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Resumo Ricardo Alexandre - Limitações

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-Limitações constitucionais ao poder de tributar 
Resumo cap.II 
 
 
As garantias como rol não exaustivo 
➢ Art. 150 CF 
➢ As garantias dispostas no CTN formam um rol não exaustivo, pois existem outras estipuladas em 
dispositivos diversos, como CF, tratados internacionais. 
Quando as garantias configuram cláusulas pétreas 
1. As limitações que constituem garantias individuais do contribuinte 
➢ É possível a realização de emendas que ampliem ou melhorem a proteção que a constituição atribuiu 
ao contribuinte, o que não pode é a supressão ou diminuição das garantias. 
➢ Ex. A não utilização do princípio da anterioridade, que é exceção em alguns tributos, não podendo 
virar uma regra. 
 
2. As limitações que constituem proteção a outras cláusulas pétreas 
➢ As cláusulas pétreas possuem tal status por conta da proteção contra emendas pelo §4 do art. 60 
da CF. 
➢ A não sujeição a imunidade tributária reciproca (que impede os entes de instituírem impostos sobre 
patrimônio, renta ou serviço uns dos outros, traz risco a autonomia dos entes, que é clausula pétrea. 
➢ Também a não obediência à imunidade dos templos de qualquer culto (CF, art.150, VI, b) fere a 
liberdade de culto, que é garantia individual. 
➢ Também é protegido por cláusula pétrea a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o papel 
destinado à sua impressão. 
➢ Como também a proteção a instituições cujas atividades são consectários de outras garantias 
constitucionais. (liberdade sindical, liberdade de criação e filiação a partidos políticos) 
Princípios ou Regras? 
➢ A moderna doutrina considera que boa parte dos denominados princípios constitucionais tributários, 
por não poderem ser ponderados quando parecem conflitar com outros princípios, seriam na 
realidade regras, visto que são disjuntivos, aplicando-se ou não a cada caso concreto, sem qualquer 
ponderação. 
➢ Ex. A isonomia seria um principio pela possibilidade de ponderação, já a anterioridade seria uma regra 
aplicável ou não a cada caso concreto. 
Legalidade 
➢ Art. 5º, II, CF (obrigado a nada senão em virtude de lei) 
➢ Pelo tributo ser prestação pecuniária compulsória, a criação e aumentos estão condicionados ao 
principio da legalidade. 
➢ Como matéria tributária necessita de regulação em lei, o mais correto seria sua submissão ao 
princípio da reserva legal, porém concursos ainda denominam princípio da legalidade. 
➢ Art. 150 da CF → Tributo só pode ser instituído por lei, podendo ser lei ordinária/ medida provisória 
➢ Alguns tributos exige um processo mais rigoroso, sendo necessária lei complementar, como é o 
caso do IGF (153,VII CF), empréstimos compulsórios (148,CF), impostos residuais(154,I, CF) e 
contribuições residuais.(195§4 CF) 
➢ Há um principio no direito denominado paralelismo das formas que impõe que o instituto jurídico 
criado por meio de uma determinada hierarquia, para alterar e extinguir é necessário edição de ato 
da mesma hierarquia ou superior. 
➢ O conjunto de matérias tributárias submetidas à reserva legal se encontra no art. 97 do CTN. 
Exceções ao princípio da legalidade 
➢ Há matérias que não estão sujeitas ao principio da legalidade, podendo ser disciplinadas por 
meio de ato infralegal (decreto presidencial, por exemplo) 
➢ STF → entende que os dispositivos que não estão elencados no art.97, não estão submetidos 
ao principio da legalidade. 
➢ Mais relevantes → Atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo (§ 2, art. 97 
CTN) e fixação do prazo para recolhimento (STF-RE) 
➢ Atualização do valor monetário 
→ Não é aumento da base de cálculo 
→ Os valores são corroídos pelo fenômeno inflacionário, podendo ser atualizado por meio de 
decreto do prefeito, para que seja impedida de ser diminuída. 
 STF entende que como a legislação sobre direito financeiro é concorrente, os entes podem 
utilizar os índices locais de correção. Já o STJ entende que a liberdade é limitada pelo índice oficial. 
(súmula 160 STJ) 
➢ O prazo para pagamento 
→ STF entende que pode ser por meio de decreto, por não estar no rol taxativo do art. 97 do CTN. 
 
➢ Exceção quanto a majoração 
→ II, IE, IOF, IPI 
→ A CF prevê que é competência do poder Executivo, mas não prevê o ato normativo. 
→ Na pratica as alíquotas do II e IE estão sendo alteradas por resolução da câmara de 
comércio exterior – CAMEX 
→ Já o IOF e IPI tem suas alterações por meio de decreto. 
→ Ambos os casos a alteração são feitos pelo poder executivo. 
➢ Com a EC 33/2001, foram previstas duas novas exceções referentes a tributação de 
combustíveis. 
❖ CIDE – COMBUSTIVEIS → Permite ao poder executivo diminuir e restabelecer as alíquotas 
da CIDE- combustíveis (usado decreto do presidente), sem obediência ao principio da 
anterioridade e legalidade. 
→ Menor liberdade que o II, IE, IOF e IPI, pois só é permitido diminuir e restabelecer 
 
❖ ICMS – MONOFASICO → Permite aos Estados e DF mediante convênio (âmbito do 
CONFAZ) definir as alíquotas do ICMS – monofásico incidente sobre combustíveis definidos 
em lei Complementar (art.155, §4 , IV, CF) 
 → Sem obediência ao princípio da legalidade, mas se o aumento ultrapassar de um mero 
restabelecimento de patamar anteriormente fixado, deve-se obedecer à anterioridade. 
TRIBUTO Exceção 
legalidade 
Exceção 
anterioridade 
Ato 
normativo 
CIDE Redução ou 
restabelecimento 
de alíquotas 
Redução ou 
restabelecimento 
de alíquotas 
Decreto 
ICMS Fixação de 
alíquotas 
(inclusive 
redução e 
aumento) 
Redução ou 
restabelecimento 
de alíquotas 
Convênio 
(CONFAZ) 
 
Legalidade e delegação 
➢ Nada impede sua utilização em matéria tributária, porém desde a CF/88 só foi editada 2 leis 
delegadas 
➢ LD 12/1992 e 13/ 1992 (gratificações a servidores públicos. 
➢ A inutilidade da lei delegada se deu pela possibilidade do presidente usar medida provisória, já que 
esta não necessita de autorização parlamentar. 
 
➢ Em teoria, é possível que havendo delegação do CN por meio de resolução, o presidente edite lei 
delegada. 
 
➢ A exigência não impede, contudo que o regulamento aclare conceitos indeterminados adotados 
pela lei. 
 
➢ STF→ Considerou compatível com o principio da legalidade a estipulação, por lei, de teto do valor 
da taxa, com a atribuição a ato normativo infralegal da competência para fixar valor exato do 
contribuinte, desde que em proporção razoável do custo da atuação estatal. 
 
