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Direito Civil - LINDB
e Parte Geral
1
PARTE
Edição 2022.1
De acordo com a Lei 14.195/2021 e com a MP 1.085/2021
Disponibilizado exclusivamente para Iara alves, documento 113.291.296-28, email iaralvs11@gmail.com
. 
 
CS – CIVIL I 2022 1 
 
CIVIL I: LINDB e PARTE GERAL 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DE DIREITO BRASILEIRO .................................................. 11 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 11 
2. CONTEÚDO DA LINDB ............................................................................................................. 11 
3. FONTES DO DIREITO ............................................................................................................... 13 
 FONTE FORMAL PRIMÁRIA: LEI ...................................................................................... 13 
 FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS ................................................................................. 14 
 FONTES NÃO FORMAIS ................................................................................................... 15 
3.3.1. Doutrina ........................................................................................................................ 15 
3.3.2. Jurisprudência .............................................................................................................. 15 
3.3.3. Equidade ...................................................................................................................... 16 
3.3.4. Súmula Vinculante ....................................................................................................... 17 
4. FORMAS DE INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA............................................................... 17 
 ANALOGIA .......................................................................................................................... 18 
 COSTUMES ........................................................................................................................ 19 
 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO................................................................................... 20 
5. REGRAS DE APLICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA NO TEMPO ............................................. 20 
 INÍCIO DE VIGÊNCIA ......................................................................................................... 21 
 FIM DA VIGÊNCIA .............................................................................................................. 21 
 INTERPRETAÇÃO DO ART. 2º, §2º DA LINDB ................................................................ 22 
 REPRISTINAÇÃO ............................................................................................................... 23 
 RETROATIVIDADE DA NORMA JURÍDICA ...................................................................... 23 
6. REGRAS DE APLICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA NO ESPAÇO ........................................... 24 
 REGRA GERAL................................................................................................................... 27 
 TEORIA DA TERRITORIALIDADE MODERADA OU MITIGADA ..................................... 27 
 EXCEÇÕES À APLICAÇÃO DO ESTATUTO PESSOAL .................................................. 28 
 REQUISITOS PARA HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA ...................... 28 
7. ANTINOMIAS JURÍDICAS OU LACUNAS DE COLISÃO ......................................................... 30 
 CRITÉRIOS BÁSICO .......................................................................................................... 30 
 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................ 30 
8. NORMAS SOBRE SEGURANÇA JURÍDICA E EFICIÊNCIA NA CRIAÇÃO E NA APLICAÇÃO 
DO DIREITO PÚBLICO ..................................................................................................................... 31 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 31 
 DECISÃO COM BASE EM VALORES JURÍDICOS ABSTRATOS ................................... 32 
 MOTIVAÇÃO DEVERÁ DEMONSTRAR A NECESSIDADE E ADEQUAÇÃO ................. 34 
 DECISÃO QUE ACARRETE INVALIDAÇÃO DE ATO, CONTRATO, AJUSTE, 
PROCESSO OU NORMA ADMINISTRATIVA .............................................................................. 35 
 INTERPRETAÇÃO DAS NORMAS SOBRE GESTÃO PÚBLICA ..................................... 36 
 MUDANÇA DE INTERPRETAÇÃO OU ORIENTAÇÃO E MODULAÇÃO DOS EFEITOS 
DA DECISÃO ................................................................................................................................. 37 
 REVISÃO DEVERÁ LEVAR EM CONTA A ORIENTAÇÃO VIGENTE NA ÉPOCA DA 
PRÁTICA DO ATO ......................................................................................................................... 38 
 COMPROMISSO PARA ELIMINAR IRREGULARIDADE, INCERTEZA JURÍDICA OU 
SITUAÇÃO CONTENCIOSA NA APLICAÇÃO DO DIREITO PÚBLICO ...................................... 38 
 IMPOSIÇÃO DE COMPENSAÇÃO .................................................................................... 39 
 RESPONSABILIDADE DO AGENTE PÚBLICO ................................................................ 39 
Disponibilizado exclusivamente para Iara alves, documento 113.291.296-28, email iaralvs11@gmail.com
. 
 
CS – CIVIL I 2022 2 
 
 CONSULTA PÚBLICA ........................................................................................................ 43 
 INSTRUMENTOS PARA AUMENTAR A SEGURANÇA JURÍDICA ................................. 43 
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL ................................................................................................... 44 
1. QUADRO EVOLUTIVO DO DIREITO CIVIL .............................................................................. 44 
 DO DIREITO ROMANO ATÉ A REVOLUÇÃO FRANCESA: DIVISÃO DO DIREITO EM 
CIVIL E PENAL .............................................................................................................................. 44 
 REVOLUÇÃO FRANCESA: DIVISÃO DO DIREITO EM PÚBLICO E PRIVADO ............. 44 
 CONSTITUIÇÃO IMPERIAL E O DIREITO CIVIL .............................................................. 44 
 CÓDIGO CIVIL DE 1916 E A ESTRUTURA DO DIREITO CIVIL ...................................... 45 
 A NEUTRALIDADE E INDIFERENÇA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS EM 
RELAÇÃO AO DIREITO CIVIL ...................................................................................................... 46 
 PULVERIZAÇÃO DAS RELAÇÕES PRIVADAS E A PERDA DA REFERÊNCIA ............ 46 
2. CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL ...................................................................... 47 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 47 
 TÁBUA AXIOLÓGICA ......................................................................................................... 47 
 CONSTITUCIONALIZAÇÃO x PUBLICIZAÇÃO ................................................................ 47 
 DIREITO CIVIL MÍNIMO ..................................................................................................... 48 
3. CÓDIGO CIVIL DE 2002 E OS SEUS PARADIGMAS .............................................................. 48 
 SOCIALIDADE .................................................................................................................... 49 
 ETICIDADE ......................................................................................................................... 49 
 OPERABILIDADE ............................................................................................................... 504. DISTINÇÕES ENTRE CLÁUSULAS GERAIS E CONCEITOS JURÍDICOS 
INDETERMINADOS .......................................................................................................................... 50 
5. APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS....... 51 
6. APLICAÇÃO DIRETA DOS DIREITOS SOCIAIS NAS RELAÇÕES PRIVADAS ..................... 52 
7. INCIDÊNCIA DIRETA DOS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS NO ÂMBITO 
DAS RELAÇÕES PRIVADAS ............................................................................................................ 53 
 STATUS LEGAL .................................................................................................................. 53 
 STATUS CONSTITUCIONAL ............................................................................................. 53 
 STATUS SUPRALEGAL ..................................................................................................... 54 
8. DIÁLOGO DAS FONTES ........................................................................................................... 54 
9. CONFLITOS NORMATIVOS DO DIREITO CIVIL ..................................................................... 55 
PESSOA NATURAL .......................................................................................................................... 58 
1. CONCEITOS INICIAIS ............................................................................................................... 58 
 CAPACIDADE DE DIREITO OU DE GOZO ....................................................................... 58 
 CAPACIDADE DE FATO OU DE EXERCÍCIO .................................................................. 58 
 LEGITIMAÇÃO .................................................................................................................... 58 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................... 59 
 PERSONALIDADE .............................................................................................................. 59 
2. INÍCIO DA PERSONALIDADE ................................................................................................... 59 
 TEORIAS EXPLICATIVAS DO NASCITURO ..................................................................... 60 
2.1.1. Teoria Natalista ............................................................................................................ 60 
2.1.2. Teoria da Personalidade Condicionada ...................................................................... 60 
2.1.3. Teoria Concepcionista ................................................................................................. 60 
3. TEORIA DAS INCAPACIDADES ............................................................................................... 64 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 64 
 CONSIDERAÇÕES ACERCA DO ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA ......... 64 
 INCAPACIDADE ABSOLUTA ............................................................................................. 67 
 INCAPACIDADE RELATIVA ............................................................................................... 68 
4. EMANCIPAÇÃO ......................................................................................................................... 70 
Disponibilizado exclusivamente para Iara alves, documento 113.291.296-28, email iaralvs11@gmail.com
. 
 
