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MEDIDORES DE PERFORMANCE – MÉTRICAS AULA 6 Profª Maria Carolina Avis 2 CONVERSA INICIAL Continue se esforçando que só falta mais um pouquinho! Falamos sobre várias métricas importantes, já conseguimos compreender que uma empresa que não analisa seus resultados no ambiente digital não consegue ter o melhor aproveitamento de performance porque faz ações no “escuro”. No entanto, agora chegou a hora de entendermos um pouco a respeito do que significa cada termo. Eu sei que nessa disciplina de métricas pode ser que você tenha ficado confuso, afinal, são muitos termos, siglas, palavras-chave, mas nossa última aula vai te ajudar nisso. Veremos sobre os seguintes itens: Glossário de métricas: serão três temas dedicados a mostrar uma definição de cada termo. Dashboards e relatórios: como organizar as informações de uma maneira mais atrativa visualmente. Tomada de decisão estratégica: com todos os números em mãos, chegou a hora de aplicar as ações. Boa aula! CONTEXTUALIZANDO Cada vez mais as empresas estão inseridas no cenário digital. Mas será que estão aproveitando todos os recursos possíveis pelo marketing digital? Um dos principais pontos positivos é o fato de o digital mensurar tudo. Cada ação do usuário pode ser rastreada e analisada e os números chegam prontos para serem analisados e trabalhados. Mesmo assim, alguns profissionais e empresas preferem utilizar o digital da maneira mais básica, apenas compartilhando conteúdo sem estratégia alguma e esperando o resultado chegar. Analisar métricas e conhecer os indicadores são as formas mais assertivas para um negócio ter sucesso na web, em conjunto com um planejamento bem-feito e ações atrativas. TEMA 1 – GLOSSÁRIO (PARTE 1) Agora que já entendemos a importância das métricas e, principalmente, os resultados que conhecer os números nos fornecem quando tomamos decisões estratégicas, vamos falar a verdade: são muitos termos, não é 3 mesmo? Se este está sendo seu primeiro contato com as métricas, saiba que é normal acabar confundindo no início e você só vai conseguir se familiarizar mais quando colocar tudo em prática. Então, vamos a um resumo de métricas, para que você não se esqueça do significado de alguns termos importantes. ACESSO POR POST (views per post): serve para comparar as publicações do blog, a fim de você analisar qual tipo de conteúdo mais agrada o seu público e até mesmo para os casos de teste A/B com postagens no blog. As que têm mais acesso por post, deram mais certo. ALCANCE: quantas pessoas foram impactadas pela publicação. Atenção: é diferente de impressões em que se aponta quantas vezes uma publicação foi mostrada. Uma pessoa que viu o post três vezes conta como um alcance e três impressões. ASSINANTES (subscribers): quando os usuários se cadastram para receber novidades sobre seu conteúdo por e-mail. Essa métrica é importante para você perceber se seu conteúdo está agradando aos usuários a ponto de quererem acompanhar. COMENTÁRIOS (social comments): obviamente quanto mais interação, melhor. Não foque seus esforços em apenas responder aos comentários que os usuários te mandam, mas tenha também uma interação ativa pela página da sua empresa. Assim, a longo prazo, os seguidores passam a interagir com seu conteúdo também. COMPARTILHAMENTOS (shares): quando um usuário compartilha seu conteúdo, significa que ele se identificou com aquela ideia. O compartilhamento é uma ótima métrica para ver que os usuários foram alcançados com um conteúdo que os agrada. Para elevar essa métrica, nada melhor que conhecer seu público para conseguir gerar conteúdos que os agradam. CURTIDAS (likes): os likes também significam que o usuário gostou do conteúdo ou se identificou com ele. Para melhorar métricas de engajamento e envolvimento não tem segredo: é só mesmo conhecendo o público e gerando um conteúdo relevante para ele. ENVOLVIMENTO ou ENGAJAMENTO: nas redes sociais, é considerado engajamento: curtidas, comentários, envios por direct, salvamentos, reações. 