➢ A taxas dos conselhos de fiscalização de profissões deve ter limite máximo fixados em lei, porém 
o conselho pode definir o montante exato. (STF entendeu que esse modelo é constitucional para 
taxas e contribuições parafiscais, tributos com caráter contraprestacional.) 
Legalidade e medida provisória 
➢ STF → Definiu que, em se tratando de matéria tributária, o uso da medida provisória era 
plenamente possível, desde que observados os requisitos constitucionais (urgência e relevância) 
➢ EC 33/2001 ressalvado o II, IE , IPI, IOF e os impostos extraordinários de guerra, a medida 
provisória que implique majoração de impostos só produzirá efeitos no exercício financeiro 
seguinte se for convertida em lei até o ultimo dia daquele em que foi editado. (CF, 62, §2) 
 A restrição a cima só se aplica aos IMPOSTOS, as demais espécies tributárias, a regra da 
anterioridade 
 
 deve ser observada tomando como base a data da publicação da MP, não sua conversão em lei. 
➢ Há impedimento constitucional à utilização de medida provisória em matéria tributária cuja 
disciplina está reservada à lei complementar. (art. 146, III, a, CF) 
➢ Está impedida a edição de medidas provisórias para regulamentar artigos da CF/88, cujas 
redações tenham sido alteradas pelas emendas C. 5/1995 a 32/2001. 
Princípio da isonomia 
➢ Isonomia tem uma acepção horizontal e vertical. 
Isonomia horizontal → Pessoas que estão niveladas, devendo ser tratadas da mesma forma. (os 
contribuintes com mesma renda e rendimentos devem pagar o mesmo imposto IR) 
IsonomiaVertical → Pessoas que se encontram em situações distintas, devendo ser tratadas de 
maneira diferente na medida das desigualdades. (isenção de IR às pessoas de baixa renda) 
A isonomia tributária na jurisprudência do STF 
1. Percepção cumulativa de valores – Discriminação entre quem recebe rendimentos no momento 
adequado e quem os recebe em atraso. 
→ A lei leva em consideração a data da efetiva disponibilidade dos recursos. (ex. rendimento 
de dezembro recebido em janeiro, considera-se rendimentos de janeiro.) 
→ Se adota o Regime de caixa, não o regime de competência. 
→ Lei 7.713/88 dispõe sobre rendimentos acumulados de trabalhadores em ações trabalhistas. 
(usando-se o regime de caixa). 
 FERE O PRINCIPIO DA ISONOMIA 
 FERE O PRINCIPIO DA CAPICADE CONTRIBUTIVA 
 STF → declarou inconstitucional esse artigo “O imposto de renda incidente sobre verbas recebidas 
acumuladamente deve observar o regime de competência, aplicável a alíquota correspondente ao 
valor recebido mês a mês, e não a relativa ao total satisfeito de uma única vez” 
Após a declaração de inconstitucionalidade, revogou-se o artigo 12, para o 12 – A. 
2. Contribuição previdenciária dos servidores inativos- Discriminação de servidores de diferentes 
esferas. 
→ EC 41/2003 trouxe previsão constitucional de cobrança de contribuição previdenciária dos 
servidores inativos e dos pensionistas 
→ Problema que para os inativos e pensionistas da união, a incidência era sobre a remuneração 
que excedesse 60% do limite máximo estabelecidos para os benefícios de regime geral de 
previdência. Já para os estados, DF e municípios, incidiria sobre remuneração que excedesse 50%. 
→ STF → julgou inconstitucional ADI 3.105/DF 
 
3. Discriminação com base na função ou ocupação exercida 
→ Contribuinte que pretendia, fundamentada em lei do município de Niterói/RJ a isenção do IPTU 
pela sua qualidade de servidor público. 
→ STF entendeu que a ocupação profissional ou função exercida não pode ser tomada como 
parâmetro para diferenciação. 
→ CF/88 completou a proibição. 
4. Discriminação entre as empresas lucrativas e deficitárias 
→ A COFINS E a CSLL são contribuições para o financiamento da seguridade social. 
COFINS → Incide sobre receita e faturamento (195, I, b CF) sendo paga por todos contribuintes, 
lucrativos ou não. 
CSLL → Incide sobre lucro líquido, de modo que os contribuintes que registram prejuízo não 
estão sujeitos ao pagamento do imposto 
Ao aumentar a alíquota do COFINS de 2% para 3%, a lei 9.718/98 previu que o contribuinte sujeito 
a ambas contribuições teria direito de abater ate 1/3 da COFINS com o CSLL, quando obtivesse 
LUCRO. 
O que feria o principio da isonomia, pois beneficiava as empresas lucrativas e prejudicava as que 
mais precisavam de ajuda, que eram as que obtiveram prejuízo. 
STF → NÃO FERE ISONOMIA, pois a conduta visa atenuar a carga tributária de empresas que 
estão sujeitas à dupla tributação. 
 
5. O simples – Discriminação entre empresas com base na atividade exercida. 
→ A LC 123/2006 instituiu o SIMPLES, tomando como parâmetro para a inclusão, a receita bruta 
anual. 
→ Porém, mesmo sem ultrapassar os limites, alguns contribuintes foram excluídos, como 
sociedades constituídas por profissionais liberais. 
→ CNPL ajuizou uma ação perante o STF argumentando que essa consistiria num tratamento 
diferenciado para contribuintes em situações equivalentes e, portanto, agressão ao principio da 
isonomia. 
STF entendeu que era constitucional essa previsão, pois não haveria concorrência desleal entre os 
profissionais liberais 
Entretanto com a LC 147/2014 a diferenciação deixou de existir, não havendo mais óbice para as 
sociedades de profissionais liberais opte pela SIMPLES. 
6. Discriminação na concessão de parcelamento de débitos referentes à COFINS 
→ A portaria 655/1993 do Ministério da fazenda autorizava o parcelamento dos débitos referentes 
à COFINS vencidos até 30 de novembro de 1993, porém em seu artigo 4º afastava do alcance da 
medida os débitos objeto de deposito judicial. 
→ De modo que o parcelamento era permitido aos contribuintes que não houvessem ajuizado 
ação para discutir o débito. Bem como aos que, tendo recorrido ao judiciário, não tivessem 
depositado em juízo o valor do credito tributário exigido pelo fisco. Já os contribuintes que 
houvessem ajuizado ação e optado por fazer o mencionado deposito (revertido de caráter 
facultativo) o parcelamento era vedado. 
STF→ NÃO houve violação do principio da isonomia. Pois a diferenciação feita pela portaria apenas 
prestigiou a racionalização na cobrança do crédito tributário. 
7. Contribuições para o PIS/PASEP – Discriminação entre empresas privadas e estatais (empresas 
públicas e sociedades de economia mista) 
→ A Instituição do PIS e PASEP trouxe uma contribuição mais gravosa ao PASEP que a do PIS. 
→ De modo que entraram com ação de inconstitucionalidade, tendo como base o art. 173 §1º, II CF 
STF entendeu constitucional, pois foi instituída para proteger as empresas privadas da concorrência 
desleal por parte do ESTADO e a luz da seletividade no financiamento da seguridade social.7 
 
 
Isonomia e capacidade contributiva
➢ A capacidade contributiva é o principal parâmetro de desigualdade a ser levado em 
consideração para atribuição de tratamento diferenciado às pessoas. 
➢ Art. 145 §1 CF 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
➢ Todos os impostos incidem sobre alguma manifestação de riqueza do contribuinte. 
➢ Quem tem maior riqueza tem capacidade contributiva, já quem tem baixa, é isento de 
pagamento, pois não possui capacidade contributiva. 
➢ Imposição constitucional de progressividade do imposto de renda é exemplo de regra 
teleologicamente (finalisticamente) ligada aos princípios da capacidade contributiva e da 
isonomia. 
Progressividade nos impostos reais 
➢ Antes de impor a graduação dos impostos de acordo com a capacidade econômica, exige 
que eles tenham CÁRATER PESSOAL. 
➢ Súmula 656/STF “é inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o 
imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis – ITBI, com base no valor venal do 
imóvel. 
➢ Súmula 668/STF → somente admitir a progressividade do IPTU a partir da edição da 
EC/29/2000, que expressamente autorizou a utilização da técnica para o tributo. 
Comentado [ECB1]: Essa súmula tem claramente 
apontado para uma futura revisão ou até cancelamento, mas 
até lá, ainda é válida, principalmente em concursos 
➢ Antes era considerado inconstitucional a progressividade de impostos reais. 
➢ STF estatuiu a possibilidade de adoção de alíquotas progressivas com base no valor do 
quinhão recebido por cada herdeiro no ITCMD. 
➢ Em 2016, o STF chegou a reconhecer a possibilidade de a progressividade “incidir sobre 
todas espécies tributária” 
 CURIOSIDADE: Constitucionalidade superveniente não é admitida no Direito brasileiro (leis 
inconstitucionais são natimortas, não desfrutando qualquer instante de validade) 
 