CS – CIVIL I 2022 3 
 
 VOLUNTÁRIA ...................................................................................................................... 70 
 JUDICIAL ............................................................................................................................. 71 
 LEGAL ................................................................................................................................. 72 
5. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL ......................................................................................... 73 
 AUSÊNCIA .......................................................................................................................... 75 
 MORTE PRESUMIDA: OUTRAS HIPÓTESES .................................................................. 78 
 COMORIÊNCIA ................................................................................................................... 79 
DIREITOS DA PERSONALIDADE .................................................................................................... 80 
1. NOÇÕES INTRODUTÓRIAS ..................................................................................................... 80 
 IMPORTÂNCIA DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE .................................................. 80 
 DIFERENÇAS ENTRE PERSONALIDADE E CAPACIDADE ........................................... 80 
2. CLÁUSULA GERAL DE PROTEÇÃO À PERSONALIDADE .................................................... 81 
3. TÉCNICA DE PONDERAÇÃO ................................................................................................... 82 
4. DIREITOS DE PERSONALIDADE VERSUS LIBERDADES PÚBLICAS ................................. 84 
5. MOMENTO AQUISITIVO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE .......................................... 84 
6. MOMENTO EXTINTIVO DOS DIREITOS DE PERSONALIDADE ........................................... 85 
7. FONTES DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE .................................................................... 88 
8. DIREITOS DA PERSONALIDADE A PESSOA JURÍDICA ....................................................... 88 
9. CONFLITO ENTRE DIREITOS DA PERSONALIDADE E LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO 
SOCIAL .............................................................................................................................................. 89 
10. DIREITOS DA PERSONALIDADE E AS PESSOAS PÚBLICAS (CELEBRIDADES) .......... 91 
11. CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................. 92 
12. TUTELA JURÍDICA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ............................................... 93 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 93 
 TUTELA PREVENTIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ..................................... 94 
12.2.1. Considerações ............................................................................................................. 94 
12.2.2. Espécies de tutela específica ...................................................................................... 95 
12.2.3. Mandado de distanciamento ........................................................................................ 95 
12.2.4. Possibilidade de prisão ................................................................................................ 96 
 TUTELA REPRESSIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ..................................... 96 
 TUTELA JURÍDICA COLETIVA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE ........................ 98 
13. DIREITOS DE PERSONALIDADE À INTEGRIDADE FÍSICA ............................................... 98 
 TUTELA JURÍDICA DO CORPO VIVO .............................................................................. 98 
 TUTELA JURÍDICA DO CORPO MORTO ....................................................................... 100 
 LIVRE CONSENTIMENTO INFORMADO (AUTONOMIA DO PACIENTE) .................... 101 
14. DIREITO À HONRA .............................................................................................................. 102 
15. DIREITO AO NOME CIVIL ................................................................................................... 102 
 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ....................................................................... 102 
 ESCOLHA DO NOME .......................................................................................................103 
 ESCOLHA FEITA PELOS PAIS ....................................................................................... 103 
 ELEMENTOS COMPONENTES ....................................................................................... 104 
 IMUTABILIDADE RELATIVA ............................................................................................ 105 
16. DIREITO À IMAGEM ............................................................................................................ 106 
17. DIREITO À PRIVACIDADE .................................................................................................. 109 
PESSOA JURÍDICA ......................................................................................................................... 110 
1. CONCEITO ............................................................................................................................... 110 
2. TEORIAS EXPLICATIVAS ....................................................................................................... 110 
 TEORIA NEGATIVISTA .................................................................................................... 110 
 TEORIA AFIRMATIVISTA ................................................................................................. 110 
2.2.1. Teoria da ficção (Savigny) ......................................................................................... 110 
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CS – CIVIL I 2022 4 
 
2.2.2. Teoria da realidade objetiva ou organacionista (Clóvis Beviláqua) .......................... 111 
2.2.3. Teoria da realidade técnica (Ferrara) ........................................................................ 111 
3. PRESSUPOSTOS EXISTENCIAIS .......................................................................................... 111 
4. PERSONIFICAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ......................................................................... 111 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 112 
 SOCIEDADES DESPERSONIFICADAS .......................................................................... 112 
 ENTES DESPERSONALIZADOS ..................................................................................... 113 
5. AUTONOMIA PATRIMONIAL .................................................................................................. 114 
6. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO ..................................................................... 115 
7. FUNDAÇÕES ........................................................................................................................... 116 
 FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO ............................................................................. 116 
 FUNDAÇÕES DE DIREITO PRIVADO ............................................................................ 116 
 FINALIDADE ..................................................................................................................... 117 
 ETAPAS PARA CONSTITUIÇÃO DE UMA FUNDAÇÃO DE DIREITO PRIVADO ........ 117 
 FISCALIZAÇÃO DAS FUNDAÇÕES ................................................................................ 118 
 ALTERAÇÃO DO ESTATUTO .......................................................................................... 119 
8. SOCIEDADES .......................................................................................................................... 119 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 119 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 120 
9. ASSOCIAÇÕES ........................................................................................................................ 121 
 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................... 121 
 O ESTATUTO DAS ASSOCIAÇÕES ............................................................................... 122 
 ASSEMBLEIA GERAL ...................................................................................................... 122 
 DISSOLUÇÃO DA ASSOCIAÇÃO .................................................................................... 122 
 EXCLUSÃO DO ASSOCIADO .......................................................................................... 123 
10. EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA .................................................................................... 123 
 CONVENCIONAL .............................................................................................................. 123 
 ADMINISTRATIVA ............................................................................................................ 123 
 JUDICIAL ........................................................................................................................... 123 
11. DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA ................................................................. 123 
 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 124 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 124 
 DESCONSIDERAÇÃO X DESPERSONALIZAÇÃO ........................................................ 124 
 DESCONSIDERAÇÃO X DESPERSONALIZAÇÃO X CORRESPONSABILIDADE X 
SOLIDARIEDADE ........................................................................................................................ 124 
 REQUISITOS DA DESCONSIDERAÇÃO ........................................................................ 125 
11.5.1. Benefício direito ou indireto ....................................................................................... 126 
11.5.2. Desfio de finalidade ................................................................................................... 126 
11.5.3. Confusão patrimonial ................................................................................................. 126 
 DESCONSIDERAÇÃO INVERSA ..................................................................................... 127 
 DESCONSIDERAÇÃO E GRUPOS ECONÔMICOS ....................................................... 127 
DOMICÍLIO....................................................................................................................................... 128 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 128 
2. MUDANÇA DE DOMICÍLIO...................................................................................................... 129 
3. DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA ....................................................................................... 129 
4. CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO .......................................................................................... 130 
 DOMICÍLIO VOLUNTÁRIO ............................................................................................... 130 
 DOMICÍLIO LEGAL OU NECESSÁRIO ........................................................................... 130 
4.2.1. Domicílio do Incapaz .................................................................................................. 130 
Disponibilizado exclusivamente para Iara alves, documento 113.291.296-28, email iaralvs11@gmail.com
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CS – CIVIL I 2022 5 
 