4 IMPRESSÕES: quantas vezes o conteúdo foi mostrado aos usuários, diferentemente do alcance que mostra o número de pessoas. Uma mesma pessoa pode ver a publicação várias vezes e, nesse caso, contabilizam-se um alcance e várias impressões. PALAVRAS-CHAVE (keywords): são termos utilizados pelo usuário para fazer alguma pesquisa nos buscadores e até mesmo em redes sociais. Quando um negócio explora esses termos que são muito buscados, tem mais chances de ser encontrado, gerando mais retorno para as páginas. REAÇÕES (reactions): no Facebook, além do like (curtida), existem as reações para os usuários se expressarem sobre como se sentiram vendo aquele conteúdo (amei, haha, surpreso, triste e bravo). SEGUIDORES ALCANÇADOS (followers achieved): essa métrica mostra o número de seguidores que foram conquistados naquele post específico ou naquela campanha. Mostra que os resultados estão sendo bons, já que tem gente querendo acompanhar a empresa. Mas é um número que sozinho não significa nada (já falamos sobre métricas de vaidade). SEO (Search Engine Optimization): a otimização para os mecanismos de busca é um conjunto de técnicas que visam otimizar uma página ou um site para conquistar um melhor posicionamento no ranking de resultados. Funciona assim: quando o usuário faz uma busca no Google, por exemplo, o Google realiza uma varredura nos conteúdos disponíveis na web e disponibiliza os mais relevantes ao usuário naquele momento. Acontece que as páginas que ficam nos primeiros lugares têm muito mais cliques e consequentemente têm a possibilidade de vender mais. E para que o Google considere um site relevante, ele analisa uma série de fatores. O SEO é a concentração de otimizações para que, então, o site e a página sejam considerados relevantes ao buscador. TAXA DE ENGAJAMENTO: é a soma de todo o engajamento de uma publicação (likes, reactions, comentários, compartilhamentos, salvamentos e envios por direct). Com o número total de engajamento, divide-se pelo número do alcance daquela publicação e encontra-se a taxa de engajamento. Ou seja, mesmo que várias pessoas tenham sido 5 alcançadas pelo post, nem todas elas engajaram com ele. Essa taxa mostra essa informação. TRÁFEGO DE BUSCA DA MARCA (branded search traffic): usuários que chegaram até seu site por meio da busca de uma marca em buscadores como Google. Exemplo: o usuário pesquisa por “botas da John John” e clica no seu site, caso você venda esta marca. TRÁFEGO DIRETO (site traffic): quantas pessoas visitaram seu site por meio de uma origem que não está muito bem definida. Pode ser quando o usuário salvou seu site no navegador como favorito para acessar mais facilmente: pode ser por cliques em links de e-mail (dependendo do servidor de e-mail do usuário), pode ser por cliques em PDFs, pode ser por cliques em links encurtados ou qualquer outro canal que o Analytics não consiga saber corretamente a origem do tráfego. VISUALIZAÇÃO DA PÁGINA (page views): quantas vezes uma página foi vista por usuários, sejam eles únicos ou não. Essa métrica mostra o número de visualizações da página mesmo que o mesmo usuário visualize a página várias vezes. VISUALIZAÇÃO ÚNICA DA PÁGINA (unique page views): parecida com a métrica de visualização da página, mas quando o usuário volta em uma mesma página, ela não será mais contabilizada. Essa métrica, portanto, tem a informação de acessos mais confiável. Veremos mais informações relevantes por meio de um glossário no segundo tema . TEMA 2 – GLOSSÁRIO (PARTE 2) Vamos continuar nosso estudo de métricas, pois precisamos conhecer a definição. Veremos, assim, mais uma parte do glossário. CALL TO ACTION (chamada para a ação): é um botão que leva o públicoà conversão. Ele orienta o usuário para o que deve ser feito. Exemplo: “quero me inscrever”. Quando o usuário clica no CTA, entra em uma landing page e quando preenche os dados, clica em outro CTA “enviar”, por exemplo. Os botões de chamada para a ação fazem toda a diferença nas estratégias de marketing digital. Seu papel é ser um intermédio para que o usuário realize as ações esperadas. 