A concretização do princípio da capacidade contributiva em face dos direitos 
individuais do contribuinte. 
➢ Art. 145 §1 Faculta a Administração tributária “identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte” 
➢ De modo que a intimidade dos particulares não pode ser obstáculo intransponível do 
Estado, sendo obrigados à declaras seus rendimentos anualmente. 
➢ LC 105/2001 → Possibilidade do Fisco requisitar diretamente às instituições financeiras (sem 
necessidade de ordem judicial) informações protegidas por sigilo bancário. 
Art. 6o Asautoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios somente poderão examinar documentos, livros 
e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas de 
depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo 
instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames sejam considerados 
indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 
 
➢ Ampla discricionariedade para definir o que é ou não justificável para a quebra de sigilo. De 
modo o decreto 3.724/01 no seu art. 3º, em que casos o exame dos dados protegidos por 
sigilo bancário pode ser considerado indispensável. 
➢ DOUTRINAS consideram inconstitucional a quebra de sigilo bancário por meio de decisão 
de natureza administrativa (que deveria ser judicial) 
 
➢ STF → Considerou constitucional 
 
➢ Protege, ainda assim, os dados bancários do conhecimento de terceiros. 
 
➢ STF → No âmbito municipal, a utilização do poder de requisição dos dados, submeta-se 
a uma normatividade semelhante àquela existente na esfera federal. 
 
 
O princípio da não surpresa 
 
➢ Não basta a segurança com relação aos fatos passados (irretroatividade da lei), sendo 
também necessário um mínimo de previsibilidade quanto ao futuro próximo. 
Comentado [ECB2]: EXCEPCIONAL, só quando a adm. não 
dispuser de outro modo para obter as informações 
➢ Atende ao principio da anterioridade de exercício a publicação, no Diário oficial, da lei 
instituidora de imposto no dia 31/12, sábado, apesar de a sua circulação dar-se apenas na 
segunda – feira. 
➢ EC 42/2003 estendeu como regra para os tributos o principio da noventena. 
➢ O princípio da segurança jurídica traduz-se, em matéria tributária, no principio da não 
surpresa, que traz como corolário os princípios da irretroatividade, anterioridade e 
noventena. 
Princípio da irretroatividade 
➢ Nos termos constitucionais, é vedado aos entes tributantes cobrar tributos em relação a 
fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado. (CF, art. 150, III, a) 
➢ Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes 
➢ Classificação dos fatos geradores: 
a) Periódicos: prolongam no tempo (ex. IPVA) 
b) Instantâneos: Ocorre num momento preciso (Ex. Importo de importação) 
 
Fatos geradores periódicos 
1) Simples: Único evento (ex. IPTU) 
2) Composto/complexo: Diversos eventos (ex. Imposto de renda) 
Irretroatividade e CSLL 
➢ A CSLL não está sujeita ao princípio da anterioridade do exercício financeiro, apenas 
respeita o período mínimo de 90 dias. 
Irretroatividade e IR 
➢ Não se sujeita ao principio da noventena, mas deve observar o da anterioridade do 
exercício financeiro. 
➢ O STF, com a súmula 584 parece simplesmente desprezar tanto a anterioridade quanto 
a irretroatividade 
Súmula 584 Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do 
ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve 
ser apresentada a declaração. 
 
 
➢ STJ afirma a inaplicabilidade da súmula 584/STF com fundamento que foi constituída sob a luz de 
legislação anterior ao CTN (ADOTADO PELOS CONCURSOS) 
➢ Conforme o art. 150, III, a, da CF, o principio da irretroatividade não possui qualquer exceção 
 
 
Princípio da anterioridade do exercício financeiro 
➢ CF/88 veda aos entes cobrar tributos “no mesmo exercício financeiro em que haja sito 
publicada a lei que os instituiu ou aumentou” (150, III, b) 
➢ Marco temporal a data da Publicação da lei. 
➢ Princípio que serve para proteção do contribuinte, não sendo impedida de reduzir ou 
extinção da carga tributária. 
➢ STF → Mudança de prazo de pagamento, mesmo antecipando-o, não agrava a situação 
do contribuinte, não sujeitando-se a regra da anterioridade do exercício. (sumula vinculante 
50) (além de poder ser feito por ato infralegal, ou seja, não se sujeita a legalidade) 
 
➢ É exceção do principio da legalidade também a mera atualização monetária, por não 
significar majoração do mesmo, não se sujeita a anterioridade. 
 
➢ Redução ou extinção de desconto para pagamento não configura aumento de tributo. 
(STF) 
 
Exceções à anterioridade do exercício financeiro. 
 
 
➢ IPI é o único dos impostos ditos reguladores cujos efeitos das majorações porventura 
realizadas estão sujeitos a prazo (noventena) 
➢ As contribuições para financiamento da seguridade social também se sujeitam ao princípio 
da noventena. 
Anterioridade e revogação de benefícios fiscais 
➢ Ao conceder isenção, pode ser feita em momento imediato 
➢ Já no caso de revogação da isenção concedida há prazo. 
➢ CTN art. 104, III → “Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele 
em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre 
o patrimônio ou a renda que extinguem ou reduzem isenções.” 
➢ A revogação de qualquer beneficio fiscal configura aumento indireto de tributo e 
justamente por isso somente gera efeitos financeiros no exercício subsequente ao 
da publicação da lei revogadora. 
Anterioridade e medidas provisórias 
➢ São possíveis a instituição e majoração de tributos por meio de MP. Porém, se o 
tributo instituído ou majorado for imposto, a cobrança só poderá ser realizada no 
exercício subsequente caso a MP tenha sido convertida em lei até o ultimo dia 
daquele em que foi editada. (CF, 62, §2) 
Princípio da noventena 
➢ Instituído ou majorado tributo, a respectiva cobrança só pode ser realizada após o 
transcorrer de, no mínimo, noventa dias da data da publicação da lei 
instituidora/majoradora e desde que já atingindo o início do exercício subsequente. 
Noventena e medida provisória 
➢ Termo da contagem do inicio dos 90 dias. 
➢ STF→ Se não houvesse mudança relevante no texto nas reedições, o prazo deveria 
ser contado da edição da primeira medida provisória, pois não haveria surpresa do 
contribuinte. Contudo, com mudança substancial no texto no momento da sua 
conversão em lei deveria ser contado da publicação. 
➢ 60 dias da medida provisória, prorrogável por mais 60, sendo que a cobrança do 
tributo começa a contar com 90 dias, que cobrará os 30 dias restantes, se converter 
em lei que não tenha mudança substancial, continuará, se tiver mudança, reinicia-se 
a contagem. Caso não seja convertido em lei, cabe ao congresso disciplinar decreto 
que defina se haverá ou não devolução dos valores. (na pratica os valores não são 
devolvidos) 
 
 
 
 
Exceções a noventena 
 
 
 