4.2.2. Domicílio do Servidor Público .................................................................................... 131 
4.2.3. Domicílio do Militar ..................................................................................................... 131 
4.2.4. Domicílio do Marítimo (marinhamercante) ............................................................... 131 
4.2.5. Preso .......................................................................................................................... 131 
 DOMICÍLIO DE ELEIÇÃO ................................................................................................. 131 
BENS JURÍDICOS ........................................................................................................................... 132 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 132 
2. CLASSIFICAÇÃO DOS BENS JURÍDICOS ............................................................................ 132 
 QUANTO À TANGIBILIDADE ........................................................................................... 132 
2.1.1. Corpóreos, materiais ou tangíveis ............................................................................. 132 
2.1.2. Incorpóreos, imateriais ou intangíveis ....................................................................... 133 
 QUANTO À MOBILIDADE ................................................................................................ 133 
2.2.1. Bens imóveis .............................................................................................................. 133 
2.2.2. Bens móveis ............................................................................................................... 136 
 QUANTO À FUNGIBILIDADE ........................................................................................... 137 
2.3.1. Bens fungíveis ............................................................................................................ 137 
2.3.2. Bens infungíveis ......................................................................................................... 137 
 QUANTO À CONSUNTIBILIDADE ................................................................................... 138 
2.4.1. Bens consumíveis ...................................................................................................... 138 
2.4.2. Bens inconsumíveis ................................................................................................... 138 
2.4.3. Exemplos .................................................................................................................... 138 
 QUANTO À DIVISIBILIDADE............................................................................................ 139 
2.5.1. Bens divisíveis ........................................................................................................... 139 
2.5.2. Bens indivisíveis......................................................................................................... 139 
 QUANTO À INDIVIDUALIDADE ....................................................................................... 140 
2.6.1. Bens singulares .......................................................................................................... 140 
2.6.2. Bens coletivos ou universalidades ............................................................................ 140 
 QUANTO À DEPENDÊNCIA ............................................................................................ 140 
2.7.1. Bens principais (ou independentes) .......................................................................... 140 
2.7.2. Bens acessórios (ou dependentes) ........................................................................... 140 
 QUANTO AO TITULAR DO DOMÍNIO ............................................................................. 142 
2.8.1. Bens particulares ou privados ................................................................................... 143 
2.8.2. Bens públicos ou do Estado ...................................................................................... 143 
3. BEM DE FAMÍLIA ..................................................................................................................... 144 
 HISTÓRICO ....................................................................................................................... 144 
 BEM DE FAMÍLIA VOLUNTÁRIO ..................................................................................... 145 
3.2.1. Noções gerais ............................................................................................................ 145 
3.2.2. Inalienabilidade relativa ............................................................................................. 145 
3.2.3. Impenhorabilidade limitada ........................................................................................ 145 
3.2.4. Teto para o bem de família voluntário ....................................................................... 146 
3.2.5. Afetação de valores mobiliários ao bem de família voluntário .................................. 146 
3.2.6. Administração do bem de família voluntário. Art. 1720 do CC. ................................ 146 
3.2.7. Extinção do bem de família voluntário. Art. 1721 e 1722 do CC. ............................. 147 
 BEM DE FAMÍLIA LEGAL ................................................................................................. 147 
3.3.1. Previsão legal ............................................................................................................. 147 
3.3.2. Impenhorabilidade ..................................................................................................... 147 
3.3.3. Exceções à impenhorabilidade .................................................................................. 148 
 BEM DE FAMÍLIA E NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ ..................................................... 152 
Disponibilizado exclusivamente para Iara alves, documento 113.291.296-28, email iaralvs11@gmail.com
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CS – CIVIL I 2022 6 
 