6 CUSTO POR AÇÃO (CPA) – quanto custou cada ação do usuário com relação ao que foi investido naquela campanha. Serve para saber quanto custou cada ação. CUSTO POR AQUISIÇÃO (CPA) – quanto custou cada conversão em vendas no seu site. O custo por aquisição é a divisão entre o valor investido em uma campanha pela conversão em vendas. Serve para saber quanto custou cada cliente, com base no que foi investido. CUSTO POR CLIQUE (CPC) – quanto custou cada clique no anúncio. É o valor que foi investido em uma campanha dividido pelos cliques que foram gerados nessa campanha. CUSTO POR MIL (CPM) – quanto custou a cada mil visualizações, exibições ou impressões de um anúncio. DURAÇÃO DO CICLO DE VENDAS (sales cycle lenght): o tempo que demora para que o usuário veja o anúncio e formalize a compra. Naturalmente, o usuário dificilmente compra logo na primeira visita, mas quanto maior a duração do ciclo, pior para o negócio. LANDING PAGE: páginas de destino, páginas de entrada, páginas de captura ou páginas de aterrissagem. Elas têm vários nomes e são páginas com o objetivo de tornar visitantes em leads (potenciais compradores). Geralmente, têm menos recursos visuais, como menus e conteúdos que outras páginas de um site, e contém um formulário para que o usuário deixe seus dados e assim torne-se um lead. LEADS: pessoas que visitaram o seu site e se interessaram por algum produto ou serviço. Até então eram apenas visitantes, mas esses usuários demonstraram interesse por seu negócio por meio de um formulário em que enviaram seus dados básicos e, ao enviar, esses visitantes se tornaram leads. RANKING DE PALAVRAS-CHAVE (keyword rankings): os termos que são mais buscados são ranqueados para mostrar quais são mais assertivos. Com base nesse ranking de termos mais buscados, você pode acrescentá-los em seu conteúdo, para alcançar um público maior. Exemplo: você identificou que “consultório de odontologia” e “consultório odontológico” têm muitas buscas, então, caso você trabalhe nessa área, você insere esses dois termos em seus conteúdos. Não 7 adianta utilizar uma palavra-chave só pelo volume de buscas, mas é preciso que ela tenha relação com sua empresa e seu conteúdo. TAXA DE ABANDONO (abandoned conversion): porcentagem de carrinhos de compra que foram abandonados em um comércio eletrônico. Os usuários escolheram os produtos e adicionaram no carrinho, mas não prosseguiram com a compra. Essa métrica é importante para saber qual foi o motivo pelo qual os usuários abandonaram as compras e tentar melhorar a situação. TAXA DE CLIQUES (CTR – click through rate): número de cliques de acordo com o número de impressões. Ou seja, o conteúdo foi mostrado para as pessoas (impressões), mas das vezes em que viram, quantas pessoas clicaram? A taxa de cliques é fundamental para entender se o conteúdo está atrativo. TAXA DE CONVERSÃO POR LANDING PAGE (landing page conversion rate): quantas conversões foram geradas naquela landing page específica. Métrica muito importante para avaliar a eficácia de uma página com essa característica, já que as landing pages são especificamente para incentivar a conversão. TAXA DE CONVERSÃO: conversão é quando o usuário conclui uma ação esperada por você. Pode ser se inscrevendo para receber seus e- mails, preenchendo o formulário com os dados dele ou efetivamente a compra. A taxa de conversão mostra quantos usuários converteram. TAXA DE REJEIÇÃO (bounce rate): visitantes que entraram na sua página e logo saíram, sem passar muito tempo no seu site e sem navegar por mais do que uma página. A taxa de rejeição também fica elevada quando o usuário faz uma busca no Google, clica no seu site e retorna para a página de buscas para ver outros sites que foram ranqueados. Essencial para saber o que não tem dado certo e, claro, corrigir. TICKET MÉDIO: quanto, em média, as pessoas gastam comprando no seu site. Se uma pessoa gasta R$ 20,00 e a outra gasta R$ 30,00 em um mês, o ticket médio foi de R$ 25,00. O ticket médio é mensurado pelos pedidos feitos. O valor total é dividido pela quantidade de vendas do período. 8 VISITAS POR PALAVRAS-CHAVE (keyword visitors): os visitantes que encontraram uma página do seu site buscando por uma palavra-chave específica. Daremos continuidade no glossário no terceiro tema. TEMA 3 – GLOSSÁRIO (PARTE 3) Vamos continuar vendo termos importantes sobre métricas? ALCANCE POTENCIAL: é uma estimativa de quantas pessoas serão alcançadas pelo anúncio. Essa estimativa é um cálculo feito pelo Facebook para anúncios no Facebook e Instagram. AUDIENCE NETWORK: é o sistema de mídia programática do Facebook, como uma rede de empresas aprovadas pelo Facebook para mostrar anúncios. BROWSER: navegador. Por exemplo: Google Chrome, Firefox, Safari. CLIQUES DE SAÍDA: o