➢ §1 do art. 150 CF 
➢ Imposto de renda não se submete ao princípio da noventena, sendo possível a 
majoração do imposto de renda por meio de lei publicada no dia 31 de dezembro, 
que gera efeitos no dia seguinte. 
➢ Entretanto, a medida provisória deve ser convertida em lei até 31 de dezembro para 
que possa ter a cobrança a partir do primeiro dia do exercício seguinte. 
Princípio do não confisco 
➢ Art. 150, IV 
➢ Proibição da utilização do tributo com efeito de confisco e não que o tributo 
configure confisco. (porém essa segunda também é proibida) 
➢ Tributo com efeito de confisco → Aquele de incidência exagerada, que, absorvendo 
parcela considerável do patrimônio ou da renda produzida pelo particular, gerasse 
neste e na sociedade em geral uma sensação de verdadeira punição. 
➢ Também denominado principio da razoalidade ou proporcionalidade da carga 
tributária 
Configuração do efeito confiscatório 
➢ O conceito de efeito confiscatório é indeterminado 
➢ Isso não impede que em casos de notória ausência de razoalidade de uma exação 
ou de um conjunto de exações, o Poder Judiciário reconheça a existência de um 
verdadeiro abuso do direito de tributar. 
➢ STF → O princípio estende-se às multas decorrentes do descumprimento de 
obrigação tributária. 
➢ STF → Configura-se o caráter confiscatório de determinado tributo sempre que o 
efeito cumulativo,resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela 
mesma entidade estatal, afetar, substancialmente e de maneira irrazoável, o 
patrimônio ou os rendimentos dos contribuintes. 
Perspectivas dinâmica e estática da tributação do patrimônio 
➢ A tributação do patrimônio pode ser analisada sob 2 perspectivas: 
 
1) Estática: Analisa-se o patrimônio em si mesmo (ex. IPVA, IPTU, ITR) 
→ Considerada um fato perene, que se protrai no tempo 
2) Dinâmica: Levam em consideração potenciais mutações que constituam 
acréscimos patrimoniais. (ex. rendimento de um aluguel) 
 
➢ Há possibilidade de caráter confiscatório: a) dos impostos sobre o patrimônio, na sua 
perspectiva estática e b) do imposto de transmissão causa mortis, na sua perspectiva 
dinâmica 
Pena de perdimento e confisco 
➢ Art. 5º, XLVI, b da CF 
➢ Não se confunde com tributo confiscatório 
➢ Mas nada impede de em caso grave de infração tributária, a legislação especifica 
preveja como punição o perdimento de bens. 
Taxas e princípio do não confisco 
➢ Como tem caráter contraprestacional, a verificação de caráter confiscatório da taxa 
é feita comparando-se o custo da atividade estatal com o valor cobrado a titulo de 
taxa. 
Multas e o princípio do não confisco 
➢ Multa moratória: atraso de pagamento 
→ STF: considerou multa arbitraria a fixada em 30%, reduzindo-a a 20% 
➢ Multa punitiva: descumprimento de normas 
→STF: possui caráter confiscatório a sanção que ultrapassar o valor da obrigação 
tributária principal 
Princípio da liberdade de tráfego 
➢ Art. 150, V da CF 
➢ É vedado aos entes federados: 
 
 V - Estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo poder público; 
➢ Direito de tráfego → art. 5º, XV CF 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer 
pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; 
→ Possui exceções: 
❖ Possibilidade de cobrança do ICMS interestadual (art. 155, II e §2, VII da CF) 
Natureza jurídica 
STF→ considerou ser tributo da espécie taxa o “selo pedágio” instituído pela 
lei 7.712/88. 
• Entretanto, a própria suprema corte diferencia selo-pedágio dos pedágios atuais. 
• Selos-pedágio → Cobrado de maneira compulsória de todos usuários de rodovias, 
independente da frequência de uso. 
• Pedágios modernos → São devidos quando e cada vez que haja uso da rodovia., e 
ausência de caráter compulsório (o que tira sua natureza tributária) 
❖ Desse modo, essas seriam enquadradas como exações de natureza contratual 
(preços públicos) 
❖ Não estará sujeito às amarras do direito tributário (legalidade, anterioridade, 
noventena, entre outras), nem gozará de algumas prerrogativas típicas de 
regime publicista (compulsoriedade, privilégios processuais, etc) 
❖ Concurso → CONSIDERA-SE PEDÁGIO UM PREÇO PÚBLICO (ressalvada as 
situações em que aborde o selo-pedágio, nesse caso é taxa.) 
Vedações específicas à união – A proteção ao pacto Federativo 
➢ Art. 151 CF 
➢ Objetivo de proteger o pacto federativo. 
➢ Protegidas por cláusula pétrea (art. 60, §4º, I da CF) 
Art. 151. É vedado à União: 
I - Instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais 
destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as 
diferentes regiões do País; 
II - Tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos 
agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus 
agentes; 
III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios. 
 
1 – O princípio da uniformidade geográfica da tributação 
➢ Art. 151, I CF/88 
➢ Veda a união instituir tributos que não seja uniforme em todo território nacional, salvo 
para incentivo fiscal. 
➢ Não pode a união estipular alíquotas diferentes do IR nos distintos Estados da 
Federação. 
➢ Exceção: diferenciação com finalidade extrafiscal de diminuir as diferenças 
socioeconômicas. 
➢ Está em consonância com o art. 3º da CF 
➢ Esse mesmo artigo 3º que foi fundamento para manutenção da ZONA FRANCA DE 
MANAUS, que com a EC/42/003 acrescentou 50 anos. 
➢ Esse principio deve ser pautada pela razoabilidade e proporcionalidade. 
➢ STF → A concessão de isenção se funda no juízo de conveniência e oportunidade 
de que gozam as autoridades públicas na implementação de politicas fiscais e 
econômicas. Portanto, não cabe ao Poder Judiciário, que não pode se substituir ao 
legislador, entender isenção a contribuintes não contemplados pela lei, a titulo de 
isonomia. 
II- Princípio da uniformidade da tributação da renda – vedação à utilização do IR como instrumento 
de concorrência desleal. 
➢ Art. 151, II, CF/88 
❖ É vedado a união: “Tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes 
públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;” 
➢ Visa evitar que a união utilize o tributo como meio de concorrer deslealmente no 
“mercado” de títulos da divida pública e na seleção de servidores públicos. 
➢ Vale ressaltar que quando um particular adquire titulo da divida pública emitido por um 
ente, ele está concedendo empréstimo ao ente. 
➢ Quando o ente quita sua obrigação, pagando o valor principal mais os juros, o particular 
obtém um rendimento do capital aplicado, estando o sujeito, por conseguinte, ao 
pagamento de imposto de renda. 
➢ O que tributa não é o rendimento do ente federado que emitiu o titulo (vedado pelo 
art. 150, VI, a, CF), o que se tributa é a renda pela operação, que é rendimento do 
particular. 
➢ O que é vedado é que a união tribute os rendimentos gerados pelos títulos estaduais 
e municipais de maneira mais gravosa que aqueles gerados pelos títulos que ela própria 
emite. 
❖ A segunda vedação do dispositivo é tributação dos rendimentos dos servidores públicos 
estaduais e municipais de maneira mais gravosa que a estipulada para os servidores federais. 
➢ Já a restrição é desnecessária, visto que a mesma seria consequência natural do 
principio da isonomia (art, 150, II, CF) – Proibição de qualquer distinção de tratamento 
que tome por base ocupação profissional ou função. 
 
