncias, se depara com essa função no seu dia a dia. Um desafio a ser aceito! Diagnóstico da gravidez O diagnóstico da gravidez pode ser feito pelo médico ou pelo enfermeiro(a) da unidade básica, de acordo com: Após confirmação da gravidez em consulta médica ou de enfermagem, dá-se o início do acompanhamento da gestante com seu cadastro no SISPRENATAL, registrando-se os seguintes aspectos: • nome, idade e endereço da gestante; • data da último menstruação (DUM); • idade gestacional; • trimestre da gravidez no momento em que iniciou o pré-natal: − abaixo de 13 semanas - 1° trimestre; − entre 14 e 27 semanas - 2° trimestre; − acima de 28 semanas - 3° trimestre; • avaliação nutricional: utilizando a curva de peso/idade gestacional e/ou medida do perímetro braquial. Nesse momento, a gestante deverá receber as orientações necessárias referentes ao acompanhamento pré-natal - seqüência das consultas médicas e de enfermagem, visitas domiciliares e reuniões educativas. Deverão ser fornecidos: • o cartão da gestante, com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo; • o calendário de vacinas e suas orientações; • a solicitação dos exames de rotina; • as orientações sobre a participação nas atividades educativas - reuniões em grupo e visitas domiciliares. Pré-Natal Roteiro da Primeira Consulta Identificação: − idade; − cor; − naturalidade; − procedência; − endereço atual. Dados sócio-econômicos: − grau de instrução; − profissão/ocupação; − situação conjugal; − número e idade de dependentes (avaliar sobrecarga de trabalho doméstico); − renda familiar per capita; − pessoas da família que participam da força de trabalho; − condições de moradia (tipo, nº de cômodos); − condições de saneamento (água, esgoto, coleta de lixo). Motivos da consulta: - assinalar se foi encaminhada pelo agente comunitário ou se procurou diretamente a unidade; - se existe alguma queixa que a fez procurar a unidade - descrevê-la. Antecedentes familiares (especial atenção para): − hipertensão; − diabetes; − doenças congênitas; − gemelaridade; − câncer de mama; − hanseníase; − tuberculose e outros contatos domiciliares (anotar a doença e o grau de parentesco). Antecedentes pessoais (especial atenção para): − hipertensão arterial; − cardiopatias; − diabetes; − doenças renais crônicas; − anemia; − transfusões de sangue; − doenças neuropsíquicas; − viroses (rubéola e herpes); − cirurgia (tipo e data); − alergias; − hanseníase; − tuberculose. Antecedentes ginecológicos: − ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade); − uso de métodos anticoncepcionais (quais, por quanto tempo e motivo do abandono); − infertilidadee esterilidade (tratamento); − doenças sexualmente transmissíveis (tratamentos realizados, inclusive do parceiro); − cirurgias ginecológicas (idade e motivo); − mamas (alteração e tratamento); − última colpocitologia oncótica (Papanicolaou ou "preventivo", data e resultado). Sexualidade: − início da atividade sexual (idade da primeira relação); − desejo sexual (libido); − orgasmo (prazer); − dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual); − prática sexual nesta gestação ou em gestações anteriores; − número de parceiros. Antecedentes obstétricos: − número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez ectópica, mola hidatiforme); − número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais espontâneos, fórceps, cesáreas - indicações); − número de abortamentos (espontâneos, provocados, complicados por infecções, curetagem pós-abortamento); − número de filhos vivos; − idade na primeira gestação; − intervalo entre as gestações (em meses); − número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou mais de 42 semanas de gestação); − número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500 g) e com mais de 4.000 g; − mortes neonatais precoces - até sete dias de vida (número e motivos dos óbitos); − mortes neonatais tardias - entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos); − natimortos (morte fetal intra-útero e idade gestacional em que ocorreu); − recém-nascidos com icterícia neonatal, transfusão, hipoglicemia neonatal, exsanguinotransfusões; − intercorrência ou complicações em gestações anteriores (especificar); − complicações nos puerpérios (descrever); − histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame); − intervalo entre o final da última gestação e o início da atual. Gestação atual: − data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação - DUM (anotar certeza ou dúvida); − data provável do parto - DPP; − data da percepção dos primeiros movimentos fetais; − sinais e sintomas na gestação em curso; − medicamentos usados na gestação; − a gestação foi ou não desejada; − hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e uso de drogas ilícitas; − ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos potencialmente nocivos, estresse). Exame Físico • Geral: − determinação do peso e avaliação do estado nutricional da gestante; − medida e estatura; − determinagdo da freqüência cardíaca; − medida da temperatura axilar; − medida da pressão arterial; − inspeção da pele e das mucosas; − palpação da tireóide; − ausculta cardiopulmonar; − exame do abdome; − palpação dos gânglios inguinais; − exame dos membros inferiores; − pesquisa de edema (face, tronco, membros). Específico gineco-obstétrico − exame de mamas (orientando também, para o aleitamento materno); − medida da altura uterina; − ausculta dos batimentos cardiofetais (entre a 7ª e a 10ª semana com auxílio do Sonar Doppler, e após a 24ª semana, com Pinard). − identificação da situação e apresentação fetal (3º trimestre); − inspeção dos genitais externos; − exame especular: a) inspeção das paredes vaginais; b) inspeção do conteúdo vaginal; c) inspeção do colo uterino; d) coleta de material para exame colpocitológico (preventivo de câncer), conforme Manual de Prevenção de Câncer Cérvico-uterino e de Mama; − toque vaginal; − outros exames, se necessários; − educação individual (respondendo às dúvidas e inquietações da gestante). Ações