número de cliques em links que direcionaram o usuário para fora da rede social. CLIQUES ÚNICOS NO LINK: pessoas que clicaram no link apenas uma vez, diferentemente da métrica de cliques no link, que estima a quantidade total de cliques. DURAÇÃO DA VISITA: mostra a porcentagem de visita por tempo da visita. Exemplo: 25% das visitas duraram de 0 a 10 segundos, 15% duraram de 11 a 30 segundos, 10% duraram mais de 31 segundos... HITS: qualquer interação do usuário com um site começa com um hit. Quando o usuário acessa uma página que tenha instalado um código de acompanhamento (como é o caso do Google Analytics), a ferramenta recebe um novo hit. O hit é um registro sobre o IP, a data e a hora do hit, o navegador utilizado, o sistema operacional, URL da página acessada. Um mesmo usuário gera vários hits, pois a cada nova página acessada é gerado um novo hit. Digamos que é a forma bruta e inicial de o Analytics mensurar sessões e visitantes. PÁGINA (page): é um endereço na internet. Um site tem várias páginas diferentes e um conjunto de páginas é um site. Exemplo: <profmarketingdigital.com.br> é uma página, <profmarketingdigital.com.br/blog> é outra, 9 <profmarketingdigital.com.br/blog/conteudos-sobre-instagram> é outra. Para cada post no blog é gerada uma nova página. Cada página tem possibilidades e métricas diferentes nas ferramentas de análise. PÚBLICO SEMELHANTE (lookalike): depois que você faz uma campanha e atinge o público, pode fazer um anúncio para um público semelhante ao que foi impactado. Funciona muito bem, pois atinge usuários que têm interesses parecidos com o seu público. SITE DE REFERÊNCIA (referral): quando o usuário está navegando em um site e se depara com um link que direciona o usuário ao seu site, o site de referência é o que mencionou o seu. TAXA DE ABERTURA (open rate): das mensagens que foram enviadas e entregues, quantas pessoas clicaram para abrir? Se essa métrica estiver baixa, é porque o início da mensagem não foi atrativo o suficiente. Pense em textos que façam com que o usuário sinta vontade de clicar e ler. TAXA DE CANCELAMENTO DE E-MAIL (e-mail opt-out rate): quando o usuário quer parar de receber seus e-mails. O próprio usuário se inscreve para receber seus e-mails. Então, se a taxa de cancelamento for alta significa que os conteúdos enviados não foram atrativos o suficiente. TAXA DE ENTREGA (delivered rate): métrica usada em e-mails e no WhatsApp Business. Mostra a taxa de quantas mensagens que foram disparadas foram realmente recebidas pelo usuário. Essa métrica é importantepara mensurar a qualidade dos seus contatos e da sua mensagem, já que muito e-mail não é entregue por ser caracterizado como spam pelo servidor e no WhatsApp os números podem estar incorretos. VEICULAÇÃO: o status da sua campanha, conjunto de anúncio ou anúncio. Quando você vê que, por exemplo, a campanha terá veiculação de 1 a 12 de abril, é pela duração da atividade. VISITA (sessão): quantidade de vezes que um usuário acessou um site. Se o mesmo usuário visita o site em menos de 30 minutos, é considerada apenas uma sessão. 10 Existem vários termos importantes. Com certeza, é importante saber sobre cada um, mas mais ainda é utilizá-los no dia a dia para conseguir compreender melhor o funcionamento e as otimizações de cada métrica. TEMA 4 – DASHBOARDS Agora que você já sabe muito sobre métricas, conhece cada uma delas e entendeu sobre suas aplicações, vamos ao que interessa: o que vou fazer com todos esses números? Você já deve ter percebido que sem informações qualquer ação na internet pode ser perdida e desperdiçada. Ao mesmo tempo, sabemos que o excesso de informação também não é positivo, já que pode dificultar o processo de análise e tomada de decisão. Mas como expor as informações? Como vou mostrar todas essas métricas que têm a ver com meu objetivo para meu gestor? Como vou mostrar para a minha equipe os resultados gerados? Como vou tomar decisões analisando os números de maneira organizada? Para isso existem os dashboards, que são cada vez mais necessários. Trata-se de um painel visual que concentra informações relevantes por meio de métricas em gráficos, tabelas e demais recursos visuais em uma única tela. Servem para que os gestores ou equipe responsável tenham uma dimensão e uma visão geral de