TEORIA DO FATO JURÍDICO ........................................................................................................ 155 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 155 
 SUPORTE FÁTICO ........................................................................................................... 155 
1.1.1. Suporte fático hipotético ou abstrato ......................................................................... 155 
1.1.2. Suporte fático concreto .............................................................................................. 155 
1.1.3. Suporte fático constituído de elementos positivos .................................................... 155 
1.1.4. Suporte fático constituído de elementos negativos................................................... 155 
 A FENOMENOLOGIA DA JURIDICIZAÇÃO .................................................................... 156 
1.2.1. Como ocorre a juridicização ...................................................................................... 156 
1.2.2. Suporte fático deficiente ............................................................................................ 156 
 CONSEQUÊNCIAS DA INCIDÊNCIA .............................................................................. 157 
1.3.1. Juridicização .............................................................................................................. 157 
1.3.2. Pré-exclusão de juridicidade ...................................................................................... 157 
1.3.3. Invalidação ................................................................................................................. 157 
1.3.4. Deseficacização ......................................................................................................... 157 
1.3.5. Desjuridicização ......................................................................................................... 157 
2. PLANOS DOS FATOS JURÍDICOS: UMA VISÃOGERAL ..................................................... 158 
 PLANO DA EXISTÊNCIA .................................................................................................. 158 
 PLANO DA VALIDADE ..................................................................................................... 158 
 PLANO DA EFICÁCIA....................................................................................................... 158 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS FATOS JURÍDICOS: FATO JURÍDICO LATO SENSU .................... 159 
 ESQUEMA GRÁFICO1 (MELLO) ..................................................................................... 159 
 ESQUEMA GRÁFICO2 (STOLZE) ................................................................................... 160 
 FATO JURÍDICO STRICTO SENSU ................................................................................ 160 
3.3.1. Ordinário ..................................................................................................................... 160 
3.3.2. Extraodinário .............................................................................................................. 160 
 ATO-FATO JURÍDICO ...................................................................................................... 161 
3.4.1. Espécies de ato-fato jurídico ..................................................................................... 161 
 ATO JURÍDICO LATO SENSU ......................................................................................... 162 
3.5.1. Noções gerais ............................................................................................................ 162 
3.5.2. Espécies de atos jurídicos ......................................................................................... 162 
 ATO JURÍDICO STRICTO SENSU .................................................................................. 163 
3.6.1. Noções gerais ............................................................................................................ 163 
3.6.2. Classificação dos atos jurídicos stricto sensu ........................................................... 163 
 NEGÓCIO JURÍDICO ....................................................................................................... 164 
3.7.1. Noções gerais ............................................................................................................ 164 
3.7.2. Classes de negócios jurídicos ................................................................................... 164 
3.7.3. Elementos constitutivos do negócio jurídico ............................................................. 167 
 FATO/ATO ILÍCITO ........................................................................................................... 167 
TEORIA DO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................................................. 168 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 168 
2. PLANO DE EXISTÊNCIA ......................................................................................................... 168 
 MANIFESTAÇÃO DE VONTADE ..................................................................................... 168 
 AGENTE ............................................................................................................................ 168 
 OBJETO ............................................................................................................................ 168 
 FORMA .............................................................................................................................. 168 
3. PLANO DE VALIDADE ............................................................................................................. 169 
 CONCEITO E PRESSUPOSTOS ..................................................................................... 169 
 OBSERVAÇÕES ............................................................................................................... 170 
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CS – CIVIL I 2022 7 
 
 PECULIARIDADES QUANTO AO PRESSUPOSTO DE VALIDADE “FORMA” ............. 170 
4. PLANO DE EFICÁCIA .............................................................................................................. 172 
5. TEORIAS EXPLICATIVAS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................ 172 
 TEORIA VOLUNTARISTA (DA VONTADE) ..................................................................... 172 
 TEORIA OBJETIVA (DA DECLARAÇÃO) ........................................................................ 173 
6. INTERPRETAÇÃO DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS ................................................................. 173 
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................................................ 175 
1. DISPOSIÇÃO DA MATÉRIA .................................................................................................... 175 
2. ERRO ........................................................................................................................................ 175 
 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 175 
 ERRO X VÍCIO REDIBITÓRIO ......................................................................................... 177 
 ESQUEMA SOBRE ERRO ............................................................................................... 177 
3. DOLO ........................................................................................................................................ 178 
 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 178 
 DOLO NEGATIVO ............................................................................................................. 179 
 DOLO BILATERAL ............................................................................................................ 179 
 DOLO DE TERCEIROS .................................................................................................... 179 
 DOLO DO REPRESENTANTE LEGAL OU CONVENCIONAL ....................................... 179 
 ESQUEMA ......................................................................................................................... 179 
4. COAÇÃO .................................................................................................................................. 180 
 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ................................................................................. 180 
 COAÇÃO DE TERCEIROS ............................................................................................... 180 
5. LESÃO ...................................................................................................................................... 181 
 CONCEITO E PREVISÃO LEGAL .................................................................................... 181 
 REQUISITOS .................................................................................................................... 182 
 LESÃO X TEORIA DA IMPREVISÃO ............................................................................... 183 
 LESÃO CONSUMERISTA ................................................................................................ 183 
6. ESTADO DE PERIGO .............................................................................................................. 183 
7. SIMULAÇÃO ............................................................................................................................. 185 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 185 
 ESPÉCIES......................................................................................................................... 186 
7.2.1. Simulação absoluta .................................................................................................... 186 
7.2.2. Simulação relativa (dissimulação) ............................................................................. 186 
 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ................................................................................... 187 
8. FRAUDE CONTRA CREDORES ............................................................................................. 188 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 188 
 HIPÓTESES LEGAIS ........................................................................................................ 188 
8.2.1. Negócio de transmissão gratuita de bens (art. 158) ................................................. 188 
8.2.2. Perdão fraudulento (remissão fraudulenta de dívida, art. 158). ............................... 189 
8.2.3. Negócio jurídico fraudulento oneroso (art. 159 CC).................................................. 189 
8.2.4. Antecipação fraudulenta de pagamento feita a um dos credores quirografários (art. 
162 CC). .................................................................................................................................... 189 
8.2.5. Outorga fraudulenta de garantia de dívida (art. 163 CC) .......................................... 190 
 AÇÃO E LEGITIMIDADE NA FRAUDE CONTRA CREDORES ...................................... 190 
 NATUREZA JURÍDICA DA SENTENÇA NA AÇÃO PAULIANA...................................... 191 
 CONSIDERAÇÃO QUANTO À NATUREZA DA AÇÃO PAULIANA À LUZ DA TEORIA DA 
AÇÃO – DIREITOS POTESTATIVOS, AÇÕES CONSTITUTIVAS ............................................ 191 
9. RESUMO DOS VÍCIOS NO NEGÓCIO JURÍDICO ................................................................. 192 
PLANO DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO .......................................................................... 194 
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CS – CIVIL I 2022 8 
 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 194 
2. CONDIÇÃO ............................................................................................................................... 194 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 194 
2.1.1. Futuridade .................................................................................................................. 194 
2.1.2. Incerteza ..................................................................................................................... 194 
 CLASSIFICAÇÃO DA CONDIÇÃO ................................................................................... 195 
2.2.1. Quanto ao modo de atuação ..................................................................................... 195 
2.2.2. Quanto à licitude ........................................................................................................ 196 
2.2.3. Quanto a origem ........................................................................................................ 198 
3. TERMO ..................................................................................................................................... 198 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 198 
 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 199 
4. MODO OU ENCARGO ............................................................................................................. 200 
5. CONDIÇÃO x TERMO x ENCARGO ....................................................................................... 200 
TEORIA DAS INVALIDADES DO NEGÓCIO JURÍDICO ............................................................... 202 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 202 
2. NULIDADE ABSOLUTA ........................................................................................................... 202 
 ANÁLISE DO ART. 166 CC .............................................................................................. 202 
 CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE ABSOLUTA .......................................................... 203 
2.2.1. Declaração de ofício. Legitimidade ........................................................................... 203 
2.2.2. Confirmação ............................................................................................................... 204 
2.2.3. Efeito ex tunc ............................................................................................................. 204 
3. NULIDADE RELATIVA (ANULABILIDADE) ............................................................................. 204 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 204 
 CARACTERÍSTICAS DA NULIDADE RELATIVA ............................................................ 205 
3.2.1. Impossibilidade de declaração de ofício. Legitimidade ............................................. 205 
3.2.2. Prazo decadencial ..................................................................................................... 205 
3.2.3. Confirmação ............................................................................................................... 206 
3.2.4. Eficácia ex tunc .......................................................................................................... 206 
ATO ILÍCITO .................................................................................................................................... 208 
1. NOÇÕES GERAIS .................................................................................................................... 208 
 CONCEITO E EVOLUÇÃO ............................................................................................... 208 
 SÍNTESE ........................................................................................................................... 208 
2. EFEITOS DA ILICITUDE (CIVIL) ............................................................................................. 209 
 EFEITO INDENIZANTE .................................................................................................... 209 
 EFEITO CADUCIFICANTE ............................................................................................... 209 
 EFEITO INVALIDANTE ..................................................................................................... 209 
 EFEITO AUTORIZANTE ................................................................................................... 210 
 OUTROS EFEITOS ........................................................................................................... 211 
3. ELEMENTOS DO ATO ILÍCITO ............................................................................................... 211 
4. ESPÉCIES (MODELOS) DE ATO ILÍCITO .............................................................................. 212 
 ATO ILÍCITO SUBJETIVO ................................................................................................ 212 
 ATO ILÍCITO OBJETIVO (ABUSO DE DIREITO OU ILÍCITO IMPRÓPRIO) .................. 213 
 SUBESPÉCIES DO ATO ILÍCITO OBJETIVO ................................................................. 215 
4.3.1. Venire contra factum proprium (teoria dos atos próprios).........................................215 
4.3.2. Supressio (Verwirkung) e Surrectio (erwirkung) ....................................................... 215 
4.3.3. “Tu quoque” e “Cláusula de Estoppel”....................................................................... 216 
4.3.4. Duty to mitigate the loss (dever de mitigar o dano)................................................... 217 
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CS – CIVIL I 2022 9 
 