Complementares − referência para atendimento odontológico; − referência para vacinação antitetânica, quando a gestante não estiver imunizada; − referência para serviços especializados na mesma unidade ou unidade de maior complexidade, quando indicado; − agendamento de consultas subseqüentes. Fatores de Risco na gravidez 1. Características Individuais e Condições Sócio-demográficas Desfavoráveis. − Idade menor que 17 e maior que 35 anos − Ocupação: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos, estresse. − Situação conjugal insegura − Baixa escolaridade (menos de 5 anos) − Condições ambientais desfavoráveis − Altura menor que 1,45 m − Peso menor que 45 kg e maior que 75 kg − Dependência de drogas lícitas ou ilícitas 2. História Reprodutiva Anterior − Morte perinatal explicada e inexplicada − Recém-nascido com crescimento retardado, pré-termo ou malformado − Abortamento habitual − Esterilidade/infertilidade − Intervado interpartal menor que dois anos ou maior que cinco anos − Nuliparidade e multiparidade − Síndrome hemorrágica ou hipertensiva − Cirurgia uterina anterior 3. Doença Obstétrica na Gravidez Atual − Desvio quanta ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico − Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada − Ganho ponderal inadequado − Pré-eclâmpsia - eclâmpsia − Amniorrexe prematura − Hemorragias da gestação − Isoimunização − Óbito fetal 4. Intercorrências Clínicas − Cardiopatias − Pneumopatias − Nefropatias − Endrocrinopatias − Hemopatias − Hipertensão arterial − Epilepsia − Doenças infecciosas − Doenças auto-imunes − Ginecopatias Exames laboratoriais na assistência pré-natal e condutas. Solicitar na primeira consulta os seguintes exames de rotina: − grupo sanguíneo e fator Rh, quando não realizado anteriormente; − sorologia para sífilis (VDRL); − urina (tipo I); − hemoglobina (Hb); − glicemia de jejum; − colpocitologia oncótica (se necessário); − bacterioscopia do conteúdo vaginal (se necessário) MODIFICAÇÕES MATERNAS Durante a gravidez várias mudanças ocorrem no corpo da mulher. Primeiro Trimestre - O corpo da mulher faz um grande esforço durante o primeiro trimestre, que vai da 1° a 12 ° semanas, para se adaptar ao embrião e a placenta em desenvolvimento; - O rítmico cardíaco aumente e o rítmico respiratório também aumenta a medida que mais oxigênio tem que ser levado ao feto e que mais dióxido de carbono é exalado; - As fibras musculares ficam rapidamente maiores e mais grossas, e o útero em expansao tende a pressionar a bexiga, aumentando a vontade de urinar; - O tamanho e o peso dos seios aumentam rapidamente; - Os seios tornam-se mais sensiveis logo nas primeiras semanas de gravidez; - As aureolas dos seios escurecem, e as glândulas nelas situados, chamadas de tubérculos de Montgomery, aumentam em números e tornam-se mais salientes; - Com o aumento do envio de sangue para os seios, as veias se tornam mais salientes. Segundo Trimestre Vai da 13 ° a 24 ° semana. No inicio desse trimestre, o Otero em expansao ultrapassa a borda da pelve, o que resulta na perda gradual de cintura. - A musculatura do trato intestinal relaxa, provocando diminuicao das secrecoes gastricas; a comida fica mais tempo no estômago; - Há menos evacuação, pois o músculo intestinal está mais relaxado que o habitual; - Os seios podem formigar e ficar doloridos; - A pigmentação da pele tende a aumentar; - Pode aparecer a linha nigra; - O refluxo do esôfago pode provocar azia; - O coração trabalha duas vezes mais do o que de uma mulher não grávida. Terceiro Trimestre A partir da 25° semana, o feto em crescimento pressiona o diafragma, por isso a gestante respira mais rápido e profundamente. - A medida que o feto cresce o abdome aumenta de tamanho, empurrando as costelas para fora; - Os ligamentos da pelve e dos quadris ficam distendidos, podendo causar desconforto ao caminhar; - Mãos e pés edemaciados; - Podem ocorrer dores nas costas, devido a mudança do centro de gravidade do corpo. - Os mamilos podem secretar colostro; - Aumenta a frequência e a vontade de urinar; - Aumenta a necessidade de repousar e dormir. NUTRIÇÃO E ORIENTAÇÕES BÁSICAS NA GRAVIDEZCOM A ALIMENTAÇÃO A gestante deve procurar ter uma alimentação saudável e diversificada, predominantemente de origem vegetal, rica em alimentos naturais e com o menor processamento industrial possível. Isso é importante para sua saúde e bem-estar e para a formação e o crescimento adequado do bebê. Muitas vezes, a gestante necessita receber uma prescrição de polivitamínicos e suplementos de ferro para complementar uma dieta bem balanceada e reduzir a possibilidade de surgimento de anemia. O ganho ponderal de peso deverá ficar entre 8 a 12 kg. Este peso equivalerá, no final da gestação, a um feto de 3,5kg, 700g de placenta, 1kg de útero e 1L de líquido amniótico. - Preferir aumentar o numero de refeições, passando a realizar de cinco a seis refeições diárias e evitando períodos prolongados de jejum; - Fazer refeições de menor volume, para evitar indisposições e empachamento; - A dieta deve diariamente conter nas principais refeições (café da manhã, almoço e jantar uma fonte protéica (carne vermelha, frango, peixes, ovos, leite e derivados), para suprir as necessidades da proteína, vitaminas do complexo B e ferro; - O leite e derivados torna-se alimentos essenciais para suprir as necessidades de cálcio da mãe e do feto; - Basicamente a dieta deve ser rica em frutas e legumes amarelo, laranjados (alimentos ricos em vitamina A e C) e verduras verde-escuras (rico em ferro, cálcio, ácido fólico e vitamina A). - Evitar bebidas alcoólicas e consumir moderadamente bebidas que contenha cafeína (cafe, chá preto, refrigerantes a base de cola). Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação. Procure consumir uma grande variedade de alimentos in natura e minimamente processados, além de ingerir água, para suprir a necessidade de nutrientes fundamentais nesse evento da vida. Faça uso de alimentos obtidos diretamente de plantas ou animais, como feijões, cereais, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, carnes e ovos, para tornar sua alimentação mais saudável e saborosa. O consumo, ao longo do dia, de pequenos lanches baseados em alimentos in natura e minimamente processados pode evitar fraquezas e desmaios comuns nessa fase. Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias. O consumo excessivo de açúcar aumenta o risco de doenças do coração, diabetes, obesidade e outras doenças crônicas, enquanto o sal e as gorduras em excesso contribuem para o desenvolvimento de pressão alta e obesidade, respectivamente. Limite o consumo de alimentos processados. São aqueles que recebem sal, açúcar ou óleo para durar mais tempo, como conservas de legumes, compota de frutas, carne seca e toucinho, sardinha e atum enlatados, queijos e pães feitos de farinha de trigo refinada (branca). Deve se evitar o consumo de alimentos ultraprocessados. São reconhecidos pela lista de ingredientes. Se nesta lista existirem substâncias que não são usadas em casa, provavelmente é um alimento ultraprocessado. Esses alimentos têm pequenas quantidades de “comida de verdade”. Eles contêm, entre seus ingredientes, aditivos químicos (gordura vegetal hidrogenada, xaropes, emulsificantes, espessantes, aromatizantes, corantes), que são nutricionalmente desbalanceados e aumentam o risco de obesidade, doenças do coração, diabetes e câncer. São eles: biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, cereais açucarados, bolos e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos instantâneos, molhos, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes (inclusive os chamados diet ou light), sucos industrializados ou néctares, iogurtes e bebidas lácteas adoçados e aromatizados, produtos congelados e prontos para aquecimento, nuggets, salsichas e outros embutidos e pães que contêm gordura vegetal hidrogenada, açúcar, amido, soro de leite e aditivos. Coma com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com companhia. Entre as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar), faça pequenos lanches, evitando “beliscar” nos intervalos. Coma devagar, desfrutando da sua refeição. Compartilhe esse momento prazeroso com familiares e/ou amigos. Faça compras em locais que ofertem variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Procure fazer compras de alimentos em mercados, feiras livres e feiras de produtores e outros locais que comercializam variedades de alimentos in natura ou minimamente processados. Prefira legumes,verduras e frutas da estação e cultivados localmente. Sempre que possível, adquira alimentos orgânicos e de base agroecológica, de preferência diretamente dos produtores. Desenvolva, exercite e partilhe suas habilidades culinárias. Converse com pessoas que tenham o hábito de cozinhar, troque receitas, leia livros e consulte a internet para aprender coisas novas. Planeje o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que ela merece. Procure planejar suas compras de acordo com o que pretende cozinhar durante a semana e divida com os membros de sua família a responsabilidade por todas as atividades domésticas relacionadas ao preparo de refeições. Dê preferência, quando fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora. Como restaurantes de comida a quilo, cozinhas comunitárias e restaurantes populares. Você gasta menos e pode comer uma maior variedade de alimentos. Evite redes de fast- food. Seja crítica quanto a informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em propagandas comerciais. Avalie bem o que você lê, vê e ouve e estimule outras pessoas a fazerem o mesmo. TRABALHO DE PARTO E O PARTO Define-se como parto normal o parto de início espontâneo, de baixo risco no início do tratamento de parto, permanecendo assim durante todo o processo, até o nascimento. VERDADEIRO TP FALSO TP - Contrações regulares, tornando-se próximas. - Contrações irregulares - A força de contração torna- se mais intensa, pressão vaginal. - Força de contração freqüentemente fraca, não se torna mais forte. - A dor inicia-se no dorso e se irradia para a parte da frente do abdome. - A dor geralmente é sentida na frente do abdome - As contrações continuam independente da mudança de posição. - As contrações podem parar ou desacelerar, ao caminhar ou adotar mudança de decúbito. Sinais indicativos de parto - Apagamento e dilatação do colo uterino: sao modificações que ocorrem na parede do colo uterino. Aumento da abertura do canal cervical até 10cm, permitindo a expulsão. - Ruptura das membranas (bolsa amniótica): e o extravasamento de líquido amniótico. Após a ruptura do saco amniótico, a barreira contra infecção desaparece e é possivel uma infeção ascendente. - Eliminação do tampão mucoso: durante a gestação se forma um tampão no colo uterino, funcionando como barreira. A insinuação força o colo uterino e elimina o tampão. - Contrações uterinas: ocorre quando as células do músculo uterino são estimuladas a contração devido a causas hormonais no fim da gestação, é responsável pelo apagamento e dilatação do colo. As contrações uterinas são involuntárias e, portanto não podem ser controladas pela gestante, independente de as contrações serem espontâneas ou induzidas. São rítmicas e intermitentes, corn período de relaxamento entre alas. A contração faz compressão, diminui o fluxo sanguíneo e de oxigênio para o feto-diminuição do BCF. Fases do parto As fases do trabalho de parto são: - Dilatação: período em que as contrações progridem e aos poucos aumentam de intensidade, o intervalo e a duração, provocando a dilatação do colo uterino. A cabeça do feto vai gradualmente descendo no canal pélvico e rodando lentamente. Para possibilitar a passagem do crânio do feto faz-se necessária uma dilatação de 10 cm. - Expulsão:inicia-se com a completa dilatação do colo uterino e termina com o nascimento do RN. A equipe de enfermagem deve orientar que a parturiente faça respiração correta e repousar nos intervalos para conservar energia. - Dequitação: inicia-se após a expulsão do feto e termina com a saída