como estão os processos da empresa, podendo visualizar de forma dinâmica, dados específicos. Seu principal objetivo é facilitar o acompanhamento dos resultados de ações de negócios, como as de marketing. Geralmente, esse painel com várias informações é gerenciado por toda a equipe. Ele tem um ponto positivo: ajuda muito o fluxo de trabalho das equipes que precisam monitorar indicadores-chave de performance. Além disso, garante uma maior transparência da empresa para com toda a equipe, já que os dados ficam expostos para que mais gente ajude a tomar decisões, ajudando a empresa. Dashboard é uma ferramenta que faz parte do conceito de gestão à vista. Isso significa que toda a equipe pode ter acesso aos indicadores sobre os processos e desempenho da empresa. O principal ponto positivo é permitir que todos os colaboradores se engajem com a empresa e possam contribuir sugerindo melhorias, afinal, toda empresa funciona como uma engrenagem: qualquer processo que não vá bem, impacta diretamente os demais. Os dashboards sendo usados no conceito gestão à vista auxiliam nesse sentido. 11 Mas os dashboards são feitos de métricas e indicadores-chave de performance. Assim, precisamos definir um objetivo antes de usar um. Criar um dashboard só faz sentido depois de ter planejado os objetivos e colocado ações em prática. Caso seu objetivo principal seja monitorar, por exemplo, o custo da publicidade da empresa nos canais digitais, as métricas e os KPIs que precisam formar o dashboard são as relacionadas a este objetivo. Depois disso, você precisa definir quais serão as métricas e KPIs que serão analisados. Lembre-se de que a proposta do dashboard é justamente concentrar dados que são importantes. Dessa forma, foque nos dados que serão relevantes de acordo com seu objetivo. Por fim, você pode usar uma ferramenta para ajudar a utilizar um dashboard. Recomendo Google Data Studio, ferramenta gratuita que serve para dispor informações como relatórios de maneira mais compreensível visualmente. É uma ferramenta de data visualization, ou seja, ferramenta de uma área do marketing que é responsável por representar dados de maneira visual. A ferramenta ajuda as empresas para que não precisem ficar usando várias planilhas, por exemplo, e concentrem todos os dados importantes em uma única tela. Uma das maiores vantagens do Data Studio é a capacidade de ele integrar informações de várias fontes como Analytics, Google Ads, YouTube, Google Planilhas, Search Console, e caso utilize uma ferramenta de análise e monitoramento de redes sociais como HubSpot, também pode integrá-la ao relatório. Você pode escolher criar um template do zero ou utilizar um padrão do Data Studio. Se você não for designer e ainda não estiver acostumado com a ferramenta, recomendo que utilize os templates padrão. Eles concentram os dados mais analisados e, ao escolher um deles, você pode alterar a fonte de informações, o visual e as métricas que preferir. Este é o exemplo de um relatório padrão de campanhas do Google Ads. 12 Figura 1 – Exemplo de um relatório padrão Crédito: Google Inc. Além dos templates padrão disponibilizados pelo Data Studio, na própria ferramenta é possível ver uma galeria de relatórios, criados pela comunidade. Você pode copiar o modelo e editar para deixar com os dados e o visual que preferir. Existem relatórios sobre todo tipo de assunto, que vão desde dados sobre marketing e o desempenho de campanhas e de canais do YouTube, até relatórios que mostram a estimativa populacional do mundo. Dentro de todos os assuntos podemos usar dashboards. Você pode personalizar os relatórios da maneira que preferir, inserir a marca do cliente, alterar as fontes e as cores. Deixe da maneira que fica mais atrativo para sua equipe ou seu cliente, mas capriche. A parte visual é muito importante para que as pessoas que terão contato com o relatório possam compreender melhor os dados e analisar da melhor forma para tomar decisões. Cuidado com a poluição visual. Prefira inserir apenas os dados que são relevantes de acordo com aquele objetivo. Lembre-se de que tudo no marketing precisa seguir a regra número 1: conhecer o público. Mas por que é importante conhecer meu público para fazer um relatório do Google Data Studio? Se as pessoas que forem verificar as informações