III - Princípio da vedação às isenções heterônomas. 
➢ Isenção é forma de exclusão do crédito tributário. 
➢ Beneficio concedido exclusivamente por lei 
➢ Isenções Heterônomas: concedidas por entes diferente daquele que tem competência para 
a criação do tributo. 
➢ O poder de isentar é natural decorrência do poder de tributar, de modo que as isenções 
sejam autônomas (ou autonômicas), pois é concedida pelo ente a quem a CF atribui 
competência para criação de tributo. 
➢ Veda a união “instituir isenções de tributos da competência dos Estados, DF ou dos 
Municípios” – Por simetria também pode afirmar que os estados não podem conceder 
isenções de tributos municipais. 
➢ Existem exceções! 
a) Isenções heterônomas constitucionalmente permitidas. 
• Criação de duas exceções expressas à regra, ambas relativas a exportação. 
1ª exceção 
→ Art. 155, §2, XII, e, CF 
→ Permite que a união conceda, por meio de lei complementar, isenção heterônoma do 
ICMS incidente nas operações com serviços e outros produtos destinados ao exterior, 
além dos mencionados no art. 155, §2º, X, a, CF. 
→ A partir da EC 42/2003, o ICMS deixou de incidir, por expressa disposição constitucional 
(imunidade), sobre operações que destinem quaisquer mercadorias para o exterior e sobre 
os serviços prestados a destinatáriosno exterior. 
→ Por causa da emenda, a possibilidade da união conceder isenção do ICMS nas exportações 
deixou de possuir qualquer utilidade. 
→ Entretanto não foi revogado expressamente 
2ª exceção 
→ Possibilidade de a união conceder também via lei complementar, isenção heterônoma do 
ISS, da competência dos municípios, nas exportações de serviços para o exterior (art.156, 
§3º, II) 
b) Caso da isenção decorrente de tratado internacional 
• 3ª exceção → Possibilidade de tratado internacional conceder isenções de tributos 
estaduais e municipais. 
• Ao seguir estritamente o art. 151, III, CF, não há essa possibilidade, pois, a celebração de 
contrato internacional é realizada no âmbito federal. 
• Mas entende-se que o Presidente, como Chefe de Estado, firma tratados internacionais 
em nome da soberana República Federativa do Brasil e não em nome da autônoma união. 
• STF → Isenção na via do tratado não é abrangida pelo principio da vedação à concessão 
de isenção heterônoma. 
• Acordo Geral Sobre Tarifas e Comércio - GATT→ Ao prever equivalência entre os 
produtos importados e similar nacional, estende isenções concedidas a este. 
• STF → A possibilidade do tratamento internacional, não se encaixa no conceito de isenção 
heterônoma 
• Ao contrário das isenções, as imunidades sempre são heterônomas, pois são concedidas 
diretamente pelo texto constitucional, não havendo autonomia do ente competente. 
• Tratado internacional sobre matéria tributária tem força de lei, quando ela impede a 
cobrança de um tributo, a benesse concedida é uma isenção. 
 DICA CONCURSO → Possível a concessão de isenção de tributos estaduais e municipais 
mediante tratados internacionais, mas não qualifica tal hipótese como isenção heterônoma. 
• As custas judiciais se sujeitam às limitações tributárias, entre as quais a da vedação à 
concessão de isenções heterônomas. 
Princípio da não discriminação baseada em procedência ou destino 
➢ Art. 152 CF 
➢ Veda-se aos Estados, DF e municípios estabelecer diferenças tributárias entre bens e 
serviço de qualquer natureza em razão de sua procedência ou destino. 
➢ Somente a união tem autorização para estipular tratamento tributário diferenciado entre 
os Estados da Federação para diminuir desigualdades. 
Principio da indisponibilidade do interesse público e a concessão de benefícios 
fiscais 
➢ Crédito tributário é parte do patrimônio público, não podendo praticar atos sem autorização 
do titular (o povo), que se faz por meio de lei. 
➢ Os benefícios fiscais ora extinguem (remissão), ora excluem (isenção, anistia), ora diminuem 
(redução da base de cálculo, concessão de credito presumido) o crédito tributário. 
➢ Não é possível a concessão de benefícios fiscais por intermédio de qualquer ato infralegal, 
para impedir que a desoneração tributária vire moeda de troca para vantagens pessoais. 
➢ Art. 150 §6 CF 
1. Exigência de lei especifica para a concessão de benefícios fiscais 
• Art. 146, II, da CF 
• Necessidade de lei complementar para regular as limitações constitucionais 
• Norma isentiva, por não estar regulando tal limitação, mas sim excluindo a tributação, 
poderá ser uma lei ordinária, salvo nos casos q o próprio tributo isentado só possa ser 
criado por lei complementar. 
• Art. 150§6º CF exige que a lei veiculadora do benefício seja especifica – Evitar a prática 
de esconder benefícios fiscais dentro de leis que tratam de matéria totalmente diversa da 
tributária. (ex. em lei que cria o dia do homem, colocar multa para quem descumpre as 
regras do IPI) 
• Não se deve analisar o §6º de maneira tão rígida, pois a matéria tratada pode ser diversa, 
mas que tenha conexão de alguma forma. 
• Concessão de benefícios fiscais e extinção desse tributo não se confundem. Sendo necessário 
lei especifica apenas para a concessão de benefícios. – Podendo ser possível a extinção de 
tributo por lei que trate de outra matéria- 
2. Concessão de benefícios fiscais relativos ao ICMS 
• Art. 155,§2º, XII, g, CF – Restrição à prática de atos de disposição envolvendo ICMS 
• A consequência de atribuir a entes menores a criação e administração de um tributo que 
grava toda a economia é a guerra fiscal (disputa, entre cidades e estados, para ver quem 
oferece melhores incentivos para que as empresas se instalem em seus territórios). De 
modo que a CF criou um arsenal de regras para conter essa competição. 
• O art. 155, §2º, XII, g → Exige que a concessão de benefícios fiscais de ICMS seja precedida 
de deliberação conjunta dos Estados e do DF, conforme regulado em lei complementar. 
• DELIBERAÇÂO CONJUNTA → Convênio celebrado no âmbito do Conselho nacional de 
Política Fazendária – CONFAZ 
• CONFAZ → Reuniões que só podem ser feitas com presença da maioria das unidades da 
federação. Sendo a concessão dos benefícios dependente da decisão unanime dos Estados 
representados e sua revogação (total ou parcial), depende de aprovação de pelo menos 
4/5 dos representantes presentes. 
• !0 dias da data final da reunião em que o convênio foi firmado, será publicada no Diário 
Oficial da união. 
• 15 dias para o poder executivo de cada unidade publicar decreto para ratificar ou não o 
convênio (pode ratificação tácita) – Também se aplica aos que não compareceram a 
reunião- 
• A não ratificação de todos, ou 4/5 (revogação total ou parcial) → Implica rejeição do 
convênio firmado. 
• Após 10 dias do fim do prazo de ratificação → Deve ser publicado no diário oficial 
informação da ratificação ou rejeição. 
• Trigésimo dia após a publicação → Os convênios entraram em vigor, salvo disposição 
em contrário – vinculando todas unidades, inclusive as que não compareceram- 
Convocados P/ 
Reunião 
Realização da 
Reunião 
Presidência da 
Reunião 
Concessão de 
Beneficio 
Revogação de 
Benefício 
Ratificação 
da 
concessão 
Ratificação da 
Revogação 
Representantes 
de todos os 
Estados e DF 
Presença de 
representantes 
da maioria das 
unidades 
federativas 
Representantes 
do Governo 
Federal 
Decisão 
unanime dos 
entes 
representados 
na reunião 
Aprovação 
de, no 
mínimo 4/5 
dos entes 
representados 
na reunião 
Ratificação 
expressa 
ou tácita 
do 
Executivo 
de todas 
as 
unidades 
da 
federação 
Ratificação expressa 
ou tácita do 
Executivo de, no 
mínimo 4/5 das 
unidades da 
federação 
• Nos termos do art. 176 do CTN, a isenção somente pode ser concedida mediante lei 
especifica, com exceção do ICMS, que se dá diante convênio entre todos os Estados. 
• STF → Ratificou concessão de beneficio fiscal do ICMS a templos religiosos sem o 
convênio, pois entendeu que a isenção a templo de qualquer culto não tem aptidão para 
deflagrar guerra fiscal ou gerar fiscos do pacto federativo. 
 