da placenta. Deve ser espontânea, sem compressão uterina. A placenta deve ser examinada com relação a sua integridade, verificação de vasos sanguíneos (2 artérias e 1 veia). - Greemberg: corresponde às primeiras duas horas após o parto, fase que ocorre loquiação e se avalia a involução uterina. É considerado urn período perigoso, devido a risco de hemorragia. Assistência de Enfermagem O atendimento da parturiente na sala de admissão de uma maternidade deve ter como preocupação principal uma recepção acolhedora a mulher e sua família, informando-os da dinâmica da assistência na maternidade e os cuidados pertinentes a esse momento. No 1º periodo dilatação: O trabalho de parto começa quando as contrações da mãe se tornam regulares, com intervalo de 5 minutos entre uma e outra e persistentes durante pelo menos uma hora, podendo chegar a 18 horas. No início da dilatação, esse processo ocorre de forma mais lenta, demorando de seis a oito horas, em média, para chegar a quatro ou cinco centímetros. Depois, no período mais ativo, o colo do útero dilata cerca de um centímetro por hora até que ele atinja a dilatação total de 10 centímetros. É geralmente no final dessa fase que a bolsa se rompe, porém, em algumas mulheres, a bolsa pode se romper antes mesmo do trabalho de parto começar. Assistência de Enfermagem no 1º período: - Verificar SSVV: - Incentivar a deambulação; - Posicionar a paciente para exames; - Administrar soro e medicações prescritas; - Promover privacidade e conforto a parturiente; - Controlar dinâmica uterina e BCF; - Manter higiene; - Dar apoio psicológico a parturiente, orientando quanto a respiração; - Levar a paciente para sala de parto. No 2º período expulsivo: As contrações se tornam mais intensas e o canal do colo do útero já está totalmente dilatado. Assim, o bebê começa a encaixar para nascer. Nesse momento, surge uma vontade irresistível de fazer força e é importante fazer força na mesma hora que as contrações vierem. Quando a cabeça do bebê estiver próxima da vagina, a mãe sentirá um ardor e o médico poderá pedir para que ela diminua a força. Dessa forma, o bebê nasce mais lentamente e, assim, diminui o risco de lesões no períneo. Assistência de Enfermagem no 2º período: - Posicionar a parturiente na mesa cirúrgica (Litotomia); - Auxiliar o profissional vestir o capote; - Deixar o material preparado; - Fazer as pulseiras de identificação; - Verificar SSVV; - Orientar a paciente sobre o momento certo de fazer a força. No 3º período dequitação: O bebê já nasceu, as contrações continuam, mas com bem menos intensidade para que a placenta seja expelida. Esse momento dura de cinco a dez minutos. Assistência de Enfermagem no 3º período: - Realizar limpeza da paciente; - Tirar a paciente da mesa cirúrgica; - Avaliar involução uterina e loquiação; - Encaminhá-la para enfermaria. No 4º período Greenberg: Essa última fase é definida como a primeira hora após a saída da placenta. Trata-se de um momento de observação da mãe pela equipe médica com o objetivo de evitar hemorragias. Depois desse período, o útero já está bem contraído. Algumas mães podem se sentir nas “nuvens”, pois o organismo libera ocitocina, conhecido como “o hormônio do amor” e responsável por influenciar no vínculo entre a mãe e o bebê. Assistência de Enfermagem no 4º período: - Verificar rigorosamente SSW; - Avaliar loquiação e involução uterina; - Administrar medicação prescrita; - Manter a higiene da paciente; - Incentivar o aleitamento materno e alojamento conjunto; - Promover ambiente tranquilo. PARTO CESARIANO O parto cesariano e um procedimento cirúrgico, invasivo. É a retirada do feto via abdominal. A escolha para a realização desta via de parto deve ser baseada nas condições clinicas tais como: - Desproporção cefalopélvica; - Sofrimento fetal; - Placenta previa; Descolamento prematuro da placenta (quando não em período expulsivo); - Prolapso de cordão umbilical; - Cesáreas anteriores: - Eclampsia; - Síndrome de HELLP; - Morte súbita materna Assistência de Enfermagem Cesárea A parturiente deve receber cuidados pré-operatórios de cirurgia: tricotomia em região pubiana, sondagem vesical de demora, controle dos SSVV, retirada de próteses, joias, acesso venoso periférica de grosso calibre. No centro-obstétrico a equipe de enfermagem deve posicionar a paciente para anestesia, auxiliar o médico anestesista e em seguida posiciona-la para o procedimento cirúrgico na mesa, instalar monitores e realizar o controle de SSVV. No decorrer do procedimento a equipe desenvolve ações de circulante na sala. Auxilia o médico pediatra nos cuidados do RN após seu nascimento. Depois do termino da cirurgia realiza o curativo oclusivo em incisão cirúrgica e organiza a sala. No pós- operatório a equipe de enfermagem realiza os cuidados de enfermagem como os de parto normal, se atentando ao controle rigoroso de diurese, ao período de jejum prescrito pelo médico. Puerpério - Estado de alteração emocional essencial, provisório, em que existe maior vulnerabilidade psíquica, tal como no bebê, e que, por certo grau de identificação, permite às mães ligarem-se intensamente ao recém-nascido, adaptando-se ao contato com ele e atendendo às suas necessidades básicas. A puérpera adolescente é mais vulnerável ainda, portanto necessita de atenção especial nessa etapa; - A relação inicial entre mãe e bebê é, ainda, pouco estruturada, com o predomínio de uma comunicação não-verbal e, por isso, intensamente emocional e mobilizadora; - A chegada do bebê desperta muitas ansiedades, e os sintomas depressivos são comuns; - O bebê deixa de ser idealizado e passa a ser vivenciado como um ser real e diferente da mãe; - As necessidades próprias da mulher são postergadas em função das necessidades do bebê; - A mulher continua a precisar de amparo e proteção, assim como ao longo da gravidez; As alterações emocionais no puerpério manifestam-se basicamente das seguintes formas: – Materno ou baby blues: mais frequente, acometendo de 50 a 70% das puérperas. É definido como estado depressivo mais