forem profissionais da área, algumas informações adicionais não 13 precisam estar descritas. Já se forem gestores ou pessoas que não têm conhecimento em marketing, você precisa inserir dados mais explicativos. Conhecer o seu público influencia até mesmo na linguagem visual que você vai precisar usar. Outra funcionalidade importante é a programação de envio dos relatórios. Depois de configurar um relatório e deixar da maneira que precisa utilizar, pode salvar e programar para que a ferramenta envie o relatório atualizado diariamente, semanalmente ou mensalmente. Assim você não precisa configurar o relatório várias vezes, sempre que quiser enviar para seu público. Ah, e você pode alterar o relatório sempre que quiser, adicionar novos dados, retirar informações irrelevantes e ir melhorando seu dashboard. Depois de enviar o relatório, ele pode ser editado por algum membro da equipe, caso você permita. Assim, os membros da equipe podem colaborar na confecção de um relatório otimizado e, já que os relatórios são atualizados em tempo real, evita que a equipe tenha várias versões diferentes. Você também pode compartilhar com a equipe e permitir que apenas visualizem os dados, para quando quiser compartilhar com os clientes, por exemplo. O Google Data Studio é uma ferramenta muito intuitiva e de simples usabilidade, o que facilita muito, já que o principal intuito das ferramentas de data visualization é justamente fornecer dados de maneira simples de visualizar. Como qualquer ferramenta, no início pode parecer complexo, mas aos poucos, conforme você vai tendo mais intimidade com os dados, consegue deixar os relatórios ainda mais otimizados. TEMA 5 – TOMADA DE DECISÃO ESTRATÉGICA Tomar decisões é uma tarefa de muita responsabilidadee uma das mais importantes atividades de um líder ou gestor. Tomar decisões pode ser uma ação complexa e grandiosa, mas também é necessário pensar estrategicamente nos pequenos detalhes. Por exemplo: você fez uma postagem em seu Instagram com o seguinte CTA (call to action – chamada para a ação): “deixe um comentário aqui embaixo” e, ao passar o tempo, você analisou os resultados e identificou que os usuários não estão deixando comentários. Você precisa tomar uma decisão com essa métrica. O que pode fazer? As variáveis são muitas: pode ser que não estão comentando porque o público não é o correto (um erro de marketing), porque o conteúdo não é bom, 14 mas pode ser o CTA. Neste caso, é preciso testar. Então, a decisão pode ser em alterar o CTA para “mande uma mensagem inbox” ou “salva esse post para ver mais tarde” e verificar se dá um retorno positivo. É claro que é preciso respeitar a característica de cada material e canal, ou seja, se uma publicação tem a característica de ser salva pelos usuários. O que importa é perceber que as métricas não andam só. Elas precisam ser um norte para uma decisão que vai trazer um maior desempenho. No digital, o fato de não tomar uma decisão pode trazer um prejuízo gigante, que é deixar de saber o que dá mais certo, deixar de otimizar o que não deu tão certo assim e, principalmente, ter equipes trabalhando no “escuro”, sem um direcionamento de decisões baseadas em dados. Infelizmente, é o que mais acontece: empresas que apenas fazem ações na internet, sem o mínimo de acompanhamento de métricas, nem mesmo as mais básicas. Por esse panorama, podemos entender que o digital tem muita força, pois mesmo que as empresas usem poucos recursos, o resultado é positivo. Sem dúvida, a melhor forma de tomar decisões estratégicas é com base em dados reais, sem o famoso achismo e, por isso, métricas e indicadores-chave são essenciais. Tomar decisões envolve a escolha de uma ação entre duas ou mais opções, para chegar a um melhor resultado. É uma ação contínua, logo, usar métricas que são atualizadas em tempo real, por meio de dashboards atualizados e de simples visualização faz ainda mais sentido quando pensamos que até mesmo para tomar decisões é preciso ter um objetivo claro e definido. Ao definir os objetivos, trace metas a curto, médio e longo prazo. Cada vez mais, principalmente no digital, vemos empresas que pensam apenas no curto prazo, e aí, ao invés de prevenir incêndios, são obrigadas a gastar toda sua energia para apagá-los. Desde o planejamento de