• LC 160/2017 → Concedeu ao CONFAZ, a possibilidade de, no prazo de 180 dias (contados 
da publicação da LC) editar convênio adotando as seguintes providencias: 
a) Remissão (perdão) dos créditos tributários 
b) Reinstituição das isenções 
→ Sua aprovação depende de concordância de 2/3 de todas unidades (nacional – 18 
unidades) e que, em cada região, 1/3 das unidades aprovem a medida. 
Imunidades 
➢ Três diferentes institutos jurídicos que podem excepcionar a regra de pagamento de 
tributo: 
a) Não incidência: abrange imunidades 
b) Isenção 
c) Fixação de alíquota zero 
➢ A não incidência refere-se às situações em que um fato não é alcançado pela regra da 
tributação. Pode decorrer de 3 formas: 
1) O ente tributante, podendo faze-lo, deixa de definir determinada situação como 
hipótese de incidência tributária. 
2) O ente tributante não dispõe de competência para definir determinada situação como 
hipótese de incidência do tributo. (ex. propriedade de bicicleta não incide IPVA) 
3) A própria CF delimita a competência do ente, impedindo-o de definir determinadas 
situações como hipóteses de incidência de tributos. (IMUNIDADE) 
➢ Os dois primeiros casos → não incidência pura e simples/ incidência tout court 
➢ No ultimocaso → não incidência constitucionalmente qualificada. 
 
 
1. Imunidades e isenções 
• As imunidades são limitações constitucionais ao poder de tributar consistentes na 
delimitação da competência tributária constitucionalmente conferida aos entes 
políticos. (ex. O estado não pode cobrar IPVA de veículos dos outros entes, vide art. 
150, VI, a, CF) 
• A isenção opera no âmbito do exercício da competência, enquanto a imunidade, no 
âmbito da própria delimitação de competência. 
• A imunidade é sempre prevista na CF, já isenção está sempre prevista em lei. 
• Art. 195, §7º CF → São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades 
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. 
(CASO DE IMUNIDADE) 
 
2. Classificações doutrinárias das imunidades tributárias 
 
1- Quanto ao parâmetro para concessão: imunidades subjetivas, objetivas e mistas 
• Pessoas → imunidades subjetivas 
• Objetos → imunidade objetivas 
• As duas ao mesmo tempo → imunidade mista 
 
➢ Subjetiva: A regra imunizante do art. 150, VI, a, CF sobre a não incidência sobre entes 
➢ Objetiva: Art. 150, VI, d, CF (livros, jornais, papel destinado à sua impressão) 
➢ Mista: Art. 153, §4º, II, CF sobre ITR de pequenas glebas rurais com proprietário que 
não possua outro imóvel 
 
 IMPORTANTE!!! 
→ A imunidade subjetiva não exime as pessoas por ela protegidas do dever de 
pagar tributo na condição de responsáveis. 
 
➢ O divisor de águas para que se afira se a imunidade tem o condão de impedir a 
cobrança do imposto é o momento da ocorrência do fato gerador. 
 
II- Quanto à origem: ontológica ou politica 
• Ontológicas → Imunidades que existem mesmo sem previsão expressa do texto 
constitucional, pelo princípio da capacidade contributiva e proteção ao pacto 
federativo (ex. Imunidades das instituições de educação e assistência social sem 
fins lucrativos – art. 150, VI, c, CF-) 
• Políticas → Imunidade em virtude de opção política do legislador constituinte (ex. 
imunidade dos templos de qualquer culto e livros) 
 
III - Quanto ao alcance: gerais e especifica 
• Geral → Vedação a todos entes tributantes, abrangendo diversos tributos (ex. 
150, VI, CF) 
• Especifica → O legislador restringe a aplicação da imunidade a um determinado 
tributo de competência de determinada pessoa política. (ex. imunidades ao IPI e 
ICMS nas operações de exportação – art. 153, §3º, III, e 155 §2º, X, a, CF) 
 
IV - Quanto à forma de previsão: explicita e implícita 
• Explicitas → imunidades expressas no texto constitucional 
• Implícita → Existem como decorrência dos princípios constitucionais 
➢ Imunidades políticas são sempre explicitas, já as ontológicas podem ser explicitas ou 
implícitas. 
 
V- Quanto à necessidade de regulamentação: incondicionadas e condicionadas 
• Incondicionada → Quando a norma que a prevê produz efeitos independentes 
de regulamentação. (ex. imunidades reciprocas e cultural – art. 150, a e d, CF) 
• Condicionada → Eficácia limitada, ficando a aplicabilidade e gozo a depender da 
regulamentação infraconstitucional. (ex. imunidades das instituições de educação 
e assistência social sem fins lucrativos – art. 150, VI, c, CF) 
 
3. As imunidades tributárias em espécies 
➢ Sempre que a CF diretamente limita a competência tributária atribuída aos entes 
políticos, está conferindo uma IMUNIDADE 
➢ Na CF, existem imunidades relativas a taxas, impostos e contribuições a seguridade 
social 
 
• Imunidade tributária recíproca 
→ Art. 150, VI, a, CF 
→ Proíbe aos entes de instituírem impostos sobre patrimônio, renda ou serviços 
uns dos outros. 
→ STATUS DE CLÁUSULA PÉTREA (proteção ao pacto federativo) 
→ Só aplicada aos impostos, de modo que permite que por exemplo, o município 
cobre taxa de coleta de lixo de às repartições públicas federais e estaduais. 
→ Imunidade tributária reciproca extensiva → Por força do §2º do art. 150, A 
imunidade reciproca se estende às autarquias e fundações, no que se refere ao 
patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às 
delas decorrentes. 
→ Para gozar da imunidade, as autarquias e fundações precisam manter seu 
patrimônio, renda e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas 
decorrentes, restrição esta não aplicável aos entes políticos. 
→ Porém o §3º, dirige-se tanto aos entes políticos, quanto às autarquias e fundações 
públicas, excluindo-se da imunidade o patrimônio, renda e serviços relacionados 
com a exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento de 
preços ou tarifas pelos usuários. 
 
 
 
• Extensão da imunidade reciproca a empresas públicas e sociedades de economia 
mista 
→ STF → Entendeu que o §2º estende a regra imunizante as empresas públicas 
e sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos de prestação 
obrigatória e exclusiva do Estado. 
→ ECT – Empresa de correios e telégrafos está abrangida pela imunidade reciproca 
→ Se a participação privada for considerada ínfima, a imunidade não restará 
prejudicada 
→ STF entende que a aplicabilidade da imunidade deve observar os seguintes 
requisitos: 
1) Restringir-se à propriedade, bens e serviços utilizados na satisfação dos 
objetivos institucionais imanentes do ente federado. 
2) Não beneficiar atividades de exploração econômica, destinadas 
primordialmente a aumentar o patrimônio do Estado ou de particulares 
3) Não ter como efeito colateral a quebra dos princípios da livre 
concorrência e do exercício de atividade profissional ou econômica lícita. 
 