brando, transitório, que aparece em geral no terceiro dia do pós-parto e tem duração aproximada de duas semanas. Caracteriza-se por fragilidade, hiperemotividade, alterações do humor, falta de confiança em si própria, sentimentos de incapacidade; – depressão: menos frequente, manifestando-se em 10 a 15% das puérperas, e os sintomas associados incluem perturbação do apetite, do sono, decréscimo de energia, sentimento de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida, sentimento de inadequação e rejeição ao bebê; – lutos vividos na transição entre a gravidez e a maternidade; – perda do corpo gravídico e não retorno imediato do corpo original; – separação entre mãe e bebê. Amamentação: – medo de ficar eternamente ligada ao bebê; – preocupação com a estética das mamas; – “e se não conseguir atender às suas necessidades?”; – “o meu leite será bom e suficiente?”; – dificuldades iniciais sentidas como incapacitação. Puerpério do companheiro: ele pode se sentir participante ativo ou completamente excluído. A ajuda mútua e a compreensão desses estados podem ser fonte de reintegração e reorganização para o casal; - Se o casal já tem outros filhos: é bem possível que apareça o ciúme, a sensação de traição e o medo do abandono, que se traduz em comportamentos agressivos por parte das outras crianças. Há a necessidadede rearranjos na relação familiar; - No campo da sexualidade, as alterações são significativas, pois há necessidade de reorganização e redirecionamento do desejo sexual, levando-se em conta as exigências do bebê, as mudanças físicas decorrentes do parto e da amamentação. É importante que o profissional: - Esteja atento a sintomas que se configurem como mais desestruturantes e que fujam da adaptação “normal” característica do puerpério; - Leve em conta a importância do acompanhamento no pós-parto imediato e no puerpério, prestando o apoio necessário à mulher no seu processo de reorganização psíquica quanto ao vínculo com o seu bebê, nas mudanças corporais e na retomada do planejamento familiar. O período pós-parto, também conhecido como puerpério, geralmente começa logo após o parto, a medida que o corpo da mulher volta ao estado pré-gravidez, e estende-se até tais mudanças se completarem, geralmente até seis semanas após o parto. Durante a gravidez, todos os sistemas de órgãos passam por mudanças a fim de atender as necessidades do feto em desenvolvimento. Após o nascimento, o corpo da mulher, uma vez mais, passa por mudanças significativas em todos os sistemas de órgãos para que possa voltar ao estado de pré-gravidez. • Útero: volta ao seu tamanho normal graças a um processo gradual de involução. Durante os primeiros dias após o nascimento, o útero tipicamente desce do nível do umbigo cerca de 1cm por dia. Ao final de 10 dias, o fundo do útero geralmente não pode ser palpado porque já se encontra na pelve verdadeira. A puérpera ainda sente dores em baixo ventre, tipo contrações, principalmente ao amamentar o RN, devido a involução uterina. • Lóquios: refere-se à secreção vaginal que ocorre após o nascimento do feto. É resultado da involução, durante a qual a camada superficial do útero sofre necrose e descama. Mulheres submetidas a cesariana tendem a ter menor fluxo porque os resíduos uterinos são removidos manualmente junto com a placenta. Os lóquios passam por três fases: 1. Rubros: de coloração vermelho bem forte, e uma mistura de muco, resquícios de tecidos e sangue, que ocorre nos 3 ou 4 dias após o nascimento; 2. Serosos: sua cor varia de rosa a marrom, contem basicamente leucócitos, tecidos, hemácias e liquido seroso. São expelidos do 3° ao 10° dia pós-parto. 3. Brancos: a secreção tem coloração branco-cremosa ou castanho-claro, e consiste em leucócitos, tecido e pouco liquido. Ocorre entre os dias 10 e 14, mas pode durar de 3 a 6 semanas após o parto em algumas mulheres e ainda ser considerado normal. • Vagina: logo após o parto, a mucosa vaginal este edematosa e fina, com poucas rugas, conforme as funções ovarianas retornam e a produção de estrogênio recomeça, a mucosa se espessa e as rugas reaparecem em aproximadamente 3 semanas. A abertura vaginal mostra-se aumentada e, em geral os tônus das paredes vaginais diminui. A vagina retorna ao seu tamanho aproximado da pré-gravidez em 6 a 8 semanas após o parto, mas permanecera sempre um pouco maior do que era antes da gravidez. • Sistema cardiovascular: durante a gravidez o coração se desloca levemente para cima e para a esquerda, esse quadro e revertido conforme o útero involui. A volemia que aumentou durante a gravidez, cai rapidamente após o parto e volta ao normal depois de 4 semanas. • Sistema urinário: muitas mulheres têm dificuldade em sentir a sensação de urinar, após dar à luz, caso tenham recebido anestesia local ou se receberam ocitocina para indução do parto. Essas mulheres correrão o risco de ter esvaziamento incompleto, distensão da bexiga, dificuldade para urinar e retenção urinaria. • Sistema gastrintestinal: rapidamente retorna ao normal porque o útero gravídico não ocupa mais a cavidade abdominal sem comprime os órgãos abdominais. • Sistema respiratório: a frequência respiratória geralmente permanece dentro da variação normal do adulto, pois, conforme os órgãos abdominais retornam as suas posições anteriores a gravidez, o diafragma volta sua posição normal. Cuidados pós-parto Após nove meses de profundas mudanças no corpo da gestante, um dia chega o grande momento: o nascimento do bebê. Todos sabem que a gravidez não é doença e que o parto em algum momento vai acontecer, porém não podemos esquecer que alguns cuidados devem ser tomados após esta ocasião tão especial. O período logo após o parto é chamado de puerpério, e é o momento onde ocorrem intensas modificações físicas, hormonais e psicológicas em um curto período de tempo. Todos os órgãos se recuperam das alterações ocorridas ao longo da gravidez, com exceção das mamas, que começarão a produzir o leite. Após um período de 24 a 48 horas, em média, as mulheres e seus bebês recebem alta da