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analise filme quanto vale ou e por quilo

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Resumo crítico: “Quanto vale ou é por quilo?”, Sérgio Bianchi(2005)
https://youtu.be/ACfdCYbyfI0
O filme “Quanto vale ou e por quilo” de Bianchi, (Sergio Luís, 2005) faz uma analogia entre o período do Brasil colônia – comércio de pessoas escravizadas – nos dias de contemporaneidade.
A primeira cena retrata uma mulher preta “dona” de pessoas escravizadas, que nos apresenta um conjunto de danos que a partir desse modelo escravista ,e com o surgimento do mercantilismo “embranqueceu” até mesmo os próprios negros. A interface de um povo que mesmo sendo “livre” nunca deixará de ser ”ex-escravo” – a herança sócio-histórica de um sistema totalitário escravocrata. 
Em um outro dado momento, um homem escravizado foge e o capitão do mato o persegue e o captura, assim o entregando para seu “dono” em troca de recompensa, referindo que era para o sustento de sua família. Nesse mesmo momento acontece um recorte da cena para os dias atuais; um homem lutando pela sobrevivência de sua família e com a esposa grávida, desempregado e vivenciando a pressão que o capitalismo nós impõe todos os dias que se vê necessariamente forçado a matar a mando de um pequeno comerciante, companheiros de classe econômica vivendo a mesma situação puramente a favor da questão individual inesperadamente das milhões de formas que o capitalismo nós violenta todos os dias.
Mais um registro do filme, são as super-lotações e a colorimétrica do sistema carcerário, assim sendo comparada a um “navio negreiro”, onde as pessoas pretas que estavam sendo “transportada” para serem escravizadas, enfrentavam viagens logos que poderiam durar até dois meses, sem nenhuma humanidade. No tempo atual do filme, essa condição de aprisionamento escravista e retratada e se manifesta expressamente com a construção de centros de ressocialização em pequenas cidades, gerando diretamente e indiretamente empregos, com a grande demanda de familiares para as visitas dos reeducandos e a construção civil lucra, consequentemente a economia dessa cidades amplia-se e cresce em defesa da justiça social. 
Observa-se também, a grande demonstração da exploração do pauperismo através de fins lucrativos, utilizados por um viés do marketing digital, apropriado pela elite, para fins extremamente lucrativos, utilizados comercialmente por ONG´s. Dentro dessa perspectiva comercial, a busca pelo lucro não se impontando com qual seja os meios ou as formas. 
A compreensão dos direitos humanos está inerente ligados a questão social, e o capitalismo se apropria com o auxilio do estado para se manter indissolúvel.
Assim, a especificidade do capitalismo está ligada diretamente e só foi possível devido a acumulação primitiva do capital ocorrida durante o período da escravidão ocorrida pelo mundo.
Contudo, quando o capitalismo já tinha condições de se desabrochar enquanto sistema social predominante, a classe dominante precisa remodelar sua dominação sobre o falso manto de “liberdade” e a falsa ilusão de liberdade, em que a classe explorada (proletariado) viviam, já que todas as pessoas seriam livres, para assim formar um mercado consumidor das mercadorias do capital.
Porém na prática, com a abolição da escravatura no Brasil pouco mudou, pois nos pretos, não detínhamos os meios de produção, menos que isso, não tínhamos nem o que comer, o que consequentemente fez com que a maioria tivessem que novamente se submeter a um nível altíssimo de exploração, agora em troca de um salário miserável, isso quando tinha algum pagamento ou quando não deviam a sua liberdade - como acontece até o presente momento. 
 Devido a essa herança histórica, que e mais sobre a cor do tom de pele, do que a pessoa, o capitalismo viabiliza a exploração do proletariado na sua forma mais perversa. “As ideias da classe dominante são, em cada época, as ideias dominantes” (ENGELS, F; MARX, K. 2007. p.72), contido no livro “A ideologia alemã”. Afinal, quanto vale ou e por quilo?

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