4.3.5. Substancial performance (adimplemento substancial, inadimplemento mínimo, 
adimplemento fraco ou ruim) .................................................................................................... 217 
4.3.6. Violação positiva do contrato (violação de deveres anexos) .................................... 218 
5. EXCLUDENTES DA ILICITUDE (art. 188 do CC) ................................................................... 218 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ..................................................................................................... 220 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 220 
2. FUNDAMENTO ........................................................................................................................ 222 
3. PRESCRIÇÃO/DECADÊNCIA X DIFERENTES TIPOS DE DIREITOS ................................. 222 
 DIREITOS SUBJETIVOS (DIREITOS A UMA PRESTAÇÃO) ......................................... 222 
 DIREITOS POTESTATIVOS............................................................................................. 223 
4. PRESCRIÇÃO .......................................................................................................................... 223 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 223 
 INÍCIO DO PRAZO PRESCRICIONAL ............................................................................. 223 
 CARACTERÍSTICAS DA PRESCRIÇÃO ......................................................................... 225 
4.3.1. Admissibilidade de renúncia ...................................................................................... 225 
4.3.2. Reconhecimento em qualquer tempo ou grau de jurisdição .................................... 226 
4.3.3. Possibilidade de ser reconhecida de ofício ............................................................... 226 
4.3.4. Exceção prescreve junto com a pretensão ............................................................... 227 
 IMPEDIMENTO, SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO .......................... 227 
4.4.1. Hipóteses de impedimento e suspensão .................................................................. 228 
4.4.2. Hipóteses de interrupção da prescrição .................................................................... 230 
 PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE .................................................................................. 231 
4.5.1. Considerações iniciais ............................................................................................... 231 
4.5.2. Conceito ..................................................................................................................... 232 
4.5.3. Prescrição intercorrente na execução fiscal.............................................................. 232 
4.5.4. Prescrição intercorrente nas execuções distintas da fiscal, na vigência do CPC/1973
 233 
4.5.5. Prescrição intercorrente nas execuções fundadas em título extrajudicial, distintas da 
fiscal, na vigência do CPC/2015 .............................................................................................. 234 
4.5.6. Prescrição intercorrente no cumprimento da sentença ............................................ 234 
4.5.7. Prescrição intercorrente e processo de conhecimento paralisado ........................... 235 
4.5.8. Art. 206-A promoveu alteração na ordem jurídica? .................................................. 236 
 PRESCRIÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA ............................................................ 236 
5. DECADÊNCIA .......................................................................................................................... 237 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 237 
 ESPÉCIES ......................................................................................................................... 237 
 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 237 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – CIVIL I 2022 10 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Direito Civil I possui como base as aulas do Prof. Flávio Tartuce (G7), do Prof. 
Cristiano Chaves (CERS) e do Prof. Pablo Stolze (LFG). 
Com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes fontes 
complementares: a) Manual de Direito Civil – Volume Único 2021 (Rodolfo Pamplona Filho e Pablo 
Stolze Gagliano); b) Manual de Direito Civil – Volume Único 2018 (Cristiano Chaves). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Ademais, no Caderno constam os principais artigos de lei, mas, ressaltamos, que é 
necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você 
faça uma boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – CIVIL I 2022 11 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DE DIREITO 
BRASILEIRO 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Inicialmente, destaca-se que LINDB está positivada no Decreto-Lei 4.657/1942, trata-se de 
uma norma de sobredireito, ou seja, uma norma sobre normas (lex legum). A LINDB é dirigida a 
“atores específicos” (legislador e aplicador do direito), justamente por isso se diferencia das demais 
leis que são dirigidas a todos (generalidade). 
Observe o teor dos arts. 4º e 5º da LINDB: 
LINDB 
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige 
e às exigências do bem comum. 
 
Antes de 2010, a Lei de Introdução às Normas de Direito Brasileiro (LINDB) era chamada 
de Lei de Introdução ao Código Civil. A Lei 12.376/2010 alterou sua nomenclatura com o intuito de 
esclarecer que o Decreto-Lei 4.657/1942 aplica-se a todo o ordenamento jurídico e não apenas ao 
Direito Civil. 
Indaga-se: era realmente necessário que a nomenclatura fosse alterada? Para 
Tartuce e doutrina majoritária, a alteração no nome justifica-se, tendo emvista que a Lei 
de Introdução não é dirigida apenas ao Direito Civil (privado), mas a todos os ramos do 
Direito. A Lei de Introdução, por exemplo, traz as regras básicas do Direito Internacional 
Público e Privado, por isso também é conhecida como “Estatuto do Direito Internacional”. 
 