maternidade, portanto devem tirar todas as dúvidas com seu médico e equipe multiprofissional ainda durante sua permanência no hospital, para que possam ir para suas casas confiantes e seguras. Independente se o parto foi normal ou cesárea, as puérperas necessitam manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em proteínas (carnes magras, peixes, leite, queijo, ovos e leguminosas como a soja e o feijão). Por outro lado, é recomendável retirar o excesso de açúcar, sal, gordura animal e frituras. O ideal é que se beba muito líquido, matéria prima para produção do leite, dando preferência para suco de frutas, leite e água, evitando sempre o consumo de bebidas alcoólicas. Não fumar ou utilizar drogas ilícitas, principalmente se estiver amamentando, é outro fator de suma importância. A mamãe deve usar roupas confortáveis e aconselha-se o uso de sutiã, adequado, proporcionando maior sustentação das mamas, prevenindo flacidez, além de impedir que o “leite empedre”. O uso de cintas não é obrigatório, embora exista o mito de que elas são necessárias. A mulher no pós-parto deve redobrar a atenção, tomando banhos diários inclusive lavando os cabelos e trocando o absorvente toda vez que for necessário. O uso de absorventes internos é permitido após a cicatrização da episiotomia (nome dado ao corte feito na região genital para ampliar a passagem do bebê). Tanto a cicatriz de episiotomia quanto a da cesárea devem ser higienizadas com água e sabonete pelo menos uma a duas vezes por dia. As dores abdominais decorrentes da cesárea e as causadas pela episiotomia desaparecem gradativamente e são controladas com simples analgésicos prescritos no momento da alta hospitalar. Dores mais fortes acompanhadas de vermelhidão e inchaço no local da cicatriz devem ser comunicadas imediatamente ao médico obstetra. As relações sexuais podem ser iniciadas, se for de desejo da mulher, após a completa cicatrização das feridas cirúrgicas. Nesta fase o epitélio vaginal está mais fino e a lubrificação vaginal prejudicada, portanto as relações sexuais devem ser mais cuidadosas para que não haja grande desconforto. É importante discutir com o marido ou companheiro a forma mais conveniente para que o casal possa retomar as relações de forma prazerosa para ambos. Dieta No geral, as novas mamães precisam de 1800 a 2200 calorias diariamente. Se você amamenta, precisará adicionar aproximadamente mais 500 na conta. E se você está abaixo do peso, pratica exercícios físicos, ou teve gêmeos, esse número pode ser ainda maior. Em todas as refeições, capriche nas frutas, nos vegetais e nos grãos integrais (como quinoa, aveia e linhaça). Além disso, tente evitar o consumo de alimentos industrializados e processados com altos teores de sódio, gordura saturada e açúcar. Priorize ingredientes ricos em: - Proteína: feijão, carnes magras, ovos e cogumelos, por exemplo, contêm proteínas, que ajudam na recuperação do corpo após o nascimento. Procure comer cinco porções por dia, ou sete se estiver amamentando; - Cálcio: você precisará de mil miligramas do mineral por dia. Issoequivale a três porções de produtos derivados do leite (pobres em gorduras); - Ferro: o nutriente ajuda na produção de células sanguíneas, o que é importante para a reconstituição do volume sanguíneo depois do parto. A carne vermelha e as aves são ricas em ferro — tofu e feijão também. O ideal é cerca de 9mg diariamente. Quando você amamenta, as substâncias que ingere passam para o bebê através do leite. Portanto, cuidado com: - Álcool: a ciência ainda não decidiu se as lactantes podem ou não consumir bebidas alcoólicas — muito menos se existe uma quantidade segura ou quantas horas após um drink você pode alimentar seu filho. Desse modo, o mais seguro é evitar esse tipo de líquido (ou perguntar para o médico o que ele acha); - Cafeína: mais de três xícaras por dia pode perturbar o sono e o humor do seu bebê; - Alguns peixes: cação, peixe-espada e cavalinha têm altas concentrações de mercúrio, uma toxina que é prejudicial à crianças. O atum também pode conter a substância. O ideal, então, é comer até 170g desses alimentos por semana. PESO CORPORAL Imediatamente após o parto, pela saída do recém-nascido (mais ou menos 3,5 kg), da placenta (mais ou menos 0,5 kg), do liquido amniótico e de sangue (mais ou menos 1 https://vitat.com.br/exercicios-fisicos-em-casa/ https://vitat.com.br/beneficios-dos-graos-integrais/ https://vitat.com.br/beneficios-dos-graos-integrais/ https://vitat.com.br/quinoa/ https://vitat.com.br/alimentacao/busca-de-alimentos/busca?q=Aveia https://vitat.com.br/acucar-2/ https://vitat.com.br/alimentacao/busca-de-alimentos/busca?q=Feij%c3%a3o https://vitat.com.br/alimentacao/busca-de-alimentos/busca?q=ovo https://vitat.com.br/cogumelos/ https://vitat.com.br/lesoes-musculares/ https://vitat.com.br/alimentacao/busca-de-alimentos/busca?q=Leite https://vitat.com.br/carne-vermelha/ https://vitat.com.br/bebidas-alcoolicas-menos-carboidrato/ https://vitat.com.br/bebidas-alcoolicas-menos-carboidrato/ https://vitat.com.br/bebe-nao-dorme/ https://vitat.com.br/alimentacao-na-gravidez/ kg), ocorre uma diminuição em torno de 4,5 a 5,0 kg. Outros 1,5 a 2,0 kg adicionais serão perdidos nos próximos 10 dias pela eliminação do liquido retido no organismo ao longo da gravidez. HIGIENE Quando se sentir segura de que pode permanecer em pé sem se sentir mal, poderá tomar banho, lavando inclusive os cabelos. Os banhos diários são normais. Não são necessários cuidados especiais para as mamas das mulheres que amamentam. Importante o uso de absorvente genital pós-parto, e eles devem ser trocados com frequência. Absorventes internos podem ser utilizados assim que a região genital cicatrizar, ao redor de 2 semanas após o parto normal, ou 3 semanas após o parto com episiotomia. VESTUÁRIO O uso diário de um sutiã, proporcionando maior sustentação das mamas, diminui o estiramento dos ligamentos suspensores e da pele, prevenindo futura flacidez. O uso das cintas é opcional, mas não apresenta contraindicações, devendo apenas