marketing, tenha bem claro seus objetivos a longo prazo para conseguir acompanhar em curto e médio prazos. Desse modo, os passos são simples: faça com que o seu objetivo seja claro, meça os seus resultados, estabeleça metas alcançáveis e realizáveis e determine uma linha de chegada, um tempo determinado para isso. Mas lembre-se de que independentemente do seu objetivo geral, quando falamos em performance precisamos considerar algumas métricas gerais como as de custo, que são aplicáveis a todos os tipos de negócios que têm uma presença on-line. 15 Por fim, não se esqueça de que qualquer decisão que tome tem um impacto e uma consequência, então, considere todas as possíveis consequências e sempre faça testes simultâneos para reduzir esses impactos mais brutos. Pense nas opções de decisões que pode tomar e quais as consequências de cada uma. Por exemplo: se decidir reduzir a verba de uma campanha de anúncios, o resultado pode ser um número menor de público alcançado, logo, as vendas podem ser impactadas. Uma métrica puxa a outra. TROCANDO IDEIAS O digital é muito novo e diversas empresas ainda não estão acostumadas com os processos. Elas acabam fazendo o básico e indo direto ao ponto: publicando conteúdo, colocando anúncios no ar. Mas já pudemos perceber os impactos negativos de não ter uma gestão de análise de métricas. Pense em como esses indicadores podem auxiliar uma empresa e como tomar decisões “no escuro” pode ser prejudicial não só para o setor de marketing, mas para a empresa como um todo, que roda como uma engrenagem. NA PRÁTICA A última atividade proposta para a disciplina de métricas é: converse com algum gestor de uma empresa, seja ela pequena, média, grande ou até mesmo com um microempreendedor. Tente descobrir se essa empresa faz análise de métricas e, se sim, quais decisões importantes já foram tomadas com base em dados. Caso você nunca tenha tido outro contato com métricas antes e for um gestor, administrador de site, profissional de comunicação, marketing ou marketing digital recomendo fortemente que coloque tudo em prática. A maioria do que vimos se trata de ferramentas, logo, se preciso, faça trabalhos voluntários para empesas que tenham sites ativos e queiram investir em publicidade on-line. Só praticando você vai aprender e se sentir verdadeiramente confortável com essas atividades. 16 FINALIZANDO Você conseguiu! Parabéns por ter chegado até aqui. Eu espero que tenha gostado da disciplina de Medidores de performance – métricas, mas espero ainda mais que alicerçado nela esses indicadores passem a fazer parte das suas estratégias digitais. Espero que tenha sentido vontade de colocar tudo em prática e que consiga ter cada vez mais segurança ao tomar decisões baseadas em dados. Embora pareça complexo no começo, você só vai conseguir evoluir se praticar muito. Recomendo, portanto, que manuseie todas as ferramentas apresentadas aqui (todas gratuitas). Também espero que tenha gostado dessa aventura de estudar métricas comigo, porque eu gostei muito de estar aqui com você! Por fim, desejo muito sucesso em sua caminhada. Muitas vezes vai parecer impossível; vai parecer que seu sonho é distante demais para ser alcançado. Mas lembre-se: o sucesso é como uma grande escada. Você precisa começar lá de baixo e ir subindo degrauzinho por degrauzinho. É o superpoder de fazer um pouquinho todos os dias. Acredite em você! Você já é acima da média por estar aqui. Você é capaz de fazer o que quiser. 17 REFERÊNCIAS GLOSSÁRIO. Ajuda do Google Analytics, 2020. Disponível em: <https://support.google.com/analytics/topic/6083659?hl=pt- BR&ref_topic=3544906>. Acesso em: 15 maio 2020. GLOSSÁRIO de Métricas – Web Analytics (Versão 1 – Fev 11). IAB Brasil – Interactive Advertising Bureau, 2020. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/directperformance/glossario-de-metricas-web- analytics-iab-brasil>. Acesso em: 15 maio 2020. MAIS ajuda para você. Facebook For Business, 2020. Disponível em: <https://www.facebook.com/business/help/447834205249495>. Acesso em: 15 maio 2020. GOMES, P. C. T. G. O que é um dashboard? O guia completo e definitivo! OP Services, 16 out. 2017. Disponível em: <https://www.opservices.com.br/o-que- e-um-dashboard/>. Acesso em: 15 maio 2020.
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