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PORTFÓLIO DE FILOSOFIA, ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL AULA 04

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
ANDRESSA MORALES GONÇALVES MACIEL
ATIVIDADES DE PORTFÓLIO DE FILOSOFIA, ÉTICA E LEGISLAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL – AULA 04
CRUZ ALTA
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI
PORTFÓLIO
ATIVIDADE 
	Após o movimento de reconceituação vivenciado pelo Serviço Social, na segunda metade do século XX, deu-se início à interlocução teórica com as teorias do pensamento social crítico que apresenta como seus principais autores emergentes Marx, Lukács, Gramsci e Heller, entre outros. 	
	As bases curriculares da profissão remetem a tais autores, tendo o intuito de significar o papel social da profissão. 
	No entanto, o que ocorre é certo esvaziamento do pensamento crítico no âmbito do Serviço Social contemporâneo. Isso pode acontecer por diversas questões, dentre as quais, a ausência da leitura dos referenciais da profissão, as novas configurações do mundo do trabalho e a criminalização do pensamento crítico em favor do avanço neoliberal.
 TAREFA
	Reflita sobre o que foi exposto e responda: 
	Quais estratégias você poderá utilizar a fim de promover reflexão acerca da teoria social crítica como norte da profissão?
	
	O exercício profissional na perspectiva descrita acima assume sua dimensão de trabalho concreto, qual seja: “uma atividade programática e de realização que persegue finalidades e orienta-se por conhecimentos e princípios éticos, requisitando suportes materiais e conhecimentos para a sua efetivação” (IAMAMOTO, 2007, p. 418) com seu valor de uso social devidamente reconhecido. Neste âmbito constatamos uma importante questão que caracteriza o exercício profissional dos assistentes sociais: o fato de que, enquanto profissionais que possuem um direcionamento por meio do projeto ético-político hegemônico da categoria, têm de lidar com os limites impostos pela condição de assalariamento na qual se encontram. Nesse contexto é que podemos dizer que os assistentes sociais estão condicionados pelas relações capitalistas no seu exercício profissional, mesmo que enquanto sujeitos detenham “uma autonomia relativa, pautada por seus valores, projetos profissionais e societários que determinam, em parte, a sua ação” (XAVIER et al., 2014, p. 78).
	Tendo como parâmetro a teoria social de Marx, é importante pontuar que esse debate pauta-se primeiro numa concepção de mundo guiada pelo materialismo histórico-dialético, que significa a precedência da realidade em relação ao pensamento, ou seja, significa dizer que a coisa em si já existe antes de existir qualquer ideia sobre ela. 	Segundo, é um debate dialético porque ao explicar o Ser tal teoria apreende-o em toda a sua totalidade, num permanente movimento. Terceiro, é também histórico, pois a análise da realidade é vinculada à sociedade, onde o Ser não é tomado de forma isolada, mas como um Ser social, pertencente ao processo histórico presente na sociedade, encontrando-se assim em movimento. Dessa forma, os indivíduos “são um produto social, a sociedade muda, as ideias mudam” (SANTOS, 2006, p. 117). Nessa perspectiva é que podemos dizer que o Ser estabelece uma relação com o meio em que vive, a qual é fundamental para sua existência enquanto tal.
	Diante dessas questões é necessário enfatizar o esforço de superação realizado pelos assistentes sociais em problematizarem a sua prática profissional cotidiana, pensando os rumos da profissão e as formas de intervenção social tomando como base a teoria social crítica. As questões apresentadas nesta discussão sobre a prática profissional permitem identificar alguns limites impostos à nossa intervenção, sejam elas de ordem teóricas ou mesmo intrínsecas à própria especificidade intervencionista que a profissão assume cotidianamente. Acredita-se que as reflexões sobre relação teoria-prática, historicidade e materialização cotidiana, necessitam de maior aprofundamento, levando em conta que há uma interligação entre esses elementos, compondo e condicionando a prática.
	Iamamoto aponta algumas competências postas ao assistente social. Para ela, a intervenção profissional precisa ir para “além das rotinas institucionais para buscar apreender, no movimento da realidade, as tendências e possibilidades” (IAMAMOTO, 2005, p. 21). Para tanto, é necessária, além de uma apurada compreensão sobre os componentes teóricos, a articulação dialética desses com a prática; ambas ensinam sobre as possibilidades e estratégias ao fazer profissional. Da mesma forma, é fundamental perceber as barreiras que a própria rotina institucional, impõe para a intervenção profissional, para que a partir dele se construam estratégias coletivas de superação desses mesmos limites. Por fim, vale pontuar que, conforme Netto (1999), a composição das categorias profissionais não se faz de forma isolada, mas num espaço de disputas coletivas, o que imprime junto à construção de nossa prática a possibilidade de um debate plural que vise à construção de saídas ao ordenamento social presente.
	Os  referenciais  orientadores  da  ação  do   Serviço  Social  tem  sua fonte  na  Doutrina  Social  da  Igreja,  no  ideário  franco‐belga  de  ação  social e no pensamento de São Tomás de Aquino (séc. XII).
	É  importante  salientar  que é  no  âmbito do movimento  de  Reconceituação que  se definem   diversas  tendências voltadas ao posicionamentos teóricos  do  Serviço
Social. 
	Surgem  novas  temáticas  e questões  como:  o desemprego, o trabalho precário, os sem terra, o trabalho infantil, a moradia nas ruas ou em condições  de  insalubridade,a  violência  doméstica,  as  discriminações  por  questões de gênero e etnia, as drogas, aexpansão da AIDS, as crianças e adolescentes  de  rua,  os  doentes  mentais,  os indivíduos  com  deficiências,  o  envelhecimento  e  temáticas  relacionadas  à  pobreza,à  subalternidade e à exclusão com suas múltiplas faces.
	Ao  longo  da  década  a  profissão  se  coloca  diante  de muitas  questões.  Alguns  dos  eixos  articuladores  do  debate  profissional:
	A Seguridade Social que afirma o direito dos cidadãos brasileiros à (Saúde,  Previdência  e  Assistência  Social). A Assistência  Social,  qualificada  como  política  pública,  de   Proteção  Social,  constitutiva  da   Seguridade Social,  constituiu‐se  em tema  de  estudos, pesquisas  e  campo  de interlocução  do  Serviço  Social  com  amplos  movimentos  da  sociedade  civil  que  envolveram  fóruns  políticos,  entidades  assistenciais  e  representativas dos usuários de serviços assistenciais 
Pesquisa 
AUTOESTUDO 
	"O método na teoria social de Marx: e o Serviço Social?" 
	Acesse o artigo que trata do método na teoria social de Marx e de sua base ontológica, materialista e dialética, destacando a pertinência dessa tradição teórica para os fundamentos do Serviço Social como profissão inserida na divisão social do trabalho. 
	Após sua leitura, faça uma REFLEXÃO sobre as contribuições da teoria social de Marx para o Serviço Social. 
ACESSE - ARTIGO 01 - 032 - AULA 04
	O método em Marx é um movimento dialético que parte da sua concepção ontológica da realidade social, em que o ser social produz suas próprias condições objetivas e subjetivas de existência.
	O método marxiano compreende uma concepção científica vinculada à realidade social, que parte das relações sociais existentes e da superação humana dos limites impostos pela sociedade de classes.
	Marx fundou uma nova concepção social de ciência, a partir do caráter ontológico de mediação do ser social com a natureza. O método pressupõe um sujeito que assume uma postura política de superação da aparência, apontando suas contradições, seus fundamentos ideológicos e mediações com a totalidade social.
	O método marxiano surge de uma determinação ontológica da realidade social sobre a consciência. A análise marxiana partem da realidade social para captar as múltiplas determinações, que se elevam na elaboração de um todo pensado que relaciona particularidade, singularidade e totalidade, apreendendo a essência e a aparência do objeto, com o objetivo de criticar as relaçõesopressivas e contrárias e propor a transformação das relações sociais.
	O conhecimento produzido pelo método materialista histórico dialético, pressupõe o estudo ontológico do ser social, uma análise histórica do objeto concreto, para determinar suas categorias mais simples e mais complexas, visando compreender aparência e essência do objeto. O método em Marx é uma posição ético-política de superação das contradições capitalistas.
	A leitura da realidade do método marxiano apreende um todo vivo e articulado, construído objetiva e subjetivamente pelo ser social. A pesquisa marxiana é um caminho político, que desvenda os interesses classistas e apoia o interesse concretamente coletivo, da emancipação do ser social. Portanto, o método e a teoria marxiana se dirigem a um projeto societário alternativo ao capital.
	O método materialista histórico dialético não é uma operação subjetiva, resultante de um conjunto normativo de procedimentos fixos abstratamente construídos, baseado numa teoria especulativa, que visa a perpetuação do modo de produção capitalista. 
	A leitura da realidade operada por meio do método marxiano apreende um todo vivo e articulado, construído objetiva e subjetivamente pelo ser social. A pesquisa marxiana é um caminho político, que desvenda os interesses classistas e apoia o interesse concretamente coletivo, da emancipação do ser social. Portanto, o método e a teoria marxiana se dirigem a um projeto societário alternativo ao capital.
	Do ponto de vista teórico-metodológico, é problemático entender a sociedade contemporânea atual sem fazer uma leitura crítica do que acontece no cotidiano vivido e do que ocorreu no passado. Entender a realidade social a partir da Teoria Marxista, mesmo com suas diversas correntes mostra a diversidade que perpassa o cotidiano de milhares de sujeitos que se utilizam dessa leitura para analisar a sociedade. Deste modo percebe-se que estamos inseridos num sistema capitalista que explora, oprime e reprime.
	A Teoria Social de Marx revela-se essencial para o Serviço Social  por oportunizar uma apreensão da realidade na sua concretude, com base nas determinações históricas, sociais, políticas e econômicas. Deste modo o Serviço Social desenvolve um olhar crítico do sistema, voltado às classes sociais, direitos, justiça e igualdade.
REFERÊNCIAS:
IAMAMOTO, M. V. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho profissional e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2005.
______. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
XAVIER, A. et al. Teleologia e autonomia: estratégias do exercício profissional do assistente social em Santa Catarina. In: FAGUNDES, H. S.; SAMPAIO, S. S. (Org.). 
NETTO, J. P. A construção do projeto ético-político do Serviço Social frente à crise contemporânea. In: CFESS. Capacitação em Serviço Social e política social: crise contemporânea, questão social e serviço social: módulo 1. Brasília: Cead/UnB/CFESS/Abepss, 1999. p. 91-110. Serviço Social: questão social e direitos humanos. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2014. p. 77-

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