Buscar

Trabalho DisciplinaTeorias e Saberes do Currículol AVA 2

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA CURSO DE PEDAGOGIA
NATÁLIA LINO MARQUES
“BRINCADEIRA DE MENINO, BRINCADEIRA DE MENINA”; BRINCADEIRA DE TODOS
 NOVA IGUAÇU
 2022
“BRINCADEIRA DE MENINO, BRINCADEIRA DE MENINA”; BRINCADEIRA DE TODOS
Trabalho apresentado ao curso de Pedagogia, da Universidade Veiga de Almeida como requisito parcial de aprovação na disciplina de Teorias e Saberes do Currículo.
 NOVA IGUAÇU
 2022
“Brincadeira de menino, brincadeira de menina”: Brincadeira de todos
1. As relações heteronormativas presentes na escola.
2. Como essa invisibilidade pode ser rompida.
3. A importância de um currículo crítico e emancipatório para a formação de uma sociedade inclusiva.
Dentro do cotidiano escolar, é possível verificar a situação-problema: “Brincadeira de menino, brincadeira de menina”, fatos como esse infelizmente ainda ocorrem dentro das escolas, e quanto fora das mesmas. Essa heteronormartividade, composta por dois vocábulos hetero e norma, hetero significa outro, diferente, ou seja, o normal é o comportamento de homem e mulher, e não homem e homem, mulher e mulher, já o vocábulo homo vem significar igual.
A escola tem a função social para a inclusão, ter o conhecimento das diferenças de gênero, as diversidades, as sexualidades, valorizar as igualdades e diferenças, de culturas, superação das desigualdades e trabalhar em seus currículos as mudanças e respeito as diferenças, seguindo a Declaração Universal dos Direitos Humanos:
"Art. II. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, opinião, ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição. Art. III – Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (...) Art. V - Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante. (...) Art. VII - Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Dentro do ambiente escolar que se faz necessário a articulação para a promoção de reconhecimento das pluralidades das identidades e de comportamentos diferentes, na formação e no desenvolvimento do indivíduo, discutindo essa educação sob uma perspectiva problematizadora e crítica, abordando as hierarquias sociais, relações de poder que são opressivas e excludentes, que ainda continuam em certas escolas. Um momento para construir um espaço de diálogo para a construção de
conhecimento, formando indivíduos que consigam enxergar as mudanças comportamentais nos papéis que são exercidos por mulheres e homens tanto em suas famílias quanto na sociedade, e permitindo verificar que elementos ainda reforçam essa situação-problema. Através de debates, filmes, leituras, teatro e exposições, expor que ser diferente ou não, precisa ser respeitado, construindo em conjunto essa formação para o reconhecimento dos ideais, opções e vontades de cada sujeito.
É preciso que no currículo crítico e emancipatório seja comprometido para trabalhar com os estudantes e toda a comunidade escolar e o entorno, a compreensão da formação da sociedade, aspectos históricos e sociais, corroborando para o desenvolvimento, construindo diariamente de maneira crítica, responsável e conscientes os diversos cenários, segundo Adorno (1995):
(...) ”o próprio processo que impõe a barbárie aos homens ao mesmo tempo constitui a base de sua sobrevivência... a função da teoria crítica seria justamente analisar a formação social em que isto se dá, revelando as raízes deste movimento - que não são acidentais – e descobrindo as condições de interferir em seu rumo. O essencial é pensar a sociedade em seu devir. Só assim seria possível fixar alternativas históricas tendo como base a emancipação de todos no sentido de se tornarem sujeitos refletidos da história, aptos a interromper barbárie e realizar o conteúdo positivo, emancipatório, do movimento de ilustração da razão” (p.12).
Para transformação dessa estrutura dominante, excludente se faz necessário uma transformação contínua de novas posturas, intervenções, disputas como possibilidades reflexivas que contribuam para o crescimento tanto individual quanto coletivo, pois tanto aluno como docente, quem ensina e quem aprende, bem retratado por, Paulo Freire (1996): (...) “embora diferentes entre si, quem forma se forma e re- forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado. É neste sentido que ensinar não é transferir conhecimento, conteúdos nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado” (p.25).
Referências:
ADORNO, Theodor W. Educação e Emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995.
Declaração Universal dos Direitos Humanos. Disponível em: < https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos >. Acesso em: 06, setembro de 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática. São Paulo: Paz e Terra, 1996;

Mais conteúdos dessa disciplina