• A imunidade recíproca em face da exploração de atividade econômica 
→ A imunidade recíproca não pode servir como mecanismo de concorrência 
desleal dos entes estatais com pessoas jurídicas de direito privado. 
→ A exploração direta de atividade econômica pelo Estado é excepcional, só 
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou interesse 
coletivo (art. 173, CF), nesses casos é explorado por meio de empresas públicas 
e sociedades de economia mista. 
→ As EP e SEM não podem gozar de benefícios fiscais não extensivos às do setor 
privado (art. 173§2º). 
→ STF entendeu que TODAS atividades dos Correios estão protegidas pela 
imunidade recíproca. 
→ De modo é irrelevante o exercício de atividades em regime de exclusividade e 
em concorrência com a iniciativa privada. 
 
• A imunidade recíproca e os casos de arrendamento e cessão de uso de bem público 
→ STF → entendeu que há possibilidade de o concessionário ser sujeito passivo 
de IPTU 
→ Prevaleceu o entendimento de que particulares que exploram atividades 
lucrativas em regime de livre concorrência não podem ser beneficiados pela 
imunidade recíproca, pois esta existe tão somente para garantir a autonomia das 
unidades federadas. 
→ STF → Incide IPTU, considerado imóvel de pessoa jurídica de direito público 
cedido a pessoa jurídica de direito privado, devedora do tributo. 
 
• A imunidade reciproca e a OAB 
→ STF → Os conselhos de fiscalização são autarquias federais, com exceção da 
OAB. 
→ Os conselhos de fiscalização gozam de imunidade recíproca, de acordo com o 
§2º do art. 150 
→ Para o STF, a OAB não está voltada exclusivamente a objetivos corporativos, 
não podendo ser tida como congêneres das demais entidades. 
→ Ao entender da suprema corte, a OAB tem natureza jurídica sui generis, 
devendo ser também protegida pela imunidade reciproca, pois sua atuação 
institucional consubstancia atividade própria de Estado 
→ Prevaleceu, por unanimidade, a tese de que tanto as finalidades institucionais 
quanto as corporativas da OAB devem receber o mesmo tratamento de direito 
público, sendo a imunidade reciproca, aplicável inclusive às Caixas de assistência 
dos advogados. 
 
• Preocupação constitucional de coibir a elisão fiscal 
→ A parte final do §3ºestatui outra restrição a fim de impedir a utilização da 
imunidade recíproca como mero mecanismo de elisão fiscal 
→ A CF afirma que a regra imunizante não exonera o promitente comprador de 
obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel 
Súmula 583 
Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em nome 
de autarquia é contribuinte do imposto predial territorial urbano. 
 
• Imunidade dos Estados estrangeiros 
→ Com a incorporação ao Direito Brasileiro do texto das convenções de Viena, 
restou assegurada aos Estados estrangeiros a “imunidade” a impostos e taxas no 
Brasil, ressalvadas aquelas decorrentes da prestação de serviços individualizados 
e específicos. 
→ Apesar do nome de imunidade, trata-se de uma verdadeira isenção (pois, não 
está expressa na CF, mas em convenções internacionais) 
→ As convenções que versam sobre matéria tributária, são incorporadas ao direito 
interno com hierarquia meramente legal. (convenções e tratados internacionais 
só tem status constitucional ou supralegal quando versam sobre direitos 
humanos) 
→ É legítima a concessão de isenção de tributos estaduais e municipais, mediante 
tratados internacionais. 
→ Apesar de possível a cobrança de taxas de serviços dos estados estrangeiros, 
por eles gozarem também de imunidade de jurisdição impede que sejam 
executados. 
→ A imunidade de jurisdição pode ser renunciada pelo estado estrangeiro. 
 
• Outras decisões do STF 
→ Com base na imunidade recíproca, o STF proferiu algumas outras decisões cujo 
conhecimento é fundamental para a compreensão da matéria. 
a) Os valores investidos pelos entes federados, bem como a renda 
auferida, são imunes ao IOF, e ao IR. 
b) A empresa privada que presta serviços de iluminação pública e é 
remunerada pelo município não é beneficiada pela imunidade 
c) O serviço notarial e de registro, por ser prestado em caráter 
privado, não é imune à incidência do ISS. 
d) Os bens e direitos que integram o patrimônio do fundo vinculado ao 
programa de arrendamento residencial – PAR beneficiam-se da 
imunidade recíproca. 
e) A casa da moeda do Brasil- CMB faz jus à imunidade recíproca. 
 
• Imunidade tributária religiosa 
→ O legislador vê inserido no poder de tributar, o poder de subjugar. 
→ Da mesma forma que a imunidade recíproca protege a autonomia dos entes 
federados, a imunidade religiosa impede que o Estado se utilize do poder de 
tributar como um meio de embaraçar o funcionamento das entidades religiosas. 
→ Liberdade de culto como direito individual (art. 5º, VI, CF) e a imunidade religiosa 
estão protegidas por clausula pétrea. 
→ Imunidade exclusiva para imposto, não se aplica a taxas e contribuições especiais. 
→ Art. 150, VI, b 
→ Templo X Entidade religiosa 
→ O artigo para sobre templo, pela diferenciação, deveria ser imune apenas aos 
impostos do IPTU e ITR, mas o sentido que o legislador se referiu, foi a entidade 
religiosa. 
→ O STF entende que se um imóvel que pertence a ente imune é alugado, não 
deixa de estar vinculado às finalidades essenciais do ente, não perdendo a 
imunidade 
→ A jurisprudência não demonstra qualquer preocupação em averiguar o uso dado 
ao imóvel pelo particular locatário (se por parte deste há ou não exploração de 
atividade econômica) 
→ STF entende que a imunidade dos templos de qualquer culto é aplicável aos 
cemitérios que funcionem como extensões de entidades religiosas, não tenham 
fins lucrativos e se dediquem exclusivamente à realização de serviços religiosos 
e funerários. 
→ Não se aplica a imunidade religiosa aos cemitérios instituídos por particulares com 
manifesta finalidade lucrativa. 
 
• Imunidade tributária dos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores e entidades 
educacionais e assistenciais sem fins lucrativos. 
→ Art. 150, VI, c, da CF/88 
→ É vedado aos entes federados, instituir impostos sobre patrimônio, renda ou 
serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais 
dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
→ O §4º do mesmo artigo especifica que a imunidade só é aplicável ao patrimônio, 
à renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais dessas entidades 
→ Assegura o pluralismo político, por evitar que o Estado uso do poder de tributar 
como pretexto para subjugar partidos cujas concepções contrariem aquelas 
adotadas por quem esteja no exercício do poder. 
→ Ao imunizar os sindicados, quis proteger a liberdade de associação sindical do art. 
8º da CF (porém apenas os sindicatos dos trabalhadores) 
→ Quanto as entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos, são imunes 
à incidência de impostos, desde que atenda os requisitos estipulados em lei (lei 
regulamentadora – eficácia limitada) 
 
 Vinculação do patrimônio, da renda e serviços dos entes imunes às suas finalidades 
➢ Do mesmo modo que ocorre em relação à imunidade religiosa, o STF tem 
sido muito flexível na análise da vinculação exigida pelo comando 
constitucional aos partidos, entidades sindicais, educacionais e assistenciais s/ 
fins lucrativos. 
➢ Segundo a jurisprudência, o fato de a entidade utilizar seu patrimônio em 
atividade que gere acréscimo patrimonial e que, a rigor, não se enquadre 
nas finalidades, não afasta a imunidade, desde que os recursos obtidos sejam 
destinados a tais fins. 
 