Ademais, a Lei 13.655/2018 introduziu os arts. 20 a 30, consagrando regras de 
julgamento para a esfera do Direito Público. De acordo com Tartuce, tal fato provocou um 
distanciamento ainda maior do Direito Privado, confirmando que a LINDB é dirigida a todo o 
ordenamento jurídico. 
Portanto, perceba que a Lei de Introdução nunca fez parte do Código Civil de 1916 e 
tampouco do Código Civil de 2002, é um diploma legal multidisciplinar que se aplica universalmente 
a qualquer ramo do direito. Logo, um código geral sobre a elaboração e aplicação das normas 
jurídicas, possuindo como objetivo a elaboração, a vigência e a aplicação de leis. 
2. CONTEÚDO DA LINDB 
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CS – CIVIL I 2022 12 
 
 
A LINDB possui a seguinte estrutura: 
 
LINDB
Formas de integração da 
norma jurídica
Regras de aplicação da 
norma jurídica no tempo e 
no espaço
Fontes do Direito
Regras de Direito 
Internacional Público e 
Privado
Regras de Direito Público
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CS – CIVIL I 2022 13 
 
3. FONTES DO DIREITO 
A LINDB contempla a visão clássica das fontes de direito. 
A expressão “fonte”, de acordo com a doutrina civilista, possui dois sentidos: origem (“vem 
de onde” – Maria Helena Diniz e Pablo Stolze) e manifestações jurídicas (“formas de expressão do 
direito” – Rubens Limongi França). Aqui, analisaremos os dois sentidos. 
 
 FONTE FORMAL PRIMÁRIA: LEI 
A Lei é uma norma jurídica (norma agendi). Trata-se, conforme os ensinamentos dos 
Professores Golfredo Telles Jr. e Maria Helena Diniz, de um imperativo autorizante. 
• É considerada um imperativo porque emana de autoridade competente, sendo dirigida a 
todos (generalidade, vigência sincrônica); 
• É considerada autorizante porque autoriza ou não autoriza condutas. 
Obs.: a ideia de Kelsen de que a lei é um imperativo sancionador está superada, nem toda norma 
jurídica impõe uma sanção. Por exemplo, a CF/88 consagra inúmeros dispositivos sem sanção (art. 
226 da CF). 
Além de ser imperativa e autorizante, a norma jurídica é dotada de obrigatoriedade, 
conforme se observa pela redação do art. 3º da LINDB. Desta forma, ninguém poderá deixar de 
cumprir a lei alegando não a conhecer. 
Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 
Acerca da obrigatoriedade da lei há na doutrina três correntes. Vejamos: 
FONTES DO 
DIREITO
Formais 
(constam na 
LINDB)
Primária LEI - civil law
Secundária
(na falta da lei)
Analogia
Costumes
Princípios 
Gerais do 
Direito
Informais (não 
constam na 
LINDB)
Doutrina
Jurisprudência
Equidade
Súmula 
Vinculante**
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CS – CIVIL I 2022 14 
 
1ª C – Teoria da Ficção: a lei trouxe uma ficção de que todos possuem conhecimento sobre 
a existência das leis; 
2ª C – Teoria da Presunção: há uma presunção de que todos conhecem as leis; 
3ª C – Teoria da Necessidade Social: há uma necessidade social de que todos conheçam 
as leis (PREVALECE). 
De acordo com Zeno Veloso: “o legislador não seria estúpido de pensar que todos conheçam 
as leis. Num país em que há excesso legislativo, uma superprodução de leis que a todos atormenta 
assombra e confunde, sem contar o número enormíssimo de medidas provisórias, presumir que 
todas as leis são conhecidas por todos”. 
Importante consignar que a regra da obrigatoriedade (art. 3º da LINDB) não é absoluta, a 
exemplo do art. 139, II do CC que permite a anulação de negócio jurídico por erro de direito. 
Obs.: Não confundir SUBSUNÇÃO (aplicação direta da lei) com INTEGRAÇÃO (método em que o 
julgador supre as lacunas da lei, aplicando as ferramentas do art. 4º da LINDB: analogia, costumes 
e princípios gerais do direito). 
Por fim, no que tange à classificação das leis, a mais relevante delas é a que considera sua 
força obrigatória. 
• As normas cogentes (ou de ordem pública) são aquelas que atendem mais diretamente 
ao interesse geral, merecendo aplicação obrigatória, eis que são dotadas de 
imperatividade absoluta. As partes não podem, mediante convenção, ilidir a incidência 
de uma norma cogente. Exemplo: normas relacionadas com os direitos da personalidade 
(arts. 11 a 21 do CC), com os direitos pessoais de família, com a nulidade absoluta dos 
negócios jurídicos e com a função social da propriedade e dos contratos (art. 2.035, 
parágrafo único, CC). 
• As normas dispositivas (também chamadas supletivas, interpretativas ou de ordem 
privada) são aquelas que interessam somente aos particulares, podendo ser afastadas 
por disposição de vontade. Tais normas funcionam no silêncio dos contratantes, 
suprindo-o. 
 FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS 
A analogia, ao lado dos costumes e dos princípios gerais do direito, é uma fonte secundária, 
tendo em vista que são aplicados apenas nos casos em que há falta de lei, ou seja, quando a lei for 
omissa (lacuna normativa). 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
Segundo Maria Helena Diniz, são ferramentas de correção do sistema, possuindo ligação 
com a vedação do não julgamento (non liquet). Em outras palavras, não pode o juiz deixar de julgar 
a ação sob a alegação de lacuna, nos termos no art. 140 do CPC/15. 
CPC 
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CS – CIVIL I 2022 15 
 
Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou 
obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
 
Indaga-se: a ordem do art. 4º da LINDB (analogia, costumes e princípios gerais do 
direito) deve ser rigorosamente obedecida? Não há consenso. 
1ª C (Beviláqua, WB Monteiro e Maria Helena Diniz) – a ordem deve ser obedecida. Assim, 
diante da omissão da lei, primeiro utiliza-se a analogia, depois os costumes e, por fim, os 
princípios gerais do direito. 
2ª C (Zeno Veloso, Tepedino, Daniel Sarmento) – visão contemporânea entende que não 
é necessária a obediência à ordem do art. 4º da LINDB, tendo em vista que os princípios 
constitucionais possuem prioridade de aplicação. Fundamentam seu entendimento no art. 
5º da CF e no art. 8º do CPC. 
 
Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às 
exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da 
pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a 
legalidade, a publicidade e a eficiência. 
 FONTES NÃO FORMAIS 
3.3.1. Doutrina 
Consiste na interpretação do direito feita por estudiosos, a exemplo de dissertações de 
mestrados, teses de mestrados, manuais, cursos, tratados e os enunciados do CJF aprovados nas 
Jornadas de Direito Civil (JDC). 
3.3.2. Jurisprudência 
É o conjunto de decisões dos tribunais, ou uma série de decisões similares sobre uma 
mesma matéria. Pode ser considerada o próprio “direito ao vivo”, cabendo-lhe o papel de preencher 
lacunas do ordenamento nos casos concretos. 
ATENÇÃO: o Código de Processo Civil de 2015 valorizou sobremaneira a jurisprudência, 
que passou a ter força vinculativa. Há um caminhar para common law 
Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz, 
independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o 
pedido que contrariar: 
(...) 
§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido severificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição. 
 
Art. 489. São elementos essenciais da sentença: 
(...) 
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que: 
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CS – CIVIL I 2022 16 
 
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem 
explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; 
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo 
concreto de sua incidência no caso; 
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; 
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, 
em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; 
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar 
seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento 
se ajusta àqueles fundamentos; 
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente 
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em 
julgamento ou a superação do entendimento. 
 
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la 
estável, íntegra e coerente. 
§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento 
interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua 
jurisprudência dominante. 
§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às 
circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação. 
 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: 
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de 
constitucionalidade; 
II - os enunciados de súmula vinculante; 
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução 
de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e 
especial repetitivos; 
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria 
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria 
infraconstitucional; 
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem 
vinculados. 
3.3.3. Equidade 
Pode ser conceituada como sendo o uso do bom-senso, a justiça do caso particular, 
mediante a adaptação razoável da lei ao caso concreto. Segundo o art. 140, parágrafo único do 
CPC, o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
CPC/2015 Art. 140. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna 
ou obscuridade do ordenamento jurídico. 
Parágrafo único. O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei. 
 
Na visão clássica do Direito Civil (WB Monteiro e Maria Helena Diniz), a equidade era tratada 
não como um meio de suprir a lacuna da lei, mas sim como um mero meio de auxiliar nessa missão. 
Portanto, não seria fonte não formal. 
Todavia, entende TARTUCE que, no sistema contemporâneo privado, a equidade deve ser 
considerada fonte informal ou indireta do direito. Isso porque o CC/02 adota um sistema de 
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CS – CIVIL I 2022 17 
 
cláusulas gerais, pelo qual o aplicador do Direito, por diversas vezes, é convocado a preencher 
“janelas abertas” deixadas pelo legislador, de acordo com a equidade, o bom senso. 
LINDB Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela 
se dirige e às exigências do bem comum. 
 
CPC - Art. 8º Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins 
sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a 
dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a 
razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência. 
3.3.4. Súmula Vinculante 
De acordo com o Prof. Flávio Tartuce, a SV é uma fonte formal pois está prevista na 
Constituição Federal. Contudo, é uma fonte sui generis, eis que está em uma posição intermediária 
entre a fonte primária e as fontes secundárias. 
4. FORMAS DE INTEGRAÇÃO DA NORMA JURÍDICA 
Estão previstas no art. 4º da LINDB. 
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. 
 
Integrar significa colmatar, preencher lacunas. A integração da norma é a atividade pela qual 
o juiz complementa a norma, sua necessidade surge porque o legislador não tem como prever todas 
as situações possíveis no mundo fático. 
Veja como foi cobrado: 
MPE/GO (2019): O entendimento de que, quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a 
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, não constitui norma formal no Direito Brasileiro, mas 
um princípio norteador da atuação do magistrado. Errado, tratar-se de norma formal expressa no ordenamento 
jurídico brasileiro, prevista no art. 4º da LINDB 
Havendo lacuna, o juiz está obrigado a promover a integração da norma; colmatará o vazio. 
Além disso, como se presume que o juiz conhece todas as leis, basta que a parte narre o fato (narra-
se o fato que eu te darei o direito – iura novit curiae). 
Exceções: o juiz pode determinar à parte interessada que faça prova da EXISTÊNCIA e 
VIGÊNCIA da lei alegada em 4 hipóteses: direito municipal, direito estadual, direito estrangeiro e 
direito consuetudinário. 
Alexandre Câmara alerta que o juiz só pode mandar a parte fazer prova de direito municipal 
e estadual que não seja de sua jurisdição. Caso contrário, ou seja, se o direito municipal ou estadual 
for do local de sua jurisdição, o juiz não poderá determinar que a parte faça prova porque se 
presume que ele conheça a lei. 
 
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CS – CIVIL I 2022 18 
 
Espécies de Lacunas (Maria Helena Diniz) 
Lacuna normativa Ausência total de norma para um caso concreto 
Lacuna ontológica 
Presença de norma para o caso concreto, mas que não tenha 
eficácia social 
Lacuna axiológica 
Presença de norma para o caso concreto, mas cuja aplicação 
seja insatisfatória ou injusta 
Lacuna de conflito ou 
antinomia 
Choque de duas ou mais normas válidas, pendente de 
 solução no caso concreto 
 ANALOGIA 
Trata-se da aplicação de uma norma jurídica próxima (analogia legal ou legis) ou de um 
conjunto de normas próximas (analogia jurídica ou iuris), não havendo lei para o caso concreto. 
Cita-se, como exemplo, a aplicação das regras do casamento para a união estável. 
• Aplicação de um único artigo configura analogia legal; 
• Aplicação de mais de um artigo configura analogia iuris. 
 
A analogia não se confunde com a interpretação extensiva, observe o quadro comparativo: 
ANALOGIA INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA 
Outra norma jurídica é aplicada, além 
da sua previsão originária. 
O sentido da norma jurídica é ampliado. 
Integração Subsunção 
Imagine o seguinte caso hipotético, edita-se uma norma jurídica que prevê que em 
determinada ciclovia só poderá circular bicicletas verdes. 
Analogia legis
O juiz compara um caso, não previsto em 
lei, com uma hipótese contemplada na 
legislação.
A lacuna será integrada comparando-se 
uma situação atípica (não prevista em lei) 
com outra situção especificamente 
prevista na legislação (típica)
Analogia iuris
O juiz compara o caso, sem previsão 
legal, com todo o sistema jurídico. 
A lacuna será integrada por meio da 
comparação de uma situação não 
prevista em lei com os valores do sistema 
e não com um dispositivo legal.
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CS – CIVIL I 2022 19 
 
A lei é interpretada permitindo que 
também circulem skate. 
 
Note que lei que previa a circulação de 
bicicletas foi utilizada para a circulação 
de skate. Portanto é caso de analogia 
A lei é interpretada permitindo que 
também circulemna ciclovia bicicletas 
das cores azuis, rosas, vermelhas, 
brancas. 
Perceba que o objeto é o mesmo 
(bicicleta) apenas ampliou-se o seu 
alcance. Por isso, é caso de 
interpretação extensiva. 
 