ser evitado o desconforto pelo uso excessivamente apertado. HÁBITOS Não fume ou utilize drogas ilícitas, principalmente se estiver amamentando. Procure organizar uma rotina, dividindo tarefas que não dependam essencialmente de sua presença, para poder se dedicar mais ao recém-nascido. ALOJAMENTO CONJUNTO Atualmente, na maioria dos hospitais, o bebê permanece todo o tempo possível no mesmo quarto junto com a mãe e sob seus cuidados. DORES Após o parto, o útero continua a se contrair. Isso é necessário para evitar o sangramento excessivo. Na maioria das vezes, estas contrações são indolores, mas algumas mulheres as percebem como cólicas, que podem ser intensas principalmente durante a amamentação. As dores abdominais originadas da operação cesariana ou as dores da episiotomia devem diminuir dia a dia, sendo perfeitamente controláveis pela utilização de analgésicos recomendados pelo obstetra, quando necessários. MEDICAMENTOS Somente podem ser utilizados medicamentos receitados pelo obstetra. Mulheres que amamentam devem ter cuidados redobrados, pois vários remédios passam para o leite e podem prejudicar o bebe. LÓQUIOS Assim e chamada a secreção genital que ocorre após o parto. Nos primeiros dias é sanguinolenta, após 10 dias torna-se amarelada, diminui a quantidade e desaparece entre 6 a 8 semanas. Não deve ter cheiro desagradável. INVOLUCÃO UTERINA Após o parto, o útero pode ser facilmente palpável e seu fundo alcança a cicatriz umbilical. Regride progressivamente deixando de ser palpável no abdômen em torno de 2 semanas após o parto. EPISIOTOMIA E o nome dado ao corte realizado na região genital com o objetivo de ampliar a passagem para o bebe. E costurado imediatamente após o parto com pontos que caem espontaneamente. Geralmente, não são necessários curativos locais ou outros cuidados além da higiene. Logo após o parto pode ser colocada uma bolsa de gelo no local para aliviar o desconforto. FUNCÃO URINÁRIA A primeira micção pós-parto deve ocorrer espontaneamente em até 8 horas. As micções não devem ser dolorosas e nos primeiros dias o volume é maior devido a eliminação da água retida pelo organismo durante a gravidez. FUNCÃO INTESTINAL Nos primeiros dias pós-parto pode existir uma tendência a persistir a constipação intestinal que ocorre na gravidez. A evacuação também fica prejudicada pelo receio de dor na região anal, por isso a primeira evacuação após o parto pode demorar alguns dias, principalmente se foi realizada a lavagem intestinal antes do parto. Eventualmente remédios laxativos podem ser receitados. Na região anal, podem aparecer ou se agravarem as hemorroidas, necessitando de cuidados específicos. AMAMENTAÇÃO RN Existem provas de que as mães orientadas da maneira correta nos serviços de saúde pública e nos hospitais amamentam melhor e durante mais tempo. Embora seja um ato natural, o aleitamento materno nem sempre é fácil de ser praticado hoje em dia. As mães precisam de apoio emocional e de informações corretas para terem sucesso na amamentação. VANTAGENS PARA O BEBÊ A amamentação supre todas as necessidades dos primeiros meses de vida, para o bebê crescer e se desenvolver sadio O leite materno é alimento completo porque: - Contém vitaminas, minerais, gorduras, açúcares, proteínas, todos apropriados para o organismo do bebê; - Possui muitas substâncias nutritivas e de defesa, que não se encontram no leite de vaca e em nenhum outro leite; - O leite da mãe é adequado, completo, equilibrado e suficiente para o seu filho. Ele é um alimento ideal. Não existe leite fraco; - É feito especialmente para o estômago da criança, portanto de mais fácil digestão. O LEITE MATERNO DÁ PROTEÇÃO CONTRA DOENÇAS PORQUE: - Só ele tem substâncias que protegem o bebê contra doenças como: diarréia (que pode causar desidratação, desnutrição e morte), pneumonias, infecção de ouvido, alergias e muitas outras doenças; - O bebê que mama no peito poderá evacuar toda vez que mamar, ou passar até uma semana sem evacuar. O cocô geralmente é mole. O leite materno é limpo e pronto: - Não apanha sujeira como a mamadeira; - Está pronto a qualquer hora, na temperatura certa para o bebê; - Não precisa ser comprado. Dar de mamar é um ato de amor e carinho: - Faz o bebê sentir-se querido, seguro. - Dar de mamar ajuda na prevenção de defeitos na oclusão (fechamento) dos dentes, diminui a incidência de cáries e problemas na fala. - Bebês que mamam no peito apresentam melhor crescimento e desenvolvimento. Trabalhos científicos identificam que essas crianças são mais inteligentes. } - Ele é o alimento ideal, não sendo necessário oferecer água, chá e nenhum outro alimento até os seis meses de idade. VANTAGENS PARA A MÃE, O PAI E A FAMÍLIA Aumenta os laços afetivos. - Os olhos nos olhos e o contato contínuo entre mãe e filho fortalecem os laços afetivos,e o envolvimento do pai e familiares favorece o prolongamento da amamentação. - Amamentar logo que o bebê nasce diminui o sangramento da mãe após o parto e faz o útero voltar mais rápido ao tamanho normal, e a diminuição do sangramento previne a anemia materna. Quando o bebê suga adequadamente, a mãe produz dois tipos de substância: - Prolactina, que faz os peitos produzirem o leite, e ocitocina, que libera o leite e faz o útero se contrair, diminuindo o sangramento. Portanto, o bebê deve ser colocado no peito logo após o nascimento, ainda na sala de parto. É um método natural de planejamento familiar. - A amamentação constitui um ótimo meio de evitar uma nova gravidez. Isto se consegue quando 3 condições ocorrem: a mãe ainda não menstruou após o parto, o bebê tem menos de 6 meses e a amamentação é exclusiva durante o dia e também durante a noite. - Até o sexto mês, dar somente o peito. O bebê deve mamar sempre que quiser, inclusive durante a madrugada. Isto diminui a chance de nova gravidez se a mãe ainda não menstruou. Desta maneira, o seu corpo continua produzindo quantidade suficiente de hormônios que ajudam a evitar filhos. Diminui o risco de câncer de mama e ovários. - Estudos em populações demonstraram