Súmula Vinculante 52 
Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o 
imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, 
VI, "c", da Constituição Federal, desde que o valor dos aluguéis seja 
aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram constituídas. 
 
➢ O STF tem entendido que mesmo com atividades que se afastam daquelas 
essenciais, é presente a imunidade, para preservar, estimular e proteger as 
entidades. 
➢ A Corte suprema entendeu que a venda de bens de entidade imune não 
se sujeita ao ICMS 
➢ ATENÇÃO → O STF reconhece a aplicação da imunidade em benefício do 
contribuinte de direito (comerciante) e não em favor do contribuinte de fato 
(adquirente, que sofre o encargo do tributo) 
 
 Regulamentação da imunidade das entidades educacionais e assistenciais sem fins 
lucrativos 
➢ A imunidade das entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos 
depende de regulamentação por lei complementar 
➢ Art. 14 CTN tem os requisitos para as entidades gozarem de imunidade: 
 I – Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, 
a qualquer título; 
 II - Aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção 
dos seus objetivos institucionais; 
 III - Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros 
revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão. 
➢ Ressalta-se que a ausência de fins lucrativos não impede o viável crescimento de 
suas receitas, o que não pode acontecer é a distribuição de excedentes entre os 
sócios, diretores, gerentes ou quaisquer outras pessoas. 
➢ STJ → A decisão administrativa que reconhece o preenchimento dos requisitos 
legais para gozo da imunidade possui natureza declaratória e, por isso produz 
efeitos retroativos (ex tunc), ficando a incidência de impostos vedada desde o 
momento em que efetivamente cumpridos os requisitos e não após a decisão que 
reconhece (declara) esse cumprimento 
Súmula 612 - O certificado de entidade beneficente de assistência social (CEBAS), 
no prazo de sua validade, possui natureza declaratória para fins tributários, 
retroagindo seus efeitos à data em que demonstrado o cumprimento dos requisitos 
estabelecidos por lei complementar para a fruição da imunidade. 
➢ Se a entidade deixar de cumprir qualquer dos requisitos, a autoridade competente 
poderá suspender a aplicação do benefício, conforme §1º do art. 14 
➢ STF → entende que se presume que seu patrimônio, renda e serviços 
encontram-se vinculados àssuas finalidades essenciais. 
➢ No âmbito federal, o art. 32 da lei 9.430/96 estabelece os procedimentos de 
fiscalização a serem adotados para a suspenção da imunidade. 
 A imunidade e as entidades fechadas de previdência social privada 
➢ Enquadramento das entidades fechadas de previdência social privada dentro do 
conceito de entidade assistencial sem fins lucrativos, para fins de reconhecimento 
de imunidade tributária. 
➢ Os planos de previdência privada aberta (que qualquer pessoa pode contratar 
junto a instituição financeira) possuem finalidade lucrativa, não estando protegidos 
por imunidade. 
➢ A duvida é em relação ao “fundo de pensão” – tais entidades não possui fins 
lucrativos e conseguem suprir os requisitos do art. 14 CTN. 
➢ Previdência social tem caráter contributivo, já a assistência social será prestada a 
quem necessitar. 
➢ No art. 150, VI, c, CF, o legislador imunizou expressamente as entidades da 
ASSISTENCIA SOCIAL 
➢ STF→ Só tem imunidade as entidades de assistência social, e não as de 
previdência. (porém nada impede que uma entidade cujo objetivo é assegurar 
aos filiados uma complementação dos benefícios pagos pela previdência (INSS) 
seja considerada assistencial. 
➢ Em casos que o filiado não precisa contribuir para receber os futuros benefícios, 
o STF considera que o caráter do sistema é assistencial e tem imunidade. 
 
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Súmula 730 STF 
A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins 
lucrativos pelo art. 150, VI, "c", da Constituição, somente alcança as entidades 
fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos 
beneficiários. 
➢ As entidades de previdência privada que tiverem como patrocinadores os entes 
políticos, e as entidades da administração indireta, jamais serão beneficiadas pela 
imunidade tributária das entidades assistenciais. Pois se o patrocinador estatal não 
pode contribuir com o montante maior que aquele a cargo do beneficiário, 
também não pode, contribuir sozinho. 
• Imunidade tributária cultural 
→ Art. 150, VI, d, CF 
→ Proibição dos entes federados em instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos 
e o papel destinado à sua impressão. 
→ Baratear acesso à cultura 
→ Clausula pétrea 
→ Única puramente objetiva (pois só tem imunidade os objetos e não a pessoa que 
comercializa) 
→ STF afastou qualquer possibilidade de aferimento do valor cultural das publicações 
com o objetivo de conferi-lhes ou não imunidade. 
→ STF→ as apostilas também são protegidas pela imunidade. 
→ STF entende que por não poderem se considerados destinados a cultura e 
educação, os encartes com exclusiva finalidade comercial, mesmo que inserido 
dentro de jornais, não estão protegidos por imunidade. Porem a presença de 
propaganda no corpo da própria publicação, sendo dela inseparável, não lhe retira 
imunidade. 
Súmula 657 
A imunidade prevista no art. 150, VI, "d", da Constituição Federal abrange os filmes e 
papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. 
→ Atualmente o STF entende que a imunidade dos livros de papel também se aplica 
ao livro eletrônico. – Audiolivro também- 
• Imunidade tributária da música nacional 
→ Acrescentado pela EC 75/2013 no art. 150, VI, e, CF 
→ Proíbe a instituição de impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais 
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores 
brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os 
suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de 
replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
→ Combate à pirataria 
 
1 – Fonogramas e videofonogramas musicais 
▪ A lei de direitos autorais conceitua fonograma como “toda fixação de sons 
de uma execução ou interpretação ou de outros sons, ou de uma 
representação de sons que não seja uma fixação incluída em uma obra 
audiovisual;” – arquivo contendo a música- 
▪ Mesmo não tendo definição legal, podemos definir videofonogramas o 
arquivo contendo música e vídeo. 
▪ Não é necessário para a caracterização a sua apresentação em suporte 
material (CD, DVD, Blu-ray, cassete, vinil) ou sua disponibilidade e circulação 
mediante transferência eletrônica de dados, como os do Appstore. 
II- Produzidos no Brasil 
▪ Caráter absoluto, não há exceção 
III- Contendo obras ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral 
interpretadas por artistas brasileiros 
▪ Imunidade descaracterizada do caráter puramente objetivo 
▪ Como há requisitos subjetivos e objetivos, é classificada como mista 
▪ Requisito subjetivo: basta o compositor ou interprete ser brasileiro 
IV- Bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham 
▪ Para evitar a discussão que teve com os livros digitais 
▪ Sendo protegido pela imunidade as musicas de meios digitais também. 
V- Salvo na replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
▪ A imunidade retiraria a exclusividade do beneficio da zona franca de 
Manaus. 
▪ Apenas para mídia óptica, ou seja, vinil tem imunidade ainda assim. 
• Tributos abrangidos 
→ A imunidade musical só se aplica a imposto, não impedindo cobrança de 
contribuições como PIS, COFINS 
→ Não foi impedida a incidência do imposto de renda 
→ STF entende pela incidência de ISS sobre contratação de estúdio, músico, 
mixagem, etc. 
→ Somente estão abrangidos pela imunidade os impostos que incidem diretamente 
sobre os fonogramas e videofonogramas. 
→ IPI e ICMS que incidiriam na etapa de “prensagem” e o ICMS que incide na 
distribuição e venda. 
→ IE também estará impedida.

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