 COSTUMES 
Os costumes podem ser conceituados como sendo as práticas e usos reiterados, com 
conteúdo lícito e relevância jurídica. Formam-se paulatinamente, de forma quase imperceptível, até 
o momento em que aquela prática reiterada é tida por obrigatória. Note-se que nem todo uso é 
costume, já que o costume é um uso considerado juridicamente obrigatório. Para tanto, exige-se 
que o costume seja geral, ou seja, largamente disseminado no meio social, ainda que setorizado 
numa parcela da sociedade. Exige-se, ainda, que o costume tenha certo lapso de tempo, pois deve 
constituir-se em hábito arraigado, bem estabelecido. Por fim, o costume deve ser constante, 
repetitivo na parcela da sociedade que o utiliza. 
Para converter-se em fonte do direito, dois requisitos são imprescindíveis: um de ordem 
objetiva (o uso, a exterioridade do instituto), outro de ordem subjetiva (a consciência coletiva de que 
aquela prática é obrigatória). É este último aspecto que distingue o costume de outras práticas 
reiteradas, de ordem moral ou religiosa, ou de simples hábitos sociais. 
SECUNDUM LEGEM PRAETER LEGEM CONTRA LEGEM 
Há referência expressa aos 
costumes no texto legal, razão 
pela qual não se fala em 
integração, mas sim em 
subsunção, eis que a própria 
norma jurídica é aplicada. 
Costume integrativo, serve 
para preencher lacunas 
quando a lei for omissa 
Opõe-se ao dispositivo de 
uma lei e, para a maioria dos 
doutrinadores, não pode ser 
admitido, por gerar a 
instabilidade do sistema. 
Salvo se a lei contrariada tiver 
caído em dessuetudo (maioria 
não admite). 
Art. 187 do CC Cheque pós-datado 
Norma que proíbe o jogo do 
bicho 
 
O art. 113, caput, do CC prevê que os negócios jurídicos devem ser interpretados de acordo 
com os costumes. Observe: 
Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e 
os usos do lugar de sua celebração. 
 
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 PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO 
Não há consenso na doutrina sobre o que seriam os “princípios gerais de direito”. 
Para SÍLVIO RODRIGUES, trata-se das normas que orientam o legislador na elaboração da 
sistemática jurídica, ou seja, aqueles princípios que, baseados na observação sociológica e tendo 
por escopo regular os interesses conflitantes, impõem-se, inexoravelmente, como uma necessidade 
da vida do homem em sociedade. Para MARIA HELENA DINIZ, os princípios são cânones que não 
foram ditados, explicitamente, pelo elaborador da norma, mas que estão contidos de forma 
imanente no ordenamento jurídico. Já para NELSON NERY JR, trata-se de regras de conduta que 
não se encontram positivadas no sistema normativo, mas norteiam o juiz na interpretação da norma, 
do ato ou do negócio jurídico. 
LIMONGI DE FRANÇA entende que são regramentos básicos aplicáveis a determinado 
instituto jurídico, sendo abstraído das normas, da doutrina, da jurisprudência e de aspectos políticos, 
econômicos e sociais. Podem ser expressos ou implícitos. 
Exemplos de princípios gerais implícitos em nosso sistema: “ninguém pode valer-se da 
própria torpeza” e “a boa-fé se presume”. 
Além disso, com a CF/88 alguns princípios gerais de direito passaram a ter status 
constitucional, tendo prioridade de aplicação, mesmo quando há lei específica sobre a matéria. São 
exemplos: 
• Dignidade humana (art. 1º, III da CF); 
• Solidariedade social (art. 3º, I da CF); 
• Isonomia ou igualdade matéria (art. 5º, caput da CF). 
5. REGRAS DE APLICAÇÃO DA NORMA JURÍDICA NO TEMPO 
Estão previstas no art. 6º da LINDB. Vejamos: 
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico 
perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. 
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao 
tempo em que se efetuou. 
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou alguém 
por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo 
pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de 
outrem. 
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já não 
caiba recurso. 
 
A expressão “a lei entra em vigor” refere-se à vigência da lei, que deverá observar os 
requisitos de três planos da juridicidade, quais sejam: 
• Existência 
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CS – CIVIL I 2022 21 
 
• Validade – requisitos formais; 
• Eficácia – aplicabilidade da norma jurídica. 
A existência não se confunde com a vigência, isso porque uma norma passa a existir quando 
for promulgada, ocasião em que é considerada formalmente um ato jurídico (não possui 
coercibilidade). Por outro lado, para que tenha vigência é necessário um iter legislativo, ou seja, um 
lapso temporal para que as pessoas tenham conhecimento acerca do seu conteúdo, da sua 
existência. 
Em suma: 
 
 INÍCIO DE VIGÊNCIA 
A doutrina civilista aponta três fases que antecedem a vigência da lei. 
 
Em regra, a lei entre em vigor após o prazo de vacatio legis, ou seja, 45 dias no Brasil e em 
três meses nos Estados Estrangeiros com os quais os o Brasil mantém relação internacional. 
Art. 1º Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada. 
§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando 
admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. 
Veja como foi cobrado: 
MPE/GO (2019): Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias 
depois de oficialmente publicada, contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, 
quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada. Correto! 
A Lei 11.441/2007 possibilitou que o divórcio, inventário, partilha e separação pudessem ser 
feitos em cartório, cumpridos determinados requisitos, o procedimento deixou de ser judicial para 
ser extrajudicial. Apesar da grande repercussão, entrou em vigor na data da sua publicação. Indaga-
se: é possível a imposição de alguma sanção, tendo em vista que apenas as leis de pequena 
repercussão podem entrar em vigor na data da sua publicação? Não! Trata-se de uma norma 
imperfeita, tendo em vista que não há imposição de sanção em caso de descumprimento. É o 
próprio legislador que diz se a lei é de pequena repercussão ou não, ele não criou sanções para 
quando fosse dito, na nova lei, que ela entraria em vigor no momento de sua publicação, apesar de 
não ser de pequena repercussão. 
 FIM DA VIGÊNCIA 
PUBLICAÇÃO
LAPSO TEMPORAL 
(vacatio legis)
VIGÊNCIA
1º Elaboração
2º Promulgação 
(pode ser 
dispensada)
3º Publicação
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A revogação de uma lei por outra lei é a principal forma de retirada de vigência, nos termos 
do art. 2º da LINDB. 
Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra 
a modifique ou revogue. 
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, 
quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria 
de que tratava a lei anterior. 
§ 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já 
existentes, não revoga nem modifica a lei anterior. 
§ 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a 
lei revogadora perdido a vigência. 
 
Veja como foi cobrado: 
MPE/GO (2019): Não se destinando à vigência temporária,

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