que quanto mais a mulher amamenta, menor o risco de câncer de mama e ovários, quanto maior for o tempo de amamentação. É econômico e prático. - Evita gastos com leite, mamadeiras, bicos, materiais de limpeza, gás, água, etc. Está sempre pronto, na temperatura ideal. Não exige preparo. COMO AMAMENTAR: Como colocar o bebê no peito: Ao dar de mamar, a mãe deve estar calma e não apressar o bebê. - Quando o peito estiver muito cheio, antes de amamentar, a mãe deve fazer uma ordenha manual para amaciar a aréola. Com os dedos indicador e polegar, ela deve espremer as regiões acima e abaixo do limite da aréola para retirar algumas gotas de leite e amaciar o bico. - Encostar o bico do peito na boca do bebê, para ele virar a cabeça e pegar o peito (reflexo da busca). Ele sozinho sabe como fazer isto. - Levar o bebê ao peito e não o peito ao bebê. - Segurar o peito com o polegar da mãe acima da aréola e o indicador e a palma da mão abaixo. Isto facilita a “pega” adequada. - O bebê abocanhando a maior parte da aréola suga mais leite e evita rachaduras. - A mãe deve ouvir o ritmo cadenciado de sucção, deglutição e pausa. COMO SABER QUE A “PEGA” ESTÁ ADEQUADA: - Boca bem aberta; - Lábios virados para fora; - Queixo tocando o peito da mãe; Aréola mais visível na parte superior que na inferior; - Bochecha redonda (“cheia”); - A língua do bebê deve envolver o bico do peito. QUANDO OFERECER O PEITO? - Oferecer o peito logo após o nascimento, ainda na sala de parto, quer seja parto normal ou cesária. Porque estimula a produção e descida do leite. - Oferecer o peito sempre que o bebê quiser, de dia ou de noite, ou seja, sob livre demanda. Porque quanto mais o bebê mamar, mais leite o peito produz. - Oferecer um peito até o bebê soltar e depois oferecer o outro. -Não interromper a mamada, porque é importante dar de mamar até o bebê soltar, para receber o leite do final da mamada, que é mais rico em gorduras. O leite do início “mata” a sede e protege o bebê, o do fi nal “engorda”. - Na próxima mamada, começar com o peito que o bebê sugou por último na mamada anterior, ou no que não mamou. Porque é importante retirar a maior quantidade possível de leite para estimular sua produção. CUIDADOS IMEDIATOS AO RECÉM-NASCIDO Facilitar a adaptação do RN a vida extra uterina; Prevenir e identificar precocemente qualquer anormalidade; Conhecer condições gerais do RN normal e patológico em trabalho de parto. PREPARAÇÃO DO AMBIENTE PARA RECEPÇÃO DO RN Ligar fonte radiante do berço; Preparar aspirador e testar; Preparar sonda de aspiração n°. 6 e 8; Verificar rede de oxigênio; Verificar medicação e materiais de emergência se estão completos; Preparar cueiros e fraldas; Preparar pulseiras de identificação; Calçar luva estéril, retirar um campo estéril do material de parto para recepção do RN. RECEPÇÃO DO RN Posicionar-se ao lado da mãe. Receber o RN com o campo estéril Transportar o RN com segurança até o berço aquecido, colocando-o em posição de Trendelemburg a 20°. Ligar o aspirador numa frequência media; Aspirar a boca, somente nos cantos, em seguida as narinas. Medir a sonda do lóbulo da orelha ao nariz até o apêndice xifóide, introduzir na narina sem forçar. O RN deprimido após a aspiração deve ser oxigenado; Laquear o coto umbilical com clamps ou anéis de látex; Avaliar a vitalidade do RN (Escala Apgar) - FC Esforço respiratório, Tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. Carimbar a impressão plantar direito do RN e o polegar direito da mãe; Colocar pulseira de identificação no punho direito do RN e da mãe; Pesar, medir perímetro cefálico, torácico abdominal e altura; Secar o RN; Clampeamento do coto umbilical; Curativo com álcool 70%; Administrar vitamina K; Argirol 1 gota de em cada olho RN do sexo feminino uma gota via vaginal; Agasalhar RN e leva-lo a mãe para que amamente na primeira meia hora; A mãe devera sair do Centro obstetrico com o RN no colo. RECEM-NASCIDO PÓS-TERMO E o bebe que nasce com idade gestacional igual ou maior do que 42 semanas completas. Algumas vezes outros sinônimos são usados, por exemplo "passando do tempo" ou "pós- maturo". Pós-termo e recomendado no lugar destes outros. NASCIDO VIVO O concepto e considerado nascido vivo quando respira ou mostra qualquer outro sinal de vida, como batimentos cardíacos, pulsação no cordão umbilical ou movimento dos músculos voluntários. ABORTO E a expulsão ou extração de um concepto pesando menos de 500 g. Na ausência de peso de nascimento, a idade gestacional de 20 a 22 semanas completas ou o comprimento de 25 cm (crânio-calcanhar) e considerada equivalente a 500 gramas. NATIMORTO Considera-se natimorto o RN que não mostra nenhum sinal de vida ao nascer. Para comparações internacionais a taxa de natimortalidade e definida como o número de natimortos para um total de 1000 nascimentos (natimortos + nascidos vivos). MORTE NEONATAL PRECOCE E o óbito da criança que nasce viva e morre durante os primeiros sete dias de vida (até 6 dias 23 horas 59 minutos e 59 segundos após o nascimento). O coeficiente de mortalidade neonatal precoce para comparações internacionais e definido como a número de crianças pesando 1000 gramas ou mais, cuja morte ocorreu no decorrer do primeiro até o sétimo dia após o nascimento em relação a 1000 crianças nascidas vivas. MORTE NEONATAL TARDIA A morte da criança que nasce viva e morre entre o 7° e o 28° dia completos de vida. O coeficiente de mortalidade neonatal tardia para comparações internacionais e definido como o número de crianças pesando 1000 gramas ou mais cuja morte ocorreu do 7° até o 28° dia de vida em relação a 1000 crianças nascidas vivas. MORTE PERINATAL A morte perinatal compreende a soma de natimortos e a morte neonatal precoce. A taxa de mortalidade perinatal é a soma de todas as mortes acima descritas em relação a soma de todos os natimortos e nascidos vivos. Em outras palavras, exprime o total de perdas fetais / neonatais em relação a todas as crianças nascidas (natimortos e nascidos vivos).
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