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Art. 195. § 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. ▪ Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei. (Lei 8.742/93) São imunes Temos imprecisão de Terminológica, art. 3 L8742 melhoria de Vida da população Para usufruírem da Imunidade estas entidades devem obter certificação (e suas renovações), observando os seguintes requisitos: Lei 12.101/09 Art. 3º - A certificação ou sua renovação será concedida à entidade beneficente que demonstre, no exercício fiscal anterior ao o requerimento, observado o período mínimo de 12 meses de constituição da entidade, o cumprimento do disposto nas Seções I, II, III e IV deste Capítulo, de acordo com as respectivas Áreas de atuação, e cumpra, cumulativamente, os seguintes requisitos: Direito Tributário Imunidade das Entidades Assistenciais I - seja constituída como pessoa jurídica nos termos do caput do art. 1º; e II - preveja, em seus atos constitutivos, em caso de dissolução ou extinção, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidade sem fins lucrativos congêneres ou a entidades públicas. Parágrafo único. O período mínimo de cumprimento dos requisitos de que trata este artigo poderá ser reduzido se a entidade for prestadora de serviços por meio de contrato, convênio ou instrumento congênere com o Sistema Único de Saúde (SUS) ou com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), em caso de necessidade local atestada pelo gestor do respectivo sistema. Esta certificação recebe o nome de CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social). Destaca-se o fato de que a cada renovação do CEBAS, a entidade deve se sujeitar a eventuais alterações da Lei, não havendo direito adquirido pela Entidade. Súmula STJ 352 A obtenção ou a renovação do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social (Cebas) não exime a entidade do cumprimento dos requisitos legais supervenientes. Cada renovação se sujeita a eventual alteração, RE 428.815 “A jurisprudência desta Corte é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo indeterminado. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os artigos 146, II, e 195, § 7º, da Constituição exigência de revoração periódica . RMS 22191/DF Tratando-se de imunidade - que decorre, em função de sua natureza mesma, do próprio texto constitucional -, revela-se evidente a absoluta impossibilidade jurídica de a autoridade executiva, mediante deliberação de índole administrativa, restringir a eficácia do preceito Conforme previsão legal O entendimento do Supremo Tribunal Federal, no que toca à imunidade de que gozam as entidades beneficentes de assistência social, é no sentido de que: a) entendem-se por serviços assistenciais as atividades continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as necessidades básicas, observem os objetivos, os princípios e as diretrizes estabelecidos em lei.Gabarito B) estabelecimento, como uma das condições de fruição de tal benefício por parte das entidades filantrópicas, da exigência de que possuam o certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS, contraria o regime estabelecido na Constituição Federal. c) a jurisprudência do STF é no sentido de afirmar a existência de direito adquirido ao regime jurídico da imunidade das entidades filantrópicas. Não existe direito adquirido Tributário Prof. Fer d) a exigência de renovação periódica do CEBAS, por parte das entidades filantrópicas, a cada três anos, ofende o disposto na Constituição Federal. e) tratando-se de imunidade – que decorre, em função de sua natureza mesma, do próprio texto constitucional –, revela-se evidente a absoluta impossibilidade jurídica de, mediante deliberação de índole legislativa, restringir a eficácia do preceito. Alternativa A: A definição de serviços assistenciais foi prevista no art. 23 da Lei 8.742/93. A banca copiou e “colou a definição” legal. Item correto. Alternativa B: O CEBAS consiste no reconhecimento pelo Poder Público de que a entidade cumpriu com as condições de constituição e funcionamento, estando apta a receber o benefício constitucional. Não há, portanto, violação das regras constantes na CF/88. Item errado. Alternativa C: Não há direito adquirido ao regime jurídico da imunidade. Nesse sentido, se a entidade desejar renovar o CEBAS, fica obrigada a cumprir os requisitos previstos em legislação superveniente. Item errado. Alternativa D: De acordo com o STF, não há qualquer violação à CF/88 a exigência de renovação periódica do CEBAS. Item errado. Alternativa E: O texto foi retirado das decisões do STF, e a banca alterou “índole administrativa” por “índole legislativa”. Pura malícia do examinador. Contudo, bastava conhecer o conceito dos serviços assistenciais para